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ISSN 2177-4080 1 investigação, 17(6): 01-33, 2018 Anais do II Encontro Nacional de Patologia Clínica Veterinária FOTOS CIENTÍFICAS 2 a 4 novembro de 2018 Jaboticabal, SP

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investigação, 17(6): 01-33, 2018

ISSN 2177-4080

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investigação, 17(6): 01-33, 2018

Anais do II Encontro Nacional de Patologia Clínica Veterinária

FOTOS CIENTÍFICAS

2 a 4 novembro de 2018

Jaboticabal, SP

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COORDENADOR GERAL:

Aureo Evangelista Santana

COMISSÃO ORGANIZADORA:

Amanda Bizare  

Fausto de Almeida Marinho Neto

Fernanda Martinato

Helena Cristina Delgado Brito

Jéssica Rodrigues de Oliveira

Lucas Amoroso Lopes de Carvalho

Marcelo Souza Silva Filho

Michelly Fernandes de Macedo

Nathan da Rocha Neves Cruz

Patrícia Jábali Bueno

COMITÊ CIENTÍFICO:

Aureo Evangelista Santana

Leandro Zuccolotto Crivellenti

Michelly Fernandes de Macedo

Nathan da Rocha Neves Cruz

ASSISTENTE DE EDITORAÇÃO:

Fausto de Almeida Marinho Neto

REVISORES:

Helena Cristina Delgado Brito

Nathan da Rocha Neves Cruz

REALIZAÇÃO:

FUNDAÇÃO DE APOIO A PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO - FUNEP

ORGANIZAÇÃO:

Grupo de Estudos em Patologia Clínica, Citopatologia e Citometria de Fluxo Veterinária - GECITO (UNESP)

APOIO:

Hospital Veterinário Governador Laudo Natel - HVGLN (FCAV / UNESP)

PATROCINADORES:

Tecsa Laboratórios

VETPAT Laboratório Veterinário

Centerkit

HF Diagnóstica

MedVet Livros

Agener União - Saúde Animal

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PREFÁCIO

Prefaciar os eventos acadêmico-científicos, do II Encontro Nacional de Patologia Clínica Veterinária, que tiveram lugar nos dias 2, 3 e 4 de novembro de 2018, e que se caracterizaram por inúmeras preleções, exibição de pôsteres, cursos, mesas e debates, é algo que nos honra particularmente, posto que, nesta segunda edição, o referido encontro fez convergir para o Anfiteatro Principal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, da Unesp de Jaboticabal, o dobro da audiência que fora obtida na sua primeira edição, em novembro de 2017. Com uma temática variada e amplamente representativa da atuação dos especialistas em clínica veterinária, patologia animal e patologia clínica, foram apresentados e discutidos temas consagrados às boas práticas de coleta e encaminhamento de material biológico, bem como preparação das amostras biológicas, exames laboratoriais, análise e interpretação dos resultados e sua difusão por intermédio de laudos. Temas mais específicos e atuais como o auxílio diagnóstico em medicina felina, perfil hematológico central e periférico em cães e gatos, medicina transfusional, diagnóstico molecular, hemoparasitoses, doenças mielo e linfoproliferativas, gasometria, aplicação da imunohistoquímica no diagnóstico de neoplasmas, citologia das efusões cavitárias, emprego de métodos analítico-laboratoriais como subsídios ao esclarecimento de transtornos relacionados à nutrição clínica de pequenos animais, bem como gestão de qualidade na rotina do laboratório de patologia clínica veterinária, também foram abordados.

De outra parte, devemos remarcar que, como uma evolução da primeira para a segunda edição do ENPCV, os organizadores do evento acharam por bem incluir no elenco de temas a palestra intitulada: Metodologias Ativas e Inovações no Ensino de Patologia Clínica Veterinária, cujo prelecionista trouxera, à baila, a necessidade de atualização do Plano de Ensino e Ementário da referida disciplina, com vistas à atualização e modernização do seu conteúdo, bem como de suas modalidades de ministração e formas de avaliação. Desnecessário dizer que os maiores dividendos de tal apresentação foram auferidos pelos graduandos e professores, de graduação, presentes.

Ademais, cabe-nos ressaltar o competente trabalho empreendido pela Comissão Organizadora

do aludido evento, representada essencialmente por estudantes de diferentes níveis de formação, desde iniciandos a pós-doutorandos, que se debruçaram incansavelmente no planejamento, articulação, logística e recepção dos ouvintes e palestrantes. Da mesma forma, expressamos nossa gratidão aos diversos patrocinadores e à Fundação de Apoio à Pesquisa, Ensino e Extensão – FUNEP, esta última, responsável pelo gerenciamento do evento. Somos gratos, também, aos palestrantes que aceitaram a enriquecedora missão de nos prestigiar com suas preleções e aos estudantes, pesquisadores, professores e médicos veterinários liberais, que nos honraram com suas presenças.

Derradeiramente, face à forte audiência junto ao II ENPCV e em função do dinamismo, proficiência e compromisso com a excelência, por parte dos organizadores do evento, antecipamos nosso convite para o III ENPCV, programado para os dias 15, 16 e 17 de novembro de 2019. Portanto, que a boa semente plantada na terra das jabuticabas possa encontrar solo fértil em outras paragens desse imenso território brasileiro e, quem sabe, estimular a instituição da almejada Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Veterinária.

Prof. Dr. Aureo Evangelista Santa

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Laura Honório de Oliveiro Tolentino*Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

*Email: [email protected]

OCORRÊNCIA DE INFECÇÃO MÚLTIPLA POR HEPATOZOON CANIS E EHRLICHIA CANIS

EM CÃO NO MUNICÍPIO DE PATOS – PB

As hemoparasitoses estão entre as doenças que mais comumente acometem os animais. A hepatozoonose é descrita em vários países, como a doença causada pelo protozoário Hepatozoon sp., acometendo principalmente os carnívoros domésticos. Sua transmissão ocorre após a ingestão de carrapatos contendo oocistos maduros de H. canis. Já a erliquiose canina é causada por bactérias do gênero Ehrlichia, principalmente pela espécie E. canis. A transmissão desta ocorre durante o parasitismo por carrapatos Rhipicephalus sanguineus. O diagnóstico laboratorial de ambas hemoparasitoses é rotineiramente realizado pela identificação direta de estruturas morfologicamente compatíveis com mórulas de E. canis e gametócitos de H. canis. Podendo ocorrer de forma concomitante como mostra a foto em questão. Obtida por meio de análise de esfregaço sanguíneo de sangue periférico, corado por Panótico.

Área: hematologia

Palavras – chave: hemoparasitose, cães, diagnóstico microscópico.

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Olympus Binocular, objetiva de imersão (100x).

ALENCAR, N.X.; KOHAYAGAWA, A.; SANTARÉM, V.A. Hepatozoon canis infections of wild carnivores in Brazil. Vet. Parasitol., v.70, p.279-282, 1997.

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Laura Honório de Oliveiro Tolentino*Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

*Email: [email protected]

LEISHMANIOSE EM CÃO NO MUNICÍPIO DE PATOS – PB

A leishmaniose visceral possui como agente etiológico a Leishmania chagasi, sendo o Lutzomyia longipalpis o principal vetor responsável na sua transmissão. Os cães vêm sendo apontados como reservatórios da doença e hospedeiros domésticos, sendo provavelmente o mais importante reservatório natural relacionado com casos humanos. O diagnóstico muitas vezes é sorológico, mas também é possível encontrar a forma amastigota do parasita em medula, linfonodos, corrente sanguínea e outros tecidos menos frequentes como a conjuntiva por exemplo. A foto em questão traz um aspirado citológico por agulha fina de linfonodo poplíteo hipertrofiado em um cão. A amostra foi corada por Panótico e analisada por microscopia óptica em objetiva de imersão (100X).

Área: Citopatologia/Parasitologia

Palavras – chave: Zoonose, Leishmania chagasi, linfonodo, PAAF.

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Olympus Binocular

FEITOSA, M.M. et al. Aspectos clínicos de cães com leishmaniose no Município de Araçatuba – São Paulo (Brasil). Clínica Veterinária, São Paulo, v.28, p.36-44, 2000.

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Laura Honório de Oliveiro Tolentino*Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

*Email: [email protected]

CRIPTOCOCOSE EM GATO NO MUNICÍPIO DE PATOS – PB

A criptococose é uma doença infecciosa fúngica com potencial fatal cosmopolita que acomete mamíferos domésticos, principalmente o gato e o cão, animais silvestres e o homem, sendo também conhecida como torulose, blastomicose europeia ou Doença de Busse-Buschke. O agente etiológico é o Cryptococcus neoformans, a forma assexuada do basidiomiceto Filobasidiella neoformans, uma levedura encapsulada. A foto exposta trata-se de um material coletado por meio de imprint de lesão nasal, em um gato atendido no Hospital Veterinário da UFCG – Patos – PB. A amostra foi coletada e logo fixada e corada por Panótico. Em seguida analisada por microscopia óptica de imersão (aumento de 100x). O animal respondeu bem ao tratamento.

Área: Citopatologia

Palavras – chave: Zoonose, Cryptococcus neoformans , imprint, lesão cutânea

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Olympus Binocular

Nelson R.W. & Couto C.G. 2001. Doenças micóticas polissistêmicas, p.1023-1030. In: Nelson R.W. & Couto C.G.. Medicina Interna de Pequenos Animais. 2 ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.

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Bruna Spadotto1*, Antonella Souza Mattei1, Raqueli Teresinha França11Curso de Medicina Veterinária,Universidade de Caxias do Sul

*E-mail: [email protected]

SPOROTHRIX SP. EM LESÃO CUTÂNEA DE UM FELINO

Citologia de lesão ulcerativa na região facial de um felino, sem raça definida, adulto, macho não castrado. O animal foi encaminhado para atendimento, onde realizou-se a coleta através de swab das lesões para análise citológica e micológica. A amostra foi corada com corante do tipo Romanowsky. Na avaliação citológica foi observada inflamação piogranulomatosa, com grande quantidade de células leveduriformes ovais a fusiformes, com um halo fino claro ao redor de um centro basofílico, presentes no interior de macrófagos e livres, sugestivo de Sporothrix sp. Infecções por este agente ocorrem através do implante traumático, causando lesões cutâneas proliferativas elevadas que evoluem para ulceração, drenando um exsudato serosanguinolento. Em felinos, essas lesões são tipicamente notadas em membros distais e na cabeça. Devido ao papel epidemiológico e zoonótico, que os felinos possuem na transmissão, é necessária a realização do diagnóstico e do manejo corretos dos animais infectados.

Área: Citopatologia

Palavras-chave: Sporothrix sp, felino, citologia

Detalhes técnicos: Microscópio Binocular Nikon Eclipse E200 LED,objetiva de 100x.

Valenciano AC, Cowell RL. 2014. Cowell and Tyler’s Diagnostic Citology and Hematology of the Dogs and Cat. 4. ed. Saint Louis, Editora Elsevier, p.582.

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Bruna Spadotto1*, Antonella Souza Mattei1, Raqueli Teresinha França11Curso de Medicina Veterinária,Universidade de Caxias do Sul

*E-mail: [email protected]

CITOLOGIA VAGINAL DE CADELA NO DIESTRO

Citologia vaginal de cadela, chow-chow de quatro anos de idade, em período de diestro. Na avaliação citológica corada com corante do tipo Romanowsky, se observa predomínio de células epiteliais intermediárias. O diestro ocorre cerca de oito dias após o pico do hormônio luteinizante, é citologicamente caracterizado por uma mudança abrupta no número relativo de células epiteliais superficiais. Em 24 a 48 horas, os números de células superficiais diminuem drasticamente para cerca de 20%, enquanto os números de células parabasais e intermediárias aumentam. Os neutrófilos aparecem em números variáveis; algumas cadelas têm pouco ou nenhum neutrófilo nas preparações citológicas feitas durante o diestro. Eritrócitos e bactérias podem ou não estar presentes. A citologia observada no início do proestro é bastante semelhante ao diestro.

Área: Citopatologia

Palavras-chave: diestro, cadela, citologia

Detalhes técnicos: Microscópio Binocular Nikon Eclipse E200 LED, objetiva de 100x.

Valenciano AC, Cowell RL. 2014. Cowell and Tyler’s Diagnostic Citology and Hematology of the Dogs and Cat. 4. ed. Saint Louis, Editora Elsevier, p.582.

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Marcelo Souza Silva Filho¹*, Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Aureo Evangelista Santana¹¹Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista

*Email: [email protected]

COLAGENÓLISE E FIBROPLASIA REACIONAL COMO CONSEQUÊNCIA DO MASTOCITOMA

O mastocitoma é uma neoplasia maligna com origem nos mastócitos e pode desenvolver-se no tecido cutâneo ou vísceras (p. ex. fígado, baço ou linfonodos) sendo a forma visceral mais rara. É mais prevalente em cães do que em gatos, contudo, em ambas as espécies, os indivíduos adultos são mais suscetíveis. Na coloração de Romanowsky, os mastócitos (seta amarela) apresentam grânulos de cor violeta que ocupam todo citoplasma, os núcleos são redondos a ovais e esbranquiçados devido à afinidade do corante pelos grânulos. Pode ser observado a presença de eosinófilos, contudo, a presença dessas células não é obrigatória. A colagenólise, ruptura das fibras colágenas (seta vermelha) e a fibroplasia reacional (seta laranja) são consequências da inflamação aguda mediada pelos mastócitos. Porque quando degranulam liberam histamina e heparina que são convertidos em agentes secundários como leucotrienos e prostaglandinas, que causam edema, eritema, irritação, prurido e úlceras na região tumoral.

Assunto: Citologia

Palavra-chave: colagenólise, neoplasia, fibroplasia, esfregaço.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Nikon E200, Coloração de Rosenfeld, aumento de 1000x (imersão).

Cowell RL. Tyler RD. Meinkoth JH. Denicolan DB. 2009. Diagnóstico Citológico e Hematologia de Cães e Gatos. 3. ed. MedVet, São Paulo, p. 28, 69-72. Doc. eletrônico (internet): UFSC. 2015. Mastocitoma em cães. 1p. Disponível em: http:// http://patologiaveterinaria.paginas.ufsc.br [Acessado em 08/2018].

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Marcelo Souza Silva Filho¹*, Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Aureo Evangelista Santana¹¹Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista

*Email: [email protected]

BLOCOS DE CÉLULAS TRANSICIONAIS EM CISTITE BACTERIANA

Processo inflamatório séptico da vesícula urinária com presença de bactérias em sedimento urinário em cão (cistite bacteriana). Em animais sadios, o sedimento urinário não possui microrganismos e há pouca celularidade, quando coletado por cistocentese. As cistites podem ser causadas por bactérias (principalmente por Escherichia coli), fungos, pólipos, excesso de cristais e cálculos, tumores e etc. Pode afetar qualquer espécie e faixa etária, sendo mais incidente em fêmeas por possuírem uma uretra curta e larga o que predispõe a contaminação perineal e vulvar com fezes. Na imagem verificam-se blocos de células epiteliais de transição (cabeça de seta), hemácias (seta), leucócitos (leucocitúria) (círculo) e bactérias (bacteriúria) permeados em todo campo. As células de transição podem ser encontradas isoladas (diâmetro de 20 – 30µm) de formato redondo a oval e quando se observa em blocos indica-se que há lesão profunda do epitélio vesical decorrente do processo patológico.

Assunto: Urinálise

Palavra-chave: urina, infecção, E.coli, transição.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica em Nikon E200, amplificação 400x e sem coloração.

Cowell RL. Tyler RD. Meinkoth JH. Denicolan DB. 2009. Diagnóstico Citológico e Hematologia de Cães e Gatos. 3. ed. MedVet, São Paulo, p.366-367.

Vasconcellos AL. 2012. Diagnóstico de cistite em cães – contribuição dos Métodos de avaliação. 71f. Jaboticabal, SP. Dissertação (Mestrado em Clínica Médica) - Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária, FCAV – UNESP.

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Evelyn Vieira Zanesco¹*, Douglas Porto Pereira¹, Verônica Cristina de Oliveira Aguilera¹, Andresa Guimarães¹, Carlos Henrique Machado¹.

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária –

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

*Email: [email protected]

DIOCTOPHYMA RENALE NA URINA DE CÃO

Foi encontrado na avaliação microscópica do sedimento urinário de um cão, macho, três anos de idade, sem raça definida, um ovo de Dioctophyma Renale, sendo um achado de rotina já que não havia suspeita clínica inicial da afecção. O Dioctophyma renale é um nematóide que se encontra parasitando o rim de alguns mamíferos domésticos, silvestres e humanos, apresentando a capacidade de destruir o parênquima renal, sobrando apenas a cápsula no qual o parasita se encontra submerso. O diagnóstico desta parasitose pode ser realizado através de exames de urina para a possível detecção de ovos do parasita e a ultrassonografia para verificar os aspectos renais e presença do parasita.

Área: Parasitologia

Palavras-chave: Rim, Ovo, Urina.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Zeiss, Primo Star, sem coloração, aumento de 400x.

Alves, GC, Silva, DT, Neves, MF. Dioctophyma renale: O parasita gigante do rim. Revista cientifica eletrônica de Medicina Veterinária FAMED n. 08 Garça- SP. 2007. ZARDO, K.M, SANTOS, D.R, BABICSAK, V.R, BELOTTA, et. al. Aspecto ultrassonográfico da dictofimose renal canina. Revista de Medicina Veterinária e Zootecnia UNESP, p. 57- 60, Botucatu- SP, 2012.

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Evelyn Vieira Zanesco¹*, Naiara Vidal Stocco¹, Ágatha de Oliveira Xavier¹, Andresa Guimarães¹, Carlos Henrique Machado¹.

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária –

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

*Email: [email protected]

MASTÓCITOS EM ESFREGAÇO SANGUÍNEO

Presença de mastócitos em esfregaço sanguíneo de um felino, macho, quatro anos, SRD. No hemograma foram evidenciadas 53 células semelhantes a mastócitos durante a contagem diferencial de leucócitos, tendo um valor absoluto de 1908 células/μL. O animal apresentava nódulos dispersos pelo corpo. A análise citológica foi sugestiva de mastocitoma cutâneo e, posteriormente o hemograma do felino apresentou intensa presença de mastócitos. Quando encontrados no esfregaço sanguíneo podem indicar uma mastocitose ou mastocitemia. A mastocitose é quando se tem o acúmulo patológico e migração de mastócitos nos tecidos e órgãos. Mastocitemias podem ser de origens inflamatórias ou neoplásicas.

Área: Hematologia

Palavras-chave: Mastocitemia, mastócitos, hemograma.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Zeiss, Primo Star, Coloração Romanowsky, aumento de 1000x (Imersão em óleo).

Cowell, RL; Denicolla, DB. Diagnóstico Citológico e Hematologia, 3 ª. Edição, São Paulo: MedVet, 2009. p.444.

STOCKHAM, D. L.; SCOTT, M.A. Fundamentos de patologia clínica veterinária. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2011. p.719.

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Raqueli Teresinha França1*, Bruna Spadotto11Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Caxias do Sul

*E-mail: [email protected]

CORPÚSCULO DE KURLOFF EM PORQUINHO DA ÍNDIA

Células de Kurloff em esfregaço sanguíneo de um porquinho da índia, fêmea, de um ano de idade. A célula de Kurloff é um leucócito mononuclear especializado, que contém no seu citoplasma inclusão granular a fibrilar composta por mucopolissacarídeo. A inclusão está dentro de um vacúolo intracitoplasmático que desloca o núcleo da célula para uma das extremidades. A origem e a função exata dessas células são desconhecidas, embora tenha sido especulado que elas possam funcionar como células assassinas (Natural killers) na circulação ou serem protetoras de antígeno fetal na placenta.

Área: Hematologia

Palavras-chave: corpúsculo de kurloff, porquinho da índia, citologia

Detalhes técnicos: Microscópio Binocular Nikon Eclipse E200 LED, Coloração de Romanowsky, 1000x.

Weiss DJ, Wardrop KJ. 2010. Schalm’s Veterinary Hematology. 6. ed. Ames: Wiley-Blackwell, p.1232.

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Jéssica Cristianne Mazer Bernardi¹*, Camila Maria Coutinho Moura¹, Francisco de Assis Leite Souza¹¹Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco

*E-mail: [email protected]

Anaplasma platys EM FELINO DOMÉSTICO

Presença de inclusão basofílica (mórula) no interior da plaqueta de um felino doméstico, fêmea, sem raça definida, 2 anos, compatível com Anaplasma platys. O hemograma foi realizado através de contador automático PocH-100iV Diff (Sysmex, Roche Diagnóstica), e a contagem de leucócitos totais foi de 11.100 x10³/µL. Na contagem diferencial houve linfopenia com o seguinte diferencial: linfócitos 2% (222/µL), eosinófilos 1% (111/µL), neutrófilos 96% (10.656/µL) e monócitos 1% (111/µL). A série vermelha encontrava-se dentro do intervalo de referência para a espécie (hematócrito: 29%), assim como a contagem de plaquetas (345.000/μL) e dosagem de proteínas plasmáticas totais (6,2 g/dL). No Brasil, os hemoparasitos de gatos são pouco conhecidos, principalmente devido aos sinais clínicos inespecíficos e a ausência de alterações relevantes no hemograma, o que reforça a importância da avaliação microscópica do esfregaço sanguíneo.

Área: Parasitologia

Palavras-chave: Inclusão, anaplasmose, gato, esfregaço.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Leica DM500, Coloração de Romanowsky, 1000x (imersão em óleo).

Referências: Correa ES, Paludo JR, Scalon MC. et al. 2011. Investigação molecular de Ehrlichia spp. e Anaplasma platys em felinos domésticos: alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas. Pesquisa Veterinária Brasileira. 31(10):899-909. 

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Jéssica Cristianne Mazer Bernardi¹*, Camila Maria Coutinho Moura¹, Francisco de Assis Leite Souza¹¹Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco

*E-mail: [email protected]

DIAGNÓSTICO DE MASTOCITOMA SISTÊMICO EM UM CÃO ATRAVES DA

ANÁLISE DA EFUSÃO PERITONEAL

Na presente imagem, proveniente da análise do líquido peritoneal de um canino, fêmea, SRD, é evidenciado grande quantidade de células redondas com núcleos esféricos localizados centralmente, com quantidade moderada de citoplasma contendo pequenos grânulos metacromáticos, compatíveis com mastócitos, além de neutrófilos, macrófagos e hemácias. Este líquido foi classificado como efusão neoplásica devido à presença dessas células na análise citológica, como também pela contagem total de células nucleadas (6.980 células/mL) e proteína total (2,4 g/dL). Os exames radiográfico e ultrassonográfico revelaram uma massa em intestino e nódulos nos pulmões, o que demonstra o comportamento sistêmico da neoplasia. Mastocitoma é uma neoplasia comum em cães, podendo ser localizado ou disseminado, acometendo baço, fígado, intestino e medula óssea. No interior de cavidades podem causar efusões e esfoliar mastócitos para o local, demonstrando a importância da análise do líquido livre na cavidade.

Área: Líquidos

Palavras-chave: Efusão, mastócitos, neoplasia, cão, citologia.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Leica DM500, Coloração de Romanowsky, 400x.

Medina Pinho R. 2014. Mastocitose sistêmica em um cão – relato de caso. 31f. Santa Maria, RS. Monografia (Especialização em Patologia Clínica Veterinária) – Programa de Residência Médico-Veterinária, Universidade Federal de Santa Maria.

Raskin RE, Meyer DJ. 2011. Citologia clínica de cães e gatos: atlas colorido e guia de interpretação. Elsevier, Rio de Janeiro, p. 472.

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Adelly Caroline Mota*Cell Lab – Laboratório Veterinário

*Email: [email protected]

DIAGNÓSTICO DE DEMODICOSE GENERALIZADA EM CÃO

Raspado cutâneo profundo com presença de ácaros adultos, larvas, ninfas e ovos, proveniente de cão da raça Pug, cinco meses de idade. O paciente em questão apresentava alopecia multifocal, pápulas com crostas e descamações nas regiões de cabeça, pescoço e membros. O ácaro demodex faz parte da microbiota normal da pele canina, contudo alguns fatores, como dieta inadequada, estresse, alterações endócrinas, imunossupressão medicamentosa e algumas doenças, podem predispor a maior proliferação deste microrganismo e, consequentemente, ao aparecimento de lesões de pele, que por sua vez podem piorar devido infecções bacterianas secundárias.

Palavras-chave: Ácaros, dermatopatias, prurido.

Área: Dermatologia, parasitologia.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Nikon E-200, 400 x, filtro azul.

Hnilica, K.A; Patterson, A.P, 2018. Dermatologia de pequenos animais. 4 Ed. Ed. Elsevier, p. 135-145.

Rodrigues, R.D; Souza R.R; Silva, M.V.A; Toledo, J.C. Demodicose canina: relato de caso. PUBVET, Londrina, V. 6, N. 7, Ed.194, Art. 1304, 2012.

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Bianca de Fátima Dallo¹, Marla Schneider¹, Fernanda Bernardo Cripa¹, Luciana Pereira Machado¹¹Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, Chapecó – SC, Brasil.

*Email: [email protected]

FORMA AMASTIGOTA DE LEISHMANIA spp EM NEUTRÓFILO CIRCULANTE DE SANGUE

DE HEMOGRAMA EM CÃO

Presença de sete formas amastigotas de Leishmania spp em neutrófilo de cão. A leishmaniose é uma zoonose e o diagnóstico é feito pela observação de formas amastigotas, em citologia de pele, aspirado de medula óssea ou linfonodos. O paciente é de área endêmica, apresentou epistaxe e secreção purulenta periocular. Hemograma realizado em contador automático de células (Bio–2900 Vet–BioeasyDiagnostical) revelou severa leucopenia (1.800/µL), impossibilitando a contagem diferencial, hemácias 1,68x106/µL, hemoglobina 3,0g/dL, hematócrito 11%, evidenciando anemia normocítica hipocrômica. Discreta redução de proteínas plasmáticas totais (5,8g/dL) e intensa trombocitopenia (29.000/µL). Na avaliação morfológica foram observadas hemácias em rouleaux, linfócitos reativos, raros metarrubrícitos policromáticos e neutrófilos bastonetes. Devido à pancitopenia foi confeccionada lâmina de capa de leucócitos, corada em panótico rápido e observados neutrófilos contendo formas amastigotas de Leishmania spp.

Assunto: Hematologia

Palavra-chave: Leishmaniose, Hemograma, Amastigota.

Detalhes técnicos: Smartphone LG G5 (câmera 16Mp-2560 x 1440 pixels), Microscopia óptica-Olympus CX22LED, Coloração Romanowsky, 1000x (Imersão em Óleo).

MENDONÇA IL, BATISTA JF, SCHALLIG H, et al. 2017. The performance of serological tests for Leishmania infantum infection screening in dogs depends on the prevalence of the disease. Journal of the São Paulo Institute of Tropical Medicine. 59 (39): 1-10.

OLIVEIRA VVG, RAMOS RAN, RAMOS CAN, et al. 2017. Molecular evidence of early vertical transmission of Leishmania (Leishmania) infantum in a dog. Ciência Rural. 47(1): 1-4.

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Verônica C. de O. Aguilera¹*; Douglas Porto Pereira Gomes; Andresa Guimarães1; Cristiane Divan Baldani1; Heloisa Justen Moreira de Souza2

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); 2Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

*E-mail: [email protected]

CAPILARIOSE EM FELINO DOMÉSTICO

Exame de sedimento urinário (EAS) de um felino, fêmea, SRD, 7 anos onde notou-se hematúria intensa, raros leucócitos e presença de grande número de ovos incolores, bioperculados, não embrionados compatíveis com Capillaria sp. A Capillaria sp. é um nematóide parasita de vesícula urinária de diversos carnívoros, entre eles os felinos domésticos, de rara ocorrência no Brasil. As fêmeas depositam seus ovos na bexiga urinária e estes são eliminados na urina durante a micção, se desenvolvendo no ambiente. A contaminação dos animais ocorre a partir da ingestão das larvas presente em alimentos ou água. Seu diagnóstico é realizado a partir do exame de sedimento urinário (EAS) onde é possível observar a presença dos ovos do parasita.

Área: Parasitologia.

Palavra-chave: Capillaria sp., EAS, felino.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica E200 LED Nikon, 400x.

Pagnoncelli, M et al. Capillaria sp. in a cat. Acta Scientiae Veterinariae, v. 39, n. 3, 2011.

Inforzato, G R; Santos, W. R. M.; Neves, M. F. . Capilariose em gatos. Revista Eletrônica de Medicina Veterinária, v. 7, n. 12, p. 75-78, 2009.

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Adelly Caroline Mota*Cell Lab – Laboratório Veterinário

*Email: [email protected]

DIAGNÓSTICO CITOLÓGICO DE ESPOROTRICOSE FELINA

Diagnóstico citológico de esporotricose em felino doméstico, SRD, adulto e que possuía acesso à rua. O paciente apresentava lesões cutâneas ulceradas e que drenava secreção purulenta nas regiões da cabeça, porção distal dos membros e na base da cauda. Durante consulta, foi solicitado análise citológica por meio de imprint das lesões. Na microscopia foram visualizadas estruturas pleomórficas, com formato redondo a oval ou fusiformes (forma de charuto), apresentando um halo fino claro ao redor de um centro basofílico, no meio intra e extracelular, corroborando com o diagnóstico. A esporotricose é uma doença fúngica zoonótica causada pelo Sporothrix schenkii e que acomete várias espécies, sendo o gato, o animal mais acometido. A prevalência desta doença vem aumentado nos últimos anos, principalmente no estado do Rio de Janeiro.

Palavras-chave: Fungo, gatos, zoonose.

Área: Dermatologia, citopatologia.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Nikon E-200, 1000 x (imersão), filtro azul, panótico rápido.

Bazzi, T, Melo, S.M.P, Fighera, R.A, Kommers, G.D. 2016. Características clínico-epidemiológicas, histomorfológicas e histoquímicas da esporotricose felina. Pesquisa Veterinária Brasileira 36(4):303-311.

Hnilica, K.A; Patterson, A.P, 2018. Dermatologia de pequenos animais. 4 Ed. Ed. Elsevier, p. 121-122.

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Verônica C. de O. Aguilera¹*; Naiara Vidal Stocco1; Ágatha F. Xavier de Oliveira1; Andresa Guimarães1; Cristiane Divan Baldani1;

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária –Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

*Email: [email protected]

EFUSÃO SÉPTICA EM CÃO

Análise microscópica de fluido cavitário de cão onde observou-se hipercelularidade com 55.100céls/µl células nucleadas, composta por 75% de neutrófilos segmentados, 17% de macrófagos e 8% de linfócitos. Os neutrófilos segmentados apresentaram-se em sua maioria tóxicos e com bactérias intracelulares e os macrófagos ativados com intensa vacuolização citoplasmática, realizando eritrogacocitose e leucofagocitose. Também se observaram hemácias, bactérias e células mesoteliais reativas, tendo como diagnóstico exsudato séptico. Os exsudatos sépticos se diferem dos não-sépticos pela presença de bactérias que muitas vezes estão sendo fagocitadas. Os exsudatos se formam pelo aumento da permeabilidade capilar secundária a inflamação e aos seus estímulos quimiotáticos, resultando em um acumulo de líquido com elevadas concentrações de células nucleadas e concentração de proteínas em cavidades.

Área: Líquidos.

Palavra-chave: Séptico, Exsudato, Cão.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica E200 LED Nikon, 1000x, Coloração Romanowsky, Óleo de imersão.

Pereira, R. L. Uso da avaliação laboratorial de efusões peritoneais como ferramenta auxiliar à clínica. 2006.

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Raqueli Teresinha França1*, Bruna Spadotto11Curso de Medicina Veterinária, Universidade de Caxias do Sul

*E-mail: [email protected]

PLASMOCITOMA CANINO

Amostra citológica composta por plasmócitos em um cão, Shih Tzu, 12 anos, fêmea. A tutora relatou o surgimento de um nódulo pequeno no abdômen há mais de três meses. A coleta foi feita através de citologia por agulha fina, e a amostra foi corada com corante do tipo Romanowsky. Os plasmocitomas são caracterizados por uma população monomórfica de plasmócitos com ocasionais células binucleadas ou multinucleadas. Eles produzem células que se assemelham a plasmócitos normais, porém núcleos redondos cercados por uma quantidade moderada de citoplasma muito basofílico, distinguem as células. Ainda, anisocitose, anisocariose, e variação na relação núcleo:citoplasma pode ser evidente. Os plasmocitomas cutâneos são tipicamente benignos.

Área: Citopatologia

Palavras-chave: Plasmocitoma, citologia, nódulo.

Detalhes técnicos: Microscópio Binocular Nikon Eclipse E200 LED, objetiva de 100x.

Valenciano AC, Cowell RL. 2014. Cowell and Tyler’s Diagnostic Citology and Hematology of the Dogs and Cat. 4. ed. Saint Louis, Editora Elsevier, p.582.

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Verônica C. de O. Aguilera¹*; Douglas Porto Pereira Gomes1; Evelyn Vieira Zanesco1; Andresa Guimarães1; Cristiane Divan Baldani1;

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

*Email: [email protected]

MICROFILÁRIA EM SEDIMENTO URINÁRIO DE CÃO

Exame de sedimento urinário (EAS) de canino onde observa-se discreta hematúria e presença de microfilárias. Animal apresentava quadro de congestão cardíaca, ascite e dispneia. Foram realizados exames de hemograma, análise de líquido cavitário e urinálise. Todos os exames realizados continham presença de microfilárias. A presença do parasita na urina provavelmente está associada a migração passiva da corrente sanguínea para os rins devido a uma doença renal pré-existente como a glomerolonefrite. A Dirofilariose causa uma expansão mesangial e espessamento da parede dos capilares, proporcionando fragilidade dos mesmos e assim permitindo a saída do parasita da corrente sanguínea para cavidade e órgãos.

Área: Parasitologia.

Palavra-chave: Microfilária., urina, Cão.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica E200 LED Nikon, 400x.

Kamiie, J. et al. Abnormal distribution of anionic sites in the glomerular basement membrane in glomerulonephritis of dogs infected with Dirofilaria immitis. Journal of Veterinary Medical Science, v. 62, n. 11, p. 1193-1195, 2001.

Inkelmann, M. A. Lesões do sistema urinário em cães. Diss. Universidade Federal de Santa Maria, 2012.

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Bianca De Fatima Dallo¹*, Luísa Miranda Girardi Galvão Santos2, Camila de Jesus Oliveira¹, Luciana Pereira Machado¹, Luiz Eduardo Vieira Leite2

¹Universidade Federal Da Fronteira Sul, Campus Realeza/PR

2Hospital de Equinos CliniLab

Email: [email protected]

METARRUBRÍCITOS EM EQUINO COM ANEMIA HEMOLÍTICA

Presença de metarrubrícitos em lâmina de esfregaço sanguíneo de equino. Animal macho, de 5 anos, diagnosticado com Babesiose. A Babesiose é uma enfermidade causada pelo protozoário Babesia sp. de grande relevância na rotina equestre pela queda de performance. A presença de metarrubrícitos em sangue periférico de equinos é rara, mesmo em anemias regenerativas O hemograma revelou contagem com o seguinte diferencial: neutrofilia (8.685/µL), desvio a esquerda (386/µL), presença de metamielócitos (1.351/µL) e linfocitose (7.913/µL). O eritrograma revelou: diminuição na contagem de hemácias (1,0x106/µL), hemoglobina (3,0g/dL), hematócrito (9%), VCM (86,5 fL), HCM (28,8 pg), CHCM (33,3g/dL), evidenciando anemia macrocítica normocrômica. As proteínas plasmáticas e fibrinogênio estavam normais (7,9g/dL; 100 mg/dL). Na avaliação morfológica relatou-se anisocitose, presença de metarrubrícitos e estruturas compatíveis com Babesia sp. Diagnóstico definitivo: anemia hemolítica.

Assunto: Hematologia

Palavra-chave: Eritrócitos nucleados, anemia regenerativa, Hemograma, Equinos.

Detalhes técnicos: Smartphone iPhone 5S (câmera 8Mp- 3264x2448  pixels), Microscopia óptica-Bioval 1600BA, Coloração Romanowsky, 400 x.

Raquel M. Equine Clinical Pathology. 1ª ed. Cap.2: Equine Hematology.

THOMASSIAN, A. Nutaliose (babesiose equina). Enfermidades dos Cavalos, p.76, 2005.

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Ágatha Ferreira Xavier de Oliveira1*; Naiara Vidal Stocco1; Veronica Cristina de

Oliveira Aguilera1; Andresa Guimarães1; Cristiane Divan Baldani1

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Email: [email protected]

GRANDE CILINDRO CÉREO-GRANULOSO EM CÃO

Os cilindros são estruturas microscópicas que se formam no lúmen dos túbulos distais e ductos coletores dos rins, através da precipitação de mucoproteínas secretadas pelas células epiteliais tubulares renais. Debris celulares podem se aderir aos cilindros, antes ditos hialinos, e estes tornam-se cilindros granulares. Em fases mais crônicas, os cilindros granulares se deterioram e formam os cilindros céreos, que se caracterizam por extremidades quebradiças e irregulares. O aumento da formação destas estruturas é favorecido quando o fluxo renal está diminuído, quando há uma elevada concentração urinária (concentração de sais) e pH baixo. Na literatura é descrito que durante a centrifugação da urina, utilizada na análise de sedimentos urinários, pode haver uma fragmentação destas estruturas. No presente estudo, foi observado um grande cilindro céreo-granuloso, juntamente com algumas gotículas de gordura oriundos da urina de um cão, SRD, adulto, com injúria renal aguda.

Área: Urinálise.

Palavras-chave: cilindrúria, canino, mucoproteína.

Detalhes técnicos: Microscopia óptica E200 LED Nikon, 400x.

Haber, Meryl H. Sedimento Urinário: Um Atlas de Livros Didáticos. Sociedade Americana de Patologistas Clínicos. Chicago, 1981.

WU, X. Urinalysis: a review of methods and procedures. Crit Care Nurs Clin N Am, v. 22, p 121-128, 2010.

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Naiara Vidal Stocco1*; Ágatha Ferreira Xavier de Oliveira1; Veronica Cristina de

Oliveira Aguilera1; Evelyn Vieira Zanesco1; Carlos Henrique Machado1

1Laboratório de Patologia Clínica Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

*Email: [email protected]

HEMOGREGARINA EM JIBÓIA (BOA CONSTRICTOR).

Eritrócito parasitado com hemogregarina (seta) em serpente (Boa constrictor), sem histórico, resgatada pelo centro de triagem. Hemogregarina é um termo utilizado para descrever coletivamente parasitos sanguíneos pertencentes às subordens Adeleiina e Eimeriina do Filo Apicomplexa (Levine et al. 1980). Para determinar o gênero, depende da natureza do desenvolvimento esporogônico no vetor, deste modo chamou-se de hemogregarina os parasitas observados no esfregaço sanguíneo, visto que, não foi observado o ciclo biológico do mesmo.

Área: Hematologia.

Plavras-chave: hemogregarina, Boa constrictor constrictor, esfregaço sanguíneo.

Detalhes técnicos: Kit de coloração rápida, 1000x.

Desser S.S., Hong H. & Martins D.S. 1995. The life history, ultrastructure, and experimental transmission of Hepatozoon catesbianae  n. comb., an apicomplexan parasite on the bullfrog,  Rana  catesbeiana and the mosquito, Culex territans in Algoquin Park, Ontário. J. Parasitol. 81:212-222.

Levine N.D., Corliss J.O., Cox F.E.G., Deroux G., Grain J., Honigberg B.M., Leedale G.F., Loeblich A.R., Lom J., Lynn D., Merinfeld E.G., Page F.C., Poljandky G., Sprague V., Vavra J. & Wallace F.G. 1980. A newly revised classification of the Protozoa. J. Protozool. 27:37-58. 

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Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Amanda Bizare¹*, Fernanda Martinato¹, Patrícia Jábali Bueno¹, Michelly Fernandes de Macedo², Aureo Evangelista Santana¹

¹Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal-SP. ²Universidade Federal Rural do Se-mi-Árido – UFERSA, Mossoró – RN.

*E-mail: [email protected]

FLAME-CELL EM PLASMOCITOMA EXTRAMEDULAR CANINO

Os plasmocitomas extramedulares são neoplasias predominantemente cutâneas e originárias de plasmócitos. Os plasmócitos possuem núcleo excêntrico e arredondado, citoplasma levemente amplo que em algumas células podem ter uma coloração de tonalidade avermelhada e limites endentados na periferia celular. A coloração particular é por conta do acúmulo de imunoglobulinas e essas células são denominadas“flame cells” (seta branca) ou células em chamas. Na imagem também se observa matriz extracelular eosinofílica, formada por imunoglobulinas de cadeia leve. Celularidade oriunda de nódulo cutâneo na região cervical em cão sem raça definida.

Área: Citopatologia.

Palavras – chave: cães, citologia, plasmócito.

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Nikon eclipse E200, microscopia óptica de imersão (aumento de 100x), coloração de Rosenfeld.

Cowell R.L., Tyler R.D., Meinkoth J.H., DeNicola D.B. 2009. Diagnóstico Citológico e Hematologia de Cães e Gatos. 3ª edição, MedVet, São Paulo, p. 30-31.

MAJZOUB, M.; BREUER, W.; PLATZ, S.J. 2003. Histopathologic and immunophenotypic characterization of extramedullary plasmocytomas in nine cats. Veterinary Pathology, 40(3).

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Amanda Bizare¹*, Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Fernanda Martinato¹, Michelly Fernandes de Macedo², Helena Cristina Delgado Brito¹, Aureo Evangelista Santana¹

¹Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal-SP, ²Universidade Federal Rural do Se-mi-Árido – UFERSA, Mossoró – RN.

*E-mail: [email protected]

CRISTAIS DE BIURATO DE AMÔNIO EM URINA DE CÃO

Na imagem podemos observar os cristais de biurato de amônio em um canino, macho, de 11 meses de idade, sem raça definida, diagnosticado com shunt portossistêmico congênito. Os cristais apresentam coloração escura, formato arredondado, com pequenas protusões pontiagudas e são encontrados quando ocorre diminuição da conversão de amônia em ureia e o excesso de amônia propicia a formação desses cristais. Os desvios portossistêmicos congênitos são comunicações vasculares entre o sistema venoso portal e sistêmico, que permitem acesso do sangue portal à circulação sistêmica, sem que primeiro ocorra sua passagem pelo fígado. (ETTINGER & FELDMAN, 2005).

Área: Urinálise.

Palavras – chave: cão, shunt portossistêmico, sedimento urinário.

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Nikon eclipse E200, microscopia óptica de 40x.

ETTINGER, S.J.; FELDMAN, A. Tratado de Medicina Interna Veterinária, 4. ed., São Paulo: Manole, 2005, v. 2, 1857-1868p.

THRALL, M. A.; WEISER, G., ALLISON, R. W.; CAMPBELL, T. W. 2015. Hematologia e Bioquímica Clínica Veterinária. 2ª ed., Editora Rocca LTDA, 700-707p.

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Amanda Bizare¹*, Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Fernanda Martinato¹, Michelly Fernandes de Macedo², Helena Cristina Delgado Brito¹, Aureo Evangelista Santana¹

1Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, ²Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFER-SA, Mossoró – RN.

*E-mail: [email protected]

INCLUSÃO VIRAL EM HEMÁCIAS DE CÃO

Os Corpúsculos de Lentz (setas) são inclusões virais relacionadas ao vírus da cinomose (CDV), são discretamente basofílicas e podem estar presentes dentro dos eritrócitos e leucócitos na fase virêmica da infecção, a qual acontece a replicação do vírus no sangue periférico. O CDV é um Morbilivírus da família Paramyxoviridae, responsável por causar a doença viral com a segunda maior taxa de mortalidade em cães. A observação de Corpúsculos de Lentz é uma das formas de diagnóstico para doença, contudo, devido a curta fase de viremia, as inclusões raramente são visualizadas na rotina hematológica.

Área: Hematologia

Palavras-chave: cinomose, corpúsculo de Lentz, sangue periférico

Detalhes técnicos: visualização no microscópio óptico Nikon eclipse E200, imersão (aumento de 100x), coloração Rosenfeld.

De Souza Almeida M, TEIXEIRA MN, RÊGO EW. Visualização de Inclusão Viral em Hemácias–Relato de Caso. IX Jornada de Pesquisa, Ensino e Extensão – JEPEX. Recife, Brasil, 2009.

Silva ING, Guedes MIF, Rocha MFG. et al. 2005. Perfil hematológico e avaliação eletroforética das proteínas séricas de cães com cinomose. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. 57 (1): 136-139.

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Patrícia Jábali Bueno¹, Amanda Bizare¹*, Fernanda Martinato¹, Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Jéssica Rodrigues de Oliveira¹, Aureo Evangelista Santana¹

¹Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal-SP

²Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG.

*E-mail: [email protected]

CITOLOGIA DE EFUSÃO PLEURAL NEOPLÁSICA DE ORIGEM EPITELIAL

O derrame pleural neoplásico é uma complicação frequente nos pacientes oncológicos. A descoberta de células malignas no líquido pleural ou na biópsia da pleura parietal significa disseminação ou progressão da doença primária e redução da expectativa de vida de cães com câncer. A imagem em tela trata-se de uma efusão pleural de um cão, boxer, fêmea, de 10 anos de idade diagnosticado pela histopatologia com carcinoma tubular grau III e metástase pulmonar. Observa-se também na figura alta celularidade, com padrão de células epiteliais e características de malignidade como: célula binucleada (seta preta), vesiculações citoplasmáticas (seta branca) e pleomorfismo celular.

Área: Líquidos.

Palavras – chave: cães, líquido torácico, neoplasia epitelial.

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Nikon eclipse E200, microscopia óptica de imersão (aumento de 100x), coloração: Panótico rápido. Preparo da lâmina por “squash”.

GRANDI, F.; BESERRA, H. E. O.; COSTA, L. D. Citopatologia Veterinária Diagnóstica. 2014. Editora MedVet LTDA, São Paulo, p. 59.

TEIXEIRA, L. R.; PINTO, J. A. F; E, MARCHI. Derrame pleural neoplásico. 2006. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 32(4), p. 183-189.

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Marcelo Fabián Ruiz1*, Nathan da Rocha Neves Cruz2, Jonatan Jaime1, Rossana Zimmermann1, Fabián Aguirre1, Martín Allassia1

1Laboratorio de Análisis Clínicos, Hospital de Salud Animal, Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional del Litoral. 3Facultad de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidad Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal.

*Email: [email protected]

TRYPANOSOMA VIVAX EM BOVINO LEITEIRO E DE CORTE NA REGIÃO DE

SANTA FÉ, ARGENTINA

Trypanosoma vivax é o parasita de grande relevância em animais ungulados silvestres e domésticos (bovinos, búfalos, cabras e ovelhas). Na Argentina foi reportada pela primeira vez em bovinos na região de Formosa, ademais nas regiões de Chaco e mais recentemente na região de Córdoba. A fotografia corresponde a cacos que ocorreram em granjas de bovinos (leite e corte) ao centro-norte da região de Santa Fe. Morfologicamente foram classificados como T. vivax, com tripomastigotas ligeiramente pleomórficos: finas ou amplas Observa-se claramente o cinetoplasto e o núcleo, que auxiliam na diferenciação morfométricas em relação à espécie T. evansi, sendo este mais delgado com cinetoplasto pouco evidente e membrana ondulante evidenciada.

Área: Parasitologia

Palavras-chaves: Trypanosma vivax, Bovinos, Santa Fe, Argentina.

Boeco 300/I/SP, Detalhes técnicos: Microscopia óptica,1000X, Filtro azul.

Chávez, E.O.; González R.A.; Perrone, T.M.; Tejero, F.A. M5. 2007. Trypanosoma vivax: Bometría y eritrometría en infecciones experimentales. INHRR 38 (2).

Filipetti, H.C.; Magnano, G.G.; Macio, M.N.; Fernández, J.; Macias, A.F.; Yoma, G. 2016. Descripción de un caso de tripanosomiasis bovina en un tambo. Rev. Méd. Vet. 97 (3)46

Monzón, C.M.; Mancebo, O.A.; Gimenez, J.M.; Russo, A.M. 2013. Evolución de la Trypanosomosis bovina por Trypanosoma vivax en Formosa (argentina). Años 2007-2012 y su potencial dispersión en el país. Rev. Ibero-Latinoam. Parasitol. 72 (1) 38-44.

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Marcelo Fabián Ruiz1*, Santiago von der Thüsen 1,2, Rossana Zimmermann1 , Fabián Aguirre1, Antonio Sciabarrassi2, Nathan da Rocha Neves Cruz3

1Laboratorio de Análisis Clínicos, Hospital de Salud Animal, Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional del Litoral. 2Estación Zoológica Experimental La Esmeralda, Ministerio de la Producción Provincia de Santa Fe. 3Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Uni-

versidade Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal.

*Email: [email protected]

BERTIELLOSIS EM BUGIO-PRETO (Alouatta caraya)

A bertielose é uma parasitose produzida pelo cestoda Bertiella spp. (Fam: Anoplocephalidae) que tem nos primatas não humanos hospedeiros definitivos. A imagem acima está relacionada a um achado em exame coproparasitológico em adultos de Aluotta caraya pertencente a um centro de conservação e reabilitação de fauna silvestre na cidade de Santa Fe (Argentina). Na visualização microscópica das fezes podem-se observar inúmeros ovos de forma ligeiramente oval com medidas de 45.25 x 33,7 μm, com casca grossa e cujo interior observa-se um aparato piriforme característico de cestoda anoplocefálido Bertiella spp (seta: a 100x; b 400x, c 1000x). O parasita é de interesse zoonótico, que reforça a importância de monitoração das populações de macacos que tem contato direto e estreito com seres humanos.

Área: Parasitologia

Palavras-chaves: Bertiella spp., Alouatta caraya, Santa Fe, Argentina

Detalhes técnicos: Microscopia óptica Boeco 300/I/SP, sem coloração, 100x, 400x y 1000X, Filtro azul.

Gómez Puerta, L.A.; López Urbina, M.T. González, A.E. 2009. Occurrence of tapeworm Bertiella mucronata (Cestoda:Anoplocephalidae) in the Titi monkey Callicebus oenanthe from Peru:New definitive host and geographical record. Veterinary Parasitology. 163: 161-163

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investigação, 17(6): 01-33, 2018

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Marcelo Fabián Ruiz1*, Nathan da Rocha Neves Cruz2, Fabián Aguirre1, Rossana Zimmermann1, Antonio Sciabarrassi3

1Laboratorio de Análisis Clínicos, Hospital de Salud Animal, Facultad de Ciencias Veterinarias, Universidad Nacional del Litoral. ²Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Câmpus Jaboticabal. 3Estación Zoológica Experimental La Esmeralda, Minis-

terio de la Producción Provincia de Santa Fe.

*Email: [email protected]

CISTINÚRIA EM LOBO-GUARÁ (Chrysocyon brachyurus)

A cistinúria é uma enfermidade metabólica de alta predisposição hereditária, que se apresenta com cristalúria podendo ocasionar urolitíase. A imagem acima é de lobo-guará, macho, 12 anos de idade, aprendido na localidade de Matilde (Santa Fe, Argentina). Para avaliar o estado sanitário foram solicitadas várias análises laboratoriais, dentre elas, urinálise para pesquisa de D. renale. O sedimentoscopia evidenciou regular quantidade de eritrócitos, raros leucócitos, quantidade regular de células do epitélio de transição e grande quantidade de cristais de cistina (setas). Ao exame ultrassonográfico não foi demonstrada a presença de cálculos. A cistinúria é frequente em lobos-guarás mantidos em cativeiro. Na Argentina, tem se registrado o caso que uma fêmea com presença de cristal de cistina e microlitíase vesical¹. A presente descrição faz-se relevante já que contribui para o conhecimento das patologias que podem afetar esta espécie que está ameaça de extinção.

Área: Urianálise

Palavras-chaves: Cistinuria, Chrysocyon branchyurus, Argentina

Boeco 300/I/SP, Detalhes técnicos: Microscopia óptica 400x, Filtro azul.

¹Orosco, M.M.; González Ciccia, P.; Soler, L. 2015. El aguará guazú en la Argentina. CEBBAD. Bs As, Argentina

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investigação, 17(6): 01-33, 2018

Amanda Bizare¹*, Karen Santos Março², Fernanda Martinato¹, Patrícia Jábali Bueno¹, Nathan da Rocha Neves Cruz¹, Aureo Evangelista Santana¹

¹Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias. Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal-SP

²Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG.

*E-mail: [email protected]

METÁSTASE DE MASTOCITOMA EM MEDULA ÓSSEA

O tumor de mastócitos, ou mastocitoma, é uma das neoplasias cutâneas malignas mais frequentes no cão, sendo mais agressiva nesta espécie quando comparada a outras. Ocorre principalmente em animais de meia-idade ou mais velhos, acima de 8 anos. A foto trata-se de uma punção biopsia aspirativa de medula óssea, retirada do esterno, de um cão de 15 anos, SRD, fêmea, sem raça definida com infiltrado de mastócitos presente em todos os campos. Ao exame físico o animal apresentava linfonodos submandibulares aumentados, firmes e com perda de mobilidade, massa rósea atingindo a região de palato duro e nódulo firme na terceira mama da cadeia direita de aproximadamente 1 cm de diâmetro.

Área: Hematologia.

Palavras – chave: cães, citologia, mastócito, mielograma.

Detalhes técnicos: Microscópio óptico Nikon eclipse E200, microscopia óptica de imersão (aumento de 100x), coloração May-Grunwald-Giemsa.

GOVIER, S.M. Principles of treatment for mast cell tumors. Clinical Techniques in Small Animal Practices. 2003. 18 (2), p.103-106.

SASAI, K. et al. Monoclonal antibodies for the diagnosis of canine mastocytoma. 2007. Hybridoma, 26 (3), p.162-167.