26 de abril - um livro e uma pessoa

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 Um livro... não acha também que se parece com uma pessoa? A partir da convivência, você vai aprendendo a ler os sinais que ela te dá, porque você tem uma margem de possibilidades maior, você aprende a ver que há coisas que ela te diz sobre as quais você nunca vai estar certo se realmente compreendeu, e para as quais não adiantaria perguntar “o que você está quer endo dizer com isso? , aprende por outr o lado a en!er gar uma recorrência de signos num tom de voz, numa e!pressão, e a partir da" estabelecer uma conversa com os seus pr#prios sinais, mas ela é sempre capaz de te mostrar um rosto que você nunca viu, nem nunca esperava ver, e acho que isso é o corpo, o estranho que do nada te encara com o olhar gélido, tipo pato donald com amnésia, ou um olhar tão terno que parece santo, não humano, e haveria também um momento que entre vocês em que s# é poss"vel o silêncio.

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Anotação não literária, sobre um livro e uma pessoa.

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Um livro... no acha tambm que se parece com uma pessoa? A partir da convivncia, voc vai aprendendo a ler os sinais que ela te d, porque voc tem uma margem de possibilidades maior, voc aprende a ver que h coisas que ela te diz sobre as quais voc nunca vai estar certo se realmente compreendeu, e para as quais no adiantaria perguntar o que voc est querendo dizer com isso?, aprende por outro lado a enxergar uma recorrncia de signos num tom de voz, numa expresso, e a partir da estabelecer uma conversa com os seus prprios sinais, mas ela sempre capaz de te mostrar um rosto que voc nunca viu, nem nunca esperava ver, e acho que isso o corpo, o estranho que do nada te encara com o olhar glido, tipo pato donald com amnsia, ou um olhar to terno que parece santo, no humano, e haveria tambm um momento que entre vocs em que s possvel o silncio.