11. colheita, beneficiamento e classificação do arroz · umidade na colheita e produtividade do...
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11. Colheita, Beneficiamento e Classificação do Arroz
COLHEITAPonto de colheita:
• Critério visual2/3 do ápice os grãos vítreos 1/3 da base de grãos farináceos
•Critério técnico determinação da umidade 17- 23 %
Ponto de colheita:
• Critério visual2/3 do ápice os grãos vítreos 1/3 da base de grãos farináceos
•Critério técnico determinação da umidade 17- 23 %
Ponto idealde
colheita
Ponto idealde
colheita
Máxima % grãos madurosMáxima % grãos maduros
Mínima % grãos imaturosMínima % grãos imaturos
Fonte: Oi, 2006
Ponto ideal de colheita
Fonte: Oi, 2006
COLHEITA
Obs: De maneira geral a colheita é realizada por volta de 30 dias após fertilização
(depende das condições climáticas). Obs: De maneira geral a colheita é realizada por volta de 30 dias após fertilização
(depende das condições climáticas).
Fonte: Binotti et al. (2007)
Umidade = 0,0461DAF2 - 3,273DAF + 80,221R2 = 0,9613
23
25
27
29
31
33
35
37
18 20 22 24 26 28 30
Dias após o florescimento médio (DAF)
Um
idad
e na
col
heita
(%)
Figura 01. Relação entre colheitas feitas com o passar dos dias após florescimento médio e o grau de umidade na colheita e produtividade do arroz de terras altas irrigado. Selvíria (MS), 2002/03.
Produtividade = -10,531DAF2 + 593,06DAF - 4393,2R2 = 0,932
2.7002.8503.0003.1503.3003.4503.6003.7503.9004.050
18 20 22 24 26 28 30
Dias após o florescimento médio (DAF)
Prod
utiv
idad
e (k
g/ha
)
Fonte: Breseghello e Stone (1998).
Figura 2. Rendimento de grãos inteiros no beneficiamento considerando-se o momento de colheita em número de dias após o florescimento médio.
3225 39 46 53
PERDAS NA CULTURA DO PERDAS NA CULTURA DO ARROZARROZ:
COLHEITA FEITA ANTES DO COLHEITA FEITA ANTES DO PONTO DE MATURAPONTO DE MATURAÇÇÃOÃO
• UMIDADE ;
• MENOR PRODUTIVIDADE (GRÃOS VERDES, MAL FORMADOS E GESSADOS);
• TRILHA INEFICIENTE (GRÃOS RETIDOS NA PANÍCULA);
• BAIXA DE RENDIMENTO DA MÁQUINA –EMBUCHAMENTOS;
• MAIOR PROPORÇÃO DE GRÃOS VERDES E GESSADOS – MAIOR N° DE GRÃOS QUEBRADOS NO BENEFICIAMENTO;
• REDUZ ACEITAÇÃO E O VALOR COMERCIAL DO PRODUTO;
• NECESSITADA DE SECAGEM IMEDIATA (FERMENTAÇÃO).
COLHEITA FEITA ANTES DO COLHEITA FEITA ANTES DO PONTO DE MATURAPONTO DE MATURAÇÇÃOÃO
COLHEITA FEITA DEPOIS DO COLHEITA FEITA DEPOIS DO PONTO DE MATURAPONTO DE MATURAÇÇÃOÃO
• GRÃOS MUITO SECOS;
• DEBULHA NATURAL E ACAMAMENTO;
• RISCOS CLIMÁTICOS;
• ATAQUE DE INSETOS, DOENÇAS, PÁSSAROS, ROEDORES;
• GRÃOS INTEIROS (principalmente se ocorrer alternância de chuvas e sol forte).
HORHORÁÁRIO PARA COLHEITARIO PARA COLHEITA
• UMIDADE;
• NÃO MUITO CEDO – ORVALHO;
• EM CASO DE CHUVA, ESPERAR PARA QUE O ARROZ FIQUE SECO.
•• UMIDADE;UMIDADE;
•• NÃO MUITO CEDO NÃO MUITO CEDO –– ORVALHO;ORVALHO;
•• EM CASO DE CHUVA, ESPERAR EM CASO DE CHUVA, ESPERAR PARA QUE O ARROZ FIQUE PARA QUE O ARROZ FIQUE SECO.SECO.
• REQUER EM TORNO DE 10 HOMEM-DIA /ha;
• PEQUENAS LAVOURAS;
• CORTE – CUTELO (Próximo ao nível do solo, de 15 a 30 cm);
• RECOLHIMENTO E A TRILHA, SÃO REALIZADOS MANUALMENTE.
•• REQUER EM TORNO DE 10 HOMEMREQUER EM TORNO DE 10 HOMEM--DIA /ha;DIA /ha;
•• PEQUENAS LAVOURAS;PEQUENAS LAVOURAS;
•• CORTE CORTE –– CUTELO (PrCUTELO (Próóximo ao nximo ao níível do solo, de vel do solo, de 15 a 30 cm);15 a 30 cm);
•• RECOLHIMENTO E A TRILHA, SÃO RECOLHIMENTO E A TRILHA, SÃO REALIZADOS MANUALMENTEREALIZADOS MANUALMENTE..
COLHEITA MANUALCOLHEITA MANUAL
Fonte: Arf (2007)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
• CORTE MANUAL É REALIZADO POUCO ABAIXO DAS PANÍCULAS;
• TRILHA: TRILHADORAS
•• CORTE MANUAL CORTE MANUAL ÉÉ REALIZADO POUCO REALIZADO POUCO ABAIXO DAS PANABAIXO DAS PANÍÍCULAS;CULAS;
•• TRILHA: TRILHADORASTRILHA: TRILHADORAS
COLHEITA SEMICOLHEITA SEMI--MECANIZADAMECANIZADA
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
Fonte: Arf (2010)
COLHEITA MECANIZADACOLHEITA MECANIZADA
TODAS AS OPERAÇÕES SÃO REALIZADAS POR MÁQUINAS.
FUNÇÕES DE UMA COLHEDORA
• CORTE DA CULTURA E DIRECIONAMENTO PARA OS MECANISMOS DE TRILHA;
• TRILHA: QUE CONSISTE NA SEPARAÇÃO DOS GRÃOS DE SUAS ENVOLTURAS E DE PARTES DE SUPORTE NA PLANTA;
• SEPARAÇÃO DO GRÃO E DA PALHA; • LIMPEZA.
• CORTE DA CULTURA E DIRECIONAMENTO PARA OS MECANISMOS DE TRILHA;
• TRILHA: QUE CONSISTE NA SEPARAÇÃO DOS GRÃOS DE SUAS ENVOLTURAS E DE PARTES DE SUPORTE NA PLANTA;
• SEPARAÇÃO DO GRÃO E DA PALHA; • LIMPEZA.
EMBRAPA
Fonte: Arf (2010)
COLHEITA
Fonte: Arf (2010)
COLHEITA
UNESP - Botucatu
SECAGEM
Como o arroz é colhido nas maioria das vezes com umidade elevada e com grandes quantidades de impurezas e matérias estranhas, é necessário o processo de pré-limpeza e secagem dos grãos.
Como o arroz é colhido nas maioria das vezes com umidade elevada e com grandes quantidades de impurezas e matérias estranhas, é necessário o processo de pré-limpeza e secagem dos grãos.
A secagem dos grãos que chegam da lavoura deve ser iniciada tão logo se realize a colheita ou, no máximo, até 24 horas após. Entretanto, isso não sendo possível, é importante pré-limpar, aerar e/ou pré-secar o arroz.
A secagem dos grãos que chegam da lavoura deve ser iniciada tão logo se realize a colheita ou, no máximo, até 24 horas após. Entretanto, isso não sendo possível, é importante pré-limpar, aerar e/ou pré-secar o arroz.
SECAGEM
A secagem pode ser feita por vários métodos:
- Natural - Artificial: secagem forçada, a qual
inclui as estacionárias , onde apenas o ar se movimenta durante a operação,
- Artificial: convencionais, onde são movimentados ar e grãos durante a secagem.
A secagem pode ser feita por vários métodos:
- Natural - Artificial: secagem forçada, a qual
inclui as estacionárias , onde apenas o ar se movimenta durante a operação,
- Artificial: convencionais, onde são movimentados ar e grãos durante a secagem.
SECAGEM
Secagem natural
- ao ar livre;- aquecimento pelo sol; - terreiros;- asfalto;- operações manuais;- interferências de condições climáticas;- baixo custo;- cuidados.
- ao ar livre;- aquecimento pelo sol; - terreiros;- asfalto;- operações manuais;- interferências de condições climáticas;- baixo custo;- cuidados.
Secagem natural
CUIDADOS:
- O arroz deve ser disposto em camadas sobre o piso do terreiro com espessura uniforme;
- Movimentação freqüente (intervalo de 30 minutos para uniformizar a temperatura).
.
CUIDADOS:
- O arroz deve ser disposto em camadas sobre o piso do terreiro com espessura uniforme;
- Movimentação freqüente (intervalo de 30 minutos para uniformizar a temperatura).
.
Beneficiamento
O rendimento total do arroz no Brasil é de 68% após o descascamento e polimento.
• 40% de inteiros e
• 28% de grãos quebrados.
O rendimento total do arroz no Brasil é de 68% após o descascamento e polimento.
• 40% de inteiros e
• 28% de grãos quebrados.
• Inteiro: comprimento superior ou igual a ¾partes do comprimento mínimo da classe a que pertence;
• Quebrado: comprimento inferior a ¾ da classe a que pertence;
• Quirera: fragmentos de grãos que passam pela peneira com furos de 1,6 mm de diâmetro.
•• InteiroInteiro: comprimento superior ou igual a ¾partes do comprimento mínimo da classe a que pertence;
• Quebrado: comprimento inferior a ¾ da classe a que pertence;
• Quirera: fragmentos de grãos que passam pela peneira com furos de 1,6 mm de diâmetro.
Em 60 kg de arroz em casca (13% bu) tem-se:
40 kg descascado e polido 8 kg de farelo
12 kg de casca
32 kg de inteiros 1 kg de quirera
7kg de quebrados
Em 60 kg de arroz em casca (13% bu) tem-se:
40 kg descascado e polido 8 kg de farelo
12 kg de casca
32 kg de inteiros 1 kg de quirera
7kg de quebrados
Fatores que interferem na produção de grãos inteiros
• Teor de umidade na colheita• Temperatura• Vento• Umidade relativa• Adubação• Cultivar• Regulagem do engenho de beneficiamento• Resfriamento dos brunidores• Intensidade e tempo de polimento
• Teor de umidade na colheita• Temperatura• Vento• Umidade relativa• Adubação• Cultivar• Regulagem do engenho de beneficiamento• Resfriamento dos brunidores• Intensidade e tempo de polimento
Esquema de beneficiamento
ArrozMoega Pré-limpeza
DescascadorSeparador de Marinheiro
Arroz descascado MarinheiroArroz integral
Brunidor ClassificadorFarelo Inteiro Quirera
½Subproduto ¾
do ½ e ¾ Trieur Inteiros Beneficio
Empacotamento
Classificação do Arroz
• Separar os grãos baseando-se em um conjunto de caracteres;
• Diferenciar segundo gostos e costumes;
• Dividir em grupos e subgrupos.
• Separar os grãos baseando-se em um conjunto de caracteres;
• Diferenciar segundo gostos e costumes;
• Dividir em grupos e subgrupos.
Classes- Função do tamanho• Longo Fino – produto com, no mínimo, 80% do peso de grãos
inteiros medindo 6 mm ou mais no comprimento; 1,85 mm, no máximo, na espessura e com COMPRIMENTO/LARGURA > 3 após polimento.
• Longo – no mínimo, 80% dos grãos inteiros após o polimento medindo 6 mm ou mais.
• Médio – no mínimo, 80% dos grãos inteiros medindo de 5 a menosde 6 mm no comprimento após polido.
• Curto - no mínimo, 80% dos grãos inteiros medindo menos de 5 mmno comprimento após o polimento.
• Misturado – produto que não se enquadra nas classes anteriores apresentando mistura de 2 a 3 classes.
• Longo Fino – produto com, no mínimo, 80% do peso de grãos inteiros medindo 6 mm ou mais no comprimento; 1,85 mm, no máximo, na espessura e com COMPRIMENTO/LARGURA > 3 após polimento.
• Longo – no mínimo, 80% dos grãos inteiros após o polimento medindo 6 mm ou mais.
• Médio – no mínimo, 80% dos grãos inteiros medindo de 5 a menosde 6 mm no comprimento após polido.
• Curto - no mínimo, 80% dos grãos inteiros medindo menos de 5 mmno comprimento após o polimento.
• Misturado – produto que não se enquadra nas classes anteriores apresentando mistura de 2 a 3 classes.
Tipos- Funções de defeitos graves e defeitos gerais
O arroz polido é classificado quanto a sua qualidade em:
Tipo 1: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
esmerado, com o máximo de 14% de umidade, 6% de
quebrados, 0,15% de canjica ou quirera e 0,5% de
manchados picados ou danificados.
Tipos- Funções de defeitos graves e defeitos gerais
O arroz polido é classificado quanto a sua qualidade em:
Tipo 1: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
esmerado, com o máximo de 14% de umidade, 6% de
quebrados, 0,15% de canjica ou quirera e 0,5% de
manchados picados ou danificados.
Tipo 2: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
esmerado, com o máximo de 14% de umidade, 15% de
quebrados, 0,25% de canjica ou quirera, 0,5% de
manchados picados ou danificados.
Tipo 2: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
esmerado, com o máximo de 14% de umidade, 15% de
quebrados, 0,25% de canjica ou quirera, 0,5% de
manchados picados ou danificados.
Tipo 3: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
esmerado, com o máximo de 14% de umidade, 20% de
quebrados, 0,5% de canjica ou quirera, 0,5% de
manchados picados ou danificados.
Tipo 3: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
esmerado, com o máximo de 14% de umidade, 20% de
quebrados, 0,5% de canjica ou quirera, 0,5% de
manchados picados ou danificados.
Tipo 4: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
regular, com o máximo de 14% de umidade, 30% de
quebrados, 1% de quirera e 2,5% de manchados picados
ou danificados.
Tipo 4: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
regular, com o máximo de 14% de umidade, 30% de
quebrados, 1% de quirera e 2,5% de manchados picados
ou danificados.
Tipo 5: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
regular, com o máximo de 14% de umidade, máximo de
45% de quebrados e 5% de manchados picados ou
danificados.
Tipo 5: grãos perfeitos, maduros e de beneficiamento
regular, com o máximo de 14% de umidade, máximo de
45% de quebrados e 5% de manchados picados ou
danificados.
Fonte: Elias (2015)