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CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS: TERRA, ENROCAMENTO E
REJEITOS
PROFESSOR: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Métodos construtivos de barragens de terra e enrocamento
Métodos construtivos de barragens de Terra
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Para a seleção de métodos construtivos, na execução de uma barragem de terra ou de
enrocamento, diversos métodos devem ser considerados, incluindo-se:
• Plano de escavação das jazidas;
• Processamento dos materiais;
• Transporte;
• Espalhamento no maciço da barragem;
• Controle da umidade;
• Compactação;
• Controle de qualidade,
• etc.
Muitas variáveis devem ser levadas em consideração, antes da seleção dos métodos de
construção. Dever-se-á dispor de maior quantidade de tipos de equipamentos, à medida
em que forem utilizados diferentes tipos de materiais, obtidos a partir de diferentes jazidas
e/ou profundidades, transportados através de estradas de rampas variadas, maior
zoneamento da barragem, diferentes espessuras de lançamento das camadas, etc.
Métodos construtivos de barragens de Terra
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Na maioria das obras, à empreiteira é dada grande liberdade na escolha dos
equipamentos a serem empregados na construção;
Entretanto, em alguns casos, o equipamento pode ter um grande efeito sobre as
propriedades finais do maciço da barragem, havendo necessidade de se impor
algumas restrições nos tipos a serem usados;
Por exemplo. na escavação da jazida, um equipamento que escava em lances mais
profundos provoca a mistura dos materiais situados em níveis diferentes, o que vai
influir nas características da seção transversal da barragem;
um equipamento que escava em pequena profundidade, requer que a escavação se
dê em grandes áreas. o que resulta em maior exposição do material ao tempo que, em
certos caso, pode ser interessante para facilitar a correção da umidade excessiva.
Métodos construtivos de barragens de Terra
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As operações básicas para a construção do maciço de uma barragem são:
• Escavação;
• Transporte;
• Espalhamento;
• Separação de materiais;
• Correção da umidade;
• Homogeneização;
• Compactação.
Escavação
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São ações voltadas á movimentos de terra relativas a extração do solo de um
meio com finalidade de implantação de fundação, sistemas de drenagem,
materiais construtivos, etc.
A escavação é usualmente executada por meio de:
• Escavadeiras;
• Pás carregadeiras;
• Dragas;
• "scrapers“;
• "loaders“;
• etc.
Cada equipamento oferece certas vantagens e, geralmente, diversos tipos
podem ser usados em uma mesma obra.
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• São os equipamentos mais comuns de escavação.
Nas jazidas de terra, em que as características dos
materiais variam com a profundidade, a escavação
realizada através desses equipamentos proporciona
a mistura dos solos e da sua umidade;
• Pode-se controlar, grosseiramente, as
porcentagens dos materiais desejados, através da
variação da profundidade de corte;
• Esse efeito de mistura de materiais também pode
ser conseguido no caso de enrocamentos,
programando-se as alturas das bancadas de
desmonte nas pedreiras;
• Após o desmonte, estes equipamentos conseguem
promover a mistura dos diferentes tipos ou
graduação das rochas, para a obtenção do produto
desejado.
Escavação – Escavadeiras e Pás carregadeiras
Escavação – Dragas de arrasto ( “ Drag-line”)
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As dragas de arraste têm uso menos frequente, apesar de poder trabalhar em quase todos
os lugares onde não operam as escavadeiras;
Entretanto, são muito lentas e não produzem uma mistura satisfatória dos materiais em um
corte vertical. Não são aplicáveis a materiais de enrocamento e solos de consistência dura;
A sua principal vantagem é que podem trabalhar acima do poço de escavação, sendo mais
empregadas quando os materiais são muito úmidos e não apresentam capacidade de
suporte para as escavadeiras;
Possuem esteiras bem largas, conduzindo a pressões mínimas sobre o solo;
Abertura de grande valas com grandes dimensões e desde que não haja escoramento,
usando –se caimentos convenientes.
Escavação - Dragas
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As dragas de arraste são especialmente utilizadas na
escavação submersa de areias e de cascalhos, sem
necessidade de rebaixamento do lençol freático.
Em certos casos, os materiais precisam ser empilhados,
para a eliminação do excesso de umidade, antes da sua
utilização.
São utilizadas somente em escavações
subaquáticas, principalmente para a obtenção de
materiais granulares (areias e cascalhos), para a
construção de filtros e transições;
Este equipamento é também empregado na
construção de aterros hidráulicos, o que traz uma
grande redução no custo do transporte, pois os
materiais são lançado diretamente na área do
maciço da barragem.
Draga de sucção
Draga de arraste
Escavação – Motoscraper Convencional
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O motoscraper é uma particularidade do Scraper, conhecido como “ Scraper automotriz”, onde um
único eixo se apoia sobre um rebocador de um ou dois eixos, através de um pescoço;
A montagem permite ganho de aderência entre as rodas motrizes;
Acionamento dos movimentos do “Motoscraper” é feito através de pistões hidráulicos que permitem
os movimentos de abaixar e levantar;
Distâncias médias e grandes, terreno compacidade média ou baixa, rampas até 10 %,
terrenos bom suporte e afundamento < 15% (baixa resistência ao rolamento).
Escavação - Scrapers
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Os "scrapers" são equipamentos que têm a capacidade de realizar as operações de escavação,
transporte e espalhamento;
Podem operar a baixa velocidade, quando puxados por trator de esteira ou mais rapidamente,
quando puxados por "cavalo" de pneus;
Os primeiros servem principalmente para raspagem e limpeza das áreas de empréstimo e somente
são usados em escavação quando a distância de transporte é muito curta;
Os últimos geralmente requerem o uso de tratores,
para auxiliar na operação de carregamento. São
frequentemente utilizados quando existe alguma
distância de transporte;
Os "scrapers" apresentam a vantagem de
praticamente não requererem operação de
espalhamento, lançando o material em camadas,
quase prontas para a compactação;
Como os "scrapers" escavam o solo em camadas finas, não são eficientes na mistura de
materiais, sendo, portanto, mais recomendáveis para trabalhar em áreas de empréstimo onde os
solos são uniformes ou onde se deseja escavar seletivamente os materiais, em jazidas
estratificadas.
Escavação - Loaders
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Quando as áreas de empréstimo são amplas, com topografia plana, constituídas de materiais
uniformes, a escavação por meio de "loaders" constitui o processo mais econômico e rápido
de trabalho;
Entretanto, se a área de empréstimo é curta, a produção cai verticalmente, impossibilitando
que a escavação seja feita continuamente, requerendo frequentes operações de retorno, para
a retomada da bancada de escavação;
Este tipo de equipamento não pode ser utilizado se for requerida escavação seletiva ou
misturas programadas dos materiais de empréstimo.
Dependendo da consistência do material, podem ser requeridos um ou dois tratores para
operar a "loader". A eficiência de escavação é muito prejudicada, quando há ocorrência de
matacões nas áreas de empréstimo.
Transporte
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O transporte dos materiais pode representar uma parcela considerável no custo do
maciço da barragem e, muitas vezes, recorre-se ao aproveitamento de jazidas mais
próximas, mesmo que estas sejam de qualidade inferior;
Os equipamentos de transporte devem ter características que tornem fáceis e rápidas as
operações de carga e descarga. Por outro lado, o tipo de equipamento de transporte
exerce pouca ou nenhuma influência sobre as propriedades do material ou do produto
acabado;
Todavia, quando se utilizam equipamentos pesados, é preciso orientar o tráfego sobre o
aterro, de forma a evitar a supercompactação, que dá origem à laminação nas
camadas onde há concentração do tráfego.
Outra alternativa para tratar este problema, é obrigar que o tráfego se concentre em
uma faixa localizada, retrabalhando posteriormente as camadas afetadas pela
supercompactação;
Os principais tipos de equipamentos de transporte são: caminhões basculantes, vagões,
"scrapers", correias transportadoras, calhas ou tubulações, etc, e a sua escolha, em
certos casos, fica condicionada ao tipo.
Transporte – Caminhão basculante (“Fora-de-estrada”)
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Existem diversos tipos e tamanhos de caminhões, que podem bascular para frente, para traz,
ou para o lado, a sua carga.
A escolha do tipo a ser adotado depende principalmente das dimensões da obra, do tipo de
material, do volume do aterro, da necessidade ou não de grande produção, da distância de
transporte e das rampas a serem vencidas;
Os denominados "fora de estrada" são caminhões reforçados, projetados para suportar os
choques que ocorrem durante a carga e a descarga de grandes blocos de enrocamento;
Devido à baixa relação entre o peso da carga e o do caminhão, os custos diretos de sua
utilização são muito elevados, se forem utilizados para o transporte de solo. Como eles têm
maior potência por tonelada de carga, são especialmente recomendados para transporte em
estradas com rampas íngremes.
Transporte – Vagões
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São equipamentos com basculamento de fundo, de grande capacidade, utilizados para
transporte de materiais terrosos, podendo ser operados com altas velocidades.
O seu carregamento é feito por meio de "loaders" e a descarga se faz com o vagão em
movimento, resultando uma leira extensa, que pode ser espalhada por trator de esteira
ou motoniveladora de grande porte.
Devido ao seu grande peso, o trajeto sobre o aterro da barragem deve ser controlado,
a fim de se evitar a ocorrência de laminações. Além disso, deixa lisa a superfície por
onde passa, requerendo escarificação contínua do aterro, para melhorar o contato
entre as camadas.
Transporte – Correias transportadoras
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Este tipo de equipamento tem sido utilizado em poucas barragens, para o transporte
dos materiais de empréstimo;
Apresenta vantagens em locais de topografia acidentada, quando existe grande
diferença de nível entre a área de empréstimo e a barragem e o custo de construção
e de manutenção das estradas de acesso é muito elevado;
Para a melhor distribuição do material na área da barragem, o trecho final da correia
pode ser construído de forma a permitir a rotação em torno de um pivô, lançando o
material em diversos pontos do aterro ou do enrocamento;
Na saída, pode-se também instalar uma central, para carregamento de caminhões.
Transporte – Calhas e tubulações
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Na execução de aterros hidráulicos, o transporte do material da área de empréstimo até a
barragem pode ser feito na forma de lama, através de calhas ou de tubulações.
As calhas são usadas quando existe diferença de nível entre os dois locais, sendo a lama
Transportada por gravidade. As tubulações são usadas quando há necessidade de
bombeamento.
Este tipo de transporte é muito utilizado na construção de barragens para contenção de
rejeitos, quando se utiliza o próprio rejeito como material de construção.
Antes do seu lançamento, o rejeito pode passar por hidro ciclones, que separam as partículas
grossas, que são aproveitadas na construção da barragem, das partículas mais finas, que são
lançadas no reservatório.
Espalhamento
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O material é lançado sobre a superfície do maciço, em camadas, pilhas ou leiras. As pilhas e
leiras são espaçadas, de forma a serem espalhadas por trator de lâmina ou motoniveladora,
formando uma camada com a espessura desejada, sem necessidade de conduzir o material a
grandes distâncias;
O espalhamento do material deve ser feito em direção paralela ao eixo da barragem (assim
como a compactação), para se evitar a formação de eventuais caminhos preferenciais de
percolação na direção montante-jusante;
A espessura de espalhamento depende do tipo de material, do equipamento
compactador e, às vezes, do número de passadas para a compactação;
Deve ser determinada de forma a não resultar elevado gradiente de compactação em toda a
altura da camada, isto é, não deve haver variação sensível no valor da massa específica do
solo, desde o topo até a base da camada e satisfazendo aos requisitos quanto ao grau de
compactação desejado;
Como a espessura da camada de solo lançado pode ser afetada sensivelmente pela
passagem dos equipamentos de transporte carregados, as especificações de construção
costumam fixar valores para a espessura medida após a compactação.
Espalhamento - Motoniveladora
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São equipamentos que apresentam grande mobilidade da lâmina de corte e
precisão de movimentos e seu posicionamentos nas situações mais diversas;
As lâminas podem ser anguladas em relação a um eixo vertical;
Entre a lâmina e o eixo dianteiro possui um escarificador utilizado para romper o
romper o solo compacto ou uma camada antiga de pavimentação;
Espalhamento – Trator de esteira
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Nas barragens de enrocamento com núcleo de terra, o espalhamento do enrocamento deve
ser conduzido, de forma a providenciar que os blocos maiores fiquem afastados e os menores
próximos ao núcleo, para melhorar as condições de transição entre os dois tipos de materiais.
Pra isto se utiliza os tratores de esteira;
O trator de esteira ( Unidade escavo empurradora) que tem a capacidade de escavar e
empurrar o solo;
Nos materiais de serem escavados, o empuxo aumenta bastante a eficiência da operação de
corte, resultando em aumento de produção.
Segregação e mistura de materiais
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Na construção de aterros devem ser removidos os blocos de rocha ou
matacões de dimensões maiores que a espessura das camadas, para
não prejudicarem a sua compactação;
Dependendo da porcentagem de ocorrência, esses materiais podem ser
removidos no próprio aterro ou antes do seu lançamento na barragem;
A primeira hipótese somente é aplicável quando a porcentagem de
blocos ou matacões é reduzida, realizando- se esta operação por meio
de uma grade, colocada em substituição à lâmina do trator ou mesmo
manualmente, se este procedimento for viável;
Em caso contrário, a separação deve ser feita através de uma usina de
peneiramento, sendo os materiais graúdos aproveitados em outra zona
da barragem, fora do aterro.
Segregação e mistura de materiais - Peneiramento
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Peneiras vibratórias mecânicas também comumente referidas como separadores
giratórios ou máquinas de triagem, são uma parte tradicional de processamento de pós
de granéis sólidos.
Eles classificam os materiais, separando-os por tamanho de partícula através de uma
malha de tela.
Usando uma combinação de movimentos horizontais e verticais por meio de um motor
vibratório, espalham o material sobre uma tela em padrões de fluxo controlado.
Correção de umidade
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A correção da umidade do material do aterro, antes de sua compactação, deve ser feita
predominantemente na área de empréstimo. Na área da barragem, devido às
dificuldades de homogeneização, deve ser previsto apenas o ajuste final, de, no
máximo, 1 %;
Para compensar as perdas de umidade durante o transporte e o lançamento, o material
deverá ser escavado com cerca de 1 % acima do teor desejado;
Estes procedimentos garantem melhor homogeneização do aterro e maior eficiência de
compactação;
Quando a diferença entre a umidade natural na área de empréstimo e a desejada é
muito grande, as operações de correção da umidade, seja por irrigação, seja por
aeração, devem ser iniciadas com bastante antecedência em relação à de escavação;
Nos casos em que é necessário acréscimo de umidade, este se faz por meio de:
• caminhões-pipa;
• grandes tanques puxados por "cavalos de scraper“.
Correção de umidade
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Na construção de enrocamentos, é recomendável proceder-se à molhagem do
material, para a remoção dos finos dos contatos entre os blocos, para minimizar
os recalques que ocorrem após a construção;
Além disso, a molhagem provoca, em certos tipos de rocha, a diminuição da sua
resistência e, consequentemente, a quebra dos cantos dos blocos nos contatos,
contribuindo também para a antecipação dos recalques;
Esta molhagem é feita através de monitores, sendo utilizado um volume de água de
cerca de 25 % do volume de enrocamento.
Correção de umidade - Gradeamento
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Quando o material de aterro se apresenta com excesso de umidade, o que ocorre
principalmente após os períodos de chuva, a secagem é feita através de sua exposição ao
sol, auxiliada por gradeamento contínuo da camada superficial.
Se ocorreu chuva intensa ou prolongada, quando a superfície do aterro se encontrava
revolvida, pode resultar em acréscimo tão elevado do teor de umidade, que será necessária a
remoção de toda a camada solta, para o reinicio dos trabalhos após as chuvas;
A fim de se minimizar estes problemas, na iminência de chuvas, é uma boa prática o
alisamento da superfície do aterro ("selagem"), por meio de um rolo.
Homogeneização
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Esta operação é geralmente utilizada antes da compactação, para garantir uma mistura
perfeita, entre o material solto, remanescente da camada inferior e o da camada lançada,
como também a uniformização da umidade em toda a espessura da camada. Este
procedimento garante maior eficiência e uniformidade de compactação.
A homogeneização é executada por meio de uma grade de discos, puxada por trator de
pneus, que geralmente permanece trabalhando continuamente a camada, enquanto são
ultimados os serviços de espalhamento e acerto da sua espessura.
Compactação
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Os procedimentos para compactação e controle de um aterro são diferentes dos
utilizados na construção de um maciço de enrocamento;
Geralmente, as especificações para a construção de aterros estabelecem as condições
para a aceitação do produto acabado, ficando a critério da empreiteira a escolha do
equipamento de compactação e do número de passadas, para se chegar ao resultado
desejado;
O tipo de equipamento a ser usado e o número de passadas requeridas dependem do
tipo de material e da espessura da camada de compactação;
Os materiais impermeáveis são usualmente compactados por rolos pé-de-carneiro ou
rolos pneumáticos, enquanto que os materiais permeáveis e granulares podem ser
compactados por rolos vibratórios e até mesmo por trator de esteira, auxiliados por
molhagem intensiva.
Compactação – Tipos de equipamentos
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Atualmente existe uma grande variedade de compactadores. para cada tipo
acima mencionado, puxados por diferentes tipos de equipamentos:
• Rolos pé-de-carneiro;
• Rolos do tipo "tamping“;
• Rolos pneumáticos pesados, de pneus grandes;
• Rolos vibratórios (tambor liso ou do tipo "tamping“);
• Compactadores manuais;
• Placas vibratórias.
Compactação – Rolo pé-de-carneiro
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Este tipo de rolo e sua denominação tiveram origem na constatação de que os animais
caminhando sobre uma superfície de terra produzia razoável compactação;
O termo pé-de-carneiro foi inicialmente usado para os rolos cujas patas apresentavam uma
saliência arredondada nas extremidades. Atualmente, esta denominação é utilizada para os
diferentes tipos de rolos metálicos, com patas;
Os pesos dos rolos e as dimensões das patas são as mais variáveis e o tipo mais
padronizado é o especificado pelo U. S. Bureau of Reclamation;
São usados para compactação de solos com matriz argilosa, em camadas com espessura
variando entre 15 e 30 cm;
Compactação – Rolo pé-de-carneiro (Recomendações)
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Os tambores não devem ter menos que 1,50 m de diâmetro, comprimento entre 1,20 e
1,80 m, com espaço entre dois tambores adjacentes de 30 a 45 cm;
Cada tambor deve ser independente, para poder girar em torno de um eixo paralelo à
direção do tráfego;
Deve haver uma pata para cada 650 cm2 de superfície do tambor; o espaço entre os
pés deve ser maior ou igual a 22,5 cm; o comprimento dos pés deve ser de, no
mínimo, 22,5 cm;
A seção transversal dos pés, a uma distância de 15 cm da superfície do tambor deve
ser de 65 cm2 e não pode ser menor que 45 cm2, nem maior que 65 cm2, a uma
distância de 20 cm dessa superfície;
O peso do rolo, quando totalmente carregado, com areia e água, não deve ser menor
que 6 toneladas, por metro de tambor;
Os rolos devem ser providos de limpadores, para evitar que a terra fique aderida entre
as patas, o que seria prejudicial à compactação.
Compactação – Rolo Pneumático
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São atualmente muito utilizados, principalmente na construção de aterros de
estradas, os rolos pneumáticos auto-propulsados. São mais leves (10 a 35 ton) e
apresentam grande facilidade de manobras;
Aplicados para solos siltes arenosos, argilas arenosas e areias com pedregulhos;
a espessura da camada varia entre 10 e 20 cm;
Os pneus são menores, as rodas articuladas, dispostas em dois eixos: três
dianteiras e quatro traseiras ou quatro dianteiras e cinco traseiras;
A pressão dos pneus varia entre 50 e 120 libras/pol², podendo ser controlada
com o rolo em marcha, permitindo aumentar a área de contato pneu-solo,
quando a camada ainda está fofa e diminuí-la, à medida em que vai aumentando
o grau de compactação com o número de passadas.
Compactação – Rolo Pneumático
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São equipados com 4 rodas pneumáticas, dispostas lado a lado;
Os pneus têm capacidade de operar com pressão variando entre 80 e 100
libras/Pol²;
As rodas têm eixos independentes entre si e de forma a que recebam cargas iguais,
quando o rolo está sendo puxado; a carga mínima é de 12 toneladas por roda;
O espaçamento entre as rodas deve ser tal que a distância entre os pneus não seja
maior que a metade de sua largura, quando totalmente carregados.
Compactação – Rolo vibratório
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Os rolos vibratórios são usados, principalmente, na compactação e adensamento de
materiais granulares (aproximação rápida das partículas);
Podem ser rebocados ou auto-propulsados, com tambores lisos ou corrugados. A
frequência de vibração é variável, podendo-se adapta-la. para resultar melhor
eficiência de compactação, em função do tipo de material;
Na compactação de enrocamentos têm sido mais utilizados os rolos de 10 toneladas
que, com a vibração, introduzem impacto dinâmico, chegando a carga a atingir 25
toneladas;
O princípio de funcionamento é baseado no acionamento da massa móvel colocada
de forma excêntrica em relação à um eixo, que consequentemente provoca vibrações
(frequências entre 1000 a 4800 ciclos por minuto) que se propagam no tambor e por
sua vez no terreno;
Maiores rendimentos em velocidades mais baixas;
Os enrocamentos são compactados em camadas de 60 a 100 cm e, os aterros, de 15
a 30 cm de espessura.
Compactação – Rolo vibratório
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Compactação – Rolo Tamping
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São rolos semelhantes ao pé-de-carneiro, com patas curtas e largas, auto-
propulsados ou puxados, vibratórios ou não;
Podem operar com eficiência a maiores velocidades (15 a 20 km/h), enquanto
que os pé-de-carneiro tradicionais operam somente em baixas velocidades (4 a 6
km/h).
Compactação – Placa vibratória
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De um modo geral são utilizadas para solos granulares e soltos como areia, britas,
pedras de pavimentação e asfaltos;
Em barragens de terra, as placas vibratórias são utilizadas para a compactação de
filtros em chaminé, e o método construtivo destes consiste em se escavar uma vala no
aterro, para o seu preenchimento com areia; a espessura das camadas é da ordem de
30 cm, molhando-se intensamente a areia à medida em que a placa vibratória vai se
aproximando para a sua compactação.
Compactação – manual
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São utilizados para compactação de solo, nas primeiras camadas de fundação
em rocha e em locais de difícil acesso aos equipamentos pesados, tais como:
• Junto a estruturas de concreto;
• Proximidades da instrumentação, para prevenir contra eventuais danos que
possam ser causados pelos rolos pesados.
Podem ser acionados por ar comprimido ou por motores a gasolina; a espessura
das camadas é da ordem de 10 cm.
Compactação – Solos x Equipamentos (Aplicação)
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Compactação – Solos x Equipamentos (Eficiência)
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Compactação – Enrocamentos
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Até a década de 60 - A maioria das grandes barragens de enrocamento era
construída com blocos de rocha sã, lançados em camadas de espessura variável
entre 5 e 30 metros, lavados com água na proporção entre 2:1 e 4:1, em volume
(água/enrocamento). → Evitar recalques excessivos e desiguais.
A partir da década de 70 - Houve a necessidade de minimizar os recalques do
espaldar de montante, para não prejudicar a estanqueidade da laje apoiada
sobre este paramento. → Os enrocamentos passaram a ser compactados com
rolos vibratórios, em camadas de 60 a 90 cm de espessura. Esta prática permitiu
o aproveitamento de ampla faixa de materiais rochosos, tais como, rochas moles,
com certa quantidade de finos, que não eram tolerados nos enrocamentos
simplesmente lançados.
Atualmente, as barragens de enrocamento são predominantemente construídas
em camadas compactadas.
Construção de elementos filtrantes
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O tapete drenante, do sistema de drenagem interna da barragem, geralmente fica
apoiado sobre a superfície da fundação, sendo constituído de camadas múltiplas, de
materiais filtrantes e drenantes, de permeabilidade elevada, para permitir o escoamento
das águas que percolaram através da fundação e da barragem;
Quando a superfície da fundação é horizontal
ou pouco inclinada, o tapete é construído em
camadas, que são compactadas por meio de
rolos vibratórios ou tratores de esteira,
imediatamente após intensa molhagem;
Quando a superfície tem forte inclinação,
como nas ombreiras, a construção do tapete
é conduzida juntamente com o aterro, em
pequenos lances, sendo a sua compactação
feita por meio de placa vibratória ou de rolo
pneumático.
Construção de elementos filtrantes
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Os filtros em chaminé, verticais ou inclinados, geralmente são constituídos de um
único material, na maioria das barragens, de areia grossa natural. Sua espessura
é da ordem de 1 metro, geralmente adotada em função da mínima dimensão
requerida para a sua construção.
Podem ser construídos em camadas finas, de espessura igual a uma ou duas
vezes à espessura do aterro, lançadas antes e compactadas juntamente com
este, por meio de rolo vibratório ou pneumático;
Também podem ser construídos após o aterro ter atingido uma certa espessura,
da ordem de 1 a 2 metros, por escavação deste e substituição por material de
filtro, sendo compactado em camadas, por meio de placa ou de pequeno rolo,
vibratórios.
Construção de elementos filtrantes
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Escavação do aterro(Filtros verticais)
Construção paralela(Filtros inclinados)
Construção de elementos filtrantes (Transição)
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Os materiais de transição são compactados com rolos vibratórios ou
pneumáticos, tomando-se precauções para que o aterro adjacente à
transição não fique sem compactação.
Construção do Rip-Rap
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Após a construção de uma certa espessura de aterro. Toda a terra solta
sobre a face do talude é raspada, por meio de um trator de lâmina e
espalhada sobre a superfície do aterro;
A seguir, é lançada a camada de transição e o "rip-rap“;
Quando se dispõe de enrocamento bem graduado, pode-se construir o
"rip-rap" sem camada de transição, adotando-se a técnica de espalhar o
enrocamento de cima para baixo, com a lâmina do trator abaixada, que
vai sendo gradativamente levantada à medida em que o trator vai
descendo pela superfície do talude;
Assim, consegue-se fazer com que o material mais fino fique em contato
com o aterro, que servirá de transição para os grandes blocos, a serem
colocados no lance seguinte de construção do "rip- rap".
Construção do Rip-Rap
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Sequência construtiva – Pequena Barragem (MG)
Curso de capacitação em estruturas de barragens de Terra, enrocamento e rejeitos. Professor: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira
Construção do aterro
Transporte + espalhamento Umedecimento Compactação
Construção da fundação
Abertura de vala Preenchimento com solo argiloso Compactação