2-5_25aula maffesoli

16
No fundo das I'ItI.. apar anuras ~ + OlES

Upload: disciplinasmararubia

Post on 06-Apr-2018

231 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 1/16

N o f u n d o dI'ItI..

apar anur

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 2/16

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 3/16

1) A identidade incerta

Ua lugares comuns que nao e born questionar, soncometer urn crime de lesa-majestade.O lndivid

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 4/16

Eis constatacoes empiricas. Mas sao situaooes, manifes-

tacoes, casos de experiencias que sao vividos sem que se

preste atoncao a eles. Determinam urn ambiente especifico

que a iniciativa intelectual nao tern por habito considerar como

"objeto" a estudar. Pode ate ser considerado frivolo ligar -se a

ele E, no entanto, todos esses elementos sublinham bern a

saturacao de uma identidade estavel eqarantida por simesma

No decorrer desse livro, analisei alguns desses elementos. Osque me pareciam mais tipicos: 0 prazer dos sentidos, 0 reino

da aparsncia, a barroquizacao do mundo social, a naturaliza-

Q8 .0 da cultura, a preqnancia da imagem. 0 fio da meada que

os une e mesmo-odeslize ·progressivo da identidade em

direcao a identit icacao Isso posto, trata-se de urn processo

Dai, mesmo quando.se esta consciente do problema, a difieul-

dade de delimitar seus contornos. Ele e proteiforme, fugidio,

complexo. Suas manitestacoes sao estruturalmente ambiguas;

de urn lado, na sua pratica, sao alternativas, anunciam 0 que

esta nascendo; do outro, na sua verbalizaoao, podem fazerreferencia a representacao quetern a sua disposicao..« que

empregam sem se preocupar multo com a coerencia. Assim,

uma explosao estudantil, uma greve surpresa nesse ou naque-

le meio profissional van utilizar urn conjunto de reivindicacoes

racionais e tuncionalistas, enquanto a preocupacao essencial

a, tao difundida,

evidencn, falar

litica ou da mes

que essa aborda

ticas e as formas

na analise, a ne

mostracao simila

vorecem a redunnebulosa da ide

sabe-se, urna da

tern, para retom

-vafias"lTQoes"-:--C

ou uma etapa num

de urn cornunto

e a totalidade da

holoqrarnatica, dconcreto que esta

Pode-se parti

tempos, perceptiv

morias ou os ens

Acontece 0 mes

procura, na sua

suas diversas prcd

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 5/16

na. eada urn, para existir, conta-se uma historia. Eo que ~os

ensina a observacao empirica, e 0 que ressaltam tambem

abordagens eruditas, tais como as das histories de vida ou da

etnometodoloqia. Em cada urn desses 'cases, ve-se bern que

oeu s6 euma fragi! construcao, ele nao tern substancia

propria, mas se produz atraves das situacoes e das experien-

cias que a moldam num perpetuo jogo de eseonde-esconde.

A imagem 8 talvez u r n pouco forte, mas sera que nao i:ustra

as multiples mudancas que constituem urn mesmo mdividuo?

Por urn lado, no decorrer de uma mesma existencia, cadaum

vezes. es,

rovolucoos. inumeros sao os termos que traduze,m essas

mudancas. E elas afetam sua aparencia fisica, de InICIO,mas

tarnbem suas representacoes, suas relacoes amicais ou amo-

rosas, sern falar de sua vida profissionaL Quando empregamos

uma expressao comum do tipo "fulano nao 8 mais 0 que era",

aonde foi 0 conceito de identidade?Do outro lado, num tempo

"x" de sua existencia, esse mesmo individuo e raramentehomoqeneo asi proprio. Para urn sera de um~odo publico que

desempenhara uma multiplicidade de personagens, sequndo 08

luqares, as ocupacoes, a vizinhan¢a do momenta. P~ra 0 outro,

sera demodo seeretoou dissirnulado que ele efetuara a mesma

mudanca de pele. Paraesse ultimo, er:tim, seta pato~ogic~mente

que vai viver-a clivaqern do eU;'a esquizotrenia sera, entao, ,seu

pode ser defini

estabelece com

outros individuo

situaQoes, das o

co importa. Em

o sujeito e aimcomposite e com

E certo que'

de Parrnenidos, v

circulo do mesmo

"gelada" na subje

e precise notar qu

o sujeito deve co

lecido. E , alias, a

normativa, do mu

se.Em outras pal

aquilo, que 0 indiv

seja a tendenoia

premissas, trata-se

compensa<;:ao, ins

te urn outro modo

partir do outro, ou

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 6/16

de oxpenencia que, antes de todo 0 conceito preestabe18cido,

constatam que 0 "eu" e feito pelo outro, em todas as mOdula-

coes que se pode dar a essa alteridade Esse outre podera

ser

Deus, a familia, a tr ibo, 0 grupo de amigos, e, e claro, como

ja disse, esses "outros" que pululam em film

Depois desses tres niveis, ampliemos a analiseinted rando

a sociedade. Ainda ai, ha uma evidencia parmenidiElUa da

identidade. Essa fortaleceu-se, em particular, durante a mo-

dernidade, e culmina na "carteira" do mesmo nome, que faz

de cada individuo uma entidade tendo urn nome, urn sexo,

ern ene.ere9G~e-uma profissao. Alern disso,_ele_8_cidaO-§Q__Qe

urn pais, tendo assim sua domarcacao definitiva pode-se

mostrar (N Elias, M Foucault) que se trata de uma "civiliza-

Qao dos costumes", de origem, em resume. recente, pelo

menos na forma bern tipica que podemos observar hoje em

dia. E , em todo caso, uma das caracteristicas da tr9-diQao

ocidental. E essa remissao a domicilio que foi a causcrefeito

do individualismo, encontrando sua expressao acabg.da no

contrato social, a partir do qual se continuam a pensar nossas

sociedades. De fat0, todo 0 pensamento social fundamentou-

se nessa visao juridica e psico16gica de um ind1viduo senhor

de si, associado contratualmente com outros individuOspara

construir a vida social. Assim, como tive a ocasiao de dgmons

-

1ugare~, conjuntos

do pivo da identida

alguns exemplos b

lizo-os como tantas

nos. ajudar a pensa

ASSlm, sem entrar

estruturas do paren

do pal no sentido, f

de pouca irnportanc

muitos exemplos n

_ de uma m~Q~adult

a mu ~er do sogro

deixarao par lSSOd

que herda mu1her

homens: ai ainda o

marido. Acontece 0

Trata-se de fatos

vontade. Comentan

ren?a "para com a

esta carregado de

reportar a cada me

uma estrutura SOC

da Identidade vai c

os elementos d? c

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 7/16

·Pode-se aproximar isso de urn fenomeno mais recente, 0 0 que se pod

dos cultos da possessao que, mesmo tendo uma longa tradicao filos6fica e social

antropologica, conhecem urn sucesso certo, nao apenas nos a de seu suporte

paises onde estao enraizados (Africa, Brasil), mas tambem em tipica em certos m

grande numero de meqalopoles "civihzadas". Sera que e nao e urn valor un

preciso ver ai 0 resquicio de uma ordem barbara, ou a subida se Ocidente que

de uma vaga de irracionalismo, como se tern 0 costume de zada. 0 esquecim

analisar esse fato? Nao e certo. Trata-se talvez de manifesta- antropo16gica emcao paroxistica de um processo de identincacao vivido, em esta sempre pron

men or escala, em .outras situacoes consideradas normals. Para ser mais pre

Assim, por exemplo, os imciados do Candomble brasileiro individualidade d---lembram-com for<;a-quea permarri'mcia da identidade t! l ,"n'''n'''Q ___:;- - I~- - - j -Ar- i7< '5C'K-r<;

uma ilusao. Quandoda possessao, 0 iniciado vai sofrer trans- pela forma do i

tormacoes sucessivas "que vao leva-lo a uma identificac;ao... particularizada, o

comas divers as entidades que 0 naottarn". Segundo a bela conjunto mais va

formula de uma especialista, "cada pessoa e vista como os entao, a pessoa

receptaculos de uma constencao de deuses". E, para aquele cessivas. Ao ind

que assistiu a esses cultos. e evidente que essas transform a- identidade. oposcoes, em muitos aspectos inquietantes, inscrevem-se numa "indrvidualismo

loqica da oomunicacao. Elas suseitam uma forte solidariedade 0 unico, e de um

oomumtaria que se estende a todos os dorninios da vida social. "latina", privilegi

Mas, para 0 que nos ocupa aqui, tais fatos desobedecem a elenao afina mul

ideia comum, que ve na identidade urn valor permanente de da individualidade

todas as sociedades. Essa fraqilizacao une-se ao politeismo urn modo "Iorm

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 8/16

de conjunto, urn v

nocao de "identida

uniao filho-mae. do

lico''. Extrapolando

pessoa, 0 eu socia

nado pelas diversa

Essa abertura

soa de rnultiplasA bipolaridade individuo (fechado) - pessoa (aberta) deve, amplamente admit

e claro, ser compreendida como uma tendencia gera1, como consequencias. It----;Cl:lge-que-vCl:i-s§r-e-·eatlsa-€)-o-€Jf€Jite-d€)-urn_,;~€)spirtte-dG-t€Jrnpe"'--"-- .......;;.:----j·unto-so-bre-o-p-arttcrr

especifico. No caso, 0 predominio da pessoa (persona) e cor- reconhecer os out

relative a uma realidade relacional, a urn primado da ~omuni- sucessivas, em Iu

cacao. Essa podera ser de diversas ordens, encontramo-la nas cacao, pode haver

sociedades onde a dimensao religiosa desempenha urn grande pessoa. Pode-se fa

papel, QU ainda, 0 que esta bern proximo, no que diz respeito Qao com 0 si, "rela

a aptidao festiva. Encontramo-la tambem nos ambientesemo- em vez de dois: 0

cionais proprios a comunidade, e ate num pensamento politico interior" (F. Jacquque, mais pr6ximo de sua etimologia, vai favorecer a microor - solitario, de urn ind

qanizacao, seja a cidade-estado, a associacao, a comuna. de urn soliloquio

Como Solon que, afastando 0 individualismo, admite para a interior da pessoa,

cidade a satisfacao des desejos da pessoa, e isso a fim de percebe, em sua fo

conciliar 0 sentido do particular e a preocupacao da cornuni- quando Raymond

dade ..0 denominador comum de tudo isso e que nao ha urn dissociacao do eu,

pertencer, da corrospondoncia com os outros. It esse ultimo

caso que da uma grande importancia a pessoa e ao papel que

ela echamada a desempenhar na teatralidade geraL Coisas

que induzem urn jogo de mascaras de acessos imprevislveis

e de atualidade evidente.

2}As mascaras da identidade

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 9/16

d iv ers id ad e e n a s ua c o m un ic a< ;:a om o ved ic a. u rn a plural idade

d e elem e nto s n ao _ de ix am d e c o ns titu ir u rn c o nju nto o rq an ic o .

u rn c on jun to o nd e tud o s e m an tem . E nc on tra-s e ~ qU l,a m et~ -

fo ra d a "d ob ra" aplic ad a ao b arro c o, o n de 0 que e m ultiplo e,

ao m es mo tem po , 0 que tern m uito s elem en ~o s e 0 que"esta

d ob rad o d e m uitas m an eiras " (G . Deleuze)- E es sa rnultiplici-

dade do eu que perm ite c o mpreender a m upgao do afeto , a

importancie das em o co es . as loqicas d i fe re n te~ que 0 amrr :am ,

c o is as que s ao es tranhas ao perc urs o retllm eo e c o ntm uo

atri bu id o , p or p ri nc ip io e a p ri ori, a o i nd iv id uo mooerno" ~ o -

_ _ _ d e ",s e ,_ p o rt an t o ,_ d iz er ,_ pB ra Ji c aL n a .a n al Qg i a_ b _C l JJO c a,_Qu e 0

aspec to ab erto da pes s o a, em duecao ao o u~ o e ab erto em

mim, que po de explic ar as d ivers as m cun ac oes SOCialS qu e

fazem a sociedade. _

P er de nd o -s e- p o r um a mu lti pli c id ad e d e a b ert ur as , 0 indi-

viduo s us c i ta as relago esque fazem a pes s o a, m as , a in da,

psrdendo 0 que parec e s er a s olid ez d e urn po der s ob re s i e s o~ reo s o utro s , ele po de ad quiri r um a torca bern mais fo rte, que e a

d a "s o b re vi da", q ue s e p od e tambem c om p re en d er c om o suple-

m en to de v ida. . I s s o , 0 as tuto m is ses n os en s i na qu an do , n o

m o men ta d e deixar a.c avern a do C ic lo pe que ac ab ade c egar,

el e da-lhe s eu n om e, "Ninquem", e c om is s o s e salva. Es s e

r ef le xo d e a ut o c o n s er va < ;: ao no s en s in a que, levando ate ao

E c laro , i s so n a

q ue s ao s em p re

n ao deixa de s

pequen as uto p

o nada , 0 bu r

s eren a realizac

c o men tan do e

p o de t ri un fa r

im agem e b elaqu e na o perm

m ultiplic idade

o nde n os es per

c reem s er. S om

dividual . E c er

ego , que s e e

c ultu ras . O s "

to das as temain fan ti l, P in oqu

d es se s c as o s, t

o fato de que

p arti cu la rm e nte

m en te n es se

po de ter urn a

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 10/16

bestiario, sempre presente na vida social. traduz. para a sua acepcao c

humanidade. 0 sentimento de pertencer, de participacao da cesso interativ

equivocidade da natureza, do nao- humano que esta ~o.humano. sobre os outro

Ern suma, a identidade afirmada esta longe de ser vivida como performatica

umarealidade intangivel, mas pluraliza-se no excesso, a abertura e no seu proce

da pessoa amplia-se ate integrar qualidades "daimonicas" , 0 cultos de posse

anjo da guarda representante do divino, ou nao-humanas. 0 ou porque 8 c

animal, 0 totem como duplo do homem. de suas potenc

Ai ainda, os cultos de possessao permanecem 0 conser- que abre largo

vat6rio desse processo. Sao laborat6rios onde se experimenta E preciso

a pluralizacao da pessoa. Alem disso, seu exotismo e apenas pro-pria-Bos_cu

---aparente7""ci-e-tarrt:u-qtre-,-em-for-mas-menmes;-eres-tmpregTIam'-----IFP"---~nivel. na multi

a vida cotidiana. A multiplicidade da pessoa 8 certamente a toxicomania "

primeira caracteristica desses cultos. Essa multiplicidade ex- festiva, as reunprime-se, com certeza, no desdobramento que nao e. de mo~o

.. recem tarnbernlgum, considerado patol6gico, mas, alern disso, a tensao

. d passado com oaradoxal induzida por esse desdobramento perrmte ace e! a

urn dominio superior da propria pessoa. Direi que a tensao, nos. Alem dissenquanto rnanitestacao do contraditorial em acao, engendra mas todas sao

uma forma de unicidade. Ou seja, a pessoa, depois de ter sequencial, iss

reconhecido as diversas facetas que a constituem, chega a modo de repet

reuni-las culmina numa coerencia, reune 08 "pedacos". Dai a que acabamos

dimensao terapeutica desses cultos. Por outro lado, e e 0 da e estreitame

segundo elemento imp ortante , os cultos de possessao insis- uma especie de

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 11/16

, Falan do da m oda que s e des en vo lve no se io do s "qrupo s

es t re i tos". O. S im m el o bs erv a que se trata de um a vio len c ia

qu e e " b ru ta lm e nte f ei ta c o n tra a individualidade'" P o r m i n ha

v ez, p ref eriri a d ize r qu e es sa v io le nc ia e f ei ta c o ntra 0 i nd iv i -

d uo . P ou co i mp orta, 0 qu e esta em jo go e que, s egund o um a

dialetica s uti l, c riar urn es ti lo o u um c o mpo rtam en to es pec i-

f i c o , isto e , us ar um a m as c ara, c o i s as que s ao 0 c aso de

ind iv iduo s, desab ro cha em s eu c on tran o : a n ec es s id ade deim itac ao . D e fato , a m od a s o po de ser a d e urn grupo . E, i r on i a

o u astticia an tro po 16 gic a, a. n ec es si dad e d e s e s in gulari zar

_ _ _ i .r :l v e. r- te ~ s@_ lSm_Q@£e jo - d e- fu £i iQ - 1 JUm - c cm j ur :l .t o _m ai s _ va s to. -

Tra ta-s e, c ertam en te, d e algo que m os tra a relativ id ad e d a

iden tid ade. D e sua po ro sidade, de c erto m odo , pela qual a

in div id ualid ad e d es ab ro c ha em s ua s m ultip las p oten c iali da-

d es ,e pela qual 0 grupo s e fo rtalec e. S e e ss e jo go d e m as cara

s oc ial n ao e perm an en te, ele rec orre d e urn m o do s ufic ien te-

m en te freqiien te nas h is to ries hum an as , para que s e po ssa

c o ns id era- lo u ma es trutu ra an tro po lo c ic a d as m ais s o lid asA s s im , 0 tran se o u a m o da m o stram -n os a pluraJid ad e d as

rc lac oes que v ao c on sti tu i r a pes so a n a s ua ro lac ao c on s igo

m es mo , c om o utrem " I : ) c o m 0 m undo . A oc on tran o das ati -

tud es , das repres en tac oes o u d os m od os de v ida que ten dem

a r oducao . a reductio ad unum, e la s I em b ra m , e m m a io r e sc a la ,

que o s gen io s c on tin uam a hab itar 0 es pi rito e 0 c orpo do

s ig nif ic ad o d es sa

um a s om b ra s ob

v id ual. S o b s ua c

es co nd id os , to do

ameac;:am 0 pro

ac res cen tar, pen

s o m bra perm ite

realid ad e. A o pam onges de Zurb

C res pi , lem b ra m

---fic-- - -€l-u·ma-rea ,J . iElaae-E

tem po , elas s ub

ac eder a um a u

c o mpleta que a

c o ns id era da c o m

de urn lad o, n um

c epc ao c om un ita

realid ade s o cia l,es s en c ial da ab

negar 0 que po de

te nt ar c o rn t o le ra

o rq an ic i da de q ue

E ss a p ers pec

res peito ao d eli c

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 12/16

se a atribuir, a cada urn, urn sexo particular (masculino, de, e, portanto,

femiruno) , e a atribuir-lhe Juncoes precisas que nao devem ser pelo mesmo no

transgredidas. Assim, a atividade para urn, a passividade para menos publica

OUtIO,e, sucessivamente, a razao e a tmaqinacao, 0 publico e das incertezas re

o privado, 0 intelecto e 0 sensivel, 0 politico e 0 dornestico, na qual acabamo

etc. Poder-se-ia prosseguir 30 infinito essa dicotomia do essa duplicidade

mundo individual e social. Em cornpensacao, as culturas onde que, mesmo viv

a tonica sera colocada no difuso, na sombra, no pluralismo mem, de divers

te6rico e organizaeional, verao se desenvolver urn processo de seritido estrito, aidentificacao, onde 0 sexo sera menos uma entidade estabe- a esse respeito,

__ lElG1QEl_QGl_um"UJ8z_p.oLtodas.,_q.ue_uma_c_Qustl\JQao,-"o"",n""tu""a~l ~ __ ----;difundido porque

dependente das situacoes vividas. A partir de entao, nao cDrrtrS-p-olTde-a

havera mais as funcoes naturals e eternas a preencher, mas sentidos"". Com

papeis cambiantes, segundo as ocorrencias do presente. Dai prop6sito, mas n

uma especie de confusao entre as polaridades sexuais Como urn fen6meno si

sera preciso chamar essa dinamica: bissexualizacao. panse- esse respeito, m

xualizacao, polissexualizacao. arnbiquo-sexuahzacao? Pouco revistas de cam

importa 0 termo, basta considerar que se trata de uma reali- lugares de encon

salas de ginasticdade aberta, de uma tendencia que e urn bomindicador paracompreender a evolucao de nossas sociedades. ras, mais precis

desses novas fat

Os observadores sociais estao de acordo sobre 0 desapa- que nao M estud

recimento, ou pelo menos sobre 0esvaziamento dos movimen- grem esse param

tos sociais tipicos, que justamente repousavam sobre urna Tudo isso m

reivindicacao identitaria. Assirn, os movimentos operario. re-

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 13/16

ilustrar 0 que nos dedicamos a demons t rar . podemos reapro-

ximar essa tandencia da sensibilidade barroca em arquitetura

ou em pintura, que nao 8 constituida de elementos distintos,

mas, muito antes, de uma s6lida articulacao entre elementos

que sao interdependentes uns dos outros. Sabe-se que foiessa

aqlomeracao 0 que caracterizou 0 estado de espirito da 8poca

barroca. Talvez aconteca 0 mesmo hoje ern dia, quando, alern

da separacao, paradigma da modernidade, a androqiruzacaodo ambiente social expressa a reconciliacao, a "solidariedade

imediata, o roan ica , entre a pessoa e cada uma de suas

manifestacoes" _ ( G . Simmel). Essa organicldade, considerada

--HID-f)GI,lGG ~ r - im i t i. v :E l .- ,- @ r , a @ f f i- g @ r ,a . l atrib.uida-a-mulher,-p.orqllB

ela estava, supostamente, mais proxima da natureza". Ora,

cada vez mais, ela se vive transversalmente, talvez pelo fato

de que muitas mulheres empregam-se em funcoes masculi-

nas, e de que homens nao tern mais ropuqnancia pelas funcoes

femininas, mesmo nos menores dominios do domestico. Essa

articulacao barroca, no seio de uma mesma individualidadeou no quadro mais geral da sociedade, dos diversos elementos

da personalidade, esta longe de ser anodina, toma-se uIP fato

cultural. E, seja na cnacao artistica, cinematografica, televi-

siva, seja na cnacao de moda, ou na elaboracao do "conceito"

publicltario, ou ainda na pequena cnacao vestimentaria da

social. A expre

crer que, depo

confrontados

expressao do

verdade, e mai

camente 0 que

nas redobras m

te sempre and

para retomar a

que 8 preciso c

esta mais acan

_--I=i=- .G lJ_ te , -Qu_ (; ;Gm

mas tende a se

nessa s6 havi

masculino, qu

potencia da "

trata-se, alias,

de urn modo mconfusao dos

transqressao d

realidade natur

Na verdade

se ap6iam num

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 14/16

separacao, da distancia entre elementos distintos, sucederia

a ecologia da fusao ou, pelo menos, da sinergia entre elemen-

tos complementares

Assim, atraves de uma sequencia de curtos-circuitos

permanentes entre os doistermos da bipolaridade, as relacoes

sociais repousariam sobre uma sene de identificacoes em que,

segundo a oportunidade, cada pessoa, revestindo essa ou

aquela mascara, exprimiria uma parte de si propria Pode-se

ilustrar isso qracas ao que, na moral grega dos aphrodisia, M.

Foucault chama "antinomia do menino". E legitimo para urn

homem reconhecer no menino urn objeto de prazer. Nao Ihe

fortalece a vid

nicho protetor

passando pelo

bairro, do gru

loqica do dorn

partieipa desse

do aspecto m

referimos a ex

sao que se co

schmucke dein

ser simples me

--~aD8r~J~rw~~m~~o.r~oom~n~~~)-----r~---ffimenino, que deve se tornar urn homem, nao pode se aceitar

como objeto de prazer, mesmo se for escolhido e vivido como

tal pelo homem com 0 qual ele faz amor. Essa "nao-coinciden-

cia e moralmente necessaria" 14 Esse modo de conceber 0

amor pelo menino e uma situacao limite da oscilacao existente

no interior da bipolaridade pessoal, mas, enquanto caso paroxis-

tieo, a antinomia em questao rnostra bern que ha, segundo os

momentos e as civthzacoes, modos diferentes de viver a carac-

teristica fisica que faz de mirn urn homem ou uma mulher.

Ampliando 0problema, pode-se tambem rnostrar que essa

oscilacao e justamente constitutiva do fato social. Seria pre-

ciso fazer urn estudo especifico desse fenomeno, tao numero-

da familia mon

nas grandes m

pos-rnoderna,

amicais, que t

e experimentar

tico, uma dime

difuso, que se

dade que se d

espirito geral, e

se dernocratiza

apanaqio de a

identificacoes

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 15/16

decorrer da histona". Sejam as confrarias religiosas, os cubi- par-se de si p

culos montanheses, as lojas maconicas, ou outros clubes de za-lo, tudo is

homens, sejam os "Stantisch" da tradit;ao qerrnanica, ou os da feminilida

bares e seus trequentadores do dia-a-dia, ha como que uma rna, 0 que e

estrutura antropol6gica que pode assumir multiplas formas , ou sexual, a bel

ter mais oumen os importancia, mas que, de urnmodo constante, e funcional d

traz de volta0

prazer de estar junto do mais pr6ximo, em torno orqanica A pde urn "lar". Assim, a proxemia torna-se urn valor publico. e 0 que sao sua

vetor de uma homossocialidade de multiples express6es que, especializacoe

em todos os domini os da vida social, vai favorecer a oclosao urn dos p610

desses grupos de homens ou de mulheres, onde cada urn Trata-se

---j3eElefa-v-iv-er-seffi-maBGar:a-sU8-}}ar-te-8e-sel±tJ::JFi3.,,-----------r=----E;:m~;fo::-m~a~io~r~d~o.....:p~r~o~

o segundo parametro que se pode assinalar e 0 prazer esseneia!. 8e

com a vida que a pessoa experimenta. Esse ponto esta, alias, ou urn pouco

ligado ao procedente: e porque Muma "estetica da recepcao" "afetuoso" q

que esse prazer (Lebengenuss der Person) e experimentado domini os da

com outros. A poesia de Klages ou os trabalhos de Baehofen afetivo do pehaviam valorizado esse "mundo arcaico da mae", oposto a 0 das relacoe

sociedade do rendimento e da divisao do trabalho E encon- rada da "verd

tram os , nas lendas, nos contos, nos romances inurneras ilus- caracteristica

tracoes desse mito da felicidade materna oposto a pressao saber, urn de

paterna. Trata-se de urn tema recorrente que a psieanalise urn vive a fel

8/2/2019 2-5_25aula maffesoli

http://slidepdf.com/reader/full/2-525aula-maffesoli 16/16

a tendencia "androqina" que pode se man

no ludico ou no imao inano . cada vez mais p

sociedades. Em suma, a "fantastica sexua

uma sexualidade fisio16gica, mas a extra

direcoes, e, com isso, segrega uma er6tic

que revive numa criacao, sempre e de novpondencia" da globalidade pessoal no conju