25/03/2015 - jornal semanário - edição 3.115

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Doadores x Prefeitura Polêmica no Lar das Meninas Município quer espaço sediando um Ceacri. Quem doou móveis e materiais quer acolhimento de menores Página 8 Rede de hidrantes precisa de manutenção Cidade conta com 98 hidrantes, porém cerca de 25% não estão em boas condições de uso Página 11 BENTO GONÇALVES Quarta-feira 25 DE MARÇO DE 2015 ANO 48 N°3115 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Prevenção CRISTIANO MIGON

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25/03/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.115 - Bento Gonçalves/RS

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Doadores x Prefeitura

Polêmica no Lar das MeninasMunicípio quer espaço sediando um Ceacri. Quem doou móveis e materiais quer acolhimento de menores Página 8

Rede de hidrantes precisa de manutenção

Cidade conta com 98 hidrantes, porém cerca de 25% não estão em boas condições de usoPágina 11

BENTO GONÇALVESQuarta-feira25 DE MARÇO DE 2015ANO 48 N°3115 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Prevenção

CRISTIAN

O M

IGO

N

Quarta-feira, 25 de março de 20152 Opinião

Em ebulição!Pois é, nesses mais de trinta dias em que fiquei em recesso muita

coisa aconteceu em Bento Gonçalves, no Brasil e no mundo. Mas, no Brasil é onde o que de mais importante aconteceu. As sucessivas ações da Operação Lava-Jato têm tomado quase oitenta por cento dos espaços da chamada “grande mídia”. Interessante é se notar que esse tipo de “meio de comunicação” tem se mostrado cada vez mais menos informativo e mais seletivo nos seus “ataques noti-ciosos”. Os destaques são dados de acordo com seus “interésses”, senão vejamos. Obviamente, o centro das atenções tem que ser a roubalheira na Petrobrás, mas, também por óbvio, não dá para se deixar passar batida a tal de “lista do HSBC”. São 8.667 brasileiros “ilustres” que foram denunciados como detentores de contas na Suíça, abertas pelo banco HSBC e flagradas por repórteres inves-tigativos internacionais. Vários nomes que vieram a público são de pessoas ligadas aos grandes meios de comunicação, aqueles conhecidos como “barões da mídia” que estão, notoriamente, a serviço dos “donos do Brasil”. Certamente haverá de se investigar a origem da fortuna que viajou do Brasil para a Suíça. Poderão ser valores havidos legalmente, declarados para a Receita Fede-ral, já que não é proibido ter contas bancárias no exterior. Mas, indubitavelmente, é muito “estranho” que tais nomes não tenham sido levados a público da mesma forma que os constantes da “lista do Janot”. Afinal, os brasileiros imaginam que a Policia Federal, o

Ministério Público e a Receita Federal irão investigar essas contas abertas pelo HSBC. A menos que o entendimento que “os meus corruptos são melhores que os corruptos dos outros” tenha sido institucionalizado e a roubalheira seja medida por “quantidade” e não por “qualidade”. Por outro lado, a grande notícia mundial foi a manifestação pública do dia 15 de março. A forma pacífica, civiliza-da dos manifestantes foi destaque, sem dúvidas. Se reparos há para serem feitos certamente são ligados ao conteúdo das manifestações. Os alvos foram, indubitavelmente, o governo e a Petrobrás – me-nos do que os seus saqueadores, corruptos e corruptores -, sendo “esquecidos” os parlamentares e os que possibilitaram o rombo ina-creditável nos cofres públicos a título de “auxílio moradia”, “apo-sentadorias especiais”, “recomposição de salários”, etc. Ou seja, dei-xaram de incluir nos seus protestos desmandos que causam déficits apreciáveis nos cofres públicos, todos revestidos com a roupagem da “legalidade”, apesar de amplamente questionáveis quanto à “mora-lidade”. Sartori, por exemplo, corta gastos em todos os setores, mas não obtém o mesmo do legislativo e de judiciário. Protestos “sele-tivos” serão tratados sempre como se apresentam: seletivamente. Por que será que a “grande imprensa” não redimensiona seus alvos para que os “protestadores” atinjam todos os envolvidos com essa coisa toda? Comprometimentos? De que tipo? De que dimensões? A conferir em futuro muito próximo.

Antô[email protected]

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A moda agora é atribuir tudo a crise. É a assim em vá-rios setores, na indústria, no comércio e também no setor de serviços. Com isso, volta à tona a célebre frase: “vai faltar emprego”. Por óbvio, emprego sempre vai faltar, agora, tra-balho não.

Faço esse comentário após ver um indivíduo apelar, qua-se aos prantos, às redes sociais por um emprego. O difícil é entender como que, em Ben-to Gonçalves, ele não está empregado? Simples, quer um emprego e não trabalho. As pessoas, infelizmente, não

querem dar duro para con-quistar as coisas. Várias in-dústrias possuem vagas onde não se exige nem qualificação, querem formar o novo em-pregado, e, mesmo assim, não conseguem mão de obra.

Hotéis, bares e lojas têm dificuldade em conseguir pro-fissionais, pois eles não que-rem trabalhar aos sábados e domingos. Trocam um salário maior nestas ocupações por um menor, mas que seja de segunda à sexta. Por essas e outras é que sempre vai fal-tar emprego, e quem trabalha sabe do que estou falando.

Emprego ou trabalho

Tenho acompanhado, com certa preocupação, a evolução dos nossos adolescentes, falo de jovens com idade entre 15 e 17 anos. Eles são muito in-teligentes, quando se fala em tecnologia e integração com o mundo digital. Mas, talvez, justamente por isso, também demonstrem um déficit de atenção muito grande com as coisas. Parecem não estar preocupados com o que vão ser no futuro. A ambição vista em gerações anteriores passa despercebida na atualidade.

O internetês virou a língua oficial desta geração. Bas-ta olhar quando preenchem um currículo para emprego e veremos os erros crassos de português. Recentemente,

uma agência bancária aqui da cidade resolveu escolher seus estagiários através de uma redação, onde eles deveriam discorrer sobre o que queriam ser no futuro. Mais de 50 jo-vens participaram da seleção, sendo que apenas dois foram considerados razoavelmente aptos a atuar na função.

E a culpa é de quem? Pais? Professores? Acredito que todos tem sua parcela de cul-pa. Afinal, o mundo mudou, a sociedade também. Aca-bamos criando nossos filhos de uma forma onde chamar a atenção e exigir respeito e obediência virou sinônimo de agressividade. Infeliz-mente, muitos valores de ou-trora foram perdidos.

Os adolescentes de hoje em dia

Um final trágico para o Esportivo

Sejamos mais éticosA corrupção é considera-

da um problema no país e as manifestações contra o governo estão mais do que declaradas, principalmente nas redes sociais. Porém, e nós, povo, somos realmente tão éticos assim? Da boca pra fora, todos somos, mas pequenos atos mostram que a maioria não o é.

Muitos foram às ruas para pedir impeachment e mos-trar sua indignação com a corrupção. Mas quantos destes mostra esta mesma indignação com os proble-

mas que acontecem aqui em Bento Gonçalves? Sim, meus amigos, enfrentamos diver-sas dificuldades por aqui que também poderiam ter sua solução sanada, caso houves-se mobilização comunitária.

Criticar o que está distan-te de nós é bem mais fácil, assim como ir à igreja aos domingos e acreditar que os pecados estão pagos por cau-sa disso. Se fossemos pessoas mais atuantes com as ques-tões locais, muitas de nossas reclamações não chegariam ao questionamento.

Mesmo que não caia para a Terceira Divisão este ano, a si-tuação do Esportivo pode ser considerada crítica, não só por sua situação dentro de campo, mas também fora dela. A de-missão do técnico Rodrigo Car-pegiani vem como saída única para a atual situação do clube.

O problema é muito maior que a saída do técnico. O Es-portivo não consegue mais se encontrar como diretoria. O

presidente Luís Oselame é um abnegado, todos sabemos, mas teve nas mãos a grande chance de fazer o clube grande de novo, lá em 2012, quando retornaram à elite do Gauchão. Tinham o empresariado e a comunidade carregando o time nos braços de novo, mas preferiram curtir os louros da conquista e esquece-ram que precisavam seguir com o mesmo empenho, para não cair na penúria que estão hoje.

PainelQuarta-feira, 25 de março de 2015 3Opinião

O Sindmóveis promove, no dia 31, palestra com a economista Pa-trícia Palermo. A mestre e doutora em Economia Aplicada traçará uma perspectiva sobre a situação brasileira em evento direcionado a profissionais do setor moveleiro. Patrícia Palermo foi economista da equipe que elaborou a Agenda 2020 e, há quatro anos, é Econo-mista-Chefe do Sistema Fecomércio RS. A palestra será no Salão de Eventos do CIC, a partir das 18h. Os ingressos custam R$ 50. Infor-mações e ingressos podem ser obtidos pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (54) 2102.6800.

No Dia Mundial da Tuberculose, Bento tem o que comemorar. A cidade está abaixo da média nacional e estadual dos índices de doença segundo dados da Vigilância Epidemiológica. No mu-nicípio, a cada 100 mil habitantes são registrados, em média, 32,8 casos. Aqui, mais de 71% dos infectados apresentam a for-ma pulmonar da doença e, do total, dois óbitos são registrados em média. O dia 24 é destinado aos alertas sobre a doença e a facilidade de realizar o tratamento, que aqui pode ser feito por meio do Sistema Único de Saúde.

Produzidas no quintal de Adilse Vigo em parceria com a amiga Adelina Dalla Cos-ta dos Santos, as esponjas naturais já se tornaram um

grande atrativo na vizinhan-ça. Cultivadas para consumo doméstico, as sementes de-senvolvidas pela Embrapa de Passo Fundo, além de serem

extremamente macias têm esponjas com um tamanho maior que o normal, desper-tando curiosidade em quem observa.

A Secretaria Municipal de Cultura (Secult), promove no dia 25, às 19h30min, na Fundação Casa das Artes, os Fóruns Se-toriais de Cultura. O evento tem como objetivo reunir todos os segmentos culturais e artísticos de Bento Gonçalves para debater o Plano Municipal de Cultura (PMC) e assuntos per-tinentes de cada segmento. Na ocasião, também haverá o lan-çamento do Edital 01/2015 do Fundo Municipal de Cultura.

Os Fóruns Setoriais de Cultura irão abranger os seguin-tes segmentos artísticos: Artes Cênicas; Dança; Audiovisual; Música; Artes Visuais ou Plásticas; Artesanato; Folclore, Tradicionalismo gaúcho e Culturas populares; Etnias; Afro--Brasileira; Empresas, Produtores, Empreendedores, Agentes e Trabalhadores da Cultura; Livro, Leitura e Literatura; Ar-quivo Público e Histórico e Patrimônio Cultural e Imaterial.

Conselho do Esportivo não elege novo Presidente

Sindimóveis promove palestra

Dia Mundial da Tuberculose

Esponjas tamanho família

Fóruns setoriais de cultura

Com a demissão do técnico e a reunião do Conselho terá o Esportivo resolvido todos os seus problemas? E a Fundaparque? E a Fenavinho?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calarD

IVULG

AÇÃ

O

A reunião do Conselho Deli-berativo do Clube Esportivo na noite de segunda-feira, 23, aca-bou frustrada. A convocação era para eleger a nova diretoria do Conselho. Diante da ausência de chapa e do baixo quórum, uma nova assembleia deverá ser convocada para daqui a 30 dias. O presidente do Conselho, Jauri Peixoto, teve seu mandato expirado em dezembro de 2014

e não deseja permanecer por novo período de dois anos.

Mas se não foi resolvida a questão da eleição, o assunto futebol acabou estendendo o encontro. O Conselho manifes-tou apoio à decisão de demissão do técnico Rodrigo Carpegiani. Segundo o presidente Ozelame, “eles entendem as limitações financeiras e concordam que era hora de chacoalhar o vestiário”.

Quarta-feira, 25 de março de 20154 Geral

Uma situação tem causado preocupação e desagrado

nos pais com filhos matricu-lados na Escola Municipal de Ensino Fundamental Barão de Mauá, em Pinto Bandeira. Devido a atrasos no processo licitatório responsável pelas obras de reparo no educandá-rio, um mês após o início do ano letivo, os 40 alunos perten-centes à instituição continuam tendo aulas no salão paroquial da comunidade. O local não dispõe de infraestrutura ade-quada, tampouco ventilação e iluminação satisfatória.

O cenário, que desagrada e preocupa os pais, teve início em meados de 2014. Após a saída da então secretária de Educação, Magda Vieira Sch-warz, o processo licitatório de reforma da escola, que na época implicava apenas na instalação de cercas na parte exterior, vedação de goteiras e reparos pontuais, não foi concluído por falta de empre-sas interessadas. Depois da nomeação de Antônio Gilson de Brum para o cargo, em ja-neiro, um novo processo foi solicitado. Desta vez, além de todas as alterações previstas no antigo processo, o projeto incorpora a troca do sistema elétrico e, também, a reforma de calçadas e rampas para a acessibilidade.

De acordo com o secretá-rio de Educação, Antônio Gilson de Brum, o remane-jo das crianças para o salão comunitário é uma medida preventiva, devido ao alar-mante estado de deterioração da escola. “Ninguém mais do que a secretaria quer ver esse problema resolvido. Estamos cientes de que o ambiente ao qual as crianças estão sub-metidas não é o ideal, porém, deixar que os alunos retomas-sem o ano sob aquela estrutu-ra seria irresponsabilidade de nossa parte”, esclarece.

Para explicar o caso à socie-dade, em janeiro, a Prefeitu-ra solicitou uma reunião com pais e mestres do colégio. Se-gundo o relato de Andréia Ros-

seto, participante do encontro e mãe de aluno, na ocasião foi prometido à comunidade que os trabalhos seriam concluí-dos em um mês, o que não aconteceu. “É uma vergonha, 40 crianças confinadas em sa-las minúsculas com pouco ar, sem luz natural e com ilumi-nação fraca. Prometeram que a situação teria desfecho em 30 dias. Já se passaram quase dois meses e nada foi feito. A escola continua em péssimo estado e os alunos são quem sofrem com essa falta de pla-nejamento”, protesta.

Além da falta de adequação do ambiente, outro fator tam-bém preocupa a comunidade. A capela mortuária funciona no mesmo local que a escola temporariamente ministra as aulas. De acordo com a dire-tora do educandário, Greice Bettoni, caso algum munícipe venha a falecer, as ativida-des terão que ser canceladas. “Acredito que tivemos sorte até o momento do último óbi-to ter ocorrido dois dias antes do ano letivo ter iniciado. Caso precisemos suspender as atividades para que algum velório seja realizado, tenta-remos recuperar o tempo per-dido em dias não letivos ou no final do ano”, afirma.

“É uma situação complica-da, como as salas são limita-das e não foram projetadas

para este propósito, algumas situações corriqueiras, como a ida de alunos ao banheiro aca-ba se tornando um transtorno, visto que é necessário atraves-sar de uma sala a outra”, diz a professora Rosa da Silva.

Somente no segundo semestre

Segundo o prefeito João Fe-liciano Menezes Pizzio, a Pre-feitura trata o assunto como caso prioritário, porém, a de-mora nas etapas burocráticas do processo licitatório, que foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na terça-feira, 24, acaba atrasando o início das obras. “Temos esperança de que os trabalhos estejam concluídos até o começo do segundo semestre escolar, po-rém, tudo depende do interes-se das empresas na execução da obra. Temos que realizar os passos de acordo com as leis vigentes, que muitas vezes aca-bam causando alguns entraves no decorrer do processo” co-menta. Segundo Pizzio, caso a mesma situação de 2014 vol-te a acontecer onde nenhuma empresa apresente interesse no trabalho, a Prefeitura, por meio do setor técnico compe-tente, fará uma petição junta-mente ao Tribunal de Contas do Estado na tentativa de dar um desfecho a situação.

Aulas são ministradas no salão paroquial, sem infraestrutura adequada

CRISTIAN

O M

IGO

N

Prefeitura afirma que permanência de alunos no colégio seria descuido

Cristiano Migongeral [email protected]

Paulo Vicente Caleffi

Crônica

O Plátano e a ParreiraEstava na sala de espera da Delegacia de Polícia,

registrando uma ocorrência, quando um dos policiais de plantão, o Vadinho, comentou sobre a importância do plátano e a fama da parreira.

Muito interessante a abordagem pois aqui no município de Bento, o plátano é usado para segurar os fios que sustentam os parreirais.

Com o passar do tempo, o plátano envolve totalmente os fios de arame que sustentam a parreira, fato curioso comentado pelos guias turísticos que encanta os visitantes de nossa Região.

Outra particularidade do plátano é que consegue unir os galhos de um com os galhos de outro plátano formando uma “avenida de mãos dadas”. Não é difícil de fazer e é uma curiosidade.

Nos primeiros dias do outono, que já chegou, os plátanos emprestam um colorido todo especial para nossas paisagens. É só neste período do ano que eles tem mais fama do que as parreiras.

No comentário, o policial fez uma analogia sobre pai e filha, pois lá estávamos com a Raquel:

- “O exemplo está aqui, presente: para ter uma filha assim foi necessário ter o plátano”, enquanto apontava para nós.

Fiquei lisonjeado e pensativo (decidi escrever).Independente do comentário do Policial

Vadinho, observei a atitude exemplar dos servidores públicos em relação aos cidadãos que procuravam a delegacia. Houve um policial que chegou no balcão e, proativo, perguntou para os outros dois colegas:

- “Precisam de ajuda?” ...e passou a atender o público.

Ao lado da sala de espera havia um cartaz: BANHEIRO PÚBLICO. A idade me obriga a nunca recusar uma “oferta” pois a necessidade não escolhe a hora e nem o lugar. É melhor prevenir.

Fui e constatei: se conhece o lugar pelo cheiro. Estava muito limpo, sem odor e com outro cartaz: ENCONTROU LIMPO, DEIXE LIMPO.

É isso mesmo: só é necessário limpar se alguém suja.

Assim é com o crime: se todos cumprissem a Lei.... TUDO estaria tranquilo. Plantemos mais “PLÁTANOS” para garantir bons vinhos!

Atraso em reformas força escola a remanejar alunos

EMEF Barão de Mauá

Quarta-feira, 25 de março de 2015 5Geral

Loteamento/Ouro Verde

Signor defende liberação de loteamentoSecretário diz que empresa está compensando empreendimento com novo esgoto e que podia autorizar a obra

O Secretário de Meio Am-biente, Luiz Augusto Sig-

nor e a diretora adjunta do Ipurb, Melissa Bortoletti em resposta às críticas feitas por moradores ouvidos pelo Se-manário acerca das obras no loteamento Nobrepinus – ao lado do ginásio da Madecenter - afirmam entender o drama dos moradores. Ainda assim, lembram que as enxurradas de dezembro e janeiro não criaram problemas apenas na-quele ponto, mas em diversos bairros da cidade. Por outro lado, lembram que as medidas compensatórias que a Prefeitu-ra está exigindo do construtor solucionarão o problema dos moradores da parte baixa da rua Angelo Marcon, cujo siste-ma de esgoto é obsoleto.

Quanto à inconformidade de técnicos que gostariam de ver respeitado o limite de 15 me-tros de cada lado da canaliza-ção de um curso de água que

passa sobre o terreno, faixa esta que deveria ficar livre de edificações, o secretário Luiz Signor mostra laudos indican-do tratar-se de esgoto e não de um córrego. “Segundo o lau-do do Laboratório Alac, emiti-do em 2008, quando o limite tolerado de coliformes fecais é de uma unidade, no local existiam na época 241.960 unidades de coliformes, ca-racterizando-o como esgoto. Este parecer é referendado pelo técnico contratado pela empresa loteadora, Gerson Fatori”, informa Signor. Ele ainda afirma não ter mudado a licença prévia. “Os técnicos do meio ambiente queriam a manifestação da Fepam sobre o assunto. Entendiam não ser atribuição do município. Pois a Fepam, a partir do ofício 15.375 de 2012, informou que o assunto poderia ser tratado pela Secretaria. Então como secretário e tendo a ciência de

tratar-se de um esgoto, assinei permitindo a continuidade da obra sem que fossem respeita-dos os 15 metros”, justifica.

Em Ata, a equipe da Secre-taria Municipal de Meio Am-biente, composta pelo Geólogo Denis dos Santos Gonçalves, a Engenheira Química Kátia Birk e a Engenheira Agrônoma Rochele Scopel, esclarece que foram realizadas análises quí-micas da água no local, porém o corpo técnico entende que mesmo estas tendo indicado alto teor de matéria orgânica, a natureza de corpo hídrico não fica descaracterizada. Também os técnicos da Assessoria Am-biental A3 e a química Marilda Chiarello afirmam, nos laudos entregues pela empresa, tra-tar-se de um curso d’água.

Sobre a competência do Se-cretário Luis Signor para li-berar nova licença retirando o item “3.1.10” , a equipe técnica afirma que o licenciamento em

caso de curso d’água é de com-petência do Estado, ou seja, da Fepam. Conforme Resolução do Consema 102/2005 o Li-cenciamento Ambiental Mu-nicipal não prevê a atividade de retificação de curso d’água como de impacto local e não poderia ter sido feita pelo pró-prio Secretário Municipal de Meio Ambiente.

A arquiteta Melissa Borto-letti, lembra que a empresa construtora está completando uma grande obra como medida compensatória. “Aliás, a par-tir deste loteamento estamos exigindo Estudo de Impacto de Vizinhança com a adoção de medidas mitigatória. Havia um problema serio na parte de baixo da Angelo Marcon, ali se forma uma bacia e a tubulação antiga não absorve toda a água e esgoto, vindos do Ouro Verde e Loteamento Bertolini, ain-da mais em dias de chuva for-te”, informa a técnica. Mas o

problema está sendo resolvido com a construção, pela empre-sa loteadora, de uma tubula-ção nova a partir da rua José Rampanelli, Avelino Menegot-to e na extensão da Nelino Do-menico Carini, com tubos de 1,5 metros de diâmetro. Desta forma retirando carga da tubu-lação da Ângelo Marcon. “Caso a Prefeitura tivesse que refazer a tubulação da Angelo Marcon, iria gastar mais de um milhão de reais pois há rochas no lo-cal”, relata Melissa.

A diretora adjunta do Ipurb conta ainda que órgão está acompanhando de perto a obra. “No dia em que a cons-trutora quebrou a canalização antiga que corta o loteamento, imediatamente fomos avisa-dos e o notificamos para que as medidas de mitigação fos-sem imediatas”. O Estudo de Impacto de Vizinhança está assinado pela técnica Daiana Ida Cettolin Rosin.

Quarta-feira, 25 de março de 20156 Geral

Deputado peemedebista ouviu questionamentos de integrantes do partido na Câmara de Vereadores

Para Moreira “a reforma é eleitoral e não política”

Debate

O fim da reeleição, o voto distrital para a eleição

dos deputados e o sistema de financiamento de campa-nha são os assuntos que estão sendo debatidos atualmente na Câmara dos Deputados com o objetivo de implantar o que seria uma reforma po-lítica. O nome é combatido pelo deputado federal Alceu Moreira (PMDB), integran-te da comissão que analisa as mudanças. Ele esteve em Bento Gonçalves no sábado, 21, discutindo com integran-tes do partido as questões na Câmara de Vereadores e acre-dita que o que está sendo feito é uma reforma eleitoral e não política.

Moreira revela que uma re-forma política é muito mais ampla do que está sendo feito no Congresso Nacional atual-mente. Segundo o deputado, a comissão está analisan-do de que forma serão feitas mudanças para as eleições futuras. A reeleição é um dos pontos a ser discutido. A ideia é que o mandato seja de ape-

nas cinco anos para presiden-te, governadores e prefeitos, alinhando os mandatos para uma eleição única em 2022. Desta forma, os prefeitos e vereadores eleitos em 2016 fi-cariam no cargo por seis anos. “A palavra reforma política está sendo usada para acal-mar os ânimos da população e dar uma satisfação sobre o que está sendo feito. Mas, na verdade, estamos trabalhan-do apenas para criar novas regras para as eleições”, in-forma o parlamentar.

O deputado gaúcho acredita que é preciso uma discussão ampla e profunda do tema, a fim de que se chegue ao ob-jetivo principal, que é tornar o pleito eleitoral o mais lim-po possível. Um dos fatores mais delicados a ser aborda-do, na visão de Moreira, é o financiamento de campanha. O parlamentar revela que se encaminha uma negociação para que os recursos sejam repassados apenas por pes-soas físicas, com a intenção de evitar campanhas milio-nárias feitas pelos partidos atualmente.

De acordo com o presidente

do PMDB em Bento Gonçal-ves, César Gabardo, os escla-recimentos feitos pelo depu-tado ajudam a entender como está funcionando o processo da reforma no Congresso Na-cional. A ideia é que outros encontros como este sejam realizados ao longo do ano.

Jogo de interesses emperra mudanças

A reforma política tramita na Câmara dos Deputados e no Senado há pelo menos 12 anos. Segundo o deputado Al-ceu Moreira, a grande dificul-dade em realizar as mudanças é o grande jogo de interesses existente atualmente na polí-tica brasileira. A facilidade de negociatas com o executivo em troca de cargos e o desvio de recursos públicos nas es-tatais, são alguns dos fatores que, em sua visão, travam os avanços de uma reforma mais ampla. “Estamos devendo uma satisfação à população, porém estas mudanças são um desafio árduo, que preci-sa ser vencido. Serão neces-sários muitos encontros para chegarmos a um consenso”.

Deputado federal esteve em Bento para falar das mudanças nas eleições

Marcelo [email protected]

MA

RCELO DA

RGELIO

A NOI de março impressa está disponível na Livraria Papparazzi (Shopping L`América, R: Treze de Maio, 877, sala 112), na Aquarela Livraria e Papelaria (Av. Planalto, 1115 - sala A), na Havana – Revistas e Jornais (Shopping Bento Gonçalves, R: Marechal Deodoro, 238) e na livraria NOBEL (Shopping San Pelegrino, Caxias do Sul). Você também pode ler a NOI em www.revistanoi.com.br.

nós no mundo

Sobre ser mulherUm editorial de moda? “Mas que bobagem”, podem pensar alguns.

Com certeza, só os “alguns” que param pouco para refletir. Fato é que nos vestimos todos os dias (bem ou mal) e que, todos os dias causamos boas ou más impressões aos que nos cercam. A cada momento, também com nossa forma de vestir, de falar, até mesmo de olhar, comunicamos mensagens que nos favorecem ou prejudicam, embora, muitas vezes, pensando ser astutos, nos recusemos a assumir o que nós mesmos estamos fazendo com nossa imagem.

Por isso a NOI de março tem sim, esse editorial de moda (pg. 51) e tem também uma coluna sobre gestão da imagem (pg.55). Além de um editorial, este trabalho é uma homenagem às mulheres, que, mais do que ninguém (na sua maioria), desdobram-se em cinco mil funções todos os dias para cuidar de filhos, casas, famílias, estudos e trabalhos, e, além de tudo, precisam provar com a aparência, postura e rendimento que são competentes.

Costumam (os homens) me criticar porque eu sempre me atraso. Mas aí argumento – enquanto eles precisam de apenas 5 ou 6 itens (camisa, calça, sapato, e quando muito, terno e gravata), nós precisamos de no mínimo outros dez para ficarmos “prontas” (brincos, trocentos tipos de maquiagem, cremes, adereços, etc). Isso é apenas uma analogia simples, para exemplificar também, a diferença entre a experiência de vida de um homem e de uma mulher hoje.

Estamos longe de alcançar a igualdade, mas muito mais sério que isso, é a dificuldade de alcançar respeito. Se você for trabalhar bem arrumada, cuidado, podem pensar que você está naquela função apenas porque é bonita. Se você não se arruma, atenção, você não tem cuidado consigo, é desleixada. Se você é ousada e confronta os homens, de repente, não é “mulher de verdade”. Se você quer ter um filho, reze para o mundo não desabar, afinal isso só prejudica as empresas... e assim vai.

Nada, nada fácil.Mas, neste mês da mulher, que está por findar, cito nosso editorial

de moda / homenagem desejando abraçar pessoalmente cada uma de nossas leitoras, que, com determinação e coragem superam-se diariamente, da melhor forma possível, para manter a feminilidade enquanto buscam a igualdade, em um mundo ainda extremamente machista e insensível.

Parabéns mulher! Receba nosso trabalho (meu, da Sarah Bertuol, Heloisa de Lucena, Edson Pereira e Ricardo Passarin) como um presente, feito especialmente para ti Abelha-Rainha, que é muitas em uma e inúmera em suas formas de realizar e amar.

Tenho orgulho, e muito orgulho, de ser mulher.

Caroline [email protected]

FOTO

S EDSO

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ÇÃO

Quarta-feira, 25 de março de 2015 7Geral

apresentaram uma diminuição significativa até dezembro, po-rém, voltaram a subir no pri-meiro trimestre deste ano. Va-mos discutir o que houve nestes meses e tentar achar uma forma de solucionar o problema. Sa-bemos que a empresa enfrentou

uma greve com os trabalhadores terceirizados no ano passado, o que prejudicou o serviço”, expli-ca. De acordo com Giovanella, a maioria das reclamações é dire-cionada aos serviços de reparo de linha telefônica fixa, que chega a demorar semanas. “Este tipo

de procedimento serve tanto para alertar a empresa sobre as críticas junto à fundação quanto as possíveis punições que possa sofrer caso as me-didas corretivas não sejam adotadas”, esclarece.

Um exemplo da situação é o

aposentado Marco Antônio Dias Rizzo, de 65 anos. Segundo ele, a solicitação de reparo em sua linha telefônica que apresenta-va chiado demorou mais de 20 dias para ser atendida. “Ligamos quatro vezes para a central de atendimento para ver o motivo da demora e a resposta era sem-pre a mesma, que a ordem de reparo já estava com o técnico e que em prazo máximo de cinco dias o problema estaria resolvi-do”, relata.

Segundo dados da institui-ção, os serviços prestados pela empresa apresentam cerca de cinco reclamações por dia, o que constitui média mensal de apro-ximadamente 100 reclamações. De acordo com o coordenador, caso o encontro não resolva a situação, o Procon entrará com uma ação junto ao Ministério Público Federal para exigir a pe-nalização da empresa.

O ano é novo, porém, o pro-blema é velho conhecido da

Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Com aumento de 40% nos números de reclamações desde meados de 2014, a empresa de Telefo-nia Oi foi convocada para uma reunião hoje, 25, com o conse-lho de usuários e representan-tes do órgão de várias cidades do estado. O objetivo é dar um ultimato para a companhia e discutir quais soluções serão apresentadas para a melhora no serviço.

Outro encontro já havia sido realizado em setembro quando, de acordo com o coordenador do Procon em Bento Gonçal-ves Maciel Giovanella, havia surtido efeito e o cenário esta-va normalizado. “Os registros

Fundação convocou reunião com representantes da empresa como ultimato para discutir melhoras nos serviçosCRISTIA

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Aumento no número de queixas contra serviços de telefonia fixa é referente ao primeiro trimestre de 2015

Cristiano Migongeral [email protected]

Reclamações contra ‘Oi’ crescem 40%Procon

Quarta-feira, 25 de março de 20158 Geral

Prédio da Associação Beneficente Lar das Meninas está ociosoAna Inês Facchin falou em nome da Comissão de Doadores do Lar

Prefeitura e doadores não se acertamLar das Meninas

Decisão da Prefeitura, em conjunto com Rotary Ben-

to Gonçalves e Colegiado da Associação Beneficente Lar das Meninas, em mudar o propósi-to para qual o prédio foi cons-truído está gerando protestos, principalmente por parte dos doadores que possibilitaram a sua construção. Inclusive, di-versas lideranças e empresas que contribuíram com a cons-trução, já estão se mobilizan-do para pedir a restituição dos valores repassados ao Rotary Bento Gonçalves para a cons-trução do Lar das Meninas, alegando o não cumprimento da finalidade prometida, que é de acolhimento a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

A Comissão de Doadores do Lar das Meninas, subscri-ta por mais de 300 doadores, há mais de um ano solicita reunião com o Prefeito Gui-lherme Pasin, mas até hoje não conseguiu ser atendida. As divergências iniciaram em fevereiro de 2014, quando o prefeito Guilherme Pasin e a secretária de Assistência Social e Habitação, Roseli Fornasier, cancelaram a lici-tação que havia sido defini-da em uma série de reuniões com a Comissão de Doadores, Rotary e Promotor Público em 2013 e anunciaram que o local não teria mais como objetivo o acolhimento insti-tucional, e que seria feito um reordenamento dos serviços a serem prestados no local. Na ocasião, a secretária dis-se que a decisão de cancelar a licitação e o acolhimento de menores em situação de risco no Lar das Meninas foi do prefeito Guilherme Pasin. Para finalizar, Roseli Forna-sier chegou a dizer que “não iria assumir um custo de R$ 90 mil para atender só 20 crianças em situação de ris-co”, muito embora a Comis-são de Doadores sempre te-nha se disposto a buscar os recursos necessários tanto às adequações do prédio quanto à manutenção do projeto de acolhimento. Pelo comodato assinado entre a Prefeitura de Bento Gonçalves e a Associa-ção Lar das Meninas, as ativi-dades tinham prazo para se-

rem iniciadas até o dia 31 de dezembro de 2013, o que não aconteceu.

Projeto

O assunto voltou à pauta quando a Comissão de Doado-res, enquanto ainda aguardava uma reunião com o prefeito, to-mou conhecimento de um pro-jeto que iria a votação na Câ-mara de Vereadores na semana passada em regime de urgência, destinando verbas para refor-mas no prédio do Lar das Me-ninas que seria transformado em um Centro de Convivência. A primeira atitude da Comissão foi solicitar ao presidente da Câmara de Vereadores, Valde-cir Rubbo, que pedisse vistas do projeto na sessão do dia 16 de março, o que foi feito, para que houvesse tempo de tentar remediar a situação. Na mesma semana foi solicitada uma re-união com o presidente da Câ-mara de Vereadores e os líderes de bancadas.

A comissão pediu que o Pro-jeto de Lei Ordinária 34/2015, que “Autoriza o município a abrir crédito especial no valor de R$ 882.134,03” fosse des-membrado, pois, para forçar a votação, a Prefeitura coloca-ra no mesmo projeto repasse

de recursos para duas outras obras sociais. Do valor total do projeto, R$ 551.176,02 são destinados a rubrica Obras e Instalações, do Fundo Mu-nicipal de Assistência Social. Deste montante, segundo a ata que acompanha o projeto, R$ 61.449,90 serão destina-dos a “execução das reformas do ‘Lar das Meninas’, onde será instalado um Centro de Convivência para crianças e adolescentes, que nada tem a ver com o acolhimento que é o propósito para o qual o imóvel foi construído com os recursos dos doadores. Ainda de acordo com o documento, R$ 489.734,12 serão destina-dos a execução das obras no Ceacri Carrossel da Esperan-ça, no bairro Municipal.

Na sessão de segunda-feira, 23, como membro da Comis-são de Doadores do Lar das Meninas, Ana Inês Facchin, ocupou a tribuna da Câmara de Vereadores e falou sobre a insatisfação dos doadores. “A comunidade inteira uniu--se, mobilizou empresários e lideranças de outras cidades, de outros estados, de Brasí-lia, para construir um local adequado e mais que perfeito para suprir uma demanda tão necessária e urgente em nossa

comunidade, e querem usá-la para outro fim. Neste momen-to, em Bento Gonçalves, uma criança está sofrendo maus tratos. Uma criança, menino ou menina, está sofrendo abu-so sexual dentro da sua própria família, seja do irmão mais ve-lho, do tio, do padrasto ou até mesmo do próprio pai, ou da mãe que prostitui sua própria filha com apenas meses de ida-de, e nós sabemos disso. Essa realidade não é de São Pau-lo, não é de Porto Alegre, é de Bento Gonçalves. E o Lar das Meninas foi construído para mudar esta situação, por isso não é justo que, agora, deem outro fim ao prédio e a ad-ministração municipal deixe, mais uma vez, crianças e ado-lescentes desamparados”, afir-mou em seu pronunciamento.

Um empresário lembra que depois da doação do terre-no pelo então Prefeito Darcy Pozza, a municipalidade não investiu mais nenhum centa-vo. Tudo é obra de doações.

O Vereador Moacir Cameri-ni apresentou uma emenda na sessão desta segunda-feira, 23, quando o projeto voltou à pau-ta do dia para votação, propon-do uma solução politicamente correta ao impasse, ou seja, que os projetos fossem votados se-

paradamente, desmembrando a questão do Lar das Meninas para dar mais tempo de análise da questão. Mas a emenda foi rejeitada pelos vereadores Cle-mente Mieznikowski (PDT), Carlos Pozza (PP), Vanderlei Santos (PP), Adelino Cainelli (PP), Leopoldo Benatti (PTB), Adriano Nunes (PPS), Márcio Pilotti (PMDB), Gilmar Pessu-to (PSDB), liderados pelo Lí-der de Governo Moisés Scussel (PMDB), votaram contrários a esta emenda, garantindo assim a aprovação da Lei Ordinária 34/2015. Foram 9 votos con-trários e 7 a favor, dados pelos vereadores: Jocelito Tonietto (PDT), Marcos Barbosa (PRB), Moacir Camerini, Neilene Lu-nelli, Paulo Roberto Cavalli e Valdemir Marini (PT) e Marlen Pelicioli (PPS). O Presidente só vota em caso de empate.

O impasse agora está gerado e no meio de lideranças empre-sariais, segundo a diretoria da Comissão de Doadores, há uma insatisfação muito grande que deverá decorrer num pedido de restituição dos valores doados, estimados hoje em mais de R$ 1 milhão, por força do não cum-primento da finalidade a que o imóvel havia sido proposto, que é o Acolhimento de Menores em Condição de Risco.

Muitos já falam em pedir restituição dos valores doados por não cumprimento da finalidade. Município quer Ceacri no local

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Quarta-feira, 25 de março de 2015 9Geral

Os vereadores de Bento Gon-çalves protagonizaram na

noite de segunda-feira, 23, uma das mais extensas sessões ordi-nárias dos últimos tempos. Ini-ciada às 18h a sessão se prolon-gou até próximo às 23h. Ao todo 63 indicações foram lidas. Entre elas pedidos de providências a secretarias e ao prefeito. Aconte-ceram ainda duas manifestações públicas, uma do secretário de Cultura, Jovino Nolasco de Sou-za expondo realizações e convi-dando para os Fóruns Setoriais de Cultura que se realizam hoje, 25, na Casa das Artes; depois se manifestou a jornalista Ana Inês Facchin em nome da Comissão de Doadores do Lar das Meninas.

No entanto, o que tornou efe-tivamente longa a jornada foi a discussão à proposta de Emenda à Lei Orgânica 2/2015, de auto-ria da Mesa Diretora da Casa e

Projeto adequando texto à técnica legislativa ensejou debate dos vereadores, mas acabou aprovado pela maioria

Vereadores debateram por aproximadamente cinco horas na sessão ordinária de segunda-feira, 23

Mudanças na Lei Orgânica aprovadasLonga sessão legislativa

subscrita por outros sete ve-readores. Ela acabou aprovada por uma maioria de votos. Dez emendas modificativas ao pro-jeto também foram apreciadas.

Oito delas, de autoria do verea-dor Moacir Camerini, que foram rejeitadas por maioria de votos. Outras duas, de autoria do pre-sidente do Legislativo, vereador

Gerson [email protected]

Valdecir Rubbo (PDT), foram aprovadas. O objetivo da pro-posição, de acordo com o texto da mesma, é “adequar o texto (da Lei Orgânica Municipal) à

técnica legislativa e à legislação vigente”, por meio de alterações, adições e supressões de artigos, incisos e parágrafos.

O público presente e mui-tos vereadores não entende-ram ao certo o que se passa-va. As alterações aprovadas substituem a consolidação de 2011, que fica revogada. Nela constavam todas as emendas feitas a partir de 1990. As al-terações, de fato, introduzidas são a dispensa do prefeito em pedir autorização para gozar férias ou tratamento de saúde e a reclassificação dos cargos de Procurador e Diretor do Ipurb, que deixam a ser equi-valentes aos de secretários. “Estamos fazendo um resgate da história e adequando a Lei Orgânica de 1990 para que apenas ela esteja em vigor”, tentou explicar o presidente Valdecir Rubbo. Em abril a Lei, que é a Constituinte Mu-nicipal, completa 25 anos.

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Quarta-feira, 25 de março de 201510 Geral

Para Ferreto situação é segura, mas o projeto de ampliação já existe

Silvia [email protected]

Enquanto entidades ambien-talistas proclamam que

em breve o município poderá estar enfrentando problemas de déficit hídrico por conta de insuficiência na capacidade de armazenamento de água na bar-ragem de São Miguel, a Corsan, responsável pela manutenção da barragem e fornecimento de água saneada aos moradores de Bento Gonçalves, garante que a situação é tranquila. Segundo o gerente da empresa, Cláu-dio Ferreto o plano de ampliar a altura da barragem em seis metros existe e sempre existiu desde a elaboração do proje-to original, datado dos anos 90. Entretanto esta ampliação apenas acontecerá quando o monitoramento apontar para tal necessidade, o que hoje não existe, segundo o gerente.

Inaugurada no ano de 2000 a barragem já foi testada em pe-ríodos de estiagem e se mostrou com grande capacidade de ar-mazenagem e melhor desempe-nho ainda na hora de recuperar o estoque de água.

“O volume atual represado já representa uma considerá-vel garantia de evitarmos ra-cionamentos, mesmo consi-derando severas secas, como aquela ocorrida entre 2011 e 2012. Naquele momento pudemos verificar de modo concreto que a capacidade atual da barragem São Miguel já proporciona uma folgada

Projeto de ampliação da barragem existe, mas monitoramento mostra que estamos longe do risco de desabastecimento

margem de segurança a fim de evitarmos qualquer risco de racionamento”.

Ferreto reconhece que com a elevação de mais seis metros o volume represado crescerá mais que o dobro, ampliando essa garantia. O volume atual é de 2.700.000 m3, mas com a ampliação total o volume repre-sado deverá chegar a 5.600.000 m3. “Nesse sentido que a Cor-san mantém rigorosamente o

controle dos níveis atuais, a fim de que, sendo necessário, ocorra uma antecipação nas obras de ampliação apontadas no projeto original”, informa Ferreto. Ele lembra ainda que a futura área a ser alagada com a ampliação já está desapropria-da e os proprietários estão in-denizados, tornando o processo de ampliação rápido e seguro, assim que houver sinalização de tal necessidade.

Barragem de São Miguel

Testada e aprovada contra a estiagem

Desde que a Corsan começou a operar com a Barragem São Mi-guel, há 15 anos, não ocorreram mais ameaças de racionamentos mesmo com o crescimento signi-ficativo da demanda em função de domicílios atendidos. Neste mesmo tempo vários períodos de seca foram ultrapassados.

Nível da água recuperado em 24h

O teste mais importante pelo qual o reservatório de São Mi-guel passou foi a estiagem com-preendida no período de setem-bro de 2011 a maio de 2012, o nível se manteve bem longe da hipótese de racionamento. No período, somente no mês de fe-vereiro os índices pluviométri-cos foram razoáveis, nos meses restantes o volume de chuvas foi irrisório. Foram oito meses e naquele período o nível foi a -2,8 m. Para que se pense em um possível racionamento, o nível poderá baixar mais 7,2 m, atingindo uma defasagem de -13 m. “Só a partir deste instante, sim, poderíamos iniciar a falar em racionamento”, ressalta o gerente que ainda faz outra ob-servação: “Nos chamou a aten-ção, na época, que a defasagem de -2,8 m foi recuperada em um dia apenas, no início de junho de 2012, quando ocorreu uma pre-cipitação pluviométrica de 92 mm concentrada na região de contribuição da barragem”.

O volume atual represado traz uma garantia bem razoá-vel de que racionamentos não

acontecerão tão cedo, mesmo considerando severas secas como o caso que já citamos que foi entre 2011 e 2012. “Ali temos um dado concreto de que a capacidade atual da barragem São Miguel já pro-porciona uma folgada margem de segurança”, diz Ferreto e apresenta dados: o pior pico negativo que o manancial che-gou foi registrado no primeiro semestre de 2012. “Só a par-tir do instante, em que o nível de água na barragem chegar á -13m poderemos iniciar a falar em racionamento”, res-salta o gerente que ainda faz outra observação: “Nos cha-mou a atenção, na época, que a defasagem de -2,8 m foi re-cuperada em um dia apenas, no início de junho de 2012, quando ocorreu uma precipi-tação pluviométrica de 92 mm concentrada na região de con-tribuição da barragem”.

Segundo o representante da empresa, enquanto o monito-ramento indicar que o volu-me de água bruta represado traz uma folgada margem de segurança, a Corsan man-tém investimentos em outras áreas, como a substituição de antigas redes de água tratada. Aquisição de novos equipa-mentos para bombeamento de água bruta do Barracão e Burati, bem como novos qua-dros de comando eletrônicos para os recalques. Por fim, cita ainda o pesado inves-timento em redes coletoras que a empresa vem fazendo.

Capacidade atual de armazenamento - 2.700.000m³ Capac. com elevação em 6m da barragem - 5.600.000m³ Racionamento se inicia quando o nível estiver em -13mNa maior estiagem o nível baixou a -2,8m

FONTE: CORSAN

A barragem em números

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Quarta-feira, 25 de março de 2015 11Segurança

Fogo em residência no São Roque teve início pela garagem

Combate a incêndios

Alerta para 22 hidrantes em desusoQuase um quarto dos terminais hidráulicos apresentam problemas. Bairros Municipal e Vila Nova II precisam de alternativas

Leonardo [email protected]

Em um sinistro de incên-dio, cada segundo conta

para minimizar os danos. E o requisito básico no combate é água. No entanto, quase 25% dos hidrantes disponíveis para o Corpo de Bombeiros em Ben-to Gonçalves apresentam pro-blemas. Além disso, bairros como o Municipal e Vila Nova II, possuem poucas opções de fontes de água e difíceis acesso.

Neste mês dois incêndios foram combatidos no bairro Municipal, um na rua Balduí-no Alegretti, no dia 11, e outro na rua Lajeadense, no dia 15. Felizmente, ambos foram de pequenas proporções e a água do caminhão, cerca de 5 mil litros, bastou. “O hidrante fica praticamente fora do bairro, lá na entrada. No caso de um in-cêndio em uma casa não muito grande, nós até conseguimos combater com a água de um ou dois caminhões. Mas se for

Alguns hidrantes não possuem a vazão necessária em uma emergência

necessário mais, a distância e o difícil acesso dificultam nos-so trabalho”, relata o sargento Claudiomiro Masutti.

Outro problema é o descaso da população com este impor-

tante recurso. Na semana pas-sada, por exemplo, ao verificar o hidrante da rua Nunciante An-tinofi, os bombeiros o encontra-ram cheio de terra devido a uma obra próxima. “Nós realizamos

vistorias quase que anualmente, mas o que acontece é que fazem construções, como esta. Isso tudo dificulta nosso trabalho”, comenta o sargento.

Na rua Fioravante Pozza, no bairro Maria Goretti, a cons-trução de uma cerca da empre-sa BRV Móveis impossibilita a abertura completa da tampa. Porém, este é um dos hidrantes que está seco na cidade. A opção mais próxima é o hidrante da rua Guilherme Fasolo, há quase um quilômetro de distância.

Corsan é responsável pela manutenção

O Corpo de Bombeiros con-ta com 98 hidrantes em Bento Gonçalves. Contudo, no último balanço realizado, pelo menos quatro destes não funcionam e outros 18 apresentam pro-blemas que fazem com que os bombeiros optem por rotas mais longas. “A vazão de água precisa ser excelente. Um ca-minhão como nosso, de 5 mil

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litros, deveria encher no má-ximo em 10 minutos. Só que temos hidrantes que demoram mais de meia hora. A distância também não deveria ser maior do que 300 metros. (Para um melhor combate aos incên-dios) cada bairro deveria ter várias opções, de fácil acesso e boa localização”, explica o sar-gento Masutti.

A vistoria dos hidrantes é feita pelo Corpo de Bombei-ros, porém a manutenção e a instalação são de responsabi-lidade da Corsan. Conforme o diretor Cláudio Ferreto, há cerca de um ano atrás foi re-cebida uma relação de hidran-tes para manutenção e que já foram atendidas. “Sempre que tivermos o apontamento, seja dos bombeiros, Prefeitura ou das Associações de Morado-res, a Corsan providenciará este conserto ou a instalação de novos hidrantes. Nos nos-sos mapas de rede estão apon-tados 240 hidrantes”, explica o diretor de unidade.

Duas residências, nos bairros Cohab e São Ro-que, foram consumidas por incêndios neste final de se-mana em Bento Gonçalves. Duas vítimas necessitaram de atendimento médico após a inalação de fumaça.

Conforme as informações do Corpo de Bombeiros, o primeiro sinistro ocorreu por volta das 19h de sábado, 21, na rua Sebastião Fonta-nini, no bairro Cohab. Um morador teria acendido o fogão a lenha e colocado algumas roupas para secar. Quando voltou, cerca de 10 minutos mais tarde, en-controu a casa em chamas. Após acionar os bombeiros, o morador ainda tentou sal-var alguns pertences, porém acabou inalando fumaça e

No Cohab e São Roque

precisou ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Foram utilizados 1,5 mil li-tros de água no combate ao fogo. As chamas consumi-ram boa parte da residência e danificaram os móveis.

O segundo incêndio foi registrado por volta das 6h de domingo, 22, na rua Li-berato Pereira, no bairro São Roque. As chamas ini-ciaram na garagem e atingi-ram um veículo Escort. Não havia ninguém na residên-cia no momento do sinistro. Os bombeiros utilizaram cerca de três mil litros de água no combate. A gara-gem, um quarto e o telhado foram destruídos pelo fogo. Ainda não se sabe o que causou o incêndio.

Incêndios consomem duas casas

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Quarta-feira, 25 de março de 201512 Segurança

Parceria público-privada

Mais um encontro pelo novo presídioReunião de empreiteiras com nova superintendente é visto com esperança, porém Susepe alerta para mudanças de última hora

Leonardo [email protected]

Mais um capítulo sobre a construção de um novo

presídio em Bento Gonçalves está anunciado para a tarde de hoje, 25. A vinda da superin-tendente Ane Stock é vista com esperança pelos representantes municipais. O encontro com empreiteiras seria uma reunião técnica para apresentar projetos e agilizar o processo licitatório. Porém, a assessoria de imprensa da Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) infor-mou sobre imprevistos.

Conforme a manifestação na manhã de ontem, “o motivo da reunião da superintendente

Ane Stock é tratar do projeto de construção do Presídio. No entanto, aconteceram mudan-ças de última hora no plano de ação, que deverá ser esclareci-do no local em entrevista com a imprensa”. O encontro está marcado para às 14h no audi-tório do Banco do Brasil.

Em princípio, os represen-tantes da Susepe iriam apre-sentar um modelo de negócios em parceria público-privada para a construção do novo pre-sídio na Linha Palmeiro, ter-reno já cedido pela Prefeitura ao Governo Estadual. “Esta-mos com a esperança que seja o pontapé inicial. É um encon-tro técnico, um ato específico da própria Susepe para mostrar

a modalidade de ação, pessoas que podem agregar o processo licitatório”, comentou o secre-tário de Gestão e Mobilidade Urbana, Mauro Moro.

Na semana passada, uma co-mitiva bento-gonçalvense, che-fiada pelo prefeito Guilherme Pasin, apresentou a reinvindi-cação e a luta da cidade por um novo presídio a nova superin-tendente da Susepe. “Levamos todas as informações, da neces-sidade de retirar a casa prisional desta área central, os riscos e sensação de insegurança, e que estamos nesta angústia desde 2004. Foi bem aceito e nos colo-caram que seria uma prioridade, um objetivo para os próximos 12 meses”, relatou Moro.

Pedestre é assaltado no bairro ConceiçãoUm roubo a pedestre foi registrado na madrugada de domingo, 22,

no bairro Conceição. De acordo com a Brigada Militar, por volta das 3h, uma guarnição foi deslocada até a rua Luiz Tomedi para atender uma vítima de assalto. O pedestre seguia pela via pública quando foi abordado por um indivíduo armado que roubou seu relógio, um mo-letom preto e um par de tênis. Antes de fugir, o assaltante ainda teria agredido a vítima. Foram realizadas buscas e o par de tênis da vítima foi localizado nas imediações. Um indivíduo foi abordado próximo ao local. Ele estaria junto com o assaltante momentos antes do crime, porém não teria participação no roubo. Logo após, uma mulher foi encontrada com moletom da vítima. Ela afirmou ter encontrado a peça abandonada. As partes foram conduzidas à delegacia.

Superintendente Ane Stock recebeu o prefeito Pasin na semana passada

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A Brigada Militar identificou um suspeito de roubo a veículo no bairro Santa Marta na segun-da-feira, 23 de março. Conforme a ocorrência, o crime ocorreu por volta das 18h na rua Auri-no Argemiro Zandonai. A víti-ma chegava ao local de traba-lho com seu veículo quando foi abordada por dois indivíduos. Portando uma pistola cromada, os assaltantes exigiram as cha-ves e fugiram levando o veículo e a bolsa da vítima, com vários documentos pessoais.

Os bandidos foram descritos como "um indivíduo moreno de estatura mediana e magro, vestindo calça bege, camisa preta de banda de rock e boné

Roubo a veículo

Após assalto no Santa Marta, suspeito é detido no Botafogo

escuro" e "outro alto vestindo bermuda jeans, camisa de cor rosa e boné claro". Durante as buscas, policiais militares en-contraram o carro roubado na rua Adalberto Hipólito da Sil-va, no Botafogo, ainda com o motor ligado. Em seu interior foi encontrada a carteira com documentos da vítima.

Mais tarde, por volta das 19h50min, uma guarnição des-locava para a delegacia condu-zindo um foragido recapturado quando avistou, na rua Treze de Maio, um indivíduo com as características do roubo no Santa Marta. O acusado foi abordado e detido. A vítima do assalto reconheceu o suspeito.

Quarta-feira, 25 de março de 2015 13Esporte

Valdir Espinosa, diretor de futebol. “A escolha de um novo treinador é pra ontem. Se eu já tivesse um nome, ele seria divulgado imediatamente”, declarou ao ser questionado se o Esportivo já tinha um novo nome para o cargo de treinador, logo após a demissão.

Rodrigo Carpegiani, ex-treinador do Esportivo. “Não fal-tou nada, isso é passado, o que faltou foi resultado. Se eu fosse perguntado ontem se tinha algo errado, se faltava algo, eu di-ria, hoje eu não sou mais o treinador, é passado”.

Luis Ozelame, presidente. “A responsabilidade é de to-dos, desde a montagem do grupo, passando pelo treinador que não conseguiu tirar algo bom de alguns atletas, e tam-bém de alguns desses mesmos atletas que não tem compro-metimento. Não tem desculpa, os salários estão em dia, o Esportivo tem uma estrutura invejável, se comparada com os outros clubes que disputam esse campeonato, não tem desculpa mesmo”.

Luis Ozelame, presidente. “As contratações estão vetadas por enquanto, a gente quer dar a oportunidade do novo treinador indicar algum jogador que ele considere útil para o time reagir”.

Novo Treinador?

Problemas Internos?

De quem é a culpa pela fase ruim?

Contratações?

Divisão de Acesso

Esportivo enfrenta período nebulosoRodrigo Carpegiani foi demitido, e direção deve anunciar hoje o nome de Ben Hur Pereira, que estava no São Paulo-RG

O Alviazul está na UTI, mas ainda respira com ajuda de

aparelhos. Foram seis jogos na Divisão de Acesso do Gauchão 2015, e nenhuma vitória. O re-sultado desse péssimo começo de competição é que a equipe ocupa a lanterna do Grupo A, o fundo do poço.

Com isso, Rodrigo Carpegiani não resistiu e não é mais o trei-nador do Alviazul. A decisão foi tomada em comum acordo, em reunião realizada na segunda--feira, 23, com a presença do presidente Luis Ozelame e tam-bém do diretor de futebol Val-dir Espinosa.

Com pouco mais de 15% de aproveitamento, o ex-treinador não quis avaliar o seu próprio trabalho. “Eu deixo para vocês avaliarem o meu trabalho, esse é o papel de vocês, eu me excluo disso”, respondeu ao ser ques-tionado sobre seu desempenho no comando do Alviazul.

Geremias [email protected]

6ª rodada - Resultados

7ª rodada

Santo Ângelo 3 x 2 Nova PrataGlória 1 x 0 Brasil de FarroupilhaTupi 1 x 0 EsportivoPanambi 2 x 2 São Luiz

Sábado19h - Glória x Tupi

Domingo16h - Esportivo x Santo Ângelo16h - São Luiz X Brasil-Far18h - Nova Prata X Panambi

Divisão de Acesso - Grupo A

1º Glória2º Santo Ângelo3º Tupi4º Panambi5º São Luiz6º Brasil de Farroupilha7º Nova Prata8º Esportivo

Ptos 1511976653

V 53210110

SG7120-1-3-1-4

GP 125597575

D01113223

E 12341323

GC54398889

A emergência foi acionada no Parque da Montanha dos Vinhedos

Segundo o presidente do Esportivo, Luis Ozelame, não faltou esforço ao treinador, mas ele não conseguiu tirar um algo a mais dos atletas, inclusi-ve faltando comprometimento de alguns.

Sobre essa questão do com-prometimento, Ozelame avi-sou que estão avaliando se-riamente a possibilidade de

dispensa de atletas.Falando de novas contrata-

ções para reforçar o grupo, ele mencionou que estão vetadas até a chegada do novo treina-dor, cujo nome deve ser Ben Hur Pereira. O próximo jogo do Esportivo é no domingo, dia 29, contra o Santo Ângelo, a partir das 16h, no Parque da Montanha dos Vinhedos.

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Quarta-feira, 25 de março de 201514 Esporte

Volante Guzzo teve mal subido aos 30 minutos do segundo tempo

De olho na elite

Bento Vôlei começa hoje a decidir vaga para Superliga

Geremias [email protected]

Equipe enfrenta Foz do Iguaçu pensando em trazer bom resultado

O Bento Vôlei/Isabela tem mais um grande desa-

fio pela frente na Superliga B. Isso porque venceu no-vamente a equipe do UPIS/Brasília na noite de sábado, 21, e avançou para mais uma etapa: agora encara o Foz do Iguaçu Voleibol pelas semifi-nais. Como no outro chavea-mento irão se enfrentar as equipes do Sesi-SP e Sada Cruzeiro, que já têm times na Superliga A, a definição de quem irá conquistar o acesso para a principal competição do vôlei brasileiro fica nas mãos da equipe do técnico Fernando Rabelo.

Uma semifinal que vale o objetivo principal da tem-porada. Praticamente uma final antecipada. Mas não é assim que pensa o treinador. “Pra gente é uma decisão do acesso antecipada, mas final é final, é diferente. A expec-tativa é boa, temos condições de enfrentar a equipe de Foz e buscar essa vaga, e eviden-temente que também vamos buscar o título, mas o foco to-tal é sempre no próximo jogo, que é esse em Foz do Iguaçu”, declarou Rabelo.

A equipe viajou na terça--feira, dia 24 de março e

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Em partida realizada na primeira fase, Bento venceu por três sets a zero

Atleta sofreu parada cardíaca

Após susto, Copa Amizade irá exigir atestado médico

No sábado, 21, a terceira rodada da Copa Amizade foi marcada por um grande susto.

O jogador Uilian Guzzo, da equipe do Real Madruga (na foto ao lado, de laranja e preto), que jogava no campo Municipal contra o Dopo Le-gafa (vestindo roxo), teve três paradas cardíacas. O atleta foi reanimado pelo SAMU e agora se recupera no hospital.

Com certeza um fato ruim e fora do normal, que aca-bou chamando a atenção para uma questão: como é feito o controle da saúde dos atletas que disputam a competição? De quem é a responsabilida-de, quem organiza ou é cada time individualmente?

Aparentemente não era rea-lizado nenhum procedimento até então, cada atleta é res-ponsável pela própria saúde.

Um fato a ser observado é de que no regulamento da Copa Amizade existe um parágrafo que trata dessa questão. Ele atribuí essa responsabilidade de saúde dos atletas a cada equipe individualmente. Os times estão cientes dele, e concordam ao assinar as atas das reuniões.

Mas agora, em virtude do

ocorrido, a Secretaria Muni-cipal de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel) pretende mu-dar isso, para que casos assim não aconteçam mais.

Em reunião realizada na tarde de ontem, 21, os clubes que disputam a Copa Amizade foram comunicados que terão entre 30 e 40 dias para pro-videnciar atestados médicos para cada um de seus atletas.

O jogador que não compro-var plenas condições de saú-de, não terá o nome divulga-do na pré súmula da partida, sendo impedido de atuar nos jogos do campeonato.

O secretário de Esportes, Gustavo Felipe Sperotto, co-mentou sobre o fato. “Lamen-tamos o ocorrido, mas foi um fato isolado, não queremos nem desejamos isso para nin-guém. Graças a Deus que a equipe do SAMU foi muito competente e hoje o rapaz está se recuperando”, declarou.

A Copa Amizade deve con-tinuar nesse final de semana, assim como todos os demais campeonatos do esporte ama-dor que ocorrem em Bento Gonçalves, e todos ficam na expectativa para que tudo ocorra de forma normal.

GEREM

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RLAN

DI

treinou no local da partida no mesmo horário do jogo. Para os atletas, a motivação vai crescendo, e é necessário controlar a ansiedade, já que o grande momento está cada vez mais perto.

O oposto Tuba fala sobre isso: “Chegar até aqui foi fruto de um trabalho árduo durante a temporada, a gente já venceu a equipe deles, mas semifinal é semifinal, tem que tomar cuidado agora, qualquer erro pode custar caro”, declarou.

Para o líbero Daniel, a de-cisão não tem segredo. “Tem que continuar trabalhando forte, com foco e estudar bem o adversário, tenho cer-teza que vamos chegar lá com

força máxima para depois de-cidir aqui”, projetou.

O atleta está se recuperan-do de lesão, que ele voltou a sentir no último jogo contra o Brasília, mas garantiu que isso não vai atrapalhar. “Nes-sa hora não tem que pensar em dor, em nada, tem que pensar no time, é um acesso que está em jogo, nosso obje-tivo da temporada, e conse-quentemente depois pensar no título”, afirmou.

Então anote aí: a primeira partida das semifinais ocor-re nesta quarta-feira, 24 de março, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A partida começa às 20h30min, no Ginásio Costa Cavalcanti.

Tadeu Chiarani, Luis e Eliana Venturini, Lídia Marin e Maria Madalena Chiarani, curtiram o Jantar sob as Estrelas no Botequim São Bento

César e Juliana Rubechini, Graziele e Peter Rauber, integrantes da APEME do Medianeira, durante recente inauguração do Centro Cultural do Colégio

Cristina Relvas, Mosieli De Mozzi, Cristina Carniel e Greice Magadan em importante jantar do Sindmóveis

Bento em Páscoa

A segunda edição do Bento em Páscoa terá sua abertura oficial no dia 30 de mar-ço, às 17h, na Via Del Vino. Encantando o público, o evento trás para a ocasião, a apresentação de Rodrigo Soltton. Outras infor-mações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3055.7141.

Quarta-feira, 25 de março de 2015

SociaisJS 15

Datas EspeciaisDia de São Dimas Dia da Anunciação do Anjo à Virgem MariaDia de Santo Ireneo de SírmiumDia Nacional do Orgulho Gay

EventosExposição Bento Gonçalves em Foto Poesia(até 31 de março)Local: Sesc BentoHorário: segunda à sexta-feira, das 8h às 21h, e aos sábados, das 8h às 12hInformações: (54) 3452-6103

Datas EspeciaisDia de São RupertoDia de Bem-aventurado Francisco Faà de BrunoDia do Circo

Divulgue seu evento: [email protected] Fone: (54) 3455.4500

Datas EspeciaisDia de São LudgeroDia de Santa Lúcia FilippiniDia do Cacau

EventosShow com Tatiéli Bueno e Banda Local: Via Del VinoHorário: 20hInformações: (54) 3452-6103

CARLOS BARBOSA Feira de Oportunidades(até dia 29 de março)Local: Salão paroquial de Carlos BarbosaInformações: (54) 3461.7600

Agenda

Hoje

Amanhã

Sexta-feira

Dia 28 de marçoJantar Baile de Aniversário da Casa Grande – CTG Laço VelhoLocal: CTG Laço VelhoHorário: 20hInformações: (54) 3452.3586

Dias 28 de março, 2 e 4 de abrilHarmonização com ChocolatesLocal: Vinícola AuroraHorário: 14hInformações: (54) 3455.2095

Programe-se

Camilo Geremia e Sérgio Dalla Costa estiveram conferindo as novidades da Fimma 2015

Heitor Rossatto e Daniel Amadio, presidente do Sindilojas, presentes na apresentação das novas instalações do Pronto Socorro do Tacchini

FOTO

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A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

24 páginas

Primeiro caderno .................... 16 páginasClassificados .......................... ..8 páginas

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira25 DE MARÇO DE 2015ANO 48 N°3115R$ 3,00

Aulas em espaço improvisado

Procon

Reunião para apertar telefônica

Página 7

Carpegiani demitido

Esportivo deve anunciar Ben Hur

Página 13

Pinto Bandeira

Página 4

CRISTIAN

O M

IGO

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