3-acordo ortográfico - argumentação

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  • 7/26/2019 3-Acordo Ortogrfico - Argumentao

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    Acordo Ortogrfico

    Comeo a considerar uma falta de respeito, essa teimosia em no adotar o Acordo Ortogrfico(AO). Trata-se de um conservadorismo irracional, doentio e tacanho, um abuso da liberdade eainda uma contribuio negativa para quem se esfora por escrever o portugus sem errose enganado pelo portugus dos que escrevem em portugus arcaico (na presente data, j o ).A aplicao do AO to simples que s posso concluir que nem se deram ao pequeno trabalhode estudarem o AO e com esta atitude ainda no verificaram como fica muito mais simples

    escrever em portugus, usando-o.

    A lngua portuguesa teve origem no galaico-portugus do sculo 8. Com o rei D. Dinis, no sculo13, ele modificou-a para se afastar do castelhano. Depois foi evoluindo no sculo 16 graas aosdescobrimentos, e assim continuou at inmeras alteraes serem feitas nos sculos 19 e 20.

    A lngua portuguesa no como se escreve mas sim como se fala. At cerca de 1930 osportugueses eram maioritariamente analfabetos e no queriam nada saber da escrita; queriam saber de como se fala. A maneira como se escreve apenas uma conveno que pode sofreralteraes com o tempo, sem deixar de ser portugus. Assim o atual AO apenas mais umaconveno e o portugus continua portugus.

    O portugus que os antiacordo tanto teimam em usar, s foi assim depois do AO de 1945 (nasequncia do de 1911) e posto em vigor em Portugal, em 1947 pelo governo de Salazar. Nessaaltura, como podem ver no pargrafo seguinte, houve profundas alteraes na forma de escrevero portugus. Em Portugal, como se estava em ditadura, todos ficaram calados, sob pena dapolcia poltica da altura pr alguns com a cabea ao sol no Tarrafal; agora que estamos emdemocracia, abusam dela e teimam em complicar o que bem simples. Eventualmenteaconteceu algo semelhante no Brasil.

    Vejamos alguns exemplos de como se escrevia o portugus antes do acordo de 1945, seguido de

    como se passou a escrever depois dessa data: veiu - veio (verbo vir); judajudeia; logarlugar; paepai; Nazareth - Nazar; propheta - profeta; aquelleaquele; prgandopregando;penitenciapenitncia; proximoprximo; falloufalou; pharmaciafarmcia; apparelhaeaparelhai; endireitaeendireitai; pellepele; elleele; peccadopecado; fructofruto; arvorervore; ha deh-de (curiosa esta; antes no havia exceo no verbo haver como passouerradamente a haver depois de 1945); celleiroceleiro; jmaisjamais; appareceraparecer;estrellaestrela; vinde-mo vinde-mo; adoral-oador-lo; offerta - oferta; EgyptoEgipto;illudidoiludido; annoano; annunciadoanunciado; etc., etc., etc.

    Como se pode verificar, as alteraes foram muito grandes. Comparando, as alteraes no atualAO so uma ninharia! E no Brasil passou-se algo de semelhante, tendo-se aceitado algumas

    alteraes e no o fazendo noutras. Enfim, uns para cada ladouma tristeza estas teimosias.

    As alteraes introduzidas pelo atual AO no tm nada de substancialmente diferente do queestvamos habituados:

    - As consoantes mudas passaram a no serem escritas nos pases onde no so pronunciadas.Assim, por exemplo em Portugal, facto continua a ser facto. Em Portugal, a to contestadapalavra cgado continua a ser cgado.Uma criana, quando aprende, no ir aprender a ler mal se a palavra no tiver as letras mudasque antes existiam. Por exemplo, na palavra aspeto a criananunca iria ler "aspto" porque talpalavra no lhe foi ensinada pela sua famlia e como tal no est na sua memria. Logo,

    atualmente, o "c" nessa palavra no faz falta nenhuma.Pelo contrrio, em "facto" faz falta estar l o "c" porque ns pronunciamos "fakto".

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    - Passaram a ser aceites o acento circunflexo ou o agudo em algumas palavras esdrxulas(proparoxtonas) em funo do sotaque em uso em cada pas de lngua portuguesa, mas nada derelevante.

    - Passou a ser normalizado o uso do hfen, uma vez que antes no estava muito bem definidoonde se devia, ou no, us-lo; vejamos o caso particular do verbo haver: consideremos aseguinte frase que denota uma inteno: eu tenho de comprar um martelo; posso dizer estainteno de outra forma: eu hei de comprar um martelo; por que carga de gua que todos osverbos no tinham hfen a separar de exceo do verbo haver? Era at irracional. J eraassim antes de 1945; depois que ficou mal. Neste ponto dever-se-ia ter ido mais longe:acabava-se de vez com os hfens. No fazem falta nenhuma.

    - Vejamos agora o caso de para (verbo parar). O ingls (e no s) no tem acentos nas palavrase isso no constitui nenhum problema. O raciocnio deles muito pragmtico e o seguinte: acriana pequena, primeiro aprende as palavras e s mais tarde (por volta dos seis anos de idade) que vai aprender a ler e a escrever. Ento no vai pronunciar erradamente uma palavra noacentuada porque tal pronncia no existe na sua memria. Vejamos um caso com a palavraportuguesa rvore: se a palavra estivesse escrita sem acento, isto arvore, a criana no iria l-

    la arvre porque tal pronncia deste ser vegetal no existe na sua memria. Vejamos outroexemplo em que a acentuao no faz falta nenhuma: o lavrador estava a colher o trigo eenquanto merendava deixou cair a colher. Pelo sentido todos identificamos o primeiro colhercomo verbo e a segunda como o objeto de comer a sopa.Ora o mesmo se passa com para (verbo) e para (preposio). Exemplo: A criana correu para arua atrs da bola e eu, vendo um carro em alta velocidade, gritei: Para! Pelo contexto todossomos capazes de deduzir que o primeiro para e o segundo pra.

    As letras "p" e "c" que se encontram em algumas palavras com letras mudas esto l porque emlatim (origem dessas palavras) as letras estavam e eram PRONUNCIADAS. Exemplo disto:aspect em ingls l-se aspekte, ou seja esto l em ingls porque se pronunciam.

    Acontece que em portugus, na maioria dessas palavras essas letras deixaram de serpronunciadas em Portugal, ou no Brasil e noutros casos continuaram a ser pronunciadas.Verifica-se at, de uma forma geral e salvo algumas excees, que quem alterou a maneira depronunciar o portugus foram mesmo os portugueses e no os povos colonizados que so hoje amemria viva de como os nossos antepassados pronunciavam muitas das palavras na poca dosdescobrimentos.

    Tambm se constata que, em termos prticos, no interessa nada se as palavras vm do latim oudo grego; a lngua viva e muda com o tempo. Esse assunto, embora importante, apenas teminteresse para quem tem como profisso ser linguista e precisa desse saber para analisar textosantigos.

    O problema que, quando se faz um acesso universidade ou a uma entidade pblica, neste ounoutro pas de lngua portuguesa, no estando normalizada a escrita, podemos ver reprovada acandidatura por o texto ter erros de ortografia. Adicionalmente no se poderiam usar no ensinoautores de outros pases de lngua portuguesa pelo mesmo motivo. Assim, faz todo o sentido que,verificando-se essas diferenas regionais, houvesse um documento normativo que as legalizasse.Alis este esforo no de agora - j h desde mais de um sculo que se tem vindo a fazerdiversas tentativas de normalizao atravs de vrios acordos. Logo, este AO no ser o ltimo;h muitas mais coisas a simplificar na lngua portuguesa... e um poucochinho de cada vez nocusta nada.

    O AO foi feito em 1990. Os contestatrios tiveram cerca de 25 anos para o contestar; e agora queest em vigor que vm colocar problemas no que no problema algum! Com estesconservadores... ainda estvamos na idade da pedra.

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    No me parece que fossem necessrios 25 anos para que os antiacordo s agora apaream. Em1945, as alteraes foram muito grandes e todos estiveram calados.

    H vantagens econmicas e geoestratgicas em uniformizar o portugus. No sejamosarrogantes porque estamos em Portugal ou no Brasil ou noutro pas de lngua portuguesa.Sejamos humildes. A lngua portuguesa tem bastante importncia porque h mais de 200 milhesde brasileiros, 70 milhes em outros locais a falar portugus e em Portugal s h cerca de 10milhesSem o conjunto todo dos falantes de portugus o portugusno tinha importnciasignificativa no mundo.Nos relatrios da ONU e de outras instituies, o portugus a quinta lngua mais falada noplaneta porque se tem em considerao que existe um universo de cerca de 270 milhes defalantes de portugus.

    Quem mais alterou o portugus no foram os brasileiros mas sim os doutores de Portugal. Comose sabe as palavras tcnicas foram, em grande escala, importadas do ingls. E se temos muitosartigos tcnicos e cientficos em portugus na Internet devemo-lo aos brasileiros que evolurammais depressa que Portugal nessa rea. Entre milhares de palavras em que isso aconteceuvejamos agora apenas duas: "sport" ingls, para se converter em portugus teria que iniciar por

    "e" e dar "esporte"; "stress" ingls deveria ser convertido tambm colocando um "e" inicial e darestresse. O que fizeram os doutores portugueses? De "sport" inventaram "desporto"acrescentando "de" ao incio de "sport" e inventaram "stresse" que no tem lgica na formao depalavras em portugus. O assunto polmico, mas os brasileiros seguiram, quanto a mim, umaregra muito mais usada em portugus quando se importam palavras do ingls.

    Fernando Cristvo, professor daFaculdade de Letras da Universidade de Lisboa e membrodaAcademia das Cincias de Lisboa questionou "Se Portugal e o Brasil tm direito a ortografiasprprias diferentes, porque que Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique, So Tom ePrncipe e Timor no tm o mesmo direito? E qual a lngua de uso internacional que resistiria aoito ortografias diferentes?".

    Vital Moreira,poltico e professor daUniversidade de Coimbra,lembra que "no existe nenhumarazo lgica para que uma mesma lngua mantenha tantas divergncias ortogrficas entre duasnormas nacionais, quando elas no correspondem a uma divergncia real na sua expressooral". Ideia corroborada pelo jurista portugus Pedro Lomba "havendo uma lngua nica,devemos perguntar se ser sensato insistir numa diviso desnecessria e complicativa das regrasortogrficas dos dois pases e por Mauro de Salles Villar, coautor doDicionrio Houaiss daLngua Portuguesa "A variedade do portugus do Brasil e de Portugal muito aproximada.No temos razo em ter duas formas oficiais de grafar a lngua".

    Edite Estrela,professora e eurodeputada portuguesa disse que " necessrio pr termo a esta

    singularidade de termos uma lngua com dupla ortografia, situao que tem dificultado ainternacionalizao do nosso idioma, quer em universidades estrangeiras, quer em organismosem que Portugal e o Brasil tm assento. A unificao ortogrfica no faz milagres, mas oprimeiro passo para uma poltica da lngua coerente" e que "H quem questione auniformizaoda escrita, invocando as diferenas vocabulares e de pronncia entre Portugal e oBrasil. Ora, escrever do mesmo modo no significa falar do mesmo modo, como provam,designadamente, os alentejanos e os micaelenses. E, quanto ao vocabulrio, recordo que emterritrio portugus, por exemplo, o estrugidoe a sertconvivem, sem problemas, com orefogadoe a frigideira.O custo econmico e financeiro na produo de edies diferentes de dicionrios tambm foilevado em conta, livros didticos e literrios para o Brasil e para Portugal.

    E ns que no somos peritos vamos questionar estes especialistas?Poder-se- argumentar que outros doutos tm uma opinio contrria. Mas tambm nos doutos h"velhos do Restelo".

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Letras_da_Universidade_de_Lisboahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_das_Ci%C3%AAncias_de_Lisboahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vital_Moreirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Coimbrahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Houaiss_da_L%C3%ADngua_Portuguesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Houaiss_da_L%C3%ADngua_Portuguesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Edite_Estrelahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Edite_Estrelahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Houaiss_da_L%C3%ADngua_Portuguesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Dicion%C3%A1rio_Houaiss_da_L%C3%ADngua_Portuguesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Coimbrahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vital_Moreirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_das_Ci%C3%AAncias_de_Lisboahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Faculdade_de_Letras_da_Universidade_de_Lisboa
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    No foram uns ignorantes que fizeram este AO 1990. Foram peritos da Academia das Cinciasde Lisboa, da Universidade de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras e da Universidade deCoimbra. Estamos ns muito longe da capacidade lingustica destes peritos.

    O Esperanto uma lngua artificial que s tem regras, nenhuma exceo e cada letra tem umnico som. Trata-se por isso de uma lngua extremamente fcil de aprender e falar e j foi 2vezes considerada pela ONU como um veculo para aumentar o entendimento entre os povos.O Esperanto foi pensado para ser a segunda lngua de todos os povos. Infelizmente a hegemoniado capital com origem no imprio britnico com a influncia da atual maior potncia - os EUA, temimpedido esse objetivo e o ingls tomou a dianteira na Internet; curiosamente h imensos artigosem portugus na Internet sobre tudo o que se procurar, graas aos brasileiros.O meu maior desejo para as outras lnguas, que, progressivamente simplifiquem tanto quantopossvel at se aproximarem da simplificao do Esperanto.

    Lus de Cames, Fernando Pessoa, Alexandre Herculano e Alves Redol no escreveram oportugus da mesma maneira que o fazemos. Eles escreveram em portugus ainda mais arcaicodo que aquele que os antiacordo teimam em usar.E no entanto, independentemente da escrita deles, todos concordamos que eles escreviam em

    portugus; era arcaico, mas portugus.Eu li o AO e tenho-o sempre comigo para tentar no cometer erros com o uso dos hfens. Defacto, o AO deveria ter ido mais longe e eliminar todos os hfens. No fazem falta nenhuma.Repare-se que o castelhano no separa o pronome do verbo, antes forma uma nica palavra comele. Por exemplo: eu "encontro-te", em castelhano dar "encuentrote"; encontrar-se darencontrarse, etc. Ou seja, quando falamos no interessa nada como escrevemos aquilo quefalamos.Antes de 1930 os portugueses eram quase todos analfabetos e no queriam nada saber daescrita. A escrita uma conveno: uma cultura segue uma conveno, e outra cultura, emsituao idntica, segue outra conveco, como demonstrei com o castelhano.

    Por muito que neguem e contestem, o AO simplifica a escrita do portugus sem erros. Almdisso, ao normalizar a escrita, faz com que autores de diferentes pases LP possam ser usadosnas escolas de outros pases e a aprendizagem do portugus por estrangeiros seja mais fcil.Os peritos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, da Academia das Cincias deLisboa, da Universidade de Coimbra e a Academia Brasileira de Letras que deram origem aoatual AO tambm afirmam que o portugus fica mais simples e mais normalizado. Quem somosns para contestar o trabalho rduo desses nossos colegas que tanto se esforaram para chegara um consenso para agora virem uns tantos retrgrados anular tanto esforo?

    Os oponentes tm apontado o facto de a ortografia da lngua inglesa apresentar variantes nos

    diversos pases anglfonos, sem que a ortografia inglesa tenha sido objeto de regulao.Tambm mencionam a mesma situao com a lngua castelhana. Ora isso uma formadistorcida de descrever o que realmente aconteceu:

    Norma ortogrfica do ingls, do castelhano, do alemo e do francs

    Lngua inglesa

    No ingls foi exercida a fixao das suas normas grficas, cuja padronizao coube aos grandesdicionrios de referncia, desde o de Samuel Johnson publicado em 1755 at aos dosnossos dias com o Oxford English Dictionary, fruto da interveno das editoras em ntima ligao

    com o mundo acadmico, que hoje incorpora as variantes ortogrficas do ingls dos EstadosUnidos.Graas a esta, bem antiga, normalizao da ortografia inglesa, a ortografia do ingls mudoumuitssimo pouco nos ltimos duzentos anos porque h muito que as duplas grafias que severificavam, e se verificam atualmente, esto incorporadas na mesma norma ortogrfica.

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    O ingls, apesar das muitas simplificaes na conjugao verbal, e na formao de novaspalavras, o que facilita a sua aprendizagem, apresenta uma discrepncia muito grande entre apronncia e a escrita. Costumo dar como exemplo a palavra para "cais" que se escreve "quay" ese pronuncia "ki" - um autntico disparate, digo eu.

    Lngua espanhola/castelhana

    A formao do castelhano/espanhol, contemporneo, vem desde a fundao da Real AcademiaEspanhola (RAE) em 1713 at aos nossos dias. Houve outros trabalhos por outros peritos, masno surtiram o impacto da RAE em colaborao com outras academias.

    Apesar de ser um idioma falado em regies to distantes, a ortografia e as normas gramaticaisasseguram a integridade da lngua, com a colaborao entre as diversas Academias da Lnguade Espanha e as dos pases americanos no intuito de preservar esta unidade.Espanha elaborou o primeiro mtodo unitrio de ensino do idioma que difundido por todo omundo atravs doInstituto Cervantes.A colaborao entre a Real Academia Espaola e as outras academias resultou na criao, emcoautoria, doDiccionario de la Real Academia Espaola(que j vai na 22. edio, publicada

    em2001), da edio de1999 da Ortografa, considerada uma obra verdadeiramente pan-hispnica, e mais recentemente na confeo doDiccionario panhispnico de dudas(2005).

    Nota: - Repare-se por ex. que esta palavra em castelhano diccionariopoderia levar-nos aargumentar que l tambm tm letras mudas, mas no, porque se pronuncia dikcionario; isto ,salvo raras excees, no castelhano no h genericamente letras mudaselas sopronunciadas, ao contrrio do que fizeram os portugueses que lentamente deixaram de aspronunciar.

    Entre os projetos conjuntos esto a redao da Gramticae a compilao de um Diccionario deamericanismos. Desde2000,a Associao organiza a Escola de Lexicografia Hispnica para a

    formao de peritos em lexicografia castelhana.A Associao, juntamente com a Real Academia Espaola, foi galardoada com oPrmio Prncipedas Astrias da Concrdia em2000,por seus esforos pela colaborao e consenso.

    Lngua alem

    A1 de Julho de1996 todos os estados alemes, a ustria, a Sua e o Liechtenstein acordaramintroduzir uma nova ortografia no dia 1 de Agosto de 1998. A novaortografia s obrigatria nasescolas. Porm, na medida em que os alunos passaram a populao produtiva, com oenvelhecimento da gerao anterior, a nova ortografia est a estabelecer-se na maioria dapopulao.

    Lngua francesa

    A simplificao ortogrfica do francs foi validada pela Academia Francesa e publicada no JornalOficial da Repblica em 1990. Comeou a ser aplicada em 2008 por ocasio da reformulao dosmanuais escolares. Alterou cerca de 2400 palavras. O Conselho Internacional da LnguaFrancesa, onde todos os pases francfonos esto representados, deu parecer favorvel novaortografia. Entra em vigor em 2016.

    Na lngua portuguesa, houve tambm tentativas de trabalho nesse sentido.Raphael Bluteau, portugus de origem francesa, publicou OVocabulrio Portugus e Latinoque

    foi lanado entre1712 e1728.Antnio Moraes Silva,brasileiro, publicou O Dicionrio da Lngua Portuguesa, em Lisboa, em1789, que reconhecido como um dicionrio muito completo.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Cervanteshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Diccionario_de_la_Real_Academia_Espa%C3%B1olahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Diccionario_de_la_Real_Academia_Espa%C3%B1olahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Diccionario_de_la_Real_Academia_Espa%C3%B1olahttps://pt.wikipedia.org/wiki/2001https://pt.wikipedia.org/wiki/1999https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diccionario_panhisp%C3%A1nico_de_dudas&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diccionario_panhisp%C3%A1nico_de_dudas&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diccionario_panhisp%C3%A1nico_de_dudas&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/2005https://pt.wikipedia.org/wiki/2000https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Pr%C3%ADncipe_das_Ast%C3%BArias#Conc.C3.B3rdiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Pr%C3%ADncipe_das_Ast%C3%BArias#Conc.C3.B3rdiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/2000https://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Julhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/1996https://pt.wikipedia.org/wiki/Ortografiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vocabul%C3%A1rio_Portugu%C3%AAs_e_Latinohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vocabul%C3%A1rio_Portugu%C3%AAs_e_Latinohttps://pt.wikipedia.org/wiki/1712https://pt.wikipedia.org/wiki/1728https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ant%C3%B4nio_Moraes_Silva&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ant%C3%B4nio_Moraes_Silva&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/1728https://pt.wikipedia.org/wiki/1712https://pt.wikipedia.org/wiki/Vocabul%C3%A1rio_Portugu%C3%AAs_e_Latinohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ortografiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/1996https://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_Julhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/2000https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Pr%C3%ADncipe_das_Ast%C3%BArias#Conc.C3.B3rdiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9mio_Pr%C3%ADncipe_das_Ast%C3%BArias#Conc.C3.B3rdiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/2000https://pt.wikipedia.org/wiki/2005https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Diccionario_panhisp%C3%A1nico_de_dudas&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/1999https://pt.wikipedia.org/wiki/2001https://pt.wikipedia.org/wiki/Diccionario_de_la_Real_Academia_Espa%C3%B1olahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Cervantes
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    Porm, infelizmente, tal facto no resultou numa simplificao e normalizao a larga escala nospovos de lngua portuguesa nessa poca.S nos fins do sc. 19 e durante o sc. 20 que se fizeram trabalhos com algum sucesso nanormalizao do portugus e de que o AO de 1990 apenas mais um passo nesse sentido.

    E no planeta, a lista de lnguas com acordos e simplificaes feitas nas ltimas dcadas grande.

    Nas reformas destas lnguas, houve em todos os casos os evolucionistas que se colocaram afavor e os conservadores que se colocaram contra e sempre com acesas discusses.

    Fica assim demonstrado que no so os pases de lngua portuguesa os nicos a fazeremacordos e normalizaes.Ns portugueses que temos tendncia para viver sem planeamentos, ao Deus-dar, camos nasituao de estarmos atrasados mais de um sculo em relao ao ingls, j normalizado desde1755 e ao espanhol desde 1713. Penso que um pouco vergonhoso para nse no s. Epelos vistos os antiacordo querem continuar nesse estado.

    E poderia ir por aqui fora apresentando inmeros argumentos tcnicos, mas tenho conscincia

    que nunca convenceria os antiacordo.E esta impossibilidade de racionalizar as coisas, que tambm acontece de forma idntica nasdiversas tentativas de evoluo em diversas reas e em todos os povos, triste para ahumanidade.Este comportamento conservador atrasa a evoluo intelectual e espiritual da humanidade ejustifica a necessidade de que todos temos de morrer. preciso morrer uma gerao mais velhapara que a mais jovem consiga fazer mudanas para a evoluo, porque os conservadores,enquanto vivos, impedem as mudanas que so necessrias e teis para simplificar.

    E isto vlido para todos, mas poucos veem isto.