16 o método científico

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FACULDADE DA AMAZÔNIA

O MÉTODO CIENTÍFICO

Prof. Esp. João Carlos Sinott Balbi

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• O método de geração de conhecimento se expressa e é utilizado de várias formas:

– Popular ou vulgar: através da imitação e experiência, busca verdades específicas, que valem só em poucos aspectos de nossa vida diária;

– Científico: é racional e objetivo, investigando o como e o porquê que os fenômenos acontecem, buscando verdades generalizáveis para muitos aspectos globais;

• O conhecimento popular acredita que há verdades;

• O conhecimento científico busca validades.

O método para a geração de conhecimento

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• A ciência não é o único caminho de acesso ao conhecimento e à verdade;

• Um mesmo objeto ou fenômeno pode ser matéria de observação para o cientista ou para o homem comum;– o que leva a uma determinada forma de

conhecimento é a forma com que foi feita a observação;

– a extensão do conhecimento a outros campos diferencia o cientista do observador comum.

O método para a geração de conhecimento

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• Definição: “Conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.”

• Funções do Método Científico

– Auxiliar na geração de conhecimentos;

– Legitimar idéias;

– Colocar as idéias geradas em questionamento;

– Propagar idéias.

O método científico

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Evolução histórica do método

• Primórdios da humanidade:– medo e respeito pelas forças da natureza e pela

morte;

– verdades impregnadas de caráter sobrenatural;

• Conhecimento religioso:– tentativas de explicação dos fenômenos da

natureza e da morte;

– a verdade adquire caráter dogmático;

– existe aceitação sem crítica das verdades propostas.

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• Conhecimento filosófico:

– volta-se para a investigação racional;

– tentativa de captar a essência do real;

• Preocupações do homem com o universo:

– Amalgamam-se o senso comum com as explicações religiosas e o conhecimento filosófico;

– No século XVI inicia-se a busca por conhecimento embasado em maiores garantias de verdade e repetibilidade;

– Agrega-se a experimentação ao método científico.

Evolução histórica do método

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Etapas do método1. Descobrimento de um problema ou de uma

lacuna num conjunto de conhecimentos;

2. Colocação precisa do problema ou recolocação de um velho problema à luz de novos conhecimentos;

3. Procura de conhecimentos já existentes ou instrumentos relevantes ao problema (ex. dados empíricos, teorias, pesquisas já realizadas, etc.);

4. Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados;

5. Invenção de novas idéias (hipóteses, teorias) ou geração de novos dados empíricos.

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Etapas do método6. Obtenção de uma solução com auxílio do

instrumental disponível;

7. Investigação das conseqüências ou decorrências da solução obtida, através da busca de prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio;

8. Prova da solução pelo seu confronto com a totalidade das teorias e das informações empíricas pertinentes;.

9. Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta; e

10. Recomeço: inicia-se um novo ciclo de investigação.

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• Definição: Um paradigma é um conjunto de crenças que comandam e fundamentam as atitudes das pessoas em determinada época acerca de determinado assunto;

– “A ciência vista como uma revolução implica o abandono de uma estrutura teórica e sua substituição por outra” (Thomas S. Kuhn).

Um paradigma

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A vida de um paradigma

Mudança de paradigma

tempo

Resultado do uso do

paradigma

Planejar a mudança de paradigma

Marasmo, muito esforço e pouco resultado, eventuais recuos

Esgotamento do paradigma

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Estrutura das revoluções científicas de Thomas S. Kuhn

• Idéias confusas e desordenadas; – pré-ciência;

• Ordenação das idéias por pensadores identificados entre si por crenças comuns; – crenças partilhadas, ciência normal, paradigma vigente;

• Pergunta que a ciência normal não responde:– anomalia nos conhecimentos, ruptura, discussões, crises;

• Hipóteses e testes de novos paradigmas;– se aceito o novo paradigma, tem-se uma nova ciência normal.

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• A ciência normal gera acúmulos quantitativos;– Até que surge:

• Uma anomalia nos conhecimentos, que se transforma em uma crise na ciência;– Que exige:

• Saltos qualitativos, uma revolução nos conhecimentos;– Que produz:

• Um novo paradigma, incomensurável perante outros diferentes paradigmas, pois muda a relação conceitual entre significado e significante.

Paradigma científico

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A noção de um paradigma científicoPré-ciência

Ciência normalUm único paradigma

Anomalia nos conhecimentos, crise, revolução

Nova ciência normalUm novo paradigma

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Métodos científicos

• Método Indutivo:– São feitas observações que, pela repetição e

similaridade, identificam as relações causais;

– A priori, a relação Causa-Efeito não se estabelece pela razão, mas pela experimentação;

– A partir de fatos reais, estabelecem-se relações causa-efeito, dando origem a uma generalização;

– Busca uma repetição baseada na similaridade e em um conjunto sistemático de observações;

– Vale-se da tradição científica voltada ao empirismo.

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• Exemplo de aplicação do método indutivo:– 2ª feira nasceu o sol;

– 3ª feira nasceu o sol;

– 4ª feira nasceu o sol;

– Conclusão (salto indutivo): todo dia nasce o sol.

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• Críticas ao método indutivo:– Salto indutivo: baseado em fatos insuficientes

(todo cisne deste lago é branco, logo todo cisne é branco, o que não é verdade);

O caso do peru indutivista: um peru é alimentado e bem tratado diariamente até que chega o dia de ser abatido.

– Indução completa: 2ª feira têm 24 horas, 3ª feira têm 24 horas, ... , domingo têm 24 horas; logo todo dia tem 24 horas (não amplia o limite do conhecimento e é uma investigação estéril);


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• Método Dedutivo:– São descobertas as condições de contorno e as

condições circunstanciais e deduzida teoricamente a hipótese;

– A hipótese que não for eliminada ou falseada por fatos reais é considerada válida;

– Opera por Exclusão;

• Cria uma teoria generalista e deduz hipóteses que explicam os casos particulares.


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• Método Dedutivo: exemplo;– Todo cão é mamífero;

– Todo mamífero tem coração;

– Logo, todo cão tem coração;

• Críticas ao método: a conclusão já existia, apenas estava escondida;

– A rigor, não se avança no conhecimento, apenas se explicitam relações existentes;

– Paradoxo: Todo cisne deste lago é branco (indução completa). Há outras coisas brancas neste lago. São cisnes?


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• Método Dedutivo:– Trabalha com uma técnica de tentativa e erro, ou mais

amplamente, conjecturas e refutações;

– “Ao invés de esperar passivamente que as repetições nos imponham regularidades, procuramos de modo ativo impor regularidades ao mundo” (Karl Popper);

– “... para fazer parte da ciência, uma dada hipótese derivada de uma dada conjectura, deve ser passível de ser falseada” (Karl Popper);

– Exemplo: Todas as substâncias se expandem quando aquecidas. Existe ao menos uma substância que não se expanda ao ser aquecida? Sim, o gelo.


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• Método Hipotético-Dedutivo:– A partir de observações, faz-se uma hipótese de causa;

– Se a hipótese de causa for verdadeira, algum efeito secundário surgirá;

– Identifica-se este efeito secundário e testa-se sua existência: se verificada, a hipótese de causa continua válida;

– A hipótese de causa continuará a ser válida até ser falseada por fatos reais. Toda afirmação científica deve ser falseável;

• Na relação efeito-causa-efeito não existe verdade absoluta: existem limites onde a relação é válida.


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• Método Hipotético-Dedutivo: um exemplo;– Toca o despertador e o dia está escuro;

– Hipótese de causa: amanheceu e o sol está encoberto;

– Efeito secundário: se o sol está encoberto, é possível que haja chuva;

– Teste do efeito secundário: estende-se a mão. Se molhar, a hipótese é válida, se não molhar, busca-se outra hipótese:

o relógio está certo?

apenas há nuvens e não está chovendo?

falseamento da hipótese válida: há algo ou alguém jogando água em minha mão, (ar condicionado, lavagem)?

– A hipótese continuará válida enquanto resistir aos testes.


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• Método Dialético:– Considera a natureza como um conjunto de relações em

permanente transformação: tudo é transitório;

– Emite-se uma tese, que vigora e evolui quantitativamente;

– A evolução quantitativa da tese provoca uma ruptura qualitativa;

– Uma antítese vigora e evolui quantitativamente até nova ruptura;

– Uma síntese, ou união dos contrários, surge, agregando elementos da tese e da antítese, vigorando até que nova ruptura ocorra;

– Crítica ao método: A síntese sempre existiu, apenas estava escondida na tese e na antítese.


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A noção do “vale-tudo”

• “... as metodologias da ciência fracassaram em fornecer regras adequadas para orientar as atividades dos cientistas” (Feyerabend: Contra o método)

• Crítica à necessidade de existência de um método científico universal;

– liberdade do indivíduo;

– a ciência não é, necessariamente, superior a outras áreas do conhecimento humano.

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Planejamento de pesquisas científicas

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• Estudo de Caso: análise intensiva em uma ou mais organizações reais, recolhendo um número expressivo de informações;

• Survey: evidencia regularidades, constâncias, padrões, relações ou semelhanças em um grande número de variáveis;

• Experimentação de Campo: testam-se hipóteses manipulando variáveis independentes;

• Experimentação de Laboratório: semelhante à Experimentação de Campo, porém com limitações;

• Simulação Computacional: constrói e manipula em meio virtual um modelo suficientemente representativo da realidade.

Técnicas de construção de conhecimento

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Estudo de Caso Survey Exp. de

Campo

Exp. Laborató-

rio

Simula-ção

Real Indutivo Indutivo Indutivo Virtual

Aberto Dedutivo Dedutivo Dedutivo Dedutivo Fechado

Sem controle

Hipotético-dedutivo




Com controle

Não-replicável Dialético Replicá-

vel

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teorias

formação de conceitose de proposições

generalizações empíricas

mensuração, descrição da amostra e estimativa de

parâmetros

observações

hipóteses

dedução lógica

decisões para aceitar ou rejeitar

hipóteses

inferência lógica

testes dehipóteses

interpretação, instrumentalização,

elaboração de escalas e amostragem

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TEORIAtécnicas

princípiosexplicações

formação do conhecimento

pesquisasexperiências

estudos de caso

PRÁTICAempresasgovernoescolas

disseminação do conhecimento

livrosartigos

educação formal


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O instrumento de construção do conhecimento: o projeto de pesquisa

• Pesquisa: procura respostas para uma pergunta;

• Pesquisa Básica: objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve interesses universais;

• Pesquisa Aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve interesses locais;

• Pesquisa Quantitativa: respostas quantificáveis,

– Requer o uso de estatísticas;

• Pesquisa Qualitativa: interpreta fenômenos e a atribui significados; – É descritiva, com informações categóricas.

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• Pesquisa Exploratória: proporciona familiaridade com o problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico;

– entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos;

• Pesquisa Descritiva: descreve as características de um fenômeno ou de relações entre variáveis;

– Usam técnicas de coleta de dados: questionário e observação.

• Pesquisa Explicativa: identifica os fatores que influem na ocorrência dos fenômenos;

– aprofunda o conhecimento da realidade ao explicar o porquê dos fenômenos. Nas ciências naturais requer o método experimental e nas ciências sociais requer o método observacional.


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• Pesquisa Bibliográfica: utiliza materiais já organizados, tais como livros, artigos científicos ou outras formas de registro;

• Pesquisa Documental: utiliza documentos ou outras fontes de informação que ainda não foram organizados ou publicação, tais como tabelas analíticas, relatórios de empresas, documentos arquivados, fotografias ou correspondências;

• Pesquisa Experimental: manipula diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo, estudando a relação entre causas e efeitos ao manipular a variável independente a fim de

observar o que acontece com a variável dependente.


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Planejamento de Projetos de Pesquisa

• Definir a que pergunta responder;– o problema da investigação; estado científico do problema;

validade e relevância científica; relação com outros projetos, linhas de pesquisa;

• Definir objetivos:– objetivos principal e secundários;avanços decorrentes da

pesquisa; formas de transferência dos resultados; estratégias para geração de impacto, divulgação dos resultados;

• Definir como será respondida a pergunta;

– técnicas de pesquisa; delimitação empírica; plano de execução;

• Definir os recursos necessários para o método;– recursos humanos, materiais e financeiros, fonte de

financiamento, cronograma.

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Como apresentar o planejamento de um projeto de pesquisa

• Introdução e objetivo;– Descreve e contextualiza o problema da investigação,

explicita a pergunta que será respondida;

• Estado científico do problema;– Revisão bibliográfica: Descreve a literatura e

pesquisas atuais;

– Prática na indústria: Descreve a observação da realidade visada.

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Como apresentar o planejamento de um projeto de pesquisa

• Metodologia do trabalho;– Descreve o plano e as técnicas de pesquisa que

serão usadas;

• Recursos necessários para aplicar o método;– Descreve e especifica os recursos humanos,

materiais e financeiros necessários, as fontes de financiamento e o cronograma;

• Bibliografia empregada na proposta;– Usar as normas para as referências de documentos

da ABNT.

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Como apresentar o resultado de um projeto de pesquisa: o artigo científico

• Abstracts, key-words;

• Introdução e objetivo;

– Descreve e contextualiza o problema da investigação, explicita a pergunta que foi respondida, já atualizada pela pesquisa;

• Estado científico do problema;

– Revisão bibliográfica atualizada;

– Prática na indústria: atualizada;

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Como apresentar o resultado de um projeto de pesquisa: o artigo científico

• Metodologia do trabalho:

– Descreve o plano e as técnicas de pesquisa que foram usadas;

• Análise e discussão dos resultados;

– Descreve os resultados e suas implicações;

• Conclusões e sugestões de continuidade;

• Referências bibliográficas.

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A comunicação na ciência

• Características da informação formal científica:– Pública, permanente, comprovada, recuperável e formal;

• Canais formais científicos:– Revistas com conselho editorial científico;

– Congressos e livros com conselho editorial;

• Canais informais:– Revistas de opinião;

– Tribunas livres;

– Livros auto-editados.

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Estratégia de pesquisa

• É apenas uma das muitas maneiras de fazer pesquisa.

• A escolha da estratégia de pesquisa depende de:– O tipo de questão da pesquisa;

– O controle que o pesquisador possui sobre eventos;

– O foco em fenômenos históricos x contemporâneos.

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Método de Pesquisa

Abordagem principal

Instrumento de coleta de dados

Experimental Quantitativa Experimentos

Survey Quantitativa Questionários ou entrevistas

Estudo de caso Qualitativa Observação direta e entrevistas

Pesquisa-ação Qualitativa Observação e participação direta

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• A questão da pesquisa não é uma hipótese a ser testada, mas sim, o ponto de partida de uma investigação. Esse ponto de partida, por sua vez, irá garantir a manutenção do foco nos estudos a serem realizados.

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• A definição de uma metodologia de pesquisa deve, obrigatoriamente, contemplar contingências como as listadas a seguir:

– objetivo principal – o qual descreve “como” a pesquisa pretende contribuir para a teoria a partir do conjunto de proposições a serem formuladas;

– fase de desenvolvimento do estudo – a qual posiciona a presente investigação no atual estágio de desenvolvimento científico do tema;

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– possibilidade de manipulação do objeto de estudo – a qual define a viabilidade de intervenção do pesquisador nas organizações em estudo; e

– confiabilidade – a qual considera as diferentes condicionantes que poderão afetar a qualidade dos dados coletados.

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Questão de pesquisaEstratégia Forma da

questãoExige

controle?

Foco acontec.

contemporâneos

Experimento

Como, por que sim Sim

Levantamento

Quem, o que, onde, quantos, quanto

não sim

Análise arquivos

Quem, o que, onde, quantos, quanto

não Sim / não

Pesquisa histórica

Como, por que não Não

Estudo de caso

Como, por que Não sim

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Estudo de caso

• Essência de estudo de caso:

tenta esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões; o motivo pelo qual foram tomadas, como foram implementadas e com quais resultados.

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Estudo de caso

• Unidade de amostra:

Caso único ou múltiplo.

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Estudo de caso - etapas• Definição e planejamento:

– Desenvolver a teoria;– Selecionar os casos;– Projetar o protocolo de coleta de dados.

• Preparação, coleta e análise:– Conduzir os estudos de caso;– Escrever relatório de caso individual.

• Análise e conclusão:– Chega a conclusão de casos cruzados;– Modifica a teoria;– Escreve relatório de casos cruzados.

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Estudo de caso - etapas• Habilidades necessárias:

– Fazer boas perguntas;

– Ser bom ouvinte (sem preconceitos);

– Adaptável e flexível;

– Noção clara das questões que estão sendo estudadas;

– Imparcial em relação a noções preconcebidas.

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Estudo de caso - etapas• Protocolo do estudo de caso:

– Conjunto de questões que refletem a investigação real.

– As questões são feitas como guia para o pesquisador.

– Listar fontes de evidência.

– Se necessário, fazer um piloto.

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Estudo de caso - etapas• Coleta das evidências:

– Documentação;

– Registros em arquivos;

– Entrevistas;

– Observações diretas;

– Artefatos físicos.

• Usar várias fontes de evidência.

• Criar banco de dados para o estudo de caso.

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Estudo de caso - etapas

• Analisar evidências.

– Dispor info em séries diferentes;

– Criar modos de apresentação dos dados;

– Classificar eventos diferentes;

– Examinar informações.

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Estudo de caso - etapas

• Compor relatório de estudo de caso.

– Conforme artigo para Enegep.

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Avaliação do trabalho

• Blind.

• Clareza dos objetivos;

• Profundidade da análise;

• Atualidade da revisão bibliográfica;

• Adequação da metodologia utilizada;

• Grau em que os objetivos foram alcançados;

• Conclusões;

• Qualidade do texto.

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Referências BibliográficasLAKATOS, E.; MARCONI, M. Fundamentos da metodologia científica. S. Paulo: Atlas,

1990.

MÁTTAR NETO, J. Metodologia científica na era da informática. S. Paulo: Saraiva, 2002.

MAZZOTTI, A; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais. S. Paulo: Pioneira, 2002.

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REA, L.; PARKER, R. Metodologia de pesquisa. S. Paulo: Pioneira, 2002.

SELLTIZ, C. et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1967.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1992.

TRIVIÑOS, A. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1990.

YIN, R. Case study research - Design and methods. London: Sage, 1994.

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