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Página 218 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Se viajarpara os Açores...

Escolha...

Paulo DuarteSEDE:Largo de S. João, 189500-106 Ponta DelgadaTel.: 296 282 899Fax: 296 282 064Telem.: 962 810 646Email: [email protected]ÇORES

Dia 24 de janeiroLusaQ TVmarca encontrocom a Comunidade

Acabadinha de comemorar o seu primeiro ano de vida,a LusaQ TV, irmã siamesa do jornal LusoPresse, tem encontromarcado com a comunidade no dia 24 de janeiro, em festa pre-parada para comemorar o seu primeiro aniversário.

Com efeito, no dia 24 de janeiro, pelas 19h30, a LusaQ TVapresenta uma noite festiva, no auditório do Parque Lafontaine,situado no 3710 da Calixa Lavalée, numa sala bastante conhecidada comunidade, pois é lá que atuam grande parte dos artistas quechegam a Montreal vindos de Portugal.

O espetáculo do dia 24, como já temos anunciado, contacom a espetacular participação do grupo luso-americano ThePortuguese Kids, constituído por quatro jovens, qual deles omais hilariante. Muitas fábulas sobre tudo o que mexe, fazem doThe Portuguese Kids o grupo do momento no mundo da diás-pora portuguesa, e não só, pois Portugal também já lhe tomouo gosto, como é prova disso as reportagens que lhe foram dedi-cadas não faz muito tempo!

Para quem ainda não viu atuar ao vivo o The PortugueseKids, está na hora de o fazer, pois ele estará aí, à mão, no dia 24de janeiro próximo, num espetáculo que muito promete.

Mas a festa do dia 24 não conta somente com o The Portu-guese Kids. Também como já dissemos haverá, na primeira par-te, um concurso de jovens artistas, onde há a particularidade dovencedor, mediante a sua prestação, ser escolhido pelo públicopresente na sala, por meio de voto da assistência. Depois do in-tervalo, momento em que serão recolhidas as senhas, será entãodado a conhecer o feliz vencedor, naquele que será o primeiroconcurso comunitário do género.

Um terceiro e quarto itens podem ainda estar de chegada aoprograma do dia 24. Mas, por razões alheias à nossa vontadeainda não podemos assegurar que isso aconteça. Se acontecer,como desejamos e acreditamos, o nível da festa ainda vai subirmuito na parada.

Entretanto, já há bilhetes à venda. Para os comprar ou reser-var, basta contactar com este jornal através dos números de tele-fone (450) 628-0125 e/ou (514) 835-7199.

Na próxima edição do LusoPresse, que também estará emfesta pelos seus 18 anos de publicação ininterrupta, voltaremosa dar mais novidades sobre este acontecimento, se possível jácom o programa completo.

N.A.

Há um ano, a LusaQ TV começava assim, com os apresen-tadores Carlos do Rio e Ludmila Aguiar. Foto LusoPresse.

L P

Município da LagoaHomenagema Leonardo AmaralAutarquia lagoense prestou homenagem ao antigo Presidente

do Conselho executivo da Escola Secundária de Lagoa Prof. LeonardoAmaral.

O auditório da Escola Secundária de Lagoa, encheu-se de convi-dados, professores, alunos e pessoal auxiliar, em véspera de férias denatal, para assistir à justa e merecida homenagem que a Câmara Municipalde Lagoa prestou ao Prof. Leonardo Amaral, antigo presidente doConselho Executivo desta escola.

Durante a cerimónia, João Ponte homenageou, quem pelo seumérito e dedicação, realizou um notório e exemplar trabalho em prolda Escola Secundária de Lagoa, o Professor Leonardo Amaral, que comcerteza ainda terá muito a dar ao ensino, sendo por todos reconhecidocomo uma pessoa íntegra e de valores nobres.

Na ocasião o edil lagoense salientou que “durante os seis anos deliderança Leonardo Amaral fez surgir oportunidades, procurando sem-pre a melhor forma de as aproveitar, para que a Secundária da Lagoa,para além da sua missão de ensinar e formar atingisse um lugar de des-taque no panorama educativo regional, para que os seus alunos vingas-sem em projetos reconhecidos regional, nacional e internacional-mente”.

Segundo João Ponte, o Professor Leonardo Amaral, soube conci-liar e colocar em prática a oportunidade, o sonho e a inovação, inovandométodos de ensino, aproveitando as oportunidades, cativando os alunose “dando asas” a muitos sonhos destes, alguns dos quais elevaram onome da escola”.

Salientou ainda que, “foi precisamente pela dedicação, dinâmica esentido de responsabilidade que depositou no seu serviço à escola Se-cundária da Lagoa que o município prestou esta merecida homenagemcom a atribuição de um voto de louvor, pois são esses exemplos degrande dedicação que devem ser tidos em conta para a consolidação deuma escola melhor e também para a formação de melhores alunos eprofessores, porque todos os sucessos e conquistas de professores,alunos e também do pessoal auxiliar são também fruto da visão inova-

apelativa cativou a atenção do público, sobretudo dos alunos, apelandoao seu espírito positivo e empreendedor e motivando-os a estarematentos às oportunidades que aparecem, que devem sempre ser agarradas,porque a sorte está nas nossas mãos, lançando assim o desafio para te-rem uma maior dinâmica de pensamento na decisão do seu futuro pro-fissional.

dora e profissional de quem gere e preside uma escola, como foi dissoexemplo o professor Leonardo Amaral, que foi capaz de motivar todaa comunidade escolar em torno de um ensino inovador e de qualidade”.

Ao longo dos 13 anos de existência o percurso da Escola Secundá-ria de Lagoa tem sido de prestígio e notoriedade, um percurso de sucessoque a Câmara Municipal reconheceu e distinguiu com a atribuição damedalha de mérito municipal científico, em 2011.

A homenagem culminou com a motivadora palestra “Oportu-nidade, Sonho e Inovação”, proferida pelo palestrante convidado, Dr.Rui Manuel Barreiros de Lima e Silva que, de forma “descontraída” e L P

João Ponte, presidente da Câmara, na entrega do diploma aoprofessor Leonardo Amaral.

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Página 318 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Vol. XIX • N° 321 • Montreal, 18 de dezembro de 2014

Cont. na pág 28

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A senhora Tung chegava doisdias antes da consoada. Costumava vê-lalogo de manhã, com a irmã jardineira, nopátio maior, a admirar as laranjeiras anãsnos vasos de loiça. Via-a casualmente acontemplar, embevecida, o presépio doconvento. Encontrava-a por fim à mesa.

A senhora Tung viajava todos osanos da Formosa para Macau, na épocado Natal, a fim de festejar o nascimentode Cristo na companhia da sua primogéni-ta, a irmã Chen-Mou.

Nesses dias, com as meninas em féri-

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Página 418 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

FICHE TÉCHNIQUE

LusoPresseLe journal de la Lusophonie

SIÈGE SOCIAL6475, rue Salois - AuteuilLaval, H7H 1G7 - Québec, CanadaTéls.: (450) 628-0125 (450) 622-0134 (514) 835-7199Courriel: [email protected] Web: www.lusopresse.com

Editor: Norberto AGUIARAdministradora: Petra AGUIARPrimeiros Diretores:• Pedro Felizardo NEVES• José Vieira ARRUDA• Norberto AGUIAR

Diretor: Carlos de JesusCf. de Redação: Norberto AguiarAdjunto/Redação: Jules NadeauConceção e Infografia: N. Aguiar

Escrevem nesta edição:• Carlos de Jesus• Norberto Aguiar• Adelaide Vilela• Osvaldo Cabral• Lélia Nunes• Filipa Cardoso• Maria Ondina Braga• Laureano Soares• Luís Leonardo Aguiar• Frei Bento Domingues

Revisora de textos: Vitória Faria

Societé canadienne des postes-Envois depublica-tions canadiennes-Numéro deconvention 1058924Dépôt légal Bibliothèque Nationale du Québec etBibliothèque Nationale du Canada.Port de retour garanti.

LusaQ TvProdutor Executivo:• Norberto AguiarContatos: 514.835-7199

450.628-0125

Programação:• Segunda-feira: 21h00 às 22h00• Sábado: 11h00 ao meio-diaTelenovela: segunda, quarta e sexta-feira, das 17h00 às 18h00.(Ver informações: páginas 16 e 29)

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Silva, Langelier & Pereira s e g u r o s g e r a i s

Ainda há Turismo?• Por Osvaldo CABRAL

Faltam apenas três meses para a re-volução.

E o mais interessante é que os que nãoacreditavam, os que esconjuravam a liberali-zação aérea, os que combatiam a vinda daslow-cost, são agora os que se apresentam sen-tados ao lado dessas companhias aéreas.

A política faz coisas extraordinárias...Há por aí muita boa gente de queixo caído,

que ainda não recuperou do anúncio das in-tenções da Ryannair e da Easyjet.

São os tais que vivem fora deste mundo epara quem a realidade não passa das alcatifasdos confortáveis gabinetes, onde pululam dire-tores, consultores, assessores, adivinhadoresdo futuro, e nenhum acerta com o pote mágicodas nossas potencialidades.

O turismo é um exemplo notável.Há longos meses que é sabido – para quem

vive no mundo real – que as low-cost estariamcá mais dia, menos dia.

Viram algum responsável pela área do tu-rismo a mexer-se para preparar o impacto donovo cenário que vem aí?

A famigerada ATA ainda existe?E o célebre plano de turismo, o tal dos 30

milhões em promoções, mantém-se em vigor?A vinda das low-cost vai alterar toda a es-

tratégia até agora desenvolvida e é preocupanteassistir à passividade dos responsáveis do turis-mo desta região face à nova realidade.

A coisa é tão grave que até a SATA aindaestá a elaborar um “plano estratégico”, a trêsmeses da revolução que lhe vai entrar de estam-

EditorialChina primeira potência económica mundial

• Por Carlos DE JESUS

A notícia passou praticamente des-percebida, mas segundo certos cálculos doFundo Monetário Internacional (FMI), a Chi-na já passou à frente da América em termos deProduto Interno Bruto (o famoso PIB).

Em outubro passado o PIB chinês situa-va-se a 17 400 mil milhões de dólares e o ameri-cano em 17 170 mil milhões de dólares.

Em termos de trocas comerciais a Chinatambém já ultrapassou os americanos com16,5% do comércio mundial contra 16,5% paraa América.

É isto suficiente para se dizer que a Chinaé já hoje a primeira potência económica mun-dial? Claro que não. Não basta ter em conta oPIB ou o volume das trocas comerciais para sefazer tal afirmação.

Há outros fatores. Por exemplo, o poderde compra da moeda chinesa é ainda metadedo dólar, e em termos da riqueza da sua popula-ção os chineses ainda têm muito que andar.Na lista dos 100 países mais ricos do mundo,o país de Mao Tsé-Tung, encontra-se no fimda lista, no 89º lugar.

Mas há mais. O poder dum país não semede só pelo seu saldo comercial internacional,

nem sequer pelo total de vendas a retalho, o quenão é de surpreender dada a dimensão da sua po-pulação, mais de 1,4 mil milhões de habitantes.

Em termos tecnológicos, em termos depesquisa médica, em termos de descobertas ci-entíficas, e até em termos de humanismo e dedemocracia, a China ainda tem muitas côdeaspar roer.

Toda a tecnologia foi comprada ou rouba-da ao Ocidente. Não fizeram nenhuma desco-berta científica digna de ser compensada comum prémio Nobel.

São bons comerciantes, mas são maushumanistas.

Veja-se por exemplo como eles se estão acomportar em África.

Como precisam de matérias-primas vãopara lá oferecer-se para construir estradas, hos-pitais, escolas e ao mesmo tempo explorar asminas e as terras. Mas para isso, nem sequerutilizam a mão-de-obra local. Os empreiteiroschineses em África, não só levam consigo osseus próprios trabalhadores, como até a comidae os cozinheiros! Não têm qualquer contactocom as populações locais.

E, como prova que lhes falta ainda muitono seu comportamento para poderem ser umapotência mundial, quando rebentou a epidemiada febre Ébola, agarraram nas malas e largaramas zona infetadas sem se dignarem dar a mais

pequena ajuda.Quem é que tem estado a auxiliar as vítimas

da Ébola, com pessoal e material? A Américae a Europa. Assim se vêm quem são as verda-deiras potencias mundiais.

Continua a ser a América quem faz debombeiro quando rebenta um fogo em qual-quer parte do mundo.

Por vezes podemos dizer, e com razão,que se trata de um bombeiro pirómano, comofoi no caso do Vietname, do Iraque e no tempodas ditaduras sul americanas.

Mas também foram eles quem foram aju-dar os aliados nas duas guerras mundiais. Oque seria o mundo de hoje se tivessem sido osjaponeses, os alemães ou os soviéticos quetivessem sido os vencedores?

Mas se há um aspeto que paralisa sobera-namente a ascensão chinesa ao lugar de lídermundial, é a sua forma de governo autoritária,nas antípodas da democracia parlamentar.

As revoltas populares em Hong-Kong sãomais do que um exemplo em que a transparência,a liberdade de imprensa e de pensamento, são in-compatíveis com o regime político comunista.

E enquanto assim for, o Ocidente podedormir descansado sabendo que a China nãopassa de um grande e rico merceeiro que paraganhar a vida tem de estar nas boas graças dosfregueses e pagar mal aos seus empregados.

panço pela cara den-tro.

O turismo e otransporte aéreo nes-tes últimos anos fo-ram um enorme fa-lhanço.

Infelizmente, nomeio desta trapalhada,os trabalhadores daSATA vão ser os mais

sacrificados, sem que tenham contribuído paraa gestão incompetente das sucessivas adminis-trações e tutelas destes últimos anos.

E uma vez que chegaram tarde ao novomundo, era bom que aprendessem a lição epusessem já as barbas de molho para a outrarevolução que se vai seguir: a cobiça pelas rotasdos EUA e Canadá, onde a SATA tem tratadoa comunidade emigrante abaixo de cão, para a-lém de ter matado o turismo oriundo destespaíses.

A região que mais prémios internacionaistem recebido devido à sua beleza natural, tan-tos galardões incensados à nossa paisagem eàs nossas ilhas, e é a pior de todas as regiõesdo país no que toca a trazer turistas.

Isto faz algum sentido?A indústria turística está a ser o motor da

recuperação económica em Portugal, com taxasde crescimento de dois dígitos, muito acimado crescimento, também, a nível internacional.

Apenas nos Açores o turismo transfor-mou-se numa coisa minguada, desmotivada edesorientada.

E porquê?Muito simples: falta de liderança!Sem liderança no setor nestes últimos

anos, o resultado é o que está à vista.Ora leiam o que disse a maior autoridade de

turismo mundial, Taleb Rifai, o Secretário-Geralda OMT (Organização Mundial de Turismo), hápoucos dias em Portugal: “Se o governo não li-derar, se não dá ao mercado os sinais certos, nadaresulta. O governo tem de dizer ao setor privado,e aos cidadãos, e a todo o mundo, que o turismoé importante, e tomar medidas concretas em rela-ção a isso: facilidade de circulação, emissão de vis-tos, conectividade, incentivos, benefícios fiscais,abordagens imaginativas do destino, encoraja-mento no desenvolvimento de novos produtos...Em tudo isto o governo pode abrir caminho. Euacredito no papel da liderança.”

Mais claro do que isto?Se o líder da OMT viesse aos Açores perce-

beria logo porque é que não acompanhamosos países da Europa do Sul, que ganharam maisde 10 milhões de turistas nos últimos tempos.

Ele acrescenta: “Isto não pode ser explicadopela primavera árabe – mesmo que todos os 1,8milhões de turistas que foram desviados (doEgito e da Turquia) fossem para Portugal, issonão explicaria a evolução dos indicadores. Por-tanto, deve haver alguma coisa que Portugal, aEspanha, a Itália, a Grécia, estão a fazer bemfeito”.

E nós, nos Açores, o que é que estamos afazer de mal feito?

Enterrando a cabeça na areia.Daqui a três meses vêm os outros de fora,

mais uma vez, dizer-nos como se faz.E, como de costume, haverá personagens

da nossa paróquia política que hão de sentar-se ao lado deles, ufanando-se de que o sucessoé da sua autoria. L P

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L P

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Página 518 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

L P

NatalNo LusoPresse e na LusaQ TV

Com esta edição, a última de 2014, o nosso jornal entra deférias, umas pequenas e bem merecidas férias de Natal e Ano No-vopara podermos estar todos juntos em família a celebrar este mo-mento especial do ano.

Por esta mesma ocasião a Administração do LusoPresse e daLusaQ TV aproveita a oportunidade para desejar a todos os nossosanunciantes, colaboradores, leitores, telespectadores e à comunidadeem geral os nossos melhores votos de boas festas de um Natal Felize o desejo de um Novo e Próspero Ano de 2015.

O jornal voltará na terceira semana de janeiro. A LusaQ TV nãotem férias e continua com a sua programação habitual.

Boas FestasA Administração

Do Consulado-geral de Portugal em Montreal

Mensagem de Natal e do Ano Novode 2015 do Cônsul-Geral

Nesta minha primeira mensagem de Natal e de Ano Novoenquanto Cônsul-Geral de Portugal em Montreal, é com muita honraque me dirijo aos portugueses e lusodescendentes residentes na áreade jurisdição deste posto consular, para vos desejar um Feliz Natal eum próspero Ano Novo, em meu nome e de todos os funcionáriosdo Consulado-Geral de Portugal em Montreal.

Nesta quadra natalícia, gostaria também de enviar uma palavraespecial de solidariedade a todos aqueles que, por diversas razões, seencontram impedidos de estarem junto dos seus familiares e amigos.

Neste momento em que devemos dar uma maior atenção àquelesque enfrentam mais dificuldades, permitam-me evidenciar agenerosidade e o apoio que é prestado por diversas Associações decariz social da nossa Comunidade, e por inúmeros voluntários, emprol dos mais desfavorecidos, sejam estes portugueses ou de outrasnacionalidades.

Numa altura em que se nos colocam diversos desafios, permitam-me também aproveitar esta ocasião para salientar a importância deum maior envolvimento dos jovens luso-canadianos nas atividadesda nossa Comunidade, particularmente no que diz respeito àsAssociações.

Numa época assinalada por diversas mudanças, importa encontrarsoluções apelativas à participação dos elementos mais jovens da nossaComunidade no movimento associativo. O papel dos jovens éessencial para a assegurar uma maior visibilidade da nossa cultura e acontinuidade das nossas tradições neste país.

Aproximando-se um novo ano, queria igualmente expressar aminha confiança e otimismo no trabalho conjunto que certamenteiremos levar a cabo em 2015. Pela nossa parte, o Consulado-Geral dePortugal em Montreal continuará ao dispor dos portugueses e dosluso-canadianos e disponível para desenvolver projetos conjuntos,designadamente com as Associações e outras Instituições de raizportuguesa.

Gostaria assim de reiterar, a todos os membros da ComunidadePortuguesa, os meus calorosos votos de um Feliz Natal e de um anode 2015 cheio de saúde e de prosperidade.

O Cônsul-Geral

José Eduardo Bleck Guedes de Sousa

L P

Natal na Associação AngolanaUma casa cheia de miudagem

• Por Norberto AGUIAR

O António Magalhães, um dos pila-res da Associação Angolana de Montreal, ligou-nos a pedir para passarmos pela sede daquele or-ganismo, pois uma festa de Natal, pelos vistos aprimeira da sua existência, seria organizada a favorda criançada angolana de Montreal.

Acedemos ao convite do dirigente Magalhãese lá fomos ao fim da tarde do passado sábado. Le-vámos um dos nossos habituais operadores decâmara e assim tivemos oportunidade de registar,para a LusaQ TV, algumas imagens do Pai Natal,em papel desempenhado, mais uma vez, pelo An-tónio Magalhães, na entrega de prendas às muitascrianças presentes e que no dizer de um dos diri-gentes angolanos, nem todas eram de origem dorico país africano.

Para além das prendas, muito populares naépoca que se atravessa, como se sabe, as criançastambém foram convidadas para desenhar, ao dis-porem de uma mesa preparada para o devido efeito.Escusado será dizer que as referências ao Natal eseus considerandos faziam figura de destaque.

Boa comida e pastelaria variada fizeram igual-mente parte integrante da festa de natal da Asso-ciação Angolana de Montreal, a primeira da suacurta história.

Já com informações e imagens recolhidas (pa-ra a LusaQ TV), o agora repórter do LusoPressequis saber para quando estavam previstas as elei-ções para os corpos diretivos da casa de Angolaem Montreal. Sem dar garantias de nenhuma es-pécie, outro dirigente da Comissão Diretiva avan-çou com a possibilidade disso acontecer a brevetrecho.

Atentos como somos a tudo o que diz respei-to à Comunidade Lusófona do Quebeque, cá fica-mos à espera de novidades para, depois, as levar-mos ao conhecimento dos nossos telespecta-dores e leitores. L P

Na Associação Angolana de Montreal, apesar da muitamiudagem presente, o fotógrafo, sem condições para mais,ficou-se pelo Pai Natal, acompanhado por vários elemen-tos da Comissão Administrativa. Fotos LusoPresse.

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Página 618 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Balanço do ano• Por Filipa CARDOSO

Estando quase a chegar ao fimmais um ano, o de 2014, vou tentar fazer omeu balanço, com referência a perspetivaspositivas, do que se passou em Portugal.

Sei que não vai ser fácil mas este Paíscontinua a ser um país fantástico.

Do ponto de vista das eletrónicas a“Via Verde”, que desde 1991 se expandiuao pagamento de combustíveis e estaciona-mento, tem o reconhecimento internacio-nal. O seu mote é “circular é viver”.

O “multibanco” que em pouco maisde 20 anos desenvolveu uma das mais sofis-ticadas redes interbancárias do mundo. Por-tugal é mesmo o país com maior númerode operações oferecidas através das máqui-nas ATM.

No setor da moda continuamos a ino-var.

A indústria dos têxteis desenvolve ostecidos do futuro – coletes que monitorizamo batimento cardíaco, fatos de isolamentotérmico, malhas repelentes de mosquitos,para dar alguns exemplos.

O calçado português está representadonas maiores exposições do género. Corres-ponde a 7 mil postos de trabalho e a cercade 500 milhões de euros de exportações.

Os nossos embaixadores da moda têmfeito um trabalho fantástico além-fron-teiras.

Estou-me a referir, entre outros, a LuísBorges, o único português na lista dos 50melhores manequins do mundo, e a SaraSampaio, que desde 2013 desfila para a Vic-toria’s Secret com grande sucesso.

Temos também várias personalidadesconhecidas internacionalmente:

Paulo Pereira da Silva, CEO da Renova,que ao assistir a um espetáculo do Cirquede Soleil, quando os panos pretos o fizeramlembrar rolos de papel – e daí a mudar-lhesa cor foi um passo. Agora temos papel higi-énico de qualidade e das mais variadas cores.

Joana Vasconcelos, artista plástica, foia primeira mulher a apresentar trabalhosno Palácio de Versalhes, onde a sua peçamais polémica, A Noiva, de 2005, um lustregigante todo feito com tampões higiénicos,não pode ser exibido...

Joana Carneiro, maestrina, fez o mes-trado em Chicago, o doutoramento em Mi-

chigan, foi diretora da Orquestra Sinfónicade Berkley onde recebeu o Prémio HelenM. Thompson atribuído a diretores exceci-onalmente promissores. Hoje é titular daOrquestra Sinfónica Portuguesa.

Carlos do Carmo, fadista, foi recente-mente distinguido com o Grammy de Exce-lência Musical pela Latin Recording Acade-my

José Miguel Júdice, advogado, nomea-do recentemente para o Tribunal Perma-nente de Arbitragem de Haia, que visa a re-solução de casos entre estados.

O Turismo continua a ser uma indús-tria, agora, em franco desenvolvimento.

Portugal tem dezasseis lugares inscri-tos na lista da UNESCO.

O Canto Alentejano foi o último a fa-zer parte do Património da Humanidade.

O surf em toda a nossa costa atlântica,mas mais em especial na Nazaré e Ericeira,tem trazido milhares de amantes desta prá-tica desportiva.

Portugal continua a ser eleito comoum dos melhores destinos de golfe da Eu-ropa. Os campos de golfe do Algarve têmsido galardoados com vários prémios inter-nacionais.

Na agricultura temos conseguido ser-mos bons naquilo que produzimos.

Portugal tem desde 2010 o maior olivaldo mundo e o nosso azeite continua a serpremiado com altas distinções a par dasque continuam a ser atribuídas aos vinhosportugueses.

Antigamente Portugal era conhecidopelo Vinho do Porto. Hoje em dia todosos vinhos, tintos, verdes, brancos e rosés,do Norte ao Sul, são normalmente bons.Os jovens enólogos têm desenvolvido umtrabalho fantástico que começa a dar osseus frutos.

As frutas e os legumes também têmacompanhado a procura do mercado e asexportações, especialmente, para o norteda Europa, não param de aumentar.

Tenho presente que há muito a fazer eque nos domínios sociais, económico, fi-nanceiro e das políticas para o emprego,para a saúde e para a cultura, são longos oscaminhos a percorrer.

Mas continuo a acreditar que YES WECAN, a esperança tem que ser a última amorrer.

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Natal: VNatal: VNatal: VNatal: VNatal: Verererererdadedadedadedadedade,,,,, lenda, lenda, lenda, lenda, lenda, mito mito mito mito mito• Frei Bento Domingues, OP

O jornal Público, na sua edição de 30-11-2014. Na sua crónica dominicalno Público [30-11-2014], Frei Bento Domingues, um dos mais respeitados teólogosportugueses, publicou o seguinte comentário ao livro do Dr. Artur da Cunha Oliveiracom o título deste artigo:

«Falar do Advento é pensar no Natal. A. Cunha de Oliveira [1], sacerdotecatólico, dispensado do ministério, casado e notável exegeta da Bíblia, publicouuma obra minuciosa, erudita, volumosa, fundamentada e extremamenteclara, cuja leitura é indispensável para quantos se interessam pelaverdade, pelas lendas e mitos em torno do Natal. Não conheço nadade comparável, em português.

O Natal significa que no cristianismo a salvação não se atinge pela fuga ou desprezodo mundo, embora seja essa uma das tentações que, periodicamente, o assaltam.

Foi inscrito, pela pena de S. Lucas, no devir da história universal, colocando a figu-ra mítica de Adão como o primeiro antepassado de Jesus Cristo. No impressionantehino cósmico da Carta aos Colossenses, surge como princípio e sentido de todas as rea-lidades, visíveis e invisíveis. No conhecido poema que abre o Evangelho de S. João, oVerbo eterno fez-se carne, fragilidade humana. Numa dramática poesia de S. Paulo (Fl2, 6-11), Cristo é reconhecido como divino na suprema humilhação dacruz.

Como escreveu E. Schillebeeckx, O.P.[2], a história dos seres humanos é anarrativa de Deus. Fora do mundo não há salvação, neutralizando o nefasto e abusadoaforismo: “fora da Igreja não há salvação”.

Recordo-me, como se fosse hoje, do espanto de muitos quandoele surgiu, no congresso internacional de teólogos dominicanos, emValência (1966), a defender a obrigatória inclusão do mundo na listados clássicos “lugares teológicos”.

3. A virtude do Advento é a esperança. Não pode ser a esperança de que

haverá Natal, mas que este produza o renascimento da Igreja e do Mundo. Precisamosde voltar sempre às narrativas de S. Mateus e de S. Lucas chamadas, impropriamente,Evangelhos da Infância. Para o seu estudo remeto para o citado livro de Cunha deOliveira.

Se forem entendidas como lições de pura história ou de biologia, como tantas ve-zes acontece, fazem-nos perder a esperança de acreditar na verdade mais profunda doNovo Testamento: Jesus Cristo era em tudo igual a nós, exceto no pecado.

Quem melhor escreveu acerca desta virtude do Advento foi o poeta-teólogo,Charles Péguy[3]: O que me espanta, diz Deus, é a esperança./E disso não mecanso./Essa pequena esperança que parece não ser nada./ (…) Que veio ao mundono dia de Natal do ano passado./ (…) Ama o que será./ No tempo e na eternidade.

A esperança merece todos os elogios. Sem ela é impossível viver. Mas melhordo que esperar é ter a certeza de que somos desejados e esperados.Afinal é este o evangelho dentro do Evangelho, a célebre parábolado filho pródigo (Lc 15, 11-31). Deus tem eternas saudades de nós.

NOTAS:[1] Natal: Verdade, Lenda, Mito, Instituto Açoriano de Cultura, 2012[2] L´histoire des hommes, récit de Dieu, Cerf, 1992[3] Os portais do mistério da segunda virtude, Paulinas, 2013

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Na Universidade da Colômbia BritânicaCristiano Ronaldo é motivo de curso!

LUSOPRESSE – A partir de janeiro2015, na Universidade da Colômbia Britânica,Campus Kelowna, situado na cidade do mes-mo nome e que fica no sul da província, maisconcretamente, no Vale Okanagan, será minis-trado um curso sobre o grande jogador portu-guês de futebol, Cristiano Ronaldo.

Com efeito, o professor universitário LuísLeonardo Marques Aguiar – irmão do nossoeditor –, e grande admirador do jogador madei-rense, propôs à Universidade da Colômbia Bri-tânica ministrar um curso sobre o fenómenoCristiano Ronaldo. E, surpreendentemente ounão, a Universidade respondeu da melhor ma-neira, acedendo à proposta do sociólogo. Éassim que, a partir de janeiro que vem, Luís A-guiar estará dando lições de sociologia aos seusalunos do quarto e último ano sobre tão ele-vada personalidade futebolística.

Para além de discutir as «Origens sociais»do craque madeirense, o curso também explo-rará temas como a «Mediatização de Ronaldono Mundo», «Ronaldo e o seu portuguesis-mo», «Ronaldo versus Messi e a mundializaçãodo neoliberalismo», assim como «Ronaldo e adiáspora portuguesa».

Para que o curso tivesse um conteúdo as-saz completo, o professor Luís Aguiar deslo-cou-se à Madeira para, in loco, tomar contactocom as verdadeiras origens de Cristiano Ronal-do. Dez dias a contactar com pessoas e a per-correr as ruas e recantos do Funchal, com des-taque para a Freguesia de Santo António, lugarde nascimento do fabuloso jogador do Real

Madrid, permitiram ao sociólogo reunir dados im-portantes sobre o internacional português de ma-neira a construir o respetivo curso.

De resto, os nossos leitores podem dissose aperceber nesta edição do LusoPresse, ondeo universitário assina alguns textos, acompa-nhados de fotografias, a descrever a sua (pri-meira) passagem pela Madeira.

Pelo que sabemos, esta será a primeiravez que uma universidade canadiana ministraráum curso sobre uma personalidade de origemportuguesa. Melhor ainda, com a chancela deum professor de origem portuguesa!

Luís Leonardo Marques AguiarNatural de Cabouco, concelho de Lagoa,

na ilha de São Miguel (Açores), Luís LeonardoMarques Aguiar emigrou para Montreal aos10 anos de idade. Estudou nesta cidade até aoprimeiro ano da universidade (UniversidadeConcordia), em seguida, agora na UniversidadeMacMaster, em Hamilton, concluiu o seu mes-trado; o doutoramento acabaria por ser feitona Universidade York, de Toronto.

Um mês depois de certificado como pro-fessor doutor, Luís Leonardo Marques Aguiardemandou à universidade em Kelowna, até hoje.

Luís Leonardo Marques Aguiar, que é ca-sado e pai de três filhos, é sociólogo especialistaem «Sociologia do Trabalho», e «Sociologiade Elites».

Já autor de algumas obras sobre, precisa-mente, a «Sociologia no trabalho», Luís Aguiartem intenções de terminar este curso com apublicação de mais um livro. L P

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Simon Bolívar...Outros considerandosOutros considerandosOutros considerandosOutros considerandosOutros considerandos

• Por Luís L. M. AGUIAR

Depois de 19 horas de avião,que me trouxeram de Kelowna à Madeira,escalando Calgary, Frankfurt, Lisboa e, fi-nalmente, o Funchal, estou no ‘roof top’do bar do Hotel Madeira, situado diantedo Jardim Municipal. Deste ponto de vista,só vejo as árvores do jardim, que já percorrie que para além de ter muitas flores, bancos,palco de espetáculos, curiosamente incluium busto de Simon Bolívar, o libertadorde vários países sul-americanos do jugoespanhol. No entanto, acho que se era paradar relevo àquele revolucionário, por quenão pô-lo no centro da cidade, num lugarde maior relevância?

Deste mesmo local, de vez em quando,oiço os sinos da igreja, que ficam nas mi-nhas costas. É tal e qual como quando meencontro em São Miguel, nos Açores, aminha terra... Este edifício, por exemplo,parece ser o mais alto da cidade, talvez porestar construído num dos pontos mais al-tos da cidade. Já visto do lado do mar, nãoé a igreja o edifício que se vê em primeirainstância, isto porque muitos outros pré-dios a encobrem, numa fila que quase chegaao mar.

Impressionantes são também os te-lhados das casas, com telha castanho-laran-ja na maior parte do casario à volta do ho-tel. Mas aqui a telha parece ter um aspetomais estético do que funcional porque elaé colada no telhado, lavada de vez quando,e raramente substituída. O clima é mais se-co do que nos Açores e por isso as telhasnão têm aquele musgo que frequentementese encontra nos telhados das casas açoria-nas, por exemplo.

A ilha da Madeira é muitíssima alta, oque me faz lembrar a cidade de São Francis-co, na Califórnia, com ruas a pico, ondesubi-las é cansativo, com as casas amontoa-das montanha acima... Aqui, as ruas sãoainda mais inclinadas e as casas mais acon-chegadas, como se fosse essencial na cons-trução, pois uma casa protege a outra emplena montanha.

Entretanto, hoje, quarta-feira, umavasta onda de nuvens cobre toda a monta-nha e restantes pontos altos da ilha comoquerendo sugerir que não vale a pena ir pa-ra qualquer outro lado quando se sabe queestamos no paraíso!

Para Cristiano Ronaldo

Agora, na Madeira, é o Funchal o seu poiso• Por Luís L. M. AGUIAR*

Museu CR7Falta a parte humana do Cristiano

• Por Luís L. M. AGUIAR

Como a maior parte das ruas no Funchal, a rua Princesa Dona Amélia é curta,estreita, modesta, mas com dois aspetos distintos. O primeiro é a vista espetacular domar ao fim da rua e a segunda é o que há no interior da morada número 10. É aqui queexiste talvez o museu mais famoso da ilha – o Museu CR7.

Inaugurado em dezembro 2013, e com 100/150 visitantes por dia na estação baixado turismo, os números duplicam por dia no verão. Concebido pelo irmão Hugo, quetambém gera o museu, Nuno Mendes (primo e meu guia pessoal e orientador do dia-a-dia no museu), diz-me que o Cristiano Ronaldo só passa por lá uma vez por ano, e queinfelizmente para mim esta “vez” não é a boa. «Imagine, diz-me, parece que hoje está naSuíça a disputar a Liga de Campeões!» Aparentemente, tenho mais “chance” de ganharo “jackpot” no Hotel Casino Madeira (que acolhe o museu) do que apanhar o Ronaldoaqui, hoje, ou em qualquer outro dia.

Uma senhora ao canto da rua diz-me para descer e aponta-me a seguir a placa CR7tesa e segura, presa do lado do prédio, quase ao fundo da rua Princesa Dona Amélia. Àprimeira vista, nada de especial nos chama a atenção para a morada número 10. (Maistarde, pus-me a pensar até quando que o número 10 passará a ser o número 7...). Duasou três portas antes do museu há um café típico da ilha a servir bolos, pasteis, queijadase, claro, café aos poucos mas fiéis e “regulares” clientes. Em frente ao número 10, há umbaldio de erva alta, muito cerrado, com uma corrente e um anúncio de arrendamento pa-ra parque de estacionamento. É interessante verificar que o poder de atração do MuseuCR7 não seja suficientemente decisivo para que alguém queira “desenvolver” aquele es-paço. Quando o Nuno me informa mais tarde que antes do museu o lugar agora ocupadonão era nada de significativo, eu penso que este tipo de espaço “perdido” deve já ter paraele uma qualquer ideia. A frente do museu foi remodelada com vidros, mas não me pare-ce nada de extravagante, nem sequer indica logo ao visitante o peso e presença do que es-tá por detrás daquela vitrina.

Tudo muda. Ao passar pelas portas vidradas dando acesso para o lobby do museu,um “portão” moderno com um gigante e imponente “poster” do Ronaldo (ver foto)cobre de lado a lado as portas eletrónicas desse «portão» que dá acesso ao museu. O mu-seu é grande, claro, brilhante, assim que estéril ao caso das muitas “caixas” de vidro queseparam os visitantes dos troféus e vários prémios individuais e coletivos, ganhos ouadquiridos pelo Ronaldo através da sua ilustre carreira. Os troféus estão organizadoscronologicamente, começando pelos seus primeiros passos de futebolista no ClubeAndorinha, depois no Nacional, Sporting, Manchester United e finalmente no RealMadrid. Estão todos aqui – as três Botas de ouro, as duas Bolas de ouro e um espaço jáidentificado para a Taça da Liga dos Campeões, ganha a época passada pelo Real. Os tro-féus coletivos são réplicas montadas nos pódios do museu, enquanto os individuais sãoautênticos. Talvez o mais impressionante seja a estátua de cera do Ronaldo, com di-mensões exatas a ele e que está montada no centro do museu, logo visível quanto o visi-tante passa a porta de entrada. O Ronaldo não só é alto (no dia da minha visita ninguémpresente chegava à sua altura) como é forte e resistente. Quanto mais esforço é feito pa-ra o “normalizar,” mais o físico de Ronaldo é imponente, mesmo intimidador!

O Museu CR7 não dá espaço ou identidade ao Ronaldo se não o de futebolista. Épena porque a oportunidade de lhe representar com outras dimensões – e então maishumano – foi perdida. Gostava de ver documentação de casos humanitários, onde setem envolvido, e também recortes de artigos de jornais a falar do Ronaldo. Ainda mais,a representação, admiração e identidade do Ronaldo na diáspora portuguesa não existeno conteúdo do museu. É pena porque o Ronaldo duma certa maneira não é só da Ma-deira; é sim de todos os Portugueses.

Por fim, cheguei a Santo António,mais precisamente ao seu centro cívico. Foinesta freguesia que nasceu o Cristiano Ronaldo.Subi, a pé, os 4 km de distância entre o hotelonde estou hospedado e o centro do Funchal,acompanhado pelo sol, entremeado por umachuva tão miudinha que até dava para ficarpresa nos óculos. Qualquer coisa que, porvezes, chegava a ser irritante. Enquanto o sole a chuva iam e vinham, o vento esteve sempre

omnipresente, de tal maneira que a senhora aquem pedi a direção (os tabuleiros indicativosdas vias para as várias localidades nem sempreeram claros e não me queria perder porque aestafa das subidas íngremes e extenuantes àprocura de uma habitação situada num autênti-co pico) me tentou desencorajar da caminhadaa pé, visto que podia ser perigoso, ao dizer-mepara me proteger dos galhos das árvores que ovento fortemente agitado e em consequênciadisso me podia cair em cima e me magoar.Mas como vim ao Funchal com o propósitode conhecer o “background” do Cristiano Ro-naldo, para me informar e me enriquecer dematéria suficiente para ministrar um curso naUniversidade sobre ele, que vou oferecer emjaneiro aos meus alunos, mandou mais alto!Persisti a subir os 700 metros de elevação, desdea rua da Carreira, passando depois pela estradada Universidade e, por fim, chegar ao caminhode Santo António apenas orientado pela ribei-ra que transporta a água do norte para sul ecorre pelo meio da cidade. (Por acaso, as váriasribeiras que desaguam de norte para sul e pas-sam pelo «miolo» da cidade) Nessa caminhadatambém tenho que dizer que fui seguido pelomais lindo arco-íris que jamais vi. Não só ascores eram vibrantes, claras, definidas uma daoutra, como estavam instaladas como um do-mo logo por cima das últimas casas da Fregue-sia de Santo António, ponto mais alto da mon-tanha. E maravilha das maravilhas, de vez quan-do aparecia outro arco-íris logo por detrás deoutro, num espetáculo nunca visto!

De vez quando pensava em voltar atrás epegar num táxi para não subir a ladeira, que meparecia sem fim. Antes, o empregado do hoteljá me tinha dito de fazer exatamente isso e, en-tão, depois, descer a distância a pé. Mas comosou teimoso e com medo de não me aperceberde sinais importantes marcando as ruas, pré-dios e habitações do urbanismo da Madeira,baixei a cabeça, abotoei o casaco e comecei acombater o vento com atitude e determinação.De vez quando passava por um cidadão queatravessava uma pontezinha – que me pareciaprecária – para ir para o outro lado da ribeiraou então entrava num carro à sua espera dianteda Universidade ou do Tecnopolo da Madeira.As palavras entre nós eram poucas, e encon-trava alguns a dar-me uma piscadela de olhosestupefactos com o meu «trek».

Mais tarde, agora sentado num café emfrente do Centro de Saúde e Segurança de Santo

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O Professor Luís Aguiar ainda teve tempo para dar uma volta pela lota do portode pesca do Funchal.

Cont. Pág. 20, Ronaldo...

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Centro Comunitário de AnjouSonho e magia de Natal ao alcance da criança

• Por Adelaide VILELA (texto e fotos)

Chega o Natal e faz-nos anunciar anoite do Menino que treme de frio e necessitade vaquinhas e de um estábulo para que os se-us Santos Pais o possam aquecer, sem mais

demoras. Isolados, os homens de pouca Férenunciam ao Amor, à Paz e à Harmonia, quan-do deixam nascer o pequeno Deus na noitegelada entre animais. Eis que brilha no Céuuma estrelinha anunciando o nascimento deJesus em Belém. E tudo o que era escuro se ilu-

minou: o gelo derre-teu-se no mundo e nocoração do homem,os rios voltaram acorrer; a calmaria vol-tou aos mares; osventos serenaram-see até os animaizinhospastorearam satisfei-tos saciando a sua fo-me. Todavia, ficaramalguns icebergs nocoração de algunsmal-amados. São es-ses que desencantama humanidade e cau-sam as tempestadesque afundam o mun-do em que vivemos.Eles quebram pro-messas, mentem,provocam desgraçasinventando impossí-veis; eles ocultam des-cobertas e aconteci-mentos importantesque podiam conside-ravelmente mudar omundo, para que cadaum de nós fizesse daterra o seu próprioparaíso.

O refrão destamelodia traz-nos ocalor do Natal que vi-ve no sonho da crian-ça. Ah! Como bela éa vida e a magia quetransforma o pensarinocente do menino,que espera ardente-mente pelo Pai Natalcarregado de prendi-nhas! No Natal daCriança, no dia 13 dedezembro, lá fora, ofrio rachava passeios,árvores e nuvens nocéu, dentro, no Cen-tro Comunitário do Divino Espírito Santo deAnjou, a magia e o sonho consolidavam aque-les espíritos ino-centes.

Este foi dos melhores e mais interessantesconvívios, organizado pelo Centro, para con-tentar os pequeninos. Na origem do sucessoesteve a maquilhadora que pintou o rostinholindo de cada uma das crianças, oferecendo-lhes ainda mais felicidade e encanto. A seguirchegou a Fada das Neves, antes do Pai Natal,veio vestida de branco e trazia os cabelos cor-de-laranja. Um à parte: se os pais são bonitosa filha é uma autêntica princesa atlântica, ela éa Conny Pimentel. A fada cantou, dançou eencantou os pequenitos que se portaram àsmil maravilhas. E numa roda-viva todos clama-ram: Pai Natal, Pai Natal, Pai Natal! Finalmenteapareceu... lá, ao fundo! Pobre, vinha cansadoe por isso foi chegando lentamente com o sa-co às costas. Vinha de longe, muito longe, doPolo Norte. Bravo Pai Natal, gabo-lhe a paciên-cia! Obrigada pelo carinho imenso e pelos ges-tos de amor que teve para com as crianças. Es-

sa é a magia que se quer, o gesto de amor, amão que acaricia o menino, sempre que hajaNatal: que nasça Natal a cada dia, no coraçãodo homem e no regaço da mãe!

A Direção do Centro Comunitário do Di-

vino Espírito Santo de Anjou aposta e arriscabem. O jantar, tanto para as crianças comopara os pais, foi muito bem servido e entrounas delícias da festa e da noite. Até tivemos di-reito a uma excelente fatia de bolo de chocolatee café. Que bom, valeu pelas calorias ingeridas!

Tudo o que aconteceu vai poder ver hoje,manhã e sempre, ficou gravado para a posteri-dade. A LusaQ TV esteve presente, veio filmara festa da criança. O Norberto Aguiar, a esposa,a filha Petra, e o genro trouxeram as duas prin-cesas e o principezinho da família. A seguir, àautora destas linhas foi-lhes entregue a respon-sabilidade de promover a festa da televisão quechega (agora) a passos largos, logo ao nascerdo Ano Novo, 24 dias depois, em janeiro. Quetudo corra à altura dos desejos da equipa daLusaQ TV. Estamos convencidos de que oprograma é excelente, por isso todos virão as-sistir ao espetáculo.

Como não há festa sem música, ouvimosmelodias de Natal e cantos e cantigas de outras

Cont. Pág. seguinte...

No Centro Comunitário do Espírito Santo de Anjou a festa deNatal teve muita alegria, não estivesse cheia de crianças, dossócios e de alguns amigos. Quem não esteve com cara deamigo, pelo que se vê na foto, foi o Shéu. Parece que o PaiNatal não o convenceu...

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Todos à nora...• Por Osvaldo CABRAL

Eu nunca vi processo tão malconduzido como este da vinda das low-cost.

Perante uma mão cheia de dúvidas ede questões por esclarecer, os responsáveispelos transportes e turismo da região man-têm-se numa passividade nunca vista.

Até parece que não há vontade de queas coisas corram pelo melhor.

Não admira, pois governo e SATAandaram sempre em estado de negação.

Em 2009 o governo regional dizia quenão concordava com a vinda das low-costporque “elas queriam operar apenas em S.Miguel”.

Em 2013 a SATA dizia que as low-costnos Açores “era um mito”.

É verdade que o discurso agora é outroe só temos que dar as boas vindas à evolu-ção, mas é preciso que a prática seja maisdi-nâmica em termos de esclarecimento àopinião pública sobre as inúmeras questõesque se têm levantado relativamente a estaoperação.

Em todas as ilhas há um enorme des-conhecimento sobre a história dos reenca-minhamentos, das tarifas, do que é low-cost e do que é obrigações de serviço públi-co, como se conjugam os dois cenários,qual o papel dos operadores de turismo epor aí fora.

A poderosa máquina governamentaljá devia estar no terreno, há muito tempo,a esclarecer os cidadãos e os operadores,sobretudo os que lidam com o sector turís-tico.

Até alguns partidos, como o Blocode Esquerda e o CDS da Terceira, andamatarantados com o novo advento.

Em vez do Secretário da tutela ir de ar-rasto para as conferências das companhiasde low-cost, ele já deveria ter posto toda amáquina promocional a reunir com osoperadores destas ilhas, desde restauraçãoa táxis, agentes de viagens e rent-a-cars.

A própria ATA – Associação de Tu-rismo dos Açores –, que ninguém sabe seainda funciona, já devia estar no campo(não das vacas nos Restauradores), a escla-recer os operadores sobre a nova estratégiapromocional, porque tudo agora é dife-rente.

Naturalmente que as companhias low-cost vão necessitar do apoio promocionalda ATA. E a pergunta que agora toda agente faz é esta: a ATA tem na sua adminis-tração um administrador da SATA. Nãohaverá aqui conflito de interesses?

Tudo muda, por mais que custe à pró-pria SATA.

E se as low-cost vão chegar, devemosagradecer à SATA.

Foi ela – ou melhor, os seus adminis-tradores e tutela – que mergulharam a cabeçana terra durante estes últimos anos, igno-rando a pressão popular e o sector turísti-co, nunca imaginando que um Secretáriode Estado descobrisse o ovo de Colom-bo...

Se tivemos quase 1 milhão de passa-geiros em Ponta Delgada no ano passado,imagine-se se este volume duplicar.

Não é só o turismo micaelense que fi-ca a ganhar. É todo o arquipélago que bene-ficia com a notoriedade, com os possíveisencaminhamentos e com a potencialidadepromocional destas companhias interna-cionais.

A seguir virão as rotas de Boston eToronto, que precisam também de umarevolução.

O famoso “Plano Estratégico” da SA-TA, de que não há fumo branco que sevislumbre, é o testamento da companhiaregional.

Se está a ser elaborado tarde e a máshoras, e provavelmente por gente que nãopercebe de aviação, o mais provável é quevamos ter uma aterragem turbulenta nomundo real, acordando os seus responsá-veis da doce navegação nas nuvens virtuaisdo monopólio arrogante.

Custa ver uma companhia que foi nossa– agora é da gente política – a perder um po-derio aéreo marcante na nossa História.

Mas a política, como tenho dito, dácabo de tudo.

Deu cabo da RTP-Açores, deu caboda Universidade, dá cabo agora da SATAe, no próximo ano, vai dar cabo da lavoura.

Da lavoura?Exactamente, é um comportamento

padrão.Tal como as low-cost, só vão medir as

consequências do fim das quotas leiteiras,quando elas cá chegarem.

Até lá... andam todos à nora. L P

origens, com o nosso DJ Machado.E para pular, fazer abanar o corpo e abri-

lhantar as ideias chegou o roqueiro mais sim-pático de Montreal, o Jimmy Faria. Logo queo nosso artista pegue no microfone a pistacompõe-se e enche-se de luz, cor, alegria, ener-gia e vontade de romper a sola do sapato atéao nascer do Sol.

Para concluir e pela parte que me toca estoufeliz por ter levado, por minha conta, gente demais duas nacionalidades, marroquina e canadi-ana. Espero que outros façam igual. Dizem,pois, que a língua e a cultura portuguesas estãona moda, mas o mais importante é partilhá-

las em convívios salutares como o deste Natal,ao revés de apontar uns aos outros os defeitosdela.

Parabéns à Direção do CCDES de Anjou,a minha mais profunda admiração pela formaincansável e determinada como receberam osconvivas, ao longo dos dois mandatos, naquelaque é uma Casa onde todos trabalham e nadaganham, apenas vale e prevalece o valor daamizade.

Estou certa que nos próximos anos a vidado Centro continuará a beneficiar do mesmosucesso. Felizmente que ainda há pessoas quelutam pelo nome de Portugal no mundo!

CAROS LEITORES, FELIZ NATAL EPRÓSPERO ANO NOVO!

SONHO...Cont. da pág anterior

L P

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Peixaria SPeixaria SPeixaria SPeixaria SPeixaria S. Mi. Mi. Mi. Mi. Miguelguelguelguelguel

Boas FestasBoas FestasBoas FestasBoas FestasBoas Festas

de Natalde Natalde Natalde Natalde Natal

4804, St-Urbain4804, St-Urbain4804, St-Urbain4804, St-Urbain4804, St-UrbainMontréal - 274-8553Montréal - 274-8553Montréal - 274-8553Montréal - 274-8553Montréal - 274-8553

Temos todas as qualidadesTemos todas as qualidadesTemos todas as qualidadesTemos todas as qualidadesTemos todas as qualidadesde peixde peixde peixde peixde peixe fre fre fre fre fresco e conesco e conesco e conesco e conesco e congggggelado imporelado imporelado imporelado imporelado importadostadostadostadostados

de Portugal.de Portugal.de Portugal.de Portugal.de Portugal.Também todas as qualidades de marisco.Também todas as qualidades de marisco.Também todas as qualidades de marisco.Também todas as qualidades de marisco.Também todas as qualidades de marisco.

SERSERSERSERSERVIÇO PERSOVIÇO PERSOVIÇO PERSOVIÇO PERSOVIÇO PERSONNNNNALIZADO!ALIZADO!ALIZADO!ALIZADO!ALIZADO!

P R E Ç O S I M BP R E Ç O S I M BP R E Ç O S I M BP R E Ç O S I M BP R E Ç O S I M B AAAAA T Í V E I ST Í V E I ST Í V E I ST Í V E I ST Í V E I S ...visite-nos sem hesitar ...visite-nos sem hesitar ...visite-nos sem hesitar ...visite-nos sem hesitar ...visite-nos sem hesitar

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Pedra de Toque

Uma Ilha de bom humor• Por Lélia Pereira NUNES

Parafraseando Luís Fernando Ve-ríssimo, para quem as crônicas de Sérgio daCosta Ramos em “Sorrisos meio sacanas”foram salvas do destino natural da espécie– e estavam em livro porque mereciam “estaeternidade” – as crônicas de “MolecagensVernáculas” também merecem o amanhã,porque apaixonam o leitor pela sua irreve-rência e estilo. São deliciosas, refinadas, líri-cas, marcadas pela ironia típica da cultura“Mané” – um legado, talvez, da atmosferade seus ancestrais açorianos da Ilha Terceira,em que paira uma certa inclinação pelo mo-tejo, o dito mordaz, o espírito gozador.

Se fosse um pintor, diria que o seupincel mergulha no vermelho vivo e noamarelo fulgente, jamais se repete nos en-tretons ou pincela cores mornas e frias.Sua pena atrevida flana, livre, pelos cenáriosda Ilha. E seu olhar arguto se debruça sobreas sutilezas da vida insular, fonte inesgotá-vel de sua inspiração – que também sabefranzir o cenho e se indignar, quando o as-sunto é política.

Em “Molecagens Vernáculas”, 95 crô-nicas agrupadas por temas, ele compõe oseu país “crônico” e hilário, aproveitandoa circunstância de que a realidade, no Brasilde hoje, já nasce como piada, com som,enredo e gargalhadas. Para se ter uma boaideia da diversidade cultural do livro, bastaespiar o sortimento do índice: Pra começode conversa; Eleiçõ[email protected] ; Brasil, brasi-leiro; Lá e Cá, com sabor ; As QuatroEstações; Afetos da Ilha Mulher ; Só praInticar; Da Mulher e do Amor e CumulusNimbus.

Sérgio pinta, escrevendo. Suas crônicasrevelam leveza poética ao alongar seu olharenamorado, descrevendo a beleza da Ilha-Mulher ou a paisagem vista do morro daLagoa da Conceição, como se sua pena fos-se o pincel impressionista de Monet e, aspalavras, as cores de um arco-íris que ele vaiderramando na tela daquela crônica-em-blema:

“A Ilha é mulher bonita de dorso verdee dourado, costões sensuais, reentrâncias pro-missoras, praias abertas e coxas hospitalei-ras, tem sexo híbrido e surpreendente –varonil como um promontório, abrigadocomo enseada de filme de pirata”.

Ora sua prosa é assim lírica, ora relam-peja, contundente, incisiva, intolerante ecrítica frente a situações de descaso e desres-peito ao cidadão – ou se algo ou alguémameaça a qualidade de vida e as tradiçõesculturais do seu torrão natal, Florianópolis.

Sérgio sabe, como ninguém, desven-dar a intimidade da Ilha ao trazer à baila osusos e costumes de uma cidade guardada namemória coletiva da sua gente. Inquieto,não se cansa de cutucar, inticar, fender amodorra dos nossos dias, mexer com onosso imaginário e com recordações deuma época que ficou para trás. Mas o autoré mais lúdico do que melancólico em seusaudosismo. Sua pena navega, livre, por sua

Ilha querida e por outros mares – seja poreste “Brasil, brasileiro”, seja por ou-trasmargens, no além-mar, berço da ÚltimaFlor do Lácio, no louvor poéti-co de OlavoBilac. No seu jeito viageiro e “culturalista”vai buscar na margem do Tejo ou nas lavasda Praia da Vitória, berço an-cestral, histó-rias desfiadas em crônicas mo-lecas, numjogo irónico de benfazejo hu-mor, no “Láe cá com sabor”. Apetitosas como – Través-tis, Viagem de Livro, Lisa e Fresca, Quitan-da Ambulante, Rabanadas e Queijadinhas,Ilha sem Mar, Amores So-fridos. Vale con-ferir em Velha Língua, o seu amor pelo ver-náculo quando, a certa altura, afirma: “Sim, oportuguês falado nas novelas está a caminhode se tornar a primeira língua falada pelosherdeiros de Luís Vaz de Camões. Prefiro ouviro relicário castiço de um povo que fala impeca-velmente a sua língua, e que mesmo na suainstantânea e apressada versão oral, jamaisapedreja a frase com um pronome mal colo-cado.”

Sérgio da Costa Ramos é uma das maisinfluentes vozes da literatura catarinensecontemporânea, com uma expressiva e fes-tejada produção literária, comprobatória dariqueza do seu labor diário no domínio dapalavra, da escrita escorreita e leve que nosprende da primeira à última linha, seja a fa-lar de multivivências, seja no conduzir oleitor pelos caminhos da ficção em enredosfascinantes, calcados em factos do cotidi-ano e saídos da sua incrível capacidade defabulação.

Com Sérgio aprendemos que ele tam-bém é um moleque alegre, que carrega ailha no coração. Uma Ilha cercada de bomhumor por todos os lados.

L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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Os proprietários:Joe Melo - Carlos Cabral - Carlos de Sousa

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Página 1318 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Meia NoiteNa encosta da montanhaa choupana adormeceue na lareira sem lenhao lume se esvaneceu.

No reduto que faz camade frio um corpo tremeuveio um raio cor de chamade calor a choça encheu.

Passa um anjo cantandoao mundo anunciandoum presente sem igual.

Vai nascer o Deus meninoé meia noite e o sino:diz a todos que é Natal.

© Laureano Soares

O Natal do Lincas na América• Um conto de Adelaide Ramos VILELA

Lembram-se do Blandino, aliás, doLincas? Não se lembram? Ele nasceu na Ajudadas Furnas há uns dez anos. Então, ele é o ra-pazinho franzino, magricela, muito bonito,de olhos muito azuis, de cabelo ruivo, brilhan-te, sempre enriçado no ar. Lincas, é ele mesmo!Sabem. Quando ele nasceu o pai debruçou-sesobre o berço dando um grito malvado e dedesespero: – Nunca mais te quero ver Lincas.Entretanto, embarcou... só Deus sabe para on-de! O recém-nascido ficou ao cuidado da avóvelhinha e doente.

O Lincas cresceu com um ar frágil, muitodelicado, mas faz das suas diabruras. Comonão tem a fortaleza dos miúdos da idade dele,imagina-se forte como um gigante habitandoo mar azul da Prainha.

Da soleira da porta da avó lança umas pe-dritas redondinhas aos amigos e diz-lhes coisastão tolas que faz rir os mais palhaços e encres-par os cabelos dos outros de ar mais sério.

– Oi, ó patas rapadas, eu sou tão forte queaté deito lume p’los olhos quando me zango!Três dos quatro que iam passando, ouviram enão ligaram importância ao atrevimento doLincas. Mas um deles que também sofre de di-abruras, fez finca-pé e deu uma corrida com ointuito de malhar no Lincas. Os amigos acalma-ram-no e, desta vez, o atrevido salvou-se deboa.

No dia seguinte o rapazito de pai fugido(como alguns lhe chamavam) provocou de no-vo os amigos mas o finório foi a correr escon-der-se... finório, sabe que se não se agachar háhistória. Por isso, parece um foguete. Logo,mete-se no meio das cortinas, na única janelaque faz entrar o Sol, na casa da avó. Enquantovigia os amigos, até os ver escapar ao longe,vai escutando o marulhar das ondas louquinhasquando abraçam a areia da Prainha.

Lincas e a avó vivem pertinho do mar.Num clima ameno no verão mas furioso noinverno.

É verdade que por ser mais pequenito etravesso o Lincas, às vezes, leva umas chapadasdos rapazitos mais velhos da Ajuda. Mesmoassim não se importa porque tem amigos atre-

vidos e valentes que o defendem. E com esses,ele tem mil formas de prazer nas diferentesbrincadeiras do dia. Brinca aos piratas de na-vios, corre ao redor das rochas negras luzidias,salta e sonha com a América. Há quem digaque o pai dele emigrou para terras americanas.

Às vezes mete-se-lhe na cabeça roubar obarco do “ti” Zé moleiro e ir à procura do paique não conheceu. Pensa em escrever-lhe e lo-go pede ajuda à professora que por ali passanaquela tarde a caminho da casa da ricaça. Masmandar a carta, para onde? A avó que vinha achegar, embrulhada no xaile preto, só se lhevia a pontinha do nariz comprido, ouviu todaa conversa.

– Escrever, nem pensar em tal. Ó rapaznão há mais nada que fazer senão pensar noslivros. Valha-me Santo António. Tu não vêsque livros não racham lenha nem guardam ga-do. Ao ouvi-la o Lincas fica em silêncio e pen-sa: – Um dia vovó há de mudar de ideias.

– Ao menos para me deixar ir às aulas, asenhora Clarinha do duque, a ricaça, lá conven-ceu a minha velhota. De qualquer jeito ela fazo que a rica lhe manda. E todos sabemos queavó fica numa alegria de grilo, que canta escon-didinho no buraco, quando chega a casa, aosdomingos depois da missa do dia. Traz semprecomida para nós. Hoje, por exemplo, carregueieu com uma saca de batatas da terra e dois bo-los de massa sovada. A senhora Clarinha tembom coração, é graças a ela que aprendo a lerqualquer coisa.

Um, dois, três, lá vai ele cantarolando pelaencosta abaixo. Levando aos ombros uma sa-cola rota com um livro, um caderno e um lápis.Afasta-se a correr até chegar à escola primáriade Cantarela, ainda fica longe. Frequentar asaulas para ele, acontece uma dúzia de vezes noano. Um dia de escola tem menos significadoque as festas de Santo António da Ajuda.

O rapaz caminha que nem um foguete delume por aqueles caminhos fora, venha chuvaou sol nunca se preocupa. Só que um dia aodescer do seu monte de sonho ouviu um baru-lho tão ensurdecedor que mais parecia que osom tinha saído do inferno. O ranger das pe-dras parecia obra do diabo e o rapazinho en-cheu-se de medo a partir desse dia. Contam-seas vezes que as gentes da povoação o ouviamrezar. Tudo porque o vento ao assobiar esven-trava a terra e derrubava as árvores que o Lincastanto amava. Nas Ilhas dos Açores os vulcõessão naturais e alguns nascem do fundo do Oce-ano, de mil e uma cores lindas, brilhantes comoas estrelas do céu!

O menino da vovó descia depressa e reza-va assim: “Senhor Santo Cristo dos Milagresnão abras barrigas na terra, não deixes o meumar atlântico vomitar fogo. Se me matas oume queimas nunca mais sei ler. Olha que eunecessito de aprender o caminho que me levaráà América do meu pai. Ó Pai do céu e da minhamãe morta protege as vaquinhas senão acaba-se o leite para eles e para mim”.

Até há quem diga lá na vizinhança que oSanto ouvia as preces do garoto.

Todavia, ainda que na povoação fizessemtroça dele por não saber ler como os outros,Lincas sentia-se feliz com o que aprendia. Ma-ria dos Anjos Melo, outra professora, encoraja-va-o sempre:

– Meu menino, grão a grão enche a galinha

o serrão. Estuda muito e um dia aprenderás aconhecer a geografia do país da América queacolheu teu pai.

– Misericórdia senhora professora, isso éque eu quero. Eu ainda hei de dizer aquele coris-co porque me deixou com minha avó.

De todas as maneiras conhecer o pai,sempre foi um dos objetivos do Lincas. O paidele abandonou-o com a raiva que guardouquando a mulher morreu ao dar à luz.

Desde o falecimento da avó, o garoto eramuito infeliz. Vejam bem que havia quem dis-sesse que ele andava a pagar o que o ordináriodo pai fez anos a fio antes de emigrar para aAmérica. Consta-se que nem lá para Fall Riverele tomou juízo. Passa a vida a menosprezartoda a mulher. Parece que todas lhe têm culpada Benzina ter morrido aos vinte anos.

Pobre Lincas abandonado, ao Deus dará.Sabe-se, contudo, que o pequenino deixou aescola quando perdeu a avó e arranjou um tra-balho de guardador de vacas a troco de um bo-cado de pão e de uma malga de leite. Infeliz-mente nem sempre pode saciar a fome e a sede.Travesso e irrequieto, deixa fugir os animais eentretém-se no monte a brincar com os grilose os gafanhotos.

É dia do aniversário de Blandino e ele sen-te-se triste, como a escuridão da noite. Comple-tamente sozinho, deita-se no tapete verde domonte, no campo de pastagem do gado. Aque-le lugar serve-lhe de cama vezes sem conta?Arrepia-se e sente que a solidão o invade...Mesmo entre verdes cercados de hortênsiascoloridas, ele clama: “O que sabe de mim otempo. O tempo não deve existir. O temponão tem razão de ser. Eu quero é morrer agora...Estou a mais de mil metros de altitude. Ei…Olha lá para baixo. Mas sou mais alto que omar?! Vou morrer. Quero ser feliz, quero so-nhar. Quero alcançar a lua e o fundo do oceanoe ir para além do horizonte. Quero avistar omistério que me fez nascer e perguntar à minhamãe porque partiu e me deixou sozinho. Querogritar bem alto: Pai, eu odeio-to. És um maldito.O Lincas não gosta de ti”.

De tanto chorar, formaram-se fios deágua que corriam pelo monte. Até as hortênsiasque cercavam o campo baixaram as pétalas eas folhas arrastavam-se no chão como mortas,como se tivessem compreendido o desesperodo garoto.

– Ó Meu tesouro, és tu? Ouviu-se umavoz tão linda e tão clara que mais parecia ter si-do transportada por uma faísca de vulcão.

– Acredita em mim. Vais ser feliz. Nestes

Açores perdidos há tantas coisas lindas que tuainda desconheces. Se quiseres, até podemosvisitar a cidade do amigo em Portugal. Vamosver a Serra da Estrela? Vamos meu filho, vemcomigo. Sabes, meu querido, ia dizendo aquelavoz: – Havia um homem velho que várias vezestentou deitar-se ao mar. Porém, quando chega-va ao rochedo negro da Prainha Santa choravaarrependido.

– Mãe olha que nuvem tão linda! Mãe olhavai rebentar. Ai tão branquinha e tão cheia desol. Mãe, mãe, o sol daquela nuvem é prateado.Olha a avó a dizer-me adeus. Vou para juntodela e serei feliz.

– Escuta: o tal homem de que te falei pen-sava sempre naquilo. Sabes, os meninos, talcomo os homens, quando sofrem são invadi-dos por muitos pensamentos. Quando foresgrande e tiveres pensamentos como os do ho-mem que queria pôr termo à vida terás que en-frentar duas armas: a da cobardia e a da coragem.Aprenderás a viver escolhendo a vida em detri-mento da morte. Os momentos difíceis nãoduram sempre. E os homens corajosos sãoaqueles que aprendem a lutar sem se sentiremderrotados. Hoje dormes ao relento, um diadormirás em berço de oiro.

– Mãe, olha lá vem a nuvem. Ela tem umacara redondinha e cabelos cor-de-rosa. É Natal!Eu vou ver a neve. Vou ser feliz na neve. OFrancisquinho foi à terra da avó, à Covilhã, ena noite de Natal a cidade ficou feita num man-to prateado. Os vasos das janelas transforma-ram-se em flores brancas luminosas, (iii) e, eutambém lá quero ir.”

– Bom dia. Quem é o senhor?– Bom dia, menino. Sou João Pinto, um

amigo e trago-te presentes. Vivo como a mi-nha família que gosta de partilhar as prendasde Natal com os mais pobres. Comprei imen-sas coisas, trago-te estas lembranças agora ecoloquei mais algumas para ti e para os meusfilhos, tudo, em carreirinha no presépio.

– Mãe estás aí? Pensei que fosses tu a falarcomigo.

Não obteve resposta, mas nem por issose preocupou. A vontade de ver a neve tirava-lhe todas as preocupações.

Que sonho lindo e profundo!– Já estou no alto da Serra da Estrela. Ó

como é grande, linda, rochosa, que formosa eprateada! Olha que belo macho leva aquele ho-mem a descer a Serra! Que altura! Tenho medomas vou deitar mais uma olhadela para baixo.Mas, tudo se parece com o meu monte açoria-no!

Cont. Pág. 28, Natal do Lincas...

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Página 1418 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

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Cantinho de Lisboa distinguido• Por Norberto AGUIAR

De vez em quando, a Comunidade Portuguesa desta provín-cia aparece em destaque nos órgãos de Informação locais e nacionais.

E na grande maioria das vezes as referênciassão positivas, não fossemos uma comunidadepacata e de trabalho. Quando esses destaquesacontecem, verdade se diga, regozijamo-nossobremaneira.

Desta vez o destaque vai inteirinho parao novo «resto-boutique» Cantinho de Lisboa,que sob a pena de Thierry Daraize, um especia-lista gastronómico com bastante espaço nomeio da restauração quebequense, foi classifi-cado nos seus «10 lugares preferidos da cidade».

Para justificar a escolha, Thierry Daraizeconsidera que «Entrar neste resto-boutiquegourmande é como receber um grande abraçoou receber uma prenda – os dois ao mesmotempo, porque não. Acessórios, produtos fi-nos, práticos objetos decorativos… O melhorde Portugal, quoi!»

Reforçando o seu raciocínio, Daraize con-clui a sua tirada dizendo que «a cada uma dasminhas visitas descubro sempre qualquer coisa

de novo, e de muitobom. Uma ode à«gourmandise», comchancela de HelenaLoureiro.»

Estas afirmaçõesde Thierry Daraizevêm seladas numa re-cente edição do Jour-nal de Montréal e on-de o articulista, em jei-to de revista de fim deano, elabora a lista dos10 locais gastronó-micos de que maisgosta em Montreal.

No alto da listados seus «10 coups decœur», o gastronómi-co avança com osrestaurantes «Euro-

pa» e «Thursdays». Daquele diz mesmo quefoi onde «… teve o repasto gastronómico doano».

Para além da «sua» positiva lista de restau-rantes, o conhecido especialista nota no seuartigo que a restauração em Montreal não estáfácil, dando o exemplo de grandes casas queforam obrigadas a fechar, como o «BeaverClub». De resto, ele avança com o número de30 restaurantes que este ano fecharam as portas.

No entretanto, «abriram em 2014 mais 50novos restaurantes».

Concluindo, está de parabéns a equipa doCantinho de Lisboa por mais esta simpáticareferência, servida numa bandeja de mais demeio milhão de jornais.

Cantinho de Lisboa - A LusaQ TV e o LusoPresse estiveramlá, em maio, no dia da inauguração. Fotos Jules Nadeau/Lu-soPresse.

L P

Fobia de andar de avião…Afeta um em cada três portugueses

LISBOA – Um em cada três portugueses considera ser perigoso etem fobia de andar de avião, apesar de este ser um dos meios de transportemais seguros do mundo, revela um estudo pioneiro em Portugal sobre a pre-valência da ansiedade do voo.

O estudo “Prevalência da ansiedade de voo numa amostra da populaçãoportuguesa”, apresentado recentemente na Ordem dos Psicólogos Portuguesese numa conferência internacional, em Malta, sobre psicologia da aviação, re-vela que há um conjunto de perceções que estão distorcidas, segundo CristinaAlbuquerque, uma das autoras.

“Trata-se de um estudo pioneiro em Portugal, e o interesse neste tipo deassunto é perceber como as pessoas veem o transporte aéreo. A perceção quetêm de como é que, sendo um meio de transporte tão seguro, pode levar a quecerca de 30 por cento dos inquiridos considere ser perigoso andar de avião”,explicou em declarações à agência Lusa.

De acordo com dados de segurança da Associação Internacional de Trans-portes Aéreos (IATA), em 2013 ocorreu um acidente por cada 2,4 milhões devoos, não querendo dizer que estes tenham sido fatais.

Cristina Albuquerque sustentou que há a “ideia distorcida” de que numacidente aéreo “ninguém sobrevive”.

“Temos esta realidade, que são os factos, a estatística, e de outro lado, te-mos a perceção do comum dos mortais de que viajar de avião é perigoso. Éuma realidade distorcida”, concluiu.

Para a psicóloga, especialista em casos de fobia de aviação há mais de 25anos, um dos dados “mais surpreendentes” do estudo tem a ver com o factode 71,2 % dos inquiridos evitar viagens de longo curso, mas tolerar as viagensde médio curso.

“Verificámos que nestas últimas pessoas, 88,5% sofrem de ansiedade devoo. Há um conjunto de comportamentos que o passageiro aéreo tem e que

Cont. Pág. 26, Fobia do avião...

Hôtel du Parlement 1045, rue des Parlementaires, bureau 1.53a Québec (Québec) G1A 1A4

Bureau de circonscription 4650, boul. des Laurentides, bur. 415, Laval QC H7K 2J4Tél. : 450 628-9269 | Téléc. : 450 [email protected]

Adjoint parlementaire du ministre des Affaires municipales et de l’Occupation du territoire (volet habitation)

Jean RousselleDéputé de Vimont

Desejo a toda a comunidade portuguesa Boas Festas !

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LE JOURNAL DE LA LUSOPHONIE

Éditeur et rédacteur en chef : Norberto AguiarDirecteur : Carlos de Jesus

Carlos de Jesus

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Norberto Aguiarr Ludmila Aguiar Daniel Pereira

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Página 1718 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

A pecha liberal• Por Carlos DE JESUS

Não se trata de fazer aqui umarevista política do ano que se acaba. Apenasapontar para o aspeto mais negativo quetem caracterizado o atual governo do Que-beque.

Ao ouvir e ao ler todas as críticas quediariamente enchem as páginas e invademas ruas e as ondas da rádio e da televisãopor estas paragens, um estrangeiro que de-sembarcasse no Quebeque seria levado acrer que estamos a viver um fim de reinadocom um governo gasto e desgasto por vári-os anos de má governança.

Ora, como todos sabemos, este gover-no ainda nem sequer fez um ano no poder.Que devemos então concluir? Onde é queestá o erro?

O erro, por amadorismo ou estranhocálculo político, é o de reduzir o discursopolítico ao mínimo, isto é, de reagir e daforma mais terna possível, às críticas quelhe fazem. Exemplo deste estilo (ou de faltade comunicação) está na resposta que o pri-meiro-ministro deu quando lhe pergunta-ram porque é que havia tanta urgência emequilibrar as finanças do estado quebequen-se. Resposta: «Pour maintenir les conditi-ons d’emprunt de l’État québécois».

É verdade que vivemos numa épocaonde dominam as comunicações, onde porvezes o conteúdo tem menos importânciaque a embalagem. Mas neste campo, o go-verno Couillard é duma inépcia incrível.

Infelizmente – será por causa do seufrancês com sotaque português? – o nossoministro das finanças não vem suficiente-mente a terreiro para explicar a situação.

Da última vez, no parlamento, por al-tura do discurso da apresentação do orça-mento de estado para este ano, ele foi bas-tante claro, que o problema não está na dí-vida geral do Quebeque mas no montantedos juros que esta custa ao Estado – 30 mi-lhões de dólares por dia! Sim por dia, apesardas baixíssimas taxas de juro. Imaginem oque vai ser quando os juros voltarem a subir,como é certo e sabido que vai acontecer.

O que é confrangedor é ver os gruposde pressão virem para a rua a gritar «On apas voté pour ça!». Claro que eles não vota-ram por isso. A maior parte dos sindicalistassempre votaram pelo Parti Québécois. Es-quecem, assim como a maioria dos cronis-tas políticos, que o partido ganhou as elei-ções por uma franca maioria e que esquecereste facto é menosprezar os eleitores queapostaram neste partido contra a experiên-cia política desastrosa do reinado de Mada-me Marois. Aliás, se tivessem sido o partidoquebequense ou mesmo a CAQ a seremeleitos, todos sabemos que a política fiscalseria a mesma, porque a realidade não mu-dou com a mudança de partido no governo.

Do que estou certo é que se fosse oPQ a governar, teria muito mais aceitaçãona classe sindicalista e jornalista, devido àsimpatia tradicional que estes dois camposvotam ao partido independentista, por umlado, e por outro, pela extraordinária eficácia

da máquina de propaganda daquele partido.Visto desta perspetiva, é urgentíssimo

que o Governo Liberal adote uma verdadeirapolítica de comunicação. Não comunicaçãono sentido de propaganda mas no sentidode informação. Porque é realmente a falta deinformação que deixa o campo livre a todosos detratores do governo liberal.

Na boca dos seus detratores a palavrade ordem é combater a austeridade. O gover-no replica que não há austeridade: o que háé rigor. Não gastar mais do que se ganha.Isto é uma confrangedora lapalissada.

Quando o «Institut de recherche etd’informations socio-économiques (IRIS)»– um think-tank de ideologia socialista –veio a público com estatísticas a ‘comprovar’que a Dívida Pública do Quebeque em rela-ção ao PIB era menor que a da França oudos Estados Unidos, nenhum dos bonzosda comunicação do Partido Liberal resolveuesclarecer a população.

Ora o bom senso nos dita que utilizarestes dados é passar completamente ao ladoda verdadeira questão. A lógica do IRIS é ode enviar areia para os olhos do público. Adívida do Quebeque não é grande comparadaà dos outros países mas é exagerada conside-rando os 30 milhões de dólares que ela noscusta por dia. Isto é, por cada 100 dólaresde imposto que nós pagamos ao Estadoquebequense, o ministro das finanças ape-nas dispõe de 89 cêntimos para financiar aSaúde, a Educação, o apoio às famílias e to-dos os outros milhentos serviços que a po-pulação espera receber do governo.

A verdade é esta: onze por cento dasreceitas vão para os credores. Já imaginaramo que o governo podia fazer com os 10,8mil milhões de dólares que saem dos cofresdo Estado para pagar a dívida pública?

Infelizmente, os estrategas do Parti Li-béral du Québec são duma incompetênciacrassa. Assim como demoram a ajustar ahora no que respeita à dita ‘austeridade’, as-sim também perderam uma excelente oca-sião de explicar porque é que se devia fazeruma reforma nas comissões escolares oucriar um plano tarifário para os pais que en-tregam os filhos aos serviços de guarda sub-vencionados.

É esta, a meu ver, a pior lacuna da go-vernança liberal. Infelizmente não vejo si-nais de que vai haver melhoras num futuroprevisível. L P

Philippe Couillard.

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A estrela da Manhenha• Por Osvaldo CABRAL

“A descer, todos os santos ajudam;para cima, é que as coisas mudam”, murmurao tio Norberto, sempre que põe o caniço depesca ao ombro e olha para o cimo das rochasda baía do Céu de Abraão, ali para os lados daEngrade.

Conhece os atalhos rochosos como aspalmas grossas das suas mãos, mas os 71 anosnão perdoam e as pernas já não são as mesmasquando emigrou para o Brasil.

Saíu ainda muito cedo da Feteira Grande,no concelho de Nordeste - “quase descalço” -e quando desembarcou do vapor em S. Paulo,a primeira coisa que fez foi prometer, aocompanheiro da aventura, que lhe procurariaum dia para pagar os escudos emprestados paraa jornada.

Ali começou o seu sonho, culminandohoje com a poderosa Padaria Joá, na AvenidaNossa Senhora do Sabará, em plena cidadepaulista.

“Isso agora não interessa”, corta aconversa a olhar-me de soslaio, para logoconcluir com meio sotaque brasileiro: “oimportante é isto aqui, esta paz da Manhenha,do tamanho da ilha”.

O silêncio da Ponta da Ilha dá-lhe fogo àinspiração.

Sentado no terraço da Adega do Luar,olhando para o horizonte azul carregado, ondesó se sente uma leve brisa dos lados de S. Jorge,ele vem com a frase do costume: “o que seriade nós sem a gente!”...

Farto-me de gabar o seu sentido de humore quase que lhe digo que a sua profissão noBrasil devia ser a de publicitário, porque ele ébom naquelas frases criativas que só osbrasileiros sabem.

No outro dia, lá em baixo na Banda daFonte, segurando com força o caniço peranteum mar revoltoso, ouviu de lá de cima, do altodas rochas, a voz da mulher: “Sai daí homem,ainda morres no mar...”.

E ele responde: “Oi querida, vem cámorrer com a gente”.

Na mesa do terraço está sempre acaipirinha, feita por ele, “especialmente” paramim. Para ele é o vinho do Pico.

“Ó tio, este vinho é bom?”“Oi cara, é vinho caseiro. Você bebe aqui

e morre em casa”O mar é a sua perdição. Na adega tem uma

colecção de caniços, “made in Manhenha”,mas o outro dia foi às Lajes e trouxe uma canacom carreto dos chineses.

Diz que é para testar se resulta pescar compaciência de chinês.

Ao som dos cagarros que vão

sobrevoando a adega, vai cantarolando: “ omeu amor ontem à noite / pela minha vidajurou / que ele ia-se deitar ao mar / se ele vai eucá não vou”.

E sem perder o fôlego: “a maré enche evaza / e às vezes bate na costa / quando foresà minha casa / porta aberta e mesa posta”.

Adora o repentismo.É das melhores recordações que guarda

da sua infância em Nordeste.O seu ídolo era o famoso José Plácido, da

Lombinha da Maia, um dos maiores cantadoresao desafio que S. Miguel conheceu.

Tio Norberto recorda-se de uma troca degalhardetes entre Plácido e a célebre Trulu,quando esta chamou maricas ao seu desafiador.

A resposta de Plácido, segundo tioNorberto: “Escreve um “p” e um “u” atrás deum “t” e acrescenta um “a” / lê essa frase Trulu/ vê o nome que te dá / e a culpada foste tu”.

Coisa forte, portanto.“Oi cara, Plácido não brincava; quem se

metia com ele, levava lenha”.Tio Norberto ri-se com a própria

memória. Acerta o boné na cabeça várias vezese conta que um outro desafiador muitoconhecido, Carvalho, atiçou Plácido cominsinuações de muitos cornudos para os ladosda sua freguesia.

Dizia Carvalho: “ carreguei uma carrada /e fui vender para a Lombinha / cheguei lá nãovendi / porque toda a gente tinha”.

Resposta de Plácido: “carregaste umacarroça / carregaste duas ou três / e se foi lenhagrossa / foi lá da mata de vocês”.

Norberto Correia de Medeiros é todo eleuma história e uma longa cantiga ao desafio.

O seu Nordeste longínquo devia prestar-lhe homenagem pelo exemplo de cidadão queleva o nome da sua terra ao outro nordestebrasileiro.

Por agora só pensa na Adega do Luar,mas sem antes fazer escala na sua FeteiraGrande.

E neste Natal, quando a estrela maior deviaestar sobre a Manhenha, ele olha para o alto edispara: “sabes cara, o melhor Natal foi aqueleem que fui pagar ao meu companheiro deviagem o que lhe devia”.

Há estrelas que não se apagam.

Manhenha, ilha do Pico, Dezembro 2014

Tio Norberto Medeiros e esposa.

A pesca como desporto.Nesta bela

quadra natalícia saúdo toda a

Comunidade Portuguesa endereçando-lhe os

meus melhores votos de Saúde,

Paz e Prosperidade!

Luís Miranda«Maire» de Anjou

Mensagem de Natal

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António, ganhei folgo a tomar uma bica. Pen-sei tirar os sapatos para dar um pouco de re-pouso aos meus pés... Afinal, estou num res-taurante onde este tipo de comportamentonão é apreciado. Guardei-os nos pés que esta-vam a «pulsar» pelo abuso de tanto sofrimento.Sentado, ainda observei as pessoas que passa-vam à minha frente, e preparei o ouvido parame aperceber do que falavam as pessoas queestavam no passeio ou ao meu lado no restau-rante. Não fiquei surpreendido quando nadaouvia sobre o Ronaldo. Inicialmente penseique quanto chegasse a Santo António ia visitara casa onde o Ronaldo nasceu, e me ia meterem conversa com os locais sobre o Cristiano.Ideia mais do que arrogante da minha parte,demonstrativa da minha falta de respeito paracom os santo-antonienses... Imaginem: entrarnum café e sem mais nem menos logo poderdesfrutar da conversa das pessoas. Com efeito,

RONALDO...Cont. da pág 9

era disso que eu precisava, visto estar ali com oúnico intuito de saber a opinião da populaçãoda freguesia sobre o Cristiano Ronaldo. Tãometidas no seu dia-a-dia, essa possibilidade ago-ra quase me pareceu remota. Acabei por medar conta que apesar da grande personalidadeque Cristiano Ronaldo «dégage» na sua terra, averdade é que os seus conterrâneos têm outrascoisas com que se preocupar. Mas que gringosou eu? Logo depois vim a reconhecer que aminha ideia inicial padecia por falta de firmezae de espontaneidade. De facto, as pessoas abor-dadas por mim só podiam deixar-se influenciarpelas minhas propostas de académico que temum curso a construir baseado na vida do grandefutebolista madeirense. Voltei a refletir e depoisduns minutos de claridade decidi que a melhormaneira de saber o que as pessoas pensam doRonaldo era de as ouvir falar num contexto“natural”, onde o tópico aparecesse sem forma-lidades e sem orientação do pesquisador quepõe o Ronaldo em destaque e «força» conhecê-lo, ouvindo os santo-antonienses. Então, co-

mo ideal a explorar sobre a vida e obra do Ro-naldo é mesmo integrar-me na vida de SantoAntónio, no seu dia-a-dia, se possível por umtempo largo. Viver em Santo António poruns meses e participar na cultura local, eis a re-ceita mágica para aprender que Santo Antónioé, de facto, a terra do Cristiano Ronaldo. Masque fazer? Não tenho esses meses para vir ha-bitar Santo António?!...

Satisfeito com o meu raciocínio, paguei ocafé e pus-me a caminho, aventurando-me aindamais para o interior de Santo António. Logoacima, oiço noutro café pessoas às gargalhadas,comentando sobre o que se passava na televi-são. Mais adiante há cheiro a pão cozido vindode uma padaria que se encontrava de portasabertas. Continuo a caminhar e acabo por en-trar noutro café onde peço uma garrafa de água.Vejo um homem de meia-idade a embrulharum cigarro encostado a uma mesa, uma mãe adar comida a um bebé, ao mesmo tempo queobservo outras pessoas encostadas ao balcãoa tomar café e a comer alguns bolos. Subo ain-da mais a encosta – em Santo António ou sesobe ou se desce – e reparo que há pessoas afazer compras no “Pingo Doce”, supermerca-do que fica quase diante da igreja de que já vosfalei. Acabo por entrar no parque da igreja deSanto António e acho-o grande. Não consigo– na verdade não me interesso – por entrar naigreja. Mas fico surpreendido e impressionadocom o seu tamanho. Reparo no grande relógioque tem a catedral e vejo que marca meio-dia.Dou-me conta que o meu percurso para SantoAntónio começou duas horas antes. Da igreja

do porquê...Não me escapou o facto de Santo Antó-

nio ser considerada uma freguesia economica-mente modesta. E ao ir a Santo António vimuitas casas meias construídas, outras quase acaírem pela ribeira abaixo. Em Santo Antónioas casas são estreitas, beijando o caminho emuitas que precisam de pintura. Mas ao mesmotempo não vi muitas em estado de degradação.No centro da freguesia este tipo de casas émais disperso. Quanto ao seu interior, nãoposso dar opinião porque não entrei em ne-nhuma delas. Achei que a comunidade está fo-cada no seu dia-a-dia. (Com mais tempo a falarcom o empregado do hotel onde estive aloja-do, ele conta-me que na Madeira o pessoal nãovive, apenas sobrevive por causa do pobre esta-do da economia).

Satisfeito com as minhas observações so-bre Santo António, e passados os difíceis per-cursos, que o Ronaldo decerto já percorreu, eainda percorre, centenas de vezes (agora quan-do visita a Madeira), dirijo-me para sul e cami-nho em direção ao Funchal. Ao entrar no meuquarto de hotel vejo que recebi um mail de umjornalista do Jornal da Madeira que me informaque no dia 21 de dezembro uma estátua de Ro-naldo será instalada na Praça do Mar.

Depois de tudo o que vi e ouvi, concluoque de mais em mais a presença de CristianoRonaldo é no Funchal (e em Madrid e no glo-bo) e cada vez menos em Santo António.

* Professor de Sociologia na Universidadeda Colômbia Britânica, Campus de Kewlona.

atravesso o caminho e sento-menum banco no parque do Padre(e historiador!) Fernando Au-gusto da Silva. Pouco tempo de-pois, deixo o parque e desço umarua inclinadíssima de regresso àrua central. Olho em todas asdireções e apercebo-me que aindanão consegui ver nenhum cam-po de futebol... De resto, per-gunto a mim mesmo como sepode jogar à bola num sítio ondetudo é terreno íngreme, meuDeus?!... Mas, claro, se há luga-res, na montanha para construircasas, acho que também poderáhaver espaço para a feitura decampos de futebol... Com pena,não vejo maneira de encontrarum campo de futebol até porquejá me faltam reservas de energiapara subir de novo a «montanha»à procura dele (campo). Tam-bém não encontrei a casa ondeo Ronaldo nasceu... Mais tardevim a saber que ela foi demolidapor ordem do governo. Procureimas não me deram explicações Igreja de Santo António.

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FestasFelizes!

LAÇOS E ABRAÇOSFESTA DA POESIA PARA TI A L F R E D O

G A L E G O1951 – 2014

Faleceu em Montreal, nodia 5 de dezembro de 2014, com 63anos de idade, Alfredo Galego, naturalda Lagoa, São Miguel, Açores.

Deixa na dor os seus filhos, oseu irmão Eduardo Galego (VidáliaCosta), o seu sobrinho, assim comorestantes familiares e amigos.

Os serviços fúnebres estiverama cargo de:

MAGNUS POIRIER Inc.6825, Sherbrooke Est, MontréalTel.: (514) 727-2847www.magnuspoirier.comAntónio RodriguesTelem.: (514) 918-1848O velório teve lugar na quarta-

feira dia 10 de dezembro de 2014, apartir das 9h00.

Seguiu-se a missa de corpo pre-sente, às 13h00, na Igreja St-Donat,situada no 6805 rue De Marseille,Montréal. Foi sepultado em cripta noMausoléu La Résurrection no cemi-tério Le Repos St-François d’Assise.

A família vem por este meio agra-decer a todas as pessoas que, de qual-quer forma, se lhes associam nestemomento de dor. A todos o nossoobrigado pelo vosso conforto. BemHajam.António RodriguesConseiller aux familles10 300, boul. Pie-IXMontréal (Québec) H1H 3Z1Général: (514) 727-2847/1 888 727-2847Télécopieur: (514) 322-2252Ligne directe: (514) 727-2828 - [email protected]

Adelaide Ramos Vilela apresenta nodia 31 de JANEIRO de 2015, pelas 16h30, noClube Portugal de Montreal, no nº. 4397 St-Laurent, Montreal, a sua mais recente obra po-ética, LAÇOS E ABRAÇOS.

Avisamos os leitores e amigos queesta obra é delas a mais interessante!Nela enaltecemos o abraço, tão im-portante e tão olvidado.

Laços e abraços é poesia em língua por-tuguesa, e vai uma vez mais fazer pulsar, aquinesta comunidade lusa, o nome de Luís Vaz deCamões. Para testemunhar o Even-to contamos com ilustres convidados, famili-

ares e amigos.Dirigimo-nos a todos os portugueses,

sem esquecer os amigos dos países lusófonos,esperando que marquem presença. Será umgosto acolhê-los.

Tomem nota:Portugal sempre na palavra e no coração:

é o Clube Portugal de Montreal que recebe aFESTA DA POESIA E A CERIMÓNIA DELANÇAMENTO DE LAÇOS E ABRAÇOS.Quem apresenta é a talentosa Viviana Louren-ço, ótima profissional em comunicação, paraalém de ser uma excelente artista. A Vivianavai encantar com palavras e com as suas can-ções. Depois, o Fado na voz e no coração dagrande Cathy Pimentel. Chega-nos logo a doceElisabeth Machado, a jovem com voz de anjo,a artista dos musicais. Ah! A nossa atleta Kayla

Simões vai fazer as delícias dos mais pequenos.Ela animará a tarde e a noite, o começo da fes-ta da poesia às cambalhotas.

Haverá poesia e surpresas!

DJ Machado emprestará o seumicrofone ao Jymmi Faria, o nosso ro-queiro português que virá fazer movero salão de festas revestido de bom hu-mor e de alegria.

Só perde se ficar em casa… o jantar é divi-nal. Os minhotos são bons marotos a cozi-nhar, como só eles sabem!

Reserve e informe-se aqui: 514622-2702; e no Clube Portugal: 514844-1406. L P

Programa piloto

VVVVVancouver - O Governo do Cana-dá anunciou que vai lançar em janeiro de 2015um programa piloto destinado a atrair empresá-rios experientes imigrantes que podem investirativamente na economia canadiana.

O novo programa piloto Imigrante In-vestidor de Empreendimento Capital faz partede uma série de mudanças que as autoridadescanadianas estão a efetuar para tentar construirum sistema da imigração económica rápido eflexível.

“O nosso Governo está focado na cons-trução de um sistema de imigração que satisfaçaas necessidades económicas e laborais do mer-cado no Canadá”, referiu na terça-feira o minis-tro da Imigração Federal, Chris Alexander.

Segundo a mesma nota, o governante,através do lançamento deste programa piloto,“espera atrair investidores que podem fazerum investimento significativo e que têm a ins-trução e o negócio comprovado ou então aexperiência do investimento necessário paraalcançar o sucesso no Canadá”.

Além de terem de fazer um investimentode dois milhões de dólares (1,6 milhões de eu-ros) num período de 15 anos e de terem umvalor líquido de 10 milhões (oito milhões deeuros), os investidores imigrantes devem satis-fazer alguns critérios de elegibilidade relaciona-dos com a linguagem e grau de instrução.

Os requisitos vão garantir que os imigran-tes investidores tenham um forte impacto naeconomia canadiana, e também aqueles queforem aprovados para residentes permanentes,de que estão bem preparados para integraremo ramo de negócios e a sociedade canadiana,segundo o Governo.

Este novo programa piloto começará aaceitar inscrições no final de janeiro de 2015 eirá proporcionar o acesso à residência perma-nente a cerca de 50 imigrantes e suas famílias.

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Página 2318 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

The Portuguese Kids

3710, Calixa Lavalée (Parc Lafontaine)50 razões para colaborar com a LusaQ TVNão há lugares marcados. Vantagem para quem chegar primeiro.

Partilhar faz parte da nossa cultura!

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Página 2418 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

Club Portugal de Montreal4397, Boul. St-LaurentMontréal, Québec H2W 1Z8

(514) 844-1406

A Direcção do ClubePortugalde Montreal desejaa todos os seusassociados e amigos,assim comoa toda a comunidade,Festas de Natal muitofelizes.

Eduardo DiasNotário

«Maître» Eduardo Diasdeseja a todaa Comunidade

os Melhores votosde Boas Festas!

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E-mail: [email protected]

Problemas educacionais…João Ponte preocupadoDurante a cerimónia de homena-

gem prestada pela Câmara Municipal deLagoa ao Professor Leonardo Amaral, JoãoPonte abordou algumas temáticas que ca-racterizam o panorama educacional atual.

Segundo o edil lagoense, nas últimassemanas, muito se tem debatido, de formaeufórica, acerca dos rankings e do sucessoescolar e, no entender do autarca lagoense“enquanto a educação servir de “arma dearremesso” político será difícil obter-seconsensos e discutir os problemas do en-sino com a serenidade e profundidade de-sejáveis”.

Para João Ponte, o ranking das escolasé, “um modelo de avaliação redutor e atépouco sério, que quase parece estar ao ser-viço das escolas privadas. Compara o quenão é comparável, esquecendo o contextosocial e económico dos territórios onde seinserem as escolas.

Recorrendo ao futebol que usa umalinguagem universal, João Ponte ousouafirmar que: “comparar o ranking da Secun-dária da Lagoa com a que está em primeirolugar, o Colégio de Nossa Senhora do Ro-sário, na cidade do Porto, é como compararo Clube Operário Desportivo com o Fute-bol Clube do Porto!”

Está provado que o contexto social on-de se inserem as escolas está intimamenteligado ao sucesso escolar e contribui emmuito para baixar as médias escolares, eque para melhorar os resultados e o suces-so escolar é preciso também melhorar acondição social de muitos agregados desteconcelho.

Assim, João Ponte reportou-se ao casoconcreto do seu concelho que dispõe deuma elevada taxa de agregados familiarescom apoio de RSI; que dispõe das taxasmais elevadas de desemprego, que temmuitos jovens que mesmo tendo estudado,têm como resposta o desemprego e rematouafirmando que “afinal parece que os re-sultados não são assim tão maus como pa-recem à primeira vista”.

Para o autarca, o que me parece maisimportante, neste momento, é olhar paratrás, ver de onde partimos e onde chegá-mos, sem tirarmos o foco no futuro e pensarque vamos continuar a melhorar e que so-mos capazes de fazer melhor.

Segundo o ponto de vista do autarca,“nos últimos anos investimos, e bem, naeducação, contudo, preocupamo-nos maiscom o património físico e com a constru-ção de grandes edifícios, do que propria-mente com aquilo que deve ser a razão daexistência da escola: o seu patrimóniohumano que são os alunos”.

É indiscutível que “a disponibilizaçãode novas escolas, melhor apetrechadasproporcionou melhores condições ao en-sino, mas está na altura de focar a atençãonos alunos, inovar o ensino e investir ain-da mais em programas de combate ao insu-cesso escolar”.

Nos últimos dez anos acentuaram-seas tensões entre os sindicatos de profes-sores e a tutela, bem como o desconten-tamento dos professores relativamente adiversas matérias como a carreira docente,o estatuto dos professores, os concursose as avaliações, que no entender do autar-ca em nada contribui de forma positivapara o sistema educativo.

A desmotivação dos alunos e das pró-prias famílias que também é uma realidadevivida na Lagoa devido aos problemassociais graves, não contribui positivamen-te para combater o abandono e o insuces-so escolar.

São necessários pais e alunos maisexigentes, professores ainda maismotivados e auxiliares de educação aindamais dedicados que procurem atingir aexcelência na sua ação.

Aos professores: pede-se persistênciapara garantir que todos aprendam, peseembora saibamos que a priori esta é umamissão “quase impossível”.

Aos pais: exige-se um papel insubsti-tuível no processo de acompanhamentoda educação dos filhos!

Aos alunos: exige-se que primem pelaexcelência na obtenção de bons resultados.

Para finalizar, João Ponte endereçouum voto de confiança a todos (conselhoexecutivo, professores, auxiliares deeducação) que se dedicam à missão, nãode apenas ensinar, mas de garantir quetodos aprendam de forma igual, deixandoum apelo especial aos alunos para que,dos 19 dias de férias de natal tirassem unsminutos para fazerem uma pequena refle-xão:

- “Será que fiz tudo o que estava aomeu alcance para aprender?

- Será que podia ser mais persistentecomigo mesmo nos estudos?

- Afinal porque não vou ter uma boanota a matemática ou a português?

- Os testes eram difíceis? O professoré muito rigoroso? E eu? Estudei o suficien-te? Estive atento nas aulas?

- O que devo fazer para ser diferente?- O que posso eu dar à minha escola? Afinal ela dá-me tanto: instalações

espetaculares, professores “porreiros”,auxiliares super pacientes e muitos amigospara a vida!”

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são influenciados por uma ansiedade de voolatente”, sublinhou.

Cristina Albuquerque referiu ainda que hámuitas pessoas que recorrem aos medicamen-tos ou a bebidas alcoólicas para suportarem asviagens de avião, mas outras há que desistemde embarcar, optando por não enfrentar a suafobia.

A psicóloga exemplificou com um casode uma pessoa que, por seis vezes consecutivas,embarcou e saiu dos voos, remarcando-os pos-teriormente e, só depois de um tratamento,conseguiu fazer uma viagem de negócios “im-portantíssima e que ia mudar o seu rumo profis-sional”.

De acordo com a especialista, há pessoasque prejudicam as suas vidas, familiares e pro-fissionais, devido à fobia que têm em andar deavião, contando que há luas de mel “que acabammesmo antes de começar, pois os noivos, tan-to homens, como mulheres, saem do aviãoou nem sequer chegam a passar do check-in”.

Segundo Cristina Albuquerque, esta fobiaé desencadeada por um conjunto de causas, jáque não se pode dizer que a pessoa “ganhoumedo de viajar de avião ou depois de ter tidoum acidente ou ainda de ter apanhado um gran-de susto”.

“Na maior parte dos casos, como os aci-dentes são raros, não são estes que estão nabase do desenvolvimento da fobia”, conside-rou, adiantando que, normalmente, se trata depessoas “mais sensíveis e mais ansiosas emrelação a tudo na vida, não sendo o avião a ex-ceção”.

Cristina Albuquerque sublinhou ainda queo facto de não se deter o controlo depois de

escolhida a viagem, destino, companhia aéreae horário, leva muitas pessoas a desencadearesta fobia.

“Entramos no aeroporto e não controla-mos mais nada. Não sabemos se o avião vaipartir a horas, não sabemos quem vai no ‘cock-pit’ a comandar, temos de nos colocar à mercêde um conjunto de procedimentos e pessoasque não controlamos, e isto é gerador de muitaansiedade em algumas pessoas. Há uma ausên-cia total de controlo”, explicou.

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Na Lagoa e em 4ª ediçãoMercadinho de Natal revelou-se um sucesso

Mais de 4 000 mil entradas foram registadas na 4ª edição do Mercadinho de Natal.A Câmara Municipal de Lagoa considera, assim, que esta foi uma iniciativa que se revelou

num grande sucesso.O Mercadinho de Natal, realizado na Praça de Nossa Senhora do Rosário, na cidade de La-

goa, encerrou no dia 8 de dezembro, registando uma afluência de cerca de 4 000 pessoas.Promovida pela Câmara Municipal de Lagoa em parceria com o NELAG – Núcleo de Em-

presários da Lagoa, a 4ª edição do Mercadinho de Natal teve como grande novidade, a sua rea-lização num novo espaço, tendo por objetivo dinamizar o centro urbano da cidade e simulta-neamente promover o comércio local tradicional.

Assim, durante o prolongado fim de semana passado, a Lagoa ofereceu muita animação aquem visitou este Mercadinho, bem como proporcionou a venda de produtos propícios a estaépoca, aliada à boa gastronomia típica desta quadra, sempre com muita diversão para miúdos egraúdos.

Mais de 35 instituições e artesãos participaram nesta iniciativa que, de ano para ano, tem re-gistado uma grande adesão e tem-se revelado num evento de sucesso que cativa as pessoas nestaquadra natalícia, proporcionando momentos de confraternização e diversão, apesar do frio quese fez sentir. L P

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Página 2818 de dezembro de 2014 LLLLL u su su su su s oooooPPPPP r e s s er e s s er e s s er e s s er e s s e

NATAL DO LINCAS...Cont. da pág 13

NATAL CHINÊS...Cont. da pág 1

as, o refeitório do colégio parecia maior e maisdesconfortável: só eu e Miss Lu nos sentáva-mos à mesa comprida das professoras. Daí apresença da senhora Tung, que noutra ocasiãopassaria talvez despercebida (estirada a sala en-tre pátios de cimento e plantas verdes), se tor-nar nessa altura notável.

Baixa, seca de carnes, de olhos atenciosos,pensativos, a senhora Tung sorria constante-mente, falava inglês, gostava de comer, de fu-mar, de jogar mah-jong. As criadas cortejavam-na nos corredores, preparavam-lhe pratos es-peciais, levavam-lhe chá ao quarto. Além deser mãe da subdiretora, tinha fama de rica edistribuía moedas de prata a todo o pessoal nanoite de festa.

Nessa noite assistiam três freiras ao nossojantar (a regra não lhes permitia comer connos-co): a diretora, a subdiretora e a mestra dos es-tudos. E muito empertigada, segurando comambas as mãos um tabuleiro de laca cobertocom um pano de seda, a senhora Tung recebia-as à porta do refeitório, entregando cerimonio-samente o presente à filha, que por sua vez ooferecia à diretora. Eram bolos de farinha finade arroz amassada com óleo de sésamo. Todade vermelho, de sapatos bordados e ganchosde jade no cabelo, a senhora Tung, quando asuperiora colocava o tabuleiro dos bolos namesa, dobrava-se quase até ao chão. Rezava-se, depois. Para lá dos pátios, à porta da cozi-nha, as criadas espreitavam, curiosas.

Nem no primeiro, nem no segundo, nemno terceiro Natal que passei em Macau, a se-nhora Tung era cristã, mas todos os anos senomeava catecúmena. A seguir ao jantar falava-se nisso. A diretora, uma francesa de mãos en-gelhadas que noutros tempos frequentara aUniversidade de Pequim, perguntava em chinêsformal quando era o batizado. Inclinando acabeça para o peito, a senhora Tung balbuciava,indicando a irmã Chen-Mou. A filha... a filhasabia. Talvez se pudesse chamar cristã pelo es-pírito, mas o coração atraiçoava-a. O coraçãocontinuava apegado a antigas devoções... To-davia, vestira-se de gala para a festividade dameia-noite, tinha no quarto o Menino Jesuscercado de flores, e a alma transbordava-lhe dealegria como se cristã verdadeiramente fosse.

Com um sorriso meio complacente meiocontrariado, a irmã Chen-Mou desconversava,passando a bandeja dos bolos à superiora, queseparava uns tantos para o convento. Os res-tantes comê-los-íamos nós, ao fim da Missado Galo, com chocolate quente.

O chocolate era a esperada surpresa da di-retora. A senhora Tung chamava-lhe, em ar degracejo, «chá de Paris». No fim das três missasvinham outra vez as três freiras ao refeitóriodo colégio para trocarem connosco o beijo dapaz e nos oferecerem a tigela fumegante dochocolate. Vinham e partiam logo (tarde demais para se demorarem), e Miss Lu, fanáticaterceira-franciscana, sempre atenta aos passosdas monjas, sorvia à pressa o líquido escal-dante, como quem cumprisse um dever, e saíaatrás delas.

Ficávamos, assim, a senhora Tung e eu,uma em frente da outra. À luz das velas oloro-sas do centro de mesa, os seus olhos eramdois riscos tremulantes. Sorríamos. Finalmen-te, o reposteiro ao fundo da sala apartava-se.Uma das criadas entrava, silenciosa. Servia-sevinho de arroz.

Creio que o vinho de arroz figurava entreas bebidas proibidas no colégio e que chegava

ali por portas travessas. O certo, contudo, éque ambas o bebíamos, a acompanhar os bo-los de sésamo, no grande e deserto refeitório,na noite de Natal.

O vinho de arroz queimava-me a gargantae fazia-me vir lágrimas aos olhos. Quanto àsenhora Tung, saboreava-o devagar, molhan-do nele o bolo, e, como mal provara o «chá deParis», bebia dois cálices.

Entretanto, Aldegundes, a criada macaen-se mais antiga do colégio, aparecia com as espe-cialidades da terra: aluares, fartes e coscorões,dizendo que aluá era o colchão do Minino Je-sus, farte almofada, coscorão lençol. E eu tra-duzia em inglês para a senhora Tung, que acha-va isto enternecedor e gratificava a velha gener-osamente.

Quando por fim atravessávamos a cerca acaminho de casa, sob uma lua branca, espanta-da, anunciadora do Inverno para a madrugada,a senhora Tung abria-se em confidências.

A menina sabia... ̄ a «menina» era a irmãChen-Mou, a subdiretora do colégio ̄ , sabiaque ela continuava a venerar a Deusa da Fecun-didade. Tratava-se de uma pequena divindade,toda nua e toda de oiro. Fora ela quem lhe derafilhos. Estéril durante sete anos, a senhoraTung recorrera à sua intercessão divina quandoo marido já se preparava para receber nova es-posa. Não podia portanto deixar de a amar.Toda a felicidade lhe provinha daí, dessa afor-tunada hora em que a deusa a escutara.

Parava a meio do largo átrio enluarado, deolhar meditabundo, mãos cruzadas no colo. Eas palavras saíam-lhe lentas e soltas, como sefalasse sozinha.

... E aquele mistério da virgindade de Nos-sa Senhora! Virgem e mãe ao mesmo tempo...Não se lia no Génesis: «O homem deixará opai e a mãe para se unir a sua mulher e os doisserão uma só carne?» Não era essa a lei do Se-nhor? Porquê então a Mãe de Cristo diferentedas outras, num mundo de homens e de mu-lheres onde o Filho havia de vir pregar o amor?A Deusa da Fecundidade, patrona dos lares,operava milagres, sim, mas racionalmente, atra-indo a vontade do homem à da sua companhei-ra e exaltando essa atração. Como o Céu alagan-do a Terra na estação própria.

Retomávamos a marcha em direção aosnossos aposentos. Difícil para mim responderàs dúvidas da senhora Tung, nem ela pareciaesperar resposta. Mudava, rápida, de assunto,aludindo ao tempo, à viagem de regresso, àssaborosas guloseimas da criada macaísta.

Já em casa, convidava-me a ir ver o seupresépio. O quarto cheirava fortemente a in-censo. Em cima da cómoda, entre flores, lá es-tava o Menino Jesus, de cabaia de seda encar-nada, sapatinhos de veludo preto, feições chi-nesas.

Depois, timidamente, a senhora Tungabria a gaveta... e surgia a deusa.

O Menino Jesus era de marfim. A Deusada Fecundidade era de oiro. O Menino, de pé,de um palmo de altura, trajando ricamente. Adeusa, sentada, pequenina, nua.

Os olhos da senhora Tung atentavam nosmeus, como se à procura de compreensão, masas suas palavras prontas (a deter as minhas?)eram de autocensura. Não, não devia fazeraquilo. A filha asseverara que o Menino Jesusentristecia, em cima da cómoda, por causa dadeusa, na gaveta. E quem sabia mais do que afilha ?

Eu já sentia frio, apesar da aguardente dearroz. O Inverno, ali, chegava de repente. Asenhora Tung, no entanto, tinha as mãosquentes e as faces afogueadas.

Despedíamo-nos. Eu sempre me apeteciadizer-lhe que estivesse sossegada, que de cer-teza o Menino Jesus não havia de se entristecer,em cima da cómoda, por causa da deusa, na ga-veta. Mas nunca lho disse nos três anos quepassei o Natal com ela. Palpitava-me que a se-nhora Tung se enervava com o assunto. E

Dois mil metros, até me faz arrepiar.Mas... onde está o mar, o mar azul e os peixi-nhos? Olha, estão debaixo das casas, dos mo-numentos, dos jardins. Olha ali um soldadonaquele jardim tão viçoso. Ei, ó pá, faz-mecontinência. Se tu quiseres... se tu quiseres, tam-bém és desconhecido, podes vir comigo. Assimterei um companheiro para guardar as vaqui-nhas. Elas até são mansinhas. Até logo, pá!Finalmente encontrei o paraíso. Tanta neve! Éa Serra da avó do Francisquinho, o único quenão me batia e não se zangava comigo. Ó pá,vais chamar-te Catarino mas és frio como gelo!Ai. As minhas mãos estão a ficar tão frias. Óboneco de neve será que me podes dizer ondeconsiga arranjar lenha para nos aquecermos?

Tal era a inocência do Lincas.Ouviu-se uma trémula saindo da neve:– Não vês que se tentas aquecer o Catari-

no ele vai derreter. Esfrega as mãos e continua.O Lincas fez então cinco bonecos lindos

como o Sol: o pai a mãe, a avó, ele e um meninoa quem deu o nome de Catarino.

Já o sol ia alto no horizonte quando al-guém com uma mão muito delicada lhe tocouno ombro:

– Blandino, meu filho, vem comigo. Olha,o Sr. João Pinto passou por aqui, montadono seu cavalo castanho doirado. Veio passar oNatal à Ajuda e deixou todos estes presentes

que, de qualquer jeito, não me acreditaria.

Fonte: Instituto CamõesAutora: Maria Ondina BragaObra: A China Fica ao Lado,Lisboa, Panorama, 1968

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No Centro Comunitário de Anjou - Jimmy Faria, que faz parte da casa, voltou aimpressionar a assistência com a sua alegria e boa disposição. Para bailar é comele!

para ti. A avó do Fran-cisquinho, a D. Flo-rinda também te dei-xou muitos beijinhose este presente. O teuamigo foi viver para aCovilhã com a avó edeixou-te a bola delecomo prenda de anos.

– Quem és tu?– Sou a Lysi Fa-

gundes.A jovem loira, de

olhos azuis iguaizi-nhos aos do Lincas,abraçou-o com tantameiguice e ternura que

o menino ficou estupefacto. – És a minha mãe?Onde estás Catarino? Soldado desconhecidoporque não estás aqui? Já andas no campocom as vacas? Ei soldado, soldado, continên-cia!

– Anda comigo, meu amor. Não tenhasmedo. Acorda. Hoje é dia 24 de dezembro.Sou a mulher do teu pai. Sou a tua nova mamã.O meu pai é americano e a minha mãe da Ma-deira. Sou luso-americana e fui professora demúsica do teu pai. Conheci o Joe, o teu pai, naprisão e apaixonei-me por ele. Vamos passaraqui o Natal e depois regressaremos contigo.A nossa prenda de anos e de Natal, para ti, éuma viagem à América. A nossa casa é comoum palácio, lindo, grande! Lá terás tudo o quenecessitas para ser feliz! Na Ajuda estão o teuirmãozinho Catarino e o Joe, o teu pai, ansio-sos para te abraçarem.

Aconteceu tudo como no sonho do Lin-cas, aliás do Blandino... tudo como a mãe lhetinha dito. A partir daquele dia vinte e quatrode dezembro, o Lincas passou a ser feliz, comonunca, ganhou uma família e foi Natal no acor-dar de cada manhã, para o resto da sua vida.Lincas fez dele um grande médico e ainda hojese fala da sua história em Bóston, nos EstadosUnidos da América.

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Le Grand Magh Arabe Bossbens Show Âme D’Afrique Bossbens Show Bossbens Show Jam TV18:30 Pagini TV Le Grand Magh Arabe19:00 Hay Horizon Cidade Brasil Mabuhay

Bloque Latino19:30 Hay Horizon Jam TV Hay Horizon Cidade Brasil Jam TV20:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Hay Horizon20:30 Mabuhay21:00 Lusaq TV

Bloque LatinoPagini TV Bossbens Show Cidade Brasil

Le Grand Magh Arabe Bossbens Show21:30 Âme D’Afrique22:00 Âme D’Afrique Bossbens Show Hay Horizon Jam TV22:30 Flavors Jam TV Mabuhay Flavors23:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Metropoli Lusaq TV Cidade Brasil23:30 Âme D’Afrique0:00 Mabuhay Bossbens Show Jam TV Mabuhay Pagini TV

Bloque Latino0:30 Hay Horizon Hay Horizon Hay Horizon1:00 Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Lusaq TV Pai à Força Bossbens Show1:302:00 Âme D’Afrique Pagini TV Cidade Brasil Lusaq TV Âme D’Afrique2:30 Bossbens Show Mabuhay3:00 Mabuhay Pagini TV Mabuhay

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4:00 Metropoli Sportivi 360 Agronomia e Cucina Sportivi 360 Sportivi 360 Pagini TV4:305:00 Mabuhay Cidade Brasil Jam TV Cidade Brasil Jam TV Cidade Brasil Hay Horizon5:30 Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps... Le Temps...

uuuuuuuêêêêêêêêêêêssssss!!!!

chef : Norberto Aguiaresusesus

Sexta-a feife ra SáSábSábado DDomDomingngooggÂÂme D’Aff iriquue Jaam TV

PROGRAMA SEMANAL

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5825, Henri-Bourassa514-321-6262

GRILLADES PORTUGAISES

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Tél.: (514) 729-9494www.ocantinho.ca

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A equipa do restaurante Cantinho

deseja a todosumas Festas felizes

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FESTAS FELIZES

A TODOS!

TerTerTerTerTerminou a época na MLminou a época na MLminou a época na MLminou a época na MLminou a época na MLSSSSS...............

La Galaxy bate recorde de vitórias!La Galaxy bate recorde de vitórias!La Galaxy bate recorde de vitórias!La Galaxy bate recorde de vitórias!La Galaxy bate recorde de vitórias!• Por Norberto AGUIAR

A época de futebol da Major LeagueSoccer terminou domingo passado, com o jo-go da final, entre o La Galaxy, da Zona Oeste,e o Revolution, da Zona Este, disputado emLos Angeles, casa daquele clube, por ter termi-nado o campeonato regular em melhor posição(segundo) do que o seu brioso antagonista(quinto). E como alegavam os apostadores, ovencedor acabou por ser a rica e poderosa equi-pa de Los Angeles, embora com resistênciaenorme dos bostonenses, mais azarados doque incompetentes, futebolisticamente falan-do, entenda-se.

Na verdade, o encontro de domingo pas-sado terminou com a vitória do La Galaxy,por 2-1, com recurso ao prolongamento, jáque ao fim dos 90 minutos, o placard registavaum empate a um golo. Marcaram primeiro osangelinos, através da sua jovem vedeta Zardes,a passe do meio-campista brasileiro Marcelo.Depois, numa excelente jogada dos homensda Nova Inglaterra, que de resto sempre deramuma grande réplica aos Brancos de Bruce Arena,Chris Tierney empatou a contenda, levandoassim o jogo para os 30 minutos suplemen-tares. Antes, porém, e praticamente em cimada hora, Bunbury, sim, o filho do canadianodo mesmo nome que aqui há anos foi vedetado Campeonato Português de Futebol quandoenvergou as cores do Marítimo e que quase olevou às fileiras do Benfica, dizia, Teal Bunbury,num remate espetacular, que levou a bola à tra-ve da baliza de Penedo, o panamiano guarda-redes do La Galaxy, podia ter traçado em defi-nitivo o destino do jogo e da respetiva taça emdisputa...

A bola não entrou. O jogo entretantochegou ao fim dos 90 minutos, mais alguns dedesconto... Ficou assim o desempate para re-solver no tempo extra...

Se durante os noventa minutos as equipasse equivaleram em jogo jogado e em oportuni-dades criadas – e concretizadas, como já sepercebeu –, no prolongamento tudo foi tiradoa papel químico. Menos o segundo golo do LaGalaxy, obra de Keane, que ave rapina de fute-bol como é, encontrou maneira de fugir, sem

estar fora de jogo, aos defesas do Revolutione, isolado, não deu a mínima hipótese de defesaa Bobby Shuttleworth.

O resto do tempo que faltava já foi jogadocom os nervos à flor da pele, onde a cabeçados jogadores deixou que fosse o coração a fa-lar... Assim sendo, o futebol passou a ser joga-do de forma mais sôfrega, não dando para en-direitar um ou outro remate em direção à balizade uma ou outra equipa.

Por ser um conjunto mais experiente, pelomenos em termos de conquistas, o La Galaxydecidiu, até ao fim do embate, não arriscar,não fosse ser, num qualquer lance fortuito, sur-preendido com um golo que levasse a partidapara a lotaria das grandes penalidades...

Teve razão o time angelino, pois chegouo término dos 120 minutos, e com ele a vitóriano saco, a quinta da sua história, que fazem de-la a equipa mais ganhadora da Major SoccerLeague, ao ultrapassar, com esta vitória, o DCUnited, da capital Washington.

No momento da despedida, Landon Do-novan chora...

De novo louros para o La Galaxy, umadas melhores equipas da MLS, pelas conquis-tas, como já vimos, mas também pelo poderiodos seus jogadores, a começar no guarda-redes,um dos dois ou três melhores da CONCACAF,e a acabar no jovem Zardes, um avançado quecom mais experiência vai dar muito que falar.No entremeio há ainda o defesa internacionalamericano Gonzalez – jogou no recente Mun-dial do Brasil –, os brasileiros Marcelo e Juni-nho, dois meio-campistas de valor internacio-nal, acabando nos craques Keane e LandonDonovan! Não falamos dos restantes por umaquestão de economia de espaço, visto quasetodos eles serem jogadores de primeira água!

Falámos atrás de Donovan, o melhor jo-gador americano de todos os tempos e umdos melhores do Mundo – para nós, comoaqui já dissemos, está no top 5! E falámos emLandon Donovan para dizer que tem um im-pacto enorme no seio desta formação do LaGalaxy. E este ano isso se viu mais uma vez aomarcar, como meio-campista, 10 golos, aliadosà sensacional façanha de ainda ser o melhorfabricador do último passe, aquele que decideo golo. Neste aspeto, Landon Donovan regis-tou 19 passes decisivos, mais cinco que o seupróximo opositor, o argentino Valeri, que osmais atentos saberão que já fez parte das fileirasdo Futebol Clube do Porto. Note-se que essespasses e golos foram «marcados» apenas nodecorrer do Campeonato. Os que marcou oufabricou no decorrer das eliminatórias não fa-zem parte das estatísticas aqui mencionadas.

Mas a referência a Donovan que nos custamais fazer neste artigo é dar conta de que, comesta final, a sua carreira de futebolista tambémterminou... Para nós, que o admiramos sobre-maneira, custa acreditar como é que um jogadorda sua classe, com apenas 32 anos de idade eem plena posse de todas as suas qualidadestécnicas e físicas, deixa definitivamente o fu-tebol!!!

Logo que Landon Donovan anunciou asua retirada, não houve um só jogo, no seu es-tádio ou nos estádios por onde passou que osseus admiradores e simples adeptos de futebolnão lhe pedissem para que recuasse na sua de-cisão. Frases ao vento como «Donovan, a le-genda!» sucederam-se, mas nada fez recuar ogrande futebolista que com apenas 17 anos de

idade já era considerado o melhor do mundo!Por tudo o que acima fica dito se compre-

ende a grande gana que Donovan tinha paraganhar esta Taça da MLS de forma a abandonaro futebol como campeão! E, para mais, a exem-plo de se ir com os títulos de melhor marcadorda Liga, melhor de passes e por aí adiante,também se foi com o título de ser o jogadorque ganhou mais títulos MLS, com seis, quatrocom o La Galaxy e dois com o San Jose.

Mais uma final perdida!...Por um lado, o La Galaxy queria ganhar a

Taça para bater o recorde de conquistas e assimdar alegria à sua grande vedeta de deixar o fute-bol como campeão. Por outro lado apareciauma equipa – o Revolution – que tinha comoobjetivo por fim às quatro finais perdidas, umadelas precisamente contra os homens de LosAngeles... Mas não foi ainda desta que os ho-mens da Nova Inglaterra chegaram ao título.Não por não terem lutado e jogado no limite.Simplesmente a sorte do jogo – aquela bola nabarra a escassos minutos dos 90, com o resulta-do em 1-1!... – nada quis com eles.

Por ter um quadro de jogadores muitocompetente e cheio de juventude, estamos emcrer que a hora do Revolution está a chegar.Não foi ainda desta vez?... Mas está por pouco,estamos em crer.

À parte Agostinho Viana, que este anoandou pelo banco dos suplentes do ColumbusCrew, e de Djaló, no San Jose, foi no Revolutionque pudemos encontrar jogadores de origemportuguesa. José Gonçalves, nado e criado emLisboa, e AJ Soares, um luso-americano nasci-do na Califórnia. Ambos defesas centrais, con-tribuíram imenso para o êxito da equipa de talforma que um deles, o californiano, está deabalada para o Verona da Série A de Itália.

Com mais tempo e espaço voltaremospara analisar com mais profundidade esta equi-pa e algumas outras.

L P

Vítor CarvalhoADVOGADOEscritórioTelef. e Fax. 244403805

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A Família Dias deseja à Comunidade Portuguesa um Natal muito Feliz e um ano de 2015 muito próspero!

A época natalícia é a melhor ocasião para (re)unir todos os familiares e amigos mais chegados. O Restaurante Solmar, este ano, receberá de novo o popular artista Luís Duarte para dar as boas-vindas ao ano de 2015.

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est. 1972