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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4880 •Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 10 PATACAS PUB O Centro de Saúde do Fai Chi Kei viveu na manhã de ontem um período de caos com mais de 1.000 utentes em filas de espera para marcar consultas para o pró- ximo ano. Na base da inusitada afluência esteve um simples erro de escrita nas notificações do Centro de Saúde. Pág. 7 Académico defende renovação de casinos antigos Pág. 5 Nome da SJM usado em burla com falsos prémios Pág. 6 Um livro para evitar que Roque Choi caia no esquecimento Pág. 9 G20 luta contra financiamento do terrorismo Págs. 14 e 15 AS EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO PARA AS LAG Pela qualidade de vida Este suplemento é parte integrante do JORNAL TRIBUNA DE MACAU de 17/11/2015 e não pode ser vendido separadamente Grande Prémio de Macau 62 º G P M GP MOTAS “AMEAÇADO” PELA CHUVA GP já chegou ao “coração” da cidade Com o aproximar do fim de semana “mágico” turís- tico-desportivo de Macau, o “coração” da cidade já “cheira” a Grande Prémio. Os veículos chegaram de todo o mundo e com eles os pilotos e os técnicos das muitas equipas que vão aqui correr. Também é visível a presença de centenas de visitantes, em especial os ocidentais que vieram de mais longe, e que por en- quanto vão passando pelas lojas e lugares históricos. No circuito está tudo pronto mas a mais recente previ- são dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, “amea- ça” as provas de motas, pois fala-se da possibilidade de chuva no Sábado. Para Domingo, o tempo deverá estar enevoado, mas sem chuva. PÁG. IV Michel Vaillant em Macau AMANHÃ ENTREVISTA COM COSTA ANTUNES COORDENADOR DO GRANDE PRÉMIO JTM publica-se no fim de semana Para dar a maior cobertura possível à edi- ção 2015 do Grande Prémio de Macau que este ano vai na sua 62ª edição, o JORNAL TRIBUNA DE MACAU também estará nas bancas no sábado e domingo, através deste suplemento especial diário, que no fim de semana terá mais páginas. Durante o fim de semana, as notícias do Grande Prémio, de Macau e do Mundo poderão também ser acompanhadas no site e na nossa página no Facebook. FOTO GCS Associação propõe cinco dias de trabalho por semana A Associação Geral do Pessoal Administrativo de Macau e Hong Kong apelou às empresas do ter- ritório para diminuírem o número de dias de trabalho semanal para cinco. Na base das reivindicações estão os resultados de um inqué- rito desenvolvido pela associação, segundo o qual 50% dos funcioná- rios de escritórios de Macau fazem menos de uma hora de exercício fí- sico por semana. O horário de tra- balho sobrecarregado foi apontado como principal contributo para essa tendência. O estudo indica ainda que mais de 40% dos inqui- ridos trabalham mais de 45 horas por semana. No dia 1 de Maio des- te ano, a associação já tinha saído à rua para reivindicar uma revisão da lei das relações laborais, enfati- zando questões como o pagamento das horas extraordinárias, a licen- ça de paternidade e os mecanismos de saída dos trabalhadores não-re- sidentes. Notificações mal escritas criaram caos no Centro de Saúde do Fai Chi Kei Págs.2 e 3 Pág. 11 Colhereiros voam mais na Ásia mas pousam menos no COTAI FOTO JTM SUPLEMENTO

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4880 •Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 10 PATACAS

PUB

O Centro de Saúde do Fai Chi Kei viveu na manhã de ontem um período de caos com mais de 1.000 utentes em filas de espera para marcar consultas para o pró-

ximo ano. Na base da inusitada afluência esteve um simples erro de escrita nas notificações do Centro de Saúde. Pág. 7

Académico defende renovação de casinos antigos

Pág. 5

Nome da SJM usado em burlacom falsos prémios

Pág. 6

Um livro para evitarque Roque Choi caiano esquecimento

Pág. 9

G20 luta contra financiamentodo terrorismo

Págs. 14 e 15

AS EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO PARA AS LAG

Pela qualidade de vida

Este suplemento é parte integrante do JORNAL TRIBUNA DE MACAU de 17/11/2015 e não pode ser vendido separadamente

Grande Prémio de Macau62ºGPM

GP MOTAS “AMEAÇADO” PELA CHUVA

GP já chegou ao “coração” da cidadeCom o aproximar do fim de semana “mágico” turís-tico-desportivo de Macau, o “coração” da cidade já “cheira” a Grande Prémio. Os veículos chegaram de todo o mundo e com eles os pilotos e os técnicos das muitas equipas que vão aqui correr. Também é visível a presença de centenas de visitantes, em especial os ocidentais que vieram de mais longe, e que por en-

quanto vão passando pelas lojas e lugares históricos. No circuito está tudo pronto mas a mais recente previ-são dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos, “amea-ça” as provas de motas, pois fala-se da possibilidade de chuva no Sábado. Para Domingo, o tempo deverá estar enevoado, mas sem chuva.

PÁG. IV

Michel Vaillant

em Macau

AMANHÃENTREVISTA COM COSTA ANTUNES COORDENADOR DO GRANDE PRÉMIO

JTM publica-se no fim de semana

Para dar a maior cobertura possível à edi-ção 2015 do Grande Prémio de Macau que este ano vai na sua 62ª edição, o JORNAL TRIBUNA DE MACAU também estará nas bancas no sábado e domingo, através deste suplemento especial diário, que no fim de semana terá mais páginas. Durante o fim de semana, as notícias do Grande Prémio, de Macau e do Mundo poderão também ser acompanhadas no site e na nossa página no Facebook.

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GCS

Associação propõe cinco dias de trabalhopor semanaA Associação Geral do Pessoal Administrativo de Macau e Hong Kong apelou às empresas do ter-ritório para diminuírem o número de dias de trabalho semanal para cinco. Na base das reivindicações estão os resultados de um inqué-rito desenvolvido pela associação, segundo o qual 50% dos funcioná-rios de escritórios de Macau fazem menos de uma hora de exercício fí-sico por semana. O horário de tra-balho sobrecarregado foi apontado como principal contributo para essa tendência. O estudo indica ainda que mais de 40% dos inqui-ridos trabalham mais de 45 horas por semana. No dia 1 de Maio des-te ano, a associação já tinha saído à rua para reivindicar uma revisão da lei das relações laborais, enfati-zando questões como o pagamento das horas extraordinárias, a licen-ça de paternidade e os mecanismos de saída dos trabalhadores não-re-sidentes.

Notificações mal escritascriaram caos no Centro de Saúde do Fai Chi Kei

Págs.2 e 3

Pág. 11Colhereiros voam mais na Ásia mas pousam menos no COTAI

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JTM

SUPLEMENTO

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02 JTM | LOCAL Terça-feira, 17 de Novembro de 2015

O JORNAL TRIBUNA DE MACAU saiu à rua para saber as expectativas dos residentes sobre as Linhas de Acção Governativa para 2016, ouvindo apelos para uma intervenção mais determinada do Executivo em áreas cruciais do quotidiano. Na sua maioria, os inquiridos querem que seja dada prioridade a medidas ligadas com a qualidade de vida e do ambiente, os cuidados para idosos, a rede de transportes e o combate à inflação

LAG 2016 APRESENTADAS ESTA TARDE

Residentes querem medidas para melhorar qualidade de vida e cuidados para idosos

FOTO

S JT

MLiane Ferreira e Viviana Chan

Para os mais curiosos com o panorama políti-co, a página da internet do Governo já deu um pequeno “aperitivo” para as Linhas de

Acção Governativa (LAG) para 2016 através da pu-blicação de quatro vídeos promocionais. Assumin-do que poderão ser indicativos das linhas gerais do relatório que hoje será apresentado na Assembleia Legislativa, Chui Sai On deverá focar-se em políti-cas direccionadas para a diversificação económica, benefícios sociais, para criar uma “cidade habitável e partilhar uma vida de qualidade”, sem esquecer a juventude e a formação de quadros qualificados.

Nos vídeos, o Executivo renova a promessa an-tiga de “melhorar o serviço dos autocarros” e pro-mete construir mais parques de estacionamento, embora o Secretário para os Transportes e Obras Públicas tenha ressalvado recentemente que o prin-cipal problema na esfera da sua tutela reside na fal-ta de terrenos, cujo aproveitamento para a constru-ção de habitação apontou como prioritário.

No entanto, serão estas as grandes preocupações da população do território? Quais as expectativas para a acção governativa em 2016? O JORNAL TRI-BUNA DE MACAU foi ao encontro dos cidadãos para tentar responder a estas perguntas, constatan-do, por um lado, que o entusiasmo em torno das LAG não é muito elevado e, por outro, que a prin-cipal preocupação prende-se com a qualidade de vida.

“Vai ser igual a todos os anos, com Chui Sai On a falar das regalias sociais, economia e ambiente”, afirma Alvin, admitindo que gostava que o Chefe do Executivo desse mais atenção à falta de quali-dade do ar, porque “actualmente, está muito má”. Para o jovem residente, a maior preocupação é a qualidade de vida, nas suas várias vertentes.

Na sua opinião, o Governo devia “eliminar os carros mais velhos, controlar o crescimento de veí-culos” e implementar a utilização de autocarros eléctricos. “Os veículos velhos contribuem muito para a poluição de Macau”, lamenta.

Por outro lado, Alvin desejaria ver da parte do Governo uma acção mais determinada na diversifi-cação da economia, pois considera que a “estrutura económica não está muito saudável”.

O senhor Siu partilha a preocupação com a qua-lidade de vida, dando ênfase ao sistema de trans-portes públicos. Este segurança de um prédio, loca-lizado no Mercado de São Lourenço, mora na Areia Preta e prefere andar todos os dias 50 minutos para o trabalho, do que esperar “mais de 40 pelo auto-carro”.

“Não têm capacidade para resolver os proble-mas de trânsito. A polícia também deve ser mais exigente com o estacionamento”, diz, acrescentan-do que o Governo devia ajudar os idosos na questão das deslocações e dos salários.

Para Siu, a implementação do salário mínimo para trabalhadores de limpeza e segurança dos pré-dios foi uma dádiva, já que tem vindo a auferir ape-nas 2.000 patacas por mês para viver num território com custo de vida elevado.

Prioridade aos apoios para idosos“Espero que haja mais benefícios para os idosos,

um grupo de pessoas que precisa muito e está em crescimento. Enquanto o Governo tiver dinheiro, deve ajudar estas pessoas e apoiar mais as famílias com idosos ao seu cuidado, porque é muito difícil conseguir camas nos lares e isso exige dos filhos muito tempo livre, que não têm”, declara Choi Wai Peng, morador da Rua Central, que em conjunto com o irmão cuida do pai que tem mais de 100 anos de idade.

A seu ver, o aumento dos cuidados domiciliários para idosos iria aliviar a pressão sobre as famílias. Porém, não acredita que Chui Sai On vá apresentar medidas deste género, já que as receitas do jogo es-tão em queda.

O envelhecimento da população também preo-cupa a senhora Fong, que com menos de 65 anos de idade ainda não recebe pensão para idosos. “É importante que haja medidas para apoiar a popula-ção idosa e nisso os cheques pecuniários são muito necessários, porque funcionam como um tipo de subsídio para os idosos”, afirma.

Para a sexagenária, apesar do sector do jogo es-tar em queda, afectando consequentemente as re-ceitas do Governo, este deve manter os cheques de nove mil patacas para os residentes permanentes.

Por outro lado, salienta que a falta de habitação afecta a maior parte dos jovens do território, in-cluindo os seus filhos, pelo que vê na construção de mais casas económicas a solução para o problema, no qual o Executivo tem um papel central.

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

Alvin defende o abate de viaturas antigas, o controlo do crescimento de veículos e uso de autocarros eléctricos

Choi Sai Peng gostaria de ver mais medidas de apoio aos idosos e respectivas famílias

Senhora Ng pede mais atenção a aspectos ligados directamente ao bem-estar da população

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 03

Senhora Fong encara os cheques pecuniários como uma espécie de subsídio adicional para os idosos

Senhora Wong diz que os “pequenos negócios passam muitas dificuldades”

Lei defende medidas para proteger os jovens dos malefícios do jogo e das drogas

Governantes “ignoram o problema das inundações porque a água não chega à casa deles”, lamenta o médico Hui

O ROTEIRO DAS LAGChefe revela hojepolíticas para 2016O Chefe do Executivo, Chui Sai On, apresenta hoje, pelas 15:00, na As-sembleia Legislativa, o Relatório das Linhas de Acção Governativa (LAG) para o ano financeiro de 2016, seguin-do-se uma conferência de imprensa na Sede do Governo, pelas 17:00, onde irá responder às questões da co-municação social.Amanhã, entre as 15:00 e 18:00, o Chefe do Executivo voltará a marcar presença na sessão plenária da As-sembleia Legislativa para responder às perguntas dos deputados sobre as LAG para 2016.

Debates sectoriaiscomeçam no dia 23Depois das duas sessões com o Chefe do Executivo, a Assembleia Legislativa receberá os Secretários e directores das respectivas tutelas para os de-bates das linhas de acção sectoriais, entre as 15:00 e 20:00, nas seguintes datas:

Administração e Justiça: 23 e 24 de Novembro

Economia e Finanças: 26 e 27 de Novembro

Segurança: 30 de Novembro e 1 de Dezembro

Assuntos Sociais e Cultura: 3 e 4 de Dezembro

Transportes e Obras Públicas: 9 e 10 de Dezembro

Transmissões na TV,rádio e internetA apresentação do Relatório das LAG para 2016, a conferência de imprensa e a reunião plenária que se realiza amanhã, terão transmissão em direc-to e integral pela TDM (Televisão e Rá-dio). A sessão poderá ser ainda acom-panhada ao vivo através dos sites do Governo (www.gov.mo), Gabinete do Chefe do Executivo (www.gce.gov.mo), Assembleia Legislativa (www.al.gov.mo) ou do Gabinete de Comu-nicação Social (www.gcs.gov.mo), bem como no canal exclusivo do GCS no Youtube (www.youtube.com/ma-caogcs). Os cidadãos poderão descarregar o texto do relatório das LAG, em chinês e português, nas mesmas pá-ginas electrónicas, bem como obter o documento e respectivo panfleto em diversas repartições públicas. Além disso, os Serviços de Correios irão pro-ceder à distribuição dos panfletos em versão chinesa e portuguesa com os pontos essenciais das LAG em todas as residências.

Esta é também a opinião da senhora Cai, que no-meia a falta de habitação a preços acessíveis como o único defeito que encontra actualmente na RAEM. Para a proprietária de uma pequena e antiga loja de conveniência em frente à Igreja de São Lourenço, a educação gratuita para os netos é o benefício social que mais valoriza e espera que se mantenha.

“Sinto que o preço das coisas está cada vez mais caro e isso baixa a minha qualidade de vida, por-que o aumento salarial não conseguiu acompanhar a subida dos preços dos alimentos”, nota a senhora Ng, para quem o “Governo devia dar mais atenção a estes aspectos ligados directamente ao bem-estar da população”.

Na sua opinião, o Executivo deve começar a pre-parar “planos para o mercado laboral”, no sentido de acompanhar as quebras nas receitas do jogo, por-que “muitas áreas diferentes da economia podem ser afectadas, sendo importante minimizar o impac-to negativo”.

Wong, vendedora de fruta, entende que o factor mais importante é o “ambiente justo da sociedade”. “A fiscalização do Governo deve ser justa para toda a gente”, afirma, advertindo que os “pequenos ne-

gócios passam muitas dificuldades”.Mostrando-se pessimista face ao actual ambien-

te de negócios, Wong não espera uma recuperação para breve. “Nota-se uma redução grande dos com-pradores, acompanhando as quebras do sector do jogo”, diz, salientando que o Governo está distan-ciado do cidadão comum.

Este distanciamento é evidente também para o médico Hui, já que o problema recorrente das inun-dações nas zonas baixas continua por resolver. “Os governantes ignoram o problema das inundações porque a água não chega à casa deles”, declara, la-mentando que até hoje o Governo não tenha sido capaz de resolver a situação que afecta zonas como o Porto Interior ou o Mercado de São Lourenço.

Já Lei gostaria de ver mais medidas para prote-ger os jovens e a comunidade do impacto do jogo, bem como regras mais exigentes para combater o fenómeno do consumo de drogas. “O tratamento de desintoxicação deve ser obrigatório, porque o pro-blema da droga agravou-se. O Governo deve fazer mais trabalho de prevenção com os jovens, porque é um problema que leva muitas famílias à ruína”, defende.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201504 JTM | LOCAL

Diana do Mar*

Regular promotores de jogo “sem acções drásticas”A crise que afecta os promotores de jogo em Macau pode ser uma oportunidade para reformas, maior transparência e maior regulação, mas fontes do sector ouvidas pela Lusa recomendam “pinças” na hora de abordar “tão importante” dossiê

Os promotores de jogo “atingi-ram um patamar em que preci-sam de algum tipo de reforma,

mas são demasiado importantes para que a maneira de o fazer seja decidida num período muito curto de tempo”, afirmou Carlos Siu, professor do Cen-tro Pedagógico e Científico na Área do Jogo do Instituto Politécnico de Ma-cau, autor de vários artigos sobre os “junkets”.

“Não devemos tomar acções drás-ticas para regular os “junkets”. Exis-tem há décadas, [e o sistema] não pode ser mudado do dia para a noite. Não é bom. As regulamentações não foram efectivamente implementadas há anos e se, de repente, são muito restritas, imaginem quantos podem transitar de um estádio para outro”, questionou o académico, recomendando prudência.

Chan Chak Mo, deputado à Assem-bleia Legislativa de Macau e antigo

promotor de jogo, também constata que a reputação das salas VIP tem sido beliscada, apontando que os recentes casos de desfalques deixaram “mais alerta” Governo e particulares que in-vestiam sem estarem familiarizados com os riscos. O Executivo, em espe-cial, “precisa de se sentar e olhar para tudo para ver o que deve fazer em ter-mos de regulação”, sublinhou.

“Há diferentes formas de melhorar a situação e a mais importante prende--se com a transparência e a informação prestada pelo ‘junket’”, defendeu Hoff-man Ma, vice-presidente do grupo Suc-cess Universe, com interesse no sector ‘junket’, para quem o novo paradigma “é algo a que [os promotores de jogo] se têm de adaptar”.

“A ideia dos ‘junkets’ é a de que ser mais transparente implica fazer menos dinheiro (…), mas fazer menos negócio não significa não fazer um negócio lu-

crativo. Pode haver outras políticas do Governo para reforçar o controlo da supervisão, mas também para subsi-diar o potencial risco”, argumentou.

Após o caso de desvio de fundos do “junket” Dore, em Setembro, a Direção de Inspecção e Coordenação de Jogos de Macau revelou que vai rever a le-gislação e as condições de acesso e de exercício de actividade de promoção de jogo. No mês seguinte, emitiu uma instrução que visa apertar a fiscaliza-ção das contas dos promotores de jogo a partir de 2016.

O promotor de jogo não foi inven-tado em Macau. No Nevada (EUA), o primeiro “junket” data do início da dé-cada de 1960, quando um acionista do Flamingo Casino Hotel tratou de fazer chegar a Las Vegas um “charter” carre-gado de amigos abastados.

Hoje, a ideia do promotor de jogo existe noutras jurisdições, dos EUA à

Ásia, mas não nos contornos de Macau, onde a imagem que existe é a de que se não operam à margem da lei, operam na zona cinzenta. O terreno em que se movimentam é, aliás, frequentemente apontado como potencialmente fértil à lavagem de dinheiro, nomeadamente pelo Departamento de Estado norte--americano.

Em entrevista recente ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o vice-presi-dente da Associação de Mediadores de Jogos e Entretenimento de Macau, Fong Seng Wa, falou em “mal-entendidos” e reconheceu a falta de transparência.

“Nós próprios queríamos aumentar a transparência, porque o trabalho que faze-mos é normal e sujeito a muitos impostos. Entre os ‘junkets’ é bem-vindo o reforço na fiscalização (…), porque os promoto-res sérios não [a] temem (…) e até poderá afastar ovelhas negras”, afirmou.

JTM com Lusa

FUTURO INCERTO PARA PROMOTORES DE JOGO

Só os “junkets” mais fortes “podem sobreviver”Os angariadores de grandes apostadores elevaram Macau a capital mundial do jogo, ao fazer rolar milhões nas salas VIP dos casinos. Continuam a ser “ases”, mas - em face da actual conjuntura - arriscam deixar de ser de trunfo

Peças fundamentais no xadrez do jogo de Macau, dada a tradicional elevada dependência dos apos-tadores VIP, os “junkets” atravessam um período

conturbado provocado por um “cocktail” de factores, que vai desde o golpe de confiança infligido por uma sé-rie de desfalques, às crescentes restrições de movimen-tos de capital da China, passando pelo abrandamento económico chinês e pela campanha anticorrupção lan-çada por Pequim.

Como consequência, o peso do segmento VIP nas re-ceitas dos casinos de Macau tem vindo a cair: em 2014, correspondeu a 60,4%, contra 66,1% em 2013 e 69,3% em 2012. No início da década anterior, chegou a ser supe-rior a 77%. No acumulado dos primeiros nove meses de 2015, a fatia no “bolo” era de 55,8%, com o mercado do jogo de massas a conquistar terreno em termos da pro-porção nas receitas dos casinos.

É, aliás, para a classe média que as operadoras de jogo em Macau têm voltado holofotes, criando novas ofertas centradas no entretenimento, em linha com as directrizes do Governo do território, que almeja a diver-sificação de uma economia dependente das receitas dos casinos.

Carlos Siu, professor associado do Centro Pedagógi-co e Científico na Área do Jogo do Instituto Politécnico de Macau, não tem dúvidas: “Apenas os mais fortes po-dem sobreviver”.

E alguns estão já a desaparecer: da lista de “promo-tores de jogo” (nome oficial) em Macau, publicada pelo regulador, constam este ano 183 (empresas ou particula-res), que servem salas VIP de 35 casinos. Em 2014, eram 235 e em 2013 totalizavam 216.

Tony Tong, consultor na Pacific Financial Services que, no passado, participou na actividade como investi-dor, nota que o actual cenário também se agudizou por-que “houve agressivas aprovações” de crédito aos joga-dores VIP, “muitas empresas cresceram rapidamente e agora têm vindo a sofrer”.

Hoffman Ma, vice-presidente do grupo Success Uni-verse, com interesse no sector “junket”, e que através de

uma “joint-venture” com a Sociedade de Jogos de Ma-cau opera o casino Ponte 16, subscreve: “O dinheiro leva mais tempo a reentrar no sistema, eles não têm a mesma liquidez de outrora”.

Menos investimento por parte de terceiros no negó-cio - e até a retirada de capital - contribui também para a menor liquidez do “junket” que se viu obrigado a ser mais prudente na hora de dar crédito.

“O negócio tinha de encolher”, realçou Ma, numa ideia secundada por Chan Chak Mo, deputado à Assem-bleia Legislativa de Macau, que já foi “promotor de jogo”, para quem a maior cautela sinaliza que os “junkets” têm “mudado” a forma como operam “por não haver garan-tia de reaver o dinheiro (…), devido aos desvios [nas sa-las VIP] e ainda às restrições de movimento de capital”.

O controlo da saída de capitais da China - no máximo

de 20.000 yuan por dia por pessoa – interdita os joga-dores de transportarem mais do que essa quantia. Esse impedimento é contornado pelos jogadores VIP por via do “junket”.

O conceito de jogador VIP depende de sala para sala, moldando-se também ao clima económico. Nos tempos áureos, em 2013, por exemplo, uma das principais restri-tas salas VIP chegou a exigir uma aposta mínimo de 10 milhões de dólares de Hong Kong ao jogador durante a sua estadia.

Com as receitas de jogo de Macau em queda desde junho de 2014, grandes “junkets” a admitirem sair de cena e os casinos a alocarem cada vez mais mesas para o segmento de massas, os montantes que rolam hoje nas mesas VIP deixaram de ser o que eram.

* Jornalista da agência Lusa

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ARQ

UIVO

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 05

Para manterem algum dinamismo, os casinos devem criar, de forma contínua, novos elementos de atracção, defende Zeng Zhonglu, académico do sector de jogo. Para o especialista do Centro Pedagógico e Científico na Área de Jogo do Instituto Politécnico, as operadoras devem remodelar as instalações de jogo mais envelhecidas, incluindo a eventual demolição e posterior reconstrução dos casinos antigos

ACADÉMICO DEFENDE RECONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS ENVELHECIDOS

Casinos antigos precisam de nova vida

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UIVO

Sublinhando que o “ciclo de vida” dos projectos do jogo não é muito vasto, Zeng Zhonglu, presiden-

te da Associação de Estudos de Jogo da Ásia Pacífico e investigador do Centro Pedagógico e Científico na Área de Jogo do Instituto Politécnico de Macau (IPM), considera que os casinos de Macau de-vem incluir na sua oferta “novos elemen-tos” para manter o seu nível de atracção e, consequentemente, captarem mais vi-sitantes.

“Nos anos a seguir a 2017, não deverá haver grande problema, mas a longo pra-zo poderá ocorrer uma crise” na activida-de dos casinos, disse o académico duran-te uma conferência realizada ontem no IPM, insistindo na necessidade dos espa-ços de jogo ganharem novo dinamismo e melhorarem as suas infra-estruturas.

Nesse contexto, Zeng Zhonglu su-gere uma renovação dos casinos como aconteceu em Las Vegas, remodelando as instalações mais antigas ou, inclusiva-mente, mediante a demolição de edifícios envelhecidos com vista a erguer no mes-mo local estruturas mais modernas. Se-gundo o académico, essa renovação iria também ao encontro das características de Macau, uma vez que a disponibilida-de de terrenos é muito limitada.

Em declarações aos jornalistas à mar-gem da conferência, Zeng Zhonglu refe-riu ainda que a dimensão do jogo em Ma-cau é grande, quando comparada com os casinos em funcionamento na Ásia, pelo

Viviana Chan que o sector desfruta de várias vantagens a curto e médio prazo. No entanto, o aca-démico mostrou-se preocupado com a “fraca fiscalização” e os “atrasos legisla-tivos” na área do jogo.

Na sua opinião, as autoridades de Macau também não têm analisado em profundidade as tendências de desenvol-vimento do jogo, pecando por isso no ca-pítulo do planeamento futuro do sector. Em concreto, Zeng exortou o Governo a promover estudos sobre o perfil dos vi-sitantes, independentemente de frequen-tarem ou não espaços de jogo, por forma a que os empreendimentos possam dar melhor resposta às exigências da procura.

Contra o “tecto” das mesas de jogoPor sua vez, Wang Changbin, outro

investigador do Centro Pedagógico e Científico na Área de Jogo do IPM, con-testou a política do Governo de limitar o crescimento anual do número de mesas, defendendo que a definição da dimensão da oferta é um direito das operadoras de jogo.

Segundo a “Ou Mun Tin Tou”, Wang Changbin criticou ainda a atribuição de licenças para operar salas VIP, conside-rando que “não é muito exigente” no que se refere à avaliação da idoneidade dos promotores de jogo. “No território, apenas é obrigatória a declaração de da-dos de sócios que possuem mais de 5% de acções ou de dirigentes de topo das empresas promotoras de salas VIP”, dis-se.

“No caso da Dore Holdings, surgi-ram alegados sócios e investidores, mas

não temos nenhuma informação sobre essas pessoas, que não são licenciadas”, lamentou, ao alertar para o facto de mui-tos agentes envolvidos nas operações de jogo não estarem abrangidos pela rede de

fiscalização. O mesmo académico apontou como

exemplo a seguir Atlantic City, nos Es-tados Unidos, onde as regras são muito exigentes.

Entre receitas e despesas, a Administração da RAEM acumulou entre Janeiro e Outubro do corrente ano um saldo positivo de 34.583,1

milhões de patacas, menos 59,7% quando compa-rado com os primeiros 10 meses do ano passado.

De acordo com os dados provisórios da execu-ção orçamental até Outubro disponibilizados on-tem na página electrónica dos Serviços de Finanças, Macau encerrou Outubro com receitas públicas to-tais de 90.993,9 milhões de patacas, uma queda de 31,2% face ao mesmo período de 2014 e a traduzir uma execução de 85,3%.

As receitas correntes da Administração totali-zaram 90.050,7 milhões de patacas, uma queda de 31,6% face aos primeiros dez meses de 2014 e a re-presentarem uma execução de 84,8%.

Os impostos sobre as receitas dos casinos, gran-de fonte das receitas públicas de Macau, estão em queda desde Junho de 2014 e em Setembro desce-ram até níveis de há cinco anos. Ainda assim, os impostos diretos continuam a ter um forte peso

RECEITAS PÚBLICAS CAÍRAM 31% ATÉ OUTUBRO

Saldo positivo da Administraçãorecua 60% para 34 mil milhõesCom as receitas a caírem 31,2% e as despesas a subirem 21,5%, o saldo positivo da conta central da Administração da RAEM decresceu quase 60% até Outubro, mantendo-se ainda assim num patamar muito elevado

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JTM

Operadoras vão divulgar relatório sobre fumo nos casinosO director-exe-cutivo da MGM China anunciou ontem que o es-tudo encomen-dado pelas seis operadoras de jogo à KPMG, sustentado no impacto da proibição total do fumo nos casinos, vai ser tornado público num futuro próximo. “As salas de fumo são provavel-mente a melhor opção de forma a encontrar um compro-misso entre proteger a nossa equipa, ao mesmo tempo que nos importamos em oferecer a oportunidade de es-colha aos nossos clientes. Em Macau, como fizemos no passado, precisamos de aprender e reagir a um cenário em mudança”, afirmou Grant Bowie. Por outro lado, o CEO, que falava aos jornalistas à margem de um evento no MGM, disse esperar que o mercado VIP registe, no futuro, “alguma recuperação”. “Continuamos a oferecer o mercado VIP que, esperamos, irá ter alguma recupe-ração. No futuro vai continuar a ser uma componente importante no nosso negócio, mas irá provavelmente ser menor do que historicamente tem sido”, previu. Recor-de-se que as operadoras de jogo já advertiram que caso a proposta do Executivo siga em frente poderá registar-se uma quebra de 16% no Produto Interno Bruto.

na composição da receita de Macau traduzindo numa receita de 77.624,5 milhões de patacas, me-nos 32,6% face aos primeiros dez meses do ano passado, com 83,7% da previsão anual já cumpri-da.

Dos impostos directos, as receitas oriundas dos impostos sobre o sector do jogo, no valor de 35% sobre as receitas brutas dos casinos, representaram 71.378,3 milhões de patacas, mas estavam em que-da de 35,3% em relação ao ano passado.

Já no capítulo da despesa, entre Janeiro e Outu-bro foram gastos 56.410,8 milhões de patacas, mais 21,5% do que no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, a despesa no final de Outubro cum-pria apenas 64,2% do previsto para os 12 meses do ano.

Por outro lado, as despesas dos Investimentos do Plano (PIDDA) ascenderam a 3.081,6 milhões de patacas, reflectindo uma subida anual de 46,6%, o que traduz uma taxa de execução de apenas 21% face aos 14.683,5 milhões inscritos no Orçamento.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201506 JTM | LOCAL

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“JTM” - 17 de Novembro de 2015

Cumprimento de Obrigações Pecuniárias nº PC1-15-0473-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22.Réu/Ré: Marites Galang Navarro, residente em Macau, no Rua Cantão, nº 72R, Edifíco I San Kok, 16º andar “C”, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Juízo de Pequenas Causas Cíveis do Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, para citar o Réu/a Ré Marites Galang Navarro, querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar a acção supra identificada, na qual pede que se julgue procedente e provada e, em consequência condena o(a) Réu/Ré a pagar as dívidas, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$28.212,64 (Vinte e Oito Mil, Duzentas e Doze Patacas e Sessenta e Quatro Avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do(a) citado(a).

Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

R.A.E.M., aos 30 de Outubro de 2015.

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

A Escrivã Judicial Adjunta,Iong Mio Leng

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

ANÚNCIO

Ladrão “misterioso” furtou 84 chapéus

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o furto de 84 chapéus numa loja na zona do Iao Hon. O funcionário da loja, que diz ter sido prejudicado em 50 mil patacas, suspeita que o furto terá sido cometido por um amigo, dado que era o único que tinha a chave da loja. Noutro caso, um restaurante denunciou o desaparecimento de 12 mil patacas e 8 mil dólares de Hong Kong da caixa registadora. O estabelecimento estima ainda danos superiores a 4.000 patacas, por estragos numa porta e na caixa registadoras.

VÍTIMAS VIVEM NA AUSTRÁLIA E DINAMARCA

Nome da SJM foi “isco” de burlaUm homem fez-se passar por um funcionário da Sociedade de Jogos de Macau, alegando que a companhia estava a oferecer prémios. De acordo com a Polícia de Segurança Pública, terá lucrado 77 mil dólares americanos com o esquema

A Polícia de Segurança Pú-blica (PSP) tem conheci-mento de que, pelo menos,

duas mulheres foram burladas por um homem que se apresenta-va como funcionário da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), dizendo que a empresa estava a oferecer prémios.

Uma das queixosas, residente na Austrália, contou às autorida-des que o suspeito contactou-a por telefone dizendo que a SJM tinha um prémio de 150 mil dóla-res americanos para lhe oferecer. A mulher acabou por fazer depó-sitos no valor total de 12 mil dóla-res americanos para pagar taxas e cobranças.

Mas, quando o suspeito pediu a terceira transferência, no valor de 55.800 dólares, a mulher ligou à SJM para confirmar o prémio, per-cebendo que tinha sido enganada.

A segunda queixa tem origem na Dinamarca, sendo que neste

caso a vítima transferiu 65 mil dó-lares americanos para receber um prémio de 160 mil. Ao perceber que o dinheiro não chegava, ligou para a SJM e também percebeu que tudo não passava de um es-quema de burla.

“Croupier” muito generosoNoutro caso, a Polícia Judiciária

(PJ) prendeu um “croupier” e um residente do Continente Chinês por compactuarem no crime de pe-culato. Segundo as autoridades, o “croupier” de 26 anos entregava 10 mil dólares de Hong Kong a mais ao parceiro do esquema sempre que este pedia 12 mil em fichas. Se-gundo a investigação, o “croupier” ficava 7 mil dólares de Hong Kong e o cúmplice com três mil.

Os dois homens acabaram por ser apanhados em flagrante, ale-gando que já tinham gastado o di-nheiro que furtaram do casino.

C.A.

AUTORIDADES FIZERAM DUAS DETENÇÕES

Ilegal sem fôlegopara a natação

A Polícia de Segurança Pública (PSP) foi informada que um casal de imi-grantes ilegais estava nas imedia-

ções da Ponte 16. Ao chegar ao local, as autoridades interceptaram a mulher, do Vietname, que terá admitido estar ilegal-mente no território. Segundo a PSP, a sus-peita, de 27 anos, pagou 3.000 yuan a um homem, na China Continental, para entrar de barco.

No entanto, o companheiro de viagem aproveitou a ocasião e saltou para a água tentando fugir às autoridades. Como estava muito longe da costa, ficou “aflito” e, por isso, foi socorrido pelos Serviços de Alfân-dega que o entregaram à PSP.

O homem, de 28 anos, estava ilegalmen-te no território uma vez que o período de permanência já tinha expirado. Ambos os suspeitos foram encaminhados ontem para o Ministério Público.

Por outro lado, a PSP prendeu ontem uma mulher de 43 anos por estar na pos-se de um boletim de entrada falsificado. A detenção foi feita no seguimento de uma operação STOP, na Avenida da Amizade. De acordo com as autoridades, a detida confessou que comprou o documento em

Outubro por 200 yuan, na China.

Agrediram agentes sob efeito de “ice”Um residente, de 50 anos, foi detido pela

PSP depois de ter agredido um agente, sob a alegação de que era muito parecido com um homem que lhe tinha batido na noite anterior. Quando foi interceptado na Praça de Ponte e Horta, o homem usou o telemó-vel para agredir um dos agentes.

Escoltado para o hospital, o suspeito acusou positivo para o consumo de “ice” e, segundo a PSP, confessou ter consumido a droga que comprou por 100 yuan a um des-conhecido na China.

Noutro caso, um homem de 27 anos foi interceptado pela PSP na Avenida Lisboa durante uma operação de verificação de do-cumentos. Tendo em conta que não apresen-tou qualquer documento de identificação, manifestou nervosismo e, ao tentar fugir das autoridades, empurrou os três agentes.

Mais tarde, o homem apresentou um salvo-conduto que tinha deixado num ho-tel do território. O caso está nas mãos do Ministério Público por ofensa à integridade física, resistência e desobediência.

C.A.

Um casal de imigrantes ilegais foi detido pela PSP nas imediações da Ponte 16. Um dos suspeitos tentou fugir a nado mas acabou apanhado pelos Serviços de Alfândega. A mulher, oriunda do Vietname, terá pago

3.000 yuan para entrar de barco no território

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ARQ

UIVO

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 07

MAIS DE MIL RESIDENTES EM FILA DE ESPERA

Centro de Saúde do Fai Chi Kei “invadido” devido a notificações mal escritas Um simples erro de escrita nas notificações do Centro de Saúde do Fai Chi Kei levou mais de mil residentes ao local, durante a manhã de ontem. O aviso tinha como objectivo lembrar os utentes sobre o início do período de marcação de consultas para 2016. Por outro lado, na sequência do caso de perda de dados de pacientes na via pública, o hospital público vai rever o tratamento de documentos com informações pessoais e promete apostar na via electrónica em detrimento do suporte papel

Liane Ferreira

O Centro de Saúde do Fai Chi Kei viveu na manhã de ontem um período de caos com mais de

1.000 utentes em filas de espera para mar-car consultas para o próximo ano.

De acordo com a “Ou Mun Tin Toi”, as longas filas e confusão nas salas de es-pera motivaram mesmo discussões com os funcionários do Centro de Saúde. Lei Chin Ion, director dos Serviços de Saú-de, declarou que foram enviados funcio-nários de outros Centros de Saúde para ajudar, admitindo ainda que um erro de escrita esteve na origem da situação.

Cheang Seng Ip, vice director dos Ser-viços de Saúde, explicou que algumas notificações tinham erros de escrita. Se-gundo o mesmo responsável, algumas fa-ziam referência a marcações “no dia 16” e noutras constava a indicação “a partir de dia 16”, criando um mal-entendido.

Destacando que foi a primeira vez que aconteceu uma situação do género, Cheang Seng Ip explicou que, de acordo com o mecanismo de rotação de médicos dos Centros de Saúde, as autoridades costumam solicitar aos cidadãos para marcar antecipadamente as consultas externas. O responsável avançou ainda que o sistema de marcações do referido mecanismo de rotação poderá ser alvo de uma revisão.

O vice-director salientou também que muitos residentes estavam preocupados

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EM T

DM

PAI DE PARTICIPANTE EM ACAMPAMENTO CRITICOU “FALTA DE EMPATIA” DO ORGANISMO

DSEJ refuta acusações de passividadeem caso de abuso sexual de jovensO subdirector dos Serviços de Educação e Juventude garantiu que, assim que foi dado o alerta sobre o alegado caso de abuso sexual, foram enviados funcionários ao acampamento da Associação das Águias Voadoras de Macau para garantir a segurança dos jovens. A reacção de Lou Pak Seng surge em resposta às críticas tecidas pelo pai de um jovem da mesma turma das alegadas vítimas

Foram “enviadas pessoas ao acampamento para intervir no caso e apoiar os jovens. Além disso, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude

(DSEJ) contratou um psicólogo de Hong Kong para apoiar jovens e pais”, garantiu o subdirector da DSEJ.

Lou Pak Seng falava à “Ou Mun Tin Toi” sobre os alegados casos de abuso sexual de seis rapazes, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos, duran-te o primeiro de três dias de actividades de um campo de treino militar da Associação das Águias Voadoras de Macau.

O responsável aproveitou ainda a ocasião para justificar a decisão de manter os alunos em Coloane até ao final da actividade. “O mais importante era ga-rantir a segurança dos alunos no acampamento, com pessoas a vigiar para termos a certeza que a situação não se repete”.

com a possibilidade dos atrasos afecta-rem a prescrição de medicamentos.

Durante a manhã, estima-se que mais de 1.000 cidadãos estiveram no Centro de Saúde em causa, não tendo sido registada tal afluência nos outros centros espalha-dos pela RAEM.

São Januário quer privilegiar documentos electrónicos

Noutro desenvolvimento, os Serviços de Saúde asseguraram que o impacto do recente caso de abandono de documen-tos na via púbica com dados de pacien-tes do Centro Hospitalar Conde de São Januário não irá resumir-se ao despedi-mento de dois funcionários responsáveis

pela limpeza do laboratório e tratamento dos resíduos. Segundo o organismo, na sequência do relatório entregue ao Se-cretário para os Assuntos Sociais e Cul-tura, os grupos incumbidos da gestão da qualidade hospitalar e apreciação clínica, bem como a Equipa de Coordenação dos Regulamentos dos Serviços e do Hospital “irão proceder à revisão dos procedimen-tos de trabalho com base neste caso, bem como elaborar recomendações”.

Por outro lado, de acordo com os Ser-viços de Saúde, “o grupo de gestão de risco vai estudar os processos vigentes relativos às actuais políticas de proces-samento de documentos electrónicos de modo a concretizar a desmaterialização

do papel”, por forma a minimizar a pos-sibilidade de ocorrência de situações se-melhantes no futuro.

O caso que motivou a implementação de novas medidas ocorreu há um mês, quando o hospital público reconheceu que documentos clínicos confidenciais, na sua maioria requisições de análises dos Serviços de Patologia Clínica (labora-tório), tinham caído “acidentalmente” de um camião de lixo “para a via pública” durante a madrugada.

Ao abrigo das normas internas, os documentos confidenciais devem ser destruídos por máquinas no hospital ou, caso envolvam grandes quantidades, ser transportados em sacos verdes pela empresa de tratamento de resíduos até à central de incineração. No entanto, o saco que caiu do camião era de cor preta, ou seja deveria ser usado para o lixo geral.

Após o respectivo processo de investi-gações, as autoridades consideraram que os dois trabalhadores em questão, auxi-liares dos serviços gerais dos Serviços de Saúde, não seguiram as orientações superiores, concretamente os procedi-mentos para tratamento de documentos com dados pessoais dos pacientes. “Uma vez que o caso envolve a privacidade dos pacientes, constituindo circunstância agravante, após a instauração do proce-dimento administrativo interno, os dois trabalhadores serão punidos com demis-são”, refere a mesma nota dando conta de uma decisão que já mereceu a concordân-cia do Secretário Alexis Tam.

As declarações de Lou assumiram uma forma de resposta a uma mensagem partilhada na internet, na sexta-feira, pelo pai de um aluno da mesma turma que não foi vítima dos alegados abusos.

No texto, o homem mostrou-se desiludido tanto com a escola como com a DSEJ por só terem informa-do os pais no dia seguinte, permitindo que os jovens passassem mais uma noite no acampamento. “Os pais têm o direito de ser informados e devem ser eles a decidir se vão buscar os filhos [ao acampamento] ou não”.

A instituição de ensino foi acusada de “não ter nenhum plano” para suspender actividades como os acampamentos nocturnos e de tentar manter-se à margem do problema. Já a DSEJ, foi criticada por “não mostrar empatia” para com os pais e por manter sempre o mesmo discurso. “A DSEJ só diz que está a

acompanhar o assunto, mas isso é uma desculpa”. O pai, não identificado pelo canal chinês da Rádio

Macau, considera que a Associação das Águias Voa-doras teve também “uma péssima atitude” por não ter dado qualquer explicação para o sucedido direc-tamente aos pais, limitando-se a afirmar que iria fazer um pedido de desculpas público aos pais.

Na altura da ocorrência a DSEJ anunciou que iria investigar todos os funcionários da associação que promove actividades com escolas. Questionada sobre formas de prevenção de situações semelhantes, Leong Lai frisou que compete à associação “garantir a quali-ficação dos professores, instrutores e outros profissio-nais”, pelo que, em questões de comportamento, “o normal é que cada um assuma responsabilidades por aquilo que faz”.

I.A./V.C.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201508 JTM | LOCAL

Revisto em altapreço de elevadorese escadas rolantesdo Metro LigeiroO fornecimento de elevado-res e escadas rolantes para as estações do Metro Ligeiro da Taipa vai custar mais aos co-fres públicos do que os 79,8 milhões de patacas inicial-mente previstos. Segundo um despacho do Chefe do Execu-tivo, o montante global a pa-gar à “Otis Elevator Company (H.K.) Limited” subiu para 90,56 milhões de patacas “de-vido ao aumento do período de trabalho da parte dos equi-pamentos fornecidos”. O va-lor do contrato, que começou a ser pago em 2012, será liqui-dado até 2019. Noutros des-pachos, Chui Sai On autoriza a celebração de contratos para a operação e manutenção das instalações de tratamento de resíduos orgânicos na Central de Incineração de Resíduos Sólidos de Macau e do siste-ma de recepção de águas re-siduais com óleos e gorduras da Estação de Tratamento de Águas Residuais de Coloane. Os contratos foram adjudica-dos, respectivamente, ao Con-sórcio CCSC - Incineração de Resíduos de Macau (por 1,93 milhões de patacas) e à WA-BAG Serviços de Tratamento de Águas (Macau) Limitada (por 3,16 milhões).

RESCINDIDO CONTRATO POR DECISÃO DO TRIBUNAL

Perdeu habitação socialpor morar com primoFoi rescindido, por decisão do Tribunal Administrativo, o contrato de arrendamento de uma fracção de habitação social. Em causa estava o facto de o arrendatário não estar a residir no apartamento que lhe foi atribuído

Um residente viu o seu contrato de arrendamento, de uma fracção de habitação pública, na Avenida Lok Koi, em Seac Pai Van, ser rescindido por não ocupar o apar-

tamento que lhe foi atribuído. O residente em causa estava a viver com um primo, na Avenida da Praia Grande, sem ter co-municado a situação ao Instituto de Habitação (IH).

A rescisão foi sugerida pelo presidente substituto do IH, a 28 de Julho de 2014, pelo facto de o arrendatário não pernoitar na habitação pelo menos durante dois terços do ano.

O visado intentou, então, um procedimento cautelar para o Tribunal Administrativo alegando ter idade avançada e não ter quaisquer meios de subsistência, familiares que o pudessem au-xiliar ou possibilidade de fazer face aos preços do mercado de

Fracção situa-se em Seac Pai Van

arrendamento actual, devido à sua situação económica. A juíza entendeu, porém, que nenhum desses factores repre-

sentava um “prejuízo de difícil reparação”. Além disso, mesmo que o requerente ficasse na condição de sem-abrigo, poderia pedir a outras instituições sociais para o auxiliar temporaria-mente.

Na nota do Gabinete do Presidente do Tribunal de Última Instância é ainda referido o facto de o requerente estar a viver com um primo, pelo que “é difícil acreditar na alegação do re-querente de que já não tenha outro lugar para pernoitar”.

Assim, a juíza do Tribunal Administrativo decidiu rejeitar o requerimento da suspensão de eficácia interposto pelo arren-datário da fracção.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | LOCAL 09

Inês Almeida

JASON CHAO EM GENEBRA

Arco-íris pede pressão da ONU sobre lei anti-violência domésticaJason Chao defendeu ontem, no Comité contra a Tortura das Nações Unidas, um reforço da pressão internacional junto do Governo da RAEM para que a lei contra a violência doméstica passe a incluir casais do mesmo sexo no espectro de protecção

A Associação Arco-Íris de Macau apresentou “um relató-rio da sociedade civil” ao Comité contra a Tortura das Nações Unidas, onde acusa o Governo de privar casais

do mesmo sexo de protecção contra a violência doméstica. O documento, entregue em mãos por Jason Chao, porta-

-voz da associação, explica que em 2011 a proposta de lei da violência doméstica incluía “co-habitantes” do mesmo sexo na definição de família, porém, o Governo voltou atrás no ano seguinte removendo esses casais da esfera de protecção da lei. Em Janeiro deste ano, esse aspecto foi mantido de fora na apresentação da segunda versão da lei, que acabou por ser aprovada na generalidade pelos deputados da Assembleia.

A Arco-Íris de Macau comunicou ao comité da ONU que o presidente da comissão da Assembleia Legislativa responsá-vel por analisar a proposta recusou o pedido de reunião com a associação, demonstrando uma “falta de interesse no assunto da protecção para casais do mesmo sexo”.

No final do documento, pode ler-se que, “apesar do Gover-no ter declarado ‘tolerância zero’ para a violência doméstica e que respeita a comunidade LGBT, a recusa em dar protecção igualitária contra a violência doméstica sugere o contrário”.

AUTORES QUEREM VER OBRA PUBLICADA EM CHINÊS

“Roque Choi não merecia ficar no esquecimento” Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho lançaram ontem na Fundação Rui Cunha a obra que dá a conhecer a vida de Roque Choi, uma das mais importantes figuras de Macau no século XX. O livro que resulta de um ano e meio de recolha de informação, tem como objectivo não deixar cair no esquecimento “uma figura muito especial”

Um homem “muito reservado, que sempre funcionou muito nos bastidores”, que se considerava

chinês mas “estava embebido na cultura local de tal forma que só podia ser ma-caense”, portador de um “exotismo, sin-gularidade e capacidade de adaptação”. Assim é descrito Roque Choi por Cecília Jorge e Rogério Beltrão Coelho autores da obra “Roque Choi - Um Homem, dois sistemas - Apontamentos para uma bio-grafia”. Com a chancela da editora Livros do Oriente, a obra foi lançada ontem à tarde, na Fundação Rui Cunha, numa sessão que contou também com a presen-ça de Jorge Morbey, docente universitário e antigo presidente do Instituto Cultural.

A obra foi escrita após o convite de um familiar dos autores que leram Bole-tins Oficiais desde 1890 até 2006, frequen-taram o Arquivo Histórico de Macau, além de “arquivos em Portugal e por esse mundo fora”, recolhendo informação durante um ano e meio, um processo que dizem não ter sido fácil.

O produto final inclui uma entrevista feita por José Pedro Castanheira em 1999 que levou à criação de “mini-biografias” de outras pessoas, mencionadas por Ro-que Choi nessa conversa com o jornalista.

Os autores admitiram que “ficam sempre elementos de fora”, sobretudo

quando se está a escrever a biografia de uma pessoa que já faleceu. Porém, o livro “dá uma ideia mais ou menos completa de quem é esta personalidade tão impor-tante”.

Um dos obstáculos à investigação prendeu-se com o facto de muitas pes-soas preferirem não dar o seu testemunho quando foram abordadas pelos autores.

Outra das dificuldades sentidas pas-sou pela “interpretação dúbia ou cinzen-ta” da protecção de dados pessoais. “À mínima coisa invoca-se a protecção dos

dados pessoais. Ora, se vamos buscar informação de há mais de 50 anos, a um serviço que é público, que vem no Bole-tim Oficial, não faz o menor sentido que nos seja vedada essa informação”, lamen-tou Rogério Beltrão Coelho.

Apesar disso, Cecília Jorge espera que a obra cumpra um objectivo muito con-creto. “Quase tudo em Macau é esque-cido. As pessoas são muito importantes em vida e passados uns anos esquecemo--nos delas. Queríamos evitar isso, porque acho que ele [Roque Choi] não merecia

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JTM ficar no esquecimento. Era uma figura

muito especial”. Questionada sobre uma eventual tra-

dução da obra para chinês, a autora disse que deveria haver algum interesse, sendo mencionado sobretudo o papel de Roque Choi “nos tempos da guerra”.

Rogério Beltrão Coelho partilha da mesma opinião. “Como está, com infor-mação confirmada, rigorosa, é uma peça, de certa forma, histórica. Quer se goste, quer não se goste, não vejo razão para não ser traduzido para chinês”.

Ainda que já tivessem conhecimento de muitos factos da vida de Roque Choi, sublinharam que “há sempre aquele pra-zer não só de descobrir mas de clarificar situações como dizer que alguém teve uma determinada honra e depois vamos ver e afinal não teve”.

Pelo contrário, frisou Rogério Beltrão Coelho, “o público em geral desconhece muita coisa” da vida da figura histórica. “O apogeu, a importância de Roque Choi na vida de Macau vai até ao final dos anos 80, a partir daí começa a entregar-se à sua vida de empresário e não tem mais a importância política que teve antes”.

Com este trabalho, Rogério Beltrão Coelho e Cecília Jorge identificaram algu-mas personalidades da história de Macau que “valia apena estudar” como Pedro Lobo. “Acho que é importante arrumar-mos a história recente de Macau para ter-mos um banco de dados”.

Seabra Pereiraensina Literatura e Artes no IPMApós um curso que decorreu também este ano e teve “uma excelente recep-ção”, o professor José Carlos Seabra Pereira regressa a Macau a convite do Centro Pedagógico e Científico da Língua Portuguesa para leccionar um curso que tem por tema “O Concerto Moderno das Musas – Literatura e Ar-tes em Portugal e Macau”. A formação terá a duração de 20 horas, distribuí-das por pouco mais de três semanas, entre 11 de Janeiro e 1 de Fevereiro. De acordo com a organização, em duas das semanas haverá dois dias de aulas de três horas. Na outra sema-na, o programa contempla três dias de aulas com duas horas de duração. Poderá ainda haver um dia com duas horas de aula, numa quarta semana. A distribuição “pode ser alterada se os alunos desejarem”, indicou o Centro. O preço do curso será de 1.000 patacas para o público em geral e de 500 para os professores. Durante a sua estadia na RAEM, o docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra vai ainda fazer uma apresentação do livro que escreveu no território sobre “a literatura portuguesa de Macau e Macau na literatura portuguesa”.

Tal posição do Governo “indica uma falta de interesse genuí-no no cumprimento das suas obrigações perante a Convenção contra a Tortura”, considera a associação.

Assim, a Associação Arco-Íris pede ao Comité para ques-tionar o Governo sobre a decisão e pressioná-lo para que re-veja a proposta de lei, informando deputados e população da sua obrigação face ao direito internacional.

L.F.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201510 JTM | PUBLICIDADE

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JTM | LOCAL 11Terça-feira, 17 de Novembro de 2015

AMBIENTALISTAS DE HONG KONG ALERTAM PARA DETERIORAÇÃO DE ZONAS ECOLÓGICAS EM MACAU

Colhereiros crescem na Ásia mas pousam menos no COTAIA população mundial de colhereiros-de-cara-preta bateu um novo recorde no último Inverno, com a contabilização a superar os 3.000 exemplares, mas sofreu um ligeiro declínio em Macau, onde “a principal zona de descanso das aves tem vindo a deteriorar-se” devido aos avanços da indústria do turismo, segundo alertou a “Hong Kong Bird Watching Society”. Ironicamente, uma das áreas de reprodução preferidas por esta espécie em vias de extinção situa-se na fronteira mais fortemente armada do mundo: a Zona Desmilitarizada Coreana

Em Outubro, mês que assinala o início da migração das aves, começaram a chegar às zonas

ecológicas do COTAI os primeiros co-lhereiros-de-cara-preta que escolhem Macau como refúgio durante a estação do Inverno. Até ao dia 9 deste mês, a Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA) detectou 13 na Zona Ecológica I, número que deverá crescer nas próximas semanas sob o olhar atento de ambientalistas, desde logo por estar em causa uma espécie incluída na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla inglesa).

No entanto, o regresso destas aves asiáticas alvo de protecção especial do Estado envolve este ano um factor adi-cional de interesse. Para além de entu-siasmar os amantes da natureza, e em particular da ornitologia, a nova épo-ca migratória deverá ser seguida com redobrada atenção pelos especialistas pelo facto da população de colhereiros ter sofrido uma ligeira quebra em Ma-cau no último Inverno, desalinhada da tendência mundial.

De acordo com o Censos Interna-cional de 2105, realizado pela “Hong Kong Bird Watching Society” e coor-denado pela rede “East Asian-Austra-lasian Flyway” (EAAF), organização que luta pela protecção das aves aquá-ticas migradoras, do seus habitats e meios de subsistência das pessoas que deles dependem, o número de colhe-reiros-de-cara-preta espalhados pela Ásia atingiu um novo recorde, com

os 3.272 identificados a representarem um aumento de 20% face aos 2.726 do ano anterior, e muito acima dos 288 que restavam na década de 1980. Os mesmos dados, recolhidos entre 16 e 18 Janeiro de 2015, indicam que, no Inverno em que foi superada pela pri-meira vez a fasquia mundial dos 3.000 exemplares, em Macau foram avista-dos apenas 55, menos 8,3% do que os 60 que pousaram no COTAI no mes-mo período de 2014.

Embora não seja expressiva, a des-cida na RAEM só encontra paralelo na China Continental - um decréscimo de 2,7% para 330 - e contrariou a subida de 25% no Inverno 2013-2014.

Em contrapartida, os colhereiros--de-cara-preta aumentaram 63,1% para 411 na zona de “Deep Bay”, que abarca Hong Kong e Shenzhen, e 22,6% em Taiwan, que atraiu o maior número de aves desta espécie no úl-timo Inverno (2.034), com grande in-cidência na área de Tainan, no sul da Ilha Formosa. No Japão (371 aves) e na Coreia do Sul (31) também se regista-ram aumentos de 6% e 19,2%, respec-tivamente, enquanto que no Vietname (40) não ocorreu qualquer variação anual.

No ano passado, a DSPA reconhe-ceu que o desenvolvimento sócio--económico e o ambiente circundante das zonas ecológicas “tem sofrido um determinado nível de impacto provo-cado pela construção e obras”, prome-tendo, no entanto, “continuar a tomar medidas a fim de salvaguardar a qua-lidade” dessas áreas húmidas de Ma-

cau. Entre outros trabalhos realizados antes da época das aves migratórias, a DSPA assegura que tem removido e limpado caniços e plantas invasoras, como a “acanthus ilicifolius” e “son-neratia apetala”, nas zonas adjacentes às águas das zonas ecológicas.

Contudo, os relatórios de 2013 e 2014 da “Hong Kong Bird Watching Society” revelam preocupações óbvias sobre a situação das zonas húmidas do COTAI. “Além da área de alimentação dessas aves ser ainda incerta, a prin-cipal zona de descanso dos colherei-ros que passam o Inverno em Macau tem vindo a deteriorar-se por causa do ambicioso desenvolvimento que abre caminho para a indústria do turismo. A conservação do local de Inverno dos colhereiros-de-cara-preta é um verda-deiro desafio em Macau”, alerta a or-ganização de Hong Kong.

Ninhos com vista para as Coreias Entre Março e Setembro, antes de

voar para Sul em busca de regiões mais amenas no Inverno, o colherei-ro-de-cara-preta, única espécie des-ta família de aves integrada na Lista Vermelha da IUCN, permanece sobre-tudo em pequenas ilhas ao longo da costa ocidental da península coreana, na província chinesa de Liaoning e na Rússia.

Curiosamente, uma das suas prin-cipais áreas de nidificação situa-se na Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias (DMZ na sigla inglesa). Embora se trate de uma das fronteiras mais fortemente armadas do mun-

do, frequentemente palco de tensões entre Pyongyang e Seul, a “terra de ninguém” que se estende por quatro quilómetros oferece um refúgio segu-ro para as aves em risco de extinção.

Apesar dos dados sobre o núme-ro de colhereiros na Coreia do Norte serem limitados, como sucede com quase tudo numa das sociedades mais herméticas do mundo, especialistas acreditam que a DMZ continua a ser o maior viveiro de reprodução da ave, ao travar as incursões humanas e o impacto negativo que o desenvolvi-mento das zonas costeiras teria nos locais de nidificação.

Distinta é a situação nos afloramen-tos rochosos da província de Liaoning, importante habitat de reprodução que, segundo os peritos, está ameaça-do, tal como sucede em várias zonas húmidas da Coreia do Sul, China Con-tinental e regiões do sudeste da Ásia devido à grande pressão do desenvol-vimento urbano.

Tendo em conta que o rápido cres-cimento demográfico, o avanço da urbanização em áreas costeiras, as actividades de recreação, a indústria, aquicultura e agricultura constituem as principais ameaças para o colhe-reiro-de-cara-preta, os ambientalistas têm sublinhado que a preservação a longo prazo da espécie exigirá com-promissos para proteger as áreas de nidificação no Verão, os habitats de In-verno e as zonas de descanso nas cos-tas da Coreia, China, Taiwan, Japão, Vietname, Tailândia e Filipinas.

S.T.

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DSP

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201512 JTM | LOCAL

2ª Vez “JTM” - 17 de Novembro de 2015

Proc. Despejo nº CV3-14-0040-CPE 3° Juízo Cível

Autor: ZHANG XIAN, residentes na República Popular da China, Província de Zhejiang, Cidade de Hangzhou, Zona de Shangcheng, Rua de Kunpeng nº 97, Edf. “Xin Luyuan” Bloco 6, Sala 1006. Réu: IEK KIN MENG, ausente em parte incerta, e com última residência conhecida em Macau, RAE, no Caminho das Hortas nº 615, Edf. Chun Hong Garden, Bloco “Leong Iun”, 32º andar B, Taipa.

FAZ-SE SABER que pelo Tribunal Judicial da RAEM, correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando ao réu IEK KIN MENG, acima identificado, para no prazo de TRINTA DIAS, findo o dos éditos, contestar, querendo, a petição inicial dos autos acima identificados, apresentada pelo autor, na qual pede que deve a presente acção ser julgada procedente e provada e, em consequência ser o réu condenado:1) Declarar-se resolvido em 15/09/2014 o contrato de locação de fracção autónoma com finalidade habitacional, designada por “B32”, sita em Macau, Taipa, Caminho das Hortas nºs 591 a 625, Avenida Dr. Sun Yat Sen nºs 634 a 708, Edf. Chun Hong Garden, Bloco “Leong Iun”, 32º andar B (descrita na Conservatória do Registo Predial sob o nº 21852, a fls. 150V do livro B101A e inscrita na matriz sob o número 40695, registo de aquisição sob o nº 112174G), celebrado entre o Autor (mediante seu representante San Kok Peng) e o Réu em 09/09/2009;2) Ordenar despejo do Réu, ou de qualquer indivíduo eventualmente encontrado na fracção locada;3) Ao abrigo do artigo 1027º do Código Civil, o Réu dever pagar ao Autor a indemnização, contada a partir de 15/09/2014 até à data da apresentação da presente petição inicial, calculada com base de HKD$6.000,00 mensalmente, perfazendo HKD$15.600,00, equivalente a MOP$16.091,40;4) O Réu dever pagar ao Autor a indemnização contados a partir da data da apresentação da presente petição inicial, até à restituição efectiva da fracção locada, calculada com base de HKD$6.000,00 mensalmente, equivalente a MOP$6.189,00, cuja liquidação será no futuro;5) O Réu dever pagar ao Autor os juros de mora à taxa legal, a contar a partir da data de citação até ao seu pagamento efectivo das indemnizações; 6) O Réu pagar todos as custas emergentes da presente acção, e os adequados honorários de advogado.

Conforme tudo melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra nests Secretaria à sua disposição.

O citando fica advertido de que ao contestar pode deduzir em reconvenção o seu direito a benfeitorias ou a uma indimnização, e ainda que é obrigatória a constituição de advogado, nos termos dos artigos 932º e 74º do Código Processo Civil.

Tribunal Judicial de Base de RAEM, aos 30 de Setembro de 2015

O Juiz de DireitoCarlos Armando Carvalho

A Escrivã Judicial Principal,Lam U

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 17 de Novembro de 2015

Execução ordinária nº CV1-14-0140-CEO 1° Juízo Cível

Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22. Executadas: 1. BLESILDA BARTOLOME DE JESUS, casada, de nacionalidade filipina, titular do passaporte da República das Filipinas nº LL3xx0x1 e título de identificação de Trabalhador Não-Residente nº 1xx3xx/2002;2. PAULA ANTONIA MENDONÇA TEIXEIRA DO CARMO, solteira, maior, de nacionalidade portuguesa, titular do BIR nº 1xx2xx4(2);ambas com última residência conhecida em Macau na Estrada de Sete Tanques, Edifício Villa Della Rose, Fase II, Bloco T, Taipa.

FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando as executadas, supra identificadas, para, no prazo de VINTE DIAS, findo o dos éditos, pagarem ao exequente a dívida de onze mil, duzentas e quarenta e nove patacas e cinquenta e três avos (MOP11.249,53), correspondente ao capital de onze mil patacas (MOP11.000,00) e aos juros já vencidos até 20 de Novembro de 2015 no montante de duzentas e quarenta e nove patacas e cinquenta e três avos (MOP249,53), a que acrescerão os juros que se forem vencendo, à taxa de 6%, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide, bem como as despesas com o protesto da livranca no montante de cento e vinte e cinco patacas (MOP125,00) e, ainda, as custas e condigna procuradoria ou, em alternativa, nomear bens à penhora suficientes para o pagamento da quantia exequenda, ou, querendo, deduzir oposição à execução no mesmo prazo, sob pena de se considerar devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora, tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra nesta secretaria à disposição do citando.

Caso as citadas pretendem beneficiar do regime geral de apoio judiciário, deverão dirigir-se ao balcão de atendimento da Comissão de Apoio Judiciário, sito na Rua do Campo, nº 162, Edifício Administração Pública, 1º andar, Macau, para apresentarem os seus pedidos, sendo que poderão pedir esclarecimentos através do telefone nº 2853 3540 ou correio elec-trónico [email protected].

Para o efeito, terão de comunicar ao processo a apresentação dos pedidos àquela Comissão, para beneficiarem da interrupção do prazo processual que estiver em curso, nos termos do nº 1, do artº 20º, da Lei 13/2012, de 10 de Setembro.

Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 3 de Novembro de 2015.

A Juiz de Direito,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Principal,Fernanda Branco

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

1ª Vez “JTM” - 17 de Novembro de 2015

Execução ordinária nº CV1-15-0010-CEO 1° Juízo Cível

Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22. Executado: FRED JAMES DACANAY MACATUNAO, solteiro, maior, de nacionlidade filipina, titular do BIR nº 1xx8xx5(4), com última residência conhecida em Macau na Rua de Cantão, nº 56, Edifício I On Kok, 7º andar “E”.

FAZ-SE SABER que pelo 1º Juízo Cível do Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M, correm éditos de TRINTA DIAS, contados a partir da segunda e última publicação do respectivo anúncio, citando o executado, supra identificado, para, no prazo de VINTE DIAS, findo o dos éditos, pagar ao exequente a dívida de vinte e quatro mil, oitenta e quatro patacas e sessenta e dois avos (MOP24.084,62), correspondente ao capital de vinte e três mil, novecentas e três patacas e oitenta e sete avos (MOP23.903,87) e aos juros já vencidos até 16 de Janeiro de 2015 no montante de cento e oitenta patacas e setenta e cinco avos (MOP180,75), a que acrescerão os juros que se forem vencendo, à taxa de 6%, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide, bem como as despesas com o protesto da livrança no montante de cento e vinte e cinco patacas (MOP125,00) e, ainda, as custas e condigna procuradoria ou, em alternativa, nomear bens à penhora suficientes para o pagamento da quantia exequenda, ou, querendo, deduzir oposição à execução no mesmo prazo, sob pena de se considerar devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora, tudo como melhor consta da petição inicial, cujo duplicado se encontra nesta secretaria à disposição do citando.

Caso o citado pretende beneficiar do regime geral de apoio judiciário, deverão dirigir-se ao balcão de atendimento da Comissão de Apoio Judiciário, sito na Rua do Campo, nº 162, Edifício Administração Público, 1º andar, Macau, para apresentar o seu pedido, sendo que poderão pedir esclarecimentos através do telefone nº 2853 3540 ou correio electrónico [email protected].

Para o efeito, terá de comunicar ao processo a apresentação do pedido àquela Comissão, para beneficiarem da interrupção do prazo processual que estiver em curso, nos termos do nº 1, do artº 20º, da Lei 13/2012, de 10 de Setembro.

Tribunal Judicial de Base da R.A.E.M., aos 3 de Novembro de 2015.

A Juiz de Direito,Ana Meireles

A Escrivã Judicial Principal,Fernanda Branco

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

• • • BREVESMagistrado António Queirós com contrato renovado no MPO Governo renovou pelo período de dois anos, o contrato de António Augusto Archer Leite de Queirós, magistrado do Ministério Público. Se-gundo uma ordem executiva ontem publicada no Boletim Oficial da RAEM, o novo contrato produz efeitos a partir de 20 de Dezembro de 2015.

Gamal Aziz nomeado consultorda Escola de Hotelaria de Lausanne A Escola de Hotelaria de Lausanne, prestigiada instituição suíça que há vários anos tem desen-volvido acções de cooperação com o Instituto de Formação Turística de Macau, nomeou Ga-mal Aziz, presidente e director executivo da Wynn Macau, como membro do seu Conselho Consultivo Internacional. Fabien Fresnel, direc-tor da Escola, justificou a nomeação com a vasta experiência de Aziz nos sectores do turismo e jogo e pelo facto da instituição suíça e a Wynn Macau partilharem padrões de “excelência e qualidade”.

Livro recorda impactoda Revolução XinhaiA Fundação Macau (FM) e a Imprensa Acadé-mica de Ciências Sociais publicaram, no territó-rio e no Continente, o livro “Anos Turbulentos - Xiangshan e Macau antes e depois da Revo-lução Xinhai”, da autoria de Huang Hongzhao, historiador e professor do Instituto de Estudos de Relações Internacionais da Universidade de Nanquim. Segundo a FM, o autor traça o per-curso da revolução republicana que ocorreu na China em 1911 e as consequentes instabilidades e mudanças sociais em Xiangshan e Macau.

ALBERGUE RECEBE HOJE “UNITYGATE ARTS MEETINGS”

“É preciso uma estratégia que chocalhe Macau”A parceria entre a plataforma Unitygate e o Albergue SCM culmina hoje no evento que apresenta um espectáculo multidisciplinar com exposição fotográfica, multimédia e dança. Para Alexandra Battaglia, é fulcral pensar numa estratégia que atraia público para este tipo de programas artísticos

A quarta edição do progra-ma de intercâmbio cultural no território termina com o

evento “Unitygate Arts Meetings”, fruto da parceria firmada este ano com o Albergue SCM, co-organizador oficial da iniciativa. Para além deste novo protocolo, a “Unitygate” ex-pandiu-se, este ano, para Guangdong e Taiwan. Conquista que é positiva quer para a plataforma propriamen-te dita, quer para Macau, considerou Alexandra Battaglia, mentora e direc-tora-geral da Companhia de Dança Amalgama.

“A Unitygate expande-se não só em Macau mas também a um dos maiores festivais de dança contempo-rânea da China, em Cantão. Reuniu vários coreógrafos, artistas da Euro-pa, de Taiwan, da Coreia, e o balanço é muito positivo. Para Macau e para a plataforma, dar a conhecer o nosso trabalho como criação sino-lusa ou o desenvolvimento que andamos a construir ao longo destes cinco anos é importantíssimo”, disse.

Para além disso, reforça que as sinergias alcançadas na edição deste ano foram “um passo extremamente importante para a plataforma em ter-ritório oriental”. “Vamos continuar a apostar”.

Embora o balanço seja positivo na “fraternidade” cultural entre os di-versos bailarinos, a adesão do público local a estes eventos deixou a desejar.

Apesar de notar diferenças desde que o evento chegou ao território, Alexandra Battaglia lamenta a fraca adesão e diz mesmo que “é preciso uma estratégia que chocalhe Macau”. “É importante pensar numa estraté-gia que traga público a estes progra-mas e para que este seja mais aberto às diferentes artes. Talvez não chegue o apoio dos media. Talvez seja impor-tante chegar às universidades, onde já há uma visão mais aberta, onde o conhecimento deve passar, onde a arte se deve instalar no seu processo, para chegar às populações através de programas mais desformatados”, propôs.

O programa para hoje, no Alber-gue, arranca às 19:00, com a exposi-

ção de fotografia e multimédia “Si-nergia” de António Mil Homens que aborda a “relação cultural Portugal--Macau”, e que está relacionada com o espectáculo “Reflexos”. “[O espetá-culo de dança contemporânea] vai ter composições originais, e vamos ver como é que os bailarinos e músicos se conseguem adaptar ao espaço”, disse Alexandra Battaglia.

A noite termina com a primeira mostra de vídeo-dança de compa-nhias e artistas sino-lusos, incluindo as peças “Re Birds”, “Decadence” e “Passage”. “Este é o primeiro passo de um evento que se pode estender, no próximo ano, até ao design e a ou-tras áreas das artes”, considerou.

C.A.

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Evento no Albergue inclui espectáculo “Reflexos”

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | DESPORTO 13

FÓRMULA UM

Rosberg domina corrida no Brasil O piloto alemão Nico Rosberg garantiu o segundo lugar do Mundial de Fórmula 1, ao vencer de forma imperial o Grande Prémio do Brasil, 18.ª e penúltima prova do campeonato, que proporcionou mais uma ‘dobradinha’ à Mercedes

Rosberg partiu da ‘pole position’ e dominou da primeira à última vol-ta a corrida realizada no circuito de

Interlagos, em São Paulo, cedendo a lide-rança apenas quando parou nas ‘boxes’, perante a incapacidade do britânico Lewis Hamilton em ameaçar o colega de equipa.

O piloto germânico terminou com 7,756 segundos de vantagem sobre Ha-milton e obteve a quinta vitória do ano, a segunda consecutiva, parecendo recom-posto do erro cometido no mês passado nos Estados Unidos, que permitiu que o britânico conquistasse o pela terceira vez o título mundial.

Hamilton chegou ao Brasil com um atraso de 24 horas, em consequência do que qualificou de “uma semana difícil”, na qual adoeceu e sofreu um acidente de viação, e teve de contentar-se em ver o colega de equipa subir ao lugar mais alto do pódio em Interlagos pelo segundo ano consecutivo.

Com um total de 297 pontos, Rosberg

já não pode ser apanhado pelo compa-triota Sebastian Vettel, piloto da Ferrari, que tem 266, depois deste ter terminado em terceiro, a 14,244 segundos do vence-dor, também sem nunca ter demonstrado possuir ‘andamento’ para os dois homens da Mercedes.

“Foi um bom fim de semana. Contro-lei a corrida exactamente como pretendia e isso deixa-me satisfeito”, disse o piloto alemão, de 30 anos, que obteve a 13.ª vitó-ria da carreira na Fórmula 1.

Os três primeiros classificados fizeram uma corrida à parte de todos os outros pi-lotos, pois o finlandês Kimi Räikkönen, colega de Vettel na Ferrari e que terminou no quarto posto, gastou mais 47,543 se-gundos do que Rosberg para completar as 71 voltas da prova.

Antes da partida para a 18.ª etapa da disciplina rainha do desporto automóvel, foi observado um minuto de silêncio em memória das vítimas dos atentados terro-ristas em Paris.

EURO2016

Hungria está qualificadaA Hungria garantiu o regresso a um Europeu de futebol 44 anos depois, ao vencer em casa a Noruega, por 2-1, na segunda mão dos ‘play-offs’ de acesso ao Euro2016, que se vai disputar em França

Depois do terceiro lugar alcançado em 1964, em Espanha, e do quarto em 1972, na Bélgica – na-quelas que foram as duas únicas presenças –, a

Hungria volta a marcar presença 44 anos depois numa fase final de um campeonato da Europa.

A Hungria chegou à vantagem com um golo de To-mas Priskin (1-0), aos 14 minutos, dilatou a vantagem através de um autogolo de Markus Henriksen (2-0), aos 83, e já perto do fim, aos 87, o mesmo jogador norueguês redimiu-se e reduziu para 2-1.

A vencer por 1-0, e com um agregado de 2-0 dado o triunfo alcançado na primeira mão do ‘play-off’ em Oslo, a Hungria deu a primazia de jogo à Noruega, que teve mais posse de bola, e remeteu-se a uma toada mais virada para o contra-ataque.

A Noruega esteve perto de empatar por Haitam Aleesami, aos 28 minutos, num lance resolvido pelo

guarda-redes Gábor Király, mas a Hungria dispôs tam-bém por Gergo Lovrencsics, com um cabeceamento aos 36, de nova ocasião para aumentar a vantagem.

A selecção norueguesa, que lançou Marcus Pedersen e Pal Helland para a segunda parte, reiniciou o jogo me-lhor do que a Hungria e cedo deixou no ar o desejo de inverter o rumo dos acontecimentos.

Ao aparente domínio territorial dos noruegueses voltou a responder a selecção húngara com nova opor-tunidade para dilatar a vantagem, através de um remate de Balázs Dzsudzák, após uma boa jogada individual, ao travessão da baliza de Nyland.

No final do encontro só deu Markus Henriksen, pri-meiro com o jogador norueguês a procurar surpreender o guarda-redes Kyrali, aos 79 minutos, depois a marcar um autogolo, aos 83, que deu o 2-0 à Hungria e senten-ciou o ‘play-off’, e ainda a reduzir para 2-1, aos 87.

Na última madrugada de Macau, jogava-se a segun-da volta do play-off entre Irlanda e Bosnia-Herzegovina (empate a uma bola na primeira volta). Na madrugada de terça para quarta-feira a Eslovénia recebe a Ucrânia que traz uma vantagem de 2-0, enquanto a Dinamarca recebe a Suécia para dar a volta ao 1-2 de oslo.

Já apurados Para o Euro2016 já se encontram apuradas as selec-

ções de França (anfitrião); Islândia; República Checa; Bélgica; País de Gales; Espanha; Eslováquia; Alemanha; Polónia; Inglaterra; Suíça; Irlanda do Norte; Roménia; Áustria; Rússia; Itália; Portugal; Albânia; Croácia; Tur-quia (melhor terceiro) e Hungria (‘play-offs’).

ATLETISMO

Federação russa suspensa por dopingA Federação Internacional de Atletismo (IAAF) suspendeu provisoriamente a Federação russa de todas as competições, na sequência de acusações de “dopagem organizada” feitas pela Agência Mundial Antidopagem (AMA)

Esta decisão do conselho da IAAF surge na sequência das graves acusações apresentadas

na segunda-feira por uma comissão de inquérito independente da AMA, que aponta responsabilidades a altos dirigentes russos e da própria IAAF e ameaça mesmo a participação nos Jo-gos Olímpicos do Rio2016.

A IAAF tomou esta medida no Mó-naco durante a 201.ª reunião do seu conselho, liderada pelo britânico Se-

bastian Coe, presidente do organismo.Na reunião, participaram os 24

membros do conselho, tendo 22 vo-tado a favor da sanção e um contra, enquanto o membro russo não pôde participar da referida votação.

O conselho baseou a sua decisão nos artigos 6.11 (b) e 14.7 dos seus estatutos, por violação dos objetivos da federação internacional: “Os obje-tivos da IAAF incluem, entre outros, o desenvolvimento e manutenção dos

programas destinados a erradicar o doping do desporto e a protecção a autenticidade e integridade do atletis-mo.”

Em comunicado da IAAF, Sebas-tian Coe afirmou: “Hoje tratámos do fracasso da ARAF (Federação russa) e tomámos a decisão de a suspender provisoriamente, a sanção mais dura que podemos aplicar neste momento. Mas discutimos e acordámos que todo o sistema falhou aos atletas, não só na

Rússia, mas em todo o mundo.”“Esta foi uma chamada de atenção

vergonhosa e deixamos claro que a ba-tota a qualquer nível não será tolera-da. Com esta medida, a IAAF, a AMA, as federações membro e os atletas têm que olhar para si próprios, para as nos-sas culturas e para os nossos processos para identificar onde existem erros e ser duros na nossa determinação de os corrigir e reconstruir a confiança no nosso desporto”, acrescenta a nota.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201514 JTM | ACTUAL

VENTOS DO NORTE

Cientista chinesa apresentada em conferência de imprensa da NASADong Yaxue, uma investigadora chinesa a trabalhar para a NASA disse disfrutar de um grande prazer em trabalhar para a NASA. Nascida em Chengdu, na província de Sichuan a sudoeste da China, Dong, de 30 anos, é de momento membro da equipa MAVEN (traduzido como Atmosfera Marciana e Evolução Vo-látil) da NASA. A 5 de Novembro, Dong foi convidada a tomar da palavra numa conferência de imprensa da NASA, na qual a organização disse que a atmosfera marciana poderia ser fraccionada por ventos solares. Dong é a primeira cientista do sexo feminino a parti-cipar numa conferência de imprensa da Nasa. Dong formou-se na escola secundária Shishi de Chengdu em 2003 e foi mais tarde admitida na Universidade de Ciência e Tecnologia da China tirando mestrado e doutoramento em astrofísica pela Rice University dos EUA. Na MAVEN, a sua principal tarefa é analisar os dados dos satélites e comparar os resultados com previsões teóricas. “Os achados divulgados durante a conferência de imprensa são muito importantes e podem alterar os conteúdos dos livros escolares”, dis-se Dong ao jornal Chengdu Business Daily, salientan-do que “dotaram-nos também de novas informações e orientação para a futura exploração de Marte”.

Em prol de um estilo de vida saudávelCentenas de entusiastas de yoga reuniram-se ontem numa ponte de vidro para participar num show conjunto de yoga. Na ponte de vidro transparente, de 180 metros de altura, eles mostraram vários movimentos complexos de yoga, a fim de propagar o ideal de uma vida saudável e promover a harmonia entre o homem e a natureza.

Clube Português oficializado com magustoO Clube Português de Pequim (CPP) foi oficialmente lançado, com a realização de um magusto, onde não faltou o embai-xador de Portugal na China, Jorge Torres-Pereira, ilustrando o reconhecimento por uma comunidade com uma “estamina di-ferente”. “É uma associação que, creio, será aberta ao exterior e não propriamente um grupo saudosista”, disse à agência Lusa o diplomata, que louvou a iniciativa como “um sinal de vitalida-de daquilo que nós chamamos sociedade civil”. Torres-Pereira tornou-se o primeiro membro honorário daquela associação e um dos cinco signatários da acta inaugural.

Acordeons portugueses fazem sucessoO grupo Danças Ocultas terminou No fim de semana uma di-gressão de sete dias pela China, que incluiu espectáculos em cinco cidades de norte a sul do país. “Foi um regresso à ancestra-lidade do acordeão”, resumiu à Lusa, em Pequim, Artur Fernan-des, aludindo à ascendência daquele instrumento, o único que dá vida ao reportório executado pelo grupo. Segundo o músico, o instrumento chinês Cheng, um órgão de bamboo que foi in-troduzido na Europa em 1777, esteve na origem da criação do acordeão diatónico, conhecido em Portugal por concertina.

Detidos no combate aos cibercrimesA polícia chinesa anunciou que prendeu mais de 900 pessoas

suspeitas de estarem ligadas a atividades de pirataria, como parte de uma operação para o efeito iniciada em Julho. Os sus-peitos estavam alegadamente envolvidos em 400 incidentes e estão acusados de um extenso leque de cibercrimes, incluindo fraude, disse o Ministério de Segurança Pública. Num caso de Março, 5 suspeitos alegadamente obtiveram ilegalmente aces-so a contas de email de uma empresa vietnamita, fizeram-se passar pelo staff da empresa chinesa e obtiveram cerca de 75 mil USD.

Investir no sector de energia mexicanoA Corporação Nacional Chinesa para a Cooperação Económica Além-mar (CNCCEA) tem planeado um investimento de 2.15 biliões de dólares no sector energético do México, reportou a instituição. A CNCCEA assinou o acordo que levará ao investi-mento, juntamente com o governo do estado de Durango, no norte do México, no Fórum de Comércio e Investimento China--México, realizado entre 10 e 12 de Novembro. O projecto, no qual a CNCCEA será o principal investidor, contempla a cons-trução conjunta de uma fábrica com uma capacidade de 1,500 megawatts.

Líderes de negócios promovem confiança mútuaPesos-pesados do mundo dos negócios da China e do Japão, assim como ex-oficiais de alta patente concordaram em Tóquio, ajudar a promover a confiança mútua e a reciprocidade econó-mica entre os dois países. 54 empresários e ex-oficiais, liderados pelo ex-vice-primeiro-ministro Zeng Peiyan, juntaram-se aos seus congéneres japoneses para o primeiro turno de diálogos. No seu discurso de abertura, Zeng, agora presidente do Centro de Intercâmbio Económico Internacional da China, fez notar que os dois países se encontram em diferentes estágios de de-senvolvimento. A China debate-se para evitar a armadilha dos níveis de rendimento médio, e o Japão tem movido todos os esforços para atingir um crescimento de qualidade, disse.

Os atentados obscureceram uma reunião do G20 que começou com um minuto de silêncio em homenagem aos 129 mortos, num encontro que

reunia os 19 maiores PIBs mundiais, além da União Eu-ropeia, para debater aspectos como a reactivação da eco-nomia mundial.

O impacto dos atentados teve seu influxo na agen-da, pois os participantes deram largo espaço à aborda-gem sobre a luta contra o terrorismo. Segundo fontes que acompanharam a reunião, num jantar de trabalho alguns dos líderes salientaram a prioridade de asfixiar as fontes financeiras dos jihadistas.

Antes desse jantar, o presidente do Conselho Euro-peu, Donald Tusk, lembrou publicamente que o G20, cujos integrantes englobam 85% do PIB mundial, é um fórum crucial para promover normas que dificultem a lavagem e as transferências para actividades terroristas. “Não há um melhor fórum para falar sobre o financia-mento do terrorismo. As redes terroristas não podem planear ou operar sem dinheiro que seja movimentado através do sistema financeiro de muitos países”, decla-rou Tusk em entrevista colectiva. Só se cooperarmos plenamente na troca de informações sobre transacções suspeitas poderemos deter esta ameaça de forma efec-tiva”, concluiu.

Segundo o anfitrião da reunião, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, os atentados em Paris mostram que não se pode “ignorar a relação entre a eco-

G20

Reforço da luta anti-terroristaatingindo as fontes financeirasCom a comoção pelos atentados em Paris ainda presente, os líderes das potências do G20 decidiram reforçar a luta contra as fontes financeiras do terrorismo jihadista do grupo Estado Islâmico

nomia e a política”, ao solicitar respostas para situações sociais, como o desemprego ou a pobreza, que possam incentivar a radicalização. “O principal interesse do G20, a economia, não está à margem da vida social, política e humana”, argumentou Erdogan.

Um dos objectivos do G20 nesta cimeira era impul-sionar o crescimento económico mundial, que recente-mente a Organização para a Cooperação e o Desenvol-vimento Econômico (OCDE) reduziu para este ano de 3,3% para 2,9%, ao mesmo tempo que alertava sobre uma “drástica queda do crescimento do comércio”, de 3,4% em 2014 para 2% neste ano.

China manterá crescimento médio-altoFalando na Cimeira, o Presidente Xi Jiping salientou

que a China tem a confiança e a capacidade para manter o crescimento económico a uma velocidade média-alta, salientando que, neste momento mais delicado da eco-nomia mundial, a China assumiu a grande responsa-bilidade de estimular o crescimento. De 2009 a 2011, o país contribuiu para mais de 50% do aumento econó-mico global.

Actualmente, embora com uma desaceleração do aumento, a economia chinesa ainda contribui em mais de 30% para o crescimento económico mundial, e conti-nua a ser uma importante força motriz para a economia global, afirmou. Segundo o Presidente chinês, a con-fiança da China provém das iniciativas e acções para aprofundar a reforma do país e estabelecer um novo sistema económico aberto.

A actual robustez interna da economia chinesa é ali-cerçada pela orientação das políticas elaboradas pelo governo chinês.

“Prevê-se que a economia chinesa atinja um cres-cimento de cerca de 7% neste ano, ocupando um terço do aumento económico mundial. Neste momento, já elaboramos a proposta de planeamento do ‘13º Plano Quinquenal’, que se dedica à edificação de uma socie-dade amplamente confortável em 2020. O PIB e o ren-dimento per capita dos habitantes urbanos e rurais de-verá dobrar em comparação com os números de 2010”, concluiu.

JTM com agências

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Quase quatro da tarde na Praça da República. Continuam a es-crever e a colar papéis na está-

tua, a pôr velas no chão. É domingo, faz sol, e ao silêncio fúnebre sucede-se a romaria aos locais dos atentados e à praça eleita como centro das cele-brações que convocam a liberdade, o laicismo e o espírito da França. Para quem esteve aqui nos atentados de Janeiro, há uma espécie de fadiga da emoção: outra vez isto, outra vez as mesmas palavras de ordem, outra vez a cidade que se une, grandiloquente, orgulhosa, épica como só Paris.

Outra vez subir à estátua para pen-durar bandeiras – como faz este rapaz muito moreno, de mochila às costas, aclamado pela multidão enquanto afi-xa a faixa tricolor. Cá em baixo espera--o um grupo de polícias, fortemente armados como andam todos nestes dias, fazem menção de levá-lo. “Não, não, não vão prendê-lo?”, ouve-se. Uma mulher de uns 60 anos grita: “O que estão a fazer? Deixem-no. É uma situação excecional, caramba.” Mas não tem o direito de subir à estátua, diz um polícia. Ela não desarma: “Não havia direito era de fazerem o que fi-zeram anteontem.”

O tom sobe, os polícias estão cerca-dos, vaiados, no centro de uma roda de câmaras de TV e telefones. “Vocês envergonham França”, diz outra mu-lher. “Não é o momento para isto”, responde o agente. “É o momento, é”, diz a sexagenária com voz de co-mando. “Nunca foi tanto.” Os polícias desistem de sair dali com o rapaz, pe-dem-lhe a identificação. Ele tira-a da mochila, um cartão Press. “Sou jorna-

lista.” Fahrid Ahmad tem 25 anos e é do Bangladesh. “É a segunda vez que me pedem a identificação hoje”, conta ao DN num francês atropelado. “Não sei porquê.”

O DN faz-se eco da dúvida: por-que lhe pedem identificação? Os polí-cias fazem cara de “que é que achas?” Mas retiram-se: “Vamos sair daqui, e este senhor vai poder circular livre-mente.” Bate-se palmas, a senhora que o defendeu abre-lhe os braços: “Tens aqui a tua França. És meu filho.”

Nesta manhã, Sarkozy tinha exigi-do uma mudança dramática na políti-ca de segurança e de imigração, acres-centando: “Não há relação, claro.” Em Janeiro, uma das notáveis do seu par-tido, Valérie Pécresse, defendeu um patriot act – lei com que os EUA res-ponderam ao 11 de Setembro. Leon, 66 anos, médico, assumindo “sensi-bilidade de esquerda”, suspira. “Pois, as leis liberticidas. Muita gente está pronta a aceitá-las. Tem de se discutir. O meu reflexo é estar de acordo.”

A mulher, de alcunha Fefe, 63 anos, secretária reformada, abana a cabeça. “Estas coisas não se evitam. Qualquer pessoa que saia à rua de Kalash mata centenas em minutos. Aqui até [um gesto abarca a praça].” E não têm medo? “Não, mas se calhar devíamos ter. Em Janeiro, havia alvos específicos: humoristas, judeus. Agora é contra todos. Somos todos alvos, em qualquer sítio. Dizem-nos para ficar em casa. E tanta gente saiu.”

“Nada para ver, vês?”Junto do Bataclan, a sala de concer-

tos onde decorreu a maior matança, há quarteirões cercados. Junto às baias e nas ruas há velas, flores, dizeres. Gente a tirar fotos, a rezar, a chorar – e

directos de TV. Há pais com crianças. Um levanta-a para ver a zona interdi-ta: “Nada para ver, vês?”

Do outro lado, um rapaz e uma ra-pariga, curdos, e uma jornalista da TV turca pegam-se: “Vens para aqui fa-zer propaganda da Turquia quando o teu país ajuda o Daesh. Ameaças-me? Chamas a polícia contra mim? Eu sou francês, nasci cá. E a polícia francesa não está ao serviço do governo tur-co.” Um francês de meia-idade mete--se: “Estamos em França, os vossos problemas não nos dizem respeito.” Outro jovem curdo-francês responde: “O quê, só contam os mortos aqui? Os mortos lá não contam?”

A polícia pede aos curdos para “circularem”. Mark, que iniciou a dis-cussão, responde ao DN quando se ouvem gritos: “Fujam.” A multidão corre em todas as direcções. Uma ra-pariga pega-me na mão, arrasta-me para uma rua lateral. “A polícia disse para fugirmos.” Grita para os carros: “Fujam, há alarme.”

Entramos numa garagem onde já estão outros, fecham a porta de ferro. Anne Sophie tem 23 anos e perdeu-se dos pais, deixou o telefone no carro, chora. “Não costumo ser medrosa, mas estou em pânico.” Minutos de-pois, consegue falar com o pai no te-lefone de outra pessoa. Sai para pro-curá-lo.

“Vem connosco”, insiste. “Não es-tás em segurança. ”Passam dois polí-cias à paisana, mão nas armas à cintu-ra, olhar nervoso. “Já se pode ir para ali?”, aponto na direção do Boulevard Voltaire. “Pode.” Saberei depois que houve pânico idêntico na Praça da Re-pública. Não há medo, até haver.

JTM/DN

Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | ACTUAL 15

COREIA DO NORTEO secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai vi-sitar a Coreia do Norte, naquela que será a pri-meira viagem àquele país de um titular deste cargo em 22 anos, informou ontem a agência de notícias sul-coreana Yonhap. Citando uma fonte da Nações Unidas que pediu anonimato, a agên-cia sul-coreana indicou que o secretário-geral da ONU poderá realizar a visita durante esta sema-na, ainda que não tenha avançado uma data precisa. O gabinete do porta-voz da ONU em Nova Iorque recusou comentar a informação.

PORTUGALO antigo embaixador de Portugal em Moçambi-que, Madrid, Paris e Roma José César Paulouro das Neves morreu aos 78 anos, confirmou o seu irmão, Fernando Paulouro Neves, ex-director do Jornal do Fundão. “O meu irmão mais velho, o José César Paulouro das Neves, ele que teve sempre uma geografia ampla de mundos, par-tiu prematuramente para a última viagem”, lê-se num texto publicado no seu blogue ‘Notícias do Bloqueio’.

ESPANHAO general Júlio Rodriguez, chefe de estado maior da Defesa durante o governo de Sapatero, entre 2008 e 2011, foi escolhido como número dois da lista do “Podemos” por Saragoça e será ministro de Defesa caso o partido chegue ao poder, infor-mou o líder do “Podemos”, Pablo Iglesias.

CANADÁ“Três sikhs prestaram juramento como ministro do Canadá”, titulava “Times of India”, de Nova Deli, o maior do mundo em inglês, com 3,5 mi-lhões de tiragem diária. Um deles, sobretudo, merecia atenção, Harjit Singh Sajjan, por ter nascido no Punjabe indiano e só em 1975, aos 5 anos, ter emigrado com a família para o Canadá. É o novo ministro da Defesa, fazendo justiça à tradição militar dos sikhs.

MOÇAMBIQUEA falta de espaço para armazenar novos docu-mentos e a degradação de infraestruturas são as principais ameaças ao espólio do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM) 80 anos de-pois da sua fundação, disse o director da ins-tituição. “O nosso principal problema actual-mente é a falta de um novo edifício, na medida em que o actual já esgotou a sua capacidade”, disse Joel das Neves Tembe, em entrevista à Lusa em Maputo.

POLÓNIAO Governo polaco anunciou uma reforma dos media públicos, incluindo a televisão, a rádio e a agência noticiosa nacional, no sentido de acabar com o controlo de capitais estrangeiros na sua estrutura social, admitindo-se que sejam trans-formadas em instituições culturais nacionais.

BRASILA EDP Renováveis, empresa com sede em Ma-drid do grupo EDP – Energias de Portugal, obte-ve um contrato para o fornecimento de energia eléctrica no Brasil, válido por 20 anos, informou a empresa em comunicado. A energia eléctrica vai ser produzida pela subsidiária EDP Renová-veis Brasil num parque eólico de 140 megawatts localizado no estado brasileiro da Bahia, que se prevê inicie a produção em 2018.

EUADonald Trump tem aumentado seus ataques em direcção ao seu rival mais próximo pela no-meação dos republicanos para a candidatura à Presidência dos Estados Unidos, Ben Carson, porque está a perder apoio entre frequentado-res da igreja e mulheres para o neurocirurgião aposentado, revela uma nova sondagem da Ip-sos para a Reuters.

VOLTA AOMUND

FRANÇA

“Não temos medo, mas se calhar devíamos ter”Os parisienses recomeçaram a sair. Para pôr flores e velas, desafiar o medo e unir a cidade. Mas basta um grito e é o pânico

Fernanda Câncio

PM admite novos ataques

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse ontem que a França tem de se preparar para a possibilidade de novos atentados terroristas e que os ataques de sexta-feira em Paris foram planeados a partir da Síria. Valls sublinhou que a França ainda pode voltar a ser alvo de ataque “nos próximos dias, nas próximas semanas”. “Vamos viver muito tempo com esta ameaça, (...) temos de estar preparados”, disse o Primeiro-Ministro francês à rádio RTL, falando ainda em “novas réplicas” por parte da França. Segundo Manuel Valls, os atentados foram “organizados, pensados, planeados a partir da Síria”.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 201516 JTM | OPINIÃO

•A passada 6ªfeira, dia 13, serviu de pretexto para, mais um encontro, em Silves, organizado pelo prof. Herrero. O encontro, contou com uma “emen-ta macabra, num ambiente do outro mundo”. Segundo o prof. Herrero, estes encontros, mais de trinta, têm o propósito de reforçar a luta contra o charlatanismo, o medo e a superstição.

• Nos habituais “blá-blá” de alcatifa, ouvem-se as, costumeiras, vozes, re-clamarem o seu convencimento de que só, ao Presidente Cavaco Silva, o futuro (de Portugal) pertence. Dúvida de Mágico: Cavaco está legitimado para DDT (Dono Disto Tudo)?

Dicas

Se a varinha mágica ajudava os ta-lentos do mágico, derrubando, de certo modo, as fragilidades técni-

cas e culturais do executante, aos olhos do público espectador comum que na varinha via a sustentabilidade mágica e, naturalmente, alimentava a fantasia do possível diálogo com as “forças das trevas” a realidade é que o Ilusionista, com o decorrer dos tempos, obrigou-se a deitar mão aos meios que a publicida-de, consoante a época, punha ao seu al-cance. Tornou-se, por isso, uma tradição dinâmica, ao longo dos Séculos e, tudo isto, para mostrar, de forma astuciosa, ou desvirtuada, uma mensagem de imagem mais apelativa contendo, em simultâ-neo, elementos gráficos incomuns e in-sólitos, com figuras deformadas, falsos liliputianos mas, não deixando de incluir, abundantemente, diabos e diabinhos sur-preendidos num caso ou noutro proteger o mágico que lê o pensamento do espec-tador, desafia as leis natureza.

Nomes famosos como Kellar (car-taz de 1904) Thurston (cartaz de 1909) Servais LeRoy (cartaz de 1907) exibiam poder e terror mostrando a cabeça deca-pitada do seu ajudante num prato, o trio LeRoy, Talma & Bosco (cartaz de 1915) mostrava , depois de decapitar um galo e

Porta-aviões contra cinto de explosivosLEONÍDIO

PAULO FERREIRA

TRIBUNA

A.CARDINAL *

ENTRADA LIVRE

Vai ser uma guerra longa, longa, muito longa. E não pode ser só a França a travá--la, mesmo que esteja hoje mais na mira do terrorismo, ao que parece. Contra o Estado Islâmico, e os seus fanáticos dispostos a pôr um cinto de explosivos,

um porta-aviões não chega, mesmo que nuclear como o Charles de Gaulle, que já ia a caminho do Médio Oriente ainda antes dos atentados de sexta-feira. Na verdade, nem sequer os dez porta-aviões dos Estados Unidos chegariam. Ou todos os 15 que estão no mundo activos. Esta é uma guerra assimétrica, tão assimétrica que assusta.

Não há dúvidas de qual é o lado mais forte: o Ocidente. E some-se os aliados, sejam os do mundo muçulmano seja essa Rússia que também está na mira, e então é impres-sionante o poderio militar, a capacidade dos serviços secretos, até a força policial, e sobretudo os valores civilizacionais. Mas como provou a guerra do Vietname, e outras do género, o mais forte não tem vitória certa numa guerra assimétrica. E o combate que está a ser hoje travado contra o jihadismo global é muito mais assimétrico do que qualquer guerra de guerrilha do passado. Pode dizer-se que a culpa do terrorismo foi o apoio cego aos rebeldes contra Assad na Síria em 2011. Ou a forma como os Estados Unidos derrubaram Saddam em 2003. Mas os atentados contra Nova Iorque foram antes disso, a 11 de Setembro de 2001. E a Al-Qaeda nasceu no Afeganistão dos mujae-dines, por isso talvez se possa dizer que a culpa também foi dos soviéticos, os russos

O cartaz na promoção do Ilusionista

um pato, a recuperação das aves mas de cabeças trocadas, um efeito melhorado e recuperado do ilusionista Bartolomeo Bosco, mostrado num cartaz de 1827 que, depois de cortar as respectivas cabeças de um pombo branco e um preto, os ressus-citava com as cabeças trocadas. Um outro cartaz de grande impacto é protagoniza-do pelo francês Benevol numa imagem chocante, para a época, e que não passa-ria indiferente nos dias de hoje. Benevol é representado em corpo inteiro, vestido de vermelho com capuz empunhando numa mão um longo machado salpicado de sangue e, na outra mão, uma cabeça decapitada a pingar sangue.

Esta imagem queria, naturalmente, transmitir ao público que o mágico Bene-vol, por muitos considerado um feiticeiro em comunicação com as forças das trevas, era capaz de oferecer no seu espectáculo uma decapitação, seguida de recolocação da cabeça do (suposto) decapitado.

A década de 1880 tem em Charles Griffin, um ilusionista pouco conhecido, assistente do lendário Circo de Bufallo Bill, um dos primeiros a utilizar cartazes com o elemento diabo que viria a tornar--se, ao longo dos anos, um acessório grá-fico constante e popular. Griffin mostra-va-se a “meio-corpo”, fazendo sobressair

o rosto, rodeado de pequenas figuras de mãos dadas representativas de diabos, exibindo tridentes e a sorrirem .

É nesta combinação de “poderes” que o Ilusionista , dos Séculos passados, tido como feiticeiro próximo dos diabi-nhos e diabos, enfrenta a dinâmica da concorrência e “deita mão” à publicidade do cartaz pintado e colorido, alguns em aguarela, que combina o visual da ima-gem com um texto curto, enérgico e efi-caz, sem excluir o panfleto.

Nesta estratégia de divulgação e concomitante promoção, há cartazes que promovem publicitariamente, por exemplo, numa pintura à mão, datada de 1818, a italiana Signora Girandelli, de pé descalço pousado no fogo, com uma frase convincente, tendo em conta a ima-gem, “mulher incombustível”. É ainda nos anos de 1800, por volta de 1860, que o escritor Charles Dickens (Charles John Huffam Dickens) nascido a Fevereiro de 1812, assiste à exibição do truque “Corda da Índia” relatado em dezenas de carta-

zes. Curiosamente Charles Dickens viria a escrever um livro de título David Co-pperfield que, certamente, terá inspirado David Seth Kotkin, conhecido mundial-mente por ter optado, para o Ilusionismo, o nome artístico David Copperfield

É, todavia, no Século XV que se dá conta de registos que apontam para re-levantes “retratos” de representações onde, como não podia deixar de ser, esta-va o clássico efeito “Copos e Bolas” tam-bém conhecido por Covilhetes.

Ao parisiense Jules Chéret (1836-1932) pintor e litografo, atribui-se o pio-neirismo da criação artística de cartazes seriamente artístico/ publicitários.

A mulher era, quase sempre, o moti-vo para a ilustração. Os cartazes de Jules Chéret traduziam o lado psicológico da força de uma nova publicidade através do formato, imagem e texto curto, cau-sando um forte impacto visual e positiva reacção emocional.

* Ilusionista – coordenador do Magic Va-longo Festival Internacional de Ilusionismo

de hoje. Apontar culpados não vai resolver nada. Só serve para tirar lições e evitar repetir erros.

Claro que derrotar o Estado Islâmico nos seus bastiões na Síria e no Iraque precisa de americanos e russos a cooperar. E de envolver a França e outros, sobretudo a Tur-quia, o Irão e a Arábia Saudita, as potências regionais demasiado preocupadas com a sua guerra por procuração e desatentas a que, como já se vê, também estão na mira dos jihadistas. Bombardear só não chega. Há que encontrar uma solução política que proteja os sunitas e os yazidis do Iraque, os alauitas, drusos e cristãos da Síria, enfim as minorias.

Depois há a frente mais difícil. Garantir que os valores da democracia são transmi-tidos aos filhos dos muçulmanos que vivem na Europa (tenham chegado como imi-grantes ou agora como refugiados). E identificar e perseguir os extremistas que nas nossas cidades incentivam o culto da morte em nome de um projeto de califado mítico. Haverá erros, falhas, excessos de confiança e talvez outros atentados. Mas tem mesmo de ser feita esta guerra em várias frentes.

Sublinhe-se: não se derrota gente capaz de pôr um cinto de explosivos e morrer e matar por ódio, promessa de virgens ou outra loucura com um porta-aviões.

JTM/DN

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | OPINIÃO 17

ARGENTINO DOMINA TREINO DA FÓRMULA 3O argentino Norberto Fontana obteve ontem o melhor tempo da primeira sessão dos treinos cronometrados da corrida de Fórmula 3 do 42o Grande Prémio de Macau (GPM). Norberto Fontana, vencedor do campeonato alemão de F3 deste ano, fez 2.20,528 minutos na nona volta do circuito, à velocidade média de 156,70 quilóme-tros por hora, ao volante de um Dalla-ra Opel-Spiess, seguido pelo italiano Max Angelelli, igualmente em Dallara Opel-Spiess, com 2.20,944 minutos. O alemão Sacha Maasen, vencedor do GPM em 1994, realizou o terceiro me-lhor tempo, 2.20,950 minutos, ao vo-lante de um Dallara Honda-Mugen. Os portugueses André Couto, de 18 anos, e Pedro Couceiro, de 25 anos, alcançaram os nono e 10o tempos, 2.22,154 minutos e 2.22,158 minutos, respectivamente. André Couto, que registou juntamente com Norberto Fontana a velocidade mais alta na pas-sagem pela meta, 241,90 quilómetros por hora, abandonou a sessão de trei-nos com um semi-eixo do Dallara Fiat--Nova partido, que, segundo o piloto, não impedirá a sua participação nos treinos de sexta-feira. “Estava tudo a correr bem quando parti o semi-eixo e fiquei sem caixa de velocidades na zona do miradouro de D.Maria, mas o carro estará reparado a tempo da próxima sessão de treinos”, disse à agência Lusa André Couto, que se es-treia este ano no GPM e na Fórmula 3, depois de ter conseguido conquis-tar o quinto lugar nas “euroséries” da Fórmula Opel. Pedro Couceiro, que participa no GPM pilotando também um Dallara Fiat-Nova, manifestou-se por sua vez “satisfeito com o compor-tamento do carro”, embora admita a “necessidade de aperfeiçoar afina-ções”. “O carro é muito competitivo mas não respondeu como eu deseja-va devido a alguns problemas de afi-nação que serão corrigidos”, disse o piloto português, quarto classificado no campeonato alemão de F3 deste ano. Para Pedro Couceiro, “entre os primeiros dez pilotos, não há gran-des diferenças e o azar de uns poderá ser a sorte de outros, pelo que tudo é possível em termos de classificação final”. Na Corrida da Guia, para car-ros de turismo, a primeira sessão de treinos cronometrados de ontem ter-minou com o britânico Kelvin Burt a fazer a volta mais rápida, 2.32,942 minutos, ao volante de um Toyota Corona EXIVS, com uma velocidade média de 143,98 quilómetros por hora na oitava.

Europa, Europas

A amplitude dos ataques terroristas de sexta-feira à noite em Paris, para além do impacto brutal na opinião pública, constitui um autêntico momento

de verdade para os líderes europeus.Contadas as vítimas, toda a questão se concentra ago-

ra no modo como será tratada esta tragédia, não apenas na prevenção securitária, mas no estudo das suas causas próximas, das suas raízes profundas e das consequências políticas a extrair de ambas.

Com a Europa assolada por vagas sem precedentes de refugiados da Síria, fica desde já interiorizada, no espíri-to de muitos, a associação indesejável entre refugiados e terroristas. Os autênticos refugiados serão os primeiros a sofrer a crescente desconfiança e discriminação, nas comu-nidades forçadas s acolhê-los.

Depois há o conflito sírio e a necessidade imperiosa de lhe pôr termo, cientes que devem estar os líderes dos países mais directamente interessados na resolução desse imbróglio que se está já a pagar um preço elevadíssimo pelo adiar de decisões cruciais.

Paris pagou na sexta-feira a primeira prestação (no dizer da organização terrorista que reivindicou tais actos bárbaros) de um pesadíssimo tributo de sangue, comple-tamente inaceitável segundo padrões minimamente civili-zados do relacionamento entre povos.

O cheque da “caridade”Na panorâmica LaValeta, os responsáveis políticos eu-

ropeus e africanos não terão tido tempo para olhar para o mar, essa ficção de infinito que engana os que desconhe-cem que Mediterrâneo significa cada vez mais “proximi-dade”.

Que o digam os milhares e milhares de refugiados, cujo desespero tornou curto o longo caminho.

E foi nessa Ilha de Malta por onde passou tanta His-tória de tantos Povos que africanos e europeus, a convite dos últimos, discutiram em algumas horas o que décadas e décadas de egoísmo, desinteresse e negligência não con-seguiram resolver: como tornar menos apetecível uma Eu-ropa rica para gente pobre.

E segundo a teoria de que um só cheque chorudo substitui, num ápice, mil esforços de política de desen-volvimento coerente, os europeus pagam para que cesse o gigantesco fluxo migratório dos que escapam aos seus países, por neles não terem lugar.

Nem os actuais líderes europeus têm culpa das omis-sões que herdaram, nem a jovem geração de líderes afri-canos pode alterar, imediatamente , erros acumulados nas chamadas estratégias de desenvolvimento das últimas cinco décadas, subsequentes às independências.

E como o princípio da urgência em agir comanda a acção política, compreendo os actuais líderes europeus e compreendo os actuais líderes africanos. Não os critico.

Mas este preciso que este momento não seja mais uma oportunidade perdida.

De crise em criseDesafios e crises, problemas inadiáveis, urgências a

que ter que responder, opiniões públicas inquietas, cená-rios duvidosos no plano macro-económico ...

... cada vez mais admiro os actuais líderes políticos eu-ropeus.Todos, sem excepção, mesmo aqueles que não são admirados pelos seus próprios concidadãos , segundo os critérios comuns de apreciação da sua fidelidade a princí-pios; e (ou) de avaliação da sua eficácia, no desempenho dos respectivos mandatos. E por que os admiro afinal ?

Porque ser líder político na Europa actual, mais do que no passado, deve traduzir-se numa enorme e permanente dor de cabeça. Desde logo porque, à aparente ficção de uma única Europa, se sobrepõe a realidade de várias Europas. Ou de uma única Europa sim, mas à procura de si própria.

Se não, vejamos. Há ou havia uma Europa da livre cir-culação de pessoas, segundo a visão dos pais fundadores, inspirados pelos benefícios de um mercado comum. E ,de-pois, de uma comunidade económica. E, mais tarde ain-da, de uma comunidade não só económica, mas também política.

Era o grande desígnio dos EUE, os Estados Unidos da Europa, mais ou menos decalcados na experiência federa-

tiva dos primos americanos.Faltou a tal receita, todavia, o cimento de unidade que a

necessidade de sobrevivência criou nas treze colónias ori-ginais da anémica ex-britânica. E daí, sem surpresa para muitos, a rejeição da Constituição Europeia, frustrando-se para sempre um projecto unificador, de que os tempos ac-tuais acentuam a improbabilidade.

Agora, de facto, à Europa generosa da livre circulação sucede-se a das fronteiras que se fecham, dos muros que se erguem, do arame farpado que se coloca à pressa, por entre as declarações angustiadas dos políticos, segundo os quais os seus países já não têm capacidade para acolher mais refugiados.

E lá continuam, presidentes, primeiros-ministros, mi-nistros, de cimeira em cimeira, de reunião em reunião, a tentar distribuir o fardo de milhares e milhares que forçam a entrada nos seus países, fugidos à miséria da guerra.

Mas, antes mesmo da crise dos refugiados, havia e há a Europa protagonista de soluções ousadas em política externa e segurança comum; e essa outra Europa aparen-temente inibida de agir, no plano político-diplomático, lá onde era e é tão vital que aja.

O evoluir, sem controlo e sem fim à vista, dos confli-tos mas recentes no mundo árabo-muçulmano, vizinho da Europa mediterrânica onde, para a própria preservação da segurança europeia, era imperioso agir, revelam os limites de um processo decisório plural, a vinte e oito neste caso, com os maiores países europeus eles próprios perplexos e embaraçados pela complexidade dos problemas e das so-luções. Que claramente os transcendem.

A Europa boa, a Europa má ...Havia e ainda há a Europa que atrai não só pessoas,

mas países - que aguardam há décadas pelo cartão de membro, com o exemplo mais óbvio da Turquia. E, no ou-tro extremo do espectro de opções, há a Grã-Bretanha que, pelos vistos, se sente mal ajustada, num figurino que diz não mais lhe convir .

E apesar das virtudes proclamadas do pluralismo e do respeito da identidade dos povos, ou por isso mesmo, há comunidades inteiras que pretendem sair do espartilho das velhas soberanias, como foi o caso da Escócia e é no-vamente o da Catalunha.

Há a Europa do pluralismo entre europeus, por um lado; e as Europas dos outros, não europeus na sua ori-gem, mas onde a multiculturalidade e a multietnicidade se vivem com tanta dificuldade, colocando sucessivos pontos de interrogação na trajectória de um processo po-lítico e social global, em si mesmo generoso e respeitador das diferenças.

Claro que há ainda a Europa dos ricos e a dos pobres, com as economias a gerarem desigualdades em vez de convergências. E ,para alguns pelo menos, há a Europa trabalhadora e a Europa “preguiçosa”...

A utopia (?) das grandes liderançasAquando das muitas outras crises que a Europa atra-

vessou no decurso do seu processo de construção econó-mica e política, vozes foram-se ouvindo, no interior dos países, reclamando grandes líderes em Bruxelas, para orientarem os povos do continente , esclarecendo dúvidas e apontando caminhos.

Jacques Delors é apontado, como um excelente exem-plo dessa necessidade de liderança esclarecida no contexto do seu tempo.

A mais recente crise financeira internacional e a sua dramática tradução na zona euro, sublinham a priorida-de do debate interno, nacional, antes mesmo do debate na UE... que aliás já começou, com as alterações nas preferên-cias eleitorais mais recentes, a nível europeu..

Todavia, a combinação, no tempo, no mar agitado da vida europeia da vaga de refugiados e da vaga do terroris-mo, é de tal amplitude que nem sequer só respostas euro-peias - e muito menos só nacionais - permitem começar a resolver essas tão magnas questões.

A globalização das ameaças, dos receios, exige respos-tas globais.

* Primeiro Cônsul-Geral de Portugal em Macau. Docente da Universidade de S. José.

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

17/11/1995

Dito

“A tradição de França é ser aberta, esse é o sonho da República francesa. Não queremos mudar isso, temos de encon-trar um equilíbrio. (...) Temos que fazer da Liberdade, Igualdade e Fraternidade algo real”

Xavier Garnier, director da Alliance Française ao “Ponto Final”

CARLOSFROTA*

NOTAS SOLTAS

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Bruna Marquezine em topless em videoclipde cantor brasileiroBruna Marquezine surge em topless no mais recente videoclip do cantor brasileiro Tiago Iorc e terá levado ao fim do namoro do cantor. O vídeo para o tema «Amei Te Ver» foi divulgado no início da semana e terá levado à separação do cantor da actriz Isabelle Drummond segundo alguma imprensa brasileira. A mãe da actriz, Damir Drummond, garante que a relação do casal tinha terminado há mais de dois meses e que o videoclip nada teve a ver com o fim do namoro. Isabelle Drummond e Bruna Marquezine começaram a carreira em simultâneo na Globo e era tidas como amigas.

Morreu Moira Orfei, a rainha do circo em ItáliaMorreu na madrugada deste domingo, aos 83 anos, Moira Orfei, considerada a rainha do circo em Itália. O corpo da italiana foi encontrado pelos seus familiares na caravana em que morava actualmente em Brescia. Filha de Riccardo Orfei, o palhaço Bigolon, e de Violetta Arata, que também actuava em circos, a italiana viveu sempre nas tendas circenses.

Simon Cowell temrebate de consciênciaEm entrevista exclusiva ao Mail on Sunday, Simon Cowell admitiu que o seu comportamento foi reprovável. “Não estou orgulhoso do que fiz. Não posso manter a cabeça erguida em relação a isso”, afirmou. O produtor de música, que ficou conhecido por ser um dos jurados mais temidos do programa de talentos X Factor, referia-se ao seu envolvimento amoroso com Lauren, iniciado em 2009, quando ela era ainda mulher de Andrew Silverman, o melhor amigo de Simon. O affair acabaria por se tornar público quando Lauren engravidou, em julho de 2013.

Terça-feira, 17 de Novembro de 201518 JTM | LAZER

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

E ainda

DJ desde pequeninaJing Dumapil partilhou algumas

fotografias da filha que gosta de “ser modelo” de equipamentos com os

headphones do pai. Por isso, a pequena já ganhou uma alcunha - “Cute Yanyan DJ”.

Almoço “abençoado”

Gonçalo Bello publicou nas redes sociais uma

fotografia para assinalar uma ocasião especial: um

encontro entre velhos amigos no restaurante

Miramar. O almoço “teve a bênção do Padre

Tavares”, ironizou.

Amigos da Alma

Num passeio pelos jardins de Guilin, na China, Vong

Pek Sai e uma amiga decidiram tirar uma

fotografia para guardar o momento para a

posteridade e escolheram o local ideal para o

fazer. No chão estão dois caracteres com um

“significado muito bonito”, explicou. Eles querem dizer “amigos da alma”.

A DJ mais bela do

BrasilAryane Steinkopf ficou conhecida

por participar num programa

humorístico da TV e de um reality show

no Brasil. Entrou para o mercado de

DJ`s para fazer a diferença. Formada pela melhor escola

de DJ de São Paulo, Aryane vem surpreendendo e ganhando elogios pelos sets tocados

nas diversas festa por todo o país. Aryane já é considerada a DJ

mais bela do Brasil e nós não temos

qualquer razão para duvidar.

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Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 JTM | ROTEIRO 19

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 Paula Rego 14:58 Declaração do Chefe do Executivo Sobre o relatório das Linhas de Acção Governativa para o ano financeiro de 2016 16:58 Conferência de Impresa do Chefe do Executivo 18:30 TDM Desporto (Repetição) 19:30 Paixões Proibidas 20:30 Telejornal 21:00 TDM Entrevista 22:10 Amor à Vida (Rastros de Mentiras) 23:00 TDM News 23:30 Portugal Aqui tão Perto 00:30 Telejornal (Repetição) 01:05 RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 2015 Formula 1 Chequered Flag Brazilian GP 13:30 2015 AFC Cham-pions League Highlights 14:00 Bundesliga 2015-16 15:00 Roland Garros 2015 Best Match of the Day 16:00 KIA World Extreme Games 2015 17:00 Bundesliga 2015-16 19:00 LPGA 2015 Lorena Ochoa Invitational Day 1 20:00 (LIVE) FOX SPORTS Central 20:30 Bundesliga 2015-16 22:30 FOX SPORTS Central 23:00 The Ultimate Fighter 22 00:00 UFC on Fox Sports UFC 193

31 FOX SPORTS 213:00 Beach Sports Network EVP 13:30 Spirit of Yachting Rolex 14:00 FOX

College Basketball 2015-16 FAirleigh Dickinson vs Villanova 15:30 CEV Beach Volleyball European Championship 2015 17:00 World Series of Darts 2015 Highlights 18:30 Dream TV package The Hever Castle Triathlon 19:00 Badminton Unlimited 19:30 Beach Sports Network EVP 20:00 Lumberjacks 15 21:00 College Football 2015 Notre Dame vs Wake Forest 22:30 Spirit of Yachting Rolex 23:00 2015 AFC Champions League 2015 00:00 World Series of Darts 2015 Highlights

40 FOX MOVIES11:20 Snake Eyes 13:05 The Mortal Instruments: City Of Bones 15:20 Soul Surfer 17:10 The Monuments Men 19:15 Northmen - A Viking Saga 21:00 X-Men Origins: Wolverine 22:50 The Hunger Games: Mockingjay

41 HBO13:00 Getting On 13:30 Elizabeth 15:25 Blended 17:20 Hollywood 17:45 The Astronaut’S Wife 19:30 Mr. Bean’S Holiday 21:00 Lucy 22:30 When The Game Stands Tall 00:25 Gimme Shelter

42 CINEMAX12:50 Nowhere To Run 14:20 Striking Distance 16:00 Hello Down There 17:35 Hollywood 18:00 Conspiracy Theory 20:15 The Scorpion King 4: Quest For Power 22:00 Malavita 23:50 The Detonator

50 DISCOVERY12:30 Deadliest Catch 13:25 Alaskan Steel Men 14:20 Catching Monsters 15:15 You Have Been Warned With Ean Nasrun 16:10 Manhunt With Joel Lambert 17:05 How Do They Do It? 18:00 You Have Been Warned With Ean Nasrun 19:00 Manhunt With Joel Lambert 20:00 Life In Cold Blood 21:00 Predators Up Close With Joel Lambert 22:00 Dual Survival 23:00 Yukon Men 00:00 Life In Cold Blood 00:55 Predators Up Close With Joel Lambert

51 NGC12:30 Monster Fish 13:25 Is It Real? 14:20 Ancient Megastructures St. Paul’s Cathedral 15:15 Wicked Tuna: North vs. South 16:10 Air Crash Investigation 17:05 Megastructures Urban Mine 18:00 Is It Real? 19:00 Monster Fish 20:00 Cold Water Gold Outwit, Outsmart, Outplay 21:00 Wicked Tuna: North vs. South 22:00 Air Crash Investigation 23:00 Drugs Inc 00:00 The Border Desert Breakdown

54 HISTORY13:00 American Eats 14:00 Kings Of Restoration 15:00 Pawn Stars 16:00 Leepu & Pitbull 17:00 Ancient Aliens 18:00 Ancient Discoveries 19:00 Leepu & Pitbull 20:00 Storage Wars 20:30 Storage Wars: Canada 21:00 Storage Wars 22:00 Storage Wars: Canada 23:00 The Pickers 00:00 Storage Wars

55 AXN12:10 Paul Blart: Mall Cop 13:55 Alias 14:50 Csi: Crime Scene Investigation 15:40 Blue Bloods 16:35 The Voice 18:20 Quantico 19:15 American Ninja Warrior 20:10 The Voice 22:00 Hawaii Five-0 22:55 Supernatural 23:50 Hawaii Five-0 00:45 The Voice

62 STAR WORLD12:35 Suburgatory 13:30 It’s a Brad, Brad World Canadian Takeover 14:25 Kevin From Work Pilot 14:50 Kevin From Work Gossip From Work 15:20 Young & Hungry Young & Car-less 15:45 Young & Hungry Young & Getting Played 16:15 Melissa & Joey 17:10 Masterchef US 18:05 Crazy Ex-Girlfriend I Want Josh To See I’m a Good Person! 19:00 Empire 20:00 Scandal 21:00 Crazy Ex-Girlfriend My First Thanksgiving with Josh! 21:55 Empire 22:50 Crazy Ex-Girlfriend My First Thanksgiving with Josh! 23:45 Masterchef US 00:40 Witches of East End

82 RTPI14:30 Decisão Nacional 15:02 Agora Nós 16:53 O Preço Certo 17:49 Hora dos Portugueses (Diário) 18:00 3 às 10 - Directo 18:27 Prós e Contras - A Venda da TAP 20:10 Os Nossos Dias 21:00 Jornal da Tarde - Directo 22:11 Hora dos Portugueses (Diário) (R/) 22:23 5 Para a Meia-Noite 23:26 Golo RTP - Int. (R/) 00:40 Os Nossos Dias 01:21 Zig Zag01:37 Futebol: Seleção Nacional (Sub 21) - Israel x Portugal 03:30 Futebol: Seleção Nacional (AA) Directo -Luxemburgo x Portugal 05:23 Telejornal - Directo

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO

230C/290C

• • • CÂMBIOSPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.93 8.03EURO 8.50 8.61YUAN (RPC) 1.238 1.263

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939ANIMA

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

• • • AMANHÃ 18/11

• • • HOJE 17/11240C/280C

WWW.SMG.GOV.MO

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

01:37RTPI

Israel vs Portugal (Sub 21)

CINETEATROS1 Spectre14:15 • 18:45 • 21:30

S2 Our Times14:15 • 16:45 • 19:15

TORRE DE MACAUSpectre13:15 • 16:00 • 18:45 • 21.30

GALAXYSpectre14:15 • 15:15 • 16:15 • 17:00 • 18:00 • 19:05 • 20:45 : 21:50 • 22:30

The Martian (3D)14:00 • 18:20

Sicario13:15

She Remembers, He Forgets13:05 • 15:10 • 18:45 • 23:35

Scouts Guide to the Zombie Apocalypse17:15 • 23:35

Our Times13:00 • 15:30 • 18:00 • 20:30 • 23:00

Bridge of Spies13:30

The Last Witch Hunter13:15 • 16:45 • 23:30

03:30RTPI

Luxemburgo vs Portugal

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20 JTM | ÚLTIMA Terça-feira, 17 de Novembro de 2015 • Fecho da Edição • 00:15 horas

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ARQ

UIIV

OFundo dos Leitores do “Ou Mun” já distribuiu mais de nove milhõesO Fundo de Beneficência dos Leitores do Jornal “Ou Mun” já dis-tribuiu este ano apoios superiores a nove milhões de patacas a pessoas carenciadas e a 54 pessoas com necessidade de cirurgias oculares. Os responsáveis do Fundo recordaram ainda que a 32ª “Marcha de Caridade para Um Milhão” decorrerá no dia 13 de De-zembro, sendo que o percurso vai manter-se igual ao ano passado, partindo da Avenida Dr. Sun Yat Sen, junto do Estuário Kun Lam. A organização da marcha anunciou ainda que já está a receber doa-ções para a edição deste ano da Marcha de Caridade.

Em poucas semanas, foi a segunda vez que, no âmbito dos Serviços de Saúde, um caso quase rotineiro dá uma enorme con-fusão.

Primeiro foi o aparecimento de docu-mentos na via púbica com dados de pa-cientes do Centro Hospitalar Conde de São Januário que levou ao despedimento de dois funcionários.

Na manhã de ontem, por causa de um alegado “erro de escrita”, mais de mil uten-tes apareceram no Centro de Saúde do Fai Chi Kei para marcar consultas para o pró-ximo ano. Segundo testemunhas, não acei-taram explicações e a situação esteve perto do “caos”.

Posteriormente, o vice-director dos Ser-viços de Saúde, Cheang Seng Ip, explicou que algumas notificações faziam referência a marcações “no dia 16” e noutras constava a indicação “a partir de dia 16”.

Curiosamente tal só sucedeu neste Cen-tro, onde também curiosamente, em curto espaço de tempo se juntou um milhar de reclamantes com “voz grossa”.

Pode ter sido coincidência, pode ter sido mais qualquer coisa. Não sei. Os Ser-viços de Saúde, porém, não devem cruzar os braços sobre a primeira explicação.

Diziam os galegos e o escritor e filósofo Miguel de Unamuno divulgou uma mais sábia atitude: “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay ”...

ENPASSANTJosé Rocha Diniz

“Pero que las hay”...

32ª Marcha de Caridade realiza-se a 13 de Dezembro

Alfândega de Macau apreendeu barco por pesca ilegal de ostrasOs Serviços de Alfândega detiveram dois homens de na-cionalidade chinesa, de 25 e 46 anos, quando estavam a pescar ostras junto ao Terminal Marítimo do Pac On. Os pescadores entraram nas águas da RAEM sem au-torização e, quando foram abordados pelos agentes da Alfândega, não conseguiram apresentar quaisquer do-cumentos ou registo do barco. Na embarcação foram en-contradas ostras, que as autoridades suspeitam que este-jam contaminadas. Os dois detidos já foram repatriados para a China Continental.

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Proprietários do Pearl Horizon entregam petição antes das LAGUm grupo de proprietários do empreendimento Pearl Horizon vai entregar hoje uma carta à Assembleia Legislati-va antes do Chefe do Executivo apresentar o relatório para as Linhas de Acção Governativa para 2016. A carta tem como objectivo exigir um encontro com o Governo para discutir uma solução para o problema gerado pelo atraso no aproveitamento do terreno. Como o Governo da RAEM deverá reaver o lote no final do ano, os proprietários temem perder o direito às fracções que adquiriram no complexo residencial.

Autocarro da Nova Era “perdeu” porta traseiraUm autocarro da carreira número 36, operado pela companhia Nova Era, sofreu uma avaria insólita, com a porta tra-seira a soltar-se enquanto circula-va na Taipa. A foto está a ser muito partilhada nas re-des sociais, onde os cibernautas têm acusado a trans-portadora de negligência na manutenção diária dos autocarros.

Denunciado possível desaparecimento de editores de Hong KongQuatro responsáveis de uma livraria e editora de Hong Kong que publica livros com críticas ao Partido Comunista chinês estão desaparecidos e podem ter sido detidos pelas autori-dades chinesas, informou a “Rádio Free Ásia” (Alemanha) na sua página da internet. O grupo de desaparecidos inclui o proprietário, Gui Minhai, o gerente geral Lu Bo, o responsá-vel da livraria, Lin Rongji, e um empregado, Zhang Zhiping, da editora e livraria “Sage Communications”, com sede em Hong Kong. Gui Minhai, que tem um passaporte sueco, de-sapareceu em meados de Outubro, após uma viagem à Tai-lândia, e não se sabe nada de Lu e Zhang, após terem viajado para a China, entre 22 e 24 de Outubro, para visitarem familiares. Um funcionário da Sage disse à RFA que Gui e Lin telefonaram às esposas na sexta-feira dizendo que estavam bem, mas sem dar informações sobre o seu paradeiro ou o que estavam fazer. A Sage é especializada na publicação de livros sobre a actualidade política na China, como “A grande depressão de 2017”, e “O colapso de Xi Jinping em 2017”, especialmente críticos da administração do Presidente Xi.

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Descoberto na China aparelho “anti-poluição” de há 2.000 anosUma equipa de arqueólogos descobriu no Sul da China um aparelho extractor de fumo que remonta à dinastia Han (sé-culos III a.C.-I d.C.), cerca de 2.000 anos antes da poluição atmosférica se transformar num problema nacional. Segundo a agência oficial Xinhua, a descoberta ocorreu uma necrópole da dinastia Han na actual província de Jiangxi, onde fo-ram encontradas lâmpadas de bronze capazes de “engolir” o fumo mediante um sistema muito avançado para a época. As lâmpadas têm a forma de um ganso que apanha um peixe com o bico, onde fica a luz, gerada pela queima de cera. O fumo passava pelo pescoço do ganso até chegar ao seu corpo, onde se dissolvia em água colocada nessa parte, explicou o chefe das escavações, Xin Lixiang. Na mesma necrópole, encontra-se, entre outros achados, o túmulo de um neto do imperador dessa época, vista pelos historiadores do país como uma das mais prósperas da civilização chinesa. “É ao mesmo tempo uma obra de arte e um exemplo de inovação na antiguidade”, realçou Xin sobre a descoberta, explicando ainda que as lâmpadas podiam ser desmontadas para lavagem e manutenção. Embora as lâmpadas de bronze fossem muito comuns na dinastia Han, uma das primeiras da China unificada, só os mais ricos conseguiam ter algumas dota-das com este mecanismo de purificação de ar, segundo os arqueólogos. Hoje, face à grave poluição das cidades, os mais modernos e sofisticados aparelhos purificadores de ar são um electrodoméstico habitual nas casas chinesas.