30 - orquestra filarmônica de minas gerais · nica de minas gerais. realiza concertos com...

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30 31 MAI Allegro Vivace FORTISSIMO Nº 9 / 2019

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  • 3031MAI

    Allegro

    Vivace

    F O R T I S S I M O N º 9 / 2 0 1 9

  • P R O G R A M A

    IGOR STRAVINSKYCanto Fúnebre, op. 5

    (em memória de Rimsky-Korsakov)

    NIKOLAI RIMSKY-KORSAKOVSinfonia nº 2 em fá sustenido menor, op. 9, “Antar” Largo – Allegro giocoso

    Allegro

    Allegro risoluto alla marcia

    Allegretto – Adagio

    I N T E R VA L O

    FRIEDRICH GULDAConcerto para violoncelo e orquestra de sopros Abertura

    Idílio

    Cadência

    Minueto

    Finale alla marcia

    Ministério da Cidadania eGoverno de Minas GeraisA P R E S E N TA M

    3 0 / 0 5

    3 1 / 0 5

    Allegro

    Vivace

    FA B I O M E C H E T T I , R E G E N T E

    M A J A B O G D A N O V I C , V I O L O N C E L O

  • Diretor Artístico e Regente Titular

    da Orquestra Filarmônica de Minas

    Gerais desde sua criação, em 2008,

    Fabio Mechetti posicionou a orques-

    tra mineira no cenário mundial da

    música erudita. Além dos prêmios

    conquistados, levou a Filarmônica

    a quinze capitais brasileiras, a uma

    turnê pela Argentina e Uruguai e

    realizou a gravação de nove álbuns,

    sendo quatro para o selo interna-

    cional Naxos. Natural de São Paulo,

    Mechetti serviu recentemente como

    Regente Principal da Filarmônica

    da Malásia, tornando-se o primeiro

    regente brasileiro a ser titular de

    uma orquestra asiática.

    Nos Estados Unidos, Mechetti esteve

    quatorze anos à frente da Orquestra

    Sinfônica de Jacksonville e, atual-

    mente, é seu Regente Titular Emérito.

    Foi também Regente Titular das sin-

    fônicas de Syracuse e de Spokane,

    da qual hoje é Regente Emérito.

    Regente Associado de Mstislav

    Rostropovich na Orquestra Sinfônica

    Nacional de Washington, com ela

    dirigiu concertos no Kennedy Center

    e no Capitólio. Da Sinfônica de San

    Diego, foi Regente Residente. Fez

    sua estreia no Carnegie Hall de Nova

    York conduzindo a Sinfônica de Nova

    Jersey. Continua dirigindo inúmeras

    orquestras norte-americanas e é

    convidado frequente dos festivais

    de verão norte-americanos, entre

    eles os de Grant Park em Chicago

    e Chautauqua em Nova York.

    Igualmente aclamado como regente

    de ópera, estreou nos Estados Unidos

    dirigindo a Ópera de Washington. No

    seu repertório destacam-se produções

    de Tosca, Turandot, Carmem, Don

    Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,

    Madame Butterfly, O barbeiro de

    Sevilha, La Traviata e Otello.

    Suas apresentações se estendem

    ao Canadá, Costa Rica, Dinamarca,

    Escócia, Espanha, Finlândia, Itá-

    lia, Japão, México, Nova Zelândia,

    Suécia e Venezuela. No Brasil, re-

    geu todas as importantes orques-

    tras brasileiras.

    Fabio Mechetti é Mestre em Regência

    e em Composição pela Juil l iard

    School de Nova York e vencedor do

    Concurso Internacional de Regência

    Nicolai Malko, da Dinamarca.

    FOTO

    : ALE

    XAN

    DRE

    REZ

    END

    E

    CAROS AMIGOS E AMIGAS,

    FABIO MECHETTI

    Dando início à celebração dos 175

    anos de nascimento do compositor

    russo Nikolai Rimsky-Korsakov, a

    Filarmônica apresenta nesta noite sua

    Sinfonia nº 2, denominada “Antar”.

    Assim como em sua obra-prima Shehe-

    razade, aqui o compositor russo nos

    convida a uma viagem através do

    tempo e do espaço, nos levando à

    legendária Arábia e nos inebriando

    com suas belíssimas melodias e rica

    orquestração, em uma trágica estória

    de amor, poder e vingança.

    Outro compositor russo, Stra-

    vinsky, presta homenagem a seu

    mestre, com seu Canto Fúnebre,

    obra recentemente descoberta e

    apresentada pela primeira vez em

    BH nestes concertos.

    A violoncelista sérvia Maja Bog-

    danovic, fazendo sua estreia com

    a nossa Orquestra, traz o pouco

    conhecido Concerto para violoncelo

    e orquestra de sopros (com algumas

    adições inusitadas) do compositor

    e pianista Friedrich Gulda. Deixo,

    propositalmente, de fazer qualquer

    comentário sobre essa obra, para

    que todos possam reagir de forma

    espontânea à sua impetuosidade…

    A todos um bom concerto.

    FAB IO MECHET T I

    D I R E T O R A R T Í S T I C O

    E R E G E N T E T I T U L A R

  • Desde que foi saudada pela The Strad,

    após recital de estreia no Carnegie Hall,

    por sua “excelente performance, de

    extraordinária beleza tonal e grande

    maturidade interpretativa”, Maja Bog-

    danovic ocupou seu lugar entre os mais

    importantes violoncelistas da atualidade.

    Nesta temporada, Maja estreia com a

    Sinfônica Fort Worth e com a Filarmô-

    nica de Minas Gerais. Realiza concertos

    com orquestras sinfônicas e de câmara

    na Europa, Argentina, México, Japão e

    Coreia do Sul.

    Ávida musicista de câmara, Maja

    Bogdanovic frequenta muitas das prin-

    cipais salas e festivais do mundo, como

    Amphithéâtre Sorbonne, Amsterdamse

    Cello Biënnale, Beauvais Cello Festival,

    Radio France et Montpellier, Kuhmo,

    Stift, Zeist, Folles Journées, Giverny,

    Muziekgebouw, Palais des Congrès,

    Prinzregententheater, Royal Concert-

    gebouw, Salle Gaveau, Salle Pleyel e

    Tonhalle Düsseldorf.

    Lançou CDs pelos selos Lyrinx, Nim-

    bus e Orchid Classics, um deles com o

    Concerto que Philip Sawyers dedicou a

    ela. A música contemporânea tem lugar

    especial no repertório de Maja. Estreou

    obras de Nicolas Bacri, Sofia Gubaidulina,

    Ivan Jevtic, Philip Sawyers, Eric Tanguy,

    Benjamin Yusupov e Krzysztof Penderecki,

    com quem possui uma forte colaboração.

    Premiada nas competições Aldo Parisot,

    Gaspar Cassado, Rostropovich e Jeu-

    nesses Musicales, Maja foi Artista do

    Ano UMUS 2011 pela Associação de

    Artistas da Música da Sérvia.

    Natural de Belgrado, Sérvia, foi aluna

    de Nada Jovanovic na Escola de Música

    Kosta Manojlovic, em Zemun. Graduou-se

    em primeiro lugar no Conservatório

    Nacional de Paris, concluiu pós-gra-

    duação com Michel Strauss e estudou

    música de câmara com Itamar Golan e

    Pierre-Laurent Aimard. Em Berlim, na

    Universität der Künste, aperfeiçoou-se

    com Jens Peter Maintz, Bernard Gree-

    nhouse, Alban Gerhardt, Young-Chang

    Cho e Heinrich Schiff.

    Maja Bogdanovic toca em um instru-

    mento construído para ela pelo luthier

    francês Franck Ravatin.

    MAJA BOGDANOVIC

    FOTO

    : DU

    SAN

    MAD

    IC

    FOTO

    : ALE

    XAN

    DRE

    REZ

    END

    E

  • STRAVINSKY Canto Fúnebre, op. 5 (em memória de Rimsky-Korsakov) ORANIENBAUM, ATUAL LOMONOSOV, RÚSSIA , 1882 NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS, 1971

    Igor

    INSTRUMENTAÇÃO

    Piccolo, 3 flautas, 2 oboés,

    corne inglês, 3 clarinetes,

    clarone, 3 fagotes,

    contrafagote, 4 trompas,

    3 trompetes, 3 trombones,

    tuba, tímpanos, percussão,

    2 harpas, cordas.

    ED ITORA

    Boosey & Hawkes

    PARA OUV IR

    CD Igor Stravinsky; Dmitri

    Shostakovich – ORF Vienna

    Radio Symphony Orchestra –

    Cornelius Meister, regente –

    Capriccio – 2019

    Mariinsky Orchestra –

    Valery Gergiev, regente

    Acesse: fil.mg/sfunebre1

    PARA ASS IST IR

    Mariinsky Orchestra –

    Valery Gergiev, regente

    Reestreia da obra, após 106

    anos desaparecida (excerto)

    Acesse: fil.mg/sfunebre2

    PARA LER

    Glenn Watkins – Soundings:

    music in the Twentieth Century

    – Schirmer Books – 1988

    Rimsky-Korsakov, grande compositor, em 1889 impressio-

    nou o mundo ocidental com a música russa, na Exposição

    Universal de Paris. Sua imensa reputação lhe atraiu inú-

    meros alunos, de dentro e de fora da Rússia: Glazunov,

    Liadov, Respighi e ninguém menos do que Igor Stravinsky.

    Stravinsky estudou com Rimsky-Korsakov entre 1902 e

    1908, ano em que morre o professor, de um mal cardíaco.

    Dois anos depois, Stravinsky estreia O Pássaro de Fogo

    em Paris. Em 1911, ele estreia Petrushka e, em 1913,

    A Sagração da Primavera. É claro que a proximidade

    temporal ou intelectual com Rimsky-Korsakov, ou com

    o Grupo dos Cinco, não pode definir, por si mesma, a

    genialidade revolucionária de Stravinsky, que eclode

    nessas três obras-primas. Por outro lado, não deixa de

    ser interessante essa mesma proximidade...

    O Canto Fúnebre, op. 5, foi composto em homenagem

    a Rimsky-Korsakov, quando de sua morte. Sua estreia

    deu-se em 17 de janeiro de 1909, em São Petersburgo,

    sob a regência de Felix Blumenfeld. Em depoimento

    a Robert Craft, em 1960, Stravinsky se refere à obra

    com uma certa nostalgia, considerando-a a melhor de

    suas obras anteriores a O Pássaro de Fogo e fazendo

    referências à sua harmonia cromática. Com a mesma

    nostalgia, o autor comenta que as partes da orquestra

    deveriam estar em alguma biblioteca... E que gostaria

    que alguém em Leningrado (nome que a União Sovi-

    ética deu a São Petersburgo) as procurasse, pois ele

    mesmo tinha curiosidade de saber que

    tipo de compositor era ele, antes de

    O Pássaro de Fogo.

    De fato, as partes foram considera-

    das perdidas, mas reencontradas na

    biblioteca do Conservatório de São

    Petersburgo em 2015. A partitura

    foi reconstituída por Natalia Bra-

    ginskaya, chefe do departamento de

    Musicologia do Conservatório Estatal

    Rimsky-Korsakov, em São Petersburgo.

    Depois disso, ela foi executada pela

    primeira vez em 2016 pela Orquestra

    do Teatro Mariinsky, sob a regência

    de Valery Gergiev.

    Embora a obra tenha sido chamada

    “Canto Fúnebre para Instrumentos de

    Sopro”, é fato que a orquestração não

    se restringe apenas a eles, incluindo

    uma gama variada de instrumentos

    de percussão, piano, duas harpas e

    cordas. Talvez a concepção sugerida

    no título venha do tratamento indivi-

    dualizado dos timbres dos sopros,

    sobre o qual o próprio Stravinsky dá

    um depoimento. Em sua Autobiografia

    (texto de 1936), ele menciona a peça

    e comenta que não mais se lembrava

    da música, mas se lembrava da ideia

    na raiz de sua concepção. Nesta,

    segundo o compositor, cada um dos

    instrumentos melódicos da orquestra

    deposita sua própria melodia sobre

    um fundo murmurante em tremolo,

    que simula as vibrações das vozes

    graves de um coro.

    Esta poética descrição, do próprio

    compositor, não poderia ser mais exata,

    embora a obra não se resuma a ela.

    No Canto Fúnebre, não é o Stravinsky

    da Sagração ou de Petrushka que se

    ouve. Mas ambos estão lá, e a obra,

    ainda assim impressionante, de um

    expressionismo que seria descons-

    truído e reelaborado pelas obras que

    viriam, já anuncia o fenômeno que

    deixaria o mundo atônito e que daria

    à música no Ocidente possibilidades

    expressivas até então insuspeitas.

    MOACYR L ATERZA F ILHO

    Pianista e cravista, Doutor em Literaturas

    de Língua Portuguesa, professor da

    Universidade do Estado de Minas Gerais e

    da Fundação de Educação Artística.

    1 90 8 1 2 M I N U TO S

    Primeira apresentação

    com a Filarmônica

  • RIMSKY-KORSAKOV T I K H V I N , R Ú SS I A , 1 84 4 LYU B E N S K , R Ú SS I A , 1 90 8

    Nikolai

    INSTRUMENTAÇÃO

    Piccolo, 3 flautas, 2 oboés,

    corne inglês, 2 clarinetes,

    2 fagotes, 4 trompas,

    2 trompetes, 3 trombones,

    tuba, tímpanos, percussão,

    harpa, cordas.

    ED ITORA

    Bessel

    PARA OUV IR

    CD Rimsky-Korsakov

    – Sinfonia nº 2, Antar –

    L'Orchestre de la Suisse

    Romande – Ernest Ansermet,

    regente – HDTT/Decca – 2018

    Rotterdams Philharmonisch

    Orkest – David Zinman, regente

    Acesse: fil.mg/rkantar

    PARA LER

    Attila Csampai; Dietmar

    Holland – Guia básico dos

    concertos: música orquestral

    de 1700 até os nossos dias –

    Civilização Brasileira – 1995

    Nikolai Rimsky-Korsakov –

    My Musical Life – Knopf – 1942

    Antarah ibn Shaddad – também conhecido como Antar – viveu

    na região norte da Arábia Saudita no período pré-islâmico,

    entre os anos 608 e 525 antes de Cristo. Cavaleiro e poeta,

    Antar tornou-se conhecido por seus feitos de bravura em

    guerra, preservados pela tradição oral. Um de seus poemas

    está registrado no livro Mu'allaqat, uma importante coletânea

    de poemas pré-islâmicos. Após a sua morte, suas aventuras

    foram propagadas oralmente e demasiado fantasiadas.

    Escrito por Osip Senkovsky (1800-1858) – professor de

    línguas orientais na Universidade de São Petersburgo –,

    o conto original Antar retrata a atmosfera e o estilo da ficção

    popular árabe. Publicado em 1833, inspirou a Sinfonia nº 2

    do compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov, concebida

    em 1868, na sua primeira versão.

    A Sinfonia Antar, dividida em quatro movimentos, descreve

    musicalmente os protagonistas do conto: o guerreiro Antar

    e a bruxa Peri Gul-Nazar, rainha de Palmira. Tais temas se

    repetem em diferentes orquestrações e servem de material

    melódico para todo o trabalho. Essa forma de estruturação

    temática à qual pertence o motivo condutor – ou também

    ideia fixa – foi estabelecida pelo compositor francês Hector

    Berlioz (1803-1869) em sua Sinfonia Fantástica (1830).

    Para a concepção temático-musical da Sinfonia Antar,

    Rimsky-Korsakov se baseou na coleção de melodias árabes

    organizada por Alexander Dargomyzhsky (1813-1869) e em

    melodias argelinas coletadas pelo etnomusicólogo francês

    Francisco Salvador-Daniel (1831-1871).

    Mesmo possuindo uma orquestração

    refinada e detalhada, principal quali-

    dade do compositor, a Sinfonia Antar

    não possui características estruturais

    do gênero sinfonia, dada a ausência

    de desenvolvimento temático. Ciente

    disso, o compositor, em uma de muitas

    revisões que realizou da obra, deci-

    diu-se por nomeá-la suíte sinfônica,

    semelhantemente à suíte sinfônica

    Sheherazade – uma de suas obras

    mais populares, também baseada em

    contos árabes. Os quatro movimen-

    tos de Antar são “um poema, suíte,

    conto de fadas, história ou qualquer

    coisa, mas não sinfonia”, ponderou o

    próprio autor.

    A Sinfonia Antar foi estreada em março

    de 1869, em São Petersburgo, em con-

    certo da Sociedade Musical Russa

    sob a regência de Balakirev. A estreia

    da segunda versão foi realizada em

    janeiro de 1876, no mesmo local, sob

    a regência do autor. A edição da obra

    é prefaciada por um texto que resume

    o conto que a inspirou. O primeiro

    movimento retrata Antar no deserto,

    sua vitória sobre um monstro alado e

    seu sonho com a rainha Gul-Nazar. Os

    movimentos subsequentes descrevem

    os três prazeres – vingança, poder e

    amor – concedidos por Gul-Nazar a

    Antar por tê-la salvado do monstro.

    Unido pelo prazer do amor, o casal sela

    um pacto em que Antar pede que seja

    morto caso sua paixão por Gul-Nazar

    se abrande. Ao final, a rainha bruxa

    Gul-Nazar percebe Antar entediado e

    lhe dá um beijo enfeitiçado fatal. “Exa-

    minando a estrutura musical de Antar

    com um olhar experiente, decorrido

    o lapso de muitos anos, noto que me

    saí bem com essa forma exclusiva de

    influências extramusicais. Não posso

    deixar de sentir uma satisfação con-

    siderável”, confessou o compositor

    em suas memórias.

    MARCELO CORRÊA

    Pianista, Mestre em Piano pela

    Universidade Federal de Minas Gerais,

    professor na Universidade do Estado de

    Minas Gerais.

    V E RSÃO D E 1 897 3 2 M I N U TO S

    Primeira apresentação

    com a FilarmônicaSinfonia nº 2 em fá sustenido menor, op. 9, “Antar”

  • GULDA Concerto para violoncelo e orquestra de sopros V I E N A , ÁUST R I A , 1 93 0 AT T E RS E E , ÁUST R I A , 20 0 0

    Friedrich

    INSTRUMENTAÇÃO

    Piccolo, flauta, 2 oboés,

    2 clarinetes, 2 fagotes,

    2 trompas, 2 trompetes,

    trombone, tuba, guitarra,

    contrabaixo, jazz bass,

    percussão.

    ED ITORA

    BSchott Music Corp/EAMDC

    PARA ASS IST IR

    DVD Concerto for Cello

    and Wind Orchestra;

    Concerto for Myself –

    Münchner Philharmoniker

    – Friedrich Gulda, regente

    – Heinrich Schiff, violoncelo –

    Arthaus Musik – 2014

    Munich Philharmonic

    Orchestra –

    Friedrich Gulda, regente –

    Heinrich Schiff, violoncelo

    Acesse: fil.mg/gcellosopros

    PARA V IS ITAR

    www.gulda.at

    Friedrich Gulda foi um dos primeiros músicos a cruzar

    os limites (virtualmente impostos) entre a música de

    concerto e gêneros mais populares, como o jazz. Notá-

    vel pianista, e também flautista, saxofonista, cantor e

    compositor, Gulda é conhecido pelo temperamento forte,

    responsável por sua alcunha de “pianista terrorista”.

    Autor de declarações polêmicas, afirmava que pianistas

    que não compõem não devem ser levados a sério e se

    autoproclamava “o mais importante e criativo músico

    da Viena da segunda metade do nosso século [século

    XX]”, pois dizia ter resgatado a música das mãos de

    profissionais antimusicais e anti-humanos, restituindo-a

    “ao relaxado afeto e amor do público”.

    Em 1942, ingressou na prestigiosa Academia de Música

    de Viena, onde estudou com Bruno Seidlhofer e Joseph

    Marx. Aos quatorze anos estreou como solista. Aos

    dezesseis, venceu o Concurso de Genebra e, aos vinte,

    deu seu primeiro concerto no Carnegie Hall, em Nova

    York. Consolidou uma reputada carreira como pianista

    e professor, tendo Martha Argerich e Claudio Abbado

    como alunos. Com Jörg Demus e Paul Badura-Skoda,

    formou a “troika vienense”, referência às carruagens

    russas movidas por três cavalos. Embora tocasse jazz em

    espaços clandestinos durante a Segunda Guerra Mundial,

    foi apenas em 1956 que Gulda formalizou suas incursões

    nesse universo musical, ao se apresentar com o Austrian

    All Stars na rádio austríaca nacional, com Idrees Sulieman,

    Phil Woods e James Cleveland no

    clube Birdland, em Nova York, e ao

    participar do Newport Jazz Festival.

    Gulda promoveu diversos grupos

    orquestrais, como a Eurojazz-Orches-

    ter, que tinham por objetivo executar

    suas obras e divulgar o repertório de

    jazz. Como pianista clássico e mem-

    bro de um trio de jazz, fez inúmeras

    gravações para os mais respeitados

    selos. Entre outras, gravou o Cravo

    Bem Temperado, de Bach, e a integral

    das sonatas para piano de Beethoven.

    Como cantor de jazz, gravou sob o

    pseudônimo de Albert Golowin. Foi o

    organizador dos festivais Tage freier

    Musik e Festival Friedrich Gulda e

    dos Weltmusiktage. Colaborou com

    Jessye Norman, o cantor pop Wolf-

    gang Ambros, a percussionista Ursula

    Anders (sua terceira esposa), Joe

    Zawinul e os legendários Chick Corea

    e Herbie Hancock. Em 1988, compôs

    Concerto for Myself, uma de suas

    obras mais importantes. Sua produção

    inclui ainda dois concertos para piano,

    peças orquestrais e vocais e obras

    para piano solo, além do Concerto

    para violoncelo e orquestra de sopros.

    Encomenda do violoncelista austrí-

    aco Heinrich Schiff, a quem Gulda o

    dedicou, o Concerto foi estreado sob

    a regência do compositor em outubro

    de 1981, em Villach. Além da orquestra

    de sopros, a obra inclui ainda um

    violão, contrabaixos e bateria, e se

    divide em cinco partes: uma Aber-

    tura, que funde passagens líricas com

    momentos jazzísticos e virtuosísticos;

    um Idílio com graciosas intervenções

    das madeiras em contraponto ao tema

    de origem alpina dos metais e do

    solista; uma Cadência extremamente

    desafiadora; um estilizado Minueto de

    leve sabor medieval; e um Finale alla

    marcia, onde os dobrados de uma

    banda militar dão caráter circense

    às interpelações do violoncelo.

    I GOR REYNER Pianista,

    Mestre em Música pela Universidade

    Federal de Minas Gerais e Doutor em

    Literatura pelo King’s College London.

    1 98 8 3 1 M I N U TO S

    Primeira apresentação

    com a Filarmônica

  • INGRESSO SOLIDÁRIO

    PARA USAR, BAIXE O APP GRATUITAMENTE

    NO SEU CELULAR

    A P R O V E I T E PA R A A P R E S E N TA R A

    F I L A R M Ô N I C A A O S S E U S A M I G O S ,

    PA R E N T E S O U E S T U D A N T E S D E M Ú S I C A .

    É muito simples. Para doar seu Ingresso Solidário,

    basta o Assinante acessar o aplicativo da Filarmônica

    até 30 minutos antes do início do concerto e realizar

    sua doação. O Assinante também pode enviar um

    e-mail ou ligar para a Assessoria de Relacionamento

    pelo menos 2 horas antes do concerto.

    O aplicativo da Filarmônica é compatível com aparelhos

    Android e iOS e pode ser baixado na loja de aplicativos

    do seu celular (Google Play ou App Store).

    Algo aconteceu e você não pode ir a um concerto?

    Assessoria de Relacionamento: (31) 3219-9009de segunda a sexta, das 9h às [email protected]

    FOTO

    DO

    FU

    ND

    O: J

    OM

    AR B

    RAG

    ANÇA

  • CONSELHO ADMINISTRATIVOPresidente Emérito

    Jacques Schwartzman

    Presidente

    Roberto Mário

    Gonçalves Soares Filho

    Conselheiros

    Angela Gutierrez

    Arquimedes Brandão

    Berenice Menegale

    Bruno Volpini

    Celina Szrvinsk

    Fernando de Almeida

    Ítalo Gaetani

    Marco Antônio Pepino

    Marco Antônio Soares da

    Cunha Castello Branco

    Mauricio Freire

    Octávio Elísio

    Sérgio Pena

    DIRETORIA EXECUTIVADiretor Presidente

    Diomar Silveira

    Diretor

    Administrativo-

    financeiro

    Joaquim Barreto

    Diretor de

    Comunicação

    Agenor Carvalho

    Diretora de

    Marketing e Projetos

    Zilka Caribé

    Diretor de Operações

    Ivar Siewers

    EQUIPE TÉCNICAGerente de

    Comunicação

    Merrina Godinho

    Delgado

    Gerente de

    Produção Musical

    Claudia da Silva

    Guimarães

    Assessora de

    Programação Musical

    Gabriela de Souza

    Produtor

    Luis Otávio Rezende

    Analistas de

    Comunicação

    Fernando Dornas

    Lívia Aguiar

    Renata Gibson

    Renata Romeiro

    Carolina Moraes Santana

    Analista de

    Marketing e Projetos

    Lilian Sette

    Analista de Marketing

    e Relacionamento

    Itamara Kelly

    Assistente

    de Produção

    Rildo Lopez

    Auxiliares

    de Produção

    André Barbosa

    Jeferson Silva

    EQUIPE ADMINISTRATIVAGerente

    Administrativo-

    financeira

    Ana Lúcia Carvalho

    Gerente Contábil

    Graziela Coelho

    Gerente de

    Recursos Humanos

    Quézia Macedo Silva

    Analistas

    Administrativos

    João Paulo de Oliveira

    Paulo Baraldi

    Secretária Executiva

    Flaviana Mendes

    Assistente

    Administrativa

    Cristiane Reis

    Assistente de

    Recursos Humanos

    Jessica Nascimento

    Recepcionistas

    Meire Gonçalves

    Vivian Figueiredo

    Auxiliar Contábil

    Pedro Almeida

    Auxiliar

    Administrativa

    Geovana Benicio

    Auxiliares de

    Serviços Gerais

    Ailda Conceição

    Rose Mary de Castro

    Mensageiro

    Douglas Conrado

    Jovem Aprendiz

    Sunamita Souza

    SALA MINAS GERAISGerente de

    Infraestrutura

    Renato Bretas

    Gerente de Operações

    Jorge Correia

    Técnicos de Áudio

    e de Iluminação

    Diano Carvalho

    Rafael Franca

    Assistente Operacional

    Rodrigo Brandão

    PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – Spalla

    Rommel Fernandes –

    Spalla associado

    Ara Harutyunyan –

    Spalla assistente

    Ana Paula Schmidt

    Ana Zivkovic

    Arthur Vieira Terto

    Joanna Bello

    Laura Von Atzingen

    Luis Andrés Moncada

    Roberta Arruda

    Rodrigo Bustamante

    Rodrigo M. Braga

    Rodrigo de Oliveira

    Wesley Prates

    SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *

    Hyu-Kyung Jung ****

    Gideôni Loamir

    Jovana Trifunovic

    Luka Milanovic

    Martha de Moura

    Pacífico

    Matheus Braga

    Radmila Bocev

    Rodolfo Toffolo

    Tiago Ellwanger

    Valentina Gostilovitch

    VIOLASJoão Carlos Ferreira *

    Roberto Papi ***

    Flávia Motta

    Gerry Varona

    Gilberto Paganini

    Katarzyna Druzd

    Luciano Gatelli

    Marcelo Nébias

    Mikhail Bugaev

    Nathan Medina

    VIOLONCELOSPhilip Hansen *

    Robson Fonseca ***

    Camila Pacífico

    Camilla Ribeiro

    Eduardo Swerts

    Emília Neves

    Lina Radovanovic

    Lucas Barros

    William Neres

    CONTRABAIXOSNilson Bellotto *

    André Geiger ***

    Marcelo Cunha

    Marcos Lemes

    Pablo Guiñez

    Rossini Parucci

    Walace Mariano

    FLAUTASCássia Lima *

    Renata Xavier ***

    Alexandre Braga

    Elena Suchkova

    OBOÉSAlexandre Barros *

    Públio Silva ***

    Israel Muniz

    Maria Fernanda Gonçalves

    CLARINETESMarcus Julius Lander *

    Jonatas Bueno ***

    Ney Franco

    Alexandre Silva

    FAGOTESCatherine Carignan *

    Victor Morais ***

    Andrew Huntriss

    Francisco Silva

    TROMPASAlma Maria Liebrecht *

    Evgueni Gerassimov ***

    Gustavo Garcia Trindade

    José Francisco dos Santos

    Lucas Filho

    Fabio Ogata

    TROMPETESMarlon Humphreys *

    Érico Fonseca **

    Daniel Leal ***

    Tássio Furtado

    TROMBONESMark John Mulley *

    Diego Ribeiro **

    Wagner Mayer ***

    Renato Lisboa

    TUBAEleilton Cruz *

    TÍMPANOSPatricio Hernández

    Pradenas *

    PERCUSSÃORafael Alberto *

    Daniel Lemos ***

    Sérgio Aluotto

    Werner Silveira

    HARPAClémence Boinot *

    TECLADOSAyumi Shigeta *

    GERENTE Jussan Fernandes

    INSPETORAKarolina Lima

    ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Risbleiz Aguiar

    ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi

    ASSISTENTESClaudio Starlino

    Jônatas Reis

    SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro

    MONTADORESHélio Sardinha

    Klênio Carvalho

    ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

    INSTITUTO CULTURAL FILARMÔNICA

    Regente Associado

    MARCOS ARAKAKI

    Diretor Artístico e Regente Titular

    FABIO MECHETTIOscip — Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

    Lei 14.870 / Dez 2003

    OS — Organização Social

    Lei 23.081 / Ago 2018

    FORTISSIMO Maio nº 9 / 2019

    ISSN 2357-7258

    Editora Merrina

    Godinho Delgado

    Edição de texto

    Berenice Menegale

    Capa

    Antarah Ibn Shaddad —

    Manuscrito persa do séc. VI

    O Fortissimo está

    indexado aos sistemas

    nacionais e internacionais

    de pesquisa. Você pode

    acessá-lo também

    em nosso site.

    Este programa

    foi impresso em

    papel doado pela

    Resma Papéis.* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituta

  • FOTO

    : RAF

    AEL

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    S E J A P O N T UA L .C U I D E DA S A L A

    M I N A S G E R A I S .

    D E S L I G U E

    O C E L U L A R

    ( S O M E L U Z ) .

    D E I X E PA R A

    A P L AU D I R AO F I M

    D E C A DA O B R A .

    T R A G A S E U

    I N G R E S S O O U C A R TÃO

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    N ÃO C O M A

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    Nos dias de

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    FA Ç A S I L Ê N C I O

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    Dias 4 e 5, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A E C I N E M A

    Dias 9 e 10, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E

    Dia 12, 11h C L Á S S I C O S N A P R A Ç A / I N H O T I M

    Dias 16 e 17, 20h30 P R E ST O E V E LO C E

    Dia 25, 18h F O R A D E S É R I E / M Ú S I C A , FAU N A E F LO R A

    Dias 30 e 31, 20h30 A L L E G R O E V I VA C E

    E V I T E T R A Z E R

    C R I A N Ç A S M E N O R E S

    D E 8 A N O S .

    NO CONCERTO

    EM MAIO

    Restaurantes parceiros

    Rua Pium-í, 229

    Cruzeiro

    Tel: 3227-7764

    R. Rio de Janeiro, 2076

    Lourdes

    Tel: 3292-6221

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    Sala Minas Gerais

    www.filarmonica.art.br

    R UA T E N E N T E B R I TO M E LO , 1 . 0 9 0 — B A R R O P R E TO

    C E P 3 0 .1 8 0 - 0 7 0 | B E LO H O R I Z O N T E – M G

    T E L : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 0 0 | FA X : ( 3 1 ) 3 2 1 9.9 0 3 0

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    M A N T E N E D O R

    D I V U L G A Ç Ã O