2015.01 - 1ª aula de desenho de máquinas

123
Desenho de Máquinas

Upload: thales-toledo

Post on 10-Dec-2015

9 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Desenho de Máquinas

TRANSCRIPT

Page 1: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Page 2: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

I – Livro Texto:

PROVENZA, Francisco . Projetista de maquinas. São Paulo:F. Provenza.

1960. p.irreg

CALLISTER, William D. Jr. Ciência e engenharia de materiais: uma

introdução. 5ªedição. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

Bibliografia complementar

PROVENZA, Francisco . Desenhista de maquinas. São Paulo:F. Provenza.

1960. 1 v.

PROVENZA, Francisco . Tolerâncias ISO. São Paulo:F. Provenza. 1995.

Page 3: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

II – Conteúdo:

Cap. 1- Materiais para construção

mecânica.

Cap.2 - Tolerâncias e ajustes

Cap. 3 - Acabamento superficial

Cap. 4 - Polias, Correias e Engrenagens

Page 4: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Ciência dos materiais faz parte do conhecimento básico para todas as engenharias

As propriedades dos materiais definem:

• o desempenho de um determinado componente e o processo de fabricação do mesmo

Page 5: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Propriedades dos

Materiais

Composição e Processo

de Fabricação

Microestrutura

E

N

G

E

N

H

A

R

I

A

Page 6: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

O número de materiais cresceu muito nas últimas décadas e a tendência é de se proliferarem mais

num futuro próximo

• Desenvolvimento e aperfeiçoamento dos métodos de extração de materiais da natureza

• Modificação de materiais naturais

• Combinação de materiais conhecidos para a formação de novos materiais

Page 7: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

QUANTOS MATERIAIS DIFERENTES EXISTEM ?

COMO ESCOLHER ??

Page 8: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Como definir qual o melhor material

para um determinado fim? Exemplo: Copo

• Vidro

• Cerâmica

• Plástico

• Madeira

• Metal

• Papel

• Custo

• Tempo de vida ou Durabilidade

• Aparência

• Finalidade: Natureza do líquido (ex: copo de metal e papel não pode ser usado para café, suco de laranja não pode ser armazenado numa taça antiga de peltre porque remove o Pb da liga)

Depende

Page 9: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Quais os critérios que devemos adotar para

selecionar um material entre tantos outros?

1. Devemos caracterizar quais as condições de operação que

será submetido o referido material e levantar as

propriedades requeridas para tal aplicação, saber como

esses valores foram determinados e quais as limitações e

restrições quanto ao uso dos mesmos.

2. A segunda consideração na escolha do material refere-se ao levantamento sobre o tipo de degradação que o material sofrerá em serviço. – Por exemplo, elevadas temperaturas e ambientes corrosivos diminuem

consideravelmente a resistência mecânica

Page 10: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

3. Finalmente, a consideração talvez mais

convincente é provavelmente a econômica:

– Qual o custo do produto acabado??? Um material

pode reunir um conjunto ideal de propriedades,

porém com custo elevadíssimo.

Page 11: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

INDÚSTRIA DE PONTA PRODUÇÃO EM MASSA

TIPOS DE INDÚSTRIA - INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS

SELEÇÃO CUIDADOSA (FATOR CUSTO SECUNDÁRIO)

SELEÇÃO CUIDADOSA (FATOR CUSTO PRIMORDIAL)

• Grande exigência

tecnológica

• Utilização dos mate-

riais nos limites

• Produtos não

diferenciados

• Utilização de materiais

abaixo dos limites

Fonte: Prof. Arlindo Silva do Instituto

Superior Técnico da Universidade de Portugal

Page 12: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

4. Em raras ocasiões um material reúne uma combinação ideal de propriedades, ou seja, muitas vezes é necessário reduzir uma em benefício da outra.

– Exemplo clássico: resistência e ductilidade, geralmente um material de alta resistência apresenta ductilidade limitada. Este tipo de circunstância exige que se estabeleça um compromisso razoável entre duas ou mais propriedades.

Page 13: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS A classificação tradicional dos materiais é geralmente baseada

na estrutura atômica e química destes.

• Metais

• Cerâmicas

• Polímeros

• Compósitos

• Semicondutores

• Biomateriais (Mat. Biocompatíveis)

Classificação tradicional

Page 14: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Metais

• Materiais metálicos são geralmente uma combinação de elementos metálicos;

• Os elétrons não estão ligados a nenhum átomo em particular e por isso são bons condutores de calor e eletricidade;

• Não são transparentes à luz visível;

• Têm aparência lustrosa quando polidos;

• Geralmente são resistentes e deformáveis;

• São muito utilizados para aplicações estruturais.

Page 15: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Cerâmicas

• Materiais cerâmicos são geralmente uma combinação de elementos metálicos e não-metálicos;

• Geralmente são óxidos, nitretos e carbetos;

• São geralmente isolantes de calor e eletricidade;

• São mais resistêntes à altas temperaturas e à ambientes severos que metais e polímeros;

• Com relação às propriedades mecânicas as cerâmicas são duras, porém frágeis;

• Em geral são leves.

ALUMINA

Page 16: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Polímeros

• Materiais poliméricos são geralmente compostos orgânicos baseados em carbono, hidrogênio e outros elementos não-metálicos;

• São constituídos de moléculas muito grandes (macro-moléculas);

• Tipicamente, esses materiais apresentam baixa densidade e podem ser extremamente flexíveis;

• Materiais poliméricos incluem plásticos e borrachas.

Page 17: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Compósitos

• Materiais compósitos são constituídos de mais de um tipo de material insolúveis entre si;

• Os compósitos são “desenhados” para apresentarem a combinação das melhores características de cada material constituinte;

• Muitos dos recentes desenvolvimento em materiais envolvem materiais compósitos;

• Um exemplo classico é o compósito de matriz polimérica com fibra de vidro. O material compósito apresenta a resistência da fibra de vidro associado a flexibilidade do polímero.

Page 18: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Semicondutores

• Materiais semicondutores apresentam propriedades elétricas que são intermediárias entre metais e isolantes;

• Características elétricas são extremamente sensíveis à presença de pequenas quantidades de impurezas, cuja concentração pode ser controlada em pequenas regiões do material (para formar as junções p-n);

• Tornaram possível o advento do circuito integrado que revolucionou as indústrias de eletrônica e computadores

• Ex: Si, Ge, GaAs, InSb, GaN, CdTe..

InP

Page 19: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Biomateriais

• Biomateriais são empregados em

componentes para implantes de

partes em seres humanos;

• Esses materiais não devem

produzir substâncias tóxicas e

devem ser compatíveis com o

tecido humano (isto é, não deve

causar rejeição);

• Metais, cerâmicos, compósitos e

polímeros podem ser usados como

biomateriais.

Page 20: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Fonte: Prof. Arlindo Silva do Instituto

Superior Técnico da Universidade de Portugal

Page 21: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Page 22: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

PRINCIPAIS PROPRIEDADES DOS MATERIAIS METÁLICOS

1. Mecânicas

2. Tecnológicas

3. Uso

4. Outras

Page 23: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Resistência Mecânica: tração,

compressão, flexão, torção,

cizalhamento, etc.

Resiliência (Capacidade de resistir a

esforços dinâmicos)

Elasticidade

Dureza

Mecânicas

Fusibilidade

Plasticidade: Maleabilidade e

Ductilidade

Soldabilidade

Temperabilidade

Usinabilidade

Tencidade (Capacidade de absorver

energia até a ruptura)

Tecnológicas

Page 24: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Fusibilidade – É a propriedade que o material possui de passar do estado

sólido para o líquido sob ação do calor.

Metal Sólido Metal Fundido

– Ela é caracterizada pela temperatura de fusão;

– Todo metal é fusível, mas, para ser industrialmente fusível, é preciso que tenha um ponto de fusão relativamente baixo e que não sofra, durante o processo de fusão, oxidações profundas, nem alterações na sua estrutura e homogeneidade.

Page 25: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Plasticidade

– É a propriedade que apresentam certos materiais de se

deixarem deformar permanentemente assumindo diferentes

tamanhos ou formas sem sofrerem rupturas, rachaduras ou

fortes alterações de estrutura quando submetidos a pressões

ou choques compatíveis com as suas propriedades

mecânicas.

Page 26: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Maleabilidade

– É a característica apresentada pelo material em se deformar plasticamente sob ação de uma pressão ou choque, compatível com a sua resistência mecânica.

• Ductilidade – corresponde a elongação total do material devido à

deformação plástica, antes da ruptura;

– Pode ser compreendido também com a capacidade de ser fazer fio;

• Soldabilidade – É a propriedade que certos metais possuem de se unirem,

após aquecidos e suficientemente comprimidos.

Page 27: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Temperabilidade

– É a propriedade que determina a profundidade e

distribuição da dureza produzida pela têmpera.

• Usinabilidade ou maquinabilidade

– É a capacidade de se deixar trabalhar em máquinas

operatrizes (torno, fresadora, plaina...).

• Tenacidade

– Corresponde à capacidade do material absorver energia até

sua ruptura.

Page 28: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Resiliência

– Corresponde à capacidade do material em absorver

energia quando este é deformado elasticamente.

Page 29: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Resistência ao Ar

Resistência ao Calor

Resistência à Ação Corrosiva

Resistência à Fluidez (Creep)

Uso

Peso Específico

Densidade

Condutibilidade Térmica e Elétrica

Dilatação

Grau de Polimento

Outras

Page 30: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

FALHAS MAIS COMUNS DE mATERIAIS METÁLICOS

•Deformação: elástica ou plástica - mudança de geometria;

•Rompimento: tração, compressão, cizalhamento (cargas

estáticas ou dinâmicas);

•Desgaste;

•Fusão Localizada;

Atuação de carga cíclicas

Meio ambiente: temperatura, corrosão, etc.

Descontinuidades presentes no material: bolhas,

prosidade, rachaduras, etc.

Concentração de tensões: mudança de seção, cantos

vivos, descontinuidades de massa

•Fadiga

Page 31: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ferro: - O ferro é utilizado em ligas;

- Importante como material de construção em engenharia;

- Seu uso é importante devido a 3 fatores: 1) Fe existe em abundância; 2) Custo de fabricação relativamente econômicas; 3) Ligas de Fe são versáteis. - Desvantagem: corrosão

1.1 - Aços

Page 32: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Metal: Brilho metálico, boa condutividade térmica e elétrica;

Ligas: Adição de elementos químicos diferentes;

Aço-carbono: Liga de ferro (Fe) e carbono (C), contendo entre 0,05 e 2,0% de C;

Aços-liga: Aços com adição de outros elementos químicos (Cr, Ni, Mn, etc.);

Ferro fundido: Liga de ferro (Fe) e carbono (C), contendo entre 2,0 e 6,7% de C.

Estrutura do Ferro (Fe)

Page 33: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Estrutura (célula) cúbica de corpo centrado (CCC)

Estrutura (célula) cúbica de face centrada (CFC)

Estrutura do Ferro (Fe)

Page 34: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Page 35: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Formado basicamente de Ferro e Carbono:

- Cor acinzentada

- Peso específico: 7,8 g/cm3

- Temperatura de fusão: 1350 oC a 1400 oC

Aços carbono

Fe=1,24 Å C=0,77 Å

Solução Sólida intersticial de Fe-C

Page 36: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Ferrita (α - alfa).

– Solução sólida de carbono em CCC, caracteriza-se pela baixa solubilidade

de carbono no ferro, chegando ao máximo de 0,0218% à 727 °C.

• Austenita ( - gama).

– Solução sólida de carbono em Fe CFC;

• Ferrita (δ - delta).

– Solução sólida de carbono em ferro CCC, sendo estável até 1538 °C,

quando a ferro se liquefaz. A solubilidade do carbono é baixo, atingindo um

máximo de 0,09% a 1495 °C. quando não houver referência contrária, o

termo ferrita, subentenderá a ferrita α.

• Cementita (Fe3C).

– É um carboneto de ferro de alta dureza existente até o teor de carbono de

6,69%.

Estrutura do Ferro (Fe)

Page 37: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Efeito do elemento carbono nos aços. Quanto

maior o teor de carbono, observa-se:

– Aumento da resistência mecânica

• Limite de resistência

• Limite de escoamento

– Diminuição do alongamento

– Aumento da dureza

– Redução da tenacidade

– Menor facilidade na soldagem

Aços Carbono

Page 38: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Teor de C

Page 39: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Os critérios usados na classificação dos aços são:

A. quanto à composição química;

B. quanto à aplicação;

C. quanto ao processo de fabricação;

D. quanto à normas técnicas.

Classificação dos Aços

Page 40: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Extra – doce < 0,15% C

Baixo Carbono Doce 0,15 - 0,30% C

Meio – doce 0,30 - 0,40% C

Médio Carbono Meio – duro 0,40 - 0,60% C

Duro 0,60 - 0,70% C

Alto Carbono Extra – Duro 0,70 - 1,20% C

A. Quanto à composição química

Page 41: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

São os aços que contem um ou mais elementos de liga além do Fe

e C, em quantidades tais que modifiquem ou melhorem

substancialmente uma ou mais de suas propriedades quer sejam

físicas, mecânicas ou químicas.

Quanto ao teor de elementos de liga os aços classificam-se em:

– Aços de baixa liga – quando o somatório dos teores dos

elementos de liga é inferior a 5%.

– Aços de alta liga – quando o somatório dos elementos de

liga (teores) é superior a 5%.

Aços Especiais (liga)

Page 42: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Aços de construção: são usados na manufatura de componentes de equipamentos industriais.

• Aços para ferramentas e matrizes: compreendem os aços resistentes ao choques, para trabalho a frio e a quente e aços rápidos.

• Aços Inoxidáveis e resistentes ao calor: correspondem aos aços inoxidáveis martensíticos, ferríticos e austeníticos, mais aços refratários.

• Aços com características especiais: como por exemplos, aços para imans permanentes, para núcleos de transformadores,...

B. Quanto à aplicação

Page 43: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

– Aços Siemens – Martin;

– Aços Bessemer;

– Aços LD: conversor de oxigênio de Linz-

Donawitz;

– Aços elétricos, etc.

C. Quanto ao processo de fabricação

Page 44: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

– Aços Siemens – Martin: forno horizontal, carga por cima

e descarga do aço por orifício inferior;

C. Quanto ao processo de fabricação

Page 45: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

– Aços Bessemer: produzidos em fornos basculante, com

orifícios no fundo (ar pressurizado);

C. Quanto ao processo de fabricação

Page 46: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Aços LD: conversor de oxigênio de Linz-Donawitz usa fundentes

(cal e fluorita) para a reação de oxidação das impurezas do aço (Si,

P, S, Mn) e redução do teor de carbono, formando escória.

C. Quanto ao processo de fabricação

Page 47: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

– Aços elétricos

C. Quanto ao processo de fabricação

Page 48: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Exemplo de representação do aço ABNT para construção civil:

ABNT CA 25A – aços para construção civil com sesc=25Kgf/mm2.

• ABNT – SAE – construção mecânica

SAE 1010 - aço carbono com 0,10% de carbono.

SAE 1008 - aço carbono com 0,08% de carbono.

D. Quanto as normas técnicas

1 – indica que é um aço carbono, desconsidera a presença de pequenas quantidades de outros metais como Mn, Si, P, S; 0 – indica a % de elementos de liga.

Page 49: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Quatro algarismos para designar os aços;

• Os dois últimos algarismos teor de carbono

• Os dois primeiros algarismos indicam o tipo e a quantidade aproximada dos elementos da liga;

• Quando o primeiro algarismo é 1, os aços são simplesmente aços-carbono, desprezando seus teores mínimos de manganês, silício, fósforo, e enxofre. Neste caso, esses teores são considerados iguais a zero;

SAE 1 0 4 0 Nomenclatura dos aços

Page 50: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Nomenclatura dos aços

Page 51: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

1 aço carbono

2 Ni

3 Ni – Cr

4 Mo

5 Cr

6 Cr – V

7 W

8 Ni – Cr – Mo

9 Si - Mn

Classificação quanto ao primeiro número dos 4 algarismos:

Nomenclatura dos aços

Page 52: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Exemplos

– SAE 2350

• Aço ao níquel com 3% de níquel e 0,50% C;

– SAE 5130

• Aço ao cromo com 1% de cromo e 0,30% de C;

– SAE 9220

• Aço ao silício – manganês com 2% de Si-Mn e 0,20%

C.

Nomenclatura dos aços

Page 53: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

10 XX Aços ao carbono comuns.

11 XX

12 XX

Aços de fácil usinagem com alto teor de enxofre.

13 XX

15 XX

Aços ao manganês com 1,75% de Mn.

Designação

C %

Mn %

Si %

1340 0,38 – 0,43 0,60 – 0,90 0,20 –0,25

Nomenclatura dos aços

Page 54: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Aço-carbono – Largamente utilizado

- Boa ductilidade e maleabilidade

O aço-carbono pode ser:

- Soldado - Curvado

- Forjado - Torcido

- Dobrado - Trabalho com ferramentas de corte

- Trefilados - Laminados

Aplicações do Aço

Page 55: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Aplicações

1) 0,05% a 0,15% de C (extra doce)

Chapas, fios, parafusos, tubos trefilados e produtos de caldeiraria

2) 0,15% a 0,30% (doce)

Barras laminadas e perfiladas, arruelas e outros órgãos de máquinas.

3) 0,30% a 0,40% (meio doce)

Peças especiais de máquinas, motores e ferramentas para agricultura

4) 0,40% a 0,60% (meio duro)

Peças de grande dureza, ferramentas de corte, molas e trilhos

5) 0,60% a 1,5% (duro e extra duro)

Peças de grande dureza e resistência, molas, cabos, etc.

Aplicações do aço Carbono

Page 56: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Condições de serviço que exigem aços liga:

– Altas temperaturas: fluência, oxidação;

– Baixa temperaturas: fratura frágil;

– Meio corrosivo: corrosão acelerada;

– Produtos especiais: contaminação;

– Segurança: materiais tóxicos, explosivos, inflamáveis;

– Alta resistência: grandes esforços.

Aços Liga

Page 57: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Efeito dos elementos de adição (liga):

- Vanádio (V): Tenacidade e excelente desoxidante;

- Cromo (Cr): Aumento a resistência ao desgaste;

- Boro (B): Resistência a fadiga;

- Níquel (Ni): Boa ductilidade e resistência à corrosão;

- Tungstênio (W): Alta resistência mesmo em altas TºC;

- Manganês (Mn): Ductilidade, resistência ao desgaste/choque;

- Silício (Si): Aumenta a elasticidade e resistência;

- Alumínio (Al): Desoxidante;

- Molibdênio (Mo): alta resistência ao amolecimento;

Aços Liga

Page 58: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas Elemento

De ligas

Influência na estrutura Influência nas

propriedades

Aplicações Produtos

Níquel Refina o grão.

Diminui a velocidade de

transformação na estrutura do aço.

Aumenta a LRT.

Boa ductilidade.

Aço para construção

mecânica.

Peças para automóveis.

Utensílios domésticos.

Caixa para tratamento térmico.

Manganês. Estabiliza os carbonetos.

Aumenta temperabilidade.

Diminui a velocidade de

transformações.

Aumento da resistência

mecânica e

temperabilidade.

Resistência ao choque.

Aço para construção

mecânica.

Peças para automóveis e

peças para usos gerais em

engenharia mecânica

Cromo. Forma carbonetos.

Acelera o crescimento dos grãos.

Aumenta a resistência a

corrosão e a oxidação.

Aumento da resistência a

altas temperaturas.

Aços para a construção

mecânica.

Aços-ferramentas.

Aços inoxidáveis.

Indústria química; talheres;

válvulas e peças para fornos.

Ferramentas de cortes.

Molibdênio Influência na estabilidade do

carboneto.

Alta dureza ao rubro.

Aumento da LRT.

Aumento da

temperabilidade.

Aços-ferramentas, Aço

cromo-níquel, substitui

W em aços rápidos.

Ferramentas de cortes.

Vanádio Inibe o crescimento grãos.

Forma carbonetos.

Maior resistência mecânica, tenacidade e temperab.

Resistência a fadiga e

abrasão.

Aços cromo-vanádio. Ferramentas de cortes.

Tungstênio Forma carbonetos duros.

Diminui a velocidade das

transformações.

Inibe crescimento dos grãos.

Aumento da dureza.

Resistência da resistência a

altas temperaturas.

Aços rápidos.

Aços-ferramentas.

Ferramentas de corte.

Cobalto. Forma carboneto.

(fracamente).

Aumento da dureza.

Resistência à tração.

Resistência à corrosão.

Resistência à erosão.

Aços rápidos.

Aços ferramenta.

Ferramentas de cortes.

Silício. Auxilia na desoxidação.

Auxilia na grafitização.

Aumenta a fluidez.

Resistência a temperaturas

elevadas.

Melhora temperab./ LRT.

Aços alto carbono.

Aços para a fundição

em areia.

Peças fundidas.

Page 59: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• A introdução de outros elementos de liga nos aços

carbono é feita quando se deseja um ou diversos dos

seguintes efeitos: – aumentar a dureza e a resistência mecânica;

– conferir resistência uniforme através de toda a seção em peças de

grandes dimensões;

– diminuir o peso (conseqüência do aumento da resistência) de modo a

reduzir a inércia de uma parte móvel;

– conferir resistência à corrosão;

– aumentar a resistência ao calor;

– aumentar a resistência ao desgaste;

– aumentar a capacidade de corte;

– melhorar as propriedades elétricas e magnéticas

Aplicações dos Aços Liga

Page 60: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Page 61: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Cobre e ligas

• Latões

• Bronzes

• Alumínio

• Outros: Magnésio e Titânio

1.2 - Ligas Não Ferrosas

Page 62: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Metais Não-Ferrosas • Por quê?

– Apesar da diversidade de propriedades das ligas ferrosas,

facilidade de produção e baixo custo, elas ainda apresentam

limitações:

• Alta densidade, baixa condutividade elétrica, corrosão.

• Diversidade

– Existem ligas de uma enorme variedade de metais.

– Nós vamos descrever algumas apenas

• Cobre, Alumínio, Magnésio, Titânio, refratários, super-

ligas.

Page 63: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

– Metais e ligas metálicas isentas de ferro, ou onde o

ferro entra em pequena quantidade.

– Características genéricas :

• Resistência à corrosão

• Preço bastante elevado

• Baixa dureza e alta ductilidade

• Condutibilidade elétrica e térmica

• Menor resistência à altas temperaturas que o aço

Metais Não-Ferrosas

Page 64: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Cobre e ligas O cobre apresenta uma qualidade única como material de engenharia:

Combina boa resistência à corrosão com elevada condutividade elétrica e

térmica, e a resistência mecânica, obtida através da adição de outros metais.

O cobre e suas ligas são quase sempre catódicos em relação a outros materiais

estruturais como o aço carbono e o alumínio.

O cobre resiste a: água do mar;

água doce, fria ou quente;

H2SO4, ácido acético e outros ácidos não oxidantes, desde que diluídos e não

aerados;

exposição à atmosfera.

Page 65: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• O cobre não resiste a:

– ácidos oxidantes (HNO3, H2SO4 quente concentrado e ácidos não oxidantes aerados);

– NH4OH mais oxigênio. Este meio provoca corrosão sob tensão;

– águas e soluções aquosas aeradas e com alta velocidade;

– sais oxidantes de metais pesados, como FeCl3 e Fe2(SO4)3;

– H2S e alguns compostos de enxofre.

Cobre e ligas

Page 66: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Classificação:

1) Cobre comercial;

2) Latões: ligas de cobre e zinco com até 40% de Zn;

3) Bronzes: ligas de cobre com Sn, Al, P e Si e outros elementos,

contendo 85 a 95% de cobre;

4) Cobre-níquel.

Cobre e ligas

Page 67: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Cobre comercial

• Contém pelo menos 98% de Cobre

• Temperatura limite de utilização 200°C

– forte redução da resistência mecânica

– transformações metalúrgicas

• Não apresenta temperatura de transição dúctil-frágil

• Difícil soldabilidade

– alto coeficiente de troca térmica

– requer pré-aquecimento para a soldagem

• Material bastante estável (mesmo grupo da Ag e Au)

– excelente resistência à corrosão.

Page 68: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• O emprego do cobre em equipamentos de processo é

atualmente muito reduzido, devido ao custo elevado e também

à sua baixa resistência mecânica.

Cobre comercial

Cobre comercial

Page 69: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Latões (Cu/Zn) Ligas de cobre com até 40% de Zn e pequenas

quantidade de Al, Sn, Fe e outros elementos.

• Propriedades que se alteram com a adição do Zn:

– resistência mecânica (melhora até um limite de 30% de Zn);

– custo (reduz com a adição de Zn);

– resistência à corrosão (diminui).

• Os latões com mais de 15% de Zn podem sofrer dezinficação

(corrosão seletiva).

– migração do Zn;

– a liga fica esponjosa;

• O limite de temperatura para o latão é de 200°C

Page 70: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Dezinficação - Latões • Eliminação seletiva do Zn;

• Latões com mais de 15% de Zn;

• Ocorre na presença da água com muito O2 ou CO2

dissolvido ou soluções acidas;

• Inibido pela adição de antimônio (Sb) ou estanho (Sn);

Page 71: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Aplicações:

– Tubos para trocadores de calor;

– Válvulas de pequeno diâmetro, peças internas em válvulas

grandes, para baixa pressão e temperatura moderada, com ar,

vapor e águas em geral.

Latões

Page 72: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Bronzes (Cu/Sn) Ligas de cobre com Sn, Al, P, Si e outros elementos, contendo 85

a 95% de Cobre.

• Resistência à corrosão semelhante à do cobre comercial;

• Resistência mecânica e à temperatura são melhores que a do cobre

comercial:

– Limite superior de temperatura de trabalho 370°C (alguns

tipos);

– Limite inferior -200°C (mesma do cobre comercial).

• A adição de 4 a 10% de Al melhora muito a resistência mecânica, a

resistência à temperatura e também à oxidação;

• A adição de Sn aumenta a resistência mecânica e a resistência à água

salgada em movimento.

Page 73: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Comparando aos latões, os bronzes:

• São ligas de alto preço;

• Tem melhores características mecânicas;

• Apresentam melhor trabalhabilidade e capacidade de

conformação;

Page 74: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• O bronze-silício tem melhor resistência à corrosão do que os bronzes de

alumínio, porém sua temperatura limite é de 100°C;

• Assim como o cobre está sujeito à corrosão sob tensão;

• Aplicações:

– construção de válvulas pequenas;

– para mecanismo interno de válvulas grandes;

– espelho para trocadores de calor.

Principais especificações de bronzes para equipamentos de processo

Bronzes

Page 75: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Tipos de Bronzes Comuns

• Bronzes para Laminação, Extrusão e Trefilação

– Utilizados no estado encruado;

– Boa resistência mecânica, à corrosão e à fadiga;

– Aplicação:

• Molas;

• Molas de contatos elétricos;

• Buchas;

• Pinos de segurança;

Page 76: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Tipos de Bronzes Comuns

• Bronzes para condutores

– Para materiais empregados em condutores elétricos, devem

possuir algumas características extras, como:

• Resistência mecânica, resistência à corrosão, ao desgaste e em

alguns casos à temperaturas elevadas quanto ao amolecimento;

– Cobre puro não possui estas características;

– Bronze com baixo teor de estanho para obter essas

propriedades mecânicas com o mínimo de sacrifício da

excelente condutividade do cobre;

Page 77: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

Page 78: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

O Elemento Alumínio

• Símbolo Químico: Al

• Número Atômico: 13

• Peso Atômico: 26,98

• Densidade: 2,7 g/cm3 (BAIXA DENSIDADE)

• Estado Físico: Sólido

• Ponto de Fusão: 933,7 K (660oC)

• Ponto de Ebulição: 2792,0 K (2519oC)

Page 79: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Densidade do Al

Page 80: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

O Alumínio • Metal branco brilhante;

• Leve,Dúctil, Maleável;

• Sofre pouca influência do ar (Excelente resistência à corrosão, conferida

pela camada protetora de óxido-Al2O);

• É o metal mais abundante da crosta terrestre;

• Não é encontrado livre, sempre na forma de alumina (Al2O3);

• Processamento ainda caro, mas fácil reciclagem;

• Pode atingir resistência mecânica similar a alguns aços na forma de ligas (Obs: Al puro (99,99%) tem baixa resistência mecânica).

Page 81: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Propriedades Mecânicas, Químicas e Elétricas

• Leveza:

– Ex - no transporte, as embalagens

• Condutibilidade:

– Bom condutor elétrico e térmico

• Impermeabilidade e opacidade:

– Não permite a passagem de luz e umidade

• Alta relação resistência /peso:

– Bastante resistente em relação ao seu peso

• Beleza:

– Material nobre e limpo que não se deteriora com o tempo. Largamente

usado em confecções de peças para o lar.

Page 82: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Resistência à corrosão:

– Facilita a conservação e a manutenção

• Moldabilidade e soldabilidade: – Altamente maleável e dúctil, possibilitando formas adequadas aos mais

variados projetos.

• Resistência e dureza: – Excelente comportamento mecânico

• Reciclabilidade: – Depois de muitos anos de vida útil, o alumínio pode ser reciclado

Propriedades Mecânicas, Químicas e Elétricas

Page 83: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Áreas aplicações alumínio e

produtos Os principais setores que consomem alumínio são:

• Bens de consumo

• Transporte

• Construção Civil

• Embalagens

• Indústria Elétrica

• Outros setores.

Page 84: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Bens de consumo – Utensílios domésticos, cadeiras e mesas de praia e jardim,

bicicletas, escadas, objetos de decoração e etc...

• Transportes – Furgões, nas carrocerias abertas, nos tanques rodoviários,

nos vagões ferroviários, nas carrocerias de ônibus e na

substituição de peças mais pesadas por peças mais leves

no setor automotivo.

• Construção Civil – Revestimentos internos e externos, telhas, divisórias, forros e

em muitos detalhes de concepções arquitetônicas modernas.

Áreas aplicações alumínio e

produtos

Page 85: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Embalagens – Fabricadas a partir de folhas e laminados, são empregadas

para os mais variados tipos de consumo, com o objetivo de

atender os mercados de produtos farmacêuticos, de

higiene e limpeza, produtos alimentícios e bebidas.

• Indústria Elétrica – Fios e cabos para utilização em linhas de transmissão de

grande porte e subtransmissão, cabos condutores para

distribuição aérea ou subterrânea e

instalações elétricas prediais e industriais.

Áreas aplicações alumínio e

produtos

Page 86: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Outros setores

– Indústrias de transformação, química em geral, papeleira,

metalúrgica e petroquímica, para produção de refratários,

revestimentos cerâmicos, abrasivos, vidros, porcelanas,

massas de polimento, tintas, retardantes de chama,

isoladores elétricos, pastilhas de freio, corantes e etc.

Áreas aplicações alumínio e

produtos

Page 87: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

A grande maioria dos produtos finais citados anteriormente

pertencentes as áreas de aplicação do alumínio advém

dos seguintes produtos semimanufaturados:

• Perfis extrudados

• Chapas e laminados

• Folhas

• Fios e Cabos

• Fundidos e Forjados

• Pastas e pó

• Aluminas especiais

Áreas aplicações alumínio e

produtos

Page 88: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Perfis extrudados Chapas e laminados Folhas Fios e Cabos

Fundidos e Forjados Pastas e pó Aluminas especiais

Áreas aplicações alumínio e

produtos

Page 89: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Áreas aplicações alumínio e

produtos

Page 90: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Características do Al • O Alumínio não é ferromagnético, possui elevadas

condutividades térmica e elétrica, e é não-tóxico;

• Resistência à oxidação progressiva, formação de camada de óxido protetor que impede a progressão da deterioração do material;

• O alumínio com tratamentos e/ou elementos de liga se torna resistente à corrosão em meios mais agressivos;

• O alumínio também encontra aplicações em peças decorativas, graças à sua superfície brilhante e refletiva.

Page 91: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Classificação do Alumínio • Conforme aplicação

– Ligas trabalhadas X X X X • Laminação;

• Forjamento;

– Ligas para fundição X X X . X

• Primeiro dígito: conforme o elemento de liga. O segundo e terceiro dígitos não possuem significado numérico, apenas identificam as

várias ligas no grupo.

O último dígito indica a forma do produto:

0 - indica peças fundidas;

1 - indica lingotes convencionais;

2 - indica lingotes com composições mais restritas que lingotes convencionais.

Page 92: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS Série Composição Química Aplicações principais

1XXX Al comercialmente puro Contatos elétricos, Alclad

2XXX Al-Cu e Al-Cu-Mg Indústria aeronáutica

3XXX Al-Mn e Al-Mn-Mg Latas de bebidas. Panelas

4XXX Al-Si

Metal de adição para soldas.

Pistões forjados de motores

5XXX Al-Mg

Aplicações náuticas (navios e

barcos)

6XXX Al-Mg-Si

Perfis arquitetônicos.

Componentes automotivos

7XXX Al-Zn e Al-Zn-Mg Indústria aeronáutica

8XXX Outras ligas (Al-Li, Al-Fe...) Várias

Page 93: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS Série Composição Química Aplicações principais

1XX.X

Al comercialmente

puro Contatos elétricos

2XX.X Al-Cu e Al-Cu-Mg Indústria aeronáutica

3XX.X Al-Si-Mg e Al-Si-Cu Várias

4XX.X Al-Si Pistões fundidos de motores

5XX.X Al-Mg Aplicações náuticas (navios e barcos)

6XX.X

Não existe este

sistema Não especificado por não existir este sistema

7XX.X Al-Zn e Al-Zn-Mg Indústria aeronáutica

8XX.X Al-Sn Várias, para ligas com baixo ponto de fusão

Page 94: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

Page 95: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

ALUMÍNIO E SUAS LIGAS

Série 1xxx

Série 3xxx - Al-Mn

Série 4xxx - Al-Si

Série 5xxx - Al-Mg

Trabalho mecânico Fundição

Tratáveis

termicamente

Não tratáveis termicamente –

endurecimento por encruamento

Série 2xxx - Al-Cu

Série 6xxx - Al-Mg-Si

Série 7xxx - Al-Zn Série 1xx.x - Al-puro

Série 2xx.x - Al-Cu

Série 3xx.x - Al-Si-Mg

.

.

.

Page 96: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Tratamento térmico

• Alívio de tensões

• Recozimento para recristalização e homogeneização

• Solubilização

• Precipitação ou envelhecimento

Page 97: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Tratamento térmico • Alívio de tensões:

- T= 130-150°C

- Tempo depende da espessura da peça.

• Recozimento p/ recristalização e homogeneização:

- T= 300-400°C

- Recristalização: para ligas laminadas, extrudadas

- Homogeneização: peças fundidas (para difundir os microconstituintes).

• Solubilização:

- Dissolve as fases microscópicas.

- Temperatura= depende da liga.

Page 98: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Tratamento térmico

• Precipitação ou envelhecimento:

- Consiste na precipitação de outra fase, na forma de partículas extremamente pequenas e uniformemente distribuídas.

- Esta nova fase enrijece a liga.

- Após o envelhecimento o material terá adquirido máxima dureza e resistência.

- O envelhecimento pode ser natural ou artificial.

Page 99: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Tratamento térmico

Solubilização

Resfriamento

em água

Precipitação

Ou envelhecimento que

pode ser natural ou artificial

A ppt se dá a

T ambiente

A ppt se dá

acima da T

Ambiente por

reaquecimento

Page 100: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Alumínio comercialmente puro

• Série 1XXX

• Grau de Pureza 99,00%(1000) – 99,99%(1099)

• Elevada condutividade térmica e elétrica

• Baixa resistência mecânica

• Baixa resistência a corrosão

• Formação de uma camada de óxido de alumina

Page 101: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Cu

• Série 2XXX

• Conhecidas como DURALUMÍNIO

• Elevada resistência a tração

• Tratamento térmico de envelhecimento aumenta mais a resistência

• Resistência a corrosão baixa

• Conformabilidade e Soldabilidade restrita

• Acréscimo do Mg aumenta o endurecimento.

Page 102: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Mn

• Série 3XXX

• Não é endurecida por precipitação e sim por trabalho

mecânico

• Alta resistência mecânica

• Redução da Dutilidade e da susceptibilidade à corrosão

sobre tensão

• 3003 – Panelas

• 3004 – Latas para acondicionamento de bebidas

Page 103: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Si

• Série 4XXX

• Utilizadas como liga de fundição

• Silício confere à liga um aumento da fluidez do alumínio

líquido, permitindo melhor o fluxo através do molde

• Reduz porosidade, contração no resfriamento

• Melhora soldabilidade

• Reduz usinabilidade.

Page 104: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Mg

• Série 5XXX

• Melhor combinação entre resistência mecânica,

resistência a corrosão e ductilidade.

• Boa soldabilidade

• Usada em grande escala na Indústria Naval

Page 105: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Mg-Si

• Série 6XXX

• Facilidade de Extrusão (Elevada Dutilidade)

• Endurecimento por precipitação

• Mais usada comercialmente

• Potencial de aplicação na indústria automotiva

Page 106: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Zn

• Série 7XXX

• Endurecível por precipitação

• Níveis mais altos de resistência mecânica

• Baixa resistência a corrosão sobre tensão

• Principalmente usada na fabricação de aviões

• 7001 - maior resistência mecânica de todas as ligas.

Page 107: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas Al-Sn; Al-Li; Al-Fe

• Série 8XXX

• Grupo que engloba as outras ligas não pertencentes às

ligas anteriores

• Al-Li: mais baixa densidade

• Al-Sn: grande resistência a fadiga e boa resistência a

corrosão

Page 108: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição: São ligas muito versáteis para fundição:

• Baixa viscosidade: > facilidade preencher molde;

• Baixa temperatura de fusão (uso de moldes metálicos);

• Elevado coeficiente de transferência de calor (ciclos de fundição

curtos);

• H2 tem solubilidade significativa em ligas de alumínio e seu teor

pode ser controlado pelos processos de desgaseificação;

• A maior parte das ligas de alumínio não apresenta tendências ao

fenômeno de trinca a quente;

• Não apresentam interações ou reações metal-molde bom

acabamento superficial após a fundição.

Page 109: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

• Ligas Al-Cu (série 200): resistência mecânica, boa usinabilidade, resistência à corrosão. Aplicações: peças estruturais, carcaças e pistões para motores diesel;

• Ligas Al-Si (série 300): 90% das peças fundidas em alumínio são da série 300. resistência à corrosão, boa soldabilidade, mas são de usinagem difícil.

Aplicações: coletores de admissão, cabeçotes e blocos de motor, pistões e rodas automotivas, peças estruturais para a industria aeroespacial, bombas e carcaças;

• Ligas Al-Mg (série 500): elevada resistência à corrosão e excelente usinabilidade. Aplicação: peças estruturais para a industria química, de alimentos e naval;

• Ligas Al-Zn (série 700): características semelhantes às ligas da série 500;

• Ligas Al-Sn (série 800): boa usinabilidade e boas propriedades anti-fricção. Aplicações: mancais, buchas e bronzinas.

Page 110: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição: • Ligas Al fundidas (acima de 660oC) tem alta solubilidade de H2.

No resfriamento, o H2 se segrega nas porções finais a serem

solidificadas porosidade interdendríticas (ruim para ductilidade

e fadiga).

• Degaseificação: a vácuo, ou borbulhamento de gás ativo (cloro),

borbulhamento gás inerte (Ar, N2)

Page 111: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

Menor qtde de H2

dissolvido

Page 112: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

Processo de fundição sob pressão

(fundição por injeção)

Ligas 380 e 413;

Pressões de 100 a 200 Kgf/cm2;

Alta velocidade de vazamento;

Page 113: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

Processo de fundição em coquilha por gravidade •Produção seriada;

•Turbulência no vazamento;

•Reduzir H2, usar Sb para reduzir poros, usar ligas de pequeno intervalo solidificação;

•Ligas 319, 355, 356, 359 360 380 e 413;

Page 114: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

Processo de fundição por molde de areia

Molde: areia (sílica) e ligantes (bentonita) ou resinas

sintéticas;

Page 115: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

Processo de fundição em baixa pressão

Page 116: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Al para fundição:

Processo de fundição de precisão

(processo de cera perdida ou microfusão)

Molde: lama cerâmica, à base de

zirconita e sílica coloidal, e

material refratário particulado

Page 117: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Anodização

• Visa o aumento da película de oxido: Al2O3;

• Eletrólitos (ac. sulfúrico, oxálico, crômico) – Anodo: é a própria peça;

– Catodo: qualquer outro metal;

• Há reação do Al com o eletrólito a camada de óxido formada cresce do interior para o exterior;

• Com a formação desta camada de óxido, impermeável, na superfície da peça há um aumento da resistência à corrosão e também um aumento da resistência mecânica superficial.

Page 118: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Anodização • O objetivo da anodização é

melhorar a estética das peças, isolá-las de corrente elétrica e protegê-las da corrosão e de qualquer outro fator externo (ar salino, fumaças industriais, etc.) podendo ser fosca ou brilhante.

• A espessura da camada, varia em função do tempo de anodização:

Espessura Aplicação

11 a 15µm Urbana/rural

16 a 20µm litorânea

21 a 25µm Industrial/m

arítima

Page 119: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Temperatura

• Efeito da temperatura sobre o alumínio:

– a redução da temperatura leva a:

• aumento dos limites de resistência e de escoamento;

• ligeira redução no alongamento;

• a resistência ao impacto permanece praticamente inalterada até o

zero absoluto.

– o aumento da temperatura, por sua vez:

• provoca uma redução da resistência mecânica , não podendo ser

empregado para temperaturas acima de 150°C;

• em algumas ligas o limite de utilização é de 65°C.

Page 120: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Exemplos de aplicações do Al • Espuma Metálica

Usam catalisador (para criar bolhas) e temperatura do forno adequado;

Leve o suficiente para flutuar na água, mantendo as características de resistência e

elasticidade

Aplicação: incrementar a espessura dos tubos da carroceria de ônibus, recheando-os com

espuma metálica, para melhorar a segurança em caso de acidente por tombo.

Page 121: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Magnésio

• Densidade: 1,7 g/cm3 (menor que do Al)

• Estrutura cristalina HC

• Baixo módulo: 45GPa;

• Deformação difícil (baixa deformação);

• Fabricação por fundição (ou def. a quente)

• Ponto Fusão: 651oC

• Aplicações: indústria aeronáutica, mísseis, substituição aos

plásticos de engenharia devido à rigidez e densidade

comparável, partes automóveis (volantes, colunas, rodas), etc.

Page 122: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

Ligas de Titânio

• Densidade: 4,5 g/cm3;

• Ponto de Fusão alto: 1668ºC;

• Elevada rigidez: E=107GPa;

• LRT: 1.400MPa;

• Dúcteis, fácil forjamento, usinagem e resistente à corrosão;

• Limitação: reatividade à altas temperaturas (requer processo

especiais beneficiam., fusão e fundição);

• Aplicações: próteses, implantes metálicos, estruturas de

aeronaves, veículos espaciais.

Page 123: 2015.01 - 1ª Aula de Desenho de Máquinas

Desenho de Máquinas

• Metais refratários

– Nb, Mo, W, Ta.

– Altíssimo ponto de fusão (de 2468°C a 3410°C).

– Ligações atômicas extremamente fortes, alto módulo de

Young, resistência e dureza alta.

– Usados em filamentos de lâmpadas, cadinhos, eletrodos de

soldagem, etc...

• Super-ligas

– Ligas de Co, Ni ou Fe com Nb, Mo, W, Ta, Cr e Ti.

– Usados em turbinas de avião. Resistem a atmosferas

oxidantes a altas temperaturas.

Outras Ligas Não Ferrosas