3 família herpesviridae

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21/02/2011 1 Família Herpesviridae Medicina Veterinária Microbiologia Geral 3P Profa Me Vanessa Gomes da Silva [email protected] Grego “herpein” = rastejar, arrastar Extensão local das lesões em humanos Infecções crônicas, latentes e recorrentes Vírus muito antigos, quase 1 bilhão de anos: Alto nível de adaptação aos seus hospedeiros + 100 espécies: peixes, anfíbios, répteis, mamíferos Causam infecções inaparentes ou latentes, sem doença grave ou morte (transmissão mais eficaz) Introdução Virion: 130 300nm Variação devido à espessura do tegumento Tegumento: ptn estruturais entre capsídeo e envelope Envelope e Espículas Capsídeo: icosaédrico Núcleo: DNA fd, linear Replicação intranuclear Morfologia e Estrutura ENVELOPE: Espículas (GLP): mais numerosas e curtas que outros vírus Ex.: HSV-1: 11 GLP, mais de 1000 unidades/vírus; GLICOPROTEÍNAS gB, gC, gD, gE, gH, gI, gK, gM Ligam a receptores, fusão, penetração e transporte, Interação com sistema imune, alvos de AC; Nem todas essencias a replicação (in vitro) Morfologia e Estrutura TEGUMENTO: Camada protéica amorfa: 8 ptn tes VP16 e VHS com função na replicação VP16 (transcrição de genes) VHS (supressão de síntese protéica celular) Ciclo rápido: 18-20 horas em células permissivas; Morfologia e Estrutura

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Page 1: 3 Família Herpesviridae

21/02/2011

1

FamíliaHerpesviridae

Medicina Veterinária

Microbiologia Geral – 3P

Profa Me Vanessa Gomes da Silva

[email protected]

Grego “herpein” = rastejar, arrastar Extensão local das lesões em humanos

Infecções crônicas, latentes e recorrentes

Vírus muito antigos, quase 1 bilhão de anos:

Alto nível de adaptação aos seus hospedeiros

+ 100 espécies: peixes, anfíbios, répteis, mamíferos

Causam infecções inaparentes ou latentes, sem

doença grave ou morte (transmissão mais eficaz)

Introdução

Virion: 130 – 300nm

Variação devido à espessura do tegumento

Tegumento: ptn estruturais entre capsídeo e

envelope

Envelope e Espículas

Capsídeo: icosaédrico

Núcleo: DNA fd, linear

Replicação intranuclear

Morfologia e Estrutura

ENVELOPE:

Espículas (GLP): mais numerosas e curtas

que outros vírus

Ex.: HSV-1: 11 GLP, mais de 1000

unidades/vírus;

GLICOPROTEÍNAS

gB, gC, gD, gE, gH, gI, gK, gM

Ligam a receptores, fusão, penetração e

transporte,

Interação com sistema imune, alvos de AC;

Nem todas essencias a replicação (in vitro)

Morfologia e Estrutura

TEGUMENTO:

Camada protéica amorfa: 8 ptn tes

VP16 e VHS com função na replicação

VP16 (transcrição de genes)

VHS (supressão de síntese protéica celular)

Ciclo rápido: 18-20 horas em células permissivas;

Morfologia e Estrutura

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Facilmente inativados: Álcoois e detergentes;

Perdem infectividade Isopropanol ou etanol 70-80% por 5 min;

Formaldeído 0,2-0,8% e gluteraldeído 2%;

Ph: < 3 e > 11 por 10 minutos;

Suscetibilidade e Resistência Adsorção

Penetração

Fusão com a membrana celular

Ptn do tegumento transportam o v para o núcleo

Replicação

Replicação no núcleo

capsídeo desintegra e libera o

genoma no interior do núcleo

Síntese de DNA e capsídeo no

núcleo e envelope pelo Golgi

Liberação por exocitose e morte

da célula decorrente das

alterações celulares

Ciclo rápido: 18-20 horas

Replicação

Replicação nas mucosas transporte pelos

axônios ou dendritos para os neurônios sensoriais

Uma vez herpético, sempre herpético!!

Ausência de replicação – genoma viral circular

Ausência de sinais clínicos

Reativação por stress: re-excreção

Latência

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Subtipos

Herpesviridae

Alphaherpesvirinae(lise celular)

Betaherpesvirinae(citomegalia)

Gammaherpesvirinae(oncovírus)

Alphaherpesvirinae (lise celular)

Gama alta de hospedeiros;

Replicação curta, menos de 24 horas;

Infecções latentes em neurônios e gânglios

sensoriais;

Destroem rapidamente células de cultivo;

Grande importância na veterinária;

Betaherpesvirinae (citomegalia)

Gama restrita de hospedeiros;

Replicação longa;

Progressão lenta em cultivo;

Tecidos glandulares, rins, células

linforreticulares;

Importantes patógenos humanos, atingem

primatas e roedores;

Gammaherpesvirinae (oncovirus)

Gama restrita de hospedeiros;

Células linfoblastóides (infecções latentes);

Células epitelióides e fibroblásticas

(infecção líticas);

Potencial oncogênico, adaptadas a linfócitos

B ou T;

Infecção em animais;

Herpesvírus Bov 1: IBR/IPV

Herpesvírus Bov 2: Mamilite Bov

Herpesvírus Bov 5: Meningoencefalite

Herpesvírus Eq 1: Aborto Eq a vírus

Herpesvírus Eq 3: Exantema Coital

Herpesvírus Eq 4: Rinopneumonite

Herpesvírus Sui 1: Dç Aujeszky

Herpesvírus Av 1: Laringotraqueíte

Herpesvírus Can 1: Doença Hemorrágica

Herpesvírus Fel 1: Rinotraqueíte

Herpesvírus Símio: Vírus B

Herpesvírus Simplex 1: Labial

Herpesvírus Simplex 2: Genital

Varicella-zoster

LATÊNCIA

em céls

nervosas

Alphaherpesvirinae

Sem sintoma

Sem anticorpo

Sem vírus

HVB-1 – Rinotraqueíte infecciosa bovina e

balanopostite e vulvovaginite pustular infecciosa

HVB-1,

Subtipo 1.1 – dç respiratória, incluído nas vacinas

Subtipo 1.2a e 1.2b: dç respiratória e

balanopostite/vulvovaginite pustular infecciosa

1.1, 1.2a e 1.2b podem causar aborto

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HVB-1 – Rinotraqueíte infecciosa bovina e

balanopostite e vulvovaginite pustular infecciosa

Sinais clínicos

Respiratório: febre, secreção nasal, anorexia,

apnéia. Fatal em bzros

Neurológico: incoordenação, convulsão

Reprodutivo: secreção vaginal, lesões na mucosa e

pênis, aborto.

GRAVE: morbidade 100% e mortalidade 10%

IBR/IPV

Diagnóstico direto

suabes de secreção nasal e genital

Isolamento viral

Imunofluorescência

PCR

Diagnóstico indireto:

soro

Soroneutralização ou ELISA

IBR/IPV

Dç ulcerativa severa dos

tetos de bov leiteiro

Sinais:

úlceras e escaras nos

tetos/úbere, lábios, narinas,

focinhos de bzros, queda

na produção de leite

Morbidade: 100%;

mortalidade: baixa

HVB-2 Mamilite herpética bovina

www.vet.uga.edu/ www.thecattlesite.com

Febre catarral maligna

Herpesvirus alcefalino 1 (HAL-1) e herpesvírus

ovino-2 (HVO-2).

Hospedeiros: bovinos, cervídeos, ovinos e caprinos

Sinais clínicos:

febre súbita, secreção oculonasal, linfonodos

aumentados, conjuntivite, opacidade de córnea, lesões

no trato respiratório superior.

morbidade; mortalidade

Febre catarral maligna

PI: 3-4 semanas, doença fatal com curso de 7

dias;

Diagnóstico

Direto:

PCR de leucócitos circulantes;

Isolamento viral

InDireto:

ELISA: detecção de AC, menos específico que PCR: útil

para epidemiologia em ovinos.

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www.beefpoint.com.brwww.vet.uga.edu

Dç de Aujeszky

Hospedeiros: suínos, ovinos e gatos (fatal);

Transmissão: secreções oronasais, leite e sêmem,

contato direto entre focinhos ou aerossóis,

transplacentária, produtos do aborto, consumo de

carne pelos animais (aborto).

Sinais clínicos:

Neurológicos: incoordenação, cambaleio, convulsão,

“coceira louca”, automutilação

Respiratórios: febre, corrimento nasal, tosse

Reprodutivos: reabsorção fetal, aborto, natimortos ou

fracos

Dç de Aujeszky

www.cfsph.iastate.edu

Herpesvírus Equino

Vírus Comentários

HVE-1 Aborto equino a vírus

Causa aborto, dç respiratória, infecção

neonatal e dç neurológica. Ocorrência

mundial.

HVE-3 Exantema Coital

Causa infecção venérea moderada, tanto

em éguas quanto em garanhões.

HVE-4 Rinopneumonite equina

Causa rinopneumonite em equinos

jovens e abortos esporádicos. Ocorrência

mundial.

Herpesvírus Equino

Sinais clínicos:

Respiratória: tosse,

broncopneumonia, febre,

faringite, secreção nasal

serosa,

Neurológicos: paralisia,

incordenação, decúbito, morte

Reprodutivos: aborto (fim da

gestação)

HVE-3 Exantema coital

Sinais clínicos:

Pápulas vesículas e pústulas

úlceras

Lesões em tetos, lábios e

narinas

Machos nao cobrem femeas

devido as lesões penianas

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Herpesvírus canino e felino

Vírus Comentários

HVC-1 Causa infecção generalizada fatal em

cães recém-nascidos. Rara.

Sinais: vesículas na genitália, vaginite,

aborto, natimortalidade

HVF-1 Causa rinotraqueíte viral felina em

gatos jovens. 40% das infecções

respiratórias em gatos. Felinos

domésticos e selvagens.

Sinais: infecção aguda do trato

respiratório, secreção oculonasal,

espirros, febres

Ac presentes na infecção:

IgM (1); IgA (2); IgG (3)

Todos podem neutralizar o vírus

Presentes no leite

LT são mais eficazes na recuperação de

infecções herpéticas

Céls que contribuem na defesa:

Interferon, LT citotóxicos, NK, macrófagos

Herpesviridae. Wise, D. J. e Carter, G. R.

Disponível em:

http://www.ivis.org/advances/carter/Part2Chap11/

chapter.asp?LA=1 . Acessado em: 05/01/2010.

Trabulsi. Microbiologia. Cap 86.

Quinn. Microbiologia Veterinária. Cap 54