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notícias de gaia 27.05.2010 ANO XXIV — N.º 478 QUINZENAL 27 DE MAIO DE 2010 DIRECTOR: PAULO JORGE SOUSA 0,25 EUROS “ O PS “ O PS “ O PS “ O PS “ O PS tr tr tr tr tra a atou-me tou-me tou-me tou-me tou-me mal” mal” mal” mal” mal” Polidesportivo de Gulpilhares previsto para Setembro Festa do Sr. da Pedra arranca esta sexta-feira Ministra da Educação inaugura escola em Gaia pág. 4 págs. 5 a 10 pág. 12 Entrevista ao presidente da Junta de Gulpilhares Alcino Lopes cumpre o último mandato e afirma que, apesar de liderar lista independente, não é “um alinhado”.

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notícias de gaia27.05.2010

ANO XXIV — N.º 478 w QUINZENAL w 27 DE MAIO DE 2010 w DIRECTOR: PAULO JORGE SOUSA w 0,25 EUROS

“ O PS“ O PS“ O PS“ O PS“ O PS

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Polidesportivo deGulpilhares previsto

para Setembro

Festa doSr. daPedra

arrancaesta

sexta-feira

Ministrada

Educaçãoinaugura

escola emGaia

pág. 4

págs. 5 a 10

pág. 12

Entrevista ao presidente da Junta de Gulpilhares

Alcino Lopescumpre o último

mandato e afirmaque, apesar de

liderar listaindependente,

não é “umalinhado”.

notícias de gaia27.05.2010

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ficha técnica

Nº de Registo: I.C.S. 111060sede, redacção,administraçãoav. república, 1711 s/l esq.tras.

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fax: 223 700 [email protected]

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entidade proprietária e

editor: pressing -empresa jornalística comunicação

e imagem, unipessoal [email protected]

departamento comercial:Lídia Oliveira

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redacção:Jorge Freitas (CE 202)Luís Morais Ferreira (CP 7349)

estagiária: Ana Rita Oliveira,Andreia Rocha, Patrícia Correia,Claudia Lopes

colaboradores:Ademar Costa; André Soares;Ariana Ferreira; Carlos FilipeRodrigues (CR 362); CelesteDomingues; Cláudia Oliveira;Cristina Silva; Danyel Guerra (CP803); Elisete Marques; ErmelindaMendes; Humberto Pinho daSilva; Isabel Andrade Monteiro;Joaquim Oliveira; Jorge Amaral;José Barreto; José DuarteAmaral; Leonardo Júnior; LúciaPereira (CP 6958); ManuelCarvalho; Manuel Barbedo; MariaGraça Almeida; Mário Frota; MartaPereira; Miguel Ângelo Luis; NilceCosta; Nuno Filipe; Olga Pinto;Paulo Tavares; Raul Martins;Vasco Silva Paulo.

nota: os conteúdos dos artigos deopinião são responsabilidade de

quem os assina

Inventário da Biodiversidadeapresentado em Gaia

Documento foi apresentado no Parque Biológico, no dia 21 de Maio, no âmbito da celebraçãodo ano internacional da Biodiversidade

Alguns empresários luso-brasileiros deslocaram-se a VilaNova de Gaia para visitar o Rio InfoPortugal - Conferência Internacionalde Tecnologia da Informação, quedecorreu no Centro de Incubação deBase Tecnológica do ParqueEmpresarial de S. Félix da Marinha eno Hotel Casa Branca

A sessão de abertura daconferência contou com a presençado presidente da câmara de Gaia,Luís Filipe Menezes, do vereadorMário Fontemanha, do presidente dadirecção da InovaGaia, MiguelSantos, e do Director Executivo daRiosoft, Benito Paret.

Foi subscrito um protocolo decooperação para a criação de umaIncubadora/Aceleradora Virtual noCentro de Incubação de BaseTecnológica. O acordo foi assinadono âmbito do CongressoInternacional de Tecnologia e daInformação pelos representantes daInovaGaia, AmiGaia e Riosoft.

Os objectivos do protocolocentram-se na criação de umaplataforma que permita que asempresas brasileiras actuem nomercado português e que asempresas portuguesas actuem no

mercado brasileiro para melhorar aprospecção e a internacionalizaçãodos mercados.

Benito Peret agradeceu à Câmarade Gaia o apoio prestado e afirmouque espera que "a partir deste centro,se estabeleça uma plataforma denegócios para o trabalho do mercadoeuropeu, inclusive, se experimentedesenvolvimentos de novastecnologias."

Menezes declarou que a "Europa

pode e deve ser vista como uma terrade oportunidades. Portugal funcionacomo plataforma atlântica da entradado Brasil na Europa. Investir em Por-tugal significa investir na Europa". Oautarca acredita que a InovaGaiaconstitui um bom aliado para dar aconhecer as empresas brasileiras,pois "a diplomacia económica decariz regional e local é bem maiseficaz para a economia e para osnegócios em concreto". AR

Gaia assina protocolo comempresários luso-brasileiros

A cerimónia de apresentação doInventário da Biodiversidade contoucom a presença do presidente daCâmara de Gaia, Filipe Menezes, dopresidente do Parque Biológico,Nuno Oliveira e da vereadora doAmbiente, Mercês Ferreira.

Nuno Oliveira informou que ocontributo de Gaia para a iniciativa daONU é "mais de duas mil espéciesno estado selvagem" e que paraproteger a biodiversidade em Gaia "foi

criado o Parque das Dunas, aReserva Natural Local Estuário doDouro, o parque botânico do Castelo,e protecção das dunas bem comotodo trabalho desenvolvido em 25anos de recuperação de animaisselvagens".

Luís Filipe Menezes realçou aimportância do Parque Biológico deGaia para o concelho e informou queeste órgão tem competênciasalargadas neste mandato. O

presidente afirmou que "o ParqueBiológico trabalha muitas frentes nodia-a-dia com recursos escassos,mas com competência, fazendo umtrabalho que tem uma dimensão àescala regional e nacional".

Luís Filipe Menezes falou aindasobre projectos que estão a serdesenvolvidos no concelho, como oalargamento na costa do mar, oalargamento de áreas de reserva anível de Município, entre outros. AR

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Editorialeditorial

Enquanto a Europadorme…

O mediático acordo entre o Brasil e aTurquia e o Irão, acrescentado à débilreacção da actual administraçãoObama/Clinton, faz antever temposinternacionais dúbios. O presidente Lulatem vindo a assumir cada vez mais umaautonomia de política externa face aovizinho do norte, ameaçado também nosmedia pelo sempre ruidoso Chavez. Seráque esta diplomacia internacionalfreelancer do actual governo brasileirogarantirá o almejado lugar no futuroConselho de Segurança? E a Turquiaavança para um acordo desta naturezacom o Irão sendo membro da Nato? Equerendo entrar na União Europeia?Nada disto é claro e presta-se às maisdiversas avaliações. No meio destadiplomacia sui generis, o inefávelMahmoud Ahmadinejad vai-se rindo,enquanto a Europa dorme…

Artur Villares

O que é a Compostagem Doméstica?É um processo biológico e aeróbico em que osmicroorganismos transformam a matéria orgânica nummaterial semelhante ao solo a que se chama composto.

O que colocar no compostor: restos de cozinha (le-gumes, fruta, cascas, sacos de chá, borra de café);aparas de jardim (folhas, relva, caules, flores, ramos);outros (papel, cartão palha, madeira não tratada, estrume).

O que NÃO colocar: Não problemáticos (vidro, plásticos,têxteis, papel plastificado); Problemáticos (alimentoscozinhados de origem animal e gorduras, folhas muitoresistentes); Perigosos (madeira tratada, pilhas químicos,medicamentos, beatas de cigarros, dejectos de animaisdomésticos).

Suldouro aposta nacompostagem doméstica

Dentro de dias vão começar as acçõesde sensibilização no município que visamsobretudo atrair as famílias para acompostagem doméstica individual (vercaixa).

Este é o último projecto-piloto que aSuldouro tem no terreno e que envolve oconcelho de Gaia e de Santa Maria daFeira, com o apoio das respectivasautarquias e a Comissão de Coordenaçãoe Desenvolvimento Regional do Norte.

Esta acção vai decorrer durante um ano,em zonas específicas dos doismunicípios, destinado em absoluto afamílias com moradias unifamiliares, jáque o resultado vai servir como fertilizantedo terreno ou jardins anexos à residência,de forma gratuita e ecológica.

Nesta primeira fase, a Suldouro vai distribuirgratuitamente 250 compostores na Feira e 500 nacidade de Gaia.

O objectivo da compostagem doméstica é

ajudar a atingir as metas previstas noPlano de Prevenção de ResíduosUrbanos que pretende reduzir, até2016, entre 10% a 21% a produçãodestes lixos, implicando que cadaportuguês terá de diminuirgradualmente a produção dosresíduos urbanos até 1 Kg/dia nesseano.

Em Gaia, vão ser contactadascerca de 1200 famílias que se inseremnos parâmetros exigidos do projecto.O objectivo é, pelo menos, que metadedessas famílias aceite o desafio dacompostagem. Vão ser feitas acçõesde sensibilização e formação e umacompanhamento permanente aolongo dos meses nas aderentes.

Esta primeira fase vai estender-sea três zonas-piloto: litoral (nas freguesias deArcozelo e Gulpilhares), centro (em Mafamude) einterior-centro (incluindo as freguesias de Vilar deAndorinho, Pedroso e Canelas).

O Rancho Folclórico da Paróquia do Divino Salvador de Vilar de Andorinhonasceu em meados de 2009, com o intuito de preservar memóriasAssociativas e Recreativas ligadas à Freguesia de Vilar de Andorinho.

No dia 9 de Maio de 2010 a missa de Domingo das 11 horas da manhã foianimada pelo Rancho e concretizou-se o seu Baptismo e os padrinhos foi oRancho Folclórico de Mafamude, no final da celebração no adro da igrejaMatriz realizou-se uma pequena exibição para a comunidade presente e todoo grupo encantou com a sua prestação.

O Rancho é constituído por cerca de 50 elementos representados porLavradeiras e Lavradores que envergam trajes que eram usados emsolenidades religiosas, romarias, e nos trabalhos diários dependendo dassuas condições sociais, por isso temos leiteira, ceifeira, fiandeira,lavadeira,padeira, romeira, serandeiro e o Homem da palhoça e todos elesrepresentam tradições e costumes de Gaia.

As danças e cantares divulgam o que se cantava e dançava em Vilar deAndorinho e o objectivo deste Rancho é difundir e dar a conhecer as tradiçõesda Freguesia através de Festivais de Folclore, lares, romarias popularesnum intercâmbio nacional e internacional. Ana Santos

Rancho Folclórico deVilar de Andorinho

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Cortejo da AssociaçãoRecreativa de Francelos

No início do mês de Maio, aAssociação RecreativadeFrancelos recuperou umainiciativa há muito esquecida: oCortejo.

Aproveitando o domingo de sol,alguns associados dançaram ecantaram enquanto percorreramalgumas das mais importantesruas de Francelos.

Com esta iniciativa, a direcção

pretende recuperar uma tradição,assim como dar a conhecer acolectividade e, claro, recolheralguma ajuda financeira.

O importante foi mesmo oconvívio. Pequenos e graúdos,todos juntos, mostraram queafinal é importante manter atradição e que as colectividadescontinuam a ser um forte elementode dinamização das freguesias.

Ministra da Educaçãoinaugura escola

Luís Filipe Menezes recebeu a ministra Isabel Alçada para inauguraremoficialmente a Escola João de Deus, em Mafamude.

A sessão foi iniciada pelo corte da fita simbólica e pelo descerramento da

"O Morgado de FafeAmoroso" pelo TEP

Já está em cena, no Auditório Municipal de Gaia, o 219º espectáculo doTEP. Chama-se "O Morgado de Fafe Amoroso" e é uma deliciosa farsa deCamilo Castelo Branco, com encenação de Susana Sá.

Com esta peça, o TEP dá início à homenagem a António Pedro, primeirodirector artístico (1953-1961), no centenário do seu nascimento. O tributoprosseguirá em Setembro, com "A Morte de um Caixeiro-viajante", de ArthurMiller, com encenação de Gonçalo Amorim, e, em Novembro, com "Jornadapara a Noite", de Eugene O'Neill.

"O Morgado de Fafe Amoroso", de Camilo Castelo Branco, tem encenação,cenografia e figurinos de Susana Sá, co-autoria da cenografia de Lia Oliveirae desenho de luz e sonoplastia de Eduardo Brandão. São intérpretes: Afonsode Melo, Diogo Bastos, Eva Fernandes, José Cruz, Luís Trigo (no Morgado deFafe), Margarida Machado, Nuno Martins e Rute Pimenta. Estará em cena, noAuditório Municipal de Gaia, até 13 de Junho, de quarta-feira a sábado, às21h45, e, ao domingo, às 16h.

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lápide. A sessão solene teve um momento especial em que as criançaspresentes cantaram o Hino Nacional, emocionando todos aqueles queassistiram ao momento.

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, agradeceu apresença da Ministra da Educação, Isabel Alçada, e salientou o trabalhodesenvolvido pelo município apesar da crise que se faz sentir no país. Oautarca destacou a importância da Associação Jardins-Escola João de Deus.Filipe Menezes afirmou que "é inquestionável que os valores da escola públicadevem ser gerais, universais e tendencialmente gratuitos".

Já Isabel Alçada focou a polivalência do trabalho executado pela referidaAssociação. Acrescentou ainda que o nome da Associação Jardins-EscolaJoão de Deus é mencionado quase sempre que se fala em iniciativaseducativas.

A Associação Jardins-Escola João de Deus nasceu em 1882 e apresenta-se sob a forma de IPSS - Instituição Particular de Solidariedade Social. Esteorganismo dedica-se à Cultura e Educação. No presente, existem 40 Jardins-Escola em actividade. AR

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O executivo da Junta de Gulpilhares deixou deser socialista. E, curiosamente, aumentou ainda maiso número de mandatos. Sente que,independentemente do partido, a população se revêna pessoa de Alcino Lopes?

A grande maioria das pessoas que estão na minhalista tem uma tendência socialista, embora nóstenhamos feito a inclusão de pessoas de váriosquadrantes. Temos pessoas mais à esquerda ou outras

Alcino Lopes é socialista. Decoração. Não de filiação. Ao fimde 30 anos ao serviço dopartido, sente que o PS o "tratoumal". Pela primeira vezconcorreu à junta numa lista deindependente, com o apoio deLuís Filipe Menezes. Mais umavez ganhou. Mais uma vezaumentou o número demandatos e consolidou amaioria. E garante que o queinteressa é a freguesia e acomunidade.

A mágoa com os socialistaspermanece, mas não é por issoque vai deixar de lutar por aquiloque sempre acreditou.

Muito crítico em relação aopelouro da Cultura, Alcino Lopesainda não sabe se o FestivalInternacional de Folclore deGaia vai realizar-se. Está àespera da resposta do vereador.

Lançou-se agora num desafio:o novo pavilhão coberto. Umprojecto que a médio prazo vaipermitir à junta 'respirar'financeiramente. Um autarca apensar no futuro...

Entrevista com o presidente da Junta de Freguesia de Gulpilhares, Alcino Lopes

"Não sou um alinhado"

mais à direita do partido socialista. O que quer dizerque esta é uma lista pluralista. Mas a maioria daspessoas que estava na lista do partido socialistacontinuou na minha lista; nós só deixamos de serfiliados no PS. Os pensamentos são os mesmos.Eu acho que… os pensamentos nunca ninguémos muda. Agora, tem razão, acho que nós temos amaior representação politica ao nível daAssembleia de Freguesia. Claro que há

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assembleias que têm maiselementos (nós temos 13 e há outrasque têm 19), mas em termoscomparativos julgo que temos amelhor representação política. Defacto, nunca tinha tido dez elementosa meu favor. Enfim, são muitos anosà frente desta junta. É evidente queas pessoas sabem apreciar otrabalho. Eventualmente, as pessoasque estão comigo e eu própriomerecemos esta confiança.

Entramos no seu último mandatoenquanto líder da Junta deFreguesia de Gulpilhares. O quequer ver no terreno nos próximostrês anos e meio?

Quem está muitos anos numafunção como esta, acaba porperceber que, muitas vezes, osnossos projectos só são conseguidosao fim de muitos anos. Quer dizer quea maioria deles não atingimos. Quemquiser ser crítico a uma junta defreguesia dirá: 'Os planos deactividades que apresentam sãoquase sempre a mesma coisa!'.

E inconcretizáveis?Não é a mesma coisa. Digamos

que… no Plano de Actividades temossempre uma meta e, às vezes, essameta não é concretizável porquedepende de outros. Mas não vamosdeixar de lutar por ela. Pode estarplasmada nos documentos durantecinco ou dez anos, mas é umobjectivo. E o nosso dever é semprelutar por ele. Há também muita genteque diz que os planos são semprede continuidade. Mas se há terra quetem projectos de sua iniciativa, julgoque esta é pioneira. Não há nenhumafreguesia no concelho de Vila Novade Gaia que seja tão empreendedoracomo esta. Porque, por norma,fazemos as coisas, não estamos àespera que a câmara as faça. Julgoque há, de facto, presidentes de juntaque têm valor, se o poder político os

deixasse evoluir e mostrar quantovalem, mas às vezes nãoconseguem. Há dias, um presidentede junta que esteve aqui, quetambém tem grandes maiorias, dizia-me assim: 'nós não podemos sairsem deixar uma marca da nossapassagem'. Portanto, nós podemoster sido muito trabalhadores, muitodedicados, mas se fizermos apenascoisas pequeninas….

Qual é a marca da suapassagem?

Quando sair deixo aqui algumasmarcas. Para além dos arruamentose o que vamos fazendo em espaçospúblicos, tenho duas ou três marcas.O auditório é da minha lavra. Foi ajunta que o construiu, não foi acâmara. Foi construído com o esforçoda junta de freguesia. Temos

também, ao lado do auditório, umconjunto de edifícios sedes decolectividades que julgo não havernada no país semelhante. Pensámosem alojar neste espaço todos os quetinham dificuldade em ter o seupróprio espaço. Sem custos. Estascolectividades não pagam energia,não pagam renda. Enfim… aindatêm subsídios para sobreviverem. Onosso complexo desportivo tambémfoi feito por nós, não pela câmara. Acâmara, á posteriori, ajudou-nos umbocadinho e, recentemente, assumiua parte do arrelvamento. E isto sãoprojectos enormes. Outro exemplo:nós temos aqui o Piaget e muitagente pergunta se vale a pena. Valesempre a pena, porque o Piaget aovir para aqui trouxe professores queacabaram por procurar casa nafreguesia, conseguimos que as

pessoas da comunidade aluguemcasas a estudantes. Tudo isto trazdinheiro para a freguesia.

Mas há carências na suafreguesia?

Claro. Por exemplo ao nível dosarruamentos. A câmara tem umprojecto, já há dez anos, que estásempre a adiar: o arranjo destas ruascentrais da freguesia, que agoraainda estão piores por causa da A29.Urge que a câmara assuma essaresponsabilidade. Eu sei que acâmara quer resolver e sou paciente,porque sei que não podem chegar atodos os lados. Mais tempo menostempo terá de resolver: é imperativo!Às vezes fazem-se ruas em sítios quenão têm tanta circulação automóvel,portanto é preciso que seja reavaliadoo investimento nas ruas centraisdesta freguesia, porque ospavimentos estão todosdepauperados.

E em termos sociais?Nós temos uma política

cuidadosa. Temos uma assistentesocial duas vezes por semana. Háoutra coisa que não concebo, que émandar vir aqui um conjunto depessoas e entregar um cabaz dealimentos. Não concebo isso! Comoalguns colegas fazem, obrigando aspessoas a vir para aqui comomendigos. Não concebo isso! Esteano ainda não fizemos porque ascoisas não estão fáceis, mas no anopassado demos imensos cabazes. Eo método é muito simples:convidamos a pessoa a estar no'Modelo' e vai uma funcionária comela, discretamente, escolhe o quenecessita e nós pagamos. A pessoavai-se embora e leva os produtosalimentares. Além de tudo, temos oapoio social prestado pela nossacolaboradora. Temos ainda umserviço que julgo não haver igual noconcelho - pelo menos se há eu não

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conheço - que é uma carrinha de nove lugares atransportar pessoas de zonas periféricas, todos osdias, de manhã, ao almoço, pós-almoço e fim detarde para o centro de saúde e cemitério. Todos osdias, excepto ao domingo.

Uma espécie de transportes públicosinternos. É isso?

Sim. São zonas que pela localização não têmtransportes públicos, só poderiam aceder a estesespaços através de táxi. Já temos este serviçoimplementado há muitos anos. Poderão não dargrande relevância, mas para as pessoas idosas émesmo muito importante.

Ao longo dos executivos tem tido uma regra:divulga as actividades da junta à comunidade lo-cal e muito pouco para o exterior, nomeadamentepara o resto do concelho. Porquê?

Talvez…

Mas não acha?Acho. Perfeitamente. Repare: só uma vez é que

fiz um caderno da freguesia. E se o vir, vai acharque é diferente. Às vezes vemos juntas defreguesia que publicam coisas que são primárias.Eu, sinceramente, tinha vergonha de fazer umboletim de freguesia a anunciar coisas que sãoprimárias, correntes. Até acho que a maioria dasjuntas não têm condições para fazer boletins. Ouentão temos de fazer algo de transcendente. Estara dizer que fizeram um arranjo no passeio ou quearranjaram o pavimento numa ruinha e que fizeramuma festinha… acho que isso é da gestão corrente.Não dou muito valor.

E a gestão corrente deve ser virada para ointerior da freguesia e não para o exterior?

Se estivermos a ser observados por umasociedade crítica, dirão que as juntas são muitomedíocres. É isso que penso. Estamos a retratarem documentos para a posteridade coisas tãobásicas que acho que podem classificar o mentordo projecto de básico. Não é?

"Não se pode fazer cultura só nocentro da cidade"

Um dos eventos mais apelativos é o Festivaldo Folclore, que todos os anos acolhe algunsranchos mais conhecidos do país. Quem serão

os convidados esteano?

É assim. Julgo que ofestival deste ano tem umgrupo dos EstadosUnidos, um da Rússia etalvez um espanhol. Maso festival deste ano estámuito… está em causa!Porque, até ao dia dehoje, a câmara ainda nãodefiniu se vai ajudar ounão. Este é o FestivalInternacional de VilaNova de Gaia, há muitosanos. O senhor vereadorda Cultura ainda não foicapaz de definir se acâmara apoia ou nãoapoia. E se a câmara nãoapoiar - e porquetambém ainda nãorecebi o encargo do anopassado -, o Rancho Re-

associado ao concelho e depois ignorá-lo. Portanto,ou elimina o festival tal qual tem sido pensado ouassume as responsabilidades. E é isso que se pedeà câmara.

Há aqui uma falha de comunicação,nomeadamente entre a junta e o pelouro, ou não?

Acho que há muitas falhas… Ao longo dos tem-pos, as juntas de freguesia vão perdendo umarelação que era muito antiga, muito profícua, deactividades e apoios municipais. No passado, aprópria câmara, por vezes, apoiava os passeiosda terceira idade. No passado…

Longínquo?Sim. No passado, na pequenez do município,

chegava a atribuir às juntas uma pequena parcelapara ajudar ao passeio. Repare: a câmara lideradapelo dr. Filipe Menezes já fez turismo sénior.Chegou a promover passeios da terceira idade. Éporque entendiam que eram importantes. Claroque, se calhar, não teria necessidade porque asjuntas substituem a câmara. Mas não menosverdade é que se quebrarmos essa tradição emGaia, as pessoas não nos perdoam. É evidenteque há muitas pessoas que não precisam dospasseios que as juntas promovem e que têm

gional de Gulpilhares não tem qualquer hipótesede manter um festival daquela envergadura, ondese gastam umas dezenas de milhares de euros nasua concretização. Um festival é importante, masse a câmara não apoiar, obviamente ele morre. Émais algo que morre. E é pena, porque não sepode fazer só cultura no centro da cidade. A cidadevai tendo sempre actividades culturais promovidaspelo pelouro. Se o município, ou o senhor vereador,pensar que a cultura só deve ocorrer no centro dacidade, vai ficar marcado pela histórianegativamente…

E não acha que por haver muitos festivais defolclore em várias freguesias do concelhodificulta este apoio?

Mas este, até hoje, é o festival de Gaia. É oúnico que é apoiado objectivamente pelomunicípio. É o Festival Internacional de Gulpilharese de Vila Nova de Gaia. Os outros que ocorrem sãoiniciativas mais locais que não têm a mesmadimensão. Enquanto a câmara quiser que este sejao festival de Vila Nova de Gaia tem que o apoiar.Quando deixar de o apoiar, passa a ser o festivalde Gulpilhares, como é o de Pedroso ou o deCanelas. Deixa de ter a dimensão de Vila Nova deGaia. Agora, não pode é querer ter um festival

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dinheiro suficiente para irem aqui ouacolá.

Mas também há pessoas que sósaem de casa uma vez por ano,nomeadamente, no dia do passeioda terceira idade…

Sim. E depois há outraparticularidade: é uma forma dejuntar pessoas que por norma só seencontram um dia por ano. Nósconseguimos juntar pessoas idosasque normalmente se circunscrevemà sua habitação e ao redor dela, ejuntamos pessoas que moram noextremo nascente da freguesia como extremo poente. Nós temos umauditório que funciona bem; mas nãorecebemos um tostão do pelouro dacultura. Somos das poucasfreguesias a ter um espaço dedicadoàs actividades culturais e recreativas.Quantas é que têm? Muito poucas…Então não há um plano municipalpara dar viabilidade a este auditório?Eu com um mês de gestão doauditório de Valadares, o Cine-TeatroEduardo Brasão, faço uma época deactividades. Um mês! Acho que apolítica cultural em Vila Nova de Gaia- não digo que não se faça, se calharaté se fazem muitas coisas - agoraestá centralizada no centro dacidade… Enfim!

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E em algumas freguesias…È no centro da cidade. É mais

elitista. Só que também temos deperceber que os que não são tãoelitistas também têm direito à culturae a evoluírem. Ainda no últimosábado tivemos o auditório cheio aver teatro. Se calhar, se for feito noauditório municipal de Gaia, terá umterço ou um quinto da capacidadepreenchida. Descentralizar acho queé positivo. E por termos este auditório,hoje temos dois grupos de teatro: umsénior e outro juvenil.

"A freguesia não sente o Sr.da Pedra como a festa da

freguesia"

Esta relação pouco estreitaexiste só com o pelouro da Culturaou estende-se aos restantes?

Há pelouros que têm extremaimportância na relação com a junta,nomeadamente o das Obras. Overeador das Obras também tem opelouro das escolas, que para mim éo mais importante. Às vezes tambémtenho divergências com o vereadorFirmino Pereira. Divergências nãoem questões pessoas, mas emquestões de opções. Primeiro… nãosou um alinhado. Mas também me

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zango com uma pessoapoliticamente agora, mas não crioobstrução para que volte a ser amesma pessoa amiga. Não confundonada a questão política com aquestão pessoal. Isso não. Consigoseparar isso. Tenho um boa relaçãocom o vereador Firmino e acho queele é um vereador que tem crédito.Pelo menos para mim. Embora àsvezes também tenho os meus atritoscom ele, mas isso é por querer e elenão poder. Divergências naturais. Aonível da cultura, de facto, nós nãotemos relação nenhuma. A culturadeve fazer-se em Gaia, mas nãosabemos o que se faz. Ou entãosabemos pela informação que nosvai chegando. Não há umaarticulação cultural entre a câmara eas juntas. Isso é verdade.

E as juntas?Acho que sim. Se tivéssemos um

plano cultural que envolvesse todasas freguesias, de certeza que éramostodos chamados a partilhar, não é? Ea apresentar os nossos projectos…Mas isso também só poderiamelhorar se fosse uma característicade quem coordena. Há pessoas quegostam de decidir - e pronto estádecidido - e às vezes não gosta derepartir. Depois há outros pelourosque, para nós, não assim tãoimportantes. Os pelouros que a nósnos interessam mais são o dasescolas e das obras municipais. Osoutros são importantes, mas tambémse os vereadores não quiserem nadaconnosco, continuamos a viver namesma.

Estamos a poucos dias de umadas festas mais emblemáticas dafreguesia. A romaria ao Sr. da Pedra.Continua a ser uma imagem demarca da freguesia?

Sim, embora a população em sinão tem uma grande relação com afesta. Acho até que o que fez comque a população de Gulpilhares fossemais atraída pela festa foi a

particularidade de fazermos asrusgas. E advém daí que pelo menosduas a três partes da freguesia se fezrepresentar nas rusgas. O que acabapor levar os familiares ao Sr. daPedra. Mas até acho que o Sr. daPedra tem mais procura de pessoasexternas do que propriamente dafreguesia. Mas a festa maisimportante da freguesia - sendopequena - é o S. Sebastião de SãoBraz, não é propriamente o Sr. daPedra. Agora, temos estado a fazeralgumas alterações, na perspectivade levar algumas pessoas do centrolá a baixo. Acho que não sentem afesta do Sr. da Pedra como a festa daterra.

"As SCUT são umasacanagem do Governo"

Gulpilhares vai ser uma dasfreguesias penalizadas pelapolémica das SCUT e respectivopagamento de portagem. Qual é asua posição sobre a questão?

Nós todos deveríamos ser contra

as SCUT. Onde verificamos que orendimento per capita é mais elevadonão se vai portajar… No Algarveemana todo o capital e não se vaipagar… e vem-se penalizar aqui oNorte, onde o rendimento per capitaé muito mais baixo que Lisboa epossivelmente o Algarve. Acho que éuma sacanagem do governo. Nocaso concreto de Gulpilhares, aindaé maior. Diz a lei que desde que hajaalternativa se pode portajar, masdesde Arcozelo até à Volvo elesapoiaram-se em cima da 109,tiraram-nos a nacional 109.

Não há alternativas, então…Não. A alternativa é a antiga 1-15,

que é uma estrada que tem um perfilde seis metros. Não aguenta. Ela jáassim é um desastre, se vier tráfegoa fugir das portagens, não sei o quevai ser. É assim: se querem portajar,devem fazê-lo em todo o país. Achoque devemos todos contribuir. Nocaso concreto de Gulpilhares,Arcozelo, Valadares e parte daMadalena tiraram-nos a 109. Nãotemos outra. Acho que é um absurdo.

"O PS tratou-me mal"

Deixe-me pegar numas palavrassuas que me disse há pouco: 'Eunão sou um alinhado'…

Bom. O que eu quero dizer com onão sou um alinhado é o seguinte:tenho pensamento, sei o que quero,por onde vou e o que acho melhorpara aqui. E também tenho estaparticularidade: não gosto que mecolonizem em termos depensamento. Não gosto! Se mefalarem de uma forma objectiva e vejaque é no sentido de me ajudarem, euvou. Se for numa forma de me desviarde um rumo só porque têm que medesviar, eu não vou!

Isso foi o que aconteceu, porexemplo, com a ruptura que tevecom o PS local?

Repare, fizeram tanta guerra poruma porcaria de uma votação[antecipação das verbas da EDPproposta pela câmara] e o partidosocialista de agora vota tudo a favor

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na câmara. Já não é o mesmo partido socialista,possivelmente. Fizeram uma guerra enorme e hojevota a favor ou abstém-se na assembleia munici-pal. Não é o mesmo partido socialista, então. E hápouco tempo votaram a favor no Plano eOrçamento, acho. Portanto, o que é que mudou?

Não se revê nesse PS actual?Para ter pensamentos socialistas não preciso

estar no Partido Socialista. Sou benfiquista, masnão sou sócio.

E não se revê na direcção de Eduardo VítorRodrigues?

Eu não tenho que me rever ou deixar de rever.Neste momento, o PS a mim não me diz nada.Tratou-me mal. Para um indivíduo que deu a suajuventude à causa autárquica, implicitamente aoPS, é penoso um dia sair com aquilo queaconteceu.

Continua a acreditar que sair foi a melhoropção, na altura?

Sim. Se estivesse como militante do PS, não iaser um indivíduo de faz de conta. Não podia ser. Iaenvolver-me em guerras que, se calhar, iadesagradar às pessoas que estão na liderança. Apartir do momento que vi que as pessoas não estãonada preocupadas com o futuro do partidosocialista, mas sim com outros problemas, tive desair. Além de tudo, acho que foi uma sacanagemque me tentaram fazer, a encomenda era paramim, não era para os outros dois. A encomendaera para mim, não era nem para o Rogério[presidente da Junta de Grijó], nem para o falecidoMagalhães [então presidente da Junta deSermonde] . Aquilo estava preparado para mim eeu fui o único a ficar de fora [não foi penalizadopela estrutura PS]. Não levei nenhum castigo, elesé que levaram.

Porquê?Foi mal calculado. Acho que foi mal calculado.

Não cometi nenhum erro.

E a sua vitória nas Autárquicas não acaboupor lhes mostrar…

Não. Eu já tenho idade para referir quem isso amim não me diz muito. Fiquei magoado e triste. Éuma mancha que fica na minha vida. Andei cerca

de 30 anos a servir o PS e acabar a minha carreiraautárquica não ao serviço dele... Estive no PS nãopelas pessoas que lá estão agora. Aquelas pessoasvão sair.

Quando essas pessoas saírem conseguevisualizar o seu regresso?

Não sei. Não faço ideia.

Acha que esta ruptura é mais…É mais prejudicial para o partido. Não quero

nada para mim.

Mas há quatro anos fazia parte da lista do PSà câmara. Podia, perfeitamente, ser um futuropara si no final do mandato.

O meu futuro autárquico, ao nível municipal,foi-me colocado há muitos anos. O último mandatodo Heitor Carvalheiras... Houve uma altura em queo Heitor foi candidato à câmara como podia tersido eu. Foi-me posto o partido na mão. Eu é quesempre achei que não tenho perfil político. Achoque não tenho.

Para liderar a câmara?Não. Eu não tinha medo de liderar a câmara.

Acho que para fazer o que o Heitor fez eu faziamais e melhor. Não tenho dúvidas disso. Até porquetenho características muito diferentes.Politicamente, de certeza que era bem melhor doque eu, mas noutras coisas acho que não.

Não acha que é estranho vê-lo no jantar deapresentação dos candidatos da coligação PSD/

CDS-PP?Não. A partir do momento que o sr. presidente

da câmara me diz que não vai apresentarcandidatura em Gulpilhares e que vai darindicações para que as pessoas me apoiem, só sefosse parvo é que não iria aceitar estes votos. Nósestamos numa luta política, não vale a penaestarmos aqui armados em heróis. Agora, o sr.presidente da câmara não me impôs o que querque fosse para meter alguém do PSD na lista. Teveessa hombridade. Ele disse-me: 'você o que quisere como quiser'. Portanto, eu também tinhaconsciência que o PS ia ter uma votaçãovergonhosa. E pensei muito em Gulpilhares. Deheróis está ali cheio o cemitério ao lado. Além detudo, também nunca tive uma má vivência emGulpilhares. Não eram tão antagónicos comoalguns que se diziam socialistas.

E com o presidente da câmara?Eu já tive muitos problemas com o presidente

da câmara, na parte política. Porque, como pessoa,sempre gostei dele e acho que ele sabe disso.Consigo fazer essa distinção. Relativamente àquestão política, tive problemas com o sr.presidente da câmara. Agora, como pessoa dei-me sempre bem com ele. E acho que ele tambémsempre teve alguma admiração por mim. Se calharteve ele mais admiração por mim do que algumaspessoas do PS. Ao longo dos mandatos sempreme deu a importância que, se calhar, eu nemmereço. Fez-me vários convites e eu disse sempreque não. O PS, a mim, convidava-me poucasvezes. Tânia Tavares

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Um pavilhão polidesportivo. É a obra de maiorencaixe financeiro que a junta de Gulpilhares estáa construir. Paredes-meias com o complexodesportivo. Apresentado pela primeira vez aoNotícias de Gaia, está a quatro meses de serinaugurado. Alcino Lopes explica que é mais umprojecto empreendedor da freguesia que vai,sobretudo, servir para a autarquia conseguir umencaixe financeiro extra.

Fale-nos deste novo projecto…É um pavilhão único que comporta dois cam-

pos que vão ser em relva sintética com as medidasregulamentares de 40x20.

Direccionado a quem?Este é o projecto que foi pensado mais como

garantia de futuro para quem estiver cá. As juntasde freguesias são assoberbadas de solicitaçõesde equipamentos quase sempre com encargos acusto da junta. Isto é quase como uma mina. Háum dia que se esgota e acabou. Nós também

Gulpilhares aposta na rentabilizaçãodo novo polidesportivo

acabamos por ir por essa via. As juntas, recebendomenos do Estado e da câmara, muitas vezes, anão acompanhar essa inflação, qualquer dia estãosem dinheiro. Avancei com muita força nestepavilhão, na perspectiva de retirarmos daquialguma rentabilidade. Isto é fundamentalmentepara rentabilizar. Não é para haver penduras,porque para penduras já temos aqui nestaenvolvência. Isto é um projecto de sustentabilidadeda junta. E espero ter êxito.

É um projecto orçado em quanto?Este projecto se fosse feito ao nível municipal,

acho que poderia custar um milhão de euros. Achoque vou conseguir fazê-lo com metade.

É um projecto pago pela junta?Não, a câmara já nos deu um apoio de 250 mil

euros. Sem a câmara não nos metíamos a fazeristo. A câmara deu-nos uma ajuda e julgo quequando vier aqui o sr. presidente e o sr. vice-presidente - que está previsto virem -, acho que

vão perceber que preciso de mais uma pequeninaajuda. Nada de transcendente. Neste momento,da câmara tem aqui 250 mil e da junta à volta de150 mil.

Está prevista a conclusão para quando?Era para estar em Junho, mas já passou para

Setembro. Não sei. Isto é muito grande.

E vai estar ao dispor das colectividadestambém?

Não é esse o objectivo. As colectividadesdesportivas já utilizam esse que está aí fora. Quemvai usufruir do espaço é fundamentalmente asescolas da freguesia. A nossa ideia é usar o espaçopara pôr ao dispor da terceira idade, para fazeremginástica, às escolas e nas horas de maior procurafazer alugueres para rentabilizar. Este é o primeiroque faço a pensar em negócio e para gerar riqueza.Os outros foram só despender dinheiro: o auditório,o campo de futebol, as sedes das colectividades.Tudo isso foi sempre a dar. TT

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Crónica dotempo que passa

* Júlio Martins

Caminhada da LiberdadeNa sessão solene do 25 de Abril 2010, os avintenses "medalharam"

quatro autarcas, um a título póstumo, (Firmino Maia da Silva) e três bastanteconhecidos, como sejam o Daniel Edmundo Fonseca de Castro, HenriqueMeira e Mário Fernandes Gomes, recentemente ultrapassado por NunoOliveira, que encabeçou a última lista concorrente à Junta pelo PSD.

Foram recordadas as figuras que construíram e consolidaram ademocracia, durante um extenso programa festivo que alertou a populaçãopara diversos eventos recreativos, a pensar nos jovens, mas sem esquecerquem viveu atado com os laços da ditadura.

Foram homenageados os primeiros autarcas eleitosdemocraticamente, bem como um espectáculo para recordar AdrianoCorreia de Oliveira, no ano em que o "Cantor de Abril," comemorava 65anos do seu nascimento: o auditório de "Os Plebeus" encheu-se de públicoe de um espectáculo musical de bom gosto "Adriano Presente", com aactriz Maria José Magalhães à cabeça de cartaz, acompanhada pelo seuprofessor de música.

A Caminhada da Liberdade foi outro evento notável: começou às 10horas no Areínho de Avintes. Seguiu-se uma romagem ao cemitérioparoquial, para recordar os autarcas já falecidos.

Na concretização destes eventos colaboraram a ACMA, o Clube deAtletismo de Avintes, "Os Plebeus Avintensese", o Clube RecreativoAvintense, o Clube Spiridon, o 'Grupo Mérito', os Restauradores Avintenses,o Parque Biológico, a EB 2.3 de Avintes, a Câmara de Gaia e o respectivoPelouro da Cultura da Câmara.

Durante quatro dias (22, 23, 25 e 28 de Abril), Avintes soube reconhecertodos aqueles que têm dedicado muito do seu tempo aos outros,organizando torneios desportivos inter-colectividades, torneios de Futebolde 5; torneios de jogos de sala e provas de Atletismo para crianças até aos15 anos.

No aspecto musical os espectáculos foram no Auditório de "OsPlebeus", nas instalações da ACMA e no auditório do Parque Biológico.Extensivo a toda população de todas as idades, os programas marcaramcom muita intensidade a data comemorativa da Revolução de Abril e dosseus artistas e autarcas que estiveram na linha da frente desta milenáriaterra gaiense: "Avintes que tão linda és, princesinha do concelho, a todossorri contente, o teu povo hospitaleiro": um primeiro prémio, do saudosopoeta (e também presidente da Junta de Freguesia, no momento querebentou a revolução de Abril em 1974), o saudoso avintense, residente noMagarão, José Maria Alves Pereira. Jornalista CP 483

Depois de ter passado tantas vezes na zona ribeirinha de Gaia e saber que ali existia oConvento Corpus Christi desta vez dirigi-me ali e fui muito bem atendido por um segurança queme encaminhou ao gabinete de D. Elsa Fontão, que depois de lhe dizer o que pretendia, meinformou que o Convento remota ao ano 1345. As grandes obras efectuadas são do século XVII.O Corpus christi foi extinto pela lei de 1834 confiscados todos os seus bens, mas a populaçãolocal procurou manter este Convento, tendo criado a irmandade de Nossa Senhora do Rosário eSão Domingos de Gusmão. Com o advento da República em 1910 tornou-se critica a sua situação,mas em 1930, o Convento foi entregue às irmãs do Bom Pastor tendo sido criado um institutoFeminino de Educação. O aumento das internadas tornou insuficiente o alojamento dai, resultoua necessidade de ampliar as instalações, pelo que foi reconstruída a parte velha do Convento quese encontrava em ruínas, durante 70 anos este Convento esteve a cargo desta Congregação,sendo a sua actividade continuada a partir de 1992, pela Fundação Frei Manuel Pinto da Fonseca,Organização ligada à Ordem de Malta que tomou a responsabilidade de não interromper o apoiodado a menores em risco, fim esse que se prolongou até 2002, ano em que o Instituto édefinitivamente encerrado. A 6 de Agosto de 2002, a Câmara Municipal de Gaia e o Ministério daJustiça assinam um protocolo para a sua recuperação, reabilitação e valorização. Desde o dia 13de Março de 2009 o Edifício Estado Novo passou a ser a Sede da Empresa Municipal Gaiurb,estando todo o edifício do século XVIII, Capela e Coros sob a administração da Empresa Munici-pal Gainima. Muito havia para dizer sobre este convento cheio de história, honra e glória, mas estáà disposição de quem o queira visitar. Vá lá e do que vir gostará... Manuel Carvalho

Primeiro dia de praia

monólogosmunicipais

Convento Corpus Christi na Zona Ribeirinha de Gaia

Este foi um fim-de-semana terrível. Nunca pensei assistir a umsalvamento tão altruísta.

O cenário edílico. A minha praia da Madalena. Minha e de dezenas deveraneantes, claro. Um dia de sol tremendo. A nortada de férias. Bom, aágua… mantinha-se gelada, mas nada a que os ossos não estejam jáhabituados.

Mal coloquei um pé no areal, percebi que alguma coisa estranha estavaa acontecer. Ainda procurei o senhor dos calções vermelhos, mas logo deseguida lembrei-me que a época balnear ainda não tinha sido oficialmenteaberta.

Dois jovens lutavam por não ser arrastados pela maré. Uma maréaparentemente calma. Aliás, uma imagem postal. Até as pequenaspocinhas faziam parte da ilustração. Talvez por isso, estes jovens nemtenham percebido que, de um momento para o outro, estavam a serarrastados.

Durante 15 longuíssimos minutos a que assisti ao momento o sufocofoi tremendo. Em união, os veraneantes tentaram resgatar os jovens.Nunca perderam as forças estes homens que, apenas no intuito de ajudaro próximo, nem perceberam que estavam a arriscar as próprias vidas.

Diz-se na gíria: foi um filme! Quase trágico. Especialmente para osfamiliares destes 'náufragos' que assistiam petrificados ao incidente.

Desta vez, e a muito custo, o final foi feliz! ‘Hoje’ foram eles, amanhã...Nem vou falar da ajuda que chegou muito mais tarde. Não são os

bombeiros que têm obrigação de salvar as vidas que, potencialmente, sepodem perder ao longo das nossas 28 praias do município… nem vouquestionar se eles têm os meios para isso… tenho a certeza que muitasvezes é a boa vontade das corporações que resolve os problemas.

Uma vez mais a culpa morreria solteira. Ainda não abriu a épocabalnear… a desculpa! Então que raio é que estão à espera? Com diasdestes. Com uma praia atolada já de gente. Com uma orla costeirainundada de carros e pessoas.

Percebi que este não foi um caso isolado. Neste mesmo fim-de-semanaperderam a vida cinco pessoas nas praias nacionais. Cinco pessoas…Quem carrega esta culpa nas costas?

Não posso terminar sem salientar que aqui estão alguns exemplos depessoas, sejam gaienses ou não, que merecem um reconhecimentopúblico. Quem sabe uma medalha municipal??? Pelo menos tinha umagrande razão de ser…

Tânia Tavares

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MÁRIO DE ALMEIDA COUTINHOPORTUGAL

FILATELIA

É o tema da nova emissão filatélica dos CTT, de homenagem às crianças e a todos os contadoresdas histórias que as encantam. Entre quase incontáveis hipóteses, a escolha recaiu sobre três obrastradicionais: "Macaco do Rabo Cortado (Portugal, continente). "A Donzela que foi à Guerra" (Madeira) e"Lenda das Sete Cidades" (Açores), numa evocação "selada" por alegres e coloridas ilustrações.

A emissão é composta por três selos, cada um com o valor facial de 0,68 • e tiragem de 230 milexemplares - e três blocos bilingues (português e inglês), com dois selos cada, a 1,36 •, com tiragensde 70 mil. As ilustrações são de António Modesto, João Vaz de Carvalho e Teresa Lima e o design gráficoé do Atelier Acácio Santos / Túlio Coelho. "Os livros infantis são aqueles que mais fortemente nosmarcam. Vê-los de novo. folheá-los, relê-los, põe equivaler a uma viagem no tempo, a um flashbackcapaz de nos transportar não só ao tempo como também aos espaços da nossa infância: espaços decheiros, sabores e sons - ecos da infância que ainda hoje embalamos e nós".Os carimbos comemorativos referentes aostemas:

(2) ITÁLIAQuatro selos de 0,60 • - 0,65 • - 0,85 • e 1,00

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FOGO DE AMORFortes são os laços que me prendem a ti para [sempreEsta fuga p'rós teus braçosFogo d'amor, em mim crescenteSonhos inteiros, que se acendem sem doerNão me digas que desconheces?Sei que deveria oferecer-te muitas floresPara meu consolo!-Pois és a mulher que eu amoPorque me entonteces!Encantadores são os teus olhos.Que chorar por eles não é sofrerCantar-te eu gostariaMas dizer-te. - Amar-te é uma alegria!Dá-me as tuas mãosVamos ser de novo namoradosSó que já mais crescidosMais doces, por amor aos nossos filhosNão injuries os poemas que nunca te escreviA minha penitência é conquistar-te em silêncioNão rasgues a minha inspiraçãoEsta mensagem está certaTodos os meus sentidos te esperamPeço-te!Depois de te despires vem ter comigoE traz a tua alma aberta!Estrela Terra

Fácil falar, difícil fazerJosé Mário dos Santos Félix Mourinho, sempre

ele, igual a sai próprio, José Mourinho ou "Specialone", como lhe queiram chamar.

Os títulos que obteve com apenas 47 anos deidade, é obra. Falta saber quando terminará esteciclo vitorioso, para o treinador português. Portu-gal, Inglaterra e Itália ficaram rendidos ao trabalhoe à classe deste homem. Pelo meio ficam aspolémicas, os sentimentos com que Mourinho lidano dia-a-dia, por vezes criticado e odiado pormuitos, mas o seu curriculum fala por si. Nestemomento no nosso futebol parecem haver muitosclones de Mourinho, por isso chego à conclusão:Que é fácil falar e difícil é fazer. Diogo Pereira

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