10586_caderno de atenção dst.pdf
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2013
Enfermeiras obsttricas da SMS/RJ
SMS/RJ
26/06/2013
Protocolo Assistencial da Enfermagem Obsttrica da
Secretaria Municipal SMS/RJ
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PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM OBSTTRICA DA
SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE DO RIO DE JANEIRO
Equipe de Elaborao
Alexandra Celento Vasconcellos da Silva HMAF
Andrea Cristina da S. Veloso HMLD
Avany Maura Gonalves de Oliveira HMCD
Carla Cristina Rodrigues Lopes HMHP
Celia Regina Boaventura Alves CPDCF/HMMR
Claudia Fabiane dos Santos Salu HMLD
Elaine Maia da Silva Beruthe HMCD
Edymara Tatagiba Medina CPDCF
Inai de Santana Mattos HMAF/CPDCF
Leila Gomes Ferreira de Azevedo CPDCF
Marcella Cristina de Souza Pereira HMAF
Marcia Villela Bittencourt HMHP/HMMR
Maria de Fatima da Silva HMFM
Maria Nunes Oliveira MLD/HMC
Natalia da Silva Corra HMMR
Patricia Santos Barbastefano HMAF
Rosana Figueiredo Pires CPDCF
Sheila Cruz Santos MLD/CPDCF
Tatiana Nascimento HMMR/CPDC
Wania Maria A. Ramos HMCD/HMMR
Zuleide Alzira de S. Aguiar CEP28
Segundo a Organizao Mundial de Sade OMS, a assistncia obsttrica deve
ter como objetivo me e criana saudveis, com o mnimo de intervenes e
compatveis com a segurana. Nessa perspectiva deve haver uma razo vlida para se
interferir no parto normal.
O Ministrio da Sade vem financiando e estimulando a qualificao da
enfermagem obsttrica,para acolher as escolhas da mulher no processo de parto e
nascimento, por meio de uma cuidadosa avaliao de suas condies clnicas e
obsttricas, como parte da estratgia da Rede Cegonha, para ampliar e qualificar a
assistncia prestada s gestantes e aos bebs no Sistema nico de Sade (SUS).
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De acordo com pesquisas cientficas,o cuidado oferecido por essas profissionais
em Centros Obsttricos de maternidades, diminuem o uso das intervenes obsttricas,
melhoram os indicadores de morbimortalidade materna e perinatal e aumentam a
satisfao da mulher com a experincia vivida, indicando a segurana e a viabilidade da
ateno ao parto e nascimento nestes locais de nascimento. O modelo humanizado
privilegia o bem-estar da mulher e de seu beb, buscando ser o menos invasivo possvel,
considerando tanto os processos fisiolgicos, quanto os psicolgicos e o contexto
sociocultural. Faz uso da tecnologia de forma apropriada, sendo que a assistncia se
caracteriza pelo acompanhamento contnuo do processo de parturio. Garante s
mulheres e s crianas vivenciar a experincia da gravidez, do parto e do nascimento
com segurana, dignidade e beleza (BRASIL,2012).
O desafio que persiste no , pois, tecnolgico, mas sim estratgico e
organizacional, onde profissionais de diferentes categorias e saberes possam trabalhar
de forma integrada e estabelecer o cuidado adequado para cada mulher.
O presente documento apresenta as diretrizes para a assistncia de enfermagem
obsttrica nos Centros Obsttricos das Maternidades Municipais da rede Municipal de
Sade e deve ser usado em conjunto com outras publicaes, que incluem os
Documentos Tcnicos do Ministrio da Sade e reas Tcnicas de Sade.
CONSIDERANDO que o enfermeiro um profissional autnomo, legalmente
habilitado por lei para exercer suas atividades laborais, conforme o disposto no Artigo
Art. 5 da CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, inciso
XIII - livre o exerccio de qualquer trabalho, ofcio ou profisso, atendidas as
qualificaes profissionais que a lei estabelecer;
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11 da Lei n 7.498/86, que
regulamenta a profisso do Enfermeiro, assim como estabelece que a direo,
organizao e planejamento, coordenao, execuo e avaliao dos servios de
assistncia de Enfermagem so atividades exercidas de forma privativa pelo Enfermeiro
nos servios de sade, no mbito do SUS e no sistema privado de sade.
CONSIDERANDO o disposto no Artigo 11, inciso II, da Lei n 7.498/86 que
regulamenta a Prescrio pelo enfermeiro de medicamentos estabelecidos em programas
de sade pblica e em rotina aprovada pela instituio de sade;
CONSIDERANDO a Resoluo COFEN n159/93 que dispe sobre a Consulta
de Enfermagem em seu Art. 1 - determina que em todos os nveis de assistncia
sade, seja em instituio pblica ou privada, a consulta de Enfermagem deve ser
obrigatoriamente desenvolvida na Assistncia de Enfermagem.
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CONSIDERANDO o disposto no Cdigo de tica dos Profissionais de
Enfermagem, destacando-se os princpios fundamentais: O profissional de enfermagem
atua na promoo, preveno, recuperao e reabilitao da sade, com autonomia e em
consonncia com os preceitos ticos e legais. [...]
CONSIDERANDO a Resoluo COFEN n195/1997 que disciplina no Art. 1,
o procedimento de que o Enfermeiro pode solicitar exames de rotina e complementares
quando no exerccio de suas atividades profissionais.
CONSIDERANDO o disposto na Portaria N 2.815/GM de 29 DE MAIO DE
1998, que Inclui na Tabela do Sistema de Informaes Hospitalares do Sistema nico
de Sade (SIH/SUS) o Grupo de Procedimento e os Procedimento: 35.150.01-7 - Parto
Normal Sem Distocia Realizado Por Enfermeiro Obstetra e 35.080.01.9 - Parto Normal
Sem Distocia Realizado Por Enfermeiro Obstetra
CONSIDERANDO o disposto na Portaria n. 163/GM, de 22 de setembro de
1998 que Regulamenta a realizao do procedimento 35.080.01.9 Parto Normal sem
Distcia Realizado Por Enfermeiro Obstetra e Aprova o modelo do Laudo de
Enfermagem para Emisso de Autorizao de Internao Hospitalar AIH para
realizao de parto normal.
CONSIDERANDO o disposto na Resoluo COFEN n 223/1999, sobre a
atuao dos profissionais Enfermeiros na Assistncia Mulher no Ciclo Gravdico
Puerperal que estabelece em seu Art. 1 - A realizao de Parto Normal sem Distcia
da competncia de enfermeiros, e dos portadores de Diploma, Certificado de Obstetriz
ou Enfermeiro Obstetra, bem como Especialistas em Enfermagem Obsttrica e na Sade
da Mulher; Art. 2 - Compete ainda aos profissionais referidos no artigo anterior:
Assistncia a gestante, parturiente e purpera; Acompanhamento do trabalho de parto;
Execuo e assistncia Obsttrica em situao de emergncia. Art. 3 - Ao Enfermeiro
Obstetra, Obstetriz, Especialistas em Enfermagem Obsttrica e Assistncia em Sade da
Mulher, alm das atividades constantes do Art. 2, compete ainda: Assistncia a
parturiente e ao parto normal; Identificao de distcias obsttricas e tomada de todas as
providncias necessrias, at a chegada do mdico, devendo intervir, de conformidade
com sua capacitao tcnico-cientfica, adotando os procedimentos que entender
imprescindveis, para garantir a segurana do binmio me/filho; Realizao da
episiotomia, episorrafia e aplicao de anestesia local quando couber; Emisso de
Laudo de Enfermagem para autorizao de Internao Hospitalar, constante do Anexo
da Portaria SAS/MS-163/98; Acompanhamento do cliente sob seus cuidados, da
internao at a alta.
CONSIDERANDO o disposto na Portaria n 985/GM, de 05/08/1999, que
instituiu os Centros de Parto Normal no mbito do SUS Sistema nico de Sade;
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CONSIDERANDO o que fora contemplado no Pacto Nacional pela Reduo
da Mortalidade Materna e Neonatal, firmado no ano de 2004;
CONSIDERANDO o disposto na Resoluo SMS N 1041 DE 11 DE
FEVEREIRO DE 2004, que institui o Protocolo de Assistncia da Casa De Parto David
Capistrano Filho.
CONSIDERANDO o disposto na Portaria n 746/GM, de 20 de dezembro de
2005, que regulamenta o novo modelo de laudo de AIH e d outras providencias.
CONSIDERANDO o disposto na Resoluo-RDC N-36, de 3 de Junho de
2008, que dispe sobre Regulamento Tcnico para Funcionamento dos Servios de
Ateno Obsttrica e Neonatal, quando no ANEXO I, item 3.7, estabelece, como
definio sobre os profissionais recursos de sade necessrios para esse funcionamento
Profissional legalmente habilitado, profissional com formao superior inscrito no
respectivo Conselho de Classe, com suas competncias atribudas por lei. Define que o
Servio Tcnico Obsttrico e Neonatal deve ter um responsvel tcnico (RT) e um
substituto, legalmente habilitados pelo seu conselho de classe.
CONSIDERANDO o disposto nas Diretrizes Assistenciais da Enfermagem
obsttrica da Secretaria Municipal de Sade da Cidade do Rio de Janeiro em 2010.
CONSIDERANDO a Portaria n 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que
institui, no mbito do SUS, a Rede Cegonha;
CONSIDERANDO a PORTARIA N 904, DE 29 DE MAIO DE 2013 que
Estabelece as diretrizes para implantao e habilitao de Centro de Parto Normal
(CPN), no mbito do Sistema nico de Sade (SUS), para o atendimento mulher e ao
recm-nascido no momento do parto e do nascimento, em conformidade com o
Componente PARTO E NASCIMENTO da Rede Cegonha, e dispe sobre os
respectivos incentivos financeiros de investimento, custeio e custeio mensal.
CONSIDERANDO as revises sistemticas e evidncias cientficas sobre as
prticas assistenciais que promovem a fisiologia e a normalidade do processo de parto e
nascimento, demonstrando os benefcios mulher e ao beb na assistncia ao parto de
risco habitual pela enfermeira obstetra ou obstetriz ("Hatem M", "Sandall J", "Devane
D", "Soltani H", "Gates S" - Cochrane Database of Systematic Reviews 2008; - Issue 4,
Art. No.:
CONSIDERANDO a necessidade de organizao da ateno ao parto e ao
nascimento em diferentes nveis de complexidade e de superao do modelo
biologicista e medicalizante;
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CONSIDERANDO o direito das mulheres a espaos de cuidado que
possibilitem ambincia adequada favorecedora das boas prticas de ateno ao parto e
nascimento
CONSIDERANDO que a Secretaria Municipal de Sade vem desenvolvendo
aes com o objetivo de ordenar ampliar e qualificar a assistncia ao parto nas
Maternidades Municipais da Prefeitura da Cidade do Rio de janeiro
CONSIDERANDO que entre essas aes a institucionalizao da assistncia ao
parto de risco habitual pelo enfermeiro obstetra se configura como um importante
instrumento de mudanas de paradigma do modelo biologicista e medicalizado para o
modelo humanizado de cuidado, com nfase no cuidado centrado na mulher e sua
famlia, com importantes resultados perinatais
CONSIDERANDO que 40% dos partos vaginais ocorridos nas maternidades
municipais da Cidade do Rio de janeiro so assistidos pelas enfermeiras obsttricas
CONSIDERANDO a importncia de normatizar e unificar os protocolos
assistenciais da enfermagem obsttrica do Municpio do Rio de Janeiro, apresentamos:
O protocolo assistencial de enfermagem obsttrica dos
Centros Obsttricos das Maternidades Municipais do Rio de
Janeiro.
Cuidado mulher durante o trabalho de parto (TP)
1-Diagnstico de Trabalho de Parto (TP)
Presena de contraes uterinas em intervalos regulares, que aumentam
progressivamente em termos de frequncia e intensidade, com o passar do tempo e so
concomitantes ao apagamento (esvaecimento) e dilatao progressivos do colo uterino.
No incio da fase ativa do TP a dilatao do colo uterino aproximadamente quatro
centmetros.
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2-Avaliao da evoluo do trabalho de parto
A avaliao da evoluo do trabalho de parto e da vitalidade fetal feita por
meio da observao das atitudes da mulher e do monitoramento dos seguintes
parmetros: contraes uterinas, progresso da dilatao cervical, da descida do beb no
canal de parto e ausculta intermitente de batimentos cardacos fetais.
A primeira fase do trabalho de parto tem em geral a durao de 8 horas no
nascimento do primeiro beb, e improvvel que dure mais que 18 horas. Para a mulher
que j teve um beb, a primeira fase dura cerca de 5 horas e geralmente no mais que 12
horas. No entanto, h dificuldade em estabelecer claramente o incio do trabalho de
parto (NICE, 2007).
O uso do Partograma
O Partograma a representao grfica do acompanhamento do trabalho de
parto, onde cada quadriculado representa intervalo de uma hora e deve ter o inicio do
registro na fase ativa do mesmo (BRASIL, 2001). Permite que o profissional avalie a
evoluo do processo de nascimento, e permite com isso, um manejo correto nos
desvios da normalidade e encaminhamento oportuno para o hospital de referncia. Este
instrumento baseado nos seguintes princpios: a fase ativa do trabalho de parto se
inicia aos quatro centmetros de dilatao cervical e os exames vaginais devem ser
efetuados to menos frequentemente quanto compatvel com a prtica segura. A
observao do comportamento da parturiente, das perdas vaginais e a descida do foco
(melhor ponto de ausculta dos batimentos cardacos fetais) no ventre materno tambm
permitem avaliar a progresso do trabalho de parto.
O profissional deve considerar as variaes individuais da normalidade ao
avaliar a progresso do trabalho de parto, bem como variveis como paridade, variedade
de posio e fetal, condio das membranas amniticas e movimentao materna, entre
outras. Estas podem influenciar a durao do trabalho de parto. A condio de
vitalidade fetal sempre deve ser avaliada concomitantemente evoluo do trabalho de
parto.
Exame vaginal
Os profissionais de sade que realizam exames vaginais devem ter certeza de
que este realmente necessrio e ir adicionar informaes importantes para o processo
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de tomada de deciso em relao ao cuidado. Antes da realizao deste exame, o
profissional deve garantir o consentimento da mulher, sua privacidade, dignidade e
conforto, explicar o motivo do exame e seus achados. A realizao brusca e freqente
deste exame pode ocasionar dor e constrangimento para as mulheres, alm de aumentar
o risco de infeco puerperal. O registro adequado do exame vaginal dever ser feito em
todas as ocasies, de maneira a evitar que seja feito desnecessariamente por vrios
membros da equipe.
Amniotomia
Em mulheres que apresentam trabalho de parto com progresso normal, a
amniotomia (rotura artificial das membranas amniticas) no deve ser realizada de
maneira rotineira no cuidado mulher durante o trabalho de parto (Smyth et al., 2008).
Ausculta fetal
A ausculta inicial dos batimentos cardacos fetais recomendada no primeiro
contato com a mulher e nas avaliaes subsequentes. Deve ser feita de maneira
intermitente durante o trabalho de parto. Situaes em que se detectam alteraes na
frequncia cardaca fetal podem requerer uma ausculta mais prolongada, para melhor
avaliao da vitalidade fetal ou a realizao de uma cardiotocografia.
Oferecimento de aporte calrico/Dieta
A ingesto alimentar e lquidos uma prtica que deve ser encorajada de acordo
com as preferncias da mulher, em condies de risco habitual (Ministrio da Sade,
2001), pois o trabalho de parto requer considervel gasto calrico e a reposio
energtica fundamental, para assegurar o bem estar fetal e materno. Estudo de meta-
anlise e reviso sistemtica com parturientes de baixo risco para a necessidade de
anestesia concluiu que no h necessidade de restrio de lquidos ou alimentos para
essas mulheres durante o TP (Singata et al. 2012) (HOFMEYR, 2005).
Por este motivo, no necessria a cateterizao intravenosa de rotina, visto que
a mesma restringe os movimentos da mulher e pode se associar administrao de
solues glicosadas, que podem levar ao hiperinsulinismo e acidemia metablica nos
recm-nascidos (OMS, 1996).
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3- Prticas de cuidado utilizadas durante o trabalho de parto
Estas prticas tm a finalidade de oferecer conforto mulher, promover o alvio
da dor e favorecer a evoluo do trabalho de parto. Entre elas, incluem-se massagens,
presena de acompanhante, dieta, banho de asperso ou banheira, exerccios
respiratrios, uso de bola sua, livre movimentao. Todas essas prticas podem ser
utilizadas pelo profissional de sade, de acordo com as preferncias da mulher. (Vide
quadro em anexo I)
4- Cuidado mulher no momento do parto
O segundo estgio do parto se caracteriza pela presena de dilatao completa
do colo uterino. Tem um perodo varivel, podendo se estender por 2h ou mais, desde
que os parmetros de vitalidade fetal, moldagem do plo ceflico e ausncia de
alteraes clnicas continuem dentro dos padres de normalidade.
A OMS, o Ministrio da Sade recomenda que a mulher escolha livremente sua
posio no parto (Gupta et al., 2012) (OMS, 1996) e cabe a enfermeira obsttrica ou
obstetriz oferecer as vrias posies possveis e estimular que a mesma perceba suas
necessidades (OMS, 1996). A posio supina (em decbito dorsal horizontal) deve ser
evitada, devido compresso da aorta abdominal e veia cava inferior, que pode resultar
em hipotenso materna e menor fluxo sanguneo placentrio.
5-Uso de Medicaes no Centro Obsttrico (Anexo II)
Critrios para assistncia da enfermeira obsttrica nos Centros
Obsttricos das maternidades da Rede Municipal de Sade:
1. Gestante de risco habitual com idade gestacional de 37 a 41s e 6d, com os
seguintes parmetros:
o Gestao nica;
o Apresentao ceflica fletida;
o BCF dentro da normalidade (entre 110 bmp e 160 bmp, sem desaceleraes
aps a contrao) (NICE, 2007; Cunningham et al., 2010).
2. Gestante com ou sem pr-natal, com os exames dentro da normalidade.
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3. Gestantes com intercorrncias clnicas ou obsttricas, atuais ou pregressas, com
o cuidado em parceria com a equipe obsttrica mdica, como:
o Oligodramnia leve ILA 5, sem alteraes de vitalidade fetal.
o Gestante com mais de 24 horas de Amniorrexe, em uso de antibioticoterapia
(ATB), com evoluo do trabalho de parto e parmetros clnicos estveis;
o Gestante com infeco do trato urinrio (ITU) baixa em tratamento com
ATB, aps 24 horas,exceto histrias de ITU de repetio (03 episdios ou
mais, na gestao atual);
o Lquido amnitico meconial fluido em fase final do trabalho de parto, sem
alterao da vitalidade fetal;
o Gestante em trabalho de parto com cesariana anterior h 2 anos ou mais.
4. Sfilis tratada na gestao.
5. Gestantes classificadas de alto risco obsttrico: a assistncia gestante de alto
risco pela enfermagem obsttrica tem como objetivo acolher e apoiar a mulher
no trabalho de parto, em parceria com a equipe mdica, oferecendo uma
assistncia efetiva e segura nas diferentes indicaes clnicas e obsttricas, com
enfoque na vigilncia, controle e reduo dos agravos sade materna e fetal. O
parto ser assistido pela equipe mdica. considerado alto risco obsttrico:
DHEG, HAC, cardiopatias, nefropatias,diabetes, prematuridade, gemelaridade,
apresentaes anmalas, placenta prvia, anemia grave, endocrinopatias,
isoimunizao, sofrimento fetal e malformao confirmada, doenas infecciosas
na gestao (Sfilis no tratada, rubola, toxoplasmose, hepatites, HIV/AIDS,
corioamnionite).
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Anexo I:
Quadro de Tecnologias de Cuidado No- Invasivas de Enfermagem Obsttrica
TECNOLOGIA INDICAO FUNDAMENTAO
Movimentos
respiratrios
Auxiliar na centralizao
da mulher.
Ativa os receptores corticofugais promovento uma
ao condicionada: contrao-respirao.
Deambulao
Ativar o trabalho de parto;
Descida e rotao fetal.
A mulher deve escolher a posio que preferir durante
o trabalho de parto, embora a necessidade de
estimular o parto com ocitocina menor em mulheres
que deambulam durante o trabalho de parto, em
comparao com aquelas que permanecem no leito.
Durante a contrao as paredes uterinas encurtam-se e
impulsionam o feto para baixo. Os ligamentos
redondos que tambm contraem junto com a
contrao uterina tracionam o fundo uterino para
diante, colocando o eixo longitudinal da matriz no
eixo da escavao plvica e para baixo, aproximando
o fundo da pelve. Por esse motivo, durante a
contrao uterina, a melhor posio para a mulher a
vertical, com o corpo inclinado para diante. (Balaskas,
1991).
Estudos apontam que reduz a durao do TP em
aproximadamente 01h, diminuem a necessidade de
interveno no TP, no mostrou efeitos negativos
sobre a me e o bem-estar dos bebs. (Lawrence A et
al, 2009).
Bola Suia
Massagem perineal;
Descida e rotao do feto.
Alongar e fortalecer a musculatura perineal, aliviar
tenses, ativar a circulao sangunea e desfazer
pontos de tenso, trabalha cintura plvica e movimenta
todos os msculos.
Ativa o trabalho de parto, por possuir uma base de
sustentao instvel, a gravidade atua sobre o corpo,
isso requer um contrapeso, recrutando os msculos
mais profundos at que alcance uma estabilizao
necessria para mant-lo equilibrado sobre a bola
sua, com a busca do equilbrio sobre a bola a mulher
desfoca da sensao da dor da contrao. Com o uso
da bola, mantm-se uma postura de sustentao estvel
e d ao corpo flexibilidade (Craig, 2004).
Bamboleio
Descida e rotao do feto;
Deslocamento do beb
dentro da pelve;
Ativar o trabalho de parto;
Liberao de endorfinas.
Quando a mulher deixa-se guiar pelo seu instinto,
procura movimentar-se, seguindo o ritmo das
contraes, movendo a pelve para frente e para traz,
de um lado para o outro ou em movimentos circulares.
Estes movimentos servem para facilitar o encaixe, a
descida e a rotao do feto, no canal de parto
(Balaskas, 1991). Para Odent (2000), quando a mulher
usa o crtex primitivo, esses movimentos afloram com
-
mais intensidade.
Rebozo Ativar o trabalho de parto;
Correo de posies
posteriores ou direita
persistentes e
assinclitismos.
Movimenta o feto na pelve, auxiliando no movimento
de rotao e retificao do assinclitismo persistente.
Genupeitoral
Posies posteriores ou
direita persistentes;
Edema de colo.
Diminui a fora da gravidade, amplia os dimetros da
pelve, facilitando a rotao e diminuindo a presso
sobre o colo uterino.
Ccoras
sustentado
Descida e rotao do feto;
Assinclitismo persistente;
Hipossistolia.
Aumenta dimetros da pelve em 25%de acordo com
Gardosi (2000), amplia a sada da bacia; Possibilita a
ao da gravidade; Pode aliviar a dor nas costas;
Facilita a rotao e a descida; Necessita de menos
esforos expulsivos; Vantagens mecnicas- o tronco
empurra o fundo uterino; aumenta a presso no
perneo; Aumenta a sensao de bem estar, por se
sentir amparada por algum e na posio suspensa, os
membros inferiores so menos comprimidos,
favorecendo a circulao venosa (GERMAIN,2005).
Banco/ vaso
Descida e rotao do feto;
Assinclitismo persistente;
Distcia emocional.
Aumenta dimetros da pelve em 25% de acordo com
Gardosi (2000).
Pode relaxar o perneo para puxos mais eficazes.
Boa posio para descansar.
Vantagem pela fora da gravidade.
Ambiente
acolhedor
Ansiedade e insegurana;
Distcia emocional;
Diminuir tenso e medo e
sensao
de dor excessiva.
Ativa o crtex primitivo; Libera ocitocina e endorfinas
e aumenta a segurana da mulher e famlia.
Massagem
Acelera trabalho de parto;
Distcia emocional.
Ativa o crtex primitivo; Libera ocitocina e
endorfinas, ativa os mecanorreceptores atuando no
portal da dor, libera os msculos tensionados e permite
troca de calor.
Alimentao /
lquidos
Desejo da mulher
Produz energia, hidratao e fornece glicose ao feto.
Banho de imerso
ou chuveiro
Medo, ansiedade
Diminuir sensao de dor
excessiva;
Acelera trabalho de parto;
Distcia emocional.
Odent (2000) fala sobre o efeito misterioso da gua
sobre as travas neocorticais, removendo-as. Estas
travas so ativadas em qualquer situao na qual so
liberados altos nveis de adrenalina como medo,
stress, entre outros.
As duchas quentes tm efeito calmante, aliviam dores
e nevralgias. de consenso que a melhor hora para se
entrar na gua quando se atinge a metade do
trabalho de parto, ou seja, com a dilatao de 5 cm e
-
contraes mais intensas. Ao entrar na gua, a mulher
se descobre capaz de render-se s necessidades
instintivas e primitivas do seu corpo. A maioria das
mulheres diz que a percepo da dor se altera (portal
da dor) e se torna mais fcil aceitar a intensidade das
contraes. (Balaskas,1991; Odent ,1982;
Earnig,1996).
Crioterapia
Reduz edema: colo,
perneo e vulva.
Diminuio do fluxo sanguneo local; lentificao da
transmisso de impulsos dos neurnios aferentes
levando a diminuio das sensaes (dormncia),
diminuio da temperatura na pele e msculo
(Effective Care in Pregnancy and Childbirth ,Enkin M,
Kierse M, eds. Oxford University Press:Oxford, 1989).
O saco de gelo deve ser aplicado por perodos de 15 a
20 minutos e vrias vezes ao dia (3 em 3 horas, por
exemplo), de acordo com a necessidade e extenso da
area edemaciada.
Puxo lateral
Distcia emocional
Quando a mulher trava a sada do beb, por medo do
nascimento. Solicitar que empurre o p, estando na
posio lateral, enquanto o profissional faz presso ao
contrrio. Isto permite que ela empurre o feto pelo
canal do parto.
Ampliao do
dimetro da
cintura plvica
Assinclitismo persistente;
Perodo plvico
prolongado
Presena de
bossa/moldagem excessiva
do polo ceflico
Amplia os dimetros da pelve, com a presso sobre a
crista ilaca no momento da contrao. Aumentar a
mobilidade entre os ossos da pelve.
Decbito lateral
com as pernas
flexionadas
Assinclitismo persistente;
Perodo plvico
prolongado;
Presena de
bossa/moldagem excessiva
do polo ceflico.
Amplia os dimetros da pelve e facilita a passagem do
plo ceflico. Diminui a sensao dolorosa. Permite a
proteo perineal.
Proteo perineal
Evitar as laceraes.
Alongamento perneo; massagem com leo vegetal no
perneo, no indicar o puxo voluntrio; proteo com
compressas para evitar o desprendimento abrupto do
polo ceflico.
Banqueta meia lua
Auxiliar na descida e
rotao do feto.
Amplia os dimetros da pelve e facilita a passagem do
polo ceflico, diminui a sensao dolorosa, permite a
sensao de controle da mulher com seu processo de
parturio. No deve ser estimulado antes de dilatao
avanada por risco de edema no colo.
-
Cavalinho
(assento ativo)
Auxilia rotao e descida
do feto; reduz edema de
colo; Assinclitismo
persistente.
Amplia os dimetros da pelve, libera o sacro e cccix;
Auxilia a rotao do beb na posio occipito
posteriores (OP); descompresso do colo pelo polo
ceflico durante as contraes.
Diminui a sensao dolorosa.
Aromaterapia
Estimular produo de
substncias relaxantes,
estimulantes e sedativas.
Utiliza os princpios ativos dos leos essenciais no
trabalho de parto, vislumbrando a aromaterapia como
cincia.
POSIES PARA O PERODO EXPULSIVO
TECNOLOGIA INDICAO FUNDAMENTAO
1-Verticalizada
Metrossstoles
esparsas.
Possibilita massagens nas costas; Propicia a ao da
gravidade; Melhor oxigenao do feto.
Potencializa a ao da gravidade na descida do feto;
Encurta o ngulo de descida e amplia os dimetros da
pelve em 25%; Libera o sacro e cccix; Promove
contraes menos dolorosas e mais eficazes; Feto
alinhado com o eixo da pelve.
Pode aumentar a necessidade do puxo no 2 estgio.
2-Semi-vertical
Desejo da Mulher O mesmo que a verticalizada, porm libera menos o
sacro e cccix; Possibilita exames vaginais.
3-Lateral
2 estagio acelerado
Posio muito favorvel para descansar; Reduz a
presso nos grandes vasos; Possibilita maior aporte
sanguneo e de oxignio para o feto; permite o
movimento do sacro no 2 estgio; Favorece a
progresso do feto sem traumas; til para reduzir um
2 estgio muito acelerado; favorece a proteo
perineal, evitando as laceraes, pois facilita a
moldagem da cabea ao perneo; Alivia a presso nas
hemorridas.
4-Ccoras
Dificuldade na
descida do feto.
Pode aliviar a dor nas costas; Possibilita a ao da
gravidade; Amplia a sada da bacia; Necessita de
menos esforos expulsivos; Facilita a rotao e a
descida; Vantagens mecnicas- o tronco empurra o
fundo uterino; Aumenta a sensao de bem estar, por
se sentir amparada.
5-Quatro apoios
Queixa de dor
lombar;
Posies posteriores
persistentes;
Distocia de ombro.
Alivia a dor nas costas; Auxilia a rotao do beb na
posio occipto posteriores (OP); Permite balanar a
pelve e movimentos corporais; Permite exames
vaginais; Alivia a presso nas hemorroidas; Facilita o
desprendimento das espduas.
6-De p
Dinmica uterina
irregular;
Queixa intensa de
Vantagem da ao da gravidade durante e entre as
contraes; Contraes menos dolorosas e mais
eficazes; Alinhamento do feto com o eixo da pelve
-
dor nas contraes. Pode aumentar a sensao de puxo no 2 estgio
Na posio de p, o peso da mulher repousa sobre as
duas cabeas do fmur, permitindo que a presso no
acetbulo provoque aumento de 01 cm do dimetro
transverso da sada da pelve.
CUIDADOS COM O RECM-NASCIDO
TECNOLOGIA FUNDAMENTAO
Ambiente na penumbra
Segundo Odent (2004), o ambiente em penumbra respeita a
fisiologia do recem-nascido (RN). Segundo o Manual de
Neonatalogia (2001), a penumbra pode contribuir para a
eficcia na amamentao do RN na primeira hora de vida,
por estar relacionada a maior privacidade,tranquilidade,
estabelecimento do vnculo e consequentemente diminuio
de tempo entre as mamadas e ao ganho de peso no perodo
ps-natal (Saraiva, 2004).
Respeito ao perodo sensvel
A existncia de um perodo sensvel, imediatamente aps o
parto, foi evidenciada em estudo de Gaspareto e Bussat
(1994) e durante esta fase, um contato intenso e ininterrupto
da me com o seu beb proporcionam a receptividade mais
precoce da me e sua adaptao, dando prosseguimento ao
vnculo que comeou a ser estabelecido j na vida intra-
uterina. Outros benefcios deste contato inicial incluem o
fato de a amamentao ocorrer mais cedo e o estreitamento
da atrao emocional.
Avaliao da vitalidade do RN
Segundo o Documento Cientfico do Programa de
Reanimao Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria
(2013), se, ao nascimento, o recm-nascido de termo
(idade gestacional 37-41 semanas), est respirando ou
chorando, com tnus muscular em flexo, ele apresenta boa
vitalidade e no necessita de qualquer manobra de
reanimao. Trs metanlises, que incluram estudos com
nascidos a termo, concluram que o clampeamento tardio do
cordo umbilical benfico com relao aos ndices
hematolgicos na idade de 3-6 meses. Com base nesses
estudos, recomenda-se que o RN a termo, saudvel e com
boa vitalidade ao nascer seja posicionado no nvel da
placenta por um a trs minutos, antes do clampeamento do
cordo umbilical.
O contato pele a pele com a me imediatamente aps o
nascimento, em temperatura ambiente de 26C, reduz o risco
-
de hipotermia em recm-nascidos de termo, com boa
vitalidade, desde que cobertos com campos pr-aquecidos.
Nesse momento, pode-se iniciar a amamentao. A
Organizao Mundial de Sade recomenda que o
aleitamento materno seja iniciado na primeira hora de vida,
pois se associa a um maior perodo de amamentao, melhor
interao me-beb e menor risco de hemorragia materna.
Contato pele a pele
Os bebs interagem mais com suas mes, ficam mais
aquecidos e choram menos, quando colocados no colo da
me; so mais amamentados e amamentaram por mais tempo,
quando tiveram contato pele a pele precoce; possivelmente
tiveram mais chances de ter um bom relacionamento inicial
com suas mes, mas isso foi difcil de medir (Moore ER,
Anderson GC, Bergman N, 2007).
Touca
A colocao da touca no RN, logo aps o desprendimento do
plo ceflico, ainda no canal de parto, evita a perda de calor
atrves no couro cabeludo, diminuindo os riscos de
hipotermia do recm-nascido (Manual Merck, 2009).
Clampeamento oportuno/tardio
Clampeamento oportuno do cordo aumenta a mdia neonatal
do hematcrito venoso dentro de uma faixa fisiolgica; Nem
diferenas significativas nem efeitos nocivos foram
observados entre os grupos; Alm disso, esta interveno
parece reduzir a taxa de anemia neonatal; Esta prtica tem se
mostrada segura e deve ser implementada para aumentar o
armazenamento de ferro neonatal ao nascimento (Cernadas
JM, 2006).
Estimulo a amamentao na 1
hora de vida
A amamentao exclusiva durante os 06 primeiros meses de
vida, seguida do aleitamento materno continuado dos 6 aos 11
meses de idade, foi a interveno isolada mais efetiva para
prevenir mortalidade infantil, estimando que ela previna 13%
de todas as mortes em menores de cinco anos (Chaparro CM,
Lutter C, 2007).
-
Anexo II
Medicaes que podem ser prescritas e administradas pela enfermeira obstetrica
na sala de parto
Medicao Forma de Administrao Indicao
Ocitocina
- 05UI em 500 ml de Soluo
Ringer com Lactato,
- 10UI intramuscular, aps o
desprendimento do ombro do RN,
- 15 UI em 500ml de SG 5%, EV
- Coordenar as contraes durante o perodo
expulsivo, quando necessrio;
- Como profilaxia de hemorragia ps-parto;
- Nos casos de hemorragia ps-parto, at a chegada
do mdico plantonista.
Dipirona
- 01 comprimido ou 40 gotas, VO,
at de 6/6hs, SOS.
- 01 ampola EV ou IM
- Em caso de dor no puerprio;
- Em caso de febre no puerprio.
Paracetamol
- 01 comprimido ou 40 gotas, VO,
at de 6/6hs, SOS.
- Em caso de dor, no perodo puerperal.
Lidocana a 2% sem
vasoconstrictor
-ampola, gel, spray
- Anestesia local em caso de rfia de laceraes do
perneio;
- Anestesia local antes da realizao da episiotomia,
se necessrio.
Hioscina/
butilescopolamina
- 01 comprimido VO
- 01 ampola diluda em glicose a
25% EV
- Em caso de clicas.
Bromoprida
- Compridos ou soluo injetvel
- Em caso de distrbios gastrointestinais como
nuseas ou vmitos.
Metoclopramida
- Soluo injetvel - Em caso de distrbios gastrointestinais como
nuseas ou vmitos.
Soro Glicosado 5% - Soluo injetvel Reposio hdrica.
Soro fisiolgico a
0,9%
- Soluo injetvel Expanso ou reidratao, reposio de eletrlitos.
Soro Ringer com
Lactato
- Soluo injetvel Expanso ou reidratao, reposio de eletrlitos.
Sulfato ferroso
- Comprimido com 40 mg de ferro
elementar Preveno e tratamento de anemia ferropriva no
perodo puerperal.