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27ª Edição de 16 a 31 de março de 2011 Visite a página da Sala de Imprensa da EACH. Lá você também encontra outras notícias importantes sobre a nossa escola Acesse: http://www.each.usp.br/site/sala-imprensa.php Folha de S. Paulo 16 de março de 2011 Editoria Opinião, página A-2

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27ª Edição – de 16 a 31 de março de 2011

Visite a página da Sala de Imprensa da EACH. Lá você também encontra

outras notícias importantes sobre a nossa escola

Acesse: http://www.each.usp.br/site/sala-imprensa.php

Folha de S. Paulo 16 de março de 2011 Editoria Opinião, página A-2

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Portal Nacional de Seguros 16 de março de 2011

Eventos esportivos são oportunidade para o turismo rodoviário Muito se fala sobre os investimentos que os municípios brasileiros têm feito enquanto aguardam a chegada dos dois maiores eventos esportivos do planeta, a Copa do Mundo de futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Para Karina Solha, docente da USP - Leste, o transporte turístico rodoviário precisa de investimentos e essa é uma excelente oportunidade para consolidar a imagem do País como destino turístico.

Apenas no mês da Copa do Mundo de 2014, espera-se cerca de 500 mil pessoas em São Paulo. Segundo dados do Ministério do Turismo, de 2007, o Estado é o primeiro destino turístico do País, sendo também o principal emissor de turistas de viagens domésticas para o próprio Estado (78%). Esse resultado pode ser atribuído a vários fatores, mas vale destacar a diversidade de serviços e a qualidade da infraestrutura de transportes, principalmente, rodoviário, representada, inclusive, por algumas centenas de veículos destinados ao transporte profissional de pessoas por fretamento. Segundo a professora doutora Karina Toledo Solha, do curso de Lazer e Turismo, da EACH - Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP) e líder do Grupo de Pesquisa de Turismo, Conhecimento e Inovação - no entanto, uma questão importante não pode ser deixada de lado neste momento: a gestão turística dos municípios deve considerar vários fatores, como a diversificação e qualificação da oferta de equipamentos e serviços, além da capacitação dos recursos humanos para atender o turista que chega. “Se o Estado de São Paulo já possui uma demanda significativa por viagens domésticas, pode ser o momento de implementar ações que permitam sua expansão, principalmente, considerando as características deste segmento rodoviário”, expõe. “As viagens são realizadas em sua maioria por meio do transporte rodoviário, com predominância do uso do automóvel, uma vez que o transporte aéreo regional ainda é bastante incipiente. No entanto, apesar da qualidade das rodovias, são frequentes as reclamações sobre os custos que incidem na viagem, principalmente com relação aos pedágios. Além disso, ainda precisamos qualificar e diversificar a oferta turística no interior do Estado que, mesmo com os esforços de várias localidades, ainda não conseguiu se tornar realidade”, acrescenta Karina. A professora, junto com Aline Luques, desenvolveu uma pesquisa com as empresas do setor de fretamento, a pedido da FRESP – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros por Fretamento do Estado de São Paulo. Segundo a pesquisadora, pode-se vislumbrar alguns dos desafios a serem superados para o desenvolvimento do turismo no Estado. “Então, não seria hora de agir? Isso exige agilidade, mudança de paradigma dos vários segmentos, inclusive das operadoras de transporte por fretamento podem considerar esta situação como uma oportunidade. O desafio é acompanhar, pensar e implementar estratégias que levem o setor a se tornar mais competitivo”, alerta. De acordo com ela, de modo geral, com honrosas exceções, as empresas de transporte turístico ou por fretamento eventual são reativas, só acompanham o que está acontecendo, não prospectam novos mercados nem se preparam para crescer e isso deveria mudar. Para Karina Solha, hoje, essa modalidade de serviço deixou de ser priorizada nas empresas de transporte e o segmento não percebeu o potencial que têm as viagens de curta duração para destinos com distâncias de até 300 km. “Atualmente, esses turistas viajam quase que exclusivamente de automóvel. Além disso, tem-se observado um crescimento bastante significativo das classes C e D, que têm utilizado esse tipo de transporte para o turismo, ou seja, uma grande fatia da população brasileira, que tem investido, entre outras coisas, em lazer e diversão”, explica. “O que é preciso entender é que, depois de muita espera, chegou o momento ideal para se pensar expansão. Para isso, as empresas de transporte profissional de pessoas precisam transformar-se e entender que para crescer é preciso investir mais nas relações. A troca de informações é uma tendência mundial que chega também para elas e as incentiva a gerar negócios de forma estratégica, ampliando suas políticas de comunicação, criando relações e parcerias com os setores de serviços das cidades, conhecendo e se interessando mais pelas atividades turísticas e unindo forças com o poder público”, completa. A docente do curso de Lazer e Turismo diz que conexão é palavra de ordem para quem quer se destacar nesse mercado. No entanto, é preciso dar mais atenção às necessidades específicas do público consumidor, como por exemplo, na personalização dos serviços de acordo com as características e necessidades dos clientes e na ampliação da propaganda boca a boca, fortíssima no setor já que a maior parte dos serviços é captada por intermediários. “E, inevitavelmente, é preciso investir na capacitação profissional. O público será seu maior aliado, mas também poderá ser seu pior algoz, então é preciso estar preparado para lidar com as diversidades”, afirma.

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Segundo a especialista, o mundo mudou e o Brasil está mudando também. As pessoas têm aproveitado as oportunidades e, com inteligência, se adaptado às novas exigências. O setor de transporte por fretamento deve seguir essa tendência e estar preparado para garantir excelência e destaque no trabalho, sentindo os ventos favoráveis que virão com os jogos, e com certeza, as novas possibilidades que se abrirão depois deles.

Acesse a notícia em:

http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=32443:

eventos-esportivos-sao-oportunidade-para-o-turismo-

rodoviario&catid=71:categoria-veiculos&Itemid=367

Portal IG

17 de março de 2011

USP Leste pode fechar mais de 300 vagas

Grupo de trabalho composto por direção e professores do campus sugere

redução das vagas para aumentar nota de corte no vestibular

Cinthia Rodrigues e Tatiana Klix, iG São Paulo | 17/03/2011 19:12

Inaugurado em 2005, o campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) pode perder

até 330 das 1.020 vagas oferecidas atualmente. O iG teve acesso ao relatório de

conclusão do grupo de trabalho da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each) que

estudou a revisão dos cursos da unidade por conta de baixa demanda. A proposta pede a

diminuição de pelo menos 10 vagas em cada carreira.

Segundo o relatório, as salas de aula da unidade foram feitas inicialmente para atender

turmas de 50 alunos, mas os vestibulares ofertaram 60 vagas por ano em cada uma e,

com as repetências, há algumas turmas com 65 a 70 estudantes, o que comprometeria o

aprendizado. Além disso, seguindo as diretrizes apontadas pela reitoria da USP no ano

passado, todos os cursos com baixa demanda foram reavaliados e, em alguns casos, a

sugestão é que as vagas sejam reduzidas de 120 para 40.

O relatório também aponta a intenção de tornar a seleção mais rigorosa: “Esta redução

sugerida teria um efeito imediato no aumento da relação candidato-vaga, já que a procura

por alguns dos cursos da Each é bastante reduzida. Enfim, de modo geral, teríamos um

aumento na nota de corte e, certamente, uma elevação na qualidade dos alunos

ingressantes, algo desejado por toda a universidade”, diz o documento assinado por um

grupo de trabalho formado pelo ex-reitor da instituição durante a criação da USP Leste,

Adolpho José Melfi, e professores tanto da Each quanto de outras unidades.

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Em alguns cursos a redução de vagas seria bem maior. A proposta é reduzir pela metade

as 60 vagas de Ciências da Atividade Física, de 120 para 80 as de Gestão Ambiental e

cortar uma turma de Licenciatura de Ciências da Natureza, reduzindo de 120 para 40 ou

50 vagas. O pior caso seria o de Obstetrícia que poderia ser fundido com o curso da

Escola de Enfermagem, perdendo todas as 60 vagas atuais.

Novos Cursos

Em contrapartida seriam criados mais dois cursos com 30 vagas cada. Um deles, o de

Mídias Digitais, já está aprovado pelo Conselho Universitário e outro, de Design de

Serviços, foi sugerido pelo diretor da USP Leste, Jorge Boueri, em 2010.

O relatório pede ainda transparência na função dos docentes e a revisão de disciplinas

optativas que estaria formando turmas muito pequenas. “Uma situação que chamou a

atenção é a existência de um curso onde havia 11 alunos matriculados em uma disciplina,

com 29 docentes arrolados e todos com igual atribuição de atividade didática”, diz o

relatório.

A direção da instituição não quis comentar o relatório. Segundo a assessoria, as sugestões

serão agora apresentadas aos coordenadores dos cursos e ainda podem sofrer mudanças

antes de serem enviadas à reitoria. No ano passado, a USP lançou novas diretrizes para

criação de cursos que pediam a revisão de carreiras com baixa demanda.

Cursos existentes vagas atuais corte de vagas como ficaria

Ciências da Atividade Física 60 30 30

Gestão Ambiental 120 40 80

Gerontologia 60 10 50

Gestão de Políticas Públicas 120 20 100

Licenciamento de Ciências da Natureza 120 80 40

Lazer e Turismo 120 20 100*

Marketing 120 20 100

Obstetrícia 60 60 0**

Sistema de Informação 180 30 150

Têxtil e Moda 60 20 40

Total 1.020 330 690

Novos cursos

Mídias Digitais 30

Design de Serviços 30

** curso se fundiria com o de enfermagem; *se a baixa procura persistir, uma turma seria extinta e mais 50

vagas seriam cortadas

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+leste+pode+fechar+mais+de+300+

vagas/n1238177421365.html

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O Estado de S. Paulo

18 de março de 2011 Editoria Vida, página A-22

USP Leste pode fechar 330 vagas Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo

Os cursos de graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), mais conhecida como USP Leste, podem ter uma redução de, no mínimo, dez vagas cada um. Em algumas carreiras, o número chegaria a 80, o que totalizaria uma redução de 330 vagas em toda a unidade.

A proposta consta no Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da EACH. O documento é o resultado do trabalho de um grupo de sete professores - entre eles, o ex-reitor da USP Adolpho José Melfi - e avaliou vagas, carga didática, disciplinas optativas e otimização dos recursos humanos de cada graduação.

Em setembro do ano passado, o Conselho Universitário da USP aprovou um documento que visava a revisão de cursos com baixa demanda e propunha novas diretrizes para todas as graduações da universidade.

A maior mudança entre os cursos da EACH ocorreria em Obstetrícia: o relatório propõe uma fusão institucional com Enfermagem.

A redução de vagas se daria da seguinte forma: 30 vagas em Ciências da Atividade Física; 40 em Gestão Ambiental; 10 em Gerontologia; 20 em Gestão de Políticas Públicas; 80 em Licenciatura de Ciências da Natureza; 20 em Lazer e Turismo; 20 em Marketing; 30 em Sistema de Informação e 20 em Têxtil e Moda.

"Esse relatório mostra o compromisso da USP com a sociedade. Estamos atendendo a uma demanda social", afirma o diretor da unidade, José Boueri. "As vagas não serão cortadas: serão remanejadas, mas ainda não sabemos como", frisa ele, que ainda citou o projeto de implementação de mais dois cursos na unidade, Mídias Digitais e Design de Serviços, ambos com 30 vagas.

O relatório da EACH não tem caráter deliberativo e deve ser analisado por instâncias superiores.

Acesse também a notícia nos endereços:

Portal do Estadão

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110318/not_imp693509,0.php

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Portal de Notícias R7

http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/usp-pode-cortar-330-

vagas-em-cursos-na-zona-leste-20110318.html

Portal G1

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/usp-leste-pode-

reduzir-330-vagas-dos-cursos-de-graduacao.html

Jornal A Cidade

http://www.jornalacidade.com.br/editorias/brasil-e-mundo/2011/03/18/usp-leste-

avalia-reducao-de-330-vagas.html

BOL Notícias

http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2011/03/18/usp-leste-avalia-reducao-de-330-

vagas.jhtm

YAHOO! Notícias

http://br.noticias.yahoo.com/usp-leste-avalia-redu%C3%A7%C3%A3o-330-vagas-

20110318-142000-691.html

UOL Educação

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/18/usp-leste-pode-fechar-330-

vagas.jhtm

Portal da Veja

http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/usp-leste-avalia-reducao-de-330-vagas

RedeTV Notícias

http://www.redetv.com.br/jornalismo/portaljornalismo/Noticia.aspx?118,4,231779,

126,USP-Leste-avalia-reducao-de-330-vagas

Repórter Diário

http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/278450/usp-leste-avalia-reducao-de-330-

vagas/

Portal Clica Brasília

http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/noticia.php?id=332270

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Portal IG

18 de março de 2011

Mais vagas em cursos de alta e baixa

demanda é solução para USP

Proposta de reformulação na USP Leste tem objetivo só de

aumentar a concorrência dos cursos no vestibular

Mateus Prado Educador analisa o Enem, os vestibulares e o ensino brasileiro

Quando iniciaram as discussões para a implantação de um campus da USP na zona leste

de São Paulo, seus defensores diziam que a unidade poderia incluir as pessoas de menor

renda pela localização geográfica. A lógica era simples. Colocar uma universidade na

periferia da cidade talvez fizesse com que parte dos alunos oriundos da classe média

paulistana não se dispusesse a, todos os dias, ir a esse lugar. Naturalmente, sobrariam

mais vagas para os moradores da zona leste. Até poderia ter dado certo, mas não foi

assim que o projeto foi implantado.

A USP Leste fica bem na divisa da zona leste com Guarulhos. Certamente é mais rápido

chegar a essa sede da USP do Jardim Paulista ou de Higienópolis do que dos bairros mais

pobres da zona leste. O campus é todo cercado e nem os moradores do vizinho Jardim

Queralux têm acesso às suas dependências. Hoje, conta com uma estação de trem, que é

o símbolo do isolamento da USP na Zona Leste. Um dos lados da passarela que dá

acesso à estação fica dentro do campus, onde só entra quem tem a carteirinha da USP. Já

quem, por exemplo, precisar ir ao centro de treinamento do Corinthians, ou ao da

Portuguesa, não pode atravessar a passarela para ir ao local, que é ali do lado. Vai

precisar descer em outra estação e andar cerca de 5 quilômetros.

A arquitetura dos prédios é estratégica. Construídos em terreno do Parque Ecológico do

Tietê, têm a fachada de frente para a rodovia Ayrton Senna, uma das mais movimentadas

de São Paulo, e estão um pouco antes do acesso da rodovia para o aeroporto de

Guarulhos. Lembram aquele antigo projeto Cingapura, em que as construções eram

sempre feitas em locais de grande circulação de automóveis. Sempre achei que essa USP

era muito mais USP Ayrton Senna do que USP Leste. Quem tem acesso fácil à Ayrton

Senna ou à linha de trem que passa ao lado tem muito mais facilidade de chegar à

unidade do que quem mora no Jardim Grimaldi, no Parque São Rafael, no Jardim Elba, no

Satélite, na Terceira Divisão ou no Iguatemi. Fosse a unidade em um desses bairros,

talvez incluísse pela localização geográfica. Como não é, isso não aconteceu.

Na implantação, a reitoria fez de tudo para dar a impressão de que a unidade era uma

espécie de USP de segunda linha. Foram várias as autoridades que disseram que lá os

cursos tinham como foco o mundo do trabalho. Nada contra cursos técnicos. O problema é

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que o ensino técnico e tecnológico não é função da USP, e sim das Faculdades de

Tecnologia do Estado (FATECs). Vários professores e alunos reagiram à possibilidade e,

felizmente, não temos lá uma unidade da USP totalmente dedicada ao ensino técnico.

Mas, alguns anos decorrentes da fundação, os cursos da unidade não são muito

concorridos. Como o novo reitor está decidido a acabar com os cursos de baixa demanda

na universidade, aqueles em que os estudantes de escolas públicas tem mais chances de

passar, é na USP Leste que tentam iniciar a diminuição de vagas da universidade. Logo

em uma unidade em que os cursos não atingiram sua maturidade (nenhum deles possui,

sequer, um PPP - Projeto Político Pedagógico).

Um relatório, coordenado por Adolpho Melphi, que era o reitor da universidade na época

da implantação da USP Leste, e divulgado com exclusividade pelo IG Educação, mostra

que só nessa unidade podem acabar com cerca de 30% das vagas. O relatório espanta

pela excessiva preocupação com a relação candidato/vaga de cada curso. Não é preciso

muito tempo pra entender que o objetivo daqueles que fizeram a proposta é aumentar a

concorrência de cada curso. Com menos vagas, se continuar a mesma quantidade de

candidatos , há o aumento da concorrência. É isso mesmo, descoberta a febre, ao invés

de tratá-la, resolvem quebrar o termômetro.

Alguns cursos não atraem candidatos simplesmente por causa de seus nomes. As

formações, por exemplo, que começam seu nome com "Gestão", passam a impressão de

que são sequenciais, aquelas de dois anos. Quem presta USP não quer isso. Como não

tem todas as informações, prefere não arriscar. Se, por exemplo, “Gestão de Políticas

Públicas” chamasse “Administração Pública”, a concorrência aumentaria, sem a

necessidade de meses para fazer um relatório de poucas, e equivocadas, páginas.

Ciências da Atividade Física poderia muito bem ser uma opção do curso de Educação

Física. Vários cursos, e alunos que se formaram neles, sofrem pela falta da implantação

das políticas necessárias para o sucesso de seus projetos. Gerontologia e Obstetrícia são

cursos novos e não possuem apelo para o mercado de trabalho, apesar de serem

importantes para o Estado e para o País. Mais acertado seria o Estado ter criado, em sua

estrutura, essas carreiras fundamentais para o cuidado ao idoso e para a humanização do

parto.

Em Gestão de Políticas Públicas, até que o Estado fez parte do combinado, abrindo um

concurso para Gestor Público quando as primeiras turmas se formaram. Só cometeu o

erro de permitir que qualquer pessoa com ensino superior pudesse concorrer ao cargo.

Passaram muito mais concurseiros na carreira do que estudantes de Políticas Públicas da

USP ou de qualquer outra universidade.

O curso de Licenciatura em Ciências da Natureza é o que, proporcionalmente, mais acolhe

alunos oriundos da rede pública e alunos oriundos da zona leste. Tem poucos inscritos,

obviamente, porque a carreira do magistério paga pouco e tem atraído cada vez menos

pessoas. Por isso, o Estado deve parar de preparar pessoas para lecionar? Não, deve

procurar caminhos, inclusive com incentivos financeiros, para que as pessoas optem pela

carreira.

Essa obsessão, da nova reitoria, em analisar os cursos por sua relação candidato/vaga,

seria muito boa se olhasse para a outra ponta. Ora, com tantos candidatos por vaga, não

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seria a hora de a USP aumentar, consideravelmente, o número de vagas em Medicina,

Publicidade, Administração, Economia, Engenharia, Design, Direito e Arquitetura?

Por fim, é mesmo verdade, como diz o relatório, que algumas matérias optativas da USP

Leste possuem menos de 10 alunos inscritos. Isso não acontece só nesta unidade, mas

em toda a USP. Concordo que esse problema deve ser enfrentado, mas não é acabando

com essas matérias que se resolve a questão. Uma das vantagens da USP é cada aluno

poder ter uma formação diferente, focada em seus interesses. Isto é bom e deveriam,

inclusive, ser ampliadas as matérias optativas na unidade. A solução para não termos

centenas e centenas de matérias, na USP, com pouquíssimos inscritos, é aumentar, sem

timidez, o número de alunos nas séries iniciais. A solução, caros reitor e ex-reitor, para

diminuir a exclusão e para inverter o caminho de distanciamento da sociedade que a USP

tem feito, é aumentar o número de vagas, nos cursos com muita e pouca demanda.

Acesse a coluna em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/colunistas/mateusprado/mais+vagas+em+cursos

+de+alta+e+baixa+demanda+e+solucao+para+usp/c1238179384080.html

Portal IG

18 de março de 2011

USP Leste: alunos e docentes

reclamam de fechamento de vagas

Conclusão de grupo de trabalho que revisou cursos da unidade

sugere o corte de até 330 das 1.020 vagas atuais da unidade

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 18/03/2011 17:38 - Atualizada às 20:39

Alunos e professores do campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) foram

surpreendidos pela notícia de que 330 das 1.020 vagas da Escola de Artes, Ciências e

Humanidades (Each) podem ser fechadas. Conforme o iG antecipou na quinta-feira, um

grupo de trabalho que revisou os cursos sugere redução de alunos em todas as áreas.

O relatório é a conclusão de um trabalho iniciado em junho de 2010 e realizado pelo ex-

reitor da universidade Adolpho José Melfi, além de professores da unidade e de outros

departamentos da instituição. Na tarde desta sexta-feira, a direção da unidade enviou por

email a todos os alunos e professores cópia do relatório com uma mensagem da direção.

Segundo o boletim online, o grupo se reuniu 11 vezes antes de concluir a sugestão do

fechamento de pelo menos 10 vagas em cada curso, até 80 em alguns casos e a fusão em

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outro. Embora no relatório, a ênfase seja a redução de vagas para aumentar a

concorrência e a qualidade dos estudantes, a mensagem da diretoria enfoca a falta de

espaço físico para atender aos cursos atuais e diz que a proposta ainda será debatida.

“Este relatório será debatido primeiramente entre Comissão de Graduação, os

Coordenadores de Curso e a Direção”, diz a edição especial do boletim “Direto da

Direção”.

O informativo dá especial atenção ao curso de Obstetrícia, que segundo sugestão do

relatório, passaria a fazer parte de Enfermagem, que fica em Pinheiros. “A Each não se

furtará em promover novos ajustes na estrutura curricular do curso de Obstetrícia e

poderá, ouvindo o conjunto de sugestões pertinentes, adequar algumas disciplinas de

modo a contemplar o estudo do ser humano com conteúdos gerais, mais próximos aos

cursos de enfermagem tradicionais, o que poderá levar à mudança na sua denominação”,

diz o comunicado do diretor José Boueri.

Protesto e perplexidade

Professores da USP Leste contam que souberam da proposta de corte de vagas pelo iG.

“Estamos perplexos”, diz a professora Jaqueline Brigagão, de Obstetrícia. Segundo ela, os

alunos leram a reportagem e cobraram respostas desde a primeira aula da manhã desta

sexta, mas apenas alguns dos docentes haviam recebido o relatório na noite anterior. “Não

pudemos ler e debater nada ainda, não concordamos com esta visão baseada na

demanda do curso e queremos frisar a importância da carreira para humanizar o parto no

Brasil, como acontece nos países mais desenvolvidos do mundo”, afirmou.

Thomás Haddad, coordenador do curso de Licenciatura em Ciências Naturais, que pode

perder 80 das atuais 120 vagas e passar a funcionar apenas em um período, disse que

haverá uma reunião na próxima semana para definir o posicionamento dos professores. “O

que posso lhe adiantar é que a maioria dos colegas que já se manifestaram considera o

corte grande demais, especialmente a supressão de todo o período matutino do curso.”

Estudantes e ex-alunos fizeram uma manifestação contra a conclusão que pede o

fechamento das vagas. Segundo o membro da Associação de Obstetrízes da USP e ex-

aluno do curso, Marcel Robledo Queiroz, em reunião com os docentes foram encontrados

erros no documento. “O que eles sugerem de mudanças nas disciplinas já existe, não sei

de onde tiraram algumas informações.”

A direção da Each enviou um comunicado oficial em que explica por que o grupo foi

montado e diz que a instituição "Não pode se furtar de suas responsabilidades".

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+leste+alunos+e+docentes+reclam

am+de+fechamento+de+vagas/n1238180071659.html

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Portal IG

18 de março de 2011

USP Leste divulga comunicado

sobre sugestão de corte de vagas

Direção enviou comunicado oficial sobre relatório que sugere

fechamento de 330 das 1.020 vagas. Leia íntegra:

Íntegra do esclarecimento da Direção da USP Leste: "A Escola de Artes, Ciências e

Humanidades esclarece que o Grupo de Trabalho para Estudo das Potencialidades,

Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da EACH entregou na

última segunda-feira, dia 14 de março, o relatório com as propostas de alterações na área

acadêmica da unidade.

Formado em julho de 2010, o grupo realizou 11 reuniões com docentes, coordenadores e

alunos para reorganizar a estrutura curricular da graduação, remanejar parte das vagas

existentes e apontar soluções para cursos com evasão ou baixa procura. A Presidência

deste Grupo de Trabalho esteve a cargo do Prof. Dr. Adolpho José Melfi, Reitor da USP de

2001 a 2005 que comandou a criação da EACH, e contou com a participação de alguns

professores da Escola. Cabe ressaltar que esse documento não tem caráter deliberativo e

será analisado pelas instâncias competentes da Unidade de maneira transparente.

Dessa forma, a EACH mostra que está fazendo com que os cursos possam ir ao encontro

das demandas que a sociedade questiona já há alguns anos através da imprensa e de

líderes comunitários e que, também busca constantemente aprimorar a qualidade de seu

ensino. A Escola destaca ainda que já aumentou o número de suas vagas com a criação

de cinco cursos de pós-graduação, totalizando 145 vagas para mestrado e que são

oferecidas, semestralmente, em torno de 350 vagas ao Programa da Universidade Aberta

à Terceira Idade.

Faz parte da boa prática universitária a avaliação externa e a autoavaliação de seus

cursos para acompanhar as novas demandas sociais e tecnológicas e a EACH não pode

se furtar de suas responsabilidades.”

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+leste+each+nao+pode+se+furtar+

de+suas+responsalidades/n1238180392479.html

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Portal G1

18 de março de 2011

Estudantes protestam contra a redução de vagas na USP Leste

Protesto aconteceu na tarde desta sexta-feira (18).

Conselho sugere revisão de cursos com baixa demanda.

Estudantes e ex-alunos fizeram na tarde desta sexta-feira (18) uma manifestação contra

o fechamento de vagas dos cursos da USP Leste. Foi criado um relatório concluíndo o

fechamento de mais de 300 vagas das 1020 oferecidas pela universidade. Os alunos

inconformados resolveram mostrar o poder da sua voz.

Os alunos de Obstetrícia pedem apoio de todos para que o curso não seja fechado.

Nota da redação: Os cursos de graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades

da Universidade de São Paulo (EACH-USP), mais conhecida como USP Leste, podem

ter uma redução de, no mínimo, dez vagas cada um. Em algumas carreiras, o número

chegaria a 80, o que totalizaria uma redução de 330 vagas em toda a unidade.

A proposta consta no Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas

nos Cursos de Graduação da EACH. O documento é o resultado do trabalho de um

grupo de sete professores - entre eles, o ex-reitor da USP Adolpho José Melfi - e avaliou

vagas, carga didática, disciplinas optativas e otimização dos recursos humanos de cada

graduação.

Acesse a notícia em:

http://g1.globo.com/vc-no-g1/noticia/2011/03/estudantes-protestam-contra-

reducao-de-vagas-na-usp-leste.html

TV USP Piracicaba

18 de março de 2011

Reportagem sobre matrícula dos ingressantes na USP Leste

Assista ao vídeo em: http://tvusppiracicaba.blogspot.com/

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Agora São Paulo 19 de março de 2011 Editoria S.Paulo, página A-4

Folha de S. Paulo 19 de março de 2011 Editoria Cotidiano, página C-8

Com procura baixa, vagas são "remanejadas"

DE SÃO PAULO

Ao ser criada, em 2005, a EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) foi apresentada pelo

então reitor, Adolpho José Melfi, como "ponto inicial para a inclusão social" na USP.

Seis anos depois, o próprio Melfi capitaneou o grupo de trabalho designado pelo diretor da

EACH para estudar o "remanejamento de vagas".

Na prática, o grupo propõe um enxugamento, de modo a elevar a relação candidato-vaga no

vestibular, "já que a procura por alguns dos cursos da EACH é bastante reduzida", segundo

texto oficial.

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O texto defende reduzir vagas para elevar "a qualidade dos ingressantes".

O curso de licenciatura de ciências da natureza, no vestibular de 2010, teve apenas 1,71

candidato disputando cada vaga.

Em 2011, a média -baixíssima para os padrões da USP- passou para 2,31, ainda ínfima.

O curso nem sequer conseguiu preencher as 120 vagas oferecidas.

No ano de 2010, o curso funcionou com apenas 20 alunos no período da manhã e 40 no

noturno.

Em vez das 1.020 vagas em disputa a cada vestibular, a EACH passaria, segundo o grupo de

trabalho, a oferecer só 700.

A proposta mais radical seria exatamente a que envolve o curso de obstetrícia, que seria

absorvido pela Escola de Enfermagem da universidade. Segundo a reitoria da USP, o estudo

sobre a EACH não tem caráter deliberativo. Para começar a valer, a proposta deverá passar

antes pelos colegiados da universidade. (LC)

Folha de S. Paulo 19 de março de 2011 Editoria Cotidiano, página C-8

Obstetrícia da USP pode sair da Fuvest

Cerca de 200 pessoas protestaram ontem contra a exclusão do curso entre opções do

vestibular do ano que vem

Alunos e professores contestam a medida, defendida por conselho de enfermagem e por

comissão da escola

LAURA CAPRIGLIONE

DE SÃO PAULO

Cerca de 200 estudantes, professores e ex-alunos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades,

a chamada USP Leste, protestaram ontem contra a retirada do curso de obstetrícia do

cardápio de cursos da Fuvest de 2012.

A retirada é defendida pelo Conselho Federal de Enfermagem e apoiada por comissão interna

da escola, pelo menos até que se encontrem formas de viabilizar o curso.

Criado em 2005, o curso de obstetrícia já formou duas turmas, no total de 90 obstetrizes -

mesmo os profissionais do gênero masculino designam-se assim, para se distinguirem dos

médicos e enfermeiros obstetras.

Ao contrário do que previam os organizadores do curso, porém, o Conselho Federal de

Enfermagem (Cofen) logo manifestou seu inconformismo com o fato de os egressos da EACH

pleitearem o registro como enfermeiros.

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Segundo o Cofen, o curso da USP Leste não cumpria as diretrizes curriculares nacionais.

Ontem, veio a público a decisão final do Cofen relativa aos egressos da obstetrícia da EACH. O

conselho não os reconhece como enfermeiros e recomenda que a USP Leste cancele

imediatamente o vestibular para o curso. "Não admitimos sucateamento da profissão de

enfermeiro", diz Fabrício de Macedo, procurador do Cofen.

Edson Leite, vice-diretor da EACH, disse à Folha há 15 dias, quando ainda não se conhecia o

parecer final do órgão de classe sobre o curso, que a universidade "não poderia fechar os olhos

para o destino dos alunos que estão fazendo o curso".

Dulce Maria Rosa Gualda, professora-titular da faculdade de enfermagem da USP e uma das

formuladoras do curso de obstetrícia da EACH, considera "lamentável a USP ceder dessa forma

vergonhosa à pressão corporativista do Cofen".

Ela cita pesquisas, como a divulgada pela Folha no último dia 24, nas quais 25% das mães

dizem ter sofrido algum tipo de agressão no parto. "Quando a questão do parto humanizado é

tão urgente, como é possível que a universidade aceite extinguir um curso fundado

exatamente para reverter esse cenário?"

Segundo a professora, já está provado que os cursos de enfermagem não dão conta de formar

profissionais em número suficiente para a obstetrícia. "O certo seria ampliar a experiência da

EACH, e não encerrá-la."

Para Edson Leite, "não dá mais para dizer que não interessa o parecer do conselho de classe".

Segundo ele, as negociações para o Cofen reconhecer o curso da EACH deverão prosseguir. "Se

for o caso, voltamos a oferecê-lo no vestibular de 2013."

Portal IG

18 de março de 2011

Fusão do curso de Obstetrícia da USP significa fim da profissão

Grupo que sugeriu fechamento de 330 das 1.020 vagas da USP

Leste, propõe que Obstetrícia passe para Escola de Enfermagem

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 21/03/2011 19:58

Entre as conclusões do relatório que sugeriu o fechamento de 330 das atuais 1.020 vagas

do campus Leste da Universidade de São Paulo (USP) causou maior polêmica a possível

fusão do curso de Obstetrícia com Enfermagem. Para professores, alunos e formados, a

decisão significaria o fim da profissão responsável pelo acompanhamento de partos de

baixo risco e diminuição das cesarianas no País, já que o curso é o único do Brasil.

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O relatório feito por um grupo de trabalho chefiado pelo ex-reitor e criador da USP Leste,

Adolpho Melfi, reconhece a “função social” do curso, mas sugere que as 60 vagas atuais

migrem para a Escola de Enfermagem da universidade, que fica em Pinheiros. A “fusão”

dos cursos resolveria o problema da falta de reconhecimento do profissional por um órgão

que o certifique.

A questão foi reforçada por comunicado da direção da unidade que admite buscar ajustes

para “adequar algumas disciplinas de modo a contemplar o estudo do ser humano com

conteúdos gerais, mais próximos aos cursos de enfermagem tradicionais, o que poderá

levar à mudança na sua denominação”.

Fundado em 2005, o curso focado no cuidado da gestante e auxílio em partos naturais

esperava respaldo do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) para certificar os

profissionais, mas não conseguiu. Apenas alguns formandos, após batalhas judiciais,

conseguiram um documento da regional de São Paulo que dá uma certificação provisória.

“Não é picuinha. Simplesmente este profissional não existe para a gente, nós

representamos os enfermeiros. Por que não pedem para o CRM (Conselho Regional de

Medicina) uma certificação?”, diz o assessor legislativo do Cofen, Luiz Gustavo Muglia.

Para ele, a Obstetrícia deveria permanecer como especialização possível para

profissionais da área de saúde, inclusive enfermeiros.

Protesto em frente à reitoria

Indignados, estudantes e docentes farão amanhã em frente à reitoria da USP, no Butantã,

um ato para mostrar a importância social da profissão e esperam conseguir apoio dos

colegas de outros cursos. Entre os dados mais importantes estão a recomendação da

Organização Mundial de Saúde (OMS) de que apenas 15% dos partos realmente precisam

de cesáreas, enquanto no Brasil a média é de 45% no sistema público de saúde e chega a

90% na rede particular. “O profissional que acompanha o parto de baixo risco certamente

influenciaria neste porcentual”, diz a aluna do 3º ano Nathalia Rudel.

“É mais um profissional para compor a equipe que trabalha pela saúde da gestante”,

defende Ana Cristina Duarte. Formada pela primeira turma do curso, ela é uma das que

conseguiram por liminar a certificação e trabalha como obstetriz tanto em partos em casa

quanto em hospitais. “Só trabalho sozinha em partos baixo risco, no restante formamos

uma equipe de profissionais que tem feito sucesso na maior parte do mundo

desenvolvido”, diz.

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/fusao+do+curso+de+obstetricia+da+us

p+significa+fim+da+profissao/n1238183622688.html

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Folha de S. Paulo 22 de março de 2011 Editoria Opinião, página A-3

Portal IG

22 de março de 2011

Obstetrícia da USP protesta contra fechamento do curso

Com barrigas de bexiga e bebês de verdade nascidos com auxílio

de obstetrizes, alunos e professores tentam sensibilizar reitoria

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 22/03/2011 15:42

Um grupo de cerca de 150 pessoas protestou contra o fim do curso de obstetrícia da

Universidade de São Paulo (USP) em frente à reitoria da instituição com barrigas de

bexiga, bonecos e bebês de verdade. Eles tentam evitar o fim da carreira com a fusão da

única graduação que forma parteiras do Brasil.

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Na semana passada, um relatório final de um grupo de trabalho chefiado pelo ex-reitor da

instituição, Adolpho Melfi, propôs o fechamento de 330 das 1.020 vagas atuais da USP

Leste. O curso de Obstetrícia seria o mais afetado com a passagem das 60 vagas atuais

para a Escola de Enfermagem, em Pinheiros.

Foto: Cinthia Rodrigues/IG Manifestação em frente à reitoria da USP, no Butantã, durou cerca de duas horas

De acordo com os autores do relatório, esta seria a solução por conta da falta de

reconhecimento do profissional obstetriz pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen)

que deveria certificar os formados. Por enquanto, apenas ex-alunos que recorreram à

justiça conseguiram uma liminar na regional de São Paulo.

“Viemos para a frente da reitoria porque parece que eles não tem clareza de que este

relatório foi feito sem a nossa participação”, disse a professora Ruth Osava. O documento

diz que todos as sugestões foram dadas com base em reuniões com representantes de

todos os cursos, mas segundo a docente, foi perguntado a eles apenas se havia algum

problema. “Quando dissemos que havia essa pendência com o Cofen, era no sentido de

buscarmos solução, jamais de fechar o curso que foi criado por uma necessidade do

sistema de saúde brasileiro”, afirma.

A função seria a de humanizar o parto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde

(OMS) o recomendável é que apenas os 15% de partos que apresentam riscos à mulher

ou à criança, sejam cesarianas. No Brasil, no entanto, 45% dos nascimentos na rede

pública e até 90% na particular são cesáreas. Para as obstetrizes, a falta da parteira envia

muitas mulheres para a sala de cirurgia desnecessariamente.

“Se eles fecharem o curso, estarão cometendo um erro histórico para a saúde da mulher

brasileira”, disse a aluna Flavia Estevan, uma das que participou de uma reunião com o

diretor da USP Leste, Jorge Boueri, e outra com a pró-reitora de Graduação da USP,

Telma Zorn, sobre o relatório. “As decisões estão mais adiantadas do que parece”,

lamentou.

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Obstetrícia pode não estar no vestibular

Segundo ela, a pró-reitora reforçou que o relatório não era definitivo e teria dito que ainda

não o leu, porém, soube que o Cofen emitiu parecer contra a certificação das obstetrizes.

“Ela disse que estuda não incluir o curso no vestibular como forma de sinalizar para o

Cofen que cedeu. Para mim, isso se chama jogar a toalha”, afirmou Flavia.

Chorando durante boa parte do protesto sua xará, Flávia Chiamba, aluna do 5º ano disse

que as lágrimas eram pelas mães que não teriam direito a um parto humanizado se o

curso fosse fechado. “É por mim, pelo curso, mas por todas as mulheres.”

Também participaram alunos de outras áreas e profissionais como a enfermeira obstetra

Adriana Caroci, que foi à manifestação com o filho Felipe, nascido em casa com a ajuda

de uma obstetriz há 6 meses. Ela conta que sempre quis ser parteira, mas como não havia

o curso de obstetrícia, optou por enfermagem e só depois se especializou. “Foi injusto

comigo ter que ver muito conteúdo que não era o que sempre busquei para só depois

fazer um ano do que queria trabalhar. Também é injusto com as gestantes porque na

especialização acompanhamos partos por algumas semanas enquanto na graduação, as

alunas têm três semestres de acompanhamento de parto. É uma preparação muito maior”,

disse.

Mais protestos e abaixo assinado

A estudante de Gestão de Políticas Públicas e diretora do Diretório Central Estudantil,

Mayara Ferreira disse que os protestos continuarão durante toda a semana. Na quarta,

uma assembleia debaterá o tema na USP Leste e na quinta um grupo pretende ir a

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde o reitor da USP, João Grandino

Rodas, foi chamado a falar sobre outros questionamentos da universidade, como a recente

demissão de funcionários.

“Vamos fazer isso com obstetrícia e com todos os cursos prejudicados”, disse. Deputados

do PT receberam um grupo de alunos e já falam na criação de uma comissão só para

tratar do assunto. Pela internet, um grupo mantém um abaixo-assinado online pela

manutenção de obstetrícia que nesta terça-feira já contava mais de 5 mil assinaturas.

A diretoria da USP Leste informou que se reuniu com o Coren na segunda-feira e agendou

para a próxima semana um encontro na sede da entidade com a presença de

representantes de alunos, professores e o assessor técnico do conselho que também é

pesidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, Francisco

Cordão.

A professora Elizabete Franco Cruz, penúltima a falar, disse que é favorável ao diálogo

com o Cofen, mas não permitirá o questionamento da competência das obstetrizes. “Se

alguém tiver dúvida disso, eu venho aqui dar uma aula em público para provar.” Ninguém

da reitoria deu atenção à manifestação que também não gerou conflitos. O último recado:

“Pessoal, agora vamos marchar, dêem uma olhada se não ficou nenhuma bexiga

estourada no chão”.

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/obstetricia+da+usp+protesta+contra+fechamento

+do+curso/n1238185117493.html#4

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Portal do Estadão

22 de março de 2011

Alunos protestam contra a possível suspensão de curso da USP Leste Cerca de cem estudantes se manifestaram contra fim da graduação de Obstetrícia

22 de março de 2011 | 20h 17

Mariana Mandelli - O Estado de S. Paulo

Cerca de cem alunos protestaram nesta terça-feira, 22, contra a possível suspensão do curso de Obstetrícia do câmpus da zona leste da Universidade de São Paulo (USP), a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). O ato ocorreu em frente à reitoria, na Cidade Universitária, no Butantã, zona oeste.

O protesto, pacífico, foi motivado por um relatório denominado Estudo das Potencialidades, Revisão e Remanejamento de Vagas nos Cursos de Graduação da EACH, que aponta uma redução de, no mínimo, dez vagas de cada um dos dez cursos da unidade. Em algumas carreiras, o número chegaria a 80, o que totalizaria uma redução de 330 vagas em toda a unidade. O estudo foi orientado pelo ex-reitor da USP Adolpho José Melfi.

No caso do curso de Obstetrícia, o documento propõe que haja uma fusão dele com a graduação em Enfermagem. O texto ainda propõe a suspensão do vestibular neste ano, enquanto a situação dos egressos – que não conseguem registro profissional – não for resolvida.

O grupo que protestou, formado majoritariamente por mulheres, usou bonecas e bexigas para simular gravidez e, com carro de som e microfone, defenderam a importância do curso para o desenvolvimento da saúde da mulher no Brasil.

“A USP deve assumir seu papel de inovação. A prioridade é manter o vestibular do curso”, afirma a professora Simone Diniz, da Faculdade de Saúde Pública da USP. “Recebemos a notícia com indignação. A USP está se intimidando diante de tudo isso.”

Durante o protesto, muitas alunas se emocionaram e choraram. Para algumas delas, a universidade está cedendo a “pressões corporativistas”. “O objetivo do nosso curso é a saúde da mulher e humanizar o parto, e não uma reserva de mercado qualquer”, diz Marina Alvarenga, de 23 anos, formada em 2008. Ela é da primeira turma de Obstetrícia. Se eu quisesse ser enfermeira obstetra, teria

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feito o curso de Enfermagem de uma vez. Nossa profissão existe, consta na lei”, reafirma Marina.

Anteontem, um grupo de quatro alunas do curso teve uma reunião com professores e a pró-reitora de graduação da universidade, Telma Zorn, para discutir o assunto. “Queríamos um posicionamento, porque entendemos que suspender o vestibular é o princípio do fim do curso”, afirma Mariana Gervásio, de 21 anos. “Nessa reunião, ficou claro para nós que a prioridade da USP é resolver a questão dos egressos. Eles não querem mais problemas „numéricos‟”.

“Não só queremos manter o vestibular do curso como queremos mantê-lo na zona leste e com essas vagas. É o único curso do País, não dá para reduzir. Todas as universidades federais do Brasil deveriam ter, é uma demanda da sociedade”, diz a aluna Flavia Estevan, de 31 anos. “Acabar com o curso é assassinar a saúde brasileira. Queremos inclusive o posicionamento do governo em relação ao que está acontecendo com a gente”.

Segundo a USP, a decisão depende, antes de chegar aos colegiados superiores da universidade, da própria EACH, que deve analisar o relatório, discuti-lo e propor mudanças. A reunião com a pró-reitoria de graduação foi para discutir as principais questões do curso de Obstetrícia, que foi reformulado pela gestão no fim do ano passado.

Os alunos também estão se mobilizando na internet. No fim de semana, conseguiram colocar o assunto entre os mais comentados do Twitter. Há também um abaixo-assinado (http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8452), que já tem cerca de 6 mil assinaturas.

Antes do encerramento do protesto, os alunos fizeram uma passeata pelo câmpus para tentar sensibilizar os alunos e funcionários, distribuindo panfletos e dando informações ao microfone.

Acesse a notícia em:

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,alunos-protestam-contra-a-possivel-

suspensao-de-curso-da-usp-leste,695784,0.htm

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Portal da Folha

23 de março de 2011

Fuvest convocou 479 alunos sem ensino médio para USP

LAURA CAPRIGLIONE

FÁBIO TAKAHASHI

DE SÃO PAULO

Na lista de aprovados em primeira chamada do vestibular 2011 da USP, há 479

candidatos convocados para matrícula que não poderiam se matricular por não

terem completado o ensino médio. O número representa 4,5% do total de

vagas.

Esse contingente inflou dados usados em reportagem publicada na Folha em

10/3, que mostrou o crescimento de estudantes aprovados na Fuvest que

acabam preterindo a USP, não fazendo a matrícula.

Há anos, a Fuvest dispõe de três áreas para os candidatos sem o ensino médio

completo, como forma de treinamento. Esse tipo de candidato é chamado de

"treineiro", e não disputa vagas "reais".

O que a entidade responsável pelo vestibular revelou (só após a publicação da

notícia segundo a qual a USP teve um recorde de desistência) foi que, entre os

candidatos convocados para matrícula, 479 eram os chamados "piratas":

candidatos sem o ensino médio completo, disputando vagas "reais".

A pró-reitora de graduação da USP, Telma Zorn, foi entrevistada para a

reportagem publicada no início do mês. Ela não contestou os dados, embora

tenha sido informada seis dias antes da publicação de todos os números de que

a Folha trataria.

Segundo Zorn, a desistência pode estar crescendo devido ao aumento de

opções nas universidades federais.

Para a Fuvest, do índice de 24,1% de desistências da USP tem de ser

expurgado o contingente de "piratas" e de aprovados que aguardam

remanejamentos dentro das carreiras.

Mesmo usando os novos dados da Fuvest, a USP registra recorde histórico de

desistências. Em 2005, foram 9,99%. Em 2011, 16,35%. Trata-se de um

aumento relativo de 63,7% de desistentes.

O número de "piratas" convocados para matrícula cresceu, segundo a Fuvest,

1.552% desde 2005, quando eram 29. No período, as vagas cresceram 11%.

Os 479 foram convocados para a matrícula, mesmo a Fuvest sabendo, de

antemão, que eles não reuniam requisitos para se tornarem estudantes da USP

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--já na inscrição, declararam que não teriam ensino médio completo na

matrícula.

O edital do exame é claro ao dizer que só podem se matricular aprovados com

ensino médio completo.

Uma hipótese levantada na USP é que esses "piratas" sejam candidatos que

querem verificar como é a segunda fase, mas que não têm condições de atingir

a nota de corte dos treineiros. Assim, escolhem cursos "reais", com

concorrência e nota de corte menores do que a de treineiros regulares.

O resultado é que há carreiras "reais" com concorrência e nota de corte infladas

por candidatos sabidamente fora das regras do concurso. A Fuvest diz que pode

reavaliar a situação.

O número de desistências de 2011 ainda é parcial porque candidatos que

aguardam remanejamentos podem, efetivamente, desistir. O balanço só será

fechado após a tabulação dos dados da matrícula da última chamada, realizada

ontem.

Acesse a notícia em:

http://www1.folha.uol.com.br/saber/892802-fuvest-convocou-479-alunos-sem-

ensino-medio-para-usp.shtml

Diário de S. Paulo

23 de março de 2011

Editoria Dia-a-Dia, página 16

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Jornal da Tarde 23 de março de 2011 Editoria Cidades, página 8-A

Portal G1

23 de março de 2011

USP Leste vai discutir com Coren-SP o destino do curso de

obstetrícia

Grupo de estudos recomendou a fusão do curso com o de enfermagem.

Alunos temem a extinção e prometem protestar em frente à reitoria.

Do G1, em São Paulo

A direção da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo

(EACH-USP), mais conhecida como USP Leste, vai reunir alunos e formados no curso

de obstetrícia na próxima segunda-feira (28) na sede do Conselho Regional de

Enfermagem (Coren-SP), na Bela Vista. A intenção é buscar alternativas para o curso

que corre o risco de ser fechado. Um relatório elaborado por um grupo de trabalho que

cuida de revisão e remanejamento de vagas concluiu que a USP Leste deveria fechar

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330 vagas do vestibular, e que o curso de obstetrícia (o único no país) deveria se fundir

com o de enfermagem.

A decisão provocou revolta dos alunos de obstetrícia. Um protesto está previsto para a

manhã desta quarta-feira (23) em frente à reitoria da USP. Desde a criação do curso, em

2005, junto com a inauguração do campus da USP na Zona Leste de São Paulo, os

alunos de obstetrícia enfrentam dificuldades para o reconhecimento de sua formação

profissional. Os formandos precisam de uma certificação especial dos conselhos de

enfermagem para exercer a profissão, e muitas vezes só obtêm este registro com ações

judiciais.

Em comunicado, a direção da universidade diz que “a avaliação permanente da

graduação e a revisão dos cursos da EACH é absolutamente natural, indo ao encontro

das demandas sociais, científicas e tecnológicas da sociedade”. “A principal

preocupação é com os egressos e com os alunos que estão cursando Obstetrícia. Se for

necessária outra reformulação do curso, ela será feita”, afirmou Telma Zorn, pró-reitora

de graduação.

Os alunos temem a extinção do curso de obstetrícia. Em comunicado que busca angariar

assinaturas contra a extinção, os alunos destacam que “a formação específica de

Obstetrícia capacita os profissionais para praticar uma atenção individualizada à mulher

e à família, compreendendo-a em seus processos de gestação, parto e amamentação

como fisiológico, mas também e igualmente importantes, como processos emocionais,

sociais, culturais, espirituais e como sementes para um mundo melhor”.

Acesse a notícia em:

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/usp-leste-vai-discutir-com-coren-sp-o-destino-do-curso-de-obstetricia.html

O Estado de S. Paulo 23 de março de 2011 Editoria Vida, página A-19

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Portal IG

23 de março de 2011

Governador promete ajuda contra

fechamento de curso da USP Leste

Alckmin se reuniu com alunas de obstetrícia que foram a evento

pedir apoio contra fim da carreira e corte de vagas

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 23/03/2011 17:41

Um grupo de alunas de obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP) que protestam

contra o possível fechamento do curso foi recebido na manhã desta quarta-feira pelo

governador Geraldo Alckmin. Elas aproveitaram um evento com a presença do político na

zona leste, onde fica o campus em que estudam, para chamar atenção do governante e

acabaram atendidas pessoalmente.

Foto: Gerson Nilton de Souza Vieira/Polícia Militar de SP

Estudantes do obstetrícia foram atendidas pelo governador Geraldo Alckmin que disse apoiar a

causa

Na semana passada foi divulgado um relatório que sugere o fechamento de 330 das 1.020

vagas da USP Leste e a fusão de obstetrícia com enfermagem encerrando a carreira.

Desde então, as estudantes fizeram protestos na unidade, em frente a reitoria da

instituição e, nesta quarta-feira, na porta de uma unidade da polícia militar visitada por

Alckmin para anúncio de mudanças no sistema de boletins de ocorrência.

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Logo que o governador chegou, a assessoria procurou uma representante do grupo e

avisou que ele as atenderia ao final do evento. Nove alunas se reuniram com Alckmin e

explicaram que o curso estava ameaçado. “Ele disse que é simpático a nossa causa e

entende a importância da carreira para o parto humanizado”, contou a aluna, Mariana

Gervásio. “Ele ficou bastante sério, pediu contatos da coordenadora e prometeu ajudar”,

diz a colega Thaís Peloggia.

Foto AE Protesto em frente a evento da Polícia Militar

Segundo elas, assim que começou a ouvir as reclamações, Alckmin pediu a um dos

assessores que ligasse para o reitor, João Grandino Rodas, mas o celular estava

desligado. Ele prometeu então, avaliar o que poderia fazer. A assessoria do governador

confirmou que ele se dispôs a "estudar as reivindicações".

Nesta quinta, o grupo pretende comparecer a uma audiência pública na Assembléia

Legislativa que aguarda a presença do reitor para falar sobre questionamentos em relação

à universidade. Outra reunião sobre o curso de obstetrícia foi marcada para a próxima

segunda-feira com o Conselho Regional de Enfermagem (Coren), órgão que emite a

certificação das obstetrizes formadas. Embora a regional já tenha dado algumas

carteirinhas, o Conselho de Enfermagem Nacional (Cofen) emitiu parecer contra a prática.

A sugestão de cortes

O relatório que gerou os protestos foi feito pelo ex-reitor da USP Leste Adolpho Melfi e um

grupo de professores tanto da unidade quanto de outros departamentos. O documento

revisa os cursos da USP Leste conforme a demanda e sugere o fechamento de pelo

menos 10 vagas em cada um dos cursos para aumentar a concorrência no vestibular. No

caso de obstetrícia a sugestão é a fusão com o curso de enfermagem, que fica em

Pinheiros.

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/governador+promete+ajuda+contra+fe

chamento+de+curso+da+usp+leste/n1238187030422.html

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Portal G1

23 de março de 2011

Alckmin defende manutenção de curso de

obstetrícia na USP Leste

Estudantes fizeram protesto pela ameaça de fechamento.

Direção da unidade vai discutir situação com conselho de enfermagem.

Do G1, em São Paulo

Estudantes do curso de obstetrícia da USP Leste, ameaçado de fechamento, fizeram um

protesto na manhã desta quarta-feira (23) em frente a uma companhia da Polícia Militar

em Ermelino Matarazzo, em São Paulo, durante um evento com a presença do

governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Elas estavam com uma faixa com os

dizeres “O fim da obstetrícia é o início do fim da USP Leste”. O governador foi ao local

para assinar convênio que permite à PM registrar boletins de ocorrência.

Protesto de alunas de obstetrícia, da USP Leste, em Ermelino Matarazzo, em São Paulo;

curso pode ser fechado (Foto: Juliana Cardilli/G1)

Durante o evento, o governador comentou o assunto. “Houve um problema com o

Coren. Embora seja um assunto afeito à universidade, vamos ajudar. Eu vejo que a

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modernidade são equipes multiprofissionais, não precisa tudo ser feito pelo médico. Sou

totalmente favorável [à manutenção do curso]”, disse Alckmin.

Ao G1, estudantes mostraram preocupação com uma possível fusão com o curso de

enfermagem. "Com toda a certeza os alunos de obstetrícia são desfavoráveis à fusão do

curso com enfermagem. Isto seria um retrocesso, visto que voltaríamos ao que

aconteceu quando o curso de obstetrícia existiu no Brasil", disse por e-mail Priscila

Tavares, aluna do 7º semestre do curso de obstetrícia.

"A fusão transformaria nosso curso de graduação em obstetrícia em um curso de

especialização, e hoje nossa formação que tem duração de 4anos e meio em período

integral, passaria para no máximo, 1 ano e meio. Isso faria com que nós perdessemos as

disciplinas que norteiam nosso atendimento e nossa visão sobre a assistência

humanizada", disseram em e-mail as estudantes de obstetrícia Mariana De Gea

Gervasio, Laís Akemi Morimoto, Glauce Soares e Thais Peloggia Cursino.

A direção da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo

(EACH-USP), mais conhecida como USP Leste, vai reunir alunos e formados no curso

de obstetrícia na próxima segunda-feira (28) na sede do Conselho Regional de

Enfermagem (Coren-SP), na Bela Vista. A intenção é buscar alternativas para o curso

que corre o risco de ser fechado. Um relatório elaborado por um grupo de trabalho que

cuida de revisão e remanejamento de vagas concluiu que a USP Leste deveria fechar

330 vagas do vestibular, e que o curso de obstetrícia (o único no país) deveria se fundir

com o de enfermagem.

A decisão provocou revolta dos alunos de obstetrícia. Desde a criação do curso, em

2005, junto com a inauguração do campus da USP na Zona Leste de São Paulo, os

alunos de obstetrícia enfrentam dificuldades para o reconhecimento de sua formação

profissional. Os formandos precisam de uma certificação especial dos conselhos de

enfermagem para exercer a profissão, e muitas vezes só obtêm este registro com ações

judiciais.

Em comunicado, a direção da universidade diz que “a avaliação permanente da

graduação e a revisão dos cursos da EACH é absolutamente natural, indo de encontro às

demandas sociais, científicas e tecnológicas da sociedade”. “A principal preocupação é

com os egressos e com os alunos que estão cursando Obstetrícia. Se for necessária outra

reformulação do curso, ela será feita”, afirmou Telma Zorn, pró-reitora de graduação.

Os alunos temem a extinção do curso de obstetrícia. Em comunicado que busca angariar

assinaturas contra a extinção , os alunos destacam que “a formação específica de

Obstetrícia capacita os profissionais para praticar uma atenção individualizada à mulher

e à família, compreendendo-a em seus processos de gestação, parto e amamentação

como fisiológico, mas também e igualmente importantes, como processos emocionais,

sociais, culturais, espirituais e como sementes para um mundo melhor”.

Acesse a notícia em:

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/alckmin-defende-manutencao-de-curso-de-obstetricia-na-usp-leste.html

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Portal IG

24 de março de 2011

Coordenador da USP deixa Assembleia sem falar após intimidação

Representante da diretoria foi provocado, vaiado e saiu escoltado

de audiência pública. Ao iG, disse que é contra fim de curso

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 24/03/2011 19:38

Uma audiência pública que questionava ações recentes da reitoria da Universidade de São

Paulo (USP) nesta quinta-feira acabou com o único representante da direção da instituição

abandonando o local após ser intimidado por dois funcionários. O coordenador de

Relações Institucionais, Wanderley Messias da Costa, saiu da Assembléia Legislativa sem

falar enquanto cerca de 400 pessoas gritavam “covarde”. Ao iG, ele disse que concorda

com a maioria das demandas apresentadas por alunos, docentes e funcionários da

universidade.

Foto: AE

Coordenador de Relações Internacionais da USP, Wanderley Messias da Costa, que saiu sem falar

depois de ouvir por duas horas

O evento foi agendado pelo deputado Carlos Gianazzi (Psol) para debater recentes

demissões e gastos com compra de imóveis na USP. Com a divulgação na semana

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passada do relatório que prevê o fechamento de 330 das 1.020 vagas da USP Leste e o

fim do curso de Obstetrícia, ganhou o apoio dos estudantes.

Foto: Cinthia Rodrigues/Ig Representantes dos estudantes e dos funcionários falaram para cerca de 400 pessoas

O convite oficial para prestar esclarecimentos foi feito ao reitor, José Grandino Rodas, que

não compareceu. Costa foi convidado paralelamente pelo deputado por telefone e aceitou.

“Na terça-feira liguei para o reitor e avisei que iria. Ele disse que não compareceria, mas

que não via problemas na minha presença”, conta.

Último chamado a compor a mesa da audiência, o coordenador foi muito vaiado. Por cerca

de duas horas, representantes dos professores, funcionários e alunos se alternaram ao

microfone com deputados que pediam a saída de Rodas. “O nosso objetivo aqui é um só:

rodar o Rodas. Ele não tem moral para continuar reitor”, disse o diretor do sindicato dos

funcionários, Magno Carvalho. O presidente da associação dos docentes da USP (Adusp),

João Zanetic, disse que não respeita o reitor “nem como acadêmico, nem como colega”.

Agressão não foi vista pela plateia

A provocação ao representante da direção começou enquanto uma das funcionárias

demitidas pela USP em janeiro fazia um pronunciamento. Atrás de uma pilastra, uma

mulher cutucou o ombro de Costa. “Você não tem nada que estar aqui, pau mandado”,

disse a mulher que assumiu à reportagem do iG a intenção de provocar o representante da

universidade, mas não quis se identificar. “Estou aqui porque fui convidado, a senhora não

tem o direito de me agredir”, respondeu o Coordenador de Relações Institucionais.

Foto: Cinthia Rodrigues/Ig De verde, mulher que provocou a saída de Costa se posicionou ao lado dele, atrás da pilastra

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Em seguida, um outro rapaz se dirigiu a Costa, que pediu a ele que falasse ao ouvido por

causa do barulho. “Você não tem que falar nada, tem que ficar com o ouvido doendo e só”,

afirmou o jovem em volume suficiente para a reportagem que estava a um metro de

distância escutar. Costa, imediatamente, fechou a pasta e saiu. “Agora vocês expliquem

no microfone porque eu não vou falar nada.”

Ninguém esclareceu, e os estudantes cercaram o coordenador na saída aos gritos de

“covarde”. Foi preciso que policiais militares o escoltassem até uma escada.

“Eu entendo, já estive no lugar deles”

Por telefone, Costa afirmou que também já foi presidente da Adusp e entende as

manifestações. “Eu fui um dos que defendi a criação da USP Leste e o curso de

Obstetrícia, eu ia lá conversar com a comunidade. Até em reunião em igreja eu fui. Não

mudei de ideia de 2004 para cá, sou contra o fechamento da carreira”, disse.

Na época da criação do campus, o atual coordenador de Relações Internacionais era

prefeito da Cidade Universitária. Para ele, a comissão que fez o relatório sugerindo o

fechamento de vagas errou. “Primeiro por não ter representante de obstetrícia, segundo

por não ter debatido a questão e, terceiro, por ter divulgado antes de conversar com os

interessados”.

Costa acredita que a união provocada pelo documento entre professores, funcionários e

estudantes ainda terá consequências maiores. “A USP Leste é um projeto social, qualquer

coisa que se faz lá tem repercussão. O que vimos hoje na Assembleia é um tsunami. A

mobilização dos alunos é impressionante.”

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/coordenador+da+usp+deixa+assemble

ia+sem+falar+apos+provocacao/n1238189795534.html

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Folha de S. Paulo 24 de março de 2011 Editoria Opinião, página A-3

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Portal da Band

26 de março de 2011

Alunos da USP protestam contra fechamento de curso de obstetrícia

Cleyton Vilarino

[email protected]

Estudantes do curso de obstetrícia da USP (Universidade de São Paulo) Leste realizaram um protesto na manhã deste sábado no vão livre do Masp (Museu de

Arte de São Paulo). Com cartazes e um abaixo-assinado, eles pediam que o curso seja mantido pela instituição. Está prevista uma fusão da disciplina com a

de enfermagem e não haverá mais vestibular para o curso. Parteiras, mães e ONGs também estiveram presentes.

Foto: Caio Buni/Futura Press

Pelas mudanças, não haverá mais vestibular para o curso de obstetrícia

A USP divulgou na semana passada um estudo encomendado pela Diretoria da

Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) que apontou a necessidade de diminuir vagas na USP-Leste. Criado em conjunto com sete professores, cinco do

campus da zona leste, um da Escola de Comunicações e Artes sob coordenação do ex-reitor Prof Adolpho José Melfi, o documento causou polêmica ao propor a

fusão entre os dois cursos - acabando de vez com o de obstetrícia.

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De acordo com o documento, a escola foi desenvolvida para comportar até 50

alunos por sala de aula e hoje comporta até 70 alunos por causa das repetências. Ainda segundo o documento, em muitos casos foi necessária a abertura de turmas

extras para aliviar as salas. “Esta é, certamente, uma das causas para as frequentes queixas de superlotação de salas que alguns colegas reportaram.

Assim sendo, a USP sugere uma redução geral de 10 vagas para todos os cursos, que passariam a funcionar com 50 vagas”, destaca o documento.

Seriam cortadas 30 vagas em ciências da atividade física; 40 em gestão

ambiental; dez em gerontologia; 20 em gestão de políticas públicas; 80 em licenciatura de ciências da natureza; 20 em lazer e turismo; 20 em marketing; 30

em sistema de informação, 20 em têxtil e moda e, por fim, a junção dos cursos de obstetrícia e enfermagem.

Protestos

O fechamento de vagas gerou reação dos estudantes, sobretudo dos alunos de

obstetrícia. Na última terça-feira, dia 22, eles já haviam realizado uma manifestação em frente à reitoria da USP exigindo a continuidade do curso.

Também foi criada a Associação Obstetrícia da USP e, na quinta-feira, uma audiência pública foi convocada para que o reitor, João Grandino Rodas, pudesse

explicar as últimas medidas tomadas na universidade.

De acordo com a representante da Associação, Marina Barreto Alvarenga, a permanência do curso é uma questão de saúde pública e da mulher. “Gravidez

não é doença. Quando uma mulher está grávida, ela não procura um médico”, defendeu durante a audiência na Assembléia Legislativa. “Nossa reivindicação é

também pela a saúde da mulher”. Histórico

A graduação em obstetrícia tem gerado problemas para os alunos e formandos desde a sua primeira turma. Devido a um desentendimento com o Coren

(Conselho Regional de Enfermagem), os alunos formados no curso de obstetrícia não conseguem ingressar no mercado de trabalho.

O Coren se nega a reconhecer a graduação de obstetrícia, pois só aceita formação

de enfermeiro-obstetra. De acordo com o órgão, os alunos do curso não possuem formação em enfermagem para conseguir o registro no Conselho.

Mariane Menezes foi um desses casos. Assim que se formou, tentou prestar

concurso para a rede estadual de saúde e, após passar em terceiro lugar, foi impedida de tomar posse do cargo. “Foi uma frustração muito grande. A gente se

forma com aquela vontade de fazer melhor”, lamenta Mariane se referindo à qualidade da Saúde Pública no país.

Os estudantes prometem continuar os protestos nos próximos dias.

Acesse a notícia em:

http://www.band.com.br/jornalismo/educacao/conteudo.asp?ID=100000414369

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Portal G1

26 de março de 2011

Estudantes protestam contra ameaça de

fechamento de curso da USP Leste

No Masp, alunas, parteiras e mães defenderam faculdade de

obstetrícia.

Universidade propõe fusão do currículo com o curso de enfermagem.

Luna D'Alama Do G1, em São Paulo

Dezenas de estudantes do curso de obstetrícia da unidade Leste da Universidade de São

Paulo (USP) se reuniram com parteiras, mães e ONGs no vão livre do Museu de Arte de

São Paulo (Masp), às 10 horas deste sábado (26). Com cartazes e um abaixo-assinado,

os manifestantes pretendem impedir a extinção dessa faculdade, que é a única do Brasil,

mas pode se fundir à de enfermagem da USP e ter o próximo vestibular cancelado.

Dezenas de alunos do curso de obstetrícia da USP se reuniram no vão livre do Masp (Foto:

Luna D'Alama/G1)

Segundo a coordenadora do curso, Nádia Narchi, os professores e alunos são contra essa

mudança porque, apesar de profissões “irmãs”, as duas áreas representam paradigmas

profissionais diferentes. “Se a gente for diluído na enfermagem, não vamos construir

um campo de conhecimento próprio. Não aceitamos essa proposta e queremos que a

USP compreenda a importância social e acadêmica da nossa profissão.”

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Nádia disse, ainda, que a USP está se dobrando ao Conselho Federal de Enfermagem,

que tem dificultado o registro de obstetrizes formadas, também pouco reconhecidas pelo

mercado. “Há duas saídas possíveis: a reformulação curricular ou a contestação judicial,

mas a USP optou pela saída covarde, de atender ao conselho”, afirmou a coordenadora.

Atualmente, o curso de obstetrícia da USP Leste, que pertence à Escola de Artes,

Ciências e Humanidades (EACH), tem cinco turmas de 60 alunos cada e duas já

formadas. A graduação tem uma duração de quatro anos e meio e, em 1974, já sofreu

com a extinção e a fusão à enfermagem – ressurgindo em 2004. A estudante Jéssica

Nascimento, do terceiro ano, afirmou que a universidade quer reduzir 330 das 1.020

existentes nos dez cursos do campus. “A enfermagem não tem estrutura para nos

abrigar”, avaliou.

Manifestante assina abaixo-assinado em defesa do curso (Foto: Luna D'Alama/G1)

Para a aluna Flávia Estevan, também do terceiro ano, "a faculdade surgiu como um

pedido de movimentos sociais para atender à demanda brasileira de partos normais e

para reduzir o número de cesarianas”.

De acordo com ela, o objetivo é acabar com a “fábrica de cesáreas”, já que 90% dos

partos na rede privada do país e 50% do Sistema Único de Saúde (SUS) são desse tipo,

enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda no máximo 15% nos dois

sistemas juntos. “Hoje, o médico é o protagonista e a mulher passa por uma cirurgia.

Gravidez não é doença”, destacou Flávia.

A enfermeira obstetra Vilma Nishi, que atua há 35 anos com partos humanizados e já

fez mais de 700 em residências, acha que enfermeiros e obstetrizes devem unir forças,

porque a figura mais importante dessa história é a mulher. “Nunca vi a USP fechar um

curso”, lamentou.

Segundo a administradora Priscila Ariani, mãe de Francisco, de 3 anos e meio, e Arthur,

de 9 meses (o primeiro nasceu de cesariana e o segundo, de parto normal em casa), a

cesárea é uma invasão e uma falta de respeito ao momento mais especial na vida de uma

mulher. “O médico vem com um suposto saber, o bebê é retirado de você, fica no seu

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colo por 2 minutos e depois preciso me recuperar da anestesia”, disse. Priscila acredita

que o médico entende o parto como um procedimento cirúrgico, não como o nascimento

de um filho.

Em comunicado, a direção da universidade diz que “a avaliação permanente da

graduação e a revisão dos cursos da EACH é absolutamente natural, indo de encontro às

demandas sociais, científicas e tecnológicas da sociedade”. “A principal preocupação é

com os egressos e com os alunos que estão cursando obstetrícia. Se for necessária outra

reformulação do curso, ela será feita”, afirmou Telma Zorn, pró-reitora de graduação.

Acesse a notícia em:

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/estudantes-protestam-contra-ameaca-de-fechamento-de-curso-da-usp-leste.html

Folha de S. Paulo 27 de março de 2011 Suzana Singer - Ombudsman, página A-8

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Portal do Jornal Correio do Estado

27 de março de 2011

Cursinho da Poli consegue 4 mil assinaturas contra fechamento de vagas na USP Leste

O Cursinho da Poli organizou um abaixo-assinado que deve chegar a mais de 4 mil assinaturas

contra o fechamento de 330 vagas na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (Each), mais

conhecida como USP Leste, que será entregue na reitoria da instituição na próxima semana.

Com aproximadamente 6 mil alunos, cerca de 1500 apenas na unidade em Itaquera (zona

leste), o cursinho afirma em comunicado à imprensa ter “uma proposta pedagógica voltada à

democratização do ensino superior, principalmente, para os alunos de escolas públicas”.

A proposta da USP Leste, entre outras, seria reduzir pela metade as 60 vagas de Ciências da

Atividade Física; de 120 para 80 as de Gestão Ambiental; e cortar uma turma de Licenciatura

de Ciências da Natureza, reduzindo as vagas de 120 para 40 ou 50. O pior caso seria o do

curso de Obstetrícia, que poderia ser fundido com o curso da Escola de Enfermagem,

perdendo todas as 60 vagas atuais.

Acesse a notícia em:

http://www.correiodoestado.com.br/noticias/cursinho-da-poli-consegue-4-mil-

assinaturas-contra-fechament_104792/

Portal IG

28 de março de 2011

Órgão de enfermagem: mudança de

obstetrícia da USP é quase certa

Presidente do conselho disse que negociação com universidade está "em 9, em

uma escala de 1 a 10"

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 28/03/2011 20:32

O Conselho de Enfermagem (Coren) de São Paulo informou a representantes do curso de

obstetrícia da Universidade de São Paulo (USP) que as negociações para adequação da

carreira à enfermagem estão adiantadas. “Estamos em 9, em uma escala de 1 a 10”, disse

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o presidente do órgão, Cláudio Porto, em uma reunião na sede da entidade para

responder a dúvidas de alunos e professores.

Foto: AE Um dos protestos pela decisão de fundir curso com enfermagem

A fusão do curso de obstetrícia com enfermagem, proposta no relatório que sugere o corte

de 330 das 1.020 vagas da USP Leste, é motivo de protestos há uma semana. O

documento fala da baixa demanda pela carreira no vestibular e da dificuldade em

conseguir credenciamento em um órgão profissional – apenas alguns formados

conseguiram certificação por meio de decisões judiciais.

Na próxima semana, a Comissão de Graduação da unidade vota se suspende ou não o

curso do vestibular 2012. “Vamos avaliar as mudanças propostas pelo relatório em geral,

mas temos pressa de decidir o caso de obstetrícia, que é mais urgente”, disse a presidente

da Comissão de Graduação da unidade, Mônica Sanches Yassuda, explicando que todos

os cursos têm representantes no conselho que contam também com dois alunos.

A USP já apresentou ao Coren duas propostas de adequação do curso de obstetrícia para

que os formados pudessem ser credenciados pelo órgão. Ambas foram negadas por tratar

apenas da saúde da mulher. “Estamos quase nos acertando, falta apenas a USP

apresentar uma proposta de adequação do curso que inclua o cuidado do ser humano, do

adolescente, da criança e do idoso. Falta 25% ou 30% da formação de enfermeiro para

quem fez obstetrícia”, disse Porto.

Neste caso, alunos e profissionais já formados fariam um ano a mais de aulas e seriam

enfermeiros com ênfase em obstetrícia. “É impossível ser obstetriz e ter uma carteirinha de

enfermeiro o que vocês podem é decidir que serão obstetrizes e não terão certificação ou

brigar na justiça, mas vamos recorrer até a última instância”, disse o assessor legislativo

do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Luiz Gustavo Muglia.

Diretor diz apoiará decisão de alunas

Na sexta-feira passada, o diretor da USP Leste, Jorge Boueri, se reuniu com alunos

formados e aconselhou que fossem à reunião com o Coren. “Ele disse para esquecermos

o relatório por enquanto e que apoiaria o que decidíssemos depois de ouvir o conselho”,

afirmou Natalie Leister, vice-presidente da Associação de Obstetrizes.

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Agora, alunos e professores farão novas reuniões para decidir se desistem da carreira com

graduação para conseguir apoio do órgão que garantiria maior empregabilidade.

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/orgao+de+enfermagem+mudanca+de+

obstetricia+da+usp+e+quase+certa/n1300009483212.html

Portal IG

28 de março de 2011

USP discute mudança no bônus para

estudantes de escola pública

Pró-reitora de graduação quer substituir acréscimo automático na

nota do vestibular por provas que avaliem desempenho

Cinthia Rodrigues, iG São Paulo | 28/03/2011 19:39

O Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) discute na quinta-feira

mudanças no programa de inclusão social da instituição (Inclusp). A principal proposta é

que o bônus na nota dos candidatos que estudaram em escola pública seja feito conforme

o desempenho em avaliações anteriores ao vestibular.

Atualmente, todos os alunos que fizeram o ensino médio em escolas públicas recebem

pelo menos 3% de acréscimo na nota obtida. Depois, conforme o desempenho no

vestibular, podem obter até mais 6% de bônus. Outros 3% são dados conforme resultado

de uma prova aplicada em parceria com as redes públicas, o Programa de Avaliação

Seriada da USP (Pasusp). Ou seja, o aluno da rede pública pode conseguir até 12% de

acréscimo na nota.

Um grupo de trabalho estuda critérios para mudança neste formato desde o ano passado e

apresentará as conclusões para votação do conselho. A pró-reitora de Graduação, Telma

Zorn, já manifestou preferência por modelo em que o bônus seja todo por mérito, ou seja,

conforme o resultado de avaliações.

Entre as possibilidades, está a adoção parcial do Exame Nacional de Ensino Médio

(Enem). O teste aplicado pelo Ministério da Educação chegou a ser o responsável pelos

6% que hoje são dados conforme o desempenho no vestibular, mas deixou de ser usado

pelas universidades estaduais paulistas nos últimos anos. A posição oficial é de que a data

de divulgação da nota – atrasada nos últimos dois anos por conta de problemas na

realização do teste – impossibilitou o uso.

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Baixa demanda

A USP enfrentou uma queda na relação candidato-vaga e na matrícula dos aprovados na

primeira chamada. Ainda no ano passado, a graduação divulgou diretrizes para que os

cursos com baixa procura fossem revisados. Um grupo de trabalho que fez o estudo para

a Escola de Artes, Cultura e Humanidades (Each), a USP Leste, concluiu um relatório em

que sugere o fechamento de 330 das 1.020 vagas atuais e manifesta preocupação com a

“baixa qualidade” dos ingressantes nos últimos vestibulares. Ainda não se conhece os

resultados de avaliações das outras unidades da instituição.

Acesse a notícia em:

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/usp+discute+mudanca+no+bonus+par

a+estudantes+de+escola+publica/n1300009409497.html

Portal da Folha

28 de março de 2011

Entre ânimo e medo, bolsistas brasileiros partem ao Japão

MAURÍCIO KANNO

DE SÃO PAULO

Mesmo após a tragédia que abateu o Japão, com terremoto, tsunami e

contaminação nuclear, nove bolsistas brasileiros se preparam para viajar ao

país em mais duas semanas, dia 8 de abril. E vários outros aguardam

confirmação para embarcar nos próximas meses.

São descendentes de japoneses que vão fazer a viagem bancados pela Agência

de Cooperação Internacional do Japão (Jica). O órgão organizou neste sábado

(26), na Liberdade, em São Paulo (SP), evento que reuniu cerca de 70 pessoas,

entre seus bolsistas e ex-bolsistas. O clima geral era festivo, mas não deixou

de considerar as preocupações com o pós-tragédia e o perigo radioativo.

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Aurora Kyoko Nakati - 26.mar.2011/Arquivo pessoal

Bolsistas da Jica, da esq. para dir.: Juliana Terashima;

Vitor Tsuji, rumo a Sapporo; Aurora Kyoko Nakati, que vai

para Okinawa; e Claudio Niigaki, que espera ir para

Sapporo

A professora de música Margareth Hitomi Umehara, 44, uma dos nove

bolsistas, é veterana em terremotos. "Fui também bolsista na província de

Niigata em 2004, bem quando houve grande terremoto lá", conta ela. "Tinha

que tomar banho frio no inverno por não poder usar gás, e não conseguia ficar

de pé pelas várias réplicas ao longo de um mês."

Margareth, que vai para Yokohama por 10 meses, província vizinha de Tóquio,

afirma que a experiência anterior deu mais segurança para ir agora. "E minha

orientadora [de pedagogia musical na Universidade Nacional de Yokohama]

disse que está seguro lá, tanto para alimentação como quanto à radiação",

explica ela. "E eu acredito nela, né? Claro que eu tenho muito medo, e minha

família todo dia questiona, mas não quero perder a oportunidade de realizar

esse sonho."

A estatística Aurora Kyoko Nakati, 33, é outra que parte em 8 de abril. "Fico

mais tranquila de ir para Okinawa [ponta sul do Japão], principalmente por

meus pais, mas eu iria independente da região", declarou ela, que afirma saber

também de bolsistas do Mombusho (Ministério de Ciência e Cultura do Japão)

que vão para Tóquio já neste sábado (2).

Outra que não hesita é Harumi Adachi, 22, formada em moda pela USP Leste, e

que tem viagem pré-confirmada. Espera ficar por 10 meses para curso em

Sapporo, na ilha e província de Hokkaido, extremo norte do Japão. "Não me

preocupo, tenho parentes lá e dizem que está tudo bem na região", diz ela.

"Também acompanho detalhes em japonês pela NHK [TV estatal japonesa]".

Já a psicóloga Eliane Taminato Hara, 26, por outro lado, mostra preocupação.

Ela se inscreveu no fim do ano passado para um curso de seis meses na

província de Gunma, que fica mais próxima de Fukushima, onde é a usina

nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto e tsunami e que

mostra sinais de vazamento de radiação.

Leia a notícia completa em:

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/894964-entre-animo-e-medo-bolsistas-

brasileiros-partem-ao-japao.shtml

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O Estado de S. Paulo 29 de março de 2011 Editoria Vida, página A-19

Jornal da Tarde 29 de março de 2011 Editoria Cidades, página 7-A

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Agência USP 29 de março de 2011

Com cursos de graduação e pós, estudo da moda se

consolida na USP

Por Thaís Viveiro, da Revista Espaço Aberto

A professora e designer Suzana Avelar, responsável por disciplinas nos dois cursos

recém-criados, não esconde o entusiasmo. “É muito significativa essa mudança que

tem acontecido na faculdade. Isso traz novos elementos e discussões para a área,

mostrando que ela é muito mais complexa do que imaginamos. O conhecimento é

fundamental para amadurecer esse espírito crítico em relação à moda e para a geração

de novas propostas”, explica.

Produção agrícola, fiação, beneficiamento de fios, incorporação de design, criação

artística e gestão são algumas das etapas que vêm antes do desfile. Pelo menos essa é

a ideia que traz o mestrado da EACH. Com duas linhas de pesquisa – Materiais e

Processos Têxteis e Projeto de Têxtil e Moda – o curso pretende promover um contato

maior entre a indústria têxtil e a moda. “É vital que essas áreas se comuniquem”,

afirma a engenheira química Júlia Baruque, coordenadora do programa.

A indústria têxtil é hoje a sexta maior indústria do País e a maior empregadora de

mão-de-obra feminina. Agora, as empresas buscam novos mercados e produtos. “A

comunicação entre as duas áreas abre possibilidades para o setor produtivo, para a

criação de produtos diferenciados e o uso de novos materiais. Se você não traz

tecnologia ao design e design à tecnologia, você não é competitivo”, explica Júlia

Baruque.

Também mirando a inovação, o curso da ECA adota a ótica do Marketing e da

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Comunicação. “Um especialista de estética e gestão em moda será um analista de

tendências do setor e será capaz de propor inovações”, explica Eneus Trindade,

coordenador do curso. Para tanto, o profissional da moda deve estar atento a novos

comportamentos e paradigmas. Sobre as passarelas das ruas, o coordenador afirma: o

consumidor hoje é protagonista. “Ele não quer um produto formatado. Ele quer alguma

coisa em que ele possa personalizar e deixar a sua marca.” Segundo Trindade, o

consumo autoral é algo que se consolidou no começo deste século – e será estudado

ao longo do curso.

Outra vertente do programa de especialização é analisar estratégias para fazer aquilo

que foi identificado como tendência entrar, de fato, nos guarda-roupas. A tarefa não

se resume apenas à publicidade. O desfile, obviamente, e a telenovela, no caso do

Brasil, também são lugares de definição das tendências e meios para fazer um produto

ou marca circular entre formadores de opinião e consumidores. “Entender a moda

como lugar de produção, consumo e circulação de imagens foi o que aproximou esse

curso do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da ECA”, explica o

coordenador.

Para o professor Victor Aquino, professor do mesmo departamento e idealizador do

curso, o estudo da moda tem muito a contribuir para a própria publicidade e para

outras áreas das ciências humanas. “A moda muda muito de direção, de conceito, de

categoria. É um objeto muito interessante para o estudo da estética”, afirma o

professor. “As instituições, mesmo as mais tradicionais, começaram a ver a moda

como fenômeno contemporâneo, algo para ser estudado em história, em sociologia ou

em história da arte”, acrescenta.

Além das disciplinas regulares, o programa do curso traz também seminários sobre

Sociologia da Moda, Moda e Arte Contemporânea, entre outros temas.

Conheça mais sobre o mestrado em Têxtil e Moda e sobre o Curso de Especialização

em Estética e Gestão da Moda.

Acesse a notícia em: http://www4.usp.br/index.php/cultura/21031

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Portal de Notícias R7 29 de março de 2011

Sociólogo diz que bom humor de

José Alencar o aproximou dos brasileiros

Wagner Iglesias, da USP, diz que ex-vice ajudou a “socializar capitalismo” no Brasil

Do R7

O sociólogo e professor da USP (Universidade de São Paulo), Wagner Iglesias, afirmou que a informalidade e o bom humor de José Alencar na vida política fizeram com que ele se aproximasse dos brasileiros. Em entrevista a Record News, Iglesias destacou a importância do ex-vice-presidente em ajudar a quebrar resistências junto à classe empresarial brasileira durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Para o sociólogo, Alencar ajudou a “socializar o capitalismo” no Brasil. José Alencar morreu às 14h41 desta terça-feira (29), aos 79 anos, em decorrência de um câncer e "de falência de múltiplos órgãos". O corpo do ex-vice-presidente será velado a partir das 10h30 desta quarta-feira (30) no Palácio do Planalto, em Brasília. Inicialmente, o velório estará restrito a autoridades, mas, posteriormente, será aberto ao público.

Acesse a notícia em:

http://noticias.r7.com/brasil/noticias/sociologo-diz-que-bom-humor-de-jose-alencar-o-aproximou-dos-brasileiros-20110329.html

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Folha de S. Paulo 30 de março de 2011 Editoria Cotidiano, página C-9

Acesse também a notícia em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/895508-treineiros-piratas-inflam-disputa-em-14-cursos-na-fuvest.shtml

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Portal G1 30 de março de 2011

Conselho de enfermagem diz que não

reconhece formados em obstetrícia

Em nota, Cofen afirma que 'curso da USP não preenche

requisitos legais'. Universidade pode promover a fusão do

curso com o de enfermagem.

Do G1, em São Paulo

O Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen) divulgou nesta quarta-feira (30) uma

nota oficial se posicionando contrário ao registro profissional dos alunos formados no

curso de obstetrícia oferecido pela Universidade de São Paulo (USP). Na nota assinada

pelo presidente do Cofen, Manoel Carlos Neri da Silva, o órgão afirma que o curso da

Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP “não preenche os requisitos legais

para o exercício profissional da enfermagem”. A decisão será publicada no “Diário

Oficial” e encaminhada a todos os Conselhos Regionais de Enfermagem.

O curso criado em 2005 corre o risco de ser fechado. Os alunos formados não

conseguem o registro profissional, a não ser na Justiça, porque o conselho de

enfermagem não reconhece o curso. Um relatório elaborado por um grupo de trabalho

que cuida de revisão e remanejamento de vagas concluiu que a USP Leste deveria

fechar 330 vagas do vestibular, e que o curso de obstetrícia (o único no país) deveria se

fundir com o de enfermagem.

Ainda segundo a nota, o Conselho Federal de Enfermagem, desde 2008 tem emitido

pareceres repetidos indicando a impossibilidade de concessão de registro profissional

aos egressos do curso de obstetrícia porque contraria as diretrizes curriculares para o

curso de graduação em enfermagem.

Alunos e professores do curso de obstetrícia USP fizeram protesto no sábado (Foto: Luna

D'Alama/G1)

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O curso de obstetrícia é voltado especificamente para o atendimento à mulher gestante,

para que ela receba o acompanhamento adequado durante toda a gravidez, parto, e até

40 dias após o parto.

Para o Cofen, “o novo curso de graduação em obstetrícia carece de regulamentação

profissional que só pode ser suprida através de Lei aprovada pelo Congresso Nacional e

sancionada pela Presidência da República, seguindo o processo legislativo instituído

pela Constituição Federal, considerando que a legislação anterior que regulamentava a

profissão de obstetriz no Brasil foi revogada (inclusive a que regulamentava o ensino)”.

Na segunda-feira (28), professores, alunos e egressos do curso de obstetrícia

participaram de uma reunião na sede do Conselho Regional de Enfermagem de São

Paulo (Coren-SP). No encontro, o assessor legislativo do Cofen, Luiz Gustavo Muglia,

apontou duas soluções para que alunos e egressos consigam um registro profissional: ou

a USP oferece uma formação em enfermagem com ênfase em obstetrícia ou é preciso

criar uma legislação específica para a carreira de obstetrizes.

Os conselhos de enfermagem sugerem que a USP inclua na grade curricular mais aulas

de enfermagem, para que os alunos tenham uma formação mais completa que inclua,

além do trabalho das parteiras, o cuidado do ser humano, do adolescente, da criança e

do idoso. “É necessário que o curso tenha uma visão geral do indivíduo, assim como

acontece em enfermagem”, disse Muglia.

Estudantes e professores tentam impedir o fechamento do curso de obstetrícia,

ministrado na USP Leste. Os alunos já participaram de passeatas por São Paulo e

conseguiram até a promessa do governador Geraldo Alckmin em defender a

manutenção do curso.

Segundo a coordenadora do curso, Nádia Narchi, os professores e alunos são contra a

fusão com o curso de enfermagem porque, apesar de profissões “irmãs”, as duas áreas

representam paradigmas profissionais diferentes. “Se a gente for diluído na

enfermagem, não vamos construir um campo de conhecimento próprio. Não aceitamos

essa proposta e queremos que a USP compreenda a importância social e acadêmica da

nossa profissão.”

Nádia disse, ainda, que a USP está se dobrando ao Cofen, que tem dificultado o registro

de obstetrizes formadas, também pouco reconhecidas pelo mercado. “Há duas saídas

possíveis: a reformulação curricular ou a contestação judicial, mas a USP optou pela

saída covarde, de atender ao conselho”, afirmou a coordenadora.

Atualmente, o curso de obstetrícia da USP Leste, que pertence à Escola de Artes,

Ciências e Humanidades (EACH), tem cinco turmas de 60 alunos cada e duas já

formadas. A graduação tem uma duração de quatro anos e meio e, em 1974, já sofreu

com a extinção e a fusão à enfermagem – ressurgindo em 2005.

Acesse a notícia em:

http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/03/conselho-de-enfermagem-diz-que-nao-reconhece-formados-em-obstetricia.html

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UOL Educação 31 de março de 2011

Medidas impopulares isolam reitor da USP Ana Okada

Em São Paulo

O reitor da USP (Universidade de São Paulo), João Grandino Rodas, está isolado

politicamente entre os setores da universidade. A popularidade do dirigente de uma das mais conceituadas instituições de ensino superior do Brasil está em baixa entre funcionários, professores e estudantes.

Sempre fez parte do jogo político a reitoria ter oposição do sindicato dos trabalhadores, o

Sintusp, enfrentar disputas com a associação dos professores, a Adusp, e receber reivindicações de eleições diretas para reitor feitas pelos estudantes, por meio do DCE (Diretório Central de Estudantes) e pelos centros acadêmicos. No entanto, uma série de decisões tomadas por Rodas tem deixado a relação mais tensa.

Each/USP, na zona leste da cidade, pode perder 330 vagas e o curso de

obstetrícia; veja mais fotos

A rejeição ao reitor é "unanimidade", diz o diretor do Sinstusp, Magno de Carvalho: "Em 33 anos de USP, nunca vi isso. Nunca tivemos rejeição assim entre funcionários como estamos tendo agora; até quem nunca reclamou, agora, reclama."

Outra queixa é que falta "discussão e democracia", segundo as entidades. Procurada pelo UOL Educação desde que Rodas assumiu o posto, a assessoria de imprensa disse que o reitor não tem tido "agenda disponível". João Grandino Rodas foi empossado em janeiro de 2010. A escolha por seu nome foi uma decisão do então governador José Serra (PSDB-SP) e desrespeitou a votação dos conselhos da universidade, em que Rodas ficou em segundo lugar.

Leia a notícia completa em:

http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/31/medidas-impopulares-isolam-reitor-da-usp.jhtm

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Folha de S. Paulo 31 de março de 2011 Editoria Cotidiano, página C-6

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O Estado de S. Paulo 31 de março de 2011 Editoria Vida, página A-24