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014G COMUNICAÇÃO E REDAÇÃO EMPRESARIAL 3E Comunicação e Redação Empresarial Cópia não autorizada. Reservados todos os direitos autorais. Cópia não autorizada. Reservados todos os direitos autorais. Cópia não autorizada. Reservados todos os direitos autorais.

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3ª Edição - Março/2006

Desenvolvimento de conteúdo,mediação pedagógica edesign gráficoEquipe Técnico Pedagógicado Instituto Monitor

Monitor Editorial Ltda.Rua dos Timbiras, 257/263 – São Paulo – SP – 01208-010Tel.: (11) 33-35-1000 / Fax: (11) 33-35-1020atendimento@institutomonitor.com.brwww.institutomonitor.com.br

Impresso no Parque Gráfico do Instituto MonitorAv. Rangel Pestana, 1105 a 1113 – São Paulo – SP – 03001-000Tel./Fax: (11) [email protected]

Todos os direitos reservadosLei nº 9.610 de 19/02/98Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio,principalmente por sistemas gráficos, reprográficos,fotográficos, etc., bem como a memorização e/ourecuperação total ou parcial, ou inclusão deste trabalho emqualquer sistema ou arquivo de processamento de dados,sem prévia autorização escrita da editora. Os infratores estãosujeitos às penalidades da lei, respondendo solidariamente asempresas responsáveis pela produção de cópias.

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Índice

014G /5○ ○ ○ ○ ○

Apresentação .............................................................................................................................. 9Primeira Leitura: Uma Idéia Toda Azul ................................................................................ 11Notas Preliminares .................................................................................................................. 13

Lição 1 – FonéticaIntrodução ................................................................................................................................ 15

1. Fonema........................................................................................................................... 151.1 Vogal ......................................................................................................................... 151.2 Semivogal ................................................................................................................. 161.3 Consoante ................................................................................................................. 16

2. Encontros Vocálicos e Consonantais e Dígrafos .......................................................... 162.1 Encontros Vocálicos ................................................................................................ 162.2 Encontros Consonantais .......................................................................................... 172.3 Dígrafos .................................................................................................................... 18

3. Sílaba .............................................................................................................................. 183.1 Quanto ao Número de Sílabas ................................................................................ 183.2 Quanto à Tonicidade ............................................................................................... 193.3 Divisão Silábica ....................................................................................................... 20

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 22

Lição 2 – MorfologiaIntrodução ................................................................................................................................ 23

1. Radical ............................................................................................................................ 232. Prefixo ............................................................................................................................ 263. Sufixo ............................................................................................................................. 27

3.1 Indicar Aumentativo ............................................................................................... 273.2 Indicar Diminutivo .................................................................................................. 273.3 Formar Substantivos Coletivos ............................................................................... 273.4 Indicar Profissão ...................................................................................................... 283.5 Indicar Lugar ........................................................................................................... 283.6 Indicar Naturalidade e Nacionalidade ................................................................... 283.7 Formar Verbos ......................................................................................................... 28

4. Formação das Palavras ................................................................................................. 284.1 Derivação ................................................................................................................. 284.2 Composição .............................................................................................................. 294.3 Redução ou Abreviação Vocabular......................................................................... 294.4 Onomatopéia ............................................................................................................ 294.5 Sigla .......................................................................................................................... 30

5. Classes de Palavras ........................................................................................................ 305.1 Substantivo .............................................................................................................. 315.2 Adjetivo .................................................................................................................... 335.3 Artigo ........................................................................................................................ 345.4 Numeral ................................................................................................................... 35

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014G/6○ ○ ○ ○ ○

5.5 Pronome ................................................................................................................... 365.6 Verbo ........................................................................................................................ 395.7 Advérbio ................................................................................................................... 405.8 Preposição ................................................................................................................ 425.9 Conjunção................................................................................................................. 425.10 Interjeição .............................................................................................................. 43

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 45

Lição 3 – ConcordânciaIntrodução ................................................................................................................................ 49

1. Concordância Verbal ..................................................................................................... 491.1 Sujeito Simples ........................................................................................................ 491.2 Sujeito Composto ..................................................................................................... 49

2. Concordância Nominal .................................................................................................. 50Exercícios Propostos ............................................................................................................... 53

Lição 4 – RegênciaIntrodução ................................................................................................................................ 55

1. Regência Verbal ............................................................................................................. 551.1 Aspirar...................................................................................................................... 551.2 Assistir...................................................................................................................... 551.3 Preferir ..................................................................................................................... 561.4 Querer ...................................................................................................................... 561.5 Visar ......................................................................................................................... 56

2. Regência Nominal .......................................................................................................... 56Exercícios Propostos ............................................................................................................... 58

Lição 5 – CraseIntrodução ................................................................................................................................ 59

1. Conceito .......................................................................................................................... 592. Regras Práticas .............................................................................................................. 593. Quando Usar Crase ....................................................................................................... 594. Nunca Use Crase ........................................................................................................... 605. Uso Opcional da Crase .................................................................................................. 62

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 63

Lição 6 – Colocação PronominalIntrodução ................................................................................................................................ 65

1. Próclise ........................................................................................................................... 652. Mesóclise ........................................................................................................................ 653. Ênclise ............................................................................................................................ 66

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 67

Lição 7 – Uso do QUE e do SEIntrodução ................................................................................................................................ 69

1. Uso do QUE ................................................................................................................... 692. Uso do SE ....................................................................................................................... 70

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 71

Lição 8 – Língua Oral e Norma Culta EscritaIntrodução .......................................................................................................................... 731. Comunicação: Língua e Fala ......................................................................................... 732. Leitura ............................................................................................................................ 76

2.1 Calvin ao Telefone ................................................................................................... 773. Linguagem Formal e Informal ...................................................................................... 77

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 80

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014G/7○ ○ ○ ○ ○

Lição 9 – Leitura de TextoIntrodução .......................................................................................................................... 871. Noção de Texto .............................................................................................................. 872. A Leitura ........................................................................................................................ 88

2.1 Conhecimento Prévio .............................................................................................. 882.2 Formulação de Hipóteses........................................................................................ 892.3 Rede de Relações de um Texto ............................................................................... 892.4 Coesão e Estrutura do Texto .................................................................................. 892.5 Relação Autor/Leitor ............................................................................................... 90

3. Leitura: Futebol ............................................................................................................. 914. Leitura: Incêndio? Onde? .............................................................................................. 924.1 Reportagem: Fogo atinge centro histórico de Ouro Preto ........................................ 934.2 Conto: Brinquedos incendiados .................................................................................. 944.3 Crônica: Incêndio ......................................................................................................... 954.4 Música: Nega Luzia ..................................................................................................... 975. Conto ou Crônica? .......................................................................................................... 97

Exercícios Propostos ............................................................................................................... 98

Lição 10 – Tópicos GramaticaisIntrodução .............................................................................................................................. 105

1. Pontuação ..................................................................................................................... 1051.1 Vírgula .................................................................................................................... 1051.2 Ponto e Vírgula ...................................................................................................... 109

2. Emprego dos Conectivos ............................................................................................. 1092.1 Anafóricos e Catafóricos ....................................................................................... 111

3. Regência Verbal e Nominal ......................................................................................... 1123.1 Classificação dos Verbos quanto à Predicação .................................................... 112

4. Dúvidas Recorrentes ................................................................................................... 1164.1 Porcentagem: o verbo fica no singular ou no plural? .......................................... 1164.2 Etc. ......................................................................................................................... 1174.3 Et al. ....................................................................................................................... 1174.4 Ex............................................................................................................................ 1174.5 Para mim / para eu................................................................................................ 1174.6 Grifo ....................................................................................................................... 1184.7 Abreviações ............................................................................................................ 1184.8 Símbolos das Unidades de Medida ...................................................................... 118

5. Curiosidades ................................................................................................................. 1195.1 Rompendo as Regras de Pontuação ..................................................................... 1195.2 A Expressão OK .................................................................................................... 120

Exercícios Propostos ............................................................................................................. 121

Lição 11 – A Produção de TextoIntrodução ........................................................................................................................ 1251. Frase ............................................................................................................................. 1252. Período ......................................................................................................................... 125

2.1 Período Simples..................................................................................................... 1252.2 Período Composto ................................................................................................. 125

3. Oração .......................................................................................................................... 1253.1 Sujeito .................................................................................................................... 1263.2 Predicado ............................................................................................................... 1273.3 Objeto Direto e Objeto Indireto............................................................................ 1283.4 Complemento Nominal ......................................................................................... 1293.5 Agente da Passiva .................................................................................................. 1293.6 Adjunto Adnominal ............................................................................................... 129

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014G/8○ ○ ○ ○ ○

3.7 Adjunto Adverbial ................................................................................................. 1303.8 Aposto ..................................................................................................................... 1303.9 Vocativo .................................................................................................................. 130

4. Parágrafo ...................................................................................................................... 1305. Coesão e Coerência ...................................................................................................... 132

5.1 Coerência ............................................................................................................... 1325.2 Coesão ..................................................................................................................... 134

6. Descrição ..................................................................................................................... 1346.1 Descrição Objetiva e Subjetiva ............................................................................ 1356.2 Plano Descritivo .................................................................................................... 136

7. Narração ....................................................................................................................... 136Exercícios Propostos ............................................................................................................. 138

Lição 12 – Padronização de DocumentosIntrodução ........................................................................................................................ 1451. Princípios Gerais ......................................................................................................... 1452. Carta ............................................................................................................................. 145

2.1 Características ....................................................................................................... 1452.2 Modelo .................................................................................................................... 146

3. Memorando Sucinto .................................................................................................... 1473.1 Características ....................................................................................................... 1473.2 Modelo .................................................................................................................... 147

4. Memorando Extenso ................................................................................................... 1484.1 Características ....................................................................................................... 1484.2 Modelo .................................................................................................................... 148

5. Ofício ............................................................................................................................ 1495.1 Características ....................................................................................................... 1495.2 Modelo .................................................................................................................... 150

6. Memorando Oficial ...................................................................................................... 1506.1 Características ....................................................................................................... 1506.2 Modelo .................................................................................................................... 151

7. E-mail ........................................................................................................................... 1517.1 Características ....................................................................................................... 1517.2 Modelo .................................................................................................................... 152

8. Relatório ....................................................................................................................... 1528.1 Características ....................................................................................................... 1528.2 Modelo .................................................................................................................... 153

9. Dúvidas Recorrentes ................................................................................................... 1549.1 Pronomes de Tratamento...................................................................................... 1549.2 A nível de ............................................................................................................... 1549.3 Acerca de ............................................................................................................... 1559.4 Através de / por meio de ....................................................................................... 1559.5 Mais Esclarecimentos ............................................................................................ 1559.6 Gerúndio ................................................................................................................ 156

Exercícios Propostos ............................................................................................................. 158

Conclusão ............................................................................................................................... 167

Respostas dos Exercícios Propostos ..................................................................................... 168

Bibliografia ............................................................................................................................. 180

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Apresentação

014G/9○ ○ ○ ○ ○

“Quando as pessoas não sabem falar ou escrever adequadamente sualíngua, surgem homens decididos a falar e escrever por elas.”

Wendell Johnson.

Quanto mais desenvolvida a sociedade e quanto mais exigente o mer-cado, mais se cobra do indivíduo que exerça sua atividade com desen-voltura e eficiência; por isso, se espera do profissional que lida com apalavra, seja ela falada ou escrita, um elevado grau de competência lin-güística, em outros termos, que saiba utilizar os recursos da linguagemde acordo com cada situação específica.

Assim, ante essa constatação e sabedores das inúmeras dificuldadesimpostas a nossos alunos pela conjuntura atual, elaboramos um fascícu-lo em que são destacados aspectos que vão desde o reconhecimento dasmodalidades lingüísticas oral e escrita até a utilização de normas de re-dação técnica, passando pela análise de alguns tópicos gramaticais e dediferentes níveis de leitura e de produção de textos.

Optamos por um material nesses moldes, sobretudo, por entender-mos que o aluno necessita mesclar teoria e prática, uma vez que a teoriasem a prática cansa, tornando-se improdutiva, e a prática sem a teorianão revela os meios que possibilitaram sua execução; desse modo, é im-portante que o aluno considere o fato de que tem em mãos um fascículoconcebido como um todo orgânico, em que as partes se completam,interagindo entre si.

Precisamente por isso, ressaltamos que, além de explicar as linhasgerais seguidas, esta Apresentação busca justificar para o aluno a sele-ção e disposição dos tópicos discutidos, questões intimamente relacio-nadas com a variedade de textos com que trabalhamos. Assim, vale lem-brar que, para escrever bem, é preciso desenvolver o hábito da leitura.

Logo, tendo por base essa premissa, selecionamos textos de autoresconsagrados, não apenas com o intuito de despertar no aluno o gosto pelaleitura mas também fornecendo-lhe, gradualmente, elementos — tantogramaticais quanto extra-gramaticais — que lhe permitam perceber aqualidade literária desses textos.

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014G/10○ ○ ○ ○ ○

Dada a necessidade de corresponder de maneira mais objeti-va às urgências do público alvo, elencamos vários modelos de tex-tos técnicos comumente utilizados nas empresas.

Sempre que nos pareceu imprescindível, enriquecemos as li-ções com exercícios contendo respostas comentadas, que visam areflexão do aluno em face da matéria.

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128/11○ ○ ○ ○ ○

Primeira Leitura:

Uma Idéia Toda Azul

Um dia o Rei teve uma idéia.

Era a primeira da vida toda, e tão maravilhado ficou com aquela idéia azul, quenão quis saber de contar aos ministros. Desceu com ela para o jardim, correu comela nos gramados, brincou com ela de esconder entre outros pensamentos, en-

contrando-a sempre com igual alegria, linda idéia dele toda azul.

Brincaram até o Rei adormecer encostado numa árvore.

Foi acordar tateando a coroa e procurando a idéia, para percebero perigo. Sozinha no seu sono, solta e tão bonita, a idéia poderia terchamado a atenção de alguém. Bastaria esse alguém pegá-la e levar.É tão fácil roubar uma idéia. Quem jamais saberia que já tinha dono?

Com a idéia escondida debaixo do manto, o Rei voltou para o caste-lo. Esperou a noite. Quando todos os olhos se fecharam, saiu dosseus aposentos, atravessou salões, desceu escadas, subiu degraus,até chegar ao Corredor das Salas do Tempo.

Portas fechadas, e o silêncio.

Que sala escolher?

Diante de cada porta o Rei parava, e seguia adiante. Até chegar à Sala do Sono.

Abriu. Na sala acolchoada os pés do Rei afundavam até o tornozelo, o olhar seembaraçava em gazes, cortinas e véus pendurados como teias. Sala de quaseescuro, sempre igual. O Rei deitou a idéia adormecida na cama de marfim, bai-xou o cortinado, saiu e trancou a porta.

A chave prendeu no pescoço em grossa corrente. E nunca mais mexeu nela.

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O tempo correu seus anos. Idéias o Rei não teve mais, nem sentiu falta,tão ocupado estava em governar. Envelhecia sem perceber, diante doseducados espelhos reais que mentiam a verdade. Apenas, sentia-se maistriste e mais só, sem que nunca mais tivesse tido vontade de brincar nosjardins.

Só os ministros viam a velhice do Rei. Quando a cabeça ficou toda bran-ca, disseram-lhe que já podia descansar, e o libertaram do manto.Posta a coroa sobre a almofada, o Rei logo levou a mão à corrente.

— Ninguém mais se ocupa de mim — dizia atra-vessando salões e descendo escadas a caminhodas Salas do Tempo — ninguém mais me olha. Agoraposso buscar minha linda idéia e guardá-la só para mim.

Abriu a porta, levantou o cortinado.

Na cama de marfim, a idéia dormia azul como naquele dia.

Como naquele dia, jovem, tão jovem, uma idéia menina. E linda. Mas o Reinão era mais o Rei daquele dia. Entre ele e a idéia estava todo o tempopassado lá fora, o tempo todo parado na Sala do Sono. Seus olhos nãoviam na idéia a mesma graça. Brincar não queria, nem rir. Que fazer com

ela? Nunca mais saberiam estar juntos como naquele dia.

Sentado na beira da cama o Rei chorou suas duas últimaslágrimas, as que tinha guardado para a maior tristeza.

Depois baixou o cortinado, e deixando a idéia adormeci-da, fechou para sempre a porta.

COLASANTI, Marina. Uma idéia toda azul.

Rio de Janeiro: Nórdica, 1979, pp.32-4.

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Notas Preliminares

Para que o aluno acompanhe de forma adequada o fascículo,fazemos aqui algumas observações:

1. Ao lado de alguns textos há um pequeno vocabulário básico comos termos considerados mais difíceis. Todas as definições aliencontradas foram retiradas do dicionário Houaiss, e apresen-tam apenas o sentido que a palavra adquire no texto em questão.

2. Também, num quadro ao lado do texto, o aluno encontrará o con-ceito de alguns termos gramaticais, que o ajudarão a entender amatéria.

3. Sugerimos que os exercícios sejam resolvidos tão logo apareçamno texto e que a correção seja feita com cuidado, pois os comen-tários das respostas pretendem ser um acréscimo ao aprendiza-do.

4. Na lição 5, todos os nomes das empresas, logotipos e nomes doemissor ou destinatário dos documentos são fictícios.

5. Há exercícios que solicitam a elaboração de e-mails; assim, se oaluno tiver acesso à Internet, deverá utilizar esse recurso paraenviar essas atividades; caso não, deverá utilizar o sistema tra-dicional.

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1lição

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014G/15○ ○ ○ ○ ○

Fonética

Introdução

Fonética é a parte da gramática que estu-da os sons da fala. Quando duas pessoas con-versam, elas produzem sons, que são os cha-mados fonemas. Quando uma pessoa escreve,ao contrário, ela se utiliza de letras.

Nesta lição você aprenderá sobre fonemas,encontros de vogais e consoantes, dígrafos esílabas.

1. Fonema

Fonema é todo som que pode estabelecerdiferença de significado entre as palavras deuma língua. Por exemplo, nas palavras: MATA,LATA, PATA e CATA, a diferença de signifi-cado entre elas é determinada pelos fonemasM, L, P e C.

Não se deve confundir fonema com letra.Letra é a representação gráfica do fonema.Tomemos como exemplo a palavra BARRO,que tem:• 5 letras � B / A / R / R / O e• 4 fonemas � B / A / RR / O

O mesmo fonema pode ser representadopor mais de uma letra. O fonema z (zê), porexemplo, pode ser representado pelas letras z,s ou x.

Exemplos:� C o z e r (lê-se cozer)� C a s a (lê-se caza)� E x e m p l o (lê-se ezemplo)

A mesma letra pode representar mais deum fonema. A letra x, por exemplo, pode re-presentar os fonemas:• ZÊ (exemplo: e x a t i d ã o )• CÊ (exemplo: p r ó x i m o )• CHÊ (exemplo: e n x e r g a r )

Os fonemas são classificados em vogais,semivogais e consoantes.

1.1 Vogal

Vogal é o fonema produzido pelo ar quepassa pela boca sem encontrar nenhum obs-táculo. As vogais podem ser orais, nasais, aber-tas ou fechadas, como veremos a seguir:

1.1.1 Vogal Oral

A vogal é dita oral quando a corrente dear sai apenas pela boca, como A, E, I, O e U.

Exemplos:

� F a l a

� N e t a

� F i t a

� C o l a

� T u d o

1.1.2 Vogal Nasal

A vogal é nasal quando a corrente de arsai pela boca e pelas fossas nasais.

Exemplos:� P â n t a n o

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� T e n d a� V i n t e� R o n c o� M u n d o

1.1.3 Vogal Aberta

Temos uma vogal aberta quando, ao pro-nunciá-la, ocorre uma abertura máxima daboca, como no caso de Á, É e Ó.

Exemplos:� P a r á� C a f u n é

� P ó

1.1.4 Vogal Fechada

Temos uma vogal fechada quando, ao pro-nunciá-la, ocorre uma abertura mínima daboca.

Exemplos:� B o b a� M e n t a� C a m a� A n t a

1.2 Semivogal

Semivogal é o nome que se dá aos fone-mas I e U quando, junto de uma vogal, for-mam uma só sílaba. Observe que não se tratadas letras I e U, mas sim dos fonemas. Na es-crita, os fonemas I e U também podem ser re-presentados pelas letras E e O.

Exemplos:� M ã o� C ã e s� M ã e

Em cada sílaba só pode existir uma vogal.As demais são semivogais.

Exemplo:

De acordo com a separação silábica da pala-vra RELÓGIO temos:RE – LÓ – GIO, onde• I é semivogal e• O é vogal

1.3 Consoante

Consoante é o fonema produzido graçasaos obstáculos que impedem a livre passagemdo ar.

Experimente pronunciar os fonemas B eT. Para pronunciar o B você une os dois lábiose depois solta o ar. Para pronunciar o T, vocêune a língua aos dentes. Observe que nestesdois casos o ar encontrou obstáculos na suapassagem pela boca.

Na Língua Portuguesa, as consoantes sãorepresentadas pelas letras: B, C, D, F, G, J, L,M, N, P, Q, R, S, T, V, X e Z.

2. Encontros Vocálicos eConsonantais e Dígrafos

2.1 Encontros Vocálicos

Quando as vogais e semivogais se juntamem algumas palavras, formam os chamadosencontros vocálicos, conhecidos como diton-go, tritongo e hiato.

2.1.1 Ditongo

Ditongo é o grupo formado por semivogale vogal numa mesma sílaba, correspondendoa uma só emissão de voz.

Exemplos:1) De acordo com a separação silábica da pa-

lavra COMÉRCIO temos:CO – MÉR – CIO, onde• IO é um ditongo

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014G/17○ ○ ○ ○ ○

• I é semivogal e

• O é vogal

2) De acordo com a separação silábica da pa-lavra LEITE temos:

LEI – TE, onde

• EI é um ditongo

• I é semivogal e

• E é vogal

2.1.2 Tritongo

Tritongo é o grupo formado pela junçãode semivogal + vogal + semivogal numa só sí-laba.

Exemplos:1) De acordo com a separação silábica da pa-

lavra URUGUAI temos:

U – RU – GUAI, onde

• UAI é um tritongo

• U e I são semivogais e

• A é vogal

2) De acordo com a separação silábica da pa-lavra SAGUÃO temos:SA – GUÃO, onde

• UÃO é um tritongo

• U e O são semivogais e

• Ã é vogal

2.1.3 Hiato

Hiato é o grupo formado pela junção devogal + vogal em sílabas separadas.

Exemplos:1) De acordo com a separação silábica da pa-

lavra SÉRIE temos:

SÉ – RI – E, onde

• IE é um hiato e

• I e E são vogais

2) De acordo com a separação silábica da pa-lavra RAINHA temos:RA – I – NHA, onde• AI é um hiato e• A e I são vogais

2.2 Encontros Consonantais

As consoantes podem se juntar numa mes-ma palavra sem a presença de uma vogal en-tre elas. Esses grupos de consoantes recebemo nome de encontros consonantais.

2.2.1 Na Mesma Sílaba

Os encontros consonantais, que permane-cem na mesma sílaba quando da separaçãosilábica, mais freqüentes na Língua Portugue-sa são os seguintes:

• BL (exemplo: blu-sa )• BR (exemplo: a-bra-çar )• CL (exemplo: c l a-r i -da-de )• CR (exemplo: e s - c r e - v e r )• DR (exemplo: dra-gão)• FL (exemplo: f lâ-mu- la )• GL (exemplo: in-glês )• GR (exemplo: ne-gro)• PL (exemplo: pla-no)• PN (exemplo: pn eu-má-t i -co )• PR (exemplo: pr ín-c i -pe )• PS (exemplo: ps i -có- lo-go )• TL (exemplo: a- t le- ta )• TR (exemplo: t ran-ça )• VR (exemplo: l i -vro)

2.2.2 Em Sílabas Diferentes

Damos, a seguir, uma relação de encon-tros consonantais que ficam em sílabas sepa-radas (quando da separação silábica):

• BS (exemplo: ab- sol-v i -ção )• CC (exemplo: con-v ic-ção)

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014G/18○ ○ ○ ○ ○

• CT (exemplo: as -pe c - to )• DV (exemplo: ad-vo-ga-do)• FT (exemplo: a f- to-sa )• GN (exemplo: d ig-no)• LS (exemplo: con-vu l-são)• PT (exemplo: ap- t i -dão)• TM (exemplo: r i t -mo)

2.3 Dígrafos

Dígrafo é o conjunto de duas letras querepresentam um só fonema. Eles podem ou nãopermanecer na mesma sílaba em caso de se-paração silábica. São dígrafos:

• CH (exemplos: chu-va , cha-ve )• GU (exemplos: guer-ra, gu in-cho)• LH (exemplos: t e - lha , lha-ma)• NH (exemplos: n i -nho , u-nha)• QU (exemplos: a -que- le , que-rer )• RR (exemplos: t er-ra , bar- ro)• SC (exemplos: nas -cer , des-cer )• SÇ (exemplos: c res -ça , de s-ça)• SS (exemplos: as- sa-do , pá s-sa-ro)• XC (exemplos: ex-ce-lên-cia, ex-ce-to)

3. Sílaba

Sílaba é o fonema ou conjunto de fone-mas pronunciado numa só emissão de voz. NaLíngua Portuguesa, a cada vogal de uma pa-lavra corresponde uma sílaba, não existindo,portanto, sílaba sem vogal.

As palavras podem ser classificadas deacordo com a quantidade de sílabas que possuie quanto à posição da sílaba tônica (sílaba commaior intensidade de pronúncia). Vejamos:

3.1 Quanto ao Número de Sílabas

Quanto ao número de sílabas, a palavrapode ser:

3.1.1 Monossílaba

Monossílaba, como o próprio nome diz, éa palavra que tem somente uma sílaba.

Exemplos:� Mar� Sol� Pão� Fé

3.1.2 Dissílaba

É conhecida como dissílaba a palavra quetem duas sílabas.

Exemplos:� Pato (cuja separação silábica é: pa-to)� Sorte (cuja separação silábica é: sor-te)� Livro (cuja separação silábica é: li-vro)� Café (cuja separação silábica é: ca-fé)

3.1.3 Trissílaba

Trissílaba é a palavra que tem três síla-bas.

Exemplos:� Coluna (cuja separação silábica é: co-lu-na)� Número (cuja separação silábica é: nú-me-ro)� Poltrona (cuja separação silábica é: pol-tro-na)� Palito (cuja separação silábica é: pa-li-to)

3.1.4 Polissílaba

Às palavras que têm quatro ou mais síla-bas é dado o nome de polissílabas.

Exemplos:

� Comunicação (cuja separação silábica é: co-mu-ni-ca-ção)

� Classificação (cuja separação silábica é:clas-si-fi-ca-ção)

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014G/19○ ○ ○ ○ ○

� Portuguesa (cuja separação silábica é: por-tu-gue-sa)

� Maravilha (cuja separação silábica é: ma-ra-vi-lha)

3.2 Quanto à Tonicidade

De acordo com a intensidade da pronún-cia, as sílabas podem ser classificadas comotônicas ou átonas. A sílaba tônica é aquelapronunciada com maior intensidade, pois so-bre ela recai o acento tônico. Já a sílaba átonaé aquela pronunciada com menor intensidadeque a sílaba tônica.

Para melhor compreensão, pronuncie a pa-lavra EMPREGADO. Observe que a sílaba GAé a mais “forte”, isto é, é a sílaba pronuncia-da com maior intensidade, a sílaba tônica dapalavra. As demais sílabas; EM, PRE e DO;são sílabas átonas.

Exemplos:� A luno (cuja separação silábica é: a-lu-no)� Cafez inho (cuja separação silábica é: ca-

fe-zi-nho)� Pa lavra (cuja separação silábica é: pa-la-

vra)� Ó t imo (cuja separação silábica é: ó-ti-mo)

Na Língua Portuguesa, para palavras deduas ou mais sílabas, o acento tônico semprerecai na antepenúltima, na penúltima ou naúltima sílaba. De acordo com a posição da sí-laba tônica, a palavra pode ser classificadacomo:

3.2.1 Oxítona

Uma palavra é classificada como oxítonaquando a sua sílaba tônica for a última.

Exemplos:� Urubu (cuja separação silábica é: u-ru-bu)� Ca fé (cuja separação silábica é: ca-fé)� Animal (cuja separação silábica é: a-ni-mal)

� Você (cuja separação silábica é: vo-cê)

� Avó (cuja separação silábica é: a-vó)

3.2.2 Paroxítona

Quando a sílaba tônica é a penúltima sí-laba, a palavra é dita paroxítona.

Exemplos:

� Maravi lhoso (cuja separação silábica é:ma-ra-vi-lho-so)

� Estudan te (cuja separação silábica é: es-tu-dan-te)

� Móve l (cuja separação silábica é: mó-vel)

� Açúcar (cuja separação silábica é: a-çú-car)

� Greve (cuja separação silábica é: gre-ve)

3.2.3 Proparoxítona

Quando a sílaba tônica recae sobre a ante-penúltima sílaba, a palavra é chamada de pro-paroxítona. Na Língua Portuguesa, todapalavra proparoxítona é acentuada.

Exemplos:

� Ca tá logo (cuja separação silábica é: ca-tá-lo-go)

� Sí laba (cuja separação silábica é: sí-la-ba)

� Ví t ima (cuja separação silábica é: ví-ti-ma)

� Tônico (cuja separação silábica é: tô-ni-co)

� Pássaro (cuja separação silábica é: pás-sa-ro)

As palavras monossílabas, aquelas quecontém uma única sílaba, podem ser átonasou tônicas. A palavra monossílaba átona é apronunciada fracamente; não tem acento pró-prio e, por isso, precisa apoiar-se na palavraque vem antes ou depois dela.

Exemplos:

1) Os alunos pediram uma reunião com os pro-fessores.

Palavras monossílabas átonas: os e com.

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014G/20○ ○ ○ ○ ○

2) Brilhando no final do dia.Palavras monossílabas átonas: no e do.

A palavra monossílaba tônica é aquela pronunciada fortementee, tendo acento próprio, não precisa apoiar-se na palavra que vemantes ou depois dela.

Exemplos:1) Você não sabia que ela ganhara um carro novo?

Palavra monossílaba tônica: não.

2) Ele fez de mim o que quis.Palavras monossílabas tônicas: fez, mim e quis.

3.3 Divisão Silábica

A separação silábica (divisão das palavras em sílabas) é feitacom hífen e obedece a algumas regras. Vamos estudá-las:

1ª Regra: não se separam as letras que formam os dígrafos ch, gu, lh,nh e qu.

Exemplos:� Chapéu : cuja separação silábica é cha-péu� Gu incho : cuja separação silábica é guin-cho� Te lha : cuja separação silábica é te-lha� Ninho : cuja separação silábica é ni-nho� Querer : cuja separação silábica é que-rer

2ª Regra: não se separam as letras dos encontros consonantais queapresentam a seguinte formação: consoante + L ou consoante + R.

Exemplos:� Flanela : cuja separação silábica é fla-ne-la� Completo : cuja separação silábica é com-ple-to� Bras i l : cuja separação silábica é Bra-sil� Alegr ia : cuja separação silábica é a-le-gri-a

3ª Regra: separam-se as letras dos dígrafos: rr, ss, sc, sc e xc.

Exemplos:� Ter raço : cuja separação silábica é ter-ra-ço� Pas sar inho : cuja separação silábica é pas-sa-ri-nho� Cresc imento : cuja separação silábica é cres-ci-men-to

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014G/21○ ○ ○ ○ ○

� Desça : cuja separação silábica é des-ça� Exceção : cuja separação silábica é ex-ce-ção

4ª Regra: não se separam as letras que formam um ditongo.

Exemplos:� Histór ia : cuja separação silábica é his-tó-ria

� Comérc io : cuja separação silábica é co-mér-cio� Le i tura : cuja separação silábica é lei-tu-ra� Verdade iro : cuja separação silábica é ver-da-dei-ro

5ª Regra: não se separam as letras que formam um tritongo.

Exemplos:� Paraguai : cuja separação silábica é Pa-ra-guai� Quais : cuja separação silábica é quais� Aver iguou : cuja separação silábica é a-ve-ri-guou

6ª Regra: separam-se as letras que formam um hiato.

Exemplos:� Poe ta : cuja separação silábica é po-e-ta� Saída : cuja separação silábica é sa-í-da� Joe lho : cuja separação silábica é jo-e-lho� Juiz : cuja separação silábica é ju-iz

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Exercícios Propostos

014G/22○ ○ ○ ○ ○

1 - Indique o número de fonemas e o númerode letras das palavras seguintes:

a) vento: ___________________________

b) toda: ____________________________

c) cai: ______________________________

d) haverá: __________________________

e) sobre: ___________________________

f) esse: _____________________________

g) folha: ____________________________

h) que: _____________________________

2 - Coloque D para DITONGO, T para TRI-TONGO ou H para HIATO, para os encon-tros vocálicos grifados nas palavras dadas:

a) ( ) ficou

b) ( ) lábio

c) ( ) oceano

d) ( ) vou

e) ( ) quais

f) ( ) tão

g) ( ) navio

h) ( ) frio

i) ( ) papéis

j) ( ) nua

3 - Indique dentro dos parênteses o encontroconsonantal ou o dígrafo contido em cadapalavra a seguir:a) ( ) sorrisob) ( ) submeterc) ( ) exceçãod) ( ) braço

e) ( ) longef) ( ) caminhog) ( ) pássaroh) ( ) esperai) ( ) trajetóriaj) ( ) chalé

4 - Identifique nos parênteses a sílaba tônicadas palavras destacadas:a) Não se fabrica mais nada naquela in-

dústria? ( )b) Que fábrica é aquela? ( )c) Os brasileiros que lá se encontram tra-

balham com afinco. ( )d) Vamos viajar imediatamente. ( )e) Os prisioneiros cavaram um túnel para

fugir. ( )

5 - Classifique as seguintes palavras quanto àposição da sílaba tônica:a) política: _________________________b) café: ____________________________c) loja: ____________________________d) segurança: ______________________e) gramática: _______________________f) pássaro: _________________________g) passarinho: ______________________h) linguagem: ______________________i) rodapé: __________________________

6 - Separe as sílabas das seguintes palavras:a) exercício:________________________b) gratuito: ________________________c) saia: ____________________________d) saía: ____________________________e) assembléia: ______________________f) areia:____________________________g) apto: ____________________________h) digna:___________________________i) repressão:________________________j) pneumonia: _______________________

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2lição

lição

014G/23

Morfologia

Introdução

Morfologia é a parte da gramática que estuda a forma e a es-trutura das palavras da Língua Portuguesa, para depois classificá-las em categorias gramaticais. Cada palavra, portanto, pode seranalisada de acordo com sua função, forma e estrutura. Analise-mos, por exemplo, a palavra GUARDA-SOL.

GUARDA-SOL

� Quanto à função: é um substantivo (palavra que dá nome a umser).

� Quanto à forma: é gênero masculino e singular.� Quanto à estrutura: é uma palavra composta.

Nesta lição você conhecerá os processos de formação das pala-vras e sua classificação.

1. Radical

Radical é a parte da palavra que contém o seu significado. Apartir do radical de uma palavra primitiva, podemos formar ou-tras, derivadas dela. Observe as seguintes palavras:

� F e r r o� F e r r o l h o� F e r r o a r� F e r r u g e m� F e r r o v i a

Todas estas palavras apresentam uma parte comum, FERR, querecebe o nome de radical. Neste exemplo, a palavra primitiva éFERRO, e, as demais, são derivadas.

A maioria das palavras da Língua Portuguesa tem origem noLatim e no Grego. Vejamos então os principais radicais latinos egregos:

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014G/24○ ○ ○ ○ ○

Radical

agri

beli

cida

cola

deci

equi

fero

forme

frater

herbi

homin(i)

igni

mini

multi

ocul(i)

oni

pedi, pede

petr(i)

pisci

pluvio

retro

sideri

toxico

vitri

voro

Significado

campo

guerra

que mata

que vive, que cultiva

décimo

igual

que contém, que produz

forma

irmão

erva

homem

fogo

muito pequeno

numeroso

olho

tudo, todo

pedra

peixe

chuva

movimento para trás

astro

veneno, entorpecente

vidro

que come

Exemplo

agricultura (cultivo do campo)

bélico (relativo à guerra)

inseticida (que mata insetos)

arborícola (que vive nas árvores)

decímetro (décima parte do metro)

equilátero (que tem os lados iguais entre si)

carbonífero (que contém ou produz carvão)

uniforme (que só tem uma forma)

fraterno (relativo a irmãos)

herbicida (substância empregada na destruição de ervas)

homicídio (assassinato)

ígneo (relativo a fogo)

minissaia (saia muito curta)

multicolorido (que apresenta muitas cores)

oculista

onipotente (que pode tudo)

pedicuro, velocípede

petrificar (converter em pedra)

pisciano (indivíduo nascido sob o signo de Peixes)

pluvial (relativo à chuva)

retroativo (relativo ao passado)

sideral (relativo aos astros)

toxicômano (indivíduo viciado em entorpecentes)

vitrificar (dar aparência de vidro a alguma coisa)

carnívoro (que se alimenta de carne)

RADICAIS LATINOS

RADICAIS GREGOS

Radical

acro

agogo

agro

algia

antropo

arqueo

baro

Significado

alto, elevado, ponto culminante

que conduz

terra

dor

homem

antigo, velho

pressão

Exemplo

acrobata

demagogo

agronomia (estudo do cultivo da terra)

nevralgia (dor que se manifesta na extensão de um nervo)

antropologia (estudo do homem)

arqueologia (estudo das culturas antigas)

barômetro (aparelho usado para medir a pressão atmosférica)

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014G/25○ ○ ○ ○ ○

Radical

biblio

bio

cardio

cefalo

cito

cracia

crono

datilo

deca

demo

derma

dromo

edro

fagia

fago

fobia

fobo

fono

gastro

geo

gono

grafia

grafo

hemo, hemato

hepato

hetero

hidro

hipno

homeo (homo)

latria

logia

macro

metria

metro

micro

mono

morfo

Significado

livro

vida

coração

cabeça

célula

poder, autoridade

tempo

dedo

dez

povo

pele

corrida

base, face

ato de comer

que come ou aquele que come

temor, horror, aversão

que odeia, que tem aversão

som

estômago

terra

ângulo

escrita, descrição

que escreve

sangue

fígado

diferente

água

sono

semelhante

culto, adoração

estudo

grande

medida

que mede

pequeno

único, sozinho

forma

Exemplo

biblioteca (coleção de livros)

biologia (estudo da vida)

cardiologia (estudo do coração)

cefaléia (dor de cabeça)

citologia (estudo da célula)

democracia (governo do povo)

cronômetro (instrumento para medir intervalos de tempo)

datilografar (escrever à máquina)

decaedro (que tem dez faces)

democracia (governo do povo)

dermite (inflamação da pele)

autódromo (local apropriado para corridas de automóvel)

tetraedo (poliedro de quatro faces)

antropofagia (ato de comer carne humana)

antropófago (aquele que come carne humana)

hidrofogia (horror a líquidos)

zoófobo (que tem medo de qualquer animal)

fonologia (estudo do sons da linguagem)

gastrite (inflamação do estômago)

geografia

hexagonal (que tem seis ângulos)

ortografia (escrita correta das palavras)

autógrafo (assinatura ou escrita do próprio autor)

hemorragia (derramamento de sangue para fora dos vasos)

hepatite (inflamação do fígado)

heterogêneo (composto de partes de diferente natureza)

hidromassagem (massagem feita por meio de jatos de água)

hipnose (estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente)

homogêneo (composto de partes da mesma natureza)

idolatria (culto a ídolos)

astrologia (estudo dos astros)

macrocéfalo (que tem a cabeça grande)

cronometria (medição do tempo)

termômetro (instrumento para medir temperatura)

microcéfalo (que tem a cabeça pequena)

monobloco (feito em um só bloco)

morfologia (estudo das formas)

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014G/26○ ○ ○ ○ ○

Radical

neo

neuro, nevr

odonto

oftalmo

orto

pan

pneumo

poli

polis (pole)

psico

rino

scopia

scopio

teca

tele

teo

termo

zoo

Significado

novo

nervo

dente

olho

correto

tudo, todos

pulmão

muito

cidade

alma, espírito

nariz

ato de ver

instrumento que permite ver

coleção, lugar onde se guarda

ao longe, distância

Deus

calor, temperatura

animal

Exemplo

neologismo (palavra ou expressão nova)

neurologia, nevralgia

odontologia (parte da medicina que estuda os dentes)

oftalmologia (ramo da medicina que estuda os olhos)

ortografia

pan-americano (relativo a todas as nações da América)

pneumonia (inflamação do pulmão)

polígono

metrópole (cidade principal ou capital de um estado)

psicopatia (doença mental)

rinite (inflamação da mucosa do nariz)

microscopia

telescópio (instrumento utilizado para ver objetos longíquos)

discoteca

telescópio

teologia (estudo das questões religiosas)

termômetro

zoologia (ramo da história natural que estuda os animais)

2. Prefixo

Prefixo é o elemento colocado antes do radical de uma palavra,com a finalidade de acrescentar a ela um significado.

Exemplos:� RE (exemplos: rever, reanimar, refazer)� DES (exemplos: desfazer, desgraça, desânimo)

Damos a seguir os prefixos de origem latina e grega:

PREFIXOS LATINOS

Prefixo

ab, abs, a

circum, circun, circu

com, con, co

contra

de

des

ex, es, e

Significado

afastamento, separação

em torno de

companhia, ocorrência ao mesmo

oposição

movimento de cima para baixo

separação, ação contrária

movimento para fora, separação

Exemplo

abdicar, abstenção, apartar

circumpolar, circundar, circulação

compartilhar, concomitante, cooperar

contrariar

decair

desmontar

exportar, escorrer, emigrar

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014G/27○ ○ ○ ○ ○

Prefixo

an, a

anti

arqui, arc

dis

ex, ec

hiper

peri

Significado

negação, ausência de

ação contrária, oposição

grau superior

dificuldade

movimento para fora

posição superior, excesso

em torno de

Exemplo

anarquia, ateu

antiaéreo

arquiduque, arcanjo

dispnéia (dificuldade de respirar)

exterior, eclipse

hipertensão

periferia

Prefixo

in, im, i, em

in, im, i, ir

inter, entre

intro

re

super

Significado

movimento para dentro

negação

posição intermediária

para dentro

movimento para trás, repetição

posição em cima, excesso

Exemplo

ingerir, importar, imigrar, embarcar

infeliz, impossível, ilegal, irreal

internacional, entreabrir

introduzir

refluir, refazer

superior, superpopulação

3. Sufixo

Sufixo é o elemento colocado depois doradical de uma palavra, com a finalidade deacrescentar a ela um significado.

Exemplos:

� EIRONa palavra VERDUREIROVERDUR � radicalEIRO � sufixo

� ARIANa palavra SAPATARIASAPAT � radicalARIA � sufixo

Os sufixos costumam ser usados para:

3.1 Indicar Aumentativo

� aça (exemplo: barcaça)

� aço (exemplo: balaço)

� alhão (exemplo: brincalhão)

� anzil (exemplo: corpanzil)� ão (exemplo: mulherão)� arra (exemplo: bocarra)� ázio (exemplo: copázio)

3.2 Indicar Diminutivo

� acho (exemplo: riacho)� ebre (exemplo: casebre)� ejo (exemplo: lugarejo)� eto, eta (exemplos: livreto, saleta)� ico (exemplo: burrico)� inho, inha (exemplos: cantinho, mocinha)� zinho, zinha (exemplos: cajuzinho, florzi-

nha)

3.3 Formar Substantivos Coletivos

� ada (exemplo: cachorrada)� al (exemplo: milharal)� ama (exemplo: dinheirama)� aria (exemplo: livraria)

PREFIXOS GREGOS

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014G/28○ ○ ○ ○ ○

3.4 Indicar Profissão

� dor (exemplo: vendedor)� eiro (exemplo: marceneiro)� tor (exemplo: escultor)

3.5 Indicar Lugar

� ário (exemplo: vestiário)� eiro (exemplo: banheiro)� tório (exemplo: dormitório)

3.6 Indicar Naturalidade e Nacionalidade

� ano (exemplo: alagoano)� ão (exemplo: alemão)� eiro (exemplo: brasileiro)� ês (exemplo: norueguês)� eu (exemplo: hebreu)

3.7 Formar Verbos

� ear (exemplo: pisotear)� entar (exemplo: apresentar)� icar (exemplo: bebericar)� itar (exemplo: saltitar)

4. Formação das Palavras

A formação de palavras na Língua Por-tuguesa é feita através dos seguintes proces-sos: derivação, composição, redução ouabreviação vocabular, onomatopéia e sigla.

4.1 Derivação

Derivação é o processo pelo qual se for-ma uma palavra a partir de outra já existen-te. A palavra que dá origem a outra é chamadade primitiva, e a palavra que se origina deoutra é chamada de derivada.

Exemplos:

� A palavra primitiva PEDRA tem como de-rivadas: PEDRARIA, PEDREIRO, PE-DREGULHO, PEDRADA.

� A palavra primitiva CARNE tem como de-rivadas: ENCARNAR, DESCARNAR,CARNÍVORO, CARNOSO.

Uma derivação pode ser: prefixal, sufi-xal, parassintética, regressiva e imprópria.

4.1.1 Derivação Prefixal ou Prefixação

A derivação prefixal ocorre pelo acrés-cimo de um prefixo.

Exemplos:� des + continuar = descontinuar� hiper + mercado = hipermercado

4.1.2 Derivação Sufixal ou Sufixação

A derivação sufixal ocorre pelo acrésci-mo de um sufixo.

Exemplos:� samb + ista = sambista� polícia + mento = policiamento

4.1.3 Derivação Parassintéticaou Parassíntese

A derivação parassintética ocorre peloacréscimo, ao mesmo tempo, de um prefixo eum sufixo a um radical já existente.

Exemplos:� a + joelh + ar = ajoelhar. Onde:

a � prefixojoelh � radicalar � sufixo

� en + gavet + ar = engavetar. Onde:en � prefixogavet � radicalar � sufixo

4.1.4 Derivação Regressiva

A derivação regressiva ocorre pela redu-ção de elementos já existentes na palavra pri-mitiva.

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Tchibum!

Exemplos:

� BUSCAR (verbo) � BUSCA (substantivo)

� ATACAR (verbo) � ATAQUE (substantivo)

� COMBATER (verbo) � COMBATE(substantivo)

� CASTIGAR (verbo) �CASTIGO(substantivo)

� AMPARAR (verbo) �AMPARO(substantivo)

4.1.5 Derivação Imprópria

A derivação imprópria ocorre quando apalavra não sofre nenhuma modificação emsua forma, apenas muda de classe gramatical.

Exemplos:

� O azul reflete a beleza do mar.Neste exemplo, o adjetivo azul foi empre-gado como sujeito.

� Pisava forte no chão.Neste exemplo, o adjetivo forte foi empre-gado como advérbio (fortemente).

4.2 Composição

Composição é o processo de formação depalavras pela junção de duas ou mais pala-vras, ou pela junção de dois ou mais radicaisjá existentes. Pode se realizar por justaposi-ção ou por aglutinação.

4.2.1 Composição por Justaposição

Neste processo, cada elemento que com-põe a nova palavra mantém sua pronúncia.

Exemplos:

� guarda + chuva = guarda-chuva

� mal + me + quer = malmequer

� vai + vem = vaivém

� arco + íris = arco-íris

� sexta + feira = sexta-feira

4.2.2 Composição por Aglutinação

Neste processo, pelo menos um dos ele-mentos da nova palavra sofre alteração na suapronúncia.

Exemplos:� plano + alto = planalto� água + ardente = aguardente� alvo + verde = alviverde� perna + alta = pernalta

4.3 Redução ou Abreviação Vocabular

Consiste na redução fonética da palavra.

Exemplos:� Foto � Fotografia� Quilo � Quilograma� Auto � Automóvel� Pneu � Pneumático� Cine � Cinema

Não se deve confundir abreviação voca-bular com abreviatura ou sigla da palavra.

Exemplos:� Av. (abreviatura da palavra AVENIDA)� MEC (sigla que significa MINISTÉRIO DA

EDUCAÇÃO E CULTURA)

4.4 Onomatopéia

A onomatopéia consiste em criar palavrasque tentam reproduzir sons ou ruídos.

Exemplos:

� tique-taque

� ping-pong

� pio

� reco-reco

� zunzum� tchibum

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4.5 Sigla

Através deste processo são reduzidos tí-tulos e expressões extensos, utilizando a le-tra ou a sílaba inicial de cada um doselementos.

Exemplos:

� FUNAI, que significa Fundação Nacionaldo Índio

� USP, que significa Universidade de SãoPaulo

� OVNI, que significa Objeto Voador Não-Identificado

� IBOPE, que significa Instituto Brasileirode Opinião Pública e Estatística

� IBGE, que significa Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística

� ONU, que significa Organização das Na-ções Unidas

5. Classes de Palavras

“Existem no jardim muitos habitantesque não podem ser vistos com facilidade,pelo menos durante o dia. É o caso, porexemplo, dos caracóis e das lesmas. Parase descobrir o esconderijo diurno dessesanimaizinhos, bastaria seguir o ‘caminho’prateado que eles deixam sobre a grama eas folhas das plantas. Ele poderia condu-

zi-lo até os galhos caídos e as pedras emum canto do jardim. (...)Você encontraráum mundo praticamente novo e desco-nhecido.”

(O Verde e a Vida – Sonia Tokitaka e He-loísa Gebara)

Lendo o texto e observando a ilustração,temos aqui duas mensagens: uma visual e umaverbal. A ilustração, que utiliza a linguagemnão-verbal, reproduz um ambiente do mun-do real, com plantas e animais.

No texto foram usadas palavras que de-signam os seres (jardim, caracóis, lesmas, es-

Anotações/dicas

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conderijo, pedras, etc.), que ligam palavras(no, que, em, etc.), que indicam ações (desco-brir, seguir, encontrará), etc.

Ao produzir uma mensagem falada ou es-crita, cada palavra tem uma finalidade espe-cífica. De acordo com cada finalidade, aspalavras são classificadas em 10 grupos, cha-mados classes gramaticais, que são: substan-tivo, adjetivo, verbo, pronome, numeral,artigo, advérbio, preposição, conjunção e in-terjeição.

As 10 classes gramaticais dividem-se emdois grupos:

a) Variáveis: podem apresentar mudança naforma. São os: substantivo, adjetivo, verbo,artigo, pronome e numeral.

b) Invariáveis: não apresentam mudança naforma. São os: advérbio, preposição, con-junção e interjeição.

Vamos, a seguir, estudar cada uma dasclasses gramaticais.

5.1 Substantivo

Substantivo é a palavra que dá nome aosseres.

Exemplos:

� Lugares (exemplos: São Paulo, Andradina,Ponta Grossa, Santos)

� Criaturas reais ou imaginárias (exemplos:João, Papai Noel, assombração, Saci)

� Objetos (exemplos: vaso, panela, cadeira,livro)

� Sentimentos (exemplos: amor, saudade,paixão, ódio, alegria, amizade)

� Qualidades (exemplos: riqueza, beleza,feiúra, suavidade, fraqueza)

� Espécie ou gênero (exemplos: maçã, ma-deira, artista, visitante, fruta)

O substantivo é classificado como: co-mum, próprio, concreto, abstrato, simples,composto, primitivo, derivado ou coletivo.

5.1.1 Substantivos Comum e Próprio

Substantivo comum é aquele que dá nomeao grupo de seres de uma mesma espécie.

Exemplos:� Homem� Cão� Cidade� Mulher� Menino� País

Substantivo próprio é aquele que dá nomea um ser entre todos os outros seres de umamesma espécie.

Exemplos:� José� Totó� Porto Alegre� Maria� Pedrinho� Portugal

5.1.2 Substantivos Concreto e Abstrato

Substantivo concreto é aquele que desig-na o ser que existe independentemente deoutros seres, podendo ser real ou imaginário.

Exemplos:� Livro� Árvore� Fada� Fantasma

Substantivo abstrato é aquele que desig-na seres que dependem de outros para se ma-

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nifestar ou existir. Designam ação, sentimen-to, estado ou qualidade.

Exemplos:� Briga� Derrota� Amor� Ódio� Beleza� Riqueza� Magreza� Ternura

5.1.3 Substantivos Simples eComposto

Substantivo simples é aquele formado porum único elemento.

Exemplos:

� Chuva

� Sofá

� Sol

� Tempo

Substantivo composto é aquele formadopor dois ou mais elementos. Os elementos queformam um substantivo composto podem virunidos ou separados por hífen.

Exemplos:

� Guarda-chuva

� Sofá-cama

� Guarda-sol

� Bem-te-vi

� Passatempo

� Girassol

5.1.4 Substantivos Primitivo e Derivado

Substantivo primitivo é aquele que nãoderiva de nenhuma outra palavra.

Exemplos:� Limão� Escada� Ferro� Noite

Substantivo derivado é aquele que se ori-gina de outra palavra.

Exemplos:� Limoeiro� Escadaria� Ferreiro� Noitada

5.1.5 Substantivo Coletivo

Substantivo coletivo é o substantivo co-mum que, no singular, designa um conjuntode seres.

Exemplos:

� Enxame

� Ramalhete

� Multidão

Damos a seguir uma relação dos substan-tivos coletivos mais usados na Língua Portu-guesa:

� Alcatéia (coletivo de lobos)

� Armada (coletivo de navios de guerra)

� Arquipélago (coletivo de ilhas)

� Banca (coletivo de examinadores)

� Banda (coletivo de músicos)

� Bando (coletivo de aves, de ciganos e de sal-teadores)

� Batalhão (coletivo de soldados)

� Cacho (coletivo de bananas e de uvas)

� Cáfila (coletivo de camelos)

� Cancioneiro (coletivo de canções e de poe-sias líricas)

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� Caravana (coletivo de viajantes)� Cardume (coletivo de peixes)� Chusma (coletivo de pessoas)� Clero (coletivo de sacerdotes)� Colméia (coletivo de abelhas)� Conclave (coletivo de cardeais para a elei-

ção do Papa)� Constelação (coletivo de estrelas)� Corja (coletivo de vadios, de velhacos e de

ladrões)� Coro (coletivo de anjos e de cantores)� Elenco (coletivo de atores)� Enxame (coletivo de abelhas)� Esquadra (coletivo de navios de guerra)� Esquadrilha (coletivo de aviões)� Exército (coletivo de soldados)� Falange (coletivo de soldados e de anjos)� Fato (coletivo de cabras)

� Feixe (coletivo de lenha e de capim)

� Frota (coletivo de navios mercantes e deônibus)

� Horda (coletivo de desordeiros, de aventu-reiros e de bandidos)

� Junta (coletivo de bois, de médicos e deexaminadores)

� Legião (coletivo de soldados e de demônios)

� Malta (coletivo de desordeiros)

� Manada (coletivo de bois, de búfalos e deelefantes)

� Matilha (coletivo de cães de caça)

� Molho (coletivo de chaves e de verdura)

� Multidão (coletivo de pessoas)

� Ninhada (coletivo de pintos)

� Platéia (coletivo de espectadores)

� Penca (coletivo de frutas e de chaves)

� Plêiade (coletivo de poetas e de artistas)

� Quadrilha (coletivo de salteadores)

� Ramalhete (coletivo de flores)

� Rebanho (coletivo de gado)

� Resma (coletivo de folhas de papel)

� Réstia (coletivo de cebola e de alho)� Romanceiro (coletivo de poesias narrativas)� Súcia (coletivo de velhacos e de desordei-

ros)� Tripulação (coletivo de tripulantes)� Turma (coletivo de estudantes e de traba-

lhadores)� Vara (coletivo de porcos)

5.2 Adjetivo

Adjetivo é a palavra que expressa carac-terística, qualidade, defeito, aparência ou es-tado dos seres.

Exemplos:

� Macio

� Inteligente

� Inútil

� Feio

� Bonito

� Econômico

� Azul

� Angelical

O adjetivo sempre modifica um substan-tivo ou pronome.

Exemplos:

� Aquela casa é bonita.Casa � substantivoBonita � adjetivo

� Aquela casa é feia.Casa � substantivoFeia � adjetivo

Para reconhecer um adjetivo com maiorfacilidade, basta verificar se a palavra pode serprecedida de “tão”, no singular ou no plural.

Exemplos:� Alegre é um adjetivo, porque é possível di-

zer tão alegre e tão alegres

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� Casa não é um adjetivo, porque não é pos-sível dizer tão casa ou tão casas.

5.2.1 Classificação dos Adjetivos

Os adjetivos classificam-se em primiti-vos, derivados, simples, compostos e pátriosou gentílicos.

Adjetivo primitivo é aquele que não de-riva de outra palavra da Língua Portuguesa.

Exemplos:� Fiel� Falso� Novo

Adjetivo derivado é aquele que se origi-na de um substantivo, de um verbo ou de ou-tro adjetivo.

Exemplos:� MORTAL derivado do substantivo MOR-

TE� LAMENTÁVEL derivado do verbo LA-

MENTAR� DESUMANO derivado do adjetivo HUMA-

NO

Adjetivo simples é aquele que apresentaum só elemento.

Exemplos:� Azul� Brasileiro� Econômico

Adjetivo composto é aquele formado pordois ou mais elementos (separado ou não porhífen).

Exemplos:� Azul-claro� Luso-brasileiro� Socioeconômico

Adjetivo pátrio ou gentílico é o que se re-fere à naturalidade ou nacionalidade.

Exemplos:

� Baiano

� Nordestino

� Sulista

� Brasileiro

� Holandês

� Norte-americano

� Carioca

� Gaúcho

5.2.2 Locuções Adjetivas

Locuções adjetivas são expressões queequivalem a adjetivos.

Exemplos:

� sem capacidade � incapaz

� de escola � escolar

� de filho � filial

� de mãe � maternal

� do pai � paterno

� sem coragem � medroso

� sem limites � ilimitado

5.3 Artigo

Artigo é a palavra empregada antes de umsubstantivo para defini-lo ou indefini-lo.

Observe as seguintes frases:

João vai dar umvaso de presente.

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João vai dar o vaso de presente.

Na primeira frase, não está especificadoqual o vaso que João vai dar de presente. Oartigo um indefine o substantivo vaso sendo,portanto, um artigo indefinido.

Na segunda frase, não se trata de um vasoqualquer, mas sim de um vaso definido. O ar-tigo o define o substantivo vaso sendo, por-tanto, um artigo definido.

5.3.1 Artigos Indefinidos

Os artigos indefinidos são usados parageneralizar ou indefinir um substantivo,como vimos no exemplo dado. São artigos in-definidos os artigos: UM, UMA, UNS eUMAS.

Exemplos:� um amigo� um professor� uns cadernos� uma revista

5.3.2 Artigos Definidos

Os artigos definidos são usados para in-dividualizar, determinar ou definir um subs-tantivo. São artigos definidos os artigos: O,A, OS e AS.

Exemplos:� o amigo� o professor

� o caderno� a revista

5.4 Numeral

Numeral é a palavra que indica a quanti-dade de seres ou a posição que os seres ocu-pam numa série.

Exemplos:

� Cinco

� Mil

� Dezesseis

� Primeiro

� Décimo

O numeral pode ser: cardinal, ordinal,multiplicativo ou fracionário.

5.4.1 Numeral Cardinal

Indica quantidade exata de seres.

Exemplos:

� Três carros

� Doze pessoas

� Cinco milhões de insetos

5.4.2 Numeral Ordinal

Indica a ordem dos seres numa série.

Exemplos:

� Primeiro

� Segundo

� Décimo

� Milésimo

5.4.3 Numeral Multiplicativo

Indica uma quantidade multiplicada domesmo ser.

Exemplos:

� Dobro

� Triplo

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� Quádruplo� Dupla

5.4.4 Numeral Fracionário

Indica divisão de uma quantidade.

Exemplos:� Um terço� Um oitavo� Meio� Metade

São consideradascomo numerais as pala-vras:� ZERO� AMBOS e AMBAS� que designam um conjunto de seres (nume-

rais coletivos): PAR, NOVENA, DEZENA,CENTENA, DÉCADA, SÉCULO, DÚZIA,GROSA, MILHEIRO, CENTENÁRIO, etc.

Escreva cinqüenta,e não cincoenta. Você pode

escrever catorze ou quatorze;ambas as formas são corretas.

5.5 Pronome

Pronome é a palavra que substitui ou de-termina um nome.

Observe a ilustração, a figura mostra astrês pessoas do discurso, que são:

� Quem fala: a mulher.Ela se refere a si mesma dizendo eu. Estapalavra representa a primeira pessoa dodiscurso (quem fala) no singular.

� Quem ouve: a criança.A palavra você refere-se à segunda pessoado discurso (o ouvinte) no singular.

� A palavra ele refere-se à terceira pessoado discurso (pessoa ou coisa de quem sefala) no singular: o gato.

81

(Um oitavo)

Anotações/dicas

Eu gostaria quevocê ficasse

com ele!

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Portanto, são três as pessoas do discurso ou pessoas gramaticais:� 1ª pessoa: eu (singular) e nós (plural)� 2ª pessoa: tu, você (singular) e vós, vocês (plural)� 3ª pessoa: ele, ela (singular) e eles, elas (plural)

Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, in-definidos, interrogativos e relativos.

5.5.1 Pronomes Pessoais

Pronomes pessoais são aqueles que substituem as três pessoas gramati-cais (1ª pessoa, 2ª pessoa e 3ª pessoa), podendo dividir-se em retos e oblíquos,conforme a tabela a seguir.

Entre os pronomes pessoais incluem-se também os pronomes de trata-mento, que indicam respeito, cortesia, cerimônia. Veja a tabela a seguir.

RetosOblíquos

Átonos Tônicos

Singular

Plural

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

eutuele, ela

nósvóseles, elas

metese, lhe, o, a

nosvosse, lhes, os, as

mim, comigoti, contigosi, consigo, ele, ela

nós, conoscovós, convoscosi, consigo, eles, elas

Plural

Sr.s/Sr.as

VV.AA.

V. Em.as

V. Ex.as

V. Mag.as

VV. MM.

V. Rev.mas

V.S.as

Pronome

Senhor/Senhora

Você

Vossa Alteza

Vossa Eminência

Vossa Excelência

Vossa Magnificência

Vossa Majestade

Vossa Meretíssima

Vossa Reverendíssima

Vossa Senhoria

Vossa Santidade

Singular

Sr./Sr.ª

v.

V.A.

V. Em.ª

V. Ex.ª

V. Mag.ª

V. M.

usado por extenso

V. Rev.ma

V. S.ª

V. S

Emprego

tratamento respeitoso em geral

tratamento familiar

príncipes, princesas, duques

cardeais

altas autoridades

reitores de universidades

reis, imperadores

juízes de direito

sacerdotes

altas autoridades (é bastante fre-qüente também na correspondência

comercial)

Papa

Abreviatura

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5.5.2 Pronomes Possessivos

Pronomes Possessivos são os pronomesque indicam o que pertence a cada uma daspessoas gramaticais. São eles:

Singular� 1ª pessoa: meu, minha, meus, minhas

� 2ª pessoa: teu, tua, teus, tuas� 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas

Plural� 1ª pessoa: nosso, nossa, nossos, nossas

� 2ª pessoa: vosso, vossa, vossos, vossas� 3ª pessoa: seu, sua, seus, suas

5.5.3 Pronomes Demonstrativos

Os pronomes que situam no espaço os se-res de que se fala são chamados de pronomesdemonstrativos. São eles:� este, esta, isto indicando que o ser está per-

to da pessoa que fala (o falante).� esse, essa, isso indicando que o ser está per-

to da pessoa com quem se fala (o ouvinte).� aquele, aquela, aquilo indicando que o ser

está afastado do falante e do ouvinte.

5.5.4 Pronomes Indefinidos

Os pronomes indefinidos são aqueles quese referem à 3ª pessoa gramatical de modovago, impreciso e indeterminado, podendo serclassificados como variáveis e invariáveis. Sãoeles:

Variáveis� algum, alguma, alguns, algumas� nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas� todo, toda, todos, todas� outro, outra, outros, outras� muito, muita, muitos, muitas� pouco, pouca, poucos, poucas� certo, certa, certos, certas

� vário, vária, vários, várias� tanto, tanta, tantos, tantas� quanto, quanta, quantos, quantas� qualquer, quaisquer

Invariáveis

� alguém� ninguém� tudo� outrem (outra pessoa)� nada� cada� algo� quem

5.5.5 Pronomes Interrogativos

Pronomes interrogativos são os pronomesindefinidos que, quem, qual e quanto empre-gados em frases interrogativas.

Exemplos:� Que recibo? Não assinei nenhum.� O que significa a palavra pluricelular?� Quando perguntei quem tinha saído, não

me respondeu.� Quanto custa esse dicionário?

5.5.6 Pronomes Relativos

Pronomes relativos são os pronomes queaparecem numa oração* representando algu-ma palavra que já apareceu na oração ante-rior. Também podem ser variáveis ou invari-áveis. São os seguintes:

Variáveis

� o qual, a qual, os quais, as quais� cujo, cuja, cujos, cujas� quanto, quanta, quantos, quantas

* Oração: é a frase, ou parte dela, que se organizaem torno de um verbo ou de uma locução verbal.

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Invariáveis

� que� quem� onde

Exemplos:� Esse é o livro que prefiro.� Chegou a pessoa de quem se falava.

� Este é a cidade onde nasci.

5.6 Verbo

Verbo é a palavra que exprime ação, es-tado, mudança de estado e fenômeno, situ-ando-os no tempo passado, presente e futuro.

Observe o texto:

O jardim estava repleto de flores, algumasmiudinhas, azuis e brancas, outras enor-mes, em cachos, de um vermelho tão vivoque doía nos olhos. E as borboletas? Tãocoloridas e tão frágeis, a esvoaçar no verdetapete do gramado, aproximando-se mui-tas vezes da casa. Ah! A casa! Era um so-brado maravilhoso, no mais lindoamarelo-claro com detalhes em branco!Uma chuva de florzinhas amarelas a des-pencar das janelas! Esse, o lugar dos meussonhos...

Todas as palavras destacadas no textosão verbos, a classe de palavras que apre-senta o maior número de flexões na LínguaPortuguesa.

5.6.1 Flexões dos Verbos

Veja, por exemplo, a forma estudávamos.Ela indica:

� a ação de estudar

� a pessoa gramatical que pratica essa ação(nós)

� o número gramatical (plural)

� o tempo em que essa ação ocorreu (pretérito)

� o modo como é encarada a ação: um fatoacontecido no passado (indicativo)

� que o sujeito pratica a ação (voz ativa)

Os verbos admitem as formas singular eplural.

Exemplos:Singular � Maria estuda naquele colégio.Plural � Renata e Patrícia estudam naquele

colégio.

As três pessoas gramaticais servem desujeito para o verbo:

� 1ª Pessoa (aquela que fala)Singular � Eu estudo.Plural � Nós estudamos.

� 2ª Pessoa (aquela que ouve)Singular � Tu estudas.Plural � Vós estudais.

� 3ª Pessoa (aquela de quem se fala)Singular � Ele estuda. Ela estuda.Plural � Eles estudam. Elas estudam.

O modo verbal indica a maneira como ofato é expresso pela pessoa que comunica amensagem. São três os modos:

� Modo Indicativo: quando a pessoa que falademonstra certeza sobre o fato.

Exemplo:� João trabalhava na feira do subúrbio.

� Modo Subjuntivo: quando a pessoa que falademonstra dúvida diante do fato.

Exemplo:� Talvez João trabalhe na feira do subúrbio.

� Modo Imperativo: quando a pessoa expres-sa o fato como uma ordem, um conselho,um pedido.

Exemplo:

� Trabalhe na feira do subúrbio, João.

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O tempo verbal localiza o fato em rela-ção ao momento em que se fala. São três:

� Presente: é quando o fato acontece no exa-to momento em que se fala.

Exemplo:

� Pego a apostila e estudo.

� Pretérito (ou Passado): é quando o fatoaconteceu num momento anterior àqueleem que se fala.

Exemplo:� Peguei a apostila e estudei.

� Futuro: é quando o fato ainda não aconte-ceu e poderá acontecer após o momento emque se fala.

Exemplo:� Pegarei a apostila e estudarei.

As vozes dos verbos são:

� Voz Ativa: é quando o sujeito pratica a açãoexpressa pelo verbo.

Exemplo:� A menina penteou o cachorrinho.

� Voz Passiva: é quando o sujeito sofre a açãoexpressa pelo verbo.

Exemplo:� O cachorrinho foi penteado pela menina.

� Voz Reflexiva: é quando o sujeito pratica esofre a ação expressa pelo verbo.

Exemplo:� A menina penteou-se.

5.6.2 Locução Verbal

É formada por um verbo auxiliar e umverbo principal, que equivalem a uma só for-ma verbal.

Exemplos:� Na frase: Este trabalho será refeito.

será é verbo auxiliar, erefeito é verbo principal

� Na frase: Os tios de Maria ficaram conver-sando até altas horas.

ficaram é verbo auxiliar, econversando é verbo principal

5.7 Advérbio

Advérbio é a palavra que modifica umverbo, um adjetivo ou outro advérbio, indi-cando uma circunstância. Observe as seguin-tes frases:

� Visitei minha prima.� Ontem visitei minha prima.

Note que a segunda frase é mais comple-ta, pois a palavra ontem ampliou a informa-ção expressa pelo verbo visitar. Ontem indicaquando ocorreu o fato de visitar, ou seja, in-dica uma circunstância de tempo. Nesta fra-se, ontem é um advérbio que modifica o verbo.

Exemplos:� Dia lindo.� Dia muito lindo.

Observe que a palavra muito está inten-sificando o significado do adjetivo lindo. Mui-to é um advérbio que modifica o adjetivo.

Veja agora como um advérbio pode tam-bém modificar um outro advérbio:

� A casa ficava tão longe que demoramos achegar.

Nesta frase, tão e longe são advérbios.O advérbio tão está modificando o advér-bio longe.

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5.7.1 Locução Adverbial

Locução adverbial é um conjunto de pala-vras que tem a mesma função de um advérbio.

Exemplos:

� Ela comeu em demasia.

Circunstância

Afirmação

Dúvida

Intensidade

Lugar

Modo

Negação

Tempo

Advérbio

sim, certamente, deveras,realmente, etc.

talvez, acaso, porventura,provavelmente, decerto,etc.

bastante, bem, demais,mais, menos, muito, pouco,quase, quanto, tanto, tão,demasiado, meio, todo,completamente,demasiadamente,excessivamente, apenas,etc.

abaixo, acima, adiante, aí,aqui, além, ali, aquém, cá,acolá, atrás, através,dentro, fora, perto, longe,junto, onde, defronte,detrás, etc.

assim, bem, mal, depressa,devagar, pior, melhor,como, alerta, suavemente,lentamente, e quase todosos advérbios terminadosem -mente.

não.

hoje, ontem, amanhã, agora,depois, antes, já,anteontem, sempre, nunca,tarde, jamais, outrora,raramente, sucessivamente,presentemente, etc.

Locução adverbial

com certeza, por certo, semdúvida, de fato, etc.

de muito, de pouco, de todo, emdemasia, em excesso, porcompleto, etc.

à direita, à esquerda, à distância,ao lado, de longe, de perto, paradentro, por aqui, em cima, porfora, para onde, por ali, pordentro, etc.

às cegas, às claras, à toa, àvontade, às pressas, a pé, ao léu,às escondidas, em geral, em vão,passo a passo, de cor, frente afrente, lado a lado, etc.

de forma alguma, de jeito algum,de modo algum, de jeitonenhum, etc.

à noite, à tarde, às vezes, derepente, de manhã, de vez emquando, de súbito, de quando emquando, em breve, de tempos emtempos, vez por outra, hoje emdia, etc.

Exemplos

Sim, era pura teimosia. (Érico Veríssimo)

_ O senhor é Rogério Palma? _ indagou._ Exatamente - respondi eu. (Lúcio Cardoso)

Havia uma desgraça, com certeza haviauma desgraça. (Graciliano Ramos)

Tirou os óculos talvez para respirarmelhor. (Clarice Lispector)

_ Vovozinha, que braços tão magros osseus e que mãos tão trementes.(Guimarães Rosa)

Gastavam água em excesso.

Não precisava ir longe.(José Lins do Rego)

Foram se postar mais adiante...(Jorge Amado)

(...) balõesPassavam errantesSilenciosamente.(Manuel Bandeira)

As águas atrasadasderramavam-se em desordem pelo mato.(Raul Bopp)

Não ouvi coisa alguma.

De jeito algum vou trabalhar neste lugar.

Hoje tem festa no brejo.(Carlos Drummond de Andrade)

Os pardais acordavam de manhã.(Dalton Trevisan)

� Em breve teremos notícias daquele casal.

“Em demasia” é uma locução adverbialque tem a mesma função do advérbio demodo “demasiadamente”. A locução adver-bial “em breve” corresponde ao advérbio“brevemente”.

5.7.2 Classificação de Advérbios e Locuções Adverbiais

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5.8 Preposição

Preposição é a palavra que relaciona dois termos, em que um completaou explica o sentido do outro. Observe a frase:� Estou com medo.

Nesta frase, o sentido do termo estou é completado pelo termo medo. Arelação entre os dois termos é feita pela palavra com, que é uma preposição.

Exemplos:� Ele ficou sem dinheiro.� Mariana foi até a sala de reuniões.� Os meninos continuaram contra a idéia de viajar.� Alimentar-se bem ajuda a crescer com saúde.

As palavras: A, DE, COM, ANTE, SOBRE, EM, ATÉ, CONTRA, EN-TRE, PARA, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, ATRÁS, APÓS, TRÁS,DESDE são preposições.

5.8.1 Locução Prepositiva

Quando várias palavras têm valor de uma preposição, temos o que se cha-ma de locução prepositiva, que geralmente termina com a preposição de.

Exemplos:� Ele estava a fim de encerrar o trabalho naquela manhã.� Havia muitos interessados, apesar de ser um dia chuvoso.

As preposições podem ser combinadas com artigos, com alguns prono-mes e com advérbios, formando palavras como do, disto, pelas, etc. Veja atabela a seguir.

5.9 Conjunção

Conjunção é a palavra que liga orações ou termos semelhantes de umamesma oração.

Exemplo:� Joana correu e alcançou a bola.

de

de + o = dode + ele = delede + este = destede + isto = distode + esse = dessede + isso = dissode + aquele = daquelede + aqui = daquide + ali = dali

em

em + o = noem + ele = neleem + este = nesteem + isto = nistoem + esse = nesseem + isso = nissoem + aquele = naqueleem + aquilo = naquiloem + outro = noutroem + um = num

per

per + o = peloper + a = pelaper + os = pelosper + as = pelas

a

a + o = aoa + os = aosa + onde = aonde

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014G/43○ ○ ○ ○ ○

Neste exemplo, a palavra e é uma con-junção, pois está ligando a primeira oração(Joana correu) à segunda oração (alcançou abola).

São conjunções: NEM, MAS, PORÉM,TODAVIA, CONTUDO, ENTRETANTO,SENÃO, ORA, LOGO, PORTANTO, POIS,ASSIM, PORQUE, PORQUANTO, COMO,SE, CASO, CONFORME, EMBORA, QUAN-DO, APENAS.

Exemplos:� Não desobedeça, pois ela é sua mãe!� Ao descer a ladeira, a carga ora escorrega

para um lado, ora para o outro.

5.9.1 Locução Conjuntiva

Quando várias palavras exercem a fun-ção de conjunção, temos uma locução con-juntiva.

Exemplos:

� Ele sentiu-se mal logo que começou o filme.

� Vamos àquele parque, já que a entrada émais barata.

� Lá chegando, não só ela, mas também to-dos os vizinhos começaram a dançar.

5.10 Interjeição

Interjeição é a palavra que expressa emo-ção, sensação, apelo ou saudação. Por estemotivo, é sempre acompanhada do sinal deexclamação (!).

Exemplos:

� Oh! Que casa linda!

� Oba! Vamos viajar!

� Silêncio! Estamos na biblioteca!

As interjeições são classificadas de acordocom o sentimento que expressam, entretanto,essa classificação não é rigorosa, uma vez que:

� Uma mesma interjeição pode expressarmais de um sentimento.� Psiu! Quer sair comigo? (um rapaz diri-

gindo-se a uma garota, por exemplo)Psiu! Fale baixo! (um apelo)

� Puxa! Como você pôde fazer isso com ela,tão sua amiga? (desaprovação)Puxa! Ela correu sem parar! (admiração)

� Pode haver mais de uma interjeição paraexpressar o mesmo sentimento.

� Ó! Minhas amigas... (chamamento)

� Ei! Venham cá, minhas amigas! (chama-mento)

As principais interjeições usadas na Lín-gua Portuguesa podem representar:

� Advertência (exemplos: alerta! cuidado!calma! atenção! devagar! olha lá!)

� Animação (exemplos: coragem! avante! eia!vamos! força! firme!)

� Alegria (exemplos: ah! oh! viva! oba! ale-luia! eh!)

� Alívio (exemplos: ufa! arre! uf! ah!)

� Aprovação (exemplos: bravo! bis! viva!boa!)

� Apelo, chamamento (exemplos: alô! olá!psiu! socorro! ei! valha-me Deus!)

� Concordância (exemplos: claro! sim! poisnão! hã-hã! tá!)

� Desaprovação (exemplos: credo! fora! bas-ta! francamente! xi! puxa!)

� Desejo (exemplos: oh! oxalá! tomara! pu-dera!)

� Dor, lástima (exemplos: ai! ui! ai de mim!que pena! ah! oh!)

� Dúvida, incredulidade (exemplos: qual!qual o quê! pois sim! hum! epa! ora!)

� Impaciência, contrariedade (exemplos:hum! hem! raios! diabo! puxa! pô!)

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014G/44○ ○ ○ ○ ○

Anotações/dicas

� Medo, terror (exemplos: ui! uh! credo! cruzes!)

� Saudação (exemplos: salve! adeus! viva! oi! olá! alô!)

� Silêncio (exemplos: psiu! silêncio!)

� Surpresa, espanto, admiração (exemplos: ah! oh! xi! ué! uai! puxa!céus! caramba! quê! opa! virgem! putz!)

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Exercícios Propostos○

014G/45○ ○ ○ ○ ○

1 - Classifique as palavras destacadas no texto:

“A antiga civilização grega baseou a sua ur-banização e arquitetura em sólidos princí-pios matemáticos, onde a escala humana erao ponto de referência para os tamanhos eproporções, e as construções eram volta-das para o ser humano”. (A Grande Aven-tura de Cousteau).

antiga _____________________________baseou _____________________________sua ________________________________e __________________________________princípios __________________________a __________________________________de _________________________________para _______________________________construções ________________________

2 - Identifique se as palavras um, uma são ar-tigo definido ou numeral:a) Um atleta brasileiro conseguiu ultra-

passar a marca de um quilômetro namaratona.

______________________________________________________________________

b)Uma molécula é formada por, no míni-mo, dois átomos.

______________________________________________________________________

c) Dizem que os gatos têm sete vidas. Vocêtem apenas uma: cuide bem dela!

______________________________________________________________________

d)João não fala uma palavra sequer de ale-mão!

______________________________________________________________________

e) Os índios abriram uma clareira na flo-resta.

______________________________________________________________________

3) Classifique os pronomes em destaque:a) Desde que você me julgou culpado, nada

consigo de bom.______________________________________________________________________

b) Tu gostas de macarronada? Este pratoé muito bom!

______________________________________________________________________

c) Quantas medalhas serão necessáriaspara a premiação?

______________________________________________________________________

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014G/46○ ○ ○ ○ ○

d) Vossa Excelência deseja jantar agora?______________________________________________________________________

e) Clara foi visitar sua tia e encontrou vá-rias pessoas que não via há muito tem-po.

______________________________________________________________________

4 - Identifique os verbos no texto:

“De uma forma geral, as ilhas do Mar Me-diterrâneo assemelham-se às das costas dosul da Europa, da Ásia Menor e do norte daÁfrica. Os relevos montanhosos são cober-tos por vegetação de baixa altura, alternan-do-se com pequenos vales e costas rochosascalcárias e dando a essas ilhas o aspectorude e árido tão característico das típicaspaisagens mediterrâneas”. (A GrandeAventura de Cousteau)

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5 - Coloque as frases na voz passiva:a) Sua tristeza isolou-o por muito tempo.______________________________________________________________________

b)A menina abriu o portão.______________________________________________________________________

c) As pedras que caíam quase a atingiram.______________________________________________________________________

d)Patrícia abria o leque.______________________________________________________________________

6 - Identifique os advérbios e classifique-os:a) Era bonita demais! Todos queriam fi-

car perto dela mas não conseguiam seaproximar.

______________________________________________________________________

b)Eles raramente visitavam os avós, pro-vavelmente devido à distância.

______________________________________________________________________

c) Se você não se esforçar, certamenteterá dificuldades imensas.

______________________________________________________________________

d)Hoje estou contente! Amanhã, talvez mearrependa e não volte aqui de jeito ne-nhum!

______________________________________________________________________

7 - Identifique se o a destacado é artigo oupreposição:a) Maria e Fabiana começaram a estudar.______________________________________________________________________

b)A melhor coisa a fazer é não retrucar.______________________________________________________________________

c) Esta é a lição que aprendi na vida: serhonesto.

______________________________________________________________________

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014G/47○ ○ ○ ○ ○

d) Encare a verdade: ela não precisa devocê a toda hora!

______________________________________________________________________

e) Vamos nos pôr a caminho, sem demora.______________________________________________________________________

f) Sem ele a me importunar, conseguireiacabar de ler a revista.

______________________________________________________________________

8 - Leia com atenção as frases seguintes eidentifique a conjunção que completa cor-retamente as lacunas:a) O menino tomou banho, ____ não la-

vou a cabeça.b) Não foi à escola ____ estava doente.c) Vou ao colégio todos os dias, ___ sou

um aluno assíduo.d) ____ você não me emprestar aquele

livro, não poderei estudar para a pro-va de amanhã.

9 - Identifique e classifique as interjeiçõesencontradas no texto a seguir:

- Puxa! Você teve muita sorte ao escapardaquela armadilha! Os ursos, coitados, tal-vez não tenham a mesma sorte. Tomaraque também consigam escapar!- Psiu! Acho que eles estão por perto!- Cruzes! Onde vamos nos esconder?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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3lição

lição

014G/49○ ○ ○ ○ ○

Concordância

Introdução

Nesta lição vamos abordar um assuntomuito importante para quem deseja e precisasaber escrever e falar bem: a concordânciaverbal e nominal. Vamos dar as regras geraise também alguns casos particulares de con-cordância, ou seja, vamos falar da correspon-dência de flexão entre dois termos.

1. Concordância Verbal

1.1 Sujeito Simples

O verbo deve sempre concordar com o su-jeito em pessoa e número.

Exemplo:

� Os meninos não estudaram para a prova.Sujeito � os meninos � 3ª pessoa do pluralVerbo � estudaram � 3ª pessoa do plural

1.2 Sujeito Composto

Se o sujeito for composto por elementosda 3ª pessoa gramatical, o verbo irá para a 3ªpessoa do plural.

Exemplos:

� Vários livros e revistas permaneceram naestante.Sujeito � vários livros � 3ª pessoa do pluralSujeito � revistas � 3ª pessoa do pluralVerbo � permaneceram � 3ª pessoa do plural

� Este pacote e esta mala reapareceram mis-teriosamente.Sujeito � este pacote � 3ª pessoa do pluralSujeito � esta mala � 3ª pessoa do singularVerbo � reapareceram � 3ª pessoa do plural

Se o sujeito for composto por elementosde pessoas gramaticais diferentes, o verbo irápara o plural, na pessoa que tiver prevalência.A primeira tem prevalência sobre as outras, ea segunda tem prevalência sobre a terceira.

Exemplos:

� Minha sobrinha e eu pretendemos viajar.Sujeito � minha sobrinha � 3ª pessoa do

singularSujeito � eu � 1ª pessoa do singularVerbo � pretendemos � 1ª pessoa do plural

� Tu e ele acertarão as contas.Sujeito � tu � 2ª pessoa do singularSujeito � ele � 3ª pessoa do singularVerbo � acertarão � 3ª pessoa do plural

Quando o sujeito for formado por um subs-tantivo coletivo no singular, o verbo ficará nosingular. Se o substantivo coletivo vier segui-do de uma expressão no plural, o verbo pode-rá ficar no singular ou ir para o plural.

Exemplos:

� A multidão gritou bem alto.Sujeito � a multidão � coletivo no singularVerbo � gritou � singular

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014G/50○ ○ ○ ○ ○

� A multidão de crianças gritou. ou A multidão de crianças grita-ram.Coletivo � a multidão � singularExpressão após o coletivo � crianças � pluralVerbo � gritou � singularVerbo � gritaram � plural

Quando o sujeito composto vier depois do verbo (sujeito pospos-to), este irá para o plural ou concordará com o núcleo mais próximo.

Exemplos:� Faltaram vontade e dinheiro.

Sujeito � vontade e dinheiro � composto pospostoVerbo � faltaram � plural

� Faltou vontade e dinheiro.Sujeito � vontade e dinheiro � composto pospostoVerbo � faltou � singular concordando com o núcleo vontade

2. Concordância Nominal

O artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo concordam em gêne-ro e número com o substantivo ao qual se referem.

Exemplo:� Os nossos três sobrinhos mais talentosos foram premiados.

Artigo � os � pluralPronome � nossos � pluralNumeral � três � invariávelSubstantivo � sobrinhos � masculino e pluralAdjetivo � talentosos � masculino e plural

Quando o adjetivo vier depois de mais de um substantivo, pode-rá concordar com o mais próximo ou ir para o plural, no masculino,se os gêneros dos substantivos forem diferentes.

Exemplos:

� Quadros e mesas arrumados.Substantivo � quadros � masculino e pluralSubstantivo � mesas � feminino e pluralAdjetivo � arrumados � masculino e plural

� Quadros e mesas arrumadas.Substantivo � quadros � masculino e pluralSubstantivo � mesas � feminino e pluralAdjetivo � arrumadas � feminino e plural (concordando com o

substantivo mais próximo)

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014G/51○ ○ ○ ○ ○

Quando o adjetivo vier antes de mais de um substantivo, con-cordará com o substantivo mais próximo.

Exemplos:

� Mantinha arrumados os quadros e as mesas.Substantivo � quadros � masculino e pluralSubstantivo � mesas � feminino e pluralAdjetivo � arrumados � masculino e plural

� Mantinha arrumadas as mesas e os quadros.Substantivo � mesas � feminino e pluralSubstantivo � quadros � masculino e pluralAdjetivo � arrumadas � feminino e plural

Quando dois ou mais adjetivos referem-se a um só substantivo,há duas concordâncias possíveis:

� O substantivo vai para o plural e não se coloca artigo antes doadjetivo.

Exemplo:

� Novas competições desafiam times carioca e paulista.Substantivo � times � pluralAdjetivo � carioca � singularAdjetivo � paulista � singular

� O substantivo permanece no singular e coloca-se artigo antes dosubstantivo e do último adjetivo.

Exemplo:

� Novas competições desafiam o time carioca e o paulista.Substantivo � time � singularAdjetivo � carioca � singularAdjetivo � paulista � singularArtigo � o � singular (precede o substantivo e o último adjetivo)

Acompanhando expressões como é proibido, é necessário, é bom,é preciso, etc., tanto o verbo quanto o adjetivo ficam invariáveis se osujeito não vier com artigo.

Exemplos:

� Refrigerante é bom.

� É proibido entrada.

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014G/52○ ○ ○ ○ ○

Obrigado!

Obrigada!

Entretanto, se o sujeito dessas expressões vier determinado porartigo, pronome ou adjetivo, tanto o verbo quanto o adjetivo con-cordarão com ele.

Exemplos:� Este refrigerante é bom.� É proibida a entrada.

As palavras anexo, obrigado, mesmo e in-cluso são adjetivos, devendo, portanto, concordar emgênero e número com o substantivo ao qual se referem.

Exemplos:� Segue anexa a tabela.� Seguem anexos os documentos.

As palavras alerta e menos são invariáveis.

Exemplos:� Permaneçam alerta.� Façam menos força.

As palavras caro, barato e meio são invariáveis quando têma função de advérbio. Quando têm a função de adjetivo, numeralou pronome, concordam com o nome ao qual se referem.

Exemplos:� Aquelas frutas custam caro. (advérbio)� Aquelas frutas são caras. (adjetivo)� Aquelas frutas custam barato. (advérbio)� Aquelas frutas estão baratas. (adjetivo)� Estavam meio azedas. (advérbio)� Comeu meia dúzia de bananas. (numeral)

Anotações/dicas

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Exercícios Propostos○

014G/53○ ○ ○ ○ ○

1 - Passe para o plural as expressões em des-taque, efetuando, se necessário, a concor-dância verbal:a) Existe casa à venda?______________________________________________________________________

b) Faz um ano que estou à sua procura.______________________________________________________________________

c) Vai haver muito feriado este ano.______________________________________________________________________

d) Vai existir pouco aluno na sala.______________________________________________________________________

e) Não houve resultado.______________________________________________________________________

2 - Siga o modelo:

As matérias foram estudadas.Estudaram-se as matérias.

a) Os anúncios são recortados.______________________________________________________________________

b) As vencedoras são esperadas com exci-tação.

______________________________________________________________________

c) Eram mantidos os mesmos horários.______________________________________________________________________

d) Foram estabelecidas novas regras.______________________________________________________________________

e) Os cadernos foram abertos rapidamente.______________________________________________________________________

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4lição

lição

014G/55○ ○ ○ ○ ○

Regência

Introdução

Observe com atenção as seguintes frases:

� Eles adoram assistir a um bom filme na TV.� Os médicos de plantão assistiram o rapaz

acidentado.

Na primeira frase, o verbo assistir signi-fica ver, presenciar e é transitivo indireto,pois está ligado ao complemento por meio depreposição. Na segunda frase, o verbo signi-fica ajudar, socorrer e é transitivo direto, poisseu complemento vem ligado diretamente aele (o rapaz acidentado).

Como você pode notar, a relação do ver-bo assistir com seu complemento é diferentenas duas frases. É justamente essa dependên-cia entre as palavras de uma frase que vamosestudar nesta lição. A essa dependência dá-se o nome de regência.

1. Regência Verbal

Quando um termo pede preposição, di-zemos que ele rege preposição. O termo querege outros termos é chamado de termo re-gente. Os outros termos, subordinados ao ter-mo regente, chamam-se termos regidos. Se otermo regente for um verbo, temos a regên-cia verbal.

Exemplos:� Assistimos ao filme.

Termo regente � assistimosTermo regido � ao filme

� Assistimos o doente.Termo regente � assistimosTermo regido � o doente

Vamos estudar a seguir os verbos queapresentam maiores problemas de regência.

1.1 Aspirar

Quando significa inspirar, sorver, tragar,o verbo aspirar é transitivo direto.

Exemplos:

� Nas grandes cidades aspira-se um ar po-luído.

� A menina aspirou o perfume da rosa.

Quando significa pretender, desejar, al-mejar, o verbo aspirar é transitivo indireto.

Exemplos:

� Ele aspira a um aumento de salário.

� Aspiramos a uma grandiosa festa.

1.2 Assistir

Quando significa ajudar, socorrer, pres-tar assistência, o verbo assistir é transitivodireto.

Exemplos:

� Os paramédicos assistiram os acidentados.

� Ele assistiu o ferido.

Quando significa ver, presenciar, o ver-bo assistir é transitivo indireto.

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014G/56○ ○ ○ ○ ○

Exemplos:� Nenhum visitante assistiu ao programa de

televisão.� Ele gosta de assistir a uma partida de tênis.

1.3 Preferir

Preferir é um verbo transitivo direto e in-direto, exigindo, portanto, a preposição a.

Exemplos:� Prefiro suco de frutas a refrigerante.� Preferimos cozinhar a comer fora.

1.4 Querer

Quando significa desejar, o verbo quereré transitivo direto.

Exemplos:� Queremos uma mesa perto da janela.� A menina queria a boneca de pano.

Quando significa gostar, estimar, o verboquerer é transitivo indireto.

Exemplos:� Quero muito bem a você.� Queremos bem a esses objetos antigos.

1.5 Visar

Quando significa dar visto, mirar, o ver-bo visar é transitivo direto.

Exemplos:� A professora visou meu caderno.� Vise o alvo com atenção.

Quando significa pretender, ter em vis-ta, ter como objetivo, o verbo visar é transiti-vo indireto.

Exemplos:� As mães sempre visam ao bem dos filhos.� Essas regras visam a orientar os alunos no

aspecto da cidadania.

2. Regência Nominal

Temos regência nominal quando o termoregente é um nome (substantivo, adjetivo ouadvérbio).

Exemplo:� Eles agora estão imunes ao vírus da parali-

sia infantil.Termo regente � imunes (adjetivo)Termo regido � vírus

Damos a seguir uma lista de palavras esuas preposições mais usadas, além de exem-plos de cada uma:

AcostumadoPreposição � a, com

� Ela estava acostumada a certas dificulda-des.

� Não estava acostumado com a nova escola.

Anotações/dicas

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014G/57○ ○ ○ ○ ○

AdaptadoPreposição � a

� João está adaptado à nova escola.

AflitoPreposição � com, por

� Ficou aflito com a nota do trabalho.

� Estava aflita por receber essa notícia.

AlheioPreposição � a

� Permanecia alheio a tudo.

AlienadoPreposição � de

� Renato estava alienado das dificuldadesque todos enfrentavam.

AnálogoPreposição � a

� Sua ocupação é análoga à minha.

AtentoPreposição � a, em

� Fique atento a esse problema.

� Estava atenta na preparação da comida.

AvessoPreposição � a

� Sou avesso a qualquer tipo de discussão.

ÁvidoPreposição � de, por

� Sou ávida de sucesso.

� Eram ávidos por vingança.

CuriosoPreposição � de, por� Era curioso de descobertas científicas.� Maria estava curiosa por saber notícias de

sua mãe.

DevotoPreposição � a, de� Era devota a vários santos.� Sou devota de São Benedito.

ImbuídoPreposição � de, em� João e Mariano estavam imbuídos de boas

intenções.� Dava aulas imbuído nas regras de cidada-

nia.

IncompatívelPreposição � com� Seu comportamento era incompatível com

as normas da escola.

PassívelPreposição � de

� Todo este trabalho é passível de correção.

PreferívelPreposição � a� Namorar é preferível a casar.

ResidentePreposição � em� Eles são residentes em ruas sem asfalto.� Márcio é residente na Rua das Flores.

Consulte o dicionário sempre que tiverdúvidas sobre regência.

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Exercícios Propostos

014G/58○ ○ ○ ○ ○

1) Nas frases dadas, corrija os erros de re-gência verbal:

a) Quero bem os meus amigos._____________________________________________________________________________________________________________________

b) Joana aspirava ao perfume da flor._____________________________________________________________________________________________________________________

c) Todos os enfermeiros assistiram aos doen-tes.

_____________________________________________________________________________________________________________________

d) Eliane assistiu o programa de TV._____________________________________________________________________________________________________________________

2) Complete as lacunas com o verbo entreparênteses:

a) Nós vamos ______________ corridas decavalo no Domingo. (assistir)

b) Um bom aluno ______________ um bomcargo no futuro. (aspirar)

c) Ontem, o dentista ________________ pa-ciente com dor de dentes. (assistir)

d) Todos ____________ ganhar na loteria.(visar)

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5lição

lição

014G/59○ ○ ○ ○ ○

Crase

Introdução

Este é um assunto que preocupa bastantequem escreve: quando usar crase? Para resol-ver de vez esta questão, apresentaremos re-gras práticas para facilitar sua memorização.

1. Conceito

Chamamos de crase a fusão da preposiçãoa com o artigo a, representada pelo acento gra-ve: à.

Exemplos:� Vou à cidade comprar mantimentos.� Elas estão à vontade em seus novos vestidos!� Márcia foi às pressas verificar o que tinha

acontecido.

Observaremos a seguir algumas regraspráticas para facilitar o seu uso ou não decrase.

2. Regras Práticas

� Substitua a palavra que aparece após o a(ou as) por um termo masculino. Se o a (ouas) se transformar em ao (ou aos) cabe o usode crase, caso contrário não.

Exemplo:

� Maria deseja retornar à terra natal.Maria deseja retornar ao país natal.

Como você pode observar, o a transfor-mou-se em ao, confirmando a necessidade decrase.

� No caso de nome geográfico ou de lugar, vocêdeve substituir o a ou as por para. Se o ter-mo adequado for para a, cabe o uso de cra-se, caso contrário não.

Exemplos:� Os melhores alunos do colégio irão à Itália.

Os melhores alunos do colégio irão para aItália.

� Ele me contou que iria à Fazenda Recon-quista.Ele me contou que iria para a Fazenda Re-conquista.

� Substitua o a por outras preposições: paraa, na, da, pela, com a. Sempre que esta subs-tituição for possível, cabe o uso de crase,caso contrário não.

Exemplos:� À falta de solução, ficou desanimado.

Na falta de solução, ficou desanimado.Com a falta de solução, ficou desanimado.

� Pediu o automóvel emprestado à amiga.Pediu o automóvel emprestado para a amiga.

3. Quando Usar Crase

� Nas formas àquela, àquele, àquelas, àque-les, àquilo.

Exemplos:

� Alcance o prato àquela moça.

� Fomos àquelas praias dos nossos sonhos.

� Não devemos dar importância àquilo.

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014G/60○ ○ ○ ○ ○

� Nas indicações de horas, desde que deter-minadas (inclusive as formas zero e meia).

Exemplos:� O trem chegará às 8 horas.� Acertem seus relógios à zero hora.� O encanto vai se dissipar à meia-noite em

ponto.

� Nas locuções adverbiais, prepositivas econjuntivas: às pressas, à esquerda, à direi-ta, à risca, à noite, às vezes, à moda de, àmaneira de, à frente de, à procura de, à cus-ta de, à medida que, à força de, à espera de.

Exemplos:� Minha impaciência aumentava à medida

que as horas passavam.� À noite, todos os gatos são pardos.� Estou à espera de boas notícias.� Ele cozinha à moda dele mesmo.

� Nas locuções que indicam meio ou instru-mento, como: à máquina, à bala, à faca, àvenda, à toa, à vista, à mão. Neste caso nãovale a regra de substituir a por ao.

Exemplos:� Pagou à vista a geladeira.� Joaquim foi morto à bala.� Helena colocou sua casa à venda.� Deixe a toalha à mão.

� Antes dos pronomes relativos que, qual equais, quando o a (ou as) puder ser substi-tuído por ao (ou aos).

Exemplos:� Esta é a candidata à qual você emprestou o

casaco.Este é o candidato ao qual você emprestouo casaco.

� Vamos enfrentar uma fila semelhante à quevocê havia encontrado.Vamos enfrentar um problema semelhanteao que você havia encontrado.

4. Nunca Use Crase

� Antes de palavras masculinas.

Exemplos:� Seguiu a pé pela estrada.� Resolveu pagar o microcomputador a prazo.� Andou muito a cavalo.

Exceção: existe a crase quando se subentendeuma palavra feminina, como moda e maneira,ou outra que determine um nome de empresaou coisa.

Exemplos:� Salto à Luís XV.

Salto à moda de Luís XV.

� O poema foi escrito à Olavo Bilac.O poema foi escrito à maneira de Olavo Bilac.

� Amanhã irei à Melhoramentos.Amanhã irei à Editora Melhoramentos.

� Antes de nome de cidade.

Exemplos:� Nair foi a Brasília.� Vamos a Paris ?

Exceção: existe a crase quando se atribui umaqualidade à cidade.

Exemplos:� Nair foi à Brasília dos políticos.� Vamos à Paris da moda maravilhosa?

� Antes de verbo.

Exemplos:� Já começou a fazer frio.

� Janete passou a ver a menina com outrosolhos.

� Antes de substantivos repetidos.

Exemplos:

� Ele ficará cara a cara com seu adversário.

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014G/61○ ○ ○ ○ ○

� Agora estamos frente a frente.� Ganhou a maratona de ponta a ponta.

� Antes de ela, esta e essa.

Exemplos:� Darei este presente a ela.� Chegaram a esta conclusão.� A música tinha sido dedicada a essa senhora.

� Antes de formas de tratamento.

Exemplos:� Solicitamos a Vossa Senhoria que nos re-

meta o documento.� Uma ofensa dessas não poderia ter sido fei-

ta a Vossa Alteza.

� Antes de palavra feminina com sentido ge-nérico.

Exemplos:� Devido a morte em família, não foi ao tea-

tro.� Não me refiro a mulheres, mas a meninas.

� Antes de substantivos no plural que fazemparte de locuções de modo.

Exemplos:� Conseguiram ser aprovados a duras penas.� Agrediram-se a bofetadas.

� Antes de nomes de mulheres célebres.

Exemplos:� Ele a comparou a Joan Crawford.� Martinho preferia Greta Garbo a Ingrid

Bergman.

� Antes de dona e madame.

Exemplos:� O pacote foi entregue a dona Selma.� O cachorrinho já se acostumou a madame

Estela.

Exceção: existe a crase se estas palavras fo-rem particularizadas.

Exemplos:

� O pacote foi entregue à dona do apartamento52.

� O cachorrinho já se acostumou à madamedo Mercedes branco.

� Antes de numerais considerados de formaindeterminada.

Exemplos:

� Os filhotes nasceram a 15 de agosto.

� Fiz uma visita a sete empresas, procurandoemprego.

� Antes de distância indeterminada.

Exemplos:

� Estou fazendo um curso a distância.

� Os vizinhos ficaram olhando a distância.

� Se ficarmos a distância, não seremos atin-gidos.

Exceção: existe crase se a distância for deter-minada.

Exemplo:

� Se ficarmos à distância de 200 metros, nãoseremos atingidos.

� Antes de terra, quando significa terra fir-me.

Exemplos:

� O barco chegou a terra ontem.

� Os marinheiros foram a terra.

� Antes de casa, considerada o lugar onde semora.

Exemplos:

� Cheguei bem cedo a casa.

� Tatiana vai a casa.

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014G/62○ ○ ○ ○ ○

5. Uso Opcional da Crase

O uso da crase é opcional nos seguintes casos:

� Antes de pronome possessivo.

Exemplos:� A carta foi remetida à sua residência.� A carta foi remetida a sua residência.

� Antes de nome de mulher.

Exemplos:� Fez uma declaração à Helena.� Fez uma declaração a Helena.

� Depois de até.

Exemplos:� O gato do vizinho seguiu-me ate à porta de casa.� O gato do vizinho seguiu-me até a porta de casa.

Anotações/dicas

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Exercícios Propostos

014G/63○ ○ ○ ○ ○

Preencha as lacunas com a ou à:

1)_____ noite, feche bem as janelas.

2) Eles gostam muito de andar ______cavalo.

3) Peça ao motorista que vire ______direita e depois______ esquerda.

4) Quando você for _______São Paulo, não deixe de passear______ pé no centro antigo.

5) Sempre que nos encontram, começam _______ gaguejar.

6) Já que os móveis estão ____ venda, procure comprá-los____ prazo.

7) Temos muitas contas _____ pagar, por isso não podemos ir____ Fortaleza das belas praias.

8) Quando você for ____ Porto Alegre, conhecerá o mais lindo pôr-do-sol do Brasil.

9) São lindos estes móveis _________Maria Antonieta.

10) Os filhotes começaram _______ nascer_________1 hora da madrugada.

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6lição

lição

014G/65○ ○ ○ ○ ○

Colocação Pronominal

Introdução

Os pronomes oblíquos átonos – me, te,se, lhe, o, a, nos, vos, os, as, lhes – podemocupar três posições com relação aos ver-bos: antes, no meio ou depois. É o que cha-mamos, respectivamente, de próclise,mesóclise e ênclise.

Exemplos:� Não me diga que você já me esqueceu! �

Próclise� Dar-lhe-ei aquilo que merece. � Mesócli-

se� Diga-nos, o que pretende com isso? � Ên-

clise

Embora não existam regras rígidas de co-locação pronominal, algumas normas herda-das de Portugal ainda estão em uso. Nestalição você aprenderá a empregar corretamen-te esses pronomes nas frases.

1. Próclise

A próclise é geralmente usada:

� Em orações que contenham palavra ou ex-pressão de valor negativo: não, nunca, nada,ninguém, etc.

Exemplos:� Os candidatos não se conformaram com a

decisão.� Saiba que nada me impedirá de alcançá-

lo.� Eu nunca lhe disse isso!

� Em orações com advérbios ou pronomes in-definidos.

Exemplos:� Assim se comportam os chimpanzés.� Tudo me aborrece muito!

� Em orações iniciadas por pronomes e ad-vérbios interrogativos.

Exemplos:� Que energia o mantém?� Por que a mantinham presa?

� Em orações exclamativas e optativas (queexprimem desejo).

Exemplos:� Como se brinca neste parque!� Tomara que o embrulho lhe caia na cabe-

ça!� Deus te proteja!

2. Mesóclise

A mesóclise é usada quando o verbo estáno futuro do presente ou no futuro do preté-rito, desde que não haja nenhuma palavra queexija a próclise. A mesóclise é pouco usadana Língua Portuguesa, tanto escrita quantofalada.

Exemplos:� Tudo o que houve no passado repetir-se-á

no futuro.� Se pudessem, olhar-se-iam nas águas lím-

pidas da lagoa.

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014G/66○ ○ ○ ○ ○

3. Ênclise

A ênclise é geralmente usada:

� Com verbos que iniciam o período.

Exemplos:� Olhei-me no espelho da sala.� Largue-me, seu bruto!

Um erro bastante comum é iniciar a frase com um pronomeoblíquo átono.

Exemplos:� Me olhei no espelho da sala.� Me largue, seu bruto!

Na linguagem coloquial, no dia-a-dia, é comum iniciar uma fra-se com um pronome oblíquo. Entretanto, evite cometer este errona escrita formal.

� Com verbos no imperativo afirmativo.

Exemplos:� Conte-me o que está acontecendo.� Previna-se: a epidemia está se alastrando.

� Com verbos no gerúndio.

Exemplos:� Brincava calmamente com o gatinho, acariciando-o.� Tratando-se de bordado, os de Maria Lúcia são mais bonitos.

Se o gerúndio vier precedido da preposição em, emprega-se apróclise.

Exemplo:� Em se tratando de bordado, os meus são únicos.

� Com verbos no infinitivo impessoal.Exemplos:� É chegada a hora de dizer-se adeus.� Já é tempo de abrir-se.

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Exercícios Propostos○

014G/67○ ○ ○ ○ ○

1 - Indique nas frases abaixo que tipo de co-locação pronominal ocorre, preenchendoos parênteses com P (próclise), M(mesóclise) e E (Ênclise):

( ) a) Amar-se-iam muito, não fosse aque-le impedimento.

( ) b) Digam-lhe o quanto a adoro.

( ) c) Disseram-nos que você viria.

( ) d) Se isto o incomoda, pode ir embora.

( ) e) Ninguém a ama mais do que eu.

( ) f) O príncipe dar-te-á um prêmio pelasua coragem.

( ) g) Não me importo de partir sozinho.

( ) h) Chamaram-no pela fresta da janela.

2 - Reescreva as frases dadas, colocando juntoao verbo o pronome indicado entre parên-teses:

a) Solicitaram vários intérpretes, pois nin-guém entendia. (o)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Olhei atentamente, nada disse e continueio meu caminho. (o / lhe)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Quando as últimas visitas retiraram, todosforam dormir. (se)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Basta de discussão: por que você não avi-sou? (a)

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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7lição

lição

014G/69○ ○ ○ ○ ○

Uso do QUE e do SE

Introdução

Nesta lição vamos abordar o uso de duaspalavras que sempre levantam dúvidas na horade falar ou escrever: QUE e SE. Estude combastante atenção e aprenda a utilizar correta-mente ambas as palavras.

1. Uso do QUE

A palavra que pode ter várias funções nafrase: substantivo, interjeição, pronome inter-rogativo, pronome exclamativo, pronome re-lativo conjunção subordinativa, palavraexpletiva e preposição. Damos, a seguir, exem-plo de cada uma destas funções.

� O que que funciona como substantivo é, ge-ralmente, precedido de artigo e com acentocircunflexo.

Exemplos:� Ela tinha um quê de beleza.� O quê é a décima-sexta letra do alfabeto.

� O que que funciona como interjeição desig-na espanto, surpresa e leva acento.

Exemplos:� Quê! Então era você?� Quê! Você ainda está aqui?

� Veja exemplos do que usado como pronomeinterrogativo.

Exemplos:� Que livro você está lendo?

� Que espécie de homem és tu?

� Veja exemplos do que usado como pronomeexclamativo.

Exemplos:� Que linda noite!� Que mulher, meu Deus!

� O que usado como pronome relativo intro-duz oração, reproduzindo o sentido de umtermo.

Exemplos:� Eu sou como a fruta madura que serve de

alimento aos pássaros.� A porta é de um material que não pode ser

lixado.

� O que usado como conjunção subordinativaune orações subordinadas, uma oração nãotem sentido sem a outra.

Exemplo:� Quero que você estude inglês.

Primeira oração � queroSegunda oração � que você estude inglês

� O que também pode ser usado como pala-vra expletiva, que é a palavra usada apenaspara realçar, completar o sentido da frase,podendo ser retirada sem fazer falta.

Exemplo:

� Quase que perdi tudo!

� O que usado como preposição pode substi-tuir a preposição de.

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014G/70○ ○ ○ ○ ○

Exemplo:� Ela tinha várias coisas a fazer, mas foi à igreja primeiro que tudo.� Ela tinha várias coisas a fazer, mas foi à igreja primeiro de tudo.

2. Uso do SE

A palavra se também apresenta várias funções na frase. São elas:substantivo, conjunção subordinativa, pronome apassivador, objetodireto e índice de indeterminação do sujeito. Vamos conhecer exem-plos de cada uma delas.

� Substantivo

Exemplos:� Seu “se” é perturbador!� Algum “se” o está incomodando.

� Conjunção subordinativa

Exemplos:� Se mentires, saberei. (condição)� Se precisa, vai! (causa)

� Pronome apassivador

Exemplos:� Vende-se casa.� Vendem-se casas.

� Objeto direto

Exemplos:� Maria recusa-se a ler o livro indicado.

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Exercícios Propostos○

014G/71○ ○ ○ ○ ○

1 - Indique a função do QUE nas frases seguin-tes:

a) Preciso que você me explique a lição._______________________________________

b) Que beleza de vestido!_______________________________________

c) Que artigo vocês estão escrevendo?_______________________________________

d) Quê! Você ainda não tomou banho!_______________________________________

e) Um quê de alegria transparecia no seurosto!

_______________________________________

2 - Indique a função do SE nas frases seguin-tes:

a) João afastou-se._______________________________________

b) Alugam-se vestidos de noiva._______________________________________

c) Come-se bem naquele restaurante._______________________________________

d) Se cair, não diga que não avisei._______________________________________

e) Cada um escuta o “se” que merece._______________________________________

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8lição

lição

014G/73○ ○ ○ ○ ○

Introdução

Para muitos, o estudo da língua materna é inútil, já que, desdecrianças, nós a conhecemos e nos comunicamos por meio dela. Essaafirmação é um grande equívoco, pois é pelo domínio da palavraque nos inserimos na sociedade como membros participativos.

O objetivo desta lição é mostrar que, ao falarmos, devemos op-tar por uma linguagem informal ou formal, e essa opção dependede um contexto. Também buscamos mostrar que, embora haja di-ferenças entre os níveis de oralidade e de escrita, cada um dosdiferentes níveis de oralidade e dos diferentes níveis de escritacorresponde a uma situação específica.

Portanto, não se trata de “aprender a falar”, mas de ter cons-ciência de que a língua não é homogênea e de que cabe ao usuáriodo sistema adequar-se à situação, uma vez que busca se corres-ponder com competência.

1. Comunicação: Língua e Fala

Para que qualquer comunicação seja estabelecida, são neces-sários:

• Emissor: aquele que transmite a mensagem (uma pessoa, umaempresa, um jornal).

• Receptor: aquele que recebe a mensagem (uma pessoa, um grupode pessoas, uma instituição).

• Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.

• Código: conjunto de signos e regras de combinação desses signos;a mensagem só será entendida se o receptor conhecer o códigoem que a mensagem é transmitida.

• Canal de comunicação: meio concreto através do qual a mensa-gem é transmitida (voz, livro, revista, emissora de TV).

• Contexto: situação a que a mensagem se refere.

Língua Oral eNorma Culta Escrita

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014G/74○ ○ ○ ○ ○

O código mais importante para a transmissão de uma mensa-gem é a língua, que é a parte social da linguagem e pertence a umacomunidade; porém, cada indivíduo faz uso da língua conforme suavontade. Temos, então, a fala.

Para que cada pessoa possa utilizar esse código conforme suavontade, é preciso conhecer os recursos desse código. Se isso nãoacontece, não podemos dizer que o indivíduo faz escolhas; por exem-plo, uma pessoa que não consegue se comunicar com clareza, por-que tem conhecimento precário da língua portuguesa, não fazescolhas, simplesmente busca transmitir suas mensagens — o quenem sempre consegue, pelo pouco que conhece do código. Vejamosa situação a seguir:

TEM

PO

S B

ICU

DO

S

Fonte: Folha de S. Paulo - Folhateen - 14/10/2002

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014G/75○ ○ ○ ○ ○

Como vemos, enquanto o pai descreve um tempo em que aspessoas lutavam por ideais, o filho demonstra fazer parte de umageração que tem por ideal a sobrevivência.

Contudo, podemos afirmar que pai e filho se comunicam, istoé, emissor e receptor conhecem o código e o contexto em que se dáo diálogo.

Continuando:

Nesta primeira situação, não há qualquer possibilidade de en-tendimento entre emissor e receptor, já que um não conhece o có-digo do outro.

Nesta, o entendimento é possível, embora precário; isso acon-tece porque, mesmo com dificuldade, o turista brasileiro tenta seexpressar utilizando o código do americano - no caso, a língua in-glesa.

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014G/76○ ○ ○ ○ ○

Na terceira situação, emissor e receptor dominam o código ehá conhecimentos técnicos que são partilhados pelos participan-tes; mesmo que algumas informações não estejam claras para nós.

Todos estes contatos se deram na forma mais comum de comu-nicação, o diálogo. Assim, se conhecemos o código mais importan-te, a “língua”, certamente estamos capacitados para transmitir amensagem desejada. Mas será que é sempre assim? Vejamos o tó-pico seguinte.

2. Leitura

Toda conversa ao telefone pressupõe um diálogo, porém, noexemplo que destacamos, não é bem isso que ocorre, ainda que osinterlocutores falem a mesma língua; confira:

Vera, encaminhe o relatório de custos doprojeto 50v3 ao cliente de Belém do Pará.

Envie também uma cópia do contrato,destacando a data máxima para aprovação.

Faço isso em seguida, Sra. Alice. Precisamostambém mandar uma carta para o Sr. Ernesto,da empresa EMI, de Porto Alegre, justificando

o atraso da entrega da mercadoria. Ele nãoestá muito satisfeito com nosso serviço e

mandou um e-mail não muito gentil...

Por favor, faça uma cartaexplicando que tivemos problemas

com o estoque... E mostre-meantes de enviar, ok?

Faço isso apóso almoço...

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014G/77○ ○ ○ ○ ○

2.1 Calvin ao Telefone

Como podemos observar, temos o emissor, o receptor, o código,a mensagem, o canal de comunicação (o telefone) e o contexto (al-guém faz a ligação e outro alguém a recebe). Qual o problema, então?

Na verdade, um dos interlocutores (o receptor) não está dis-posto a estabelecer o “diálogo”, dando uma resposta que não con-diz com aquilo que normalmente se espera em situações como essa,demostrando uma clara intenção de prejudicar a “comunicação”.

3. Linguagem Formal e Informal

Para organizarmos nosso pensamento e nos comunicarmos demaneira formal, é imprescindível que conheçamos a boa linguagemformal; entretanto o que seria isso?

Por boa linguagem formal, entendemos aquilo que se adequaàs situações que exigem do indivíduo um preparo mais apurado daexpressão, em outros termos, que esteja gramaticalmente correta,expressando o ideal lingüístico da sociedade. Portanto, quando fa-lamos e quando escrevemos, devemos ter duas preocupações bási-cas: o que expomos e como expomos.

Para a primeira, é importante que organizemos nosso pensa-mento com clareza; para a segunda, devemos nos preocupar com aforma de exposição, visto que nem toda situação requer o mesmograu de formalidade.

De fato, podemos ser informais, ou pouco formais, quando fala-mos com nossos familiares ou escrevemos e-mails para amigos — oque não significa falta de clareza —, mas devemos, numa entrevis-ta ou numa carta a uma empresa, atentar para a formalidade exigi-da pela situação.

O MELHOR DE CALVIN/Bill Watterson

Reprodução da tirinha do Calvin - Jornal O Estado de S. Paulo, s/d.

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014G/78○ ○ ○ ○ ○

Geralmente, damos muita importância à linguagem escrita, masa expressão oral também merece nossa atenção. Segundo os Parâ-metros Curriculares Nacionais, “a questão não é falar certo ou er-rado e sim saber que forma de fala utilizar, considerando ascaracterísticas do contexto de comunicação, ou seja, saber ade-quar o registro às diferentes situações comunicativas. É saber co-ordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerandoa quem e por que se diz determinada coisa”.

Para que haja comunicação, os interlocutores precisam ter co-nhecimentos que vão além da competência gramatical. Para tomarparte de uma conversação, é necessário que os participantes con-sigam inferir do que trata a situação e o que se espera de cada um.No item 2.1, vimos que, se um dos interlocutores não tem interesseem estabelecer a comunicação, ela não se dá. A seguir, vejamoscomo há diferenças significativas em diferentes contextos de lin-guagem:

inferir: tirar por conclusão;deduzir pelo raciocínio.

Semana que vem? Você jádisse isso semana

passada... tá adiando hámeses...

Tá mãe, agora medeixa aqui, tá bom?

Tô estudando...

Tá bom... semana quevem eu vou...

Xande, você precisa irao oculista.

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Observe que a linguagem é espontânea nas duas situações; con-tudo, o segundo caso denota certa formalidade, já que o diálogoocorre entre um médico e seu paciente.

Convém lembrar que a fala deve ser sempre espontânea, mes-mo em situações formais. Isso significa dizer que, se soubermosadequar a língua aos diferentes contextos, não precisaremos for-çar uma linguagem diferente daquela a que estamos acostumados.Assim sendo, cabe-nos tomar cuidado com a correta escolha daspalavras, identificando, por exemplo, as situações em que a gírianão deve ser utilizada. Falar corretamente pode se tornar um atobastante natural... e em qualquer circunstância.

Obs.: não devemos nos esquecer de que a linguagem regional deveser respeitada. Ela enriquece a língua como um todo e, portanto,nossa cultura.

Alexandre... Como vai?

Bem... obrigado...Certo... mas

vamos tentar...

Então hoje vamos testar aslentes de contato... não é?

Bem... eu já disse para vocêque poucas pessoas conseguemadaptar-se a essas lentes...

Por favor... então meacompanhe até a salinha aolado... minha auxiliar irá

ajudá-lo...

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Exercícios Propostos

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Nos exercícios desta lição, destacamos alguns defeitos freqüentes na maneirade exprimir-se, oralmente ou por escrito, para que, a partir deles, o estudantepossa, com esforço próprio, identificar e corrigir seus erros.

Observe as duas situações a seguir:

Numa aula de Química, aluno e professor conversam:

1ª Situação:

- Apesar dos avanços em muitos ramos da chamada tecnologia de ponta, aindatateamos em assuntos que envolvem a química do dia-a-dia.

- Química do dia-a-dia?...- Um exemplo é a reação de Maillard, muito presente no cotidiano mas pouco

estudada.- Reação de Maillard... Já li algo a respeito. Envolvia processamento de alimen-

tos...- Essa reação se processa na presença de temperaturas acima de 100° e envolve

uma molécula que contém um grupo amina e um açúcar qualquer. Vamos consi-derar no exemplo uma proteína, formada por aminoácidos e, portanto, possuido-ra de grupos amina. Sob ação da temperatura, ela reagirá com o açúcar, liberan-do uma molécula de água e formando um composto intermediário chamado Basede Schiff, que, por sua vez, irá formar o Produto de Amadori.

- Interessante. Mas eu ainda não entendi a importância dessa reação, professor.- Vamos avançar um pouco... O produto de Amadori, sob ação da temperatura,

acaba por reagir com outras moléculas, formando cadeias cíclicas aromáticas.Pois bem, são essas cadeias aromáticas, em grande parte, as responsáveis pelosabor, cor e odor dos alimentos.

- Então é a reação de Maillard que gera o sabor da comida quando cozinhamos? Econhecemos apenas o mecanismo básico?

- É... ela é muito importante na formação do sabor dos alimentos, e ainda há muitopara estudar sobre ela....

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2ª Situação:

Num restaurante, o Chef e seu assistente conversam:

- Com licença, Chef, gostaria de saber uma coisa...- Pode falar.- Esta receita manda selar a peça de carne em uma frigideira bem quente antes de

iniciar o cozimento.- Qual o problema?- Não posso simplesmente colocar a carne no líquido e cozinhar?- Você é novo na cozinha... Já viu uma carne feita da forma como você está dizen-

do...?- Já vi sim...- Qual é o aspecto da carne no final do cozimento? Qual era a cor?- Humm... ela fica esbranquiçada e o sabor não é lá essas coisas...- Então, você precisa selar a peça na frigideira para que ela fique

com uma cor bonita e desenvolva sabor. Caso contrário, a carneficará sem graça.

- Nossa! Eu achava que era por causa do tempero que as carnes daqui ficavam tãosaborosas.

- O tempero ajuda muito, mas os métodos de cocção são a base de tudo.

1 – Podemos dizer que os textos tratam do mesmo assunto? Justifique sua resposta.________________________________________________________________________

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2 – Qual a diferença existente entre os dois diálogos?________________________________________________________________________

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selar: passar pelo fogococção: cozimento

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Observe o diálogo a seguir:

3 – A situação acima não está adequada ao contexto. Explique.________________________________________________________________________

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4 – Reescreva o diálogo, de forma a torná-lo adequado ao contexto.________________________________________________________________________

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5 – Observe a seguinte oração: O ônibus está pondo as malas.

Embora seja comum na linguagem informal, esta oração não está correta, jáque não é o ônibus que está colocando as malas, mas alguém está colocando asmalas no ônibus. Assim, podemos dizer “Estão colocando as malas no ônibus” ou“O motorista está colocando as malas no ônibus”.

Oi, chefe... será quedá para desocupar a

área? Claro, cara,vai nessa...

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Baseado no exemplo dado, reescreva as orações abaixo:

a) Essa casa bate muito sol.________________________________________________________________________

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b) Essa janela não venta muito.________________________________________________________________________

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c) Esse rádio estragou o ponteiro.________________________________________________________________________

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d) Meu carro furou o pneu.________________________________________________________________________

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6 - Leia os textos com atenção:

Cerca de 10 mil pessoas saúdam o time na Vila!

Os jogadores campeões nacionais deste ano tiveram uma recepção calorosa dostorcedores na Vila Belmiro. Carregando a taça, Paulo Almeida entrou em campo efez a torcida delirar. O gramado foi invadido pelos santistas que comemoraram ahistórica vitória.

A Tribuna de Santos, 16 dez. 2002

Lojas vendem muito no Natal, mas muitos consumidores não conseguem saldarsuas dívidas no início do ano seguinte.

Nos textos dados, encontramos duas palavras homôni-mas: saudar e saldar. Assinale a alternativa em que oshomônimos estão corretamente empregados.

( ) a) O novo presidente do clube foi saldado pelos moradores do bairro.( ) b) O clube não conseguiu saudar suas dívidas com os fornecedores.( ) c) Marcos saldou-me ao chegar, mas não saldou a dívida que tinha comigo.( ) d) Tenho uns amigos que nunca saúdam suas dívidas.( ) e) Saldei todos os meus compromissos no mês de janeiro.

homônimos: vocábulos iguais nagrafia e/ou na pronúncia, mas comsignificados diferentes.

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7 - Leia atentamente o texto:

Discriminação contra a família de Ronaldinho agita condomínio na Barra.

Um conflito entre vizinhos milionários, no mais milionário dos condomínios daBarra, o Golden Green, pode parar na Justiça. O jogador Ronaldo está disposto aprocessar o condomínio, onde tem uma cobertura, por preconceito e racismo. De-pois de fazer um churrasco domingo passado para a família e amigos na cobertura,a irmã do atacante foi informada pela administração de que o artilheiro da Copateria que mandar uma carta autorizando a entrada de parentes no prédio. A famí-lia do jogador, que é de Bento Ribeiro, alega que já vinha sofrendo discriminaçãode uma moradora, que teria dito não querer “suburbanos e favelados” no condo-mínio.

O Globo, 13 dez. 2002

Os parônimos costumam trazer muita confusão. Dentre eles, bastante comum é aconfusão entre discriminar e descriminar; descrição e discrição; sessão e seção.Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela em que essas palavras não estãoempregadas corretamente:

( ) a) Na nota fiscal, é preciso discriminar cada um dos produtos adquiridos.( ) b) O filme fez tanto sucesso que precisou ser exibido em várias seções.( ) c) Foi notável a descrição que fizeram daquele parque; ele é realmente lindo.( ) d) Não é aceitável que se discriminem pessoas por religião, sexo ou cor.( ) e) A descriminação da maconha é um tema polêmico.

8 - (ENEM 2000) O uso do pronome átono no início das frases é destacado por umpoeta e por um gramático nos textos a seguir:

Pronominais

Dê-me um cigarroDiz a gramáticaDo professor e do alunoE do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom brancoda Nação BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camaradaMe dá um cigarro

ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos.São Paulo: Nova Cultural, 1998.

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“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar, despreo-cupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos personagens(...)”

CEGALLA, D. Paschoal. Novíssima gramática dalíngua portuguesa. São Paulo: Nacional, 1980.

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se afirmarque ambos:

( ) a) condenam essa regra gramatical.( ) b) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.( ) c) criticam a presença de regras na gramática.( ) d) afirmam que não há regras para uso de pronomes.( ) e) relativizam essa regra gramatical.

9 – Identifique, no título de um texto, dado abaixo, uma marca da linguagem colo-quial:

Corinthians vai de camisa nova na Libertadores

Fonte: Jornal da Tarde, 4 fev. 2003

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9lição

lição

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Introdução

Depois de uma breve definição do que seja um texto e de algu-mas considerações sobre leitura, veremos três textos com um temacomum; numa reportagem, numa crônica e num poema, veremos asvárias formas de se abordar um assunto.

Em seguida, há textos que tratam de temas diversos. Com essadiversidade, nosso objetivo é fazer com que o aluno aprenda a ex-trair o máximo de informação de cada texto, além de estimular ogosto pela leitura.

Convém lembrar que os exercícios têm, em sua grande maio-ria, respostas comentadas, o que contribui para o processo de apren-dizagem.

1. Noção de Texto

O texto não é um amontoado de frases, mas um todo organiza-do e com sentido. Como saber quando estamos diante de um textocom essas características? Quando há nele coerência, ou seja, quan-do suas diferentes partes se relacionam formando um todo comsentido, e quando apresenta coesão, ou seja, quando há ligação en-tre as frases que garantam a concatenação entre as partes que ocompõem.

Por que não pode ser considerado um texto a afirmação “Paulofoi viajar. A prova de matemática estava muito difícil”? Simples-mente porque não há relação entre as idéias, embora as frases es-tejam gramaticalmente corretas.

É necessário, também, saber que todo texto faz parte de umcontexto. Uma frase faz parte de um contexto (um parágrafo), umparágrafo faz parte de um contexto (um texto). Por isso, muitasvezes interpreta-se mal uma frase. Essa interpretação equivocadaocorre, geralmente, pelo fato de um fragmento ser retirado de seucontexto. Um exemplo bastante conhecido por todos nós é quando

Leitura de Texto

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se reproduz uma declaração de um político sem levar em conta ocontexto em que foi dita; o que pode levar a uma interpretaçãoequivocada. Por isso, a leitura deve levar em consideração o con-junto do texto, e não fragmentos isolados.

Um texto relaciona-se também com outros textos e com os de-bates que se realizam na sociedade. Alguns tratam de temas uni-versais e, independentemente do período em que foram produzi-dos, permanecem atuais; outros, para serem bem compreendidos,devem estar localizados histórica e espacialmente, pois são o re-flexo das preocupações de uma sociedade em seu tempo e espaço.

2. A Leitura

O objeto - o texto - enquanto realidade material consiste numacúmulo de elementos discretos, descontínuos, relacionados entresi. Contudo, uma vez interpretado, torna-se um objeto coerente.Este tópico apresenta aspectos que possibilitam um maior apro-veitamento da leitura, e foi baseado no livro de Angela Kleiman(ver referência completa na bibliografia).

2.1 Conhecimento Prévio

A compreensão de um texto é um processo que se caracterizapela utilização de conhecimento prévio: o conhecimento adquiridoao longo da vida. Os diversos níveis de conhecimento - lingüístico,textual, conhecimento de mundo - dão ao leitor o sentido do texto.

O conhecimento lingüístico é aquele conhecimento implícito,não verbalizado, que abrange conhecimento de vocabulário, regrasda língua, conhecimento sobre o uso da língua.

O conhecimento textual é o conjunto de noções e conceitos so-bre o texto, sobre determinadas estruturas narrativas e certos auto-res, por exemplo.

Ativar a memória buscando os conhecimentos extralingüísticos(que estão fora do texto) ou dar-se conta do que envolve uma de-terminada situação (como ir ao médico, por exemplo) propicia aformulação de esquemas que garantem a economia e a seletividadeda comunicação.

Esses conhecimentos prévios são essenciais à compreensão deum texto, pois permitem ao leitor fazer as inferências necessáriaspara relacionar suas diferentes partes, transformando-o num todocoerente.

inferir: concluir, deduzir

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2.2 Formulação de Hipóteses

A capacidade de formular hipóteses é outro objetivo que deveser alcançado para que o leitor se torne ati-vo no processo. Isso se dá pelo reconheci-mento global e instantâneo de palavras e fra-ses relacionadas ao tópico, bem como in-ferências sobre palavras não percebidas. Oleitor adulto percebe as palavras globalmen-te e adivinha outras, guiado por seu conhe-cimento prévio e por suas hipóteses de lei-tura.

Para formular hipóteses, o leitor utiliza tanto seu conhecimentoprévio como os elementos formais mais visíveis e de alto grau deinformatividade como título, subtítulo, datas, fontes, ilustrações.Ao formular hipóteses, o leitor estará predizendo temas, e ao testá-las estará depreendendo o tema daquele texto.

2.3 Rede de Relações de um Texto

A tarefa de compreensão pode ser complexa porque existe umarede de relações sintáticas, lexicais, semânticas, pragmáticas - nasentença, período, parágrafo - que tornam o objeto rico demais parauma percepção rápida, imediata e total. A tarefa, contudo, torna-se acessível mediante análise e segmentação das partes desse ob-jeto: o esforço para compreender o texto escrito mediante análisee segmentação é aquele que está subentendido nas estratégias deprocessamento do texto.

Por exemplo, é importante observar que os tempos verbais sealternam ao longo de uma narrativa, criando, dentre outros efeitos,um jogo de aproximação e distanciamento entre os elementos dotexto.

2.4 Coesão e Estrutura do Texto

A coesão e a estrutura do texto são aspectos importantes paraa significação. Quanto à estrutura, dentre outras características,não é difícil notar que a palavra CACHORRO escrita em letrasgarrafais informa melhor acerca de um eventual perigo do que umextenso texto, em letras miúdas, que se referisse às grandes di-mensões físicas do animal. Da mesma forma, uma tabuleta onde selê CAVALOS traz uma mudança significativa, pois o aviso não in-dica que deve haver preocupação com a ferocidade do animal.

hipótese: suposição, conjectura, pela qual aimaginação antecipa o conhecimento, como fim de explicar ou prever a possívelrealização de um fato e deduzir-lhe asconseqüências.predizer: dizer antecipadamente; prever,profetizar.depreender: entender, perceber,compreender.

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A coesão diz respeito ao conjunto dos elementos que formamas ligações no texto; porém, não é por ser coeso que um texto serácoerente. Às vezes, um único elemento formal pode funcionar comoelo que permite ligar as diferentes partes do texto.

O princípio geral que garante a econo-mia lingüística baseia-se na regra da recor-rência, que se dá por mecanismos como: re-petições, substituições, pronominalizações, ouso dos dêiticos e de frases definidas.

2.5 Relação Autor/Leitor

Na leitura estabelece-se uma relação entre leitor e autor quetem sido definida como de responsabilidade mútua, pois ambos têma zelar para que os pontos de contato sejam mantidos, apesar dasdivergências possíveis em opiniões e objetivos. Ir ao texto com idéiaspré-concebidas, inalteráveis, com crenças imutáveis, dificulta acompreensão quando estas não correspondem àquelas que o autorapresenta.

A articulação e organização do texto refletem o raciocínio doautor: a organização que ele escolhe para avançar e organizar seusargumentos e explicações pode estar explícita, mediante o uso deoperadores e conectivos lógicos, ou pode estar implícita, sendo en-tão seu raciocínio inferível pela natureza e relacionamento dos ar-gumentos (por exemplo, o uso de um conectivo adversativo masintroduz um argumento que vai na direção contrária do anteriorou, no caso de não possuir um valor adversativo, o conectivo masindica um raciocínio em que está implícita a continuação do argu-mento da proposição primeira).

Outros tipos de pistas que o autor deixa no texto para ajudar areconstruir seu quadro referencial são aquelas expressões que in-dicam o grau de comprometimento do autor com a verdade, ou ajustiça da informação, a certeza absoluta, ou para menos, a possi-bilidade mais remota; são elas: talvez, evidentemente, não há dúvi-da, etc.

Ainda um outro tipo de marca formal da presença do autor éaquele que reflete a atitude dele frente ao fato, à idéia, à opinião, eque se concretiza principalmente através da adjetivação,nominalização, e usos de nomes abstratos indicativos de qualida-des. Esses recursos ajudam a criar imagens negativas ou positivasdo sujeito em questão.

pronominalização: ato de tornar (um verbo)pronominal.dêitico: que mostra ou demonstra.

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A capacidade de análise das pistas formais para uma sínteseposterior que defina uma postura do autor é considerada essencialà compreensão do texto. A reconstrução de uma intenção argu-mentativa é considerada ainda como um pré-requisito para oposicionamento crítico do leitor frente ao texto.

3. Leitura: Futebol

Com bom humor, esta crônica trata de um assunto que faz par-te do nosso dia-a-dia: o futebol. O autor resolveu colocar no papelas regras do futebol de rua, um jogo que, em princípio, não temregras. Leia com atenção:

“Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas existeum tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É ofutebol de rua. Perto do futebol de rua, qualquer pelada é luxo equalquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Se você éhomem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que estou falando.Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora.

Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou numpapel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim:

DA BOLA: a bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica.Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coi-sa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira doseu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. Nocaso de usar uma pedra, lata ou outro objeto contundente, reco-menda-se jogar de sapato. De preferência os novos, do colégio. Quemjogar descalço deve cuidar para chutar sempre com aquela unhado dedão que estava precisando ser aparada mesmo. Também épermitido o uso de frutas ou legumes em vez de bola, recomendan-do-se nesses casos a laranja, a maçã, o chuchu e a pêra. Desa-conselha-se o uso de tomates, melancias e, claro, ovos. O abacaxipode ser utilizado, mas aí ninguém quer ficar no gol.

DAS GOLEIRAS: as goleiras podem ser feitas com, literalmente, oque estiver à mão. Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, oslivros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e até o seu ir-mão menor, apesar dos protestos. Quando o jogo é importante, re-comenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para agüentar o impac-to. A distância regulamentar entre uma goleira e outra dependeráda discussão prévia entre os jogadores. Às vezes esta discussãodemora tanto que quando a distância fica acertada está na hora dejantar. Lata de lixo virada é meio golo.

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DO CAMPO: o campo poderá ser até o fio da calçada, calçada erua, rua e calçada do outro lado e — nos clássicos — o quarteirãointeiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua.

DA DURAÇÃO DO JOGO: até a mãe chamar para o jantar ou es-curecer, o que acontecer primeiro. Nos jogos noturnos, até alguémda vizinhança ameaçar chamar a polícia.

DA FORMAÇÃO DOS TIMES: o número de jogadores em cadaequipe varia, de 1 a 70 jogadores para cada lado. Algumas conven-ções devem ser respeitadas. Ruim vai para o gol. Perneta joga naponta, a direita ou esquerda, dependendo da perna que faltar. Deóculos é meio-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

DO JUIZ: não tem juiz (...)”

Luís Fernando Veríssimo

4. Leitura: Incêndio? Onde?

Os textos a seguir tratam de um tema comum: INCÊNDIO. Noentanto, há diferenças significativas entre eles.

Na reportagem, temos um texto informativo em que o autorinforma o local, a hora, a relevância do acontecimento, colhe depo-imentos, tudo de maneira objetiva. O que isso quer dizer, precisa-mente? Que estamos diante de um texto que traz muitas informa-ções, mas que não se propõe a analisar os fatos. Podemos dizer que,por meio de palavras, temos um retrato da destruição de um casa-rão no centro histórico de uma cidade, Ouro Preto.

No conto, temos um texto ficcional evocando lem-branças. Nele, o narrador relata um incêndio numaloja de brinquedos, retratando aspectos do universoinfantil.

Na crônica, temos um texto ficcional de carátercrítico; nela, o autor, além de relatar um fato, faz umaanálise dele, destacando dois aspectos: o de que atelevisão nos obriga a ver, de forma passiva, as tra-gédias, e o fato de que há pouca preocupação com avida.

Na música, temos um texto ficcional de caráter narrativo; nela,o autor relata um episódio envolvendo determinada pessoa, a “NegaLuzia”, num local específico, o “morro”, dando indício da causa ede efeitos ligados a ele.

conto: gênero literário que secaracteriza por ser uma espéciede narrativa curta.

crônica: gênero literáriomarcado por sua brevidade.Em geral, é um textonarrativo, de trama quasesempre pouco definida emotivos, na maior parte,extraídos do cotidiano.

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Faça uma leitura atenta de cada um dos textos, relendo-os,sempre que achar necessário.

4.1 Reportagem: Fogo atinge centrohistórico de Ouro Preto

Fogo atinge centro histórico de Ouro Preto

Um casarão foi destruído pelas chamas e outro ficou danificado.

Reportagem de Eduardo Kattah

BELO HORIZONTE – Um casarão do século 18, no centro históri-co de Ouro Preto, foi destruído em um incêndio, no fim da tarde deontem. No prédio de três andares, localizado na Praça Tiradentes,funcionavam seis lojas. A cidade abriga o maior conjunto do barro-co colonial em todo o mundo e foi a primeira no País a ser declara-da Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Uni-das para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Outro casarão,na Rua Cláudio Manoel, foi atingido parcialmente pelas chamas.

O fogo teve início por volta das 18 horas e o Corpo de Bombeirosprecisou da ajuda de voluntários para iniciar o combate às chamas.Segundo as primeiras informações, o incêndio foi provocado porum curto-circuito numa das lojas do prédio, que abrigou o antigoHotel Pilão. Os bombeiros não confirmaram a informação. Peritosfarão vistoria para apontar as causas do incêndio.

O prédio desabou por volta das 20 horas e cerca de uma hora depoisas chamas foram controladas. Mas até as 22 horas, de acordo com omajor Paulo Adriano Cunha, os bombeiros continuavam no local.Segundo ele, não havia mais risco de o fogo atingir as casas vizinhas,entre elas o prédio onde funciona a Câmara Municipal.

O incêndio despertou a curiosidade da população, que se concen-trou na Praça Tiradentes, tomada pela fumaça. Carros dos bom-beiros foram deslocados de Belo Horizonte e de cidades vizinhaspara Ouro Preto. A operação ainda contou com ajuda de caminhões-pipa de mineradoras da região.

O chefe da sub-regional da 13ª Superintendência do Instituto doPatrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Benedito Ta-deu Leite, disse que o incêndio revela o “total despreparo” da pre-feitura e do Estado na conservação do patrimônio. Segundo ele, oIPHAN já havia alertado as autoridades sobre o risco de incêndios.Benedito denunciou ainda a falta de estrutura dos bombeiros.

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Na semana passada, uma missão da Unesco visitou Ouro Preto. Ogrupo tinha como objetivo fazer relatório para o Centro dePatrimônio Mundial, em Paris, cujo conselho deverá decidir pelainclusão ou não do município na lista do Patrimônio Mundial emPerigo.

www.estado.estadão.com.br/editoriais15.04.2003

4.2 Conto: Brinquedos incendiados

“Uma noite houve um incêndio num bazar. E no fogo total desapa-receram consumidos os seus brinquedos. Nós, crianças, conhecía-mos aqueles brinquedos um por um, de tanto mirá-los nos mostru-ários — uns, pendentes de longos barbantes; outros, apenas entre-vistos em suas caixas. Ah! maravilhosas bonecas louras, de chapé-us de seda! pianos cujos sons cheiravam a metal e verniz!carneirinhos lanudos, de guizo ao pescoço! piões zumbidores! - euns bondes com algumas letras escritas ao contrário, coisa que muitonos seduzia - filhotes que éramos, então, de Mr. Jordain, fazendo anossa poesia concreta antes do tempo.

Às vezes, num aniversário, ou pelo Natal, conseguíamos receberde presente algum bonequinho de celulóide, modestos cavalinhosde lata, bolas de gude, barquinhos sem possibilidades de navega-ção... — pois aquelas admiráveis bonecas de seda e filó, aquelesbatalhões completos de soldados de chumbo, aquelas casas de ma-deira com portas e janelas, isso não chegávamos a imaginar sequerpara onde iria. Amávamos os brinquedos sem esperança nem inve-ja, sabendo que jamais chegariam às nossas mãos, possuindo-osapenas em sonho, como se para isso, apenas, tivessem sido feitos.

Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola paracasa, parava longo tempo a contemplar aqueles brinquedos e liaaqueles nítidos preços, com seus cifrões e zeros, sem muita noçãodo valor — porque nós, crianças, de bolsos vazios, como namoradosantigos, éramos só renúncia e amor. Bastava-nos levar na memóriaaquelas imagens e deixar cravados nela, como setas, os nossos olhos.

Ora, uma noite, correu a notícia de que o bazar incendiara. E foiuma espécie de festa fantástica. O fogo ia muito alto, o céu ficavatodo rubro, voavam chispas e labaredas pelo bairro todo. As crian-ças queriam ver o incêndio de perto, não se contentavam com por-tas e janelas, fugiam para a rua, onde brilhavam bombeiros entrejorros d’água. A elas não interessavam nada peças de pano, cetins,cretones, cobertores, que os adultos lamentavam. Sofriam peloscavalinhos e bonecas, os trens e palhaços, fechados, sufocados em

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suas grandes caixas. Brinquedos que jamais teriam possuído, so-nho apenas da infância, amor platônico.

O incêndio, porém, levou tudo. O bazar ficou sendo um fumosogalpão de cinzas.

Felizmente, ninguém tinha morrido — diziam em redor. Como nãotinha morrido ninguém? pensavam as crianças. Tinha morrido ummundo e, dentro dele, os olhos amorosos das crianças, ali deixados.

E começávamos a pressentir que viriam outros incêndios. Em ou-tras idades. De outros brinquedos. Até que um dia também desa-parecêssemos sem socorro, nós brinquedos que somos, talvez deanjos distantes.”

Cecília Meireles

4.3 Crônica: Incêndio

“Vi a menina procurar pela mãe, na multidão em frente ao edifícioque pegara fogo, e ninguém dizer-lhe onde estava ela. E a meninasabia que a mãe morrera; sabia de vaga notícia, de obscura ciência,como essas coisas se sabem sem necessidade de testemunho. Elapasseava entre populares e fotógrafos o seu rostinho contraído, suavozinha de choro, sua escassez de palavras. E quando apareceu umbombeiro para dizer-lhe que a pessoa morta não devia ser sua mãe,todos os sinais tranqüilizadores que ele dava eram precisamentesinais confirmativos da perda. E a menina era apenas uma dor hu-milde, entre outras que latejavam naquele momento em meio à con-fusão das providências para apagar as chamas e salvar as vidas.

Vi a moça dependurar-se à corda, lá no alto, sua saia abrir-se comouma flor redonda, parece mulher ensaiando vôo, os cabelos louros,a moça vem devagar e difícil, os braços tensos afrouxam, ela tomba

celulóide: plástico derivado da nitrocelulose que possui múltiplas aplicações,entre elas, artigos de toalete, brinquedos, filmes fotográficos, etc.

filó: tule de seda, algodão ou outro material, geralmente engomado, e cujaurdidura forma uma espécie de rede vazada, dando-lhe uma aparência leve eprópria para ser usada em véus, cortinados, etc.

rubro: vermelho de forte tonalidade, como o sangue.

cretone: fazenda encorpada, de algodão ou de linho, com urdidura de cânhamo,usado na confecção de colchas, cortinas, tapeçarias, etc.

amor platônico: amor a distância, freqüentemente inconfesso e idealizado;embevecimento casto pela pessoa amada.

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no vazio. De repente não é mais nada senão uma forma chata sobrea marquise. Raro é ver a morte operar assim à plena luz, sem dis-farce nem preparativos de anos e anos. A morte dando demonstra-ção. E a morte estava solta no vão entre dois edifícios, um que sequeimava, outro que assumia o papel de porto de salvação. A vidapor uma corda, fora do circo, no coração do cotidiano. Uma cordaque não chega a rebentar, não é preciso, as mãos da moça é quecederam.

Vi... Não vi nada disso no local, mas em casa, em preto e branco,repetido pelo televisor que captou a morte, a dor da menina, o ma-terial da tragédia no momento em que ela se fazia. Mas é a mesmacoisa. A documentação hoje em dia não acompanha a vida de perto:confunde-se com a vida, e, o que é terrível, nos obriga a todos a serespectadores de dramas que não podemos remediar, mas cujos hor-rores temos de contemplar de cara. A menos que desliguemos oaparelho, como o avestruz se recolhe às penas, assistimos de pa-lanque ao incêndio, à inundação, ao terremoto.

Desses homens e mulheres sacrificados no último incêndio podedizer-se que morreram antes da hora, não de sua própria morte,mas de outra improvisada e injusta. Arde uma casa e as chamasnão matam ninguém. O que mata é a fuga ao incêndio, é a impossi-bilidade de fugir a ele, nesses edifícios onde tudo foi previsto me-nos o resguardo da vida de seus moradores. É o despreparo, a omis-são, o que-nem-me-importa com o que possa acontecer, porque namaioria dos casos não acontece nada, os incêndios não são diários emetódicos. Vivemos sob o signo da ameaça, e com ele nos habitua-mos de tal modo que nem o sentimos. Todos esses edifícios, amon-toados, colados, como um rebanho denso, toda essa gente dormin-do ou trabalhando em seus milhares de escaninhos no ar, sem ga-rantia a não ser o acaso, previsão, sem consciência do perigo, atéque um dia a moça loura se agarra desesperadamente a uma cordae depois arria como um balão tascado... É de arrepiar.”

ANDRADE, Carlos Drummond de, Auto-retrato.Rio de Janeiro: Editora Record, 1989, pp. 67–68.

marquise: na fachada dos edifícios, cobertura em balanço, lateralmente aberta,para proteger da chuva e do sol.

resguardo: ação ou efeito de resguardar(-se), tudo que tem por fim livrar alguémou alguma coisa de perigos ou danos; cautela, precaução.

escaninho: compartimento de pequeno tamanho, às vezes secreto, em caixas,cofres, gavetas, armários, etc.

tascar: rasgar, despedaçar (balões ou pipas que caem).

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4.4 Música: Nega Luzia

Lá vem a nega LuziaNo meio da cavalariaVai correr lista lá na vizinhançaPra pagar mais uma fiançaFoi cangebrina demaisLá no xadrezNinguém vai dormir em pazVou contar pra vocêsO que a nega fezEra de madrugadaTodos dormiamO silêncio foi quebradoPor um grito de socorroA nega recebeu um NeroQueria botar fogo no morro

Wílson Batista e Jorge de Castro

5. Conto ou Crônica?

Observe o que diz Mário de Andrade acerca da definição deconto: “O que é conto? Alguns dos escritores do inquérito se têmpreocupado com este inábil problema de estética literária. Em ver-dade, sempre será conto aquilo que seu autor batizou com o nomede conto.”

Também, veja esta definição de crônica, proposta por HênioTavares (p.123): “Etimologicamente: “chronos” = tempo. Era rela-to histórico. (...) Hoje é uma espécie de conto curto ou narrativacondensada, que capta um flagrante da vida, pitoresco e atual, realou imaginário, com ampla variedade temática e num tom poético,embora coloquial da linguagem oral. Quando encerra uma estória,torna-se um conto (...).”

Tendo em vista estas duas outras definições, de conto e de crô-nica, e os textos que tratam sobre “incêndio” (a reportagem, o con-to, a crônica e a música), podemos dizer que todos são, em certosentido, “crônicas”, pois são flagrantes da vida cotidiana.

cangebrina: pinga, cachaça.

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Exercícios Propostos

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As questões de 1 a 7 referem-se ao texto Futebol.

Compare as definições contidas nas duas colunas:

1 – A partir destas definições, responda:

a) Em qual das colunas as definições são feitas de maneira objetiva, a fim de iden-tificar e classificar o objeto? ________________________________

b) Em qual das colunas as definições são feitas de maneira mais subjetiva, deforma que a descrição pessoal e criativa feita pelo autor complemente a identi-ficação do objeto em questão? ______________________________

2 – Assinale a alternativa mais completa:( ) a) O texto Futebol de rua apresenta as regras do jogo de maneira técnica e

objetiva.( ) b) O texto Futebol de rua apresenta as regras do futebol de rua a partir da

vivência pessoal do autor Luís Fernando Veríssimo.( ) c) O texto Futebol de rua, devido às definições detalhistas, apresenta as re-

gras do futebol de rua tal qual poderiam constar num livro de definiçõesteóricas sobre esportiva.

( ) d) O texto Futebol de rua é um exemplo de texto que trata um tema objetivode maneira criativa e original.

3 – Copie o trecho no qual o autor indica:

a) Quando se dá o término dos jogos noturnos:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

II. Bola: qualquer coisa remotamenteesférica, qualquer coisa que role.

II. Campo: pode ser até o meio fio da calçadae rua, calçada e rua, rua e calçada dooutro lado.

I. Bola: artefato esférico de borracha, ou de qual-quer outro material envolto em couro, feltro, etc.,usado em diversos esportes.

I. Campo: local especialmente preparado e demar-cado para a prática de certos esportes.

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b) Onde é mais comum jogar-se:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

c) Quem estabelece distância entre as goleiras:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

d) Quais objetos podem substituir a bola de futebol:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

4 – Quais os termos (palavras) utilizados pelo autor para indicar:

a) O tipo de terreno usado nas peladas:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

b) O tipo de futebol mais rudimentar que existe:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

c) O tipo de bola utilizada nas peladas:________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

5 – A partir do texto, conclua e justifique: afinal, futebol de rua tem ou não temregras?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

6 – Qual a diferença que o autor estabelece entre futebol de rua e pelada?________________________________________________________________________

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7 – Por que o autor declara que não é necessária a presença do juiz no futebol derua? Justifique sua resposta.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

As questões 8 e 9 referem-se à reportagem Fogo atinge centro histórico de OuroPreto.

8 – Geralmente, a palavra “incêndio” indica alguma tragédia, e cada tragédia temsua particularidade. Qual é a particularidade do incêndio da reportagem?

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

9 – Quando a matéria foi escrita, as causas do incêndio já haviam sido descober-tas? Justifique sua resposta.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

As questões de 10 a 13 referem-se ao conto Brinquedos Incendiados.

10 – Sobre o texto, podemos afirmar:( ) a) As crianças ficaram tristes com o incêndio porque não poderiam mais com-

prar seus brinquedos no bazar.( ) b) As crianças ficaram indiferentes ao incêndio, já que nunca poderiam ad-

quirir os brinquedos vendidos no bazar.( ) c) As crianças lamentaram a perda, principalmente, da possibilidade de so-

nhar com os brinquedos.( ) d) As crianças viram o incêndio como uma festa, já que elas puderam sair à

noite e ver o espetáculo que o fogo fazia no céu, que ficou todo rubro.( ) e) Nenhuma das alternativas anteriores.

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11 – Qual o teor de tragédia que particulariza o incêndio relatado no conto?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

12 – Releia o fragmento: “Sofriam pelos cavalinhos e bonecas, os trens e palhaços,fechados, sufocados em suas grandes caixas.”

Por que o narrador afirma que as bonecas, os cavalinhos, o palhaço estavam sufo-cando?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

13 – Releia o último parágrafo do conto:

E começávamos a pressentir que viriam outros incêndios. Em outras idades. Deoutros brinquedos. Até que um dia também desaparecêssemos sem socorro, nósbrinquedos que somos, talvez de anjos distantes.

a) A palavra “incêndios” está empregada em sentido conotativo ou denotativo?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

b) A metáfora tem a propriedade de ressaltar uma característica do ser por eladesignado; por exemplo, quando se compara um homem a um cordeiro, o que sequer ressaltar é a sua mansidão. No caso desse último parágrafo do conto, o queo autor quis destacar usando as palavras “incêndios” e “brinquedos”?

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014G/102○ ○ ○ ○ ○

As questões 14 e 15 referem-se à crônica Incêndio.

14 – Reveja a seguinte passagem do texto: “A menos que desliguemos o aparelho,como o avestruz se recolhe às penas, assistimos de palanque ao incêndio, àinundação, ao terremoto.”

a) Por que o autor afirma que “o avestruz se recolhe às penas”?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

b) Qual é, então, o sentido da palavra “penas” nesse fragmento?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

c) Dê um outro sentido à palavra “penas” que se relacione a avestruz.________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

15 – Qual é a particularidade desse incêndio?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

As questões de 16 a 18 referem-se à música Nega Luzia.

16 – Releia:

A nega recebeu um NeroQueria botar fogo no morro

Por que o autor afirma que Luzia “recebeu um Nero”?________________________________________________________________________

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17 – A “Nega Luzia” atingiu seu objetivo, ou seja, conseguiu “botar fogo no morro”?________________________________________________________________________

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18 – Há uma passagem indicando que a “Nega Luzia” era querida por todos lá nomorro. Localize-a.

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19 – Compare a reportagem, o conto, a crônica e a música. Identifique os valoresenvolvidos em cada incêndio.

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10lição

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014G/105○ ○ ○ ○ ○

Introdução

Esta lição não tem como objetivo ser um resumo da gramáticanormativa. Para um estudo mais detalhado, o aluno poderá consul-tar as indicações bibliográficas no final da apostila. Nosso objetivoé destacar pontos como pontuação, uso dos conectivos, regênciaverbal e nominal, além de algumas questões que, não raro, susci-tam dúvidas.

1. Pontuação

Devemos sempre ter em mente que sua função básica é indi-car, na “escrita”, a “entonação” e a “pausa” necessárias à compre-ensão do que se expressa na “fala”. Também, precisamos atentarpara o fato de que cada sinal exerce um papel específico.

Os sinais são os seguintes: dois pontos ( : ), ponto de interroga-ção ( ? ), ponto de exclamação ( ! ), reticências ( ... ), aspas ( “ ” ),parênteses ( ), travessão ( – ), ponto final ( . ), vírgula ( , ), ponto evírgula ( ; ).

Concentramos nosso estudo em um sinal que costuma ser mo-tivo de muitas dúvidas quando se escreve um texto: a vírgula. Essesimples “risquinho” é motivo para entendermos de forma equivo-cada uma frase. Vejamos um exemplo.

1.1 Vírgula

Inicialmente, é fundamental ter em mente que a vírgula marcauma pausa, mas não há vírgula em toda pausa. A pontuação é defi-nida segundo parâmetros sintáticos e não devemos separar ele-mentos que são sintaticamente ligados, mesmo que haja uma “pau-sa” entre esses elementos.

Tópicos Gramaticais

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1.1.1 Uso da Vírgula entre Palavras

� Separa termos coordenados:

� “... meus olhos haviam retido a casinha branca, a lagoa, o buritizale bandos de ariris...”

(Cyro dos Anjos. A Menina do Sobrado, p.164)

Geralmente, não se separam termos unidos pela conjunção e, anão ser quando a conjunção vem repetida:

� “E teus amigos, e nossos versos, e nossos túmulos...”

(Cecília Meireles. Obra Poética, p.402)

� Isola o aposto:

� Manuel Bandeira, o Bardo, foi um grande poeta modernista.

O aposto pode também ser separado por doispontos, travessão, parênteses:

� Ana ganhou dois presentes: um livro e umabicicleta.

� Dois alunos (Ricardo e Marco) foram expulsos do colégio.

� Separa expressões de explicação, correção, continuação, con-clusão, concessão:

� “Imaginava, aliás, que havia doutores em excesso, e o que min-guava eram braços para a lavoura.”

(Cyro dos Anjos. A Menina do Sobrado, p.185)

� “Seguiria, assim, a tradição santanense.”

(p.185)

� “A roça vinha ter com ela, às vezes, em sonhos ou simples deva-neios.”

(Machado de Assis. Quincas Borba, p. 85)

� Separa, nas datas, os nomes do lugar:

� Recife, 30 de novembro de 2003.

aposto: termo ou expressão que seassocia a um nome para melhorexplicá-lo, estabelecendo umarelação de “equivalência”.

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014G/107○ ○ ○ ○ ○

� Marca as deslocações, principalmente dos adjuntos adverbiais:

� O rapaz ofereceu flores à namorada durante a festa. suj. verbo OD OI adj. adv.

� Durante a festa, o rapaz ofereceu flores à namorada. adj. adv. deslocado

� À namorada, o rapaz ofereceu flores durante a festa. OI deslocado

1.1.2 Uso da Vírgula entre Orações

� Separa orações coordenadas:

� “Ela ergueu-se finalmente, foi lá fora ao capinzal, pôs-se a an-dar agitada, falando sozinha, a gesticular forte.”

(Aluízio Azevedo. O Cortiço, p.142)

Geralmente, não se usa vírgula antes de oração iniciada pelaconjunção e:

� Levantou-se, olhou todos com desdém e saiu sem dizer uma úni-ca palavra.

Emprega-se vírgula em oração iniciada por conjunção e quan-do os sujeitos são diferentes:

� Veio a chuva, e as ruas do bairro ficaram todas debaixo d’água.

Quando há repetição de orações iniciadas pela conjunção e, avírgula é facultativa:

� Andou rapidamente, e foi se afastando, e depois desapareceu nohorizonte.

✓ Andou rapidamente e foi se afastando e depois desapareceu nohorizonte.

� Separa as orações coordenadas iniciadas por conjunções quenão sejam e:

� O jardim já não está lá, mas a casa ainda resiste.

� Bastante agitado, ora queria deitar, ora queria andar pelo jar-dim.

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014G/108○ ○ ○ ○ ○

� Separa as orações subordinadas adverbiais de sua principal, es-pecialmente quando antepostas:

� Teria ido à empresa se eu não o avisasse.(O. principal + O. Sub. Adv.)

� Se eu não o avisasse, teria ido até a empresa.(O. Sub. Adv. + O. principal)

� Saiu mais cedo do trabalho porque precisou resolver problemaspessoais.

� Porque precisou resolver problemas pessoais, saiu mais cedo dotrabalho.

� Separa as orações que interrompam o discurso direto:

� “Vem cá, Eugênia, disse ela, cumprimenta o Dr. Brás Cubas,filho do senhor Cubas...”

Obs.: essas frases são denominadas parentéticas ou intercala-das; e poderiam ser substituídas por parênteses.

� Separa as orações adjetivas explicativas:

� A primavera, estação das flores, deixa a cidade mais bonita.

1.1.3 Casos em que NÃO se deve usar Vírgula

� Entre sujeito e verbo, mesmo que o sujeito seja bastante extensoou venha depois do verbo:

� A casa em que eu estava hospedado era a do escrivão Menezes. sujeito

(Machado de Assis. Missa do Galo)

� Vieram visitar as tias duas sobrinhas do interior. sujeito

Num sujeito composto, não se separa o último termo coordena-do do verbo:

� Os animais, as plantas, os passarinhos parecem mais felizes de-pois da chuva.

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014G/109○ ○ ○ ○ ○

� Entre o verbo e seus objetos (direto e indireto) não há vírgula:

� O trabalho custou sacrifício aos organizadoresOD OI

A ordem correta das palavras na oração é: sujeito, verbo, com-plemento do verbo, adjunto adverbial:

� O professor iniciará sua aula às dez horas.sujeito verbo OD adj. adv.

Obs.: recomenda-se o uso das frases na ordem direta ao elaborartextos mais técnicos como cartas, relatórios, etc.

1.2 Ponto e Vírgula

� Separa períodos longos; separa vários membros de uma enume-ração descritiva ou narrativa:

� “A senhora não há de viver sempre; os seus negócios andam atra-palhados.”

(Machado de Assis. Quincas Borba, p. 84)

� “Enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico se-nhor; é a perfeição universal.”

(Machado de Assis. Quincas Borba, p.55)

2. Emprego dos Conectivos

Conectivo é aquilo que estabelece conexão, que une uma coisae outra. No caso da linguagem, são as palavras que estabelecemligação entre dois termos de uma oração ou entre orações de ummesmo período. O uso correto dos conectivos é imprescindível paraaqueles que desejam produzir um texto com coesão (relação desentido que se estabelece entre os enunciados que compõem umtexto).

Palavras que assumem a função de conectivos ou elementos decoesão:

Preposições � a, de, para, com, por, etc.

Conjunções � que, para que, quando, embora, mas, e, ou, etc.

Pronomes � ele, ela, seu, sua, este, esse, aquele, que, o qual, etc.

Advérbios � aqui, aí, lá, assim, etc.

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O uso correto dos conectivos confere unidade ao texto e con-tribui para expressar claramente as idéias. Para verificar isso, ve-jamos alguns enunciados que têm o sentido comprometido pelo usoinadequado dos conectivos.

� No sertão, não chove há mais de cinco meses, apesar de que ogoverno deveria auxiliar os flagelados.

Para que o enunciado acima faça sentido, é preciso estabele-cer uma relação de implicação: pelo fato de não chover, é precisoque o governo tome providências. Podemos, então, escrever:

� No sertão, não chove há mais de cinco meses, portanto, o gover-no deveria auxiliar os flagelados.

Observe algumas frases retiradas de redações de alunos doEnsino Médio:

Fragmento 1:

� “A história diz que ele lança uma maldição onde aquele que criouo barco e saiu para navegar.”

Não faz sentido o uso do advérbio onde (afinal, a que lugar elepoderia se referir?), que apenas atrapalha a compreensão do enun-ciado. Esse fragmento pode ser facilmente corrigido:

� A história diz que o velho lança uma maldição àquele que criouo barco e saiu para navegar.

Fragmento 2:

� “Em o jornal Folha de São Paulo, mostra que o número defavelados em São Paulo está aumentando, pois o governo do Es-tado e a Prefeitura devem tomar alguma providência.”

Há dois problemas: em o jornal... mostra (quem mostra?) e o usodo conectivo pois (explicativo). A relação entre as duas frases nãoé de uma simples explicação. Podemos reelaborar de duas formaso fragmento:

� O jornal Folha de São Paulo mostra que o número de faveladosem São Paulo está aumentando; portanto o governo do Estado ea Prefeitura devem tomar alguma providência.

� Em o jornal Folha de São Paulo, vimos que o número de faveladosem São Paulo está aumentando; por isso o governo do Estado e aPrefeitura devem tomar alguma providência.

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Fragmento 3:

� “ ... o motivo da tragédia é pelo qual, eles pensarem que eram osmelhores e serem idolatrados isso deixava os mais velhos indig-nados...”

Neste, não há idéias que se articulam, impossibilitando a com-preensão do enunciado. Vejamos uma possibilidade de leitura:

� O motivo da tragédia foi eles pensarem que eram os melhores; ofato de serem idolatrados deixava os mais velhos indignados...

Para usar corretamente os conectivos é necessário saber o sig-nificado dessas palavras. Vejamos alguns aspectos importantes aserem considerados.

2.1 Anafóricos e Catafóricos

Anafórico é um termo ou expressão que serve para retomaruma palavra já expressa no texto, enquanto o catafórico antecipapalavras que virão depois. Na produção de um texto, é necessárioprecisar qual a palavra a que o anafórico ou catafórico se referepara não haver ambigüidade.

� Ontem visitamos duas fábricas da Empresa Milkmilk: a deTaubaté e a de São José dos Campos. Esta produz somente osprodutos da linha diet e aquela produz toda a linha de iogurtes.

No enunciado acima, os pronomes demonstrativos são termosanafóricos que retomam o termo fábrica (elíptico): esta refere-se àde São José dos Campos e aquela refere-se à de Taubaté.

� O que você me contou não pode ser verdade. Isso seria uma ver-gonha!

O pronome demonstrativo isso é um anafórico que se refereàquilo que foi contado.

� Ele estaria sobre minha mesa logo após o almoço; aquele projetotinha de ser revisto até o dia seguinte.

O pronome pessoal ele é um catafórico e se refere à palavraprojeto.

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3. Regência Verbal e Nominal

Regência é o mecanismo que regula as ligações entre um verboou nome e os seus complementos. O falante conhece a regência dosverbos e dos nomes que mais utiliza, mas pode haver diferençasentre o uso popular e o culto. Para empregar corretamente a re-gência de cada verbo ou nome, é preciso consultar um bom dicio-nário.

� Esse espaço pertence a todos.

� Aquela empresa usava um sistema semelhante ao nosso.

3.1 Classificação dos Verbos quanto à Predicação

O verbo que constitui o elemento principal do predicado ver-bal pode ser intransitivo ou transitivo.

Intransitivo é o verbo que não precisa de complemento; ele sebasta a si mesmo:

� Os homens trabalham.

� As mulheres dançam.

� As crianças brincam.

Transitivo é o verbo que necessita de complemento que inte-gre sua predicação. Transitivo direto é o verbo que vem acompa-nhado de um complemento sem preposição obrigatória (objeto di-reto) e transitivo indireto é aquele que vem acompanhado de umcomplemento com preposição (objeto indireto).

� Os estudantes leram bons textos. (VTD)

� Queixou-se da chuva. (VTI)

Segundo o gramático Evanildo Bechara, “A classificação doverbo depende da situação em que se acha empregado na oração.Muitos verbos, de acordo com os vários sentidos que podem assu-mir, ora entram no grupo dos verbos de ligação, ora são intransitivos,ora são transitivos diretos ou indiretos:

� Ele passou a presidente. (verbo de ligação)

� O caçula passou o mais velho. (transitivo direto)

� A chuva passou. (intransitivo)

� Maria passou as novidades às colegas. (transitivo acompanhadode dois complementos)

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Assim não podemos, a rigor, falar em verbos intransitivos outransitivos, mas em emprego intransitivo ou transitivo dos mesmosverbos.

� Quando o objeto refere-se a coisa, é transitivo direto:

� Já estamos no dia 12 e a empresa ainda não pagou o salário domês passado.

� Quando o objeto refere-se a pessoa, é transitivo indireto com apreposição a:

� A empresa ainda não pagou aos funcionários o salário de dezem-bro.

Se relacionássemos aqui verbos que costumam causar proble-mas quanto à regência, haveria uma longa lista deles. O dicionárioé o meio para resolver nossas dúvidas. Vejamos, na prática, comofazer isso.

Se estamos redigindo um relatório para a empresa e temos oseguinte enunciado:

Os números do mês anteriornão foram favoráveis àempresa. Reverter essa

situação implica... diminuir aprodução da fábrica do Rio

Grande do Sul.

“Qual será aregência do verbo

implicar?”

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Para resolver a questão, vamos aos dicionários.

Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa:

implicar v. 1 bit e pron. envolver (alguém ou a si mesmo) emcomplicação, embaraço; comprometer(-se), envolver(-se) <o de-poimento que prestou implicava-o na fraude> <ao dar ajuda aoassassino, implicou-se no crime> 2 t.d. e pron. causar ou sentirconfusão; tornar(-se) perplexo; confundir, embaraçar, enredar <asobjeções implicaram-lhe o raciocínio> <o espírito do filósofoimplicou-se com dúvidas> 3 int. promover rixa, discórdia <ma-quiavélico, seu prazer é implicar> 4 pron. proceder, agir de modoinconseqüente <anda a implicar-se em confusões sentimentais>5 t.i.int. ser incompatível com; não estar de acordo com; desar-monizar <um procedimento que implica com as normas prescri-tas> <as duas cláusulas do contrato implicam reciprocidade> 6t.d.bit. ter como conseqüência , acarretar; originar <uma decisãoque poderia implicar prejuízos futuros (para a empresa)> 7 t.d.dar a entender, fazer pressupor <todos os passos do criminosoimplicavam premeditação> 8 t.d. tornar necessário, imprescin-dível; requerer <o combate à inflação implica a adoção de medi-das drásticas> 9 t.i. e pron. demonstrar antipatia ou prevençãocontra; hostilizar <implicou(se) com alguém à toa>.

Dicionário Prático de Regência Verbal:

IMPLICAR 1. TDI: implicá-lo em... TDpI: implicar-se em... En-redar(-se); envolver(-se); comprometer(-se): Más companhias oimplicaram num crime. Implicou-se num num escândalo. // 2.TD: implicar algo (implicá-lo) ou (inov.) TI: implicar em algo (OBS.)Dar a entender, fazer supor; pressupor: Seu silêncio implicava(em) consentimento. // Trazer como conseqüência; acarretar;originar; importar: “A supressão da liberdade implica, não raro,a violência” (Aurélio) ou ...implica na violência. A guerra impli-ca (em) grave dano. // Tornar indispensável; requerer; exigir: “Acriação artística implica muita dedicação” (Aurélio) ou ... impli-ca em muita dedicação. Casamento implica (em) responsabilida-de. — OBS. Implicar em algo é inovação em relação a implicaralgo por influência de sinônimos como ‘redundar’, ‘reverter’, ‘re-sultar’, ‘importar’. Aparentemente um brasileirismo. Plenamen-te consagrado, admitido até pela gramática normativa: “Estáganhando foros de cidade na língua culta a sintaxe implicar em:Tal procedimento implica desdouro (ou em desdouro) para você”(Rocha Lima:401) // 3. TI: implicar com alguém, mostrar antipa-tia; antipatizar // Aborrecer; importunar; enticar.

LUFT, Celso P. Dicionário Prático de Regência Verbal. 2ª ed.São Paulo: Editora Ática, 1993.

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Dicionário de Verbos e Regimes:

Implicar Transitivo — Enredar, embaraçar, tornar perplexo: “Omesmo Davi se explicou; e não sei se nos IMPLICOU mais” (Mo-rais.) “IMPLICAR o ânimo dos que inquirem a verdade com ques-tões.” (Idem.) // Fazer supor; dar a entender; encerrar: “Osprecedentes daquele juiz IMPLICAM grande honestidade” (Au-lete.) “IMPLICAR contradição” (Constâncio.) // Produzir comoconseqüência, envolver; “A nulidade da obrigação principal IM-PLICA a das obrigações acessórias” (Rui, Parecer, 87)”Um de-ver que IMPLICA desdouro para o meu amigo, se eu me esquivarde cumpri-lo” (Camilo, Consolação, 101.) // Tornar indispensá-vel, necessário; demandar, requerer: “O estudo profundo das ci-ências IMPLICA a prévia aquisição de múltiplosconhecimentos.” (Aulete.) // Transitivo-relativo — Envolver,comprometer “IMPLICARAM-nos no insulto de 3 de setembro.”(Morais.) // Intransitivo — Ser incompatível, não harmonizar:“Estes dois princípios IMPLICAM reciprocidade.” (Aulete) //Relativo — A mesma significação precedente: “Isto, porém nãoIMPLICAVA ao quase respeito com que os galãs mais audacio-sos da cidade eterna encaravam a gentil amazona.” (Camilo, Oesqueleto, 9.) “Esta maneira de ver IMPLICAVA com o lirismopatriótico.” (E. Cunha, Sertões, 509) // Antipatizar: “Com quemAurelien Scholl IMPLICOU sempre.” (A. Grieco.) // Pronomi-nal — Enredar-se, meter-se: “Implicar-se em negociações árdu-as, em empresas difíceis.” (Constâncio) // Contender,intrometer-se; armar desordens: “IMPLICAR-se com alguém.”(Aulete.) // Enredar-se: “IMPLICAR-se uma matéria ou questãocom outras conexas.” (Morais.)

No Dicionário Houaiss, mais adequados são os significados 6:

t.d.bit. ter como conseqüência , acarretar; originar <uma decisãoque poderia implicar prejuízos futuros (para a empresa)>

e 8:

t.d. tornar necessário, imprescindível; requerer <o combate àinflação implica a adoção de medidas drásticas>

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No Dicionário Prático de Regência Verbal:

TD: implicar algo (implicá-lo) ou (inov.) TI: implicar em algo (OBS.)Dar a entender, fazer supor; pressupor: Seu silêncio implicava(em) consentimento. // Trazer como conseqüência; acarretar;originar; importar: “A supressão da liberdade implica, não raro,a violência” (Aurélio) ou ...implica na violência. A guerra impli-ca (em) grave dano.

No Dicionário de Verbos e Regimes:

Produzir como conseqüência, envolver; “A nulidade da obriga-ção principal IMPLICA a das obrigações acessórias” (Rui, Pare-cer, 87)”Um dever que IMPLICA desdouro para o meu amigo, seeu me esquivar de cumpri-lo” (Camilo, Consolação, 101.)

Observe que há divergência entre os autores: no sentido quequeremos empregar o verbo implicar, dois aceitam apenas o verbocomo transitivo direto (implicar algo) e um deles também o aceitacomo transitivo indireto (implicar em), deixando claro que é umainovação. Podemos optar por uma das formas, mas, se predomina osentido como TD, por que não aceitá-lo?

O enunciado correto:

� Os números deste mês não são favoráveis à empresa. Reverteressa situação implica diminuir a produção da fábrica do Rio Gran-de do Sul.

4. Dúvidas Recorrentes

4.1 Porcentagem: o verbo fica no singular ou no plural?

Numa frase em que o percentual apareça desacompanhado, overbo concorda obrigatoriamente com o numeral expresso nele:“1% aprova, 99% desaprovam’’.

Mas a concordância pode ser facultativa quando o sujeito esti-ver acompanhado por outros elementos. Nesse caso, aceita-se queseja feita tanto com o numeral quanto com a palavra que está maispróxima do verbo.

Assim, podemos dizer que “1% (singular) dos brasileiros (plu-ral) aprova / aprovam’’, e que “99% (plural) da população (singu-lar) aprovam/aprova’’. Para quem prefere memorizar uma regraúnica, vale esta: o verbo estará sempre certo se concordar com onumeral.

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4.2 Etc.

Etc. é abreviação da locução latina et cetera, que quer dizer “eoutras coisas”. Segundo Napoleão Mendes de Almeida, se antes daconjunção e, quando liga dois termos contíguos, não se usa vírgula,também não devemos usar vírgula antes de etc.

No entanto, é muito comum encontrarmos o uso da vírgula an-tes desse termo, nós, por exemplo, usamos. Portanto, usar ou nãovírgula antes de etc. é uma opção e não se deve tratar a questãocomo erro ou acerto. É preciso, no entanto, sistematizar: num tex-to, usamos a vírgula em todos os casos ou a excluímos em todos.

4.3 Et al.

Et al. é abreviação de et alii, que quer dizer “e outros” e de etalibi, que significa “e em outra parte”. Após uma seqüência de no-mes de seres vivos é mais coerente dizer “e outros (as)” do quedizer “e outras coisas” (que tem a correta abreviação, etc.).

O inglês, que não é uma língua latina, respeita a sintaxe herda-da do latim. Veja um exemplo: “... with blacks, Mexicans, Italians,women homosexuals et al. complaining about discrimination.”

4.4 Ex

Ex é usado com hífen quando anteposto a um substantivo quedesigna um cargo, uma profissão, um estado que uma pessoa já nãotem mais: ex-presidente, ex-prefeito, ex-proprietário, ex-viciado.Nos outros casos, liga-se sem hífen: extrapolar, expropriar, expec-tativa.

4.5 Para mim / para eu

� Não houve discussão entre mim e minha chefe. Afinal, o queseria dela sem mim, que organizo toda sua agenda.

� Você acha que esse relatório é para mim?

Observe que, nas frases acima, as preposições entre, sem, paraintroduzem o pronome mim (forma oblíqua).

� Você acha que esse relatório é para eu analisar?

Acima, a preposição introduz o verbo no infinitivo, e o prono-me é empregado na forma do caso reto (eu), pois é sujeito do verboanalisar.

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4.6 Grifo

Uma palavra está grifada num texto quando vem impressa demaneira diferente das demais. Grifa-se uma palavra ou para cha-mar a atenção do leitor ou para dar ênfase ao vocábulo ou paraindicar ser ela estranha ao idioma. O grifo se expressa por um tra-ço sob a palavra ou pelo emprego de tipo diferente de letra, quepode ser negrito, itálico, etc. As aspas também podem ser utiliza-das para destacar vocábulos.

Obs.: as palavras estrangeiras devem ser grafadas SEMPRE emitálico. As aspas costumam “poluir” o texto. Sugere-se destacaros vocábulos com o emprego de um tipo diferente de letra.

4.7 Abreviações

Av. � AvenidaR. � RuaAp. � ApartamentoDec. � DecretoSr. � Senhor

2 horas � 2h30 quilos � 30 kg

Obs.: note que não se coloca ponto ( . ) após h e kg nem, tampouco,se coloca “s” (marca de plural), ainda que indiquem 2 e 30. Issoporque indicam convenções internacionais e nem toda língua fazo plural com acréscimo do “s”.

4.8 Símbolos das Unidades de Medida

4.8.1 Medidas de Tempo

Segundo � sMinuto � minHora � hDia � d

4.8.2 Medidas de Comprimento

Milímetro � mmCentímetro � cmMetro � mQuilômetro � km

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4.8.3 Medidas de Área

Metro � mMetro quadrado � m2

Hectare � há

4.8.4 Medidas de Volume

Litro � lCentímetro cúbico � cm3

4.8.5 Medidas de Massa

Metro cúbico � m3

Grama � gQuilograma � kgTonelada � t

4.8.6 Outras Medidas

Freqüência (Hertz) � HzVelocidade (metro por segundo) � m/sWatt � WCavalo Vapor � cvForça (Newton) � NTemperatura (Celsius) � oCEnergia (Joule) � JNível de potência (bel) � BIntensidade de corrente (Ampère) � ATensão elétrica (Volt) � VQuantidade de eletricidade (Coulomb) � C

5. Curiosidades

5.1 Rompendo as Regras de Pontuação

Existe a possibilidade de romper-se com as regras propostaspela gramática normativa no que diz respeito aos sinais de pontua-ção, mas, deixemos essa liberdade para os literatos...

O fragmento a seguir foi reproduzido apenas a título de curio-sidade.

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“Não Mundinha pra Zona Sul eu não vou já disse que não vou pra lánão Betsy que não quero me perder e cá no meu subúrbio eu souTuquinha Batista T. B. meu nome me toda parte eu quase choroagradecida T.B. nos muros T.B. no tronco das árvores no mamoeirona porta da igreja como largar minha gente ficar longe das letrasdo meu nome não Mundinha não me tentes mais estou quase noivaisto é não estou mas meu noivo vem vindo já apareceu na bola decristal a cartomante disse que por enquanto ele aparece só pra elatodo dourado nadando num fundo azul e que é parecido com ClarkGable mas eu queria que ele parecesse com aquele que viajou nopingente (...).”

MACHADO, Aníbal,A Morte da Porta-Estandarte.

5.2 A Expressão OK

OK significa “tudo certo” (all correct em inglês). No início doséculo XIX, em Boston, nos Estados Unidos, em vez de usar as le-tras AC, que poderiam ser confundidas com alternating current(corrente alternada), as pessoas diziam OK, de oll korrect, gíria demesmo significado. Durante uma campanha presidencial de 1840,a sigla foi usada como slogan e acabou conhecida no país inteiro.

Outra versão é que a sigla começou a ser usada durante a Guerrada Secessão, uma disputa entre o norte e o sul dos Estados Unidos.As fachadas das casas exibiam o OK para indicar zero killed, ouseja, nenhuma baixa na guerra civil.

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Exercícios Propostos

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1 – Quando, nesta lição, estudamos o emprego dos conectivos, vimos um fragmen-to que foi assim corrigido:

A história diz que o velho lança uma maldição àquele que criou o barco e saiu paranavegar.

Explique o uso do acento grave no pronome demonstrativo àquele.________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

2 – Leia os dois enunciados abaixo:

Nos EUA, ainda é grande o preconceito contra negros, homossexuais, mexicanoset al.

Nos EUA, há um consumo excessivo de produtos enlatados: temperos, molhos,comida semi-pronta, etc.

Explique o uso do et al. e do etc. em cada uma das sentenças.________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

3 – O enunciado abaixo foi retirado de uma redação de aluno do Ensino Médio.

Apresentaram muitas opções, de que os alunos poderão se aproveitar delas.

Qual o problema existente? Corrija-o e explique sua correção.________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

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014G/122○ ○ ○ ○ ○

4 – Assinale a construção mais adequada à norma culta:( ) a) Reformar o apartamento implica em novas despesas.( ) b) Reformar o apartamento implica novas despesas.

5 – Assinale a opção mais adequada à norma culta:( ) a) O funcionário respondeu ao que lhe foi perguntado.( ) b) O funcionário respondeu o que lhe foi perguntado.

6 – É comum, no nosso dia-a-dia, ouvirmos frases como “É para mim fazer”, “Épara mim levar”, “É para mim buscar”. Retomando o que vimos na lição sobreessa questão, explique o uso correto dos pronomes eu e mim nas frases abaixo:

a) É para mim esse presente?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

b) Se eu ajudá-lo a fazer essa pesquisa, amanhã você faz um favor para mim?________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

7 – Quanto ao emprego correto dos pronomes, há, nas frases abaixo, erros muitocomuns. Corrija-os.

a) Ainda que tenha havido muita discussão entre eu e ela, não lhe quero mal. Pelocontrário, considero ela uma amiga.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

b) Ninguém deixou eu falar antes; por isso eu neguei, mesmo sabendo que não erapara mim negar.

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

8 – Nos itens seguintes, modifique a oração sem alterar sua idéia. Para isso, utilizeum dos conectivos indicados.

Exemplo:

Abraçou-me com tal ímpeto que não pude evitá-lo.

Não pude evitá-lo, porque abraçou-me com grande ímpeto.

assim quando à medida que então porque

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014G/123○ ○ ○ ○ ○

a) Não se preocupe, que brevemente estarei de volta.

Brevemente estarei ______________________________________________________

b) Não posso atendê-lo, porque não é lícito o que requereu.

Requereu o que não é lícito _______________________________________________

c) Teimou em contratar os serviços daquela empresa, se bem que não houvessenecessidade.

Não havia necessidade ___________________________________________________

9 – Observe o enunciado:

João e Maria se assustaram quando a pedra atingiu sua cabeça.

Há ambigüidade nele. Identifique-a e reescreva o enunciado de forma a desfazera ambigüidade.________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

para que logo que porém por isso senão

depois porém em que visto que portanto

porém ainda que visto que portanto porque

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11lição

lição

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A Produção de Texto

Introdução

Seja qual for a atividade que você desen-volve, seja qual for o cargo que ocupa numaempresa, é essencial que saiba comunicar-se correta e eficientemente. É claro que paratransmitir suas idéias não basta simplesmen-te usar as palavras de qualquer jeito. Elas seorganizam e se relacionam de acordo com de-terminadas regras. Observe a frase:

� Pelúcia é urso seu de bonito.

Esta frase não faz sentido, não é? Isto acon-tece porque ela não obedeceu aos princípiosde organização. Para que a comunicação ocor-ra, é preciso alterar a ordem dessas palavras:

� Seu urso de pelúcia é bonito.

Esta lição pretende ensiná-lo a distinguirfrase, oração e período, bem como identifi-car os diferentes termos da oração (essenci-ais, integrantes e acessórios), conhecimentosindispensáveis para que você ordene seuspensamentos e os expresse em frases e ora-ções bem construídas.

1. Frase

Frase é uma palavra ou um conjunto depalavras que tem sentido completo.

Exemplos:

� Silêncio!

� Puxa! Que susto!

� Estou com vontade de viajar.

Como você pode observar, uma frase podeter apenas uma palavra, pode não ter verbo,bastando que tenha sentido.

2. Período

Período é a frase formada por uma ou maisorações, e pode ser: simples ou composto.

2.1 Período Simples

Período simples é aquele formado poruma só oração.

Exemplo:� Eu contarei uma pequena história aos ga-

rotos. (Um verbo � Uma oração)

2.2 Período Composto

Período composto é o período formado porduas ou mais orações.

Exemplo:� Miriam gosta de escutar música enquanto

aguarda sua condução. (Dois verbos � Duasorações)

3. Oração

Oração é uma frase ou parte de uma fra-se que apresenta verbo ou locução verbal.Pode ter sentido ou não.

Exemplos:

� Estou com vontade de viajar.Verbo � estouUma frase � Uma oração

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� Maria não foi ao cinema porque não tinhadinheiro.Verbos � foi e tinhaUma frase � Duas orações

� Eles não vão ter paciência com os sobri-nhos.Locução Verbal � vão terUma frase � Uma oração

Os termos essenciais da oração são o su-jeito e o predicado. Os termos que integrame completam o sentido de outros termos deuma oração são: complementos verbais (ob-jeto direto e objeto indireto), complementonominal e agente da passiva. Os termos cha-mados de acessórios servem para determinarou qualificar outros termos. São eles: adjun-to adnominal, adjunto adverbial e aposto.Vamos, a seguir, estudar cada um deles.

3.1 Sujeito

Sujeito é o termo de quem se fala algumacoisa, podendo estar no começo, no meio ouno fim da oração. O sujeito pode ser: simples,composto, indeterminado ou inexistente.

Exemplos:

� Um acidente aconteceu naquele parque.

� Aconteceu um acidente naquele parque.

� Naquele parque aconteceu um acidente.

Observe que nestas orações o termo dequem se fala algo é um acidente.

3.1.1 Sujeito Simples

Sujeito simples é aquele que tem um sónúcleo.

Exemplos:

� O nosso livro está rasgado.

� A partida já estava terminando.

O sujeito da primeira oração é o nosso li-vro, formado por três palavras, porém, a pa-

lavra mais importante é livro, considerado onúcleo do sujeito. Na segunda oração, o su-jeito é a partida, e o núcleo é a palavra maisimportante, partida.

Algumas vezes, o sujeito simples não apa-rece claramente na oração, mas é possível sa-ber qual é.

Exemplo:

� Vamos hoje ao cinema.

Onde está o sujeito? Quem vai ao cinema?Não está escrito, mas, pelo verbo (vamos) é pos-sível perceber que o sujeito é nós (nós vamos).Trata-se, portanto, de um sujeito oculto.

3.1.2 Sujeito Composto

Sujeito composto é o sujeito que tem doisou mais núcleos.

Exemplo:

� Os meninos e a professora foram ao Jar-dim Zoológico.

Nesta oração, o sujeito apresenta dois nú-cleos: meninos e professora. Portanto, é umsujeito composto.

3.1.3 Sujeito Indeterminado

Sujeito indeterminado é aquele que nãopode ser identificado pelo contexto nem peloverbo.

Exemplos:

� Trabalha-se muito naquele lugar.

� Fizeram questão de estragar a festa.

Na primeira oração é impossível deter-minar quem trabalha muito, tratando-se,portanto, de sujeito indeterminado. Tambémna segunda oração, não dá para saber dequem se trata, tornando o sujeito indeter-minado.

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3.1.4 Sujeito Inexistente ouOração sem Sujeito

A oração é considerada oração sem su-jeito nos seguintes casos:

� Verbos fazer e haver quando indicam tem-po decorrido.

Exemplos:

� Faz dois anos que não o vejo.

� Há meses ela espera conseguir aquela vaga.

No primeiro exemplo temos duas orações:faz dois anos e não o vejo (que é a conjunçãoque une as duas orações). Na segunda oraçãoo sujeito é simples e oculto: eu. E a primeiraoração não tem sujeito.

No segundo exemplo, novamente temosduas orações: há meses e ela espera conse-guir aquela vaga. A primeira oração não temsujeito, e o sujeito da segunda oração é ela,sujeito simples.

� Verbos que indicam fenômenos da natu-reza.

Exemplos:

� Chove muito na região norte do país.

� Ventou bastante de madrugada.

� Vai nevar hoje?

� Verbos ser e estar indicando tempo e fenô-meno meteorológico.

Exemplos:

� São duas horas.

� Está quente aqui.

� É dia!

� Verbo haver no sentido de existir.

Exemplos:

� Havia mil cartazes espalhados pela rua.

� Há muitas espécies de plantas na regiãoamazônica.

3.2 Predicado

Predicado é tudo aquilo que se afirma so-bre o sujeito.

Exemplos:

� Maria e Renato foram ao cinema ontemSujeito composto � Maria e RenatoPredicado � foram ao cinema ontem

� Estive pensando nele a manhã inteira.Sujeito simples e oculto � euPredicado � Estive pensando nele a ma-

nhã inteira

� Assaltaram aquele supermercado.Sujeito indeterminadoPredicado � Assaltaram aquele supermer-

cado

Anotações/dicas

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� Chove muito.Sujeito inexistentePredicado � Chove muito

Observe que nas orações que têm sujeitooculto, indeterminado ou inexistente, a ora-ção inteira é considerada como predicado.

São três os tipos de predicado: verbal, no-minal e verbo-nominal.

3.2.1 Predicado Verbal

Predicado verbal é aquele que tem umverbo como núcleo, geralmente indicandoação.

Exemplos:

� Os meninos correm pelo gramado.Sujeito � os meninosPredicado verbal � correm pelo gramadoNúcleo do predicado � correm (verbo in-

dicando ação)

� Eles patinavam pela casa toda.Sujeito � elesPredicado verbal � patinavam pela casa

todaNúcleo do predicado � patinavam (verbo

indicando ação)3.2.2 Predicado Nominal

Predicado nominal é aquele que tem,como núcleo, um nome indicando um estadoou uma qualidade do sujeito. O verbo, no casode predicado nominal, não indica uma ação.Ele tem como função ligar o sujeito ao núme-ro do predicado, sendo chamado de verbo deligação.

Exemplos:

� A menina estava preocupada com a prova.Sujeito � a meninaPredicado nominal � estava preocupada

com a provaNúcleo do predicado � preocupada (indi-

ca estado)

� Renata é uma excelente enfermeira.Sujeito � RenataPredicado nominal � é uma excelente en-

fermeiraNúcleo do predicado � excelente enfer-

meira (indica esta-do)

Observe no primeiro exemplo que o pre-dicado não indica uma ação do sujeito: a me-nina nada fez. O predicado apenas indica umestado do sujeito: preocupada. No exemploseguinte, o sujeito Renata não praticou ne-nhuma ação expressa por um verbo. O predi-cado é nominal porque apenas indica umaqualidade do sujeito.

Os principais verbos de ligação são: SER,ESTAR, PERMANECER e FICAR.

3.2.3 Predicado Verbo-Nominal

É chamado predicado verbo-nominalaquele que tem dois núcleos: um verbo e umnome, indicando ação e estado do sujeito.

Exemplos:

� O ônibus chegou atrasado.Sujeito � o ônibusPredicado verbo-nominal � chegou atrasa-

doNúcleo do predicado � chegou (verbo in-

dicando ação)Núcleo do predicado � atrasado (indica es-

tado)

� Os pássaros voaram livres.Sujeito � os pássarosPredicado verbo-nominal � voaram livresNúcleo do predicado � voaram (verbo in-

dicando ação)Núcleo do predicado � livres (indica esta-

do)

3.3 Objeto Direto e Objeto Indireto

Alguns verbos precisam de outras pala-vras que completem seu sentido, ou seja, pre-

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cisam de complemento. Estes verbos são cha-mados de transitivos.

Exemplo:

� Eles alugam carros.Sujeito � elesPredicado � alugam carrosVerbo � alugam (verbo transitivo direto)Objeto direto � carros

O verbo alugar é um verbo transitivo, poisprecisa que se complete seu sentido. Você nãopoderia dizer apenas: eles alugam. Eles alu-gam o quê? A resposta a esta pergunta é o com-plemento verbal chamado objeto direto: carros.

Observe que a palavra carros está ligadadiretamente ao verbo alugam, não havendouma preposição entre as duas. Por isto, estecomplemento verbal é chamado de objeto di-reto e o verbo alugar é transitivo direto.

Outro exemplo:

� Este carro pertence a ele.Sujeito � este carroPredicado � pertence a eleVerbo � pertence (verbo transitivo indireto)Objeto direto � a ele

Nesta oração, a palavra ele está ligada aoverbo pertence pela preposição a, ou seja, aligação é indireta, daí o nome de objeto indi-reto. O verbo pertencer, portanto, é transiti-vo indireto.

Os verbos que não necessitam de com-plemento para fazerem sentido são chama-dos de verbos intransitivos.

Exemplos:

� O verão chegou.

� Os gatos miavam muito.

3.4 Complemento Nominal

Complemento nominal é aquele que com-pleta o sentido de um nome, que pode ser umsubstantivo, um adjetivo ou um advérbio. Elevem sempre precedido de preposição.

Exemplos:

� A mudança da empresa é recente.Substantivo � mudançaComplemento nominal � da empresa

� Fui favorável ao réu.Adjetivo � favorávelComplemento nominal � ao réu

� Agiu favoravelmente aos participantes.Advérbio � favoravelmenteComplemento nominal � aos participantes

3.5 Agente da Passiva

Agente da passiva é o termo que indica oser que pratica a ação, quando o verbo estána voz passiva.

Exemplos:

� O vestido foi costurado pela menina.Sujeito � o vestido (voz passiva)Agente da passiva � pela menina

Observe que o agente da passiva corres-ponde ao sujeito da voz ativa:

� A menina costurou o vestido.Sujeito � a menina (voz ativa)Objeto direto � o vestido

� Jogadores de futebol são contratados pelotime estrangeiro.Sujeito � jogadores de futebolAgente da passiva � pelo time estrangeiro

3.6 Adjunto Adnominal

Adjunto adnominal é o termo que carac-teriza ou determina um substantivo.

Exemplos:

� Meus amigos são italianos.Substantivo � amigosAdjunto adnominal � meus (o pronome

meus está deter-minando o subs-tantivo amigos)

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Joãozinho,é hora de entrar!

� Os cadernos foram comprados na últimahora.Substantivo � cadernosAdjunto adnominal � os

Os artigos, numerais, pronomes e adjeti-vos podem exercer função de adjunto adno-minal.

3.7 Adjunto Adverbial

Adjunto adverbial é o termo que indicauma circunstância do fato expresso pelo ver-bo ou intensifica o sentido do verbo, do adje-tivo ou do advérbio. Os adjuntos adverbiaispodem expressar diferentes circunstâncias:

� Lugar (exemplo: Lá é melhor.)

� Tempo (exemplo: Hoje vou viajar para aBahia.)

� Modo (exemplo: Caminhava apressado.)

� Intensidade (exemplo: Eles estavam muitointeressados no filme.)

� Afirmação (exemplo: Costurava, sim, a noi-te toda.)

� Negação (exemplo: Não me deixe amanhã.)

� Causa (exemplo: Muitas vezes caía desono.)

� Dúvida (exemplo: Amanhã, talvez, eu mudede idéia.)

� Instrumento (exemplo: As questões devemser respondidas a caneta.)

� Meio (exemplo: Viajaram a pé.)

� Finalidade (exemplo: Abriram um túnelpara a liberdade.)

3.8 Aposto

Aposto é o termo que se refere a um subs-tantivo ou pronome, explicando-o. Pode virseparado por vírgula, por dois pontos ou portravessão.

Exemplos:

� Pluminha, a gata tricolor, apareceu atrásda poltrona.Aposto � a gata tricolor

� Pluminha apareceu atrás da poltrona.

Note que o aposto está se referindo aosubstantivo Pluminha, explicando que se tra-ta de uma gata tricolor. A oração teria senti-do mesmo sem o aposto.

� Os dois – Carlos e Camila – vieram do Sul.Aposto � Carlos e Camila

� Então veio o melhor: suco de pitanga!Aposto � suco de pitanga

3.9 Vocativo

Além dos termos essen-ciais, dos termos inte-grantes e dos termosacessórios, uma oraçãotambém pode apre-sentar o vocativo. Vo-cativo é o termoutilizado para cha-mar algo ou alguém,vindo separado naoração por meio devírgula.

Exemplos:

� Seu prato predileto, José, acaba de ser ser-vido.Vocativo � José

� O que você acha disto, Cristina?Vocativo � Cristina

� Moacir, por que você não fala mais com ela?Vocativo � Moacir

4. Parágrafo

É a divisão de um texto escrito, indicadopela mudança de linha, cuja função é mos-

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trar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do quecom o restante do texto.

Essa definição é a do parágrafo-padrão, sendo não só um mo-delo mas também a forma mais encontrada. Há parágrafos que fo-gem ao padrão por opção estilística do autor.

Vejamos os dois primeiros parágrafos de um conto chamadoTira Férias:

“§1) A noção de férias está ligada a figuras de viagem, esporte,aplicações intensivas do corpo; quase nada de descanso. As pes-soas executam durante esse intervalo aquilo que não puderamfazer ao longo do ano; fazem “mais” alguma coisa, de sorte quenão há férias, no sentido religioso e romano de suspensão de ati-vidades.

§2) Matutando nisso, resolvi tirar férias e gozá-las como devemser gozadas: sem esforço para torná-las amenas. A idéia de via-gem foi expulsa do programa: é das iniciativas mais comprome-tedoras e tresloucadas que poderia tomar o trabalhador vacante.As viagens ou não existem, como é próprio da era do jato, em quesomos transportados em velocidade superior à do nosso poderde percepção e de ruminação de impressões, ou existem demaiscomo burocracia de passaporte, filas, falta de vaga em hotel, atra-sos, moeda aviltada, alfândega, pneu estourado no ermo, que mais?(...)”

ANDRADE, C. Drummond de. Cadeira de Balanço.Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1976

matutar: pensar demoradamente sobre algo, meditar, refletir.tresloucado: desprovido de razão, falto de juízo; louco, desvairado.vacante: que está vago; estar sem ocupação.ruminação: ato, efeito ou processo de ruminar.ruminar: fig.: pensar muito em; cogitar profundamente; meditar, refletir.aviltado: que perdeu o valor.ermo: solitário; diz-se de ou lugar desabitado, deserto.

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Já no primeiro parágrafo, podemos identificar qual o assuntodo conto: férias. Também ficamos sabendo com que objetivo o au-tor escreve sobre férias: mostrar que esse não é necessariamenteum período de descanso.

Assim, o primeiro parágrafo orienta nossa leitura: estamos dian-te de um texto que questiona o verdadeiro sentido das férias. De-pois de definido o assunto e feitas algumas observações sobre ele,muda-se de parágrafo. O que marca essa mudança? No parágrafoseguinte, o autor vai relatar sua intenção de tirar férias.

5. Coesão e Coerência

A coesão ajuda a perceber a coerência na compreensão dostextos, porque é resultado da coerência no processo de produçãodesses mesmos textos. Por essa afirmação, vemos que coesão e co-erência, mesmo sendo dois aspectos distintos, combinam-se paraproporcionar compreensão do texto.

5.1 Coerência

Coerência é a unidade das idéias presentes no texto. Afirmar,num mesmo texto, que um jogador de futebol é craque e depoischamá-lo de “perna de pau” é um exemplo de incoerência.

Por isso é fundamental, quando descrevemos um cenário, con-tamos um fato, expressamos nossa opinião sobre determinado as-sunto, buscar coerência.

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Para um exemplo claro de coerência, ve-jamos a continuidade do conto Tira Férias:

“§3) Quanto à prática de esportes, semprejulguei de boa política deixá-la entregue apersonalidade como Éder Jofre, Maria Es-ter Bueno ou Pelé, que dão o máximo. Aperformance desses ases satisfaz plena-mente, e não seria eu num mês de fériasque iria igualá-los ou sequer realçá-los pelocontraste. Bem sei que o esporte vale porsi e não pelos campeonatos; mas também,como passatempo, carece de sentido. Pes-car, caçar pequenos bichos da mata? Nun-ca. Se esporte e morte acabam pelo mesmosom, para mim nunca rimaram.

§4) Havia também os trabalhos, os famosostrabalhos que a gente deixa para quandorepousar dos trabalhos comuns. Organizaroriginais de um livro. Escrever uma pági-na de sustância (está pronta na cabeça, faltasó botar o papel na máquina!) Pesquisar emarquivos. Arrumar papéis. Mudar os mó-veis de lugar. E os deveres adiados, tipo“visitar o primo reumático de Del Castilho”.A idéia de conhecer o Rio, conhecer mes-mo, que nos namora há 20 anos: tomar bon-des esdrúxulos, subir morros, descobrir la-goas de madrugada. Por último, o sonhocolorido dos gulosos, sacrificados duranteo ano: comer desbragadamente pratos ex-traordinários, sem noção de tempo, saúde,dinheiro...

§5) Tudo aboli e fiz a experiência das féri-as propriamente ditas, que, como elimina-ção das atividades ordinárias e exteriores,pode parecer estado contemplativo ouexercício de ioga. Não é nada disso. Exata-mente porque abrem mão de tudo, as boasférias não devem tender à concentraçãoespiritual nem à contenção de vontade. Sãoantes um deixar-se estar, sem petrificação.Levantar-se mais tarde? Se não fizer ca-lor; um direito nem sempre é um prazer. Irao Arpoador? Se ele nos chama realmente,não porque a manhã e a água estão livres.

O mesmo quanto à diversões, muitas vezesmenos divertidas do que a noção que te-mos delas. Divertir-se é desviar-se, e nãoconvém que nos desviemos das férias, en-chendo o tempo com programas de férias.Deixemos que ele passe, o sutil; não o aju-demos a passar. Há uma doçura imprevistaem sentir-se flutuar na correnteza das ho-ras, em sentir-se folha, reflexo, coisa leva-da; coisa que se sabe tal, coisa sabida maspreguiçosa.

§6) Se me pedirem para contar o que fizafinal nestas férias, direi lealmente: Igno-ro. Aos convites disse não, alegando estarde férias, alegação tão forte como a de es-tar ocupadíssimo. O pensamento errou en-tre mil avenidas, não se deteve em nenhu-ma; cada dia amadureceu e caiu como umfruto. Nada aconteceu? O não-aconteci-mento é a essência das férias. E agora, étrabalhar duro onze meses para mereceras inofensivas e deliciosas férias do não.”

O autor mostrou sua indisposição parafazer uma programação de férias como ge-ralmente se faz. Ele optou por descansar eassim tirou umas férias do não: disse não paratudo aquilo que poderia atrapalhar seu des-canso.

Vamos modificar o último parágrafo:

Se me pedirem para contar o que fiz nes-tas férias, direi lealmente: fiz de tudo umpouco. Visitei parentes que há muito nãovia, comecei um curso de tênis, estive umasemana em Fortaleza com a família. Porfazer tantas atividades, fiquei muito can-sado, mas férias é sempre assim... E agora,é trabalhar duro onze meses para merecernovamente essas férias tão divertidas.

Será que continuamos a ter um texto coe-rente? Se o texto terminasse assim, seria in-coerente com o conjunto e, principalmentecom o parágrafo anterior (§5), no qual o autorafirma que vai tirar férias para descansar.

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5.2 Coesão

Coesão é a conexão interna entre os vários enunciados de umtexto. Essa conexão é feita por meio dos conectivos, ou elementosde coesão. Se empregados corretamente, os conectivos mostramquais são as relações entre as diferentes partes do texto.

São exemplos de conectivos: portanto, que, pois, porque, mas, etc.

6. Descrição

Devemos ficar atentos para não confundirmos definição e des-crição. Podemos dizer que o dicionário define o objeto; a descriçãonos relata como é o objeto, com suas particularidades.

Na figura, você visualizou um obje-to e rapidamente pensou num substan-tivo: cadeira. Ao lado, não encontrou adescrição dessa cadeira, mas a sua defi-nição, que é bastante genérica.

Descrever é mais do que isso, é per-guntar: qual é a cor da cadeira? De quematerial é feita? Qual é o formato deseus pés?

Ao respondermos essas questões, estamos diferenciando essacadeira de muitas outras, indicando suas características particu-lares. Assim, sabemos que as coisas, individualmente, não admi-tem definição. Quando definimos, estamos tratando de uma classe,de espécies.

cadeira: peça da mobília que é umassento apoiado sobre pés, quasesempre em número de quatro,com um encosto e, muitas vezes,braços, com lugar para acomodar,com algum conforto, uma pessoa.

Definição

Pequeno mamífero carnívoro, domés-tico, da família dos felídeos, que des-cende do gato selvagem encontradona África e Sudoeste da Ásia (a domes-ticação se deu por volta de 4000 anosatrás, no Egito).

Descrição

Seu andar era austero e tinha toda agraça do felino. Quando o sol batia for-te, seu pêlo cinza brilhava ainda mais.Não parecia muito amigo aos estra-nhos, mas em casa era a melhor com-panhia. Na janela, olhando o trabalhode meu pai, ele mais parecia uma está-tua, uma obra de arte.

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No quadro, temos a definição e a descrição subjetiva de umgato. Percebemos claramente a diferença entre elas; na descrição,percebemos a relação afetiva que o autor tem com o animal.

6.1 Descrição Objetiva e Subjetiva

Ao descrevermos um ser, um objeto, uma idéia, podemos fazê-lo de forma objetiva ou subjetiva.

Na descrição subjetiva, reflete-se, sobretudo, o estado de es-pírito, o sentimento do observador diante da coisa observada. Oobjeto pode ser encarado com ódio, carinho, rancor, prevenção; nela,o risco que se corre é o de ver apenas aquilo que se deseja, e nãoaquilo que realmente existe para ser visto. O objetivo do emissor,nesse caso, não é apenas transmitir ao receptor a imagem do ser,mas também provocar emoção.

Observe como o personagem Paulo Honório, do romance SãoBernardo, se vê e descreve num momento em que sente profundorancor por si mesmo:

“Sou um aleijado. Devo ter um coração miúdo, lacunas no cére-bro, nervos diferentes dos nervos dos outros homens. E um na-riz enorme, uma boca enorme, dedos enormes.”

Na descrição objetiva, há a necessidade de representar o serde maneira direta e objetiva. Veja a descrição de um edifício:

Dali conseguia ver os doze andares. A fachada toda de vidro,caixilhos pintados de preto. Apenas algumas janelas tinham cor-tinas, de várias cores. No topo do edifício uma antena de televi-são ameaçava cair.

É imprescindível ter clareza a respeito do objetivo que se temao descrever. Ao fazermos a descrição de um componente eletrô-nico para um manual de instruções, devemos ser o mais objetivopossível. Mas, ao elaborarmos a propaganda para a venda de umapartamento, podemos inserir alguns dados subjetivos, provocan-do, assim, emoção no leitor da propaganda, que poderá ficar esti-mulado para a compra de um apartamento.

Outro aspecto que o emissor deve ter em mente, ao montar seutexto, é o receptor a quem se dirige. A descrição de um rinocerontenum livro para crianças é muito diferente daquela que aparecenuma obra dirigida a adultos.

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6.2 Plano Descritivo

Os planos de seqüência descritiva não esgotam todas as possi-bilidades, mas elaborar um plano facilita a descrição e, portanto, éum recurso a ser utilizado.

Para a concretização de um plano, devemos, primeiramente,selecionar os aspectos que devem ser abordados. Se desejamos des-crever nossa cidade, temos de selecionar os pontos a abordar. De-pois, devemos agrupar os elementos que tenham afinidades.Finalmente, podemos descrever o objeto a partir desse plano.

7. Narração

Narrar é apresentar fatos reais ou fictícios utilizando signosverbais e não verbais. Quando se narra, não é suficiente registrar osfatos em qualquer ordem, é importanteque esses fatos estejam em seqüência. Umfato vem depois de outro e tem relação comoutros, ou seja, o segundo fato tem rela-ção com o primeiro; o terceiro fato tem re-lação com o segundo e assim por diante.Vejamos a seqüência de uma fábula.

“O socorro

Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão — co-veiro — era cavar. Mas, de repente, na distração do ofício queamava, percebeu que cavara demais. Tentou sair da cova e nãoconseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que, sozinho, nãoconseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte.Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, de-sistiu com a noite. Sentou-se no fundo da cova, desesperado. Anoite chegou, subiu, fez-se o silêncio das horas tardias. Bateu ofrio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um som huma-no, embora o cemitério estivesse cheio de pupilos e coaxares na-turais dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que lá vieramuns passos. Deitado no fundo da cova o coveiro gritou. Os passosse aproximaram. Uma cabeça ébria apareceu lá em cima, per-guntou o que havia: ‘O que é que há?’

O coveiro então gritou, desesperado: ‘Tire-me daqui, por fa-vor. Estou com um frio terrível!’ ‘Mas, coitado!’— condoeu-se obêbado — ‘Tem toda a razão de estar com frio. Alguém tirou aterra de cima de você, meu pobre mortinho!’ E, pegando a pá,encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.”

FERNANDES, Millôr. Fábulas Fabulosas.Rio de Janeiro: Ed. Nórdica, 1991.

fábula: narração de sucessos fingidos,inventados para instruir ou divertir; contoimaginário; ficção artificiosa; pequenacomposição de forma poética ou prosaicaem que se narra um fato alegórico, cujaverdade moral se esconde sob o véu daficção, e na qual se faz intervir as pessoas,os animais irracionais personificados emesmo as coisas inanimadas.

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014G/137○ ○ ○ ○ ○

Vemos, por meio dessa história, a necessidade de ordenar osfatos no tempo, e relacionar esses mesmos fatos. Observe que nãohá nenhuma dificuldade na leitura, posto que a ordem dos fatospermite sua fluência.

Podemos narrar fatos reais ou fictícios. A narração de fatosreais é o relato de ações praticadas por pessoas. Ela é comum emlivros científicos, livros de História, jornais, etc.

A narração de fatos fictícios, por outro lado, não tem compro-misso com a realidade, pois pode ser totalmente inventada ou atébaseada em fatos reais, porém, enriquecidos pela imaginação dequem relata.

A maneira mais comum de narrar é aquela em que a história sedesenvolve linearmente, numa seqüência de começo, meio e fim; éa seqüência mais tradicional e a mais utilizada no nosso dia-a-dia.Mas há outras maneiras mais criativas de fazer isso. Às vezes, comuma simples mudança na ordem da narrativa, conseguem-se efei-tos surpreendentes. Como exemplo, observemos este trecho da es-critora Clarice Lispector e, na seqüência, uma outra forma deconstruí-lo:

“Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguaisaçúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gessoesturricaria o de-dentro delas. Assim fiz. Morreram.”

Morreram. Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a quei-xa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em par-tes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairi-am, o gesso esturricaria o de-dentro delas. Assim fiz.

Também, podemos expressar a mesma idéia alterando a ordemdas palavras no período, com sutis modificações envolvendo a “pon-tuação” e o uso dos “conectivos”; observe:

De baratas, queixei-me. Uma senhora ouviu-me a queixa e deu-me a receita de como matá-las: misturar açúcar, farinha e gessoem partes iguais. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gessoesturricaria o de-dentro delas. Fiz assim; elas morreram.

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Exercícios Propostos

014G/138○ ○ ○ ○ ○

1 - Identifique o sujeito e o predicado das seguintes orações:a) Devemos sempre fazer o bem, sem olhar a quem.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Explodiu mais uma guerra no Oriente.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Como surgiu essa paixão?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Chovia muito lá fora.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) Atearam fogo na floresta.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2 - Identifique o complemento verbal das orações dadas:a) Discordo totalmente de você.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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014G/139○ ○ ○ ○ ○

b) Os feirantes remarcaram os preços.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) O fumo faz mal à saúde.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Foi proibida a construção de novas casas.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 - Transcreva das frases os adjuntos adnominais e os adjuntos adverbiais:a) Agora, nosso coração bate mais forte.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) As maiores montanhas da Terra estão debaixo d’água.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Muitas crianças morrem de diarréia neste país.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4 - Classifique os predicados das orações dadas:a) A seca castiga a região.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Aquela cidade precisa de água tratada.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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014G/140○ ○ ○ ○ ○

c) A menina permanecerá no orfanato.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Os veículos passavam rápidos.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) Mariana estava apressada.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5 - Identifique os vocativos e os apostos nas orações dadas:a) Gustavo, o marinheiro, tinha uma namorada em cada porto.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

b) Acomodem-se em seus lugares, senhoras.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) Maria, você me faria um favor?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Todos eles – João, Fabiano e Augusto – eram culpados.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Cópia

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014G/141○ ○ ○ ○ ○

6 – Seguindo o modelo, complete os períodos abaixo com orações subordinadas, demodo que o período tenha um sentido claro e coerente.

a) O barco é um meio de transporte que traz muitos riscos para seus usuários.

b) A guerra, que _______________________________________________ , é fruto dainsanidade de alguns homens que estão no poder.

c) Nossos administradores, que _________________________________ , deveriamusar a televisão para reeducar a população e contratar agentes para coibir adestruição de nossas áreas verdes.

d) os números da mortalidade infantil diminuíram, embora __________________

________________________________________________________________________

7 – Identifique uma relação de causa e conseqüência presente no fragmento abaixo.

A seca vai arruinar o país todo, em breve. E não haverá rio São Francisco para sertransposto, porque ele secará em decorrência da devastação das áreas verdes emsua nascente. (Folha de São Paulo, 23/10/2002)________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

8 – Complete o período com uma oração subordinada que estabeleça relação coe-rente com a oração principal:

a) Eu farei tudo para que ________________________________________________

b) Muitas pessoas vêm se esforçando para_________________________________

_______________________________________________________________________

c) Crianças não seriam obrigadas a trabalhar se ___________________________

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014G/142○ ○ ○ ○ ○

9 – Leia com atenção:

“O fenômeno demográfico mais significativo foi a redução da taxa defecundidade, sobretudo a partir dos anos 70. A redução da taxa de fecundidadesignifica que as mulheres em condições de engravidar passaram a ter menornúmero de filhos. Durante a década de 1940, as mulheres brasileiras apresenta-vam uma taxa de fecundidade de 6,3 filhos. Essa taxa caiu para 5,8 durante adécada de 1960 e na primeira metade da década de 1980 baixou para 3,3, isto é,foi reduzida quase à metade. Embora os índices variem de acordo com a classesocial da região, deve-se salientar que a queda da taxa é um fenômeno geral nopaís. Nos anos entre 1975 e 1986, o maior declínio proporcional ocorreu no Nor-deste, onde a taxa passou de 6,1 para 5,0.”

FAUSTO, Boris. História do Brasil, p. 532Qual o objetivo principal do parágrafo?________________________________________________________________________

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10 – Imagine que você trabalha numa agência de propaganda e precisa elaborarum pequeno texto para o desenho abaixo. Construa um parágrafo destacan-do as vantagens que alguém teria ao adquirir esse apartamento. Utilize suaimaginação!

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11 – No enunciado abaixo, há conectivos empregados de forma equivocada. De-pois de localizá-los, reescreva o texto com as correções necessárias.

“O Plano Nacional de Segurança dá um show em quantidade, a fim de continuardeixando a desejar em qualidade. Por exemplo, o Plano Nacional de Segurançatem 124 medidas destinadas a combater o crime, embora quantas das medidasestão voltadas para os motivos sociais que empurram o criminoso nem estimu-lam o criminoso?”________________________________________________________________________

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12 – Observe as duas frases abaixo:a) O ciúme da mulher levou-o ao suicídio.b) Conheci-o quando ainda criança.

Podemos dizer que são frases ambíguas, já que possibilitam mais de uma leitura.Explique quais são essas leituras e reescreva a frase desfazendo a ambigüidade.________________________________________________________________________

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014G/144○ ○ ○ ○ ○

13 – Escolha um objeto qualquer de sua casa e faça duas descrições dele, uma comenfoque objetivo e outra com enfoque subjetivo.

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14 – Coloque os fatos em ordem cronológica:

a) Viu o estranho na sala. Vieram os vizinhos. Gritou. Abriu a porta da casa. Eratarde e ela chegava da rua.

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b) A qual era pecadora, amante do ócio e do jogo-do-bicho, dissipada e vã. E co-municou-lhe em absoluta primeira mão que pensava pulverizar, após as festasdo 4 centenário, a cidade do Rio. E o senhor apareceu ao cronista. E o cronistasuplicou que não fizesse tal coisa.

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12lição

lição

014G/145○ ○ ○ ○ ○

Introdução

A matéria vista até aqui é instrumento básico para que o alunotenha condições de produzir um texto eficaz, claro e conciso. Porisso, nesta lição apresentamos ao aluno os documentos empresari-ais mais comuns, mostrando suas características próprias e expli-cando a finalidade de cada um deles.

1. Princípios Gerais

As características que devem prevalecer num texto empresa-rial são: clareza, concisão, propriedade de termos, ordem diretadas frases e obediência ao padrão culto da língua.

Quando trabalhamos numa empresa, devemos colaborar paraaumentar sua boa imagem, ainda que nossas opiniões pessoais nãocompartilhem totalmente dessa idéia; de fato, se, por exemplo, so-mos funcionários de determinada empresa fabricante de automó-veis, não faz sentido apregoarmos aos quatro ventos as qualidadesdos automóveis fabricados pela empresa concorrente.

2. Carta

Para tratar de assuntos de interesse comum, a carta é o instru-mento mais utilizado entre empresas ou entre empresas e clientes.

A carta deve ser uma resposta rápida para o assunto nela tra-tado, mesmo que seja contrária aos interesses de quem a escreve.Por isso, devem ser evitados chavões, prolixidade, ambigüidade,etc.

2.1 Características

A carta deve ser elaborada sempre em papel timbrado e deveconter:

• número da expedição (isolado ou acompanhado do setor ouabreviatura da espécie de documento);

Padronização deDocumentos

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014G/146○ ○ ○ ○ ○

• local e data (à esquerda, logo abaixo do tipo e do número);

• destinatário: nome da empresa, do setor (quando necessário,também o nome de uma pessoa);

• assunto;

• vocativo;

• texto;

• fecho;

• assinatura de quem remete, seguindo-se abaixo nome e cargo.

2.2 Modelo

Carta 23 – SETOR DE VENDAS

São Paulo, 14 de fevereiro de 2003.

ÀEmpresa Milkmilk Ltda.Setor de ComprasAt.: Sr. Ernesto

Assunto: aquisição de preparados de frutas

Prezado senhor,

Em vista da aquisição dos negócios de preparados de frutas da IFH Essênciase Fragrâncias Ltda. pela Cátus do Brasil Ltda., comunicamos que, a partir de01/03/2003, tais produtos fornecidos à Milkmilk deixarão de ser fabricados naplanta da IFH em Caçapava, passando a ser produzidos na fábrica da Cátus,localizada em Itápolis – SP.

Garantimos à Milkmilk e seus clientes que os produtos terão a mesma oumelhor qualidade e consistência a que estão habituados, mediante o compro-misso expresso de reproduzir e manter exatamente iguais as fórmulas aprova-das, a menos que alguma alteração nos seja solicitada a fim de atender anecessidades específicas do cliente.

Qualquer informação adicional que necessitem, não hesitem em nos contatar.

Cordialmente,

José AntônioGerente de Desenvolvimento de NegóciosCátus do Brasil Ltda.

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3. Memorando Sucinto

O memorando sucinto é um documento interno da empresa,utilizado nas comunicações mais rotineiras.

3.1 Características

Elaborado em meia folha de papel A4, já impressa com logotipoda empresa, deve conter:

• identificação do destinatário e do emissor;

• data e número do memorando;

• assunto;

• introdução (não é necessário o vocativo);

• fecho (pode ser descontraído; o mais consagrado é o uso desaudações);

• assinatura do emissor.

3.2 Modelo

Memorando

Para: ______________________________________ Data: ______________

De: ________________________________________ N° ________________

Assunto: contratação de uma secretária executiva

Estou enviando, para sua análise e comentários, o relatório elaborado após otreinamento feito com as candidatas ao cargo de secretária executiva.

Saudações,

Marli

Gerente de RH

Chefe de Treinamento

27/01/2003

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4. Memorando Extenso

O memorando extenso é um documento para comunicaçõesinternas mais detalhadas.

4.1 Características

É um documento elaborado em folha inteira, e deve conter:

• número do memorando;

• local e data;

• identificação do destinatário e do emissor (o nome do emissorpode vir ao lado do número do memorando);

• assunto;

• introdução (não é necessário o vocativo) e desenvolvimento dotexto;

• fecho (pode ser descontraído: Saudações, Atenciosamente);

• assinatura do emissor.

4.2 Modelo

Memo n° 37 / Chefe de Treinamento

São Paulo, 27 de janeiro de 2003.

Ao Gerente de RH

Assunto: contratação de uma secretária executiva

Estou enviando, para sua análise e comentários, o relatório elaborado após otreinamento feito com as cinco candidatas ao cargo de secretária executiva.

Na primeira etapa da seleção, analisei o currículo e fiz uma entrevista eminglês; dessa primeira etapa consegui selecionar 16 das 34 candidatas.

Na segunda etapa, apliquei uma prova escrita, em que foram avaliados oconhecimento de língua portuguesa, o nível do inglês e a capacidade deelaborar uma carta comercial num contexto complexo.

Das 16 candidatas que passaram por essa segunda etapa, selecionei, confor-me havíamos combinado, as cinco que mais se adequam ao perfil da empre-sa. Elas foram submetidas ao treinamento rotineiro da empresa, cujos resultadosestão no relatório.

Atenciosamente,

Marli

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5. Ofício

O ofício, utilizado por autoridades da administração pública, éo documento oficial mais comum nos órgãos do governo, e tem comofinalidade tratar de assuntos oficiais.

5.1 Características

A linguagem do ofício deve ser formal, mas não precisa serrebuscada, já que, partindo de órgãos públicos, seu conteúdo deveser compreendido por todos.

O papel em que é redigido deve conter timbre, símbolo, armasou o carimbo do órgão público que o expede. A padronização reco-mendada pela Secretaria de Administração Federal tem como prin-cipais pontos:

• Junto à numeração do Ofício, não colocar o ano (esta informaçãoé importante porque, antigamente, se colocava o ano).

• A indicação do assunto é facultativa (antigamente não era).

• O vocativo segue a seguinte formalização: Senhor + Cargo (emmaiúscula) do destinatário.

• O primeiro e o último parágrafos não são numerados.

• Quando não empregar o tratamento de Excelência ao destinatá-rio, deve-se dirigir a ele como Vossa Senhoria.

• O sinal de pontuação após o fecho é necessariamente a vírgula.Os fechos devem estar centralizados na folha e uniformizadosda seguinte forma:

Respeitosamente – para autoridades superiores, inclusive o Pre-sidente da República;

Atenciosamente – para autoridades da mesma hierarquia ou dehierarquia inferior.

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5.2 Modelo

6. Memorando Oficial

O memorando oficial constitui-se em um meio de comunicaçãoeminentemente interno, utilizado entre unidades administrativas deum mesmo órgão, independentemente de nível hierárquico.

6.1 Características

O memorando deve ser estruturado de forma que contenha onúmero e a sigla de identificação de sua origem, antecedido pelaexpressão “memorando”. Além disso, deve conter:

• data (sem localidade), na mesma linha do número e da sigla;

• destinatário, identificado pelo cargo que ocupa;

• assunto;

• o texto (segue o mesmo padrão do Ofício);

• o fecho (segue o mesmo padrão do Ofício).

SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDEGABINETE DO REITOR

Rua Eng. Alfredo Huch, 475, Rio Grande – RS

OF. GAB. Nº 43Rio Grande, 17 de fevereiro de 2003.

Senhor Ministro,

De acordo com o AVISO Nº0077/MEC/GM, informamos que concordamoscom a prorrogação da cedência a esse Ministério, até dia 31 de dezembro do anovigente, da servidora ANA PAULA GOULART, pertencente ao quadro de pessoaldesta Instituição Federal de Ensino.

Sem mais para o momento, despedimo-nos com votos de consideração e apreço.

Atenciosamente,

CARLOS ALBERTO EIRAS GARCIAReitor

AoExcelentíssimo SenhorPaulo Renato de SouzaMinistro da EducaçãoGabinete do Ministro da EducaçãoEsplanada dos Ministérios, Bloco l, 5º andar706547-900 Brasília – DF

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6.2 Modelo

Memorando n° 15 / Concurso Letras Em 04 de maio de 2001.

À SUPGRAD

Assunto: solicitação para que continue em vigor o período especial de provas.

Solicitamos de Vossa Magnificência que o período especial de provascontinue vigorando, uma vez que, do contrário, os alunos que fazem prova noúltimo horário serão prejudicados, dada a insuficiência de meios de transporteno campus Carreiros.

Atenciosamente,

José Firmino

Presidente do DA–Letras

7. E-mail

O e-mail é a forma mais rápida de comunicação escrita e, porisso, ocupa um espaço cada vez maior na correspondência empre-sarial. Pode ser considerado a carta dos tempos modernos.

Geralmente, usa-se a carta impressa somente quando deve es-tar assinado ou quando seu valor é tamanho que é preciso ter umacópia impressa, como um documento especial.

7.1 Características

O e-mail deve seguir a forma de uma carta, quando a situaçãoassim o exigir; também pode ser menos formal, quando se tratar,por exemplo, de uma comunicação interna na empresa.

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7.2 Modelo

8. Relatório

O relatório é uma comunicação que narra e descreve atos oufatos, e nele devem constar análise e apreciação de quem o produz.

8.1 Características

Suas características podem ser muito diversas, e dependem doobjetivo do relatório. Mas o formato desse documento pode ser as-sim dividido:

Caro Ricardo,

Em resposta a sua solicitação de reposição de mercadoria como solu-ção para o problema do estoque recusado existente na Parker, gostaríamosde comentar o seguinte:

Lamentavelmente, a WWK não pode assumir o compromisso de repro-cessar e repor a mercadoria em questão sem incorrer em custos para a Parker,uma vez que se trata de produto existente antes do contrato firmado entre aIFH e a WWK.

A IFH é um co-packer para a WWK desde novembro de 2001, portanto,a partir desta data, cabe à IFH, por força de contrato, assegurar à WWK aqualidade dos produtos fabricados, enquanto a cargo da WWK está a tarefa deavaliar e garantir a qualidade de tais mercadorias junto ao cliente.

Sendo assim, a WWK não hesitaria em conduzir um acordo justo queatendesse às necessidades da Parker caso a comercialização dos produtos jáestivesse sob seu controle; no entanto, na presente situação, se aceitássemosa devolução dos produtos para posterior reposição, estaríamos entrando numcampo que não é de nossa competência, dado o período das ocorrências.

Salientamos, por fim, que nossa decisão é baseada nos valores e prin-cípios ético-comerciais que permeiam o trabalho da WWK em seus mais de100 anos de existência. A WWK, como atual fornecedor, tem o maior interesseem que a Parker consiga chegar a uma decisão consensual para o problema,e, observando certas normas que um caso delicado como este requer, coloca-se à disposição para prestar algum auxílio para a conclusão comercial destecaso.

Cordialmente,

Marco AurélioGerente Desenvolvimento de NegóciosWWK do Brasil Ltda.Tel: (11) 5555-0011Cel: (11) 9167-8999

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• título;

• introdução;

• desenvolvimento;

• conclusão

Obs.: quando necessário, deve conter o nome do destinatário e doemissor.

8.2 Modelo

Relatório de avaliação do candidato DTCC

AoSupervisorSr. Thomas

O objetivo deste relatório é apresentar o perfil de DTCC, candidato ao cargo de Gerente de Cobrança.

A seleção foi feita entre os dias 12 e 20 deste mês e, em cada etapa da seleção, levou em consideração asseguintes características:

1. O principal requisito para o cargo em questão é a capacidade de investigar, pesquisar e solucionar proble-mas em áreas administrativas ou especializadas.

2. O titular do cargo deverá ser competitivo por natureza e ter muita vontade de alcançar resultados através dapersistência.

3. O cargo pede alguém que goste de trabalhar em áreas que envolvam liberdade de ação e decisões indepen-dentes.

4. De maneira ideal, esta função deverá ser desempenhada por uma pessoa independente, um tanto autoritá-ria, auto-controlada, tenaz, organizada e resoluta. Uma abordagem meditativa, reflexiva e questionadora,que exija concentração, também é um requisito para a função.

O perfil do candidato DTCC opõe-se às exigências do cargo:

1. Deverá ter grande dificuldade em adaptar-se aos aspectos pertinentes à função, relacionados a iniciativa,deliberação, independência, investigação, persistência, assertividade e meticulosidade. Isso nos leva aacreditar que essa pessoa pode não atingir as metas da empresa, nem estar motivada por desafios quantoseria necessário para o bom desempenho da função.

2. Tende a mostrar-se muito preocupado em manter um ambiente amistoso, isento de preocupações e proble-mas.

3. Pode ter problemas ao lidar com os requisitos mais simples e corriqueiros da posição, por tornar-se facilmen-te entediado com a rotina e, às vezes, tenso e impaciente.

4. Quando as coisas não andarem de acordo com os planos, esta pessoa pode não se mostrar disposta a tomardecisões, sem ter todas as informações necessárias, especialmente ao sentir-se pressionada a agir fora desua área de especialização e conhecimento.

Assim sendo, deve-se prestar muita atenção nos comentários acima e considerar particularmente o fato de queDTCC não será bem-sucedida no cargo em questão.

É preciso observar que, ao se comparar o perfil da pessoa com a Análise do Perfil Profissional, deverão serconsiderados a análise completa, os pontos a serem revistos, bem como os dados biográficos.

Desse modo, sugerimos uma análise detalhada do candidato antes de a empresa contratá-lo.

Karina MonyResponsável pelo processo de seleção

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9. Dúvidas Recorrentes

Quando da elaboração de redações empresariais, algumas dú-vidas são bastante recorrentes; vamos a elas.

9.1 Pronomes de Tratamento

É praxe utilizar os pronomes de tratamento de maneira ceri-moniosa. Assim, o pronome de tratamento pode ser precedido deVossa ou Sua: Vossa para a pessoa com quem se fala e Sua para apessoa de quem se fala.

Também, há a situação em que a pessoa não está presente —aliás, essa situação é a mais comum.

9.2 A nível de

A nível de é uma expressão que deve ser evitada até na lingua-gem oral, porque não é uma expressão aceitável. O que existe é aexpressão ao nível de, que significa à altura em frases como: Elefoi ao nível mais baixo, e gritou nomes que aqui não podem serreproduzidos.

� Nós não estamos ao nível do mar.

V. A. Vossa Alteza Duques, príncipes

V. Ema Vossa Eminência Cardeais

V. Exa Vossa Excelência Altas autoridades civis e militares:ministros, prefeitos, generais, bispos, etc.

V.M. Vossa Majestade Reis, rainhas, imperadores

V. Maga Vossa Magnificência Reitores de Universidades

V. Revma Vossa Reverendíssima Sacerdotes em geral

V. S. Vossa Santidade Papa

V. Sa Vossa Senhoria Tratamento cerimonioso e formal apessoas graduadas em geral

Pronome Usado paraAbreviação

Ilmo. Sr. Ilustríssimo Senhor Tratamento cerimonioso e formal apessoas graduadas em geral

Exmo. Sr. Excelentíssimo Senhor Altas autoridades civis e militares:ministros, prefeitos, generais, bispos, etc.

Sr. Senhor Tratamento cerimonioso e formal

Pronome Usado paraAbreviação

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Muitos profissionais abusam do uso dessa expressão, em fra-ses como:

� A nível de profissão, prefiro não entrar em detalhes sobre a mi-nha.

� Ainda temos muitos problemas a nível de Mercosul.

Veja como essas frases devem ser escritas:

� Quanto à profissão, prefiro não entrar em detalhes sobre a mi-nha.

� Ainda temos muitos problemas no Mercosul.

� Ainda temos muitos problemas relativos ao Mercosul.

9.3 Acerca de

Acerca de significa sobre:

� Estávamos discutindo acerca da inflação

Acerca de não pode ser confundido com as expressões: há cer-ca de e a cerca de:

� Há cerca de duas horas ele esteve aqui. (tem aproximadamente)

� O condomínio fica a cerca de uma hora daqui. (aproximadamente)

9.4 Através de / por meio de

Nós passamos através de um jardim (de um lado para o outro,dentro do jardim), jamais através de um documento. Ao se referir aum documento, escrevemos:

� Solicitamos, por meio desta, mais informações sobre o produto.

A expressão “por meio desta” não é necessária, mesmo estan-do correta. O verbo solicitar é suficiente:

� Solicitamos mais informações sobre o produto.

9.5 Mais Esclarecimentos

Geralmente, pedimos maiores esclarecimentos, mas não pode-mos ter esclarecimentos maiores (já que esse comparativo é usadopara se referir a tamanho). Cabe-nos solicitar:

� Melhores esclarecimentos.

� Mais esclarecimentos.

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9.6 Gerúndio

O uso do verbo no gerúndio está na moda. Pena que ele veiopara substituir todos os tempos verbais. É comum ouvirmos:

� Estarei enviando seu relatório logo após o almoço.

� Vou estar fazendo essa pesquisa amanhã.

� Agora mesmo vou estar mandando esse fax.

Por que não simplificar e elaborar os textos de forma correta?

� Enviarei seu relatório logo após o almoço.

� Vou enviar seu relatório logo após o almoço.

� Vou fazer essa pesquisa amanhã.

� Agora mesmo vou mandar esse fax.

Finalizando

As informações transmitidas oralmente devem ser muito obje-tivas e claras, pois corre-se o risco de cada um, na cadeia de trans-missão, acrescentar ou deturpar a mensagem. Por isso, em empre-sas, é melhor que os comunicados circulem por escrito. Veja, aseguir, a confusão que uma mensagem transmitida oral-mente pode trazer.

Capitão ao Sargento-Ajudante:

_ Sargento! Dando-se amanhã um eclipse do Sol,determino que a companhia esteja formada, com uni-forme de campanha, no campo de exercício, onde da-rei explicações em torno do raro fenômeno que não acontecetodos os dias. Se por acaso chover, nada se poderá ver e,neste caso, fica a companhia dentro do quartel.

Sargento-Ajudante ao Sargento-de-Dia:

_ Sargento! De ordem do meu capitão, amanhã ha-verá um eclipse do Sol, em uniforme de campanha. Todaa companhia terá de estar formada no campo de exer-cício, onde seu capitão dará as explicações necessárias, o que nãoacontece todos os dias. Se chover, o fenômeno será mesmo dentrodo quartel.

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Sargento-de-Dia ao Cabo:

_ Cabo! O nosso capitão fará amanhã um eclipse doSol no campo de exercício. Se chover, o que não acontecetodos os dias, nada se poderá ver. Em uniforme de cam-panha o capitão dará a explicação necessária, dentrodo quartel.

Cabo aos Soldados:

_ Soldados! Amanhã, para receber o eclipse que daráuma explicação sobre o nosso capitão, o fenômeno seráem uniforme de exercício. Isto, se chover dentro do quar-tel, o que não acontece todos os dias.

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Exercícios Propostos

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1 – A gerente de produção da indústria Sugar & Sugar, responsável pelo controlede qualidade, recebe o seguinte e-mail de um cliente:

Cara Maria Rita,

Gostaria de conhecer os processos que garantem a qualidade dos produtos que sua empresapode nos fornecer; por favor, envie-me um relatório contendo informações técnicas sobre eles.

Atenciosamente,

Beatriz MenezesGerente de Controle de QualidadeFiori Comércio de Alimentos Ltda.Tel. (78) 3434-9900

Como podemos constatar, a empresa Fiori deseja receber detalhes sobre oprocesso de controle de qualidade. Usando sua imaginação, elabore um documen-to compatível com a situação — você poderá elaborar uma carta em que sejamapontados os procedimentos ou um relatório com dados técnicos. Atente para ofato de que se trata de uma indústria alimentícia.

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014G/160○ ○ ○ ○ ○

2 – Uma rede de lanchonetes recebe o seguinte e-mail de um consumidor:

Caro Sr. Atendente,

Adoro sundays e, desde a adolescência, costumo freqüentar uma de suas lanchonetes paradevorar um sunday de morango. No último sábado, fiz isso e percebi que a calda de morangoestava muito diferente, um pouco “aguada”, e os morangos eram pequenos e estavam escuros.

Gostaria de saber se o produto anterior está em falta ou se houve uma troca definitiva dosingredientes.

Atenciosamente,

Ana ClaraSorocaba – São PauloTel: (55) 3333-0000

Pelo e-mail, podemos perceber que, caso o sabor não volte a ser o anterior, alanchonete pode perder uma cliente. Elabore um e-mail respondendo a essa con-sumidora e tente convencê-la de que não deve deixar de freqüentar a lanchonete— você tem total liberdade para encaminhar a questão como desejar (determina-do ingrediente está temporariamente em falta; tal e tal ingrediente foram substi-tuídos porque são mais recomendáveis, pois suavizam o sabor, etc.). Use a suaimaginação!

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014G/162○ ○ ○ ○ ○

3 – Você participou de um processo seletivo por três dias. No final do último dia,para testar os conhecimentos de língua portuguesa dos candidatos, foi pedidoque fizessem um relatório do processo seletivo — lembre-se de um processoseletivo do qual tenha participado ou imagine um.

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014G/163○ ○ ○ ○ ○

4 - O diretor de uma escola recebeu, da Secretaria de Educação, dez computado-res, número suficiente para montar o laboratório de informática. Elabore umOfício em que o Diretor da Escola agradece o Secretário da Educação.

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5 – Reinaldo é o responsável pelo setor de compras da empresa B&B. Elabore umacarta em que ele faz uma compra de produtos de limpeza ou de escritório.

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6 – Sr. Marcos resolve cancelar sua assinatura do jornal O Estado de Minas. Es-creva uma carta ao jornal pedindo o cancelamento da assinatura e justifican-do a decisão.

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014G/166○ ○ ○ ○ ○

7 – A partir do exercício anterior, elabore uma carta em que o responsável peloSetor de Assinaturas do Jornal O Estado de Minas tenta convencer o Sr. Mar-cos a continuar assinando o jornal.

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ConclusãoChegando até aqui, acreditamos que já foi possível ao aluno ter

uma idéia do quão complexo e, todavia, simples e prazeroso é otrato com a linguagem; sendo assim, queremos reafirmar a impor-tância do processo contínuo de aprendizagem lingüística, que pas-sa pela curiosidade, pelo esforço em entender os fatos cotidianosrelevantes para o desenvolvimento da língua, pela necessidade denos comunicarmos de maneira adequada nos mais distintos ambi-entes, enfim, por inúmeros aspectos direta ou indiretamente rela-cionados com a prática da leitura e da escrita.

Foi pensando nisso e acreditando que a leitura está na base doaprendizado que elaboramos um fascículo de temática bastantediversificada. Essa diversificação, contudo, gerou inevitáveis li-mitações, que devem ser supridas com o auxílio de outros instru-mentos imprescindíveis a qualquer pessoa que deseja o domínio danorma culta, quais sejam, uma Gramática, um Dicionário de Lín-gua Portuguesa (atualizado), um Dicionário de Verbos e Regimes eum Livro de Conjugação de Verbos. Com relação ao fascículo, pode(e deve) ser usado tanto para o esclarecimento de certas dúvidasgramaticais freqüentes, quanto como modelo na feitura de cartas,relatórios, requerimentos, ou, ainda, para deleite do aluno, pois odetalhamento e a profundidade com que os pontos foram tratadosfazem dele um material agradável e interessante.

Completando as dicas culturais, sugerimos ao aluno que se ha-bitue a freqüentar Bibliotecas Públicas, prática que, com certeza,lhe propiciará considerável progresso intelectual.

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Respostas dos Exercícios Propostos○

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Lição 1

1 -a) 4 fonemas e 5 letrasb) 4 fonemas e 4 letrasc) 3 fonemas e 3 letrasd) 5 fonemas e 6 letrase) 5 fonemas e 5 letrasf) 3 fonemas e 4 letrasg) 4 fonemas e 5 letrash) 2 fonemas e 3 letras

2 -a) Db) Dc) Hd) De) Tf) Dg) Hh) Hi) Dj) H

3 -a) RRb) BMc) XCd) BRe) NGf) NH

g) SSh) SPi) TRj) CH

4 -a) BRIb) FÁc) LEId) MENe) VA

5 -a) proparoxítonab) oxítonac) paroxítonad) paroxítonae) proparoxítonaf) proparoxítonag) paroxítonah) paroxítonai) oxítona

6 -a) e-xer-cí-ciob) gra-tui-tac) sai-ad) sa-í-ae) as-sem-bléi-af) a-rei-ag) ap-toh) dig-na

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014G/169○ ○ ○ ○ ○

i) re-pres-sãoj) pneu-mo-ni-a

Lição 2

1 - antiga � adjetivobaseou � verbosua � pronome possessivoe � conjunçãoprincípios � substantivoa � artigo definidode � preposiçãopara � preposiçãoconstruções � substantivo

2 -a) artigo e numeralb) artigoc) numerald) numerale) artigo

3 -a) pronome de tratamento e pronome indefi-

nidob) pronome pessoal e pronome demonstrativoc) pronome interrogativod) pronome de tratamentoe) pronome possessivo e pronome indefinido

4 - assemelham, são, alternando, dando

5 -a) Ele foi isolado por muito tempo pela sua

tristeza.b) O portão foi aberto pela menina.c) Ela quase foi atingida pelas pedras que

caíam.d) O leque era aberto por Patrícia.

6 -a) demais � advérbio de intensidade

perto � advérbio de lugarnão � advérbio de negação

b) raramente � advérbio de tempoprovavelmente � advérbio de dúvida

c) não � advérbio de negaçãocertamente � advérbio de afirmação

d) hoje � advérbio de tempoamanhã � advérbio de tempotalvez � advérbio de dúvidanão � advérbio de negaçãode jeito nenhum � locução adverbial de

negação

7 -a) preposiçãob) artigo e preposiçãoc) artigod) artigo e preposiçãoe) preposiçãof) preposição e artigo

8 -a) mas ou porémb) porquec) logo ou portantod) se

9 - Puxa � admiraçãoPsiu � silêncioCruzes � medo

Lição 3

1 -a) Existem casas à venda?b) Faz anos que estou à sua procura.c) Vai haver muitos feriados este ano.d) Vão existir poucos alunos na sala.e) Não houve resultados.

2 -a) Recortam-se os anúncios.b) Esperam-se as vencedoras com excitação.c) Mantinham-se os mesmos horários.d) Estabeleceram-se novas regras.e) Abriram-se os cadernos rapidamente.

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Lição 4

1 -a) Quero bem aos meus amigos.b) Joana aspirava o perfume da flor.c) Todos os enfermeiros assistiram os doentes.d) Eliane assistiu ao programa de TV.

2 -a) assistir àsb) aspira ac) assistiu o / assistiu ad) visam a

Lição 5

1 - à

2 - a

3 - à, à

4 - a, a

5 - a

6 - à, a

7 - a, à

8 - a

9 à

10 - a, à

Lição 6

1 -a) Mb) Ec) Ed) Pe) Pf) Mg) Ph) E

2 -a) Solicitaram vários intérpretes, pois nin-

guém o entendia.b) Olhei-o atentamente, nada lhe disse e con-

tinuei o meu caminho.c) Quando as últimas visitas se retiraram, to-

dos foram dormir.d) Basta de discussão: por que você não a avi-

sou?

Lição 7

1 -a) conjunção subordinativab) pronome exclamativoc) pronome interrogativod) interjeiçãoe) substantivo

2 -a) objeto diretob) pronome apassivadorc) índice de indeterminação do sujeitod) conjunção subordinativae) substantivo

Lição 8

1 - Sim, os diálogos tratam da descrição deuma reação química, responsável pela core sabor dos alimentos.

Comentário: O exercício não apresentanenhuma dificuldade; apenas exige a lei-tura atenta dos dois textos.

2 - A diferença está no público a que se des-tina a explicação sobre a reação química.No primeiro caso, o professor pode utili-zar uma linguagem técnica porque seupúblico é formado por estudantes de quí-mica. No caso da conversa entre o Chef e

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seu auxiliar, a explicação precisa ser sim-ples, já que dificilmente o auxiliar tem co-nhecimentos profundos de química.

Comentário: essa pergunta retoma o quevimos na lição, a mensagem deve estaradequada ao público a que se destina. Nocaso do segundo diálogo, nem mesmo oChef precisa ter profundo conhecimentode química para responder ao que lhe foiperguntado, certo? Vale a pena, também,observar que os dois diálogos são espon-tâneos, com linguagem coloquial mas cor-reta.

3 - Trata-se de um ambiente de trabalho, quenão permite tanta informalidade. Deve-se tomar mais cuidado com a linguagem,já que expressões como desocupar a área,cara, vai nessa não cabem no contexto.

4 - Sr. Arthur, o senhor poderia me dar li-cença? Preciso utilizar o computador.

— Claro... fique à vontade, por favor.

Comentário: A opção acima é uma dentrevárias possibilidades. O importante é ex-cluir do diálogo as gírias, palavras impró-prias para a situação.

5 -a) Nessa casa bate muito sol.b) Nessa janela não venta muito.c) O ponteiro deste rádio estragou.d) Furou o pneu de meu carro, ou, Algo furouo pneu do meu carro.

6 - ESaldar: pagar saldo, liqüidar, pagar dívida;Saudar: cumprimentar, dar salvas; acenar.

Comentário: a confusão entre os homôni-mos é comum. Quando temos dúvidas so-bre a pronúncia ou grafia corretas de umapalavra, devemos recorrer ao dicionário.Por exemplo, a palavra gratuito é, na mai-oria das vezes, pronunciada incorretamen-

te. A pronúncia correta é gratuito, e nãogratuito (a sílaba tônica é /tu/ e não /i/).

7 - B

A palavra correta na alternativa B é sessão,espaço de tempo durante o qual um espetá-culo é apresentado.

Comentário: vejamos os significados decada um desses vocábulos.descriminação: ato ou efeito de descriminar.descriminar: absolver, inocentar, tirar aculpa, deixar de ser crime.discriminação: ato ou efeito de discriminar.discriminar: distinguir, separar, diferençar.descrição: ato ou efeito de descrever.discrição: qualidade do discreto, qualida-de do que não chama a atenção.sessão: espaço de tempo em que se realizadeterminada atividade ou parte dela.seção: ato ou efeito de seccionar, cortar;porção retirada de um inteiro; divisão deum todo; parcela; porção.

8 - E

Comentário: relativizar uma regra grama-tical significa reconhecer que ela só se tor-na impositiva em determinado nível oucontexto. A proibição do uso do pronomeátono no início da frase só é válida quandose trata do nível formal da linguagem, emque vigora a chamada norma culta. Por isso,tanto o poeta quanto o gramático reconhe-cem que a “transgressão” dessa regra é umfato normal e aceito na linguagem e noscontextos informais.

9 - “vai na Libertadores”. Essa regência doverbo ir é coloquial.

Comentário: Na linguagem coloquial, usa-mos essa regência: “Vamos no estádio”,“Vamos no bar”. Mas essa regência é ina-dequada em situações formais. Para elas,devemos usar: “Vamos ao estádio”, “Vamosao bar”.

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Lição 9

1 -a) na primeira colunab) na segunda coluna

Comentário: na primeira coluna, temos adefinição de “bola” e “campo” segundo odicionário, que sempre oferece uma defi-nição objetiva de um termo; na segundacoluna, em que bola é definida como “qual-quer coisa remotamente esférica”, fica evi-dente a subjetividade do autor.

2 - D

Comentário: todo jogo, qualquer que sejaele, tem normas que devem ser respeita-das. Essas normas formam um conjunto, asregras, que devem ser obedecidas pelos jo-gadores. Portanto, todo texto que traga asregras de um jogo é, necessariamente, umtexto objetivo.

Por isso, já descartamos de início as alter-nativas A e C. E a alternativa B? Ela nãopode ser considerada correta pelo fato deque em nenhum momento o autor diz queessas regras valiam para o tempo em que elejogava futebol de rua, e também há exage-ros (como o irmão servir de goleira) que di-ficilmente fazem parte de uma realidade.

3 -a) quando alguém da vizinhança ameaçar cha-

mar a polícia.b) o mais comum é jogar-se somente no meio

da rua.c) são os próprios jogadores, que discutem

sobre essa distância.d) qualquer coisa que role: uma pedra, uma

lata vazia ou a merendeira do irmão me-nor; também é permitido o uso de frutasou legumes.

Comentário: essa questão exige apenas queo aluno localize as informações no texto eas reproduza.

4 -a) terreno baldio.b) futebol de rua.c) a bola de futebol.

Comentário: esta também é uma questãoque exige do aluno apenas atenção para lo-calizar as informações no texto. Mas é pre-ciso ficar atento, pois há duas perguntassobre pelada e não sobre futebol de rua.Para o item c, não há uma resposta explí-cita no texto, mas é possível deduzir que,se futebol de rua chama pelada de senhora,ela só pode usar a bola de futebol tal comoestá definida na coluna I da questão nume-ro 1.

5 - Futebol de rua não tem regras definidas,já que a cada jogo são estabelecidas re-gras pelos jogadores e não há a necessi-dade de um juiz.

6 - Enquanto a pelada é jogada em umcampinho e tem regras, futebol de rua éjogado na rua e não tem regras.

7 - O papel de um juiz é fazer com que asregras de um jogo sejam respeitadas; se ofutebol de rua não tem regras, não faz sen-tido a presença de um juiz.

8 - A particularidade desse incêndio é a deele ter acontecido em uma construçãomuito antiga, século 18, consideradapatrimônio histórico, já que Ouro Preto“abriga o maior conjunto do barroco co-lonial em todo o mundo”.

Comentário: o primeiro parágrafo destacaa importância do casarão destruído pelofogo; perdeu-se uma construção do patri-mônio histórico.

9 - Não, supõe-se que foi um curto-circuitoem uma das lojas, mas a informação nãohavia sido confirmada até o momento daelaboração da matéria jornalística. Have-

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ria ainda uma perícia para apontar as ver-dadeiras causas do incêndio.

Comentário: a leitura atenta do final dosegundo parágrafo possibilita chegar à res-posta correta: “Segundo as primeiras in-formações, o incêndio foi provocado por umcurto-circuito numa das lojas do prédio, queabrigou o antigo Hotel Pilão. Os bombeirosnão confirmaram a informação. Peritos fa-rão vistoria para apontar as causas do in-cêndio.”

10 - C

Comentário: o mundo retratado pelo nar-rador era o de crianças que não tinham di-nheiro para comprar aqueles brinquedos;mas eles podiam ser admirados na vitrine,e assim as crianças sonhavam com eles.

11 - O teor de tragédia desse incêndio estárelacionado ao fato de que ele destróios objetos dos sonhos das crianças, jáque aquele bazar possuía os brinquedosmais bonitos da cidade.

Comentário: o narrador se reporta a seustempos de criança (ou se coloca na condi-ção de uma criança), portanto, a históriadeste incêndio é narrada sob a perspectivade uma criança; e nada mais fascinantepara uma criança do que um brinquedo.

12 - Porque, segundo o olhar da criança, osbrinquedos têm vida; assim, as bonecas,os cavalinhos e o palhaço estavam sufo-cando por causa do incêndio, como sefossem seres vivos.

Comentário: na leitura do texto, fica evi-dente que as crianças viam os brinquedoscomo seres vivos. Mesmo que essa informa-ção não estivesse explícita, nosso conheci-mento de mundo seria suficiente parachegarmos à resposta correta (se necessá-rio, releia 2.1 Conhecimento prévio).

13 -a) Está empregada em sentido conotativo.

b) A palavra incêndio está empregada com osentido de “tragédia”; e a palavra brinque-do como sinônimo de “sonho”. O narradorpressente que outras tragédias (de origensdiversas) irão destruir outros sonhos.

Comentário: no item a, é preciso saber adiferença entre conotação e denotação.Denotação é o emprego da palavra em seusentido primeiro, do dicionário; conotaçãoé o emprego de uma palavra em sentido fi-gurado.

No item b, é preciso saber que o texto temuma função argumentativa. Esse último pa-rágrafo do conto reflete uma determinadapostura do autor, e exige uma leitura críti-ca do leitor frente ao texto. Feito isso, che-ga-se à resposta correta.

14 -a) Porque é característico do avestruz escon-

der a cabeça num buraco quando está commedo.

b) Nesse fragmento, a palavra “penas” signi-fica “dificuldades”.

c) Como o avestruz é uma “ave”, ele é cober-to por “penas”, assim, estamos diante deum jogo de palavras “montado” pelo au-tor.

Comentário: para o item a, é preciso conhe-cimento que vai além do texto: quem nãoconhece essa característica do avestruz,não conseguirá chegar à resposta.

Para responder aos itens b e c, é precisoverificar que, no texto, “penas” é um subs-tantivo abstrato; no item c, temos um subs-tantivo concreto (pena: cada uma dasestruturas ceratinizadas que revestem ocorpo de uma ave, formada tipicamente porum eixo ou raque e pelas barbas, que, reu-nidas, formam o vexilo.). Claro que não é

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preciso ter em mente toda essa definiçãodo dicionário, basta apenas perceber o jogode sentidos sugerido pelo texto.

15 - Nesse caso, destaca-se como trágica aperda de vidas humanas.

16 - Porque ela queria incendiar o morro, talqual fez Nero, imperador romano, quecolocou fogo em Roma. Nitidamente, háuma alusão à cultura afro, pois ela teriarecebido o “espírito” de uma outra pes-soa já morta.

Comentário: essa resposta exige conheci-mento extralingüístico, no caso, histórico.É interessante observar que o samba, tãopopular, faz referência a um episódio his-tórico da cultura latina!

17 - Não, ela apenas tentou. Embora tenhainiciado um incêndio, a tragédia não seconsumou.

Comentário: o verbo “queria”, no pretéritoimperfeito, indica um desejo, e não a con-cretização de um fato.

18 - São dois versos: “Vai correr lista lá navizinhança / Pra pagar mais uma fiança”.

Comentário: embora a “Nega Luzia” pudes-se ter causado um grande desastre, os vizi-nhos vão se mobilizar para pagar a fiança,ou seja, querem tirá-la da cadeia. Podemosperceber, nesses versos, a solidariedade daspessoas.

19 - Na reportagem, destaca-se a perda deobjetos únicos, raros, com valor históri-co. Pode-se dizer que é uma grande per-da para a humanidade.

No conto, perderam-se produtos fabri-cados em série, que, em princípio, po-dem ser substituídos sem grandes difi-culdades. A grande perda é para as cri-

anças, que consideravam aqueles brin-quedos “seres únicos”.

Na crônica, perderam-se vidas humanas,isto é, são perdas irreparáveis no âmbi-to pessoal.

Na música, o incêndio não se concreti-za, portanto, não há perdas e não pode-mos falar em tragédia.

Comentário: para responder a essa questão,são necessários: a compreensão de cada umdos textos, conhecimentos extralingüísticos,e a capacidade de relacionar as informaçõesdos quatros textos, comparando-os. Emsuma, apesar do tema comum, expressamparticularidades únicas.

Lição 10

1 - O verbo lançar é TDI — lançar algo (amaldição) a alguém (o criador do barco).A preposição a liga o verbo ao comple-mento aquele; temos então a + aquele =àquele.

Comentário: nesse caso, é necessário saberque o acento grave ( ` ) serve para fazer ajunção entre a preposição a e o artigo a ou aum demonstrativo que se inicie por a (comoé o caso de aquele, aquilo).

2 - Ambas são expressões latinas utilizadasem nossa língua. A diferença é que et al.significa “e outros” e etc., “e outras coi-sas”. Isso explica o uso delas em cada umdos enunciados: no primeiro exemplo hou-ve uma enumeração de pessoas (negros,homossexuais, mexicanos “e outros”); nosegundo exemplo, a enumeração é de pro-dutos (temperos, molhos, comida semi-pronta “e outras coisas”).

Comentário: hoje em dia, é comum o em-prego de etc. em ambos os casos.

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3 - São duas as possibilidades:

Apresentaram muitas opções, de que osalunos poderão se aproveitar.

Apresentaram muitas opções e os alunospoderão se aproveitar delas.

Na segunda oração, é necessário retomar otermo opções. O erro foi retomá-la duas ve-zes (em que e delas).

Comentário: é fundamental saber que o pro-nome relativo que está retomando o termoopções. Essa noção é imprescindível tantopara a compreensão do texto como para aelaboração de uma redação concisa (quali-dade dos textos técnicos).

Normalmente, a expressão o qual (dosquais, das quais, etc.) aparece, de maneiraequivocada, em substituição ao que. Exem-plo: Esse é o homem o qual levei. Na verda-de, o apropriado seria substituir o qual porque: Esse é o homem que levei.

Contudo, no exemplo acima, a expressão oqual seria perfeitamente aceitável: Apre-sentaram muitas opções das quais os alu-nos poderão se aproveitar.

4 - B

Comentário: vimos, na lição, que é comumo uso do verbo implicar (nessa acepção) coma preposição em. Mas, para o padrão da nor-ma culta, o verbo é TD (ou seja, o verbo eseu complemento se ligam sem a preposi-ção).

5-A

Comentário: também é comum o uso do ver-bo responder como OD, mas a norma cultaconsidera mais adequado empregá-lo comoOI: respondeu a algo que foi perguntado aalguém. No português do Brasil, já estáconsagrada a regência TD: “respondo car-

tas”, mas, na norma culta, devemos respei-tar a regência TI.

6 -a) A preposição para está introduzindo o pro-

nome oblíquo mim.

b) A preposição para introduz o pronomeoblíquo mim.

Os pronomes do caso reto são aqueles que,na frase, funcionam como sujeito; os prono-mes do caso oblíquo funcionam como com-plemento.

7 -a) Ainda que tenha havido muita discussão

entre mim e ela, não lhe quero mal. Pelocontrário, considero-a uma amiga.

b) Ninguém me deixou falar antes; por issoeu neguei, mesmo sabendo que não erapara eu negar.

Comentário: no item a, a preposição entreintroduz um pronome que tem a função decomplemento, portanto, usa-se a forma docaso oblíquo e não do caso reto. Depois doverbo considero, temos um complemento,e, portanto, temos o pronome oblíquo.

No item b, ninguém é sujeito e me é com-plemento (lembre-se de que ninguém é pa-lavra que atrai o pronome, por isso a ordem“ninguém me deixou...”; na segunda subs-tituição, é correto o uso de eu (pronome docaso reto), já que é sujeito de negar.

8 -a) Brevemente estarei de volta; por isso você

não deve se preocupar.b) Requereu o que não é lícito, portanto, não

poderei atendê-lo.c) Não havia necessidade, porém, teimou em

contratar os serviços daquela empresa.

Comentário: o exercício exige que o alunosaiba o significado das conjunções. Lembre-

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se de que vimos na lição o quanto é impor-tante o emprego correto dos conectivos(preposições, conjunções, pronomes, advér-bios) para a coesão de um enunciado.

9 - A ambigüidade é que o pronome sua podese referir tanto a João quanto a Maria;portanto, não é possível saber quem foiatingido pela pedra. Para desfazer essaambigüidade, podemos reescrever a fra-se:

João e Maria gritaram quando a pedraatingiu a cabeça dele.

Ou

João e Maria gritaram quando a pedraatingiu a cabeça dela.

Comentário: o pronome sua pode fazer re-ferência tanto a ele quanto a ela nesse pe-ríodo isolado. No entanto, em um contexto,esse enunciado pode não ser ambíguo. Porexemplo, em “João e Maria se assustaramquando a pedra atingiu sua cabeça. Mariatentou ajudá-lo, mas foi tão forte a panca-da que ele desmaiou.”, não há ambigüidadeporque o período seguinte informa quem foiatingido.

Lição 11

1 -a) Sujeito � Nós (oculto)

Predicado � Devemos sempre fazer o bem,sem olhar � quem

b) Sujeito � Mais uma guerraPredicado � explodiu no Oriente

c) Sujeito � essa paixãoPredicado � como surgiu

d) Sujeito � inexistentePredicado � Chovia muito lá fora

e) Sujeito � indeterminadoPredicado � Atearam fogo na floresta

2 -a) de você � objeto indiretob) os preços � objeto diretoc) mal � objeto direto e à saúde a objeto in-

diretod) de novas casas � objeto indireto

3 -a) adjunto adnominal � nosso

adjuntos adverbiais � agora, mais e forte

b) adjuntos adnominais � as, maiores e daTerra

adjunto adverbial � debaixo d’água

c) adjunto adnominal � muitasadjuntos adverbiais � de diarréia e neste

país

4 -a) castiga a região � predicado verbal

b) precisa de água tratada � predicado ver-bal

c) permanecerá no orfanato � predicado no-minal

d) passavam rápidos � predicado verbo-no-minal

e) estava apressada � predicado nominal

5) a) o marinheiro � apostob) senhoras � vocativoc) Maria � vocativod) João, Fabiano e Augusto � aposto

6 - b) A guerra, que só traz tristeza e destruição

a todos os povos, é fruto da insanidade dealguns homens que estão no poder.

c) Nossos administradores, que tanto gas-tam com ropaganda, deveriam usar a te-levisão para reeducar a população e con-tratar agentes para coibir a destruição denossas áreas verdes. (Folha de São Paulo,23/0/2002)

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d) Os números da moralidade infantil dimi-nuíram, embora continuem motivo degrande preocupação.

Comentário: nesse exercício, havia certaliberdade para as respostas. Atente paraque as relações estabelecidas sejam coeren-tes.

7 - A relação é entre a devastação das áreasverdes da nascente do rio São Fancisco(causa), que acarretará a destruição do rio(conseqüência).

Comentário: O aluno poderia, também, fa-zer uma outra leitura do fragmento: o deque a destruição do rio São Francisco (cau-sa) levaria o país todo à ruína (conseqüên-cia). Mas a relação de causa/conseqüênciada resposta primeira era mais evidente.

8-a) Eu farei tudo para que esse emprego sejameu.b) Muitas pessoas vêm se esforçando para

ingressar no mercado de trabalho.c) Crianças não seriam obrigadas a trabalhar

se não houvesse tanta miséria no país.

Comentário: todas as orações subordinadasdesse exercício são adverbiais; é precisoperceber que elas indicam as circunstân-cias em que acontecem os fatos da oraçãoprincipal.

9 -a) Mostrar que a taxa de fecundidade dimi-nuiu.

Comentário: Também, aqui vale a pena ob-servar com atenção a coerência de todo oparágrafo. No desenvolvimento, o autor nãose distancia do assunto proposto, apontandonúmeros que confirmam a afirmação feita.

10 -

Comentário: nessa atividade, o aluno devetentar seduzir o “comprador”. Para isso, épreciso enumerar as vantagens do aparta-mento e, talvez, detalhar uma delas. Porexemplo, tamanho dos cômodos, qualidadedo material de acabamento, localização,etc.

11 -a) O enunciado apresenta vários erros nos

usos dos conectivos, bem como repete emdemasia os mesmos termos. Veja, a seguir,o texto original.

“O Plano Nacional de Segurança dá umshow em quantidade, mas continua dei-xando a desejar em qualidade. Por exem-plo, tem 124 medidas destinadas a com-bater o crime, mas quantas delas estãovoltadas para os motivos sociais que em-purram ou estimulam o criminoso?”

12 -a) A ambigüidade é que não podemos identi-

ficar se quem sentia ciúme era a mulherou ele. A frase pode ser escrita assim:

Tinha tanto ciúme de sua mulher que issoo levou ao suicídio.Sua mulher era tão ciumenta que ele aca-bou se suicidando.

b) A ambigüidade está no fato de que não épossível saber quem era criança. A frasepoderia ser escrita assim:

Conheci-o quando ainda éramos crianças.Conheci-o quando ele ainda era criança.Conheci-o quando eu ainda era criança.

13 - Resposta pessoal

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14 -a) Era tarde e ela chegava da rua. Abriu a porta da casa. Viu o

estranho na sala. Gritou. Vieram os vizinhos.

b) “E o senhor apareceu ao cronista. E comunicou-lhe em absolutaprimeira mão que pensava pulverizar, após as festas do 4 cente-nário, a cidade do Rio. A qual era pecadora, amante do ócio e dojogo-do-bicho, dissipada e vã. E o cronista suplicou que não fi-zesse tal coisa.”

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de Balanço)

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Cara Beatriz,

Em resposta à sua solicitação, seguem algumas informações importantessobre nosso controle de processo:

• O processo de fabricação tem tempo e temperatura controlados.

• Os nossos registros indicam se o processo ocorreu de forma adequada. Porexemplo, a produção da calda de frutas tem pontos críticos, que são controladoscom rigor.

• A fruta provém de fornecedores qualificados.

• As demais matérias-primas usadas são de qualidade comprovada.

• As análises de controle para liberação são as seguintes: avaliação sensorial, FQ(pH, viscosidade, brix) e micro (Contagem Total de Mesófilos, Bolores e Levedu-ras).

• Temos GMP implantado.

Salientamos que as boas práticas de produção são planejadas para daremapoio ao conceito básico de qualidade Sugar & Sugar, que garante que os nossosprodutos sejam seguros e possam contribuir/elevar a qualidade dos produtos denossos clientes.

Gostaríamos, ainda, de aproveitar a oportunidade e convidá-la a uma visitatécnica à Sugar & Sugar, para que possa conhecer as instalações e ter acesso ainformações e documentos que atestam o relatado acima, pois, com isso, teremosa chance de elevar o grau de confiabilidade e segurança da Fiori Comércio deAlimentos Ltda. em nosso processo.

Sobre a remessa em questão, informamos que amanhã (09/01) o produtoserá entregue na Fiori Comércio de Alimentos Ltda. já acompanhado dos laudosindicados na especificação técnica do produto.

De qualquer forma, acreditamos que essas informações poderão, even-tualmente, servir de base para sua decisão em algum caso futuro que requeiraantecipação de entrega.

Qualquer dúvida ou informação adicional que necessite, estamos a seuinteiro dispor.

Maria RitaSugar & Sugar Ltda.Tel: (11) 5696 4498Cel: (11) 9964 8975

Lição 12

Em todos os exercícios desta lição, o aluno poderá dar umaresposta diferenciada. Como ilustração, oferecemos uma pos-sível resposta para o exercício 1:

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TAVARES, Hênio Último da Cunha.Teoria literária. 5ª ed.Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1974;

CUNHA, Celso Ferreira da.Gramática da Língua Portuguesa, 5ª ed.Rio de Janeiro: FENAME, 1979;

FARACO, Carlos Emílio & MOURA, Francisco Marto.Gramática, 12ª ed.São Paulo: Editora Ática, 1993;

FARACO, Carlos Emílio & MOURA, Francisco Marto.Gramática Nova, 2ª ed.São Paulo: Editora Ática, 1992;

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda.Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 1ª ed.Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1975;

MARTINS, Eduardo.Manual de Redação e EstiloSão Paulo: Estado de São Paulo, 1990;

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Pesquisa de Avaliação

014G - Comunicação e Redação Empresarial

Nome (campo não obrigatório): _______________________________________________________________

No de matrícula (campo não obrigatório): _____________________

Curso Técnico em:Eletrônica Secretariado Gestão de NegóciosTransações Imobiliárias Informática TelecomunicaçõesContabilidade

QUANTO AO CONTEÚDO

1) A linguagem dos textos é:a) sempre clara e precisa, facilitando muito a compreensão da matéria estudada.b) na maioria das vezes clara e precisa, ajudando na compreensão da matéria estudada.c) um pouco difícil, dificultando a compreensão da matéria estudada.d) muito difícil, dificultando muito a compreensão da matéria estudada.e) outros: ______________________________________________________

2) Os temas abordados nas lições são:a) atuais e importantes para a formação do profissional.b) atuais, mas sua importância nem sempre fica clara para o profissional.c) atuais, mas sem importância para o profissional.d) ultrapassados e sem nenhuma importância para o profissional.e) outros: ______________________________________________________

3) As lições são:a) muito extensas, dificultando a compreensão do conteúdo.b) bem divididas, permitindo que o conteúdo seja assimilado pouco a pouco.c) a divisão das lições não influencia Na compreensão do conteúdo.d) muito curtas e pouco aprofundadas.e) outros: ______________________________________________________

Caro Aluno:

Queremos saber a sua opinião a respeito deste fascículo que você acaba de estudar.

Para que possamos aprimorar cada vez mais os nossos serviços, oferecendo ummaterial didático de qualidade e eficiente, é muito importante a sua avaliação.

Sua identificação não é obrigatória. Responda as perguntas a seguir assinalandoa alternativa que melhor corresponda à sua opinião (assinale apenas UMA

alternativa). Você também pode fazer sugestões e comentários por escrito noverso desta folha.

Na próxima correspondência que enviar à Escola, lembre-se de juntar sua(s)pesquisa(s) respondida(s).

O Instituto Monitor agradece a sua colaboração.

A Editora.

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QUANTO AOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS

4) Os exercícios propostos são:a) muito simples, exigindo apenas que se decore o conteúdo. b) bem elaborados, misturando assuntos simples e complexos.c) um pouco difíceis, mas abordando o que se viu na lição.d) muito difíceis, uma vez que não abordam o que foi visto na lição.e) outros: ______________________________________________________

5) A linguagem dos exercícios propostos é:a) bastante clara e precisa.b) algumas vezes um pouco complexa, dificultando a resolução do problema proposto.c) difícil, tornando mais difícil compreender a pergunta do que respondê-la.d) muito complexa, nunca consigo resolver os exercícios.e) outros: ______________________________________________________

QUANTO À APRESENTAÇÃO GRÁFICA

6) O material é:a) bem cuidado, o texto e as imagens são de fácil leitura e visualização, tornando o estudo bastante agradável.b) a letra é muito pequena, dificultando a visualização.c) bem cuidado, mas a disposição das imagens e do texto dificulta a compreensão do mesmo.d) confuso e mal distribuído, as informações não seguem uma seqüência lógica.e) outros: ______________________________________________________

7) As ilustrações são:a) bonitas e bem feitas, auxiliando na compreensão e fixação do texto.b) bonitas, mas sem nenhuma utilidade para a compreensão do texto.c) malfeitas, mas necessárias para a compreensão e fixação do texto.d) malfeitas e totalmente inúteis.e) outros: ______________________________________________________

Lembre-se: você pode fazer seus comentários e sugestões, bem como apontaralgum problema específico encontrado no fascículo. Sinta-se à vontade!

PAMD1

Sugestões e comentários

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