18 crescimento populacional
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Microbiologia / Microbiologia AmbientalLEGA / MIEA Olga Nunes 2007
Crescimento populacional microbianoMtodos de enumerao / quanticaoContagem do n total de clulas Contagem de clulas viveis Determinao da biomassa Turbidimetria
Olga Nunes
CRESCIMENTO MICROBIANO POPULACIONAL (ASSEXUADO)
Crescimento PopulacionalAumento do nmero de clulas da populao ao longo do tempo;
Como podemos medir o crescimento de uma populao microbiana?Qualquer constituinte da biomassa pode ser utilizado para quanticar o crescimento e determinar a taxa de crescimento:
Clulas
Biomassa
ProtenasOlga Nunes
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.1 Contagem directa ao microscpio
1 Uma diluio da cultura introduzida numa cmara de contagem:(Lmina de vidro com quadrculos de rea e profundidade conhecidos)
2 Contam-se as clulas ao microscpio
3 Calcula-se o n de clulas por mililitro da amostra inicial.Olga Nunes
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.1 Contagem directa ao microscpio
Desvantagens: No distingue clulas mortas de clulas vivas; Clulas pequenas so pouco visveis Baixa preciso;
Suspenses com < 106 clulas /ml no so quanticveis;
Olga Nunes
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.2 Contagem com citmetro de uxo, ou contador Coulter1 Um volume conhecido de amostra da cultura passa entre dois elctrodos; 2 Cada clula faz diminuir a condutividade elctrica entre os elctrodos; 3 Regista-se a variao da condutividade de cada clula;+
-
Desvantagens: No distingue clulas mortas de clulas vivas;Olga Nunes
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.3 Contagem do no total de clulas com corantes uorescentes1 Uma amostra da cultura filtrada e incubada com corantes fluorescentes 2 Contam-se as clulas ao microscpio de fluorescncia / confocal 3 Calcula-se o n de clulas por mililitro da amostra inicial.
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.3 Contagem do no total de clulas com corantes uorescentes que intercalam o DNA
Estafilococos (acridina laranja)
Escherichia coli (DAPI)
Desvantagens: No distingue clulas mortas de clulas vivas;
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.3 Contagem do no total de clulas com mistura de corantes uorescentesKit Live/dead (Bac light) :
Corantes de DNA: SYTO 9 - verde - entra livremente nas clulas Iodeto de propdio - vermelho - s penetra nas clulas com membrana danificada
Vantagens: Distingue clulas viveis de clulas no viveis;
Crescimento Populacional 1. Contagem do n de clulas1.4 Fluorescent in situ hibridization (FISH)1. Utilizam-se sondas de DNA que: hibridam especificamente com um gene que esto ligadas a um fluorocromo 2. Quando a sonda adicionada a uma amostra com diferentes tipos de clulas, apenas as clulas que possuem aquele gene ficam coradas com o fluorocromo. 3. A uma mesma amostra podem ser adicionadas vrias sondas, com fluorocromos diferentes. Vantagens: Distingue diferentes tipos de clulas cultura mista
1.4 Fluorescent in situ hibridization (FISH)
Amostra: lamas activadas M. Confocal M. ptico Sondas:1. Bactrias que oxidam amnia (vermelho) (NH3 (NO2NO2-) NO3-) 2. Bactrias que oxidam nitrito (verde)
Crescimento Populacional
2. Contagem de clulas viveisUma clula vivel aquela que ainda tem capacidade para se dividir e originar novas clulas, formando uma colnia em meio slido;
Assim, podemos observar vista desarmada a colnia originada pela clula vivel, designada por unidade formadora de colnia (U.F.C.)
Olga Nunes
Crescimento Populacional 2. Contagem de clulas viveis2.1 Espalhamento em placa1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml
9 ml meio de cultura Cultura 0,1 ml IncubaoOlga Nunes
10-1
10-2
10-3
10-4
10-5
10-6
U.F.C.
Crescimento Populacional2.1 Espalhamento em placa10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6
10-2
10-3
10-4
10-5
10-6
10-7
APS PERODO DE INCUBAO N DE U.F.C. DEMASIADO ELEVADO PARA CONTAR
171
16
2
0
N U.F.C. / ml CULTURA = 171 X 104Olga Nunes
Crescimento Populacional 2. Contagem de clulas viveis2.2 Incorporao em agar1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml 1 ml
9 ml meio de cultura Cultura10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6
1 ml
Meio agarizado lquido
U.F.C.
IncubaoOlga Nunes
Crescimento Populacional2.2 Incorporao em agar10-1 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6
10-1
10-2
10-3
10-4
10-5
10-6
APS PERODO DE INCUBAO N DE U.F.C. DEMASIADO ELEVADO PARA CONTAR
171
16
2
0
N U.F.C. / ML CULTURA = 171 X 103Olga Nunes
Crescimento Populacional 2. Contagem de clulas viveis Nota:OS MEIOS DE CULTURA E AS CONDIES DE INCUBAO DEVEM SER ADEQUADOS AOS ORGANISMOS A ENUMERAR
Desvantagens: No mtodo de incorporao em agar: organismos aerbios podem ter diculdade em se desenvolver; o choque trmico provocado pela adio de meio de cultura pode inibir os microrganismos;Olga Nunes
Crescimento Populacional 3. Determinao de Biomassa3.1 Peso hmidoFunil
1 Pesa-se uma membrana filtrante; 2 Filtra-se um volume conhecido de suspenso celular; 3 Lavam-se as clulas; 4 Pesa-se a membrana filtrante com a biomassa; 5 Calcula-se o peso da biomassa por litro de cultura;Sistema de vcuo Membrana filtrante Suporte Vedante
Olga Nunes
Crescimento Populacional 3. Determinao de Biomassa3.2 Peso secoSemelhante ao mtodo 3.1, mas a membrana filtrante com a biomassa colocada numa estufa a 105C at peso constante;
Peso seco de uma clula procariota: 10-15 a 10-11 g. Peso seco de uma clula eucariota: 10-11 a 10-7 g. Peso seco : ~ 20 a 30% do peso hmido.
Olga Nunes
Crescimento Populacional 4. TurbidimetriaPrisma Amostra de cultura (selecciona ) (ou sua diluio) Clula fotoelctrica Registador
Feixes de luz atravessam a suspenso
Densidade ptica (Log l0/l)
(l0)
Feixes de luz no dispersados pelas clulas
(l)Olga Nunes
Crescimento Populacional 4. TurbidimetriaComo cada clula dispersa a luz incidente, quanto maior o n de clulas, maior a disperso de luz;
A relao absorvncia / densidade celular aproximadamente linear (numa certa gama de concentraes celulares)
um mtodo muito utilizado pois RPIDO e NO DESTRI a amostra. Biomassa Pode construir-se uma curva que relacione a absorvncia com: N de clulas ProtenaOlga Nunes
Crescimento populacional microbianoCrescimento em descontnuo Fases de crescimento Cintica
Olga Nunes
Crescimento em descontnuo
3 - 10%COLNIA
VASO CULTURA EM MEIO SLIDO CULTURA DE INCULO
CULTURA ONDE SE SEGUE O CRESCIMENTO (VOLUME CONSTANTE)
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Curva de crescimento em descontnuoEscala linear2 10 ADAPTAO EXPONENCIAL
Escala semi-logartmica
Biomassa (g/l)
Biomassa (g/l)
1.5
1
0.1
0.5
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
0.01
0
1
2
3
4
5
6
MORTE 7 8Olga Nunes
1
Tempo (horas)
Tempo (horas)
ESTACIONRIA
Crescimento em descontnuo1. Fase de adaptaoPerodo de tempo necessrio para as clulas sintetizarem todos os componentes necessrios para crescerem naquelas condies.
Depende: Fase crescimento do inculo; Composio do meio de cultura; Condies de incubao; Estado das clulas;
Olga Nunes
Crescimento em descontnuo2. Fase exponencial consequncia do facto de cada clula originar duas clulas filhas.
Depende: Caractersticas genticas do organismo; Composio do meio de cultura; Condies de incubao;
Olga Nunes
Crescimento em descontnuo3. Fase estacionriaNum sistema fechado, o crescimento no pode continuar indefinidamente devido: falta de um nutriente essencial; acumulao de produtos txicos; Normalmente a fisiologia das clulas diferente, pois tm que se adaptar a condies adversas.
4. Fase morteAs clulas da populao morrem porque as suas reservas energticas se esgotaram;Olga Nunes
Cintica do crescimento em descontnuoTaxa de crescimento: variao do n de clulas por unidade de tempoA taxa de aumento da populao no tempo (t) proporcional densidade populacional (N), nesse instante, ento:
(1)
dN/dt = N
N = nmero clulas t = tempo = taxa especca de crescimento instantneo (t-1)
Integrando entre N0, no tempo t0 e N, no tempo t, para constante:
(2) ln N = ln N0 + (t-t0)
N0 = nmero clulas inicial N = nmero clulas nal
ou(3) = (ln N - ln N0) / (t-t0)
= taxa especca decrescimento instantneo (t-1)
Olga Nunes
Cintica do crescimento em descontnuo
Durante fase de adaptao Durante fase exponencial Durante fase estacionria Durante fase de morte
~0 = max. ~0 D
dN/dt > 0
N
S
Olga Nunes
Cintica do crescimento em contnuoNum quimiostato:
[S]
funo directa de S
No estado de equilbrio (estado estacionrio), o quimiostato auto-regula-se:
1.
momentneo
Mais clulas a consumir S
S
2. momentneo
Falta nutrientes
Menos clulas a consumir S Mais clulas Mais nutrientes
S
Olga Nunes
Cintica do crescimento em contnuoNum quimiostato: Se D for mantido constante, em estado estacionrio:
dN/dt = 0Nclulas que permanecem - Nclulas que saem do vaso = 0
N - DN = 0Em estado estacionrio:
=D
D = max. S / (ks + S) e S = ks D / max. - DOlga Nunes
Quimiostato no estado estacionrioSada de biomassa (g/l/h)
Conc. substrato (g/l)
Conc. biomassa (g/l)
8 6 4 2 0
4 3 2 1 0 0,0 0,5Taxa de diluio (h-1)
8Tempo de gerao (h)Olga Nunes
6 4
2
0 1,0
washout
Cintica do crescimento dX/dt = - Y dS/dt Y = - dX/dSX = biomassa produzida t = tempo S = substrato limitante
Taxa de produo de biomassa funo da taxa de consumo de substrato
Y = rendimento em biomassa relativamente ao substrato S Y = massa biomassa produzida/massa substrato consumidoMedida da ecincia das clulas na converso do substrato em biomassa
Olga Nunes
Cintica do crescimento Produtividade da fermentao P = concentrao do produto /tempo de fermentao (unidades/h-1)Tempo de limpeza Tempo preparao do fermentador Tempo fase de adaptao
}
Afectam produtividade
Olga Nunes