A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página Ano XLII • Nº 39 email: jornal@avozdeportugal.com WWW.AVOZDEPORTUGAL.COM 13 de Outubro de 2004

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Apontamento

REFORMA DOSMILITARES: 42CENTIMOS POR DIA* A. Barqueiro

O ministro Paulo Portas, quandoestava na Oposição, adoptou comocavalo de batalha, a luta a favor dosreformados que, dizia, deveriam terdireito a uma pensão mensal igualao ordenado mínimo nacional. Ou-tra das suas batalhas era a de atri-buir a cada militar com serviçoprestado nas antigas possessõesultramarinas, uma reforma quecompensasse, de algum modo, osdias trágicos passados na guerracolonial, motivando doenças psí-quicas e traumas que permanecemno corpo e no espírito de muitosmilhares de soldados, obrigados acumprir tarefas perigosas e moral-mente reprováveis.

Com a vitória nas últimas eleiçõeslegislativas da coligação PSD/CDS,foi o Presidente do partido da Direi-ta, Paulo Portas, escolhido para umapasta ministerial, ficando colocadona posição seguinte à do PrimeiroMinistro. Ocasião propícia paracumprir os propósitos a que se pro-punha, quando fazia parte da Opo-sição.

Os partidos oposicionistas, commissões específicas de combate àsacções do governo, são férteis nascríticas à actividade governativa enada lhes custa criar espectativas afavor da população, porque não estãocondicionados por orçamentosrestritivos, como sucede com quemgoverna o país.

Paulo Portas utilizou aquele estra-

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Morreu Christopher Reeve,

o “Super-Homem”O actor norte-americano Christo-

pher Reeve, que se notabilizou pelosseus papéis de “Super-Homem” nocinema, morreu domingo, aos 52anos, na sequência de uma paragemcardíaca, anunciou segunda-feira oseu agente.

Christopher Reeve, que se en-contrava tetraplégico há nove anosdevido a uma queda sofrida duranteum evento equestre em 1995, mor-reu às 17:30 locais de domingo, nohospital de Northern Westchester,perto de Nova Iorque, onde deraentrada na véspera após ter entradoem estado de coma, precisou oagente, Wesley Combs.

A complicação que provocou aparagem cardíaca é comum empessoas paralisadas.

Casado e pai de três filhos, Christo-pher Reeve deu o seu nome a umafundação de angariação de fundos

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Boas férias aosperegrinos de Fátima

A crise foievitada de justeza

Os primeiros dias da nova sessãoparlamentar em Otava foram bastantemovimentados.

O governo de Paul Martin, minori-tário, esteva quase a ser desman-telado. Após o controverso discurso doTrono, em que Paul Martin mais nãodisse do que o estafado palavreado epromessas marteladas durante aúltima campanha eleitoral, os partidosda oposição oficial, principalmente oPartido Conservador e o Bloco Qué-becois, exigiram do chefe do Governoa aceitação de uns quantos pontosnevrálgicos de interesse geral, a fim denão boicotarem o discurso, o querepresentaria a queda do governo.

Os chefes dos partidos conseguiram

todavia encontrar à última da hora umacordo proposto pelo BQ que conse-guiu ser adoptado à unanimidade.

Recordemos que durante o discursodo Trono, lido no dia 5 passado, pelaGovernadora Geral Adrienne Clark-son, o Governo, esquecendo todas asexigências dos partidos da oposição,limitou-se a repetir as promessasliberais da última campanha.

No dia seguinte, durante o debaterelativo ao discurso, o Partido Conser-vador apresentou 5 modificações e oBloco Québecois, por seu lado, propôsoutras relacionadas com o desequilí-brio fiscal e o respeito dos poderes das

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página

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Os textos (e ilustraÁıes) de Opini„opublicados nesta ediÁ„o s„o da inteiraresponsabilidade dos seus autores, n„ovinculando, directa ou indirectamente, ocariz editorial e informativo deste jornal.

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tagema populista prometendo,se fosse governante, reformasdecentes para todos os portu-gueses com baixas pensões.Esse objectivo está no horizontee previsto para daqui a algunsanos, mas nada nos garanteque algum dia seja concre-tizado.

Quanto às pensões desti-nadas aos antigos militares comtempo de serviço no ultramar,já existem dados concretos: osbenefícios concedidos pareceque apenas começam quandoos beneficiários atingem ossetenta anos, portanto no mo-mento em que a maioria delestenha falecido ou com os péspara a cova.

Mas o que toca mais as raiasdo escândalo e da falta de sen-so, é o valor da pensão: cento ecinquenta e cinco euros porano!

Andou o parlamentar, depoisministro Paulo Portas, anos acriar esperanças numa classeflagelada pelos horrores daguerra colonial, para agoralhes dar quarenta e dois cênti-mos por dia, quantia que nãochega para comprar uma bica.„uma decisão ridícula que nadaabona a favor do critério depolíticos, insensíveis às aspira-ções de quem serviu a Pátria eesperaria um reconhecimentoadequado e justo.

Os milhares de portuguesesatingidos pela pensão criadapor Paulo Portas e pelo gover-no a que pertence, estão desola-dos pela ridicularia atribuída esentem-se traídos e ofendidospor tamanha estupidez. Na

REFORMA DOS MILITARES:42 CENTIMOS POR DIA

realidade, seria preferível nadafazerem, do que estipularem 42cêntimos por dia, somente apartir dos setenta anos deidade.

Reflita-se nesta prova deinjustiça flagrante: o soldadoJosé Gil esteve em África muitosmeses, fazendo parte da missãomilitar portuguesa na guerracolonial. Ao atingir os 70 anos(se lá chegar) terá de reformacento e cinquenta e cinco eurospor ano. O Eng.° Mira Amaral,antigo ministro do tempo deCavaco Silva, exerceu funçõesde Administrador na CaixaGeral de Depósitos durantedezanove meses e saíu comuma choruda pensão de de-zoito mil euros por mês, ou seja,duzentos e dezasseis mil eurospor ano. O confronto é de 155para o Gil e 216.000 para MiraAmaral. Como complementoinformativo, revele-se que esteantigo ministro assumiu, entre-tanto, a posição de vogal nãoexecutivo da API (AgênciaPortuguesa de Investimento)que lhe dá mais uns cobres, ouseja 2.800 euros mensais, semque seja preciso mexer umapalha. Isto para quem já possuigrande fortuna...

Infelizmente, Portugal estádesprovido de bom senso eestes casos das reformas dosmilitares e dos políticos indicaque o país se cruza num per-curso muito tortuoso, neces-sitado de transformações radi-cais que lhe possibilitem a reto-ma para um trajecto mais con-sentâneo com a realidade dosdias que correm. Com todosestes disparates, não se vai alado nenhum!

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para a investigação na área daslesões cervicais e tornou-se umacérrimo defensor dos direitosdos deficientes.

“Em nome da minha família,quero agradecer ao NorthernWestchester Hospital pelosexcelentes cuidados prestadosao meu marido”, afirmou DanaReeve, a mulher de Christo-pher Reeve, em comunicado.

“Também quero agradecerao seu ‘staff’ pessoal de enfer-meiros e auxiliares, assim comoaos milhões de fãs de todo oMundo que ajudaram o meumarido ao longo dos anos”,acrescentou.

Em Maio de 1995, Christo-pher Reeve caiu de um cavalodurante uma competição e-questre em Culpeper, Virgínia,e partiu o pescoço.

Apesar deste acidente quasefatal, que o deixou paralisado dopescoço para baixo e com enor-mes dificuldades respiratórias,Reeve voltaria ao mundo docinema em 1998, num “rema-

Morreu ChristopherReeve, o “Super-Homem”

ke” do famoso filme de sus-pense de Alfred Hitchcock“Janela Indiscreta”, em que umhomem numa cadeira de ro-das, que se entretém a vigiar avizinhança, se convence deque uma vizinha foi assassi-nada.

“Temia que, ao representarapenas com a minha voz e aminha face, não conseguissecomunicar de forma suficien-temente eficaz para contar aminha história”, disse entãoChristopher Reeve. “Mas fiqueisurpreendido ao descobrir quese estivesse realmente concen-trado, e deixasse as coisasacontecer, poderiam ‘ler’ aminha face. Com tantos gran-des planos, sabia que cadapensamento contava”, acres-centou.

Em 2000, Reeve conseguiuvoltar a mexer o dedo indi-cador e voltou a ganhar algu-ma sensibilidade em váriaspartes do corpo.

Christopher Reeve, que aos

16 anos já era membro do sin-dicato de actores, após actuarem peças de teatro na escola,será sempre recordado pelo seupapel de “Super-Homem”, quedesempenhou pela primeiravez em 1978, apesar de na al-tura ser praticamente um des-conhecido. Ao papel candi-dataram-se cerca de duas cen-tenas de actores.

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províncias.Ora sobre todos estes pontos

o BQ foi mal acolhido por PaulMartin e pelo seu lugar-tenentequebequense Jean Lapierre,tendo forçado o voto sobre estamodificação, tranformando-aem questão de confiança paracom o Governo. O Bloco amea-çava já votar contra o discursodo Trono se as modificaçõespropostas fossem rejeitadas.

Foram momentos de grandeinquietação para Paul Martinque viu o risco em que se en-contrava.

A crise foi evitada de justezaRaul Mesquita

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Se é certo que para os parti-dos da oposição não seria muitoconveniente forçar novas elei-ções em tão curto espaço detempo, não é menos certo que,por outro lado, no caso da nãoconfiança no governo, a Gover-nadora Geral poderia ser obri-gada, como alternativa a de-cretar uma outra ida às urnas,a entregar a governação dopaís ao Partido Conservador.

O acordo conseguido, quasea ferros, como uma cesarianapolítica, permite assim a PaulMartin de continuar no leme

da barca governamental, sem,todavia, saber ao certo porquanto tempo. O PM está aatravessar um período de gran-de turbulência, denotando-se anecessidade de grande períciapara alcançar uma estabilidadedesejável.

Por agora temos ainda umgoverno eleito. Paul Martinterá de saber navegar por entreos escolhos que a oposição nãodeixará de lhe colocar na passa-gem. Isso poderá ser bom paraa população, que desde hámuitos anos tem sido um jo-guete nas mãos de governosliberais maioritários. E serábom para a democracia emgeral.

Novo Cônsul de Portugal em MontrealPassamos o verão sem Côn-

sul...mas, finalmente estamosde parabéns pela vinda do Dr.Carlos Oliveira, novo Cônsul dePortugal em Montreal.

Coisa interessante foi a preo-cupação dele ao querer intro-duzir-se à comunidade portu-guesa aqui radicada. A comu-nidade foi convidada a parti-cipar num breve encontro, nopassado dia 5 de Outubro, nasala Multiusos do Consulado.Esta estava cheia com repre-sentantes das várias associa-ções e clubes assim como dosórgãos de informação.

No simples e curto discurso,o Dr. Carlos Oliveira, apresen-tou-nos a equipa que trabalhacom ele, todos aliás muito res-ponsáveis pelo excelente traba-lho que têm vindo a prestar aopúblico em geral e afirmou queserá um prazer ajudar aqueles

ou aquelas que de uma formaou outra lhe pedirem ajuda. Elenão tem nenhuma varinha má-gica para poder solucionar osproblemas que existem, masdentro do possível tentará fazer

o que estiver ao seu alcance.A Voz de Portugal e os seus

colaboradores dão-lhe as boas-vindas e formula votos para quea sua estadia entre nós corra omelhor possível.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 3

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Nasceu no dia 23 deJunho de 2004, no gen-eral Jewish hospital, omenino Juliano PonteMastantuono, filho deDébora Ponte e Pasqua-lino Mastantuono, netode Ermelinda Madeira(e do já falecido Sr. Hora-cio Bento da Ponte), ede Nina e Simone Mas-tantuono. Que NossaSenhora abençoe sempre o nosso querido menino.

P.S.: We Love you, our Baby Angel.

Juliano Ponte Mastantuono

Laboratório de CiênciaDivertida em Água de Pau

Com o objectivo de propor-cionar uma formação que des-perte o interesse cientifico dacriança, a sua curiosidade eimaginação, vai ser inauguradoo Laboratório ExperimentalFun Sciense, Ciência Diver-tida, no próximo dia 13 de Ou-tubro, pelas 11h00, na EscolaEB1/JI João Ferreira da Silva.

No combate ao insucesso es-colar e numa demonstraçãoclara das suas políticas edu-cativas, a Câmara Municipal deLagoa é a entidade que finan-ciou a criação deste laboratório,que através de uma acção con-certada entre os diferentesagentes educativos, irá propor-cionar o ensino experimentalda ciência a todos os alunos dopré-escolar e primeiro ciclo de

Água de Pau, sob o lema “A-prender o Amanhã, Experi-mentando Hoje”.

Na realidade, a Auatarquiapretende dar a conhecer al-guns dos conceitos básicos daciência, através da experimen-tação e observação, numa me-todologia que combina a partepedagógica e lúdica, com pro-gramas onde as crianças são ospróprias protagonistas dasactividades desenvolvidas.De entre as muitas vantagensdeste projecto, é de realçar ofacto da experimentação con-tribuir para que as crianças sesintam responsáveis e úteis,sugere a sua participação e issomarca a diferença entre o en-sino regular e a experimen-tação.

Obras da Canadadas Pedreiras já mexem

A Câmara Municipal da Ri-beira Grande já deu início àobra de saneamento básico epavimentação da Canada dasPedreiras, na freguesia do Picoda Pedra.

As obras foram adjudicadas àfirma Albano Vieira pelo valorde cerca de 580 Mil Euros comum prazo de execução de seismeses, devendo ficar concluí-das no primeiro semestre de2005.

Com esta obra, inicialmenteprevista para começar duranteo primeiro semestre deste ano,situação justificada pelas restri-ções orçamentais com que asautarquias vivem, a edilidadecontinua a cumprir os objec-tivos a que se havia propostoneste mandato, nomeadamen-te, dotar o concelho de melho-res redes de Saneamento Bási-co, proporcionando desta formaa toda a população do concelhoNorte de São Miguel uma a-créscimo considerável na me-lhoria da qualidade de vida.A intervenção de reabilitaçãoprevê a instalação da rede dedistribuição de água e dasredes de esgotos residuais e dedrenagem de águas pluviais daCanada das Pedreiras, assimcomo a respectiva pavimen-tação em betão betuminoso e ailuminação pública dos troçosem que esta ainda não exista.

A Rede de Águas será exe-cutada de acordo com as re-

gras das boas técnicas actuais,utilizando os materiais indi-cados por essas orientações.Nesta parte da obra, inclui-se ainstalação de ramais domi-ciliários de ligação aos edifíciosjá existentes ou que venham aser construídos no futuro. Oprojecto contempla ainda amontagem de várias bocas-de-incêndio. Entretanto, o abas-tecimento de água às habita-ções já existentes continuará aser feito através dos reser-vatórios existentes nas proxi-midades da via a interven-cionar e de uma rede provisóriainstalada nos passeios dos ar-ruamentos.

A Rede de Esgotos Domés-ticos compreende a execuçãode diversas câmaras de visita ea montagem de uma fossa sép-tica e poço absorvente. No casodesta infra-estrutura está aindacontemplado no projecto a ins-talação dos respectivos ramaisdomiciliários.

Finalmente, a Rede de Esgo-tos Pluviais contempla a exe-cução de câmaras de visita,assim como a implementaçãode sarjetas de lancil ligadasdirectamente às caixas de visi-ta. Nas zonas de grande incli-nação está contemplada a colo-cação de caleiras de sumi-douros transversais em toda alargura da via.

EUROPA ESTUDABASE ESPACIAL EM PORTUGAL

Futura base de lançamento de foguetões da Agência EspacialEuropeia poderá ficar localizada em Beja ou nos Açores

Portugal pode vir a acolheruma base de lançamento defoguetões, com a Agência Espa-cial Europeia (ESA) a admitirque seja em Beja e Santa Ma-ria, nos Açores, segundo oGoverno.

A ministra da Ciência, Inova-ção e Ensino Superior, Mariada Graça Carvalho, explicou àAgência Lusa que a acontecersó será depois de 2008, man-tendo-se até lá a actual estaçãode lançamento de foguetões,na Guiana Francesa, Américado Sul.

A hipótese de Portugal surge,disse, por ser necessário pro-curar uma alternativa comple-mentar à Guiana para a pró-xima geração de lançadores defoguetões, que a ESA quer quesejam recuperáveis, o que ac-tualmente não acontece.

O programa espacial norte-americano também optou porsubstituir os antigos foguetõespelos actuais “space shutle”,que conseguem fazer váriasviagens ao espaço, nomea-damente para colocação oureparação de satélites.

“A ESA está a trabalhar numprojecto de lançadores reu-tilizáveis, isso significa que temde haver um local de lança-mento e outro de aterragem. Ea Guiana não tem estruturapara isso”, disse Maria da GraçaCarvalho à Lusa.

“Há estudos da ESA queapontam para Portugal”, devi-do à sua “situação geográfica eclimática”, acrescentou.

A mudança justifica-se, refe-riu a ministra, pelo facto de sernecessário um número mínimode quilómetros entre a estaçãode lançamento e a de aterra-gem, que a Guiana nãocomporta.

“Temos uma ambição, a lon-go prazo, de ter em Portugaluma base destas, e conseguirisso passa por evidenciar asituação privilegiada do país. OsAçores têm vantagens geo-gráficas e climáticas e superampor exemplo as Canárias, emquestões como a visibilidade, otráfego aéreo ou a densidadepopulacional”, afirmou Mariada Graça Carvalho.

Para que Portugal esteja

integrado nesta “aventura” épreciso também um esforço deempresas e universidades,avisou a ministra. “Temos detentar posicionar Portugalnestas matérias, estar em reu-niões, convidar pessoas a viremcá, porque estamos longe docentro da Europa”, afirmouMaria da Graça Carvalho.

A ilha de Santa Maria, nosAçores, já vai ter também umaestação de controlo de lança-mento de satélites, uma suges-tão de Portugal à ESA e que aAgência Espacial aceitou, assi-nando o protocolo nesse senti-do já no próximo mês de No-

vembro.O governo português prepa-

ra-se ainda, revelou a ministra,para construir em Santa Mariaum Centro de Investigaçãoligado às Ciências do Mar.

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quarta-feira

Conclusões do XIVCongresso de Zootecnia

Dada a pertinência da temá-tica desenvolvida no XIV Con-gresso de Zootecnia para aRegião Autónoma dos Açores,apresentam-se aqui as prin-cipais conclusões desse even-to.De seguida resumem-se asprincipais conclusões do XIVCongresso de Zootecnia subor-dinado ao tema “A Zootecnia –O Futuro”, organizado pelaAssociação Portuguesa dosEngenheiros Zootécnicos e oDepartamento de Ciências A-grárias da Universidade dosAçores que reuniu entre os dias7 e 9 de Outubro de 2004 emAngra do Heroísmo.A sessãoinaugural esteve a cargo doProfessor S. Tamminga da Uni-versidade de Wageningen daHolanda, especialista em nutri-ção animal de reconhecidomérito mundial, tendo centra-do a sua exposição nos recentese futuros de avanços da nutri-ção animal. Foram realçados osaspectos preocupantes da rela-ção entre a produção animal eo ambiente, tendo sido consen-sual a necessidade de aceitarque as perdas de nutrientesdos sistemas de produção ani-mal devem ser evitados ou, nomínimo, reduzidos em limitesaceitáveis. O sucesso destatarefa exige intervenções emdiversos elementos da cadeiasolo-planta-animal, requerendoa implementação de medidaslegislativas conjugadas entre aCiência e o principal interve-niente no mundo Rural, o Agri-cultor.No âmbito da produçãode ruminantes foram aborda-dos diferentes aspectos rela-cionados com os sistemas deprodução, tendo merecido rele-vância a influência de algumasenzootias e a sua relação com ainfestação de pastagens nosAçores com elevados prejuízoseconómicos e na cadeia ali-mentar, particularmente a pro-blemática do feto comum naIlha de S. Miguel.Foram discu-tidas as modernas tecnologiasde reprodução em diferentesespécies, em especial, nos as-pectos relacionados com a con-gelação de sémen e insemi-nação artificial em suínos, bemcomo a aplicação das técnicasde fecundação in vitro e a suarelação com a qualidade dosembriões produzidos em bovi-nos.No que diz respeito àstecnologias no domínio daengenharia alimentar, foi refe-rida a necessidade de utilizaçãode bactérias lácticas autóc-tones no fabrico de queijo, talcomo a importância da avalia-ção físico-química e microbio-lógica e de segurança alimen-tar em vários produtos tradicio-

nais com denominação de ori-gem protegida.Outra das preo-cupações inscritas neste Con-gresso centrou-se na discussãode produzir bem, cumprindoas normas de bem-estar ani-mal. Foi também realçada anecessidade de sensibilizar asinstituições de investigação e osprodutores para a problemáticada bioética, sendo prioritária aimplementação de formaçãoespecífica nesta área, comrecurso às novas tecnologias.Areforma da PAC e o modeloagrícola dos Açores foi objectode reflexão, designadamente aprioridade que deve ser dadaao objectivo da qualidade emdetrimento da quantidade,devendo-se recorrer à explo-ração das mais valias indus-triais, em particular, através dainovação e diferenciação aonível dos produtos finais. Combase em algumas orientações eobjectivos, o fomento do sectorcarne de bovino, a diversifi-cação da produção agro-pecuá-ria regional e diversificação deactividades agrícolas e outrascom base na natureza culturale paisagista, foram conside-radas janelas de oportunida-de.Na área da genética e domelhoramento animal, foi dis-cutida a utilização de progra-mas de selecção assistida pormarcadores moleculares e o seuimpacto no futuro do melho-ramento genético das raçasautóctones e dos caracteres deprodução cárnica. Em relaçãoàs vacas leiteiras, foram anali-sadas as relações entre lon-gevidade, tipo e produção,sendo prioritário dar continui-dade a este trabalho com oaumento da consistência doprograma de melhoramentogenético da raça frísia em Por-tugal.O Ambiente constituiuoutro dos pontos principaisdeste Congresso, tendo sidoanalisados alguns efeitos depoluentes nas diferentes espé-cies animais, com a utilizaçãodos peixes como modelo bioló-gico. Foram apresentadas asprincipais vantagens e limita-ções do uso de biomarcadores,bem como a sua relevânciabiológica e toxicológica.Porúltimo, a Direcção da Asso-ciação Portuguesa dos Enge-nheiros Zootécnicos promoveusessões de trabalho paralelaspara a discussão da proble-mática em torno da verticali-zação dos Serviços do Ministé-rio da Agricultura, Pescas eFlorestas e de que modo estaquestão poderá influenciar oexercício da profissão dos En-genheiros Zootécnicos.

Camacha quer mais dinamismo O presidente da Junta de

Freguesia da Camacha acre-dita nas vantagens de obrascomo a via expresso ou o sanea-mento básico na freguesia, masacha que falta maior dina-mização do comércio local.

Falando a propósito do déci-mo aniversário da elevação daCamacha a vila, Francisco Mo-ta exorta os comerciantes lo-cais a «dinamizarem e moder-nizarem» os seus estabele-cimentos e que seja definiti-vamente implementado um«projecto de incentivos finan-ceiros à modernização do co-mércio camachense».

No âmbito habitacional, oautarca refere que a cons-trução de “apartamentos acustos controlados no centroda vila permitirá resolve algunsdos casos mais prementes».

Ao nível cultural, FranciscoMota lembrou que a constru-ção de um auditório e a recupe-ração do Largo conselheiroAires de Ornelas, onde se in-cluiria a valorização do monu-mento ao local onde se jogoufutebol em Portugal pela pri-meira vez, “consolidaria o nomeda Camacha como capital dacultura madeirense”.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página

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Matosinhos:

Dois mortos em acidente detrabalho no porto de Leixões

Durão Barroso“totalmentefora do jogopolíticonacional

Saúde: Secretária de Estadocritica gastos com medicamentose defende regulação

Dois tripulantes de um naviode bandeira liberiana atracadono porto de leixões, em Mato-sinhos, morrerem hoje numacidente de trabalho quandodesembarcavam contentores,disse à Agência Lusa o coman-dante da Zona Marítima doNorte.Garcia Esteves precisouque as duas vítimas mortais sãode nacionalidade russa e ucra-

niana.O acidente ocorreu cer-ca das 07:50, quando reben-taram os cabos da grua onde seencontravam os dois traba-lhadores, que tiveram morteimediata.O navio OYAPOCK,que entrou no porto de Leixõescerca das 04:00, era prove-niente de Algeciras, Espanha,e tem como destino Roterdão,Holanda.

O presidente da ComissãoEuropeia, Durão Barroso, escu-sou-se hoje a comentar o casoque levou Marcelo Rebelo deSousa a deixar os seus comen-tários de domingo na TVI,afirmando estar “totalmentefora” do jogo político nacio-nal.”Não vou comentar essecaso, nem sequer de formaindirecta. Não estou a acom-panhar o debate político nacio-nal”, declarou o ex- primeiro-ministro português à saída deuma conferência promovidapela UGT sobre “O futuro daEuropa - a Constituição Euro-peia e a dimensão social”.DurãoBarroso sublinhou que está“totalmente fora do jogo políticonacional” e sustentou que ocaso ocorrido com o ex- presi-dente do PSD Marcelo Rebelode Sousa “faz parte do jogointerno” político de Portugal.Oex-primeiro-ministro disse mes-mo desconhecer a intervençãodo Presidente da República,Jorge Sampaio, sobre a liber-dade de expressão e os riscos deconcentração da propriedadeda comunicação social em Por-tugal.

Durão com Santana

A secretária de Estada daSaúde, Regina Ramos Bastos,criticou hoje o aumento dosgastos com os medicamentos“sem justificação nenhuma” edefendeu medidas como o es-tabelecimento de um limitepara despesas com medica-mentos nos Orçamentos deEstado.Na abertura do Simpó-sio sobre a “Qualidade e a Se-gurança dos Medicamentos”promovido pela Infarmed, asecretária de Estado disse quea “tendência mais recente decrescimento não controlado,não justificado e não compreen-sível da despesa (do medica-mento) será objecto de regula-ção”.Segundo Regina RamosBastos, o ministério está a estu-dar medidas como o “plafo-namento” dos gastos com osmedicamentos no Orçamentode Estado, de forma a quequando esse valor for ultra-passado a industria farmacêu-tica tenha de repor a diferen-ça.De acordo com a secretáriade Estado, a indústria farma-cêutica sabe que o aumentodos preços dos medicamentospode pôr em perigo a sustenta-bilidade financeira do ServiçoNacional de Saúde, pelo que asmedidas para a contenção dosgastos devem ser tomadas emconjunto.No entanto, os últi-mos dados fornecidos pelo In-farmed indicam que o consu-mo de medicamentos no finaldo mês de Setembro registouum crescimento de 6,9 porcento face a igual período de2003, o que corresponde a umdecréscimo em relação aosvalores registados no mês ante-rior, que foi superior a 22 porcento.Para a governante os

últimos dados revelam “um si-nal positivo de diminuição docrescimento face aos valoresobservados em Agosto” últi-mo.Ainda sobre a questão doscustos com os medicamentos, asecretária de Estado comentouuma notícia veiculada hoje pelojornal Público de que o Estadoestá a gastar menos com osmedicamentos, ao contrário doque acontece com os uten-tes.”Se os utentes não estão apoupar nos medicamentos éporque os médicos não estão aprescrever genéricos”, comen-tou.A secretária de Estadodisse que apesar de os médicosnão terem actualmente de jus-tificar a não prescrição de gené-ricos, essa prescrição “pode virou não a ser” controlada. Re-gina Ramos Bastos defendeuainda a “promoção da utilizaçãoracional e segura dos medi-camentos” através de “diversascomissões técnico-científicas”que o Ministério vai no-mear.Tratam-se de comissõesde ética, investigação clínica,avaliação de medicamentos,fármaco-economia e outra paraa utilização racional do medi-camento.A secretária de Esta-do considera que é “funda-mental” a responsabilização daindústria farmacêutica na utili-zação racional dos medica-mentos, pelo que a indústriadeverá disponibilizar “infor-mação rigorosa que promovauma abordagem contextua-lizada do tratamento das patolo-gias”.Por fim, Regina RamosBastos anunciou que irá adop-tar uma nova lei orgânica parao Infarmed, de forma a que oseu estatuto legal acolha asespecificidades da instituiçãoenquanto autoridade regula-dora.

Prossegue ronda de reu-niões do futuro líder comchefes de Governo Acaba hojeaudição da equipa pelo Par-lamento

Durão Barroso almoça hojeem S.Bento com o primeiro-ministro. O encontro integra aronda de contactos que o futuropresidente da Comissão Euro-peia está a realizar e que a-manhã o leverá ao Reino Unido,para uma reunião com TonyBlair.

Na manhã de hoje, Barrosoparticipa, em Lisboa, numaconferência organizada pelaUGT sobre “O Futuro da Euro-pa e a Europa Social - do Alarga-mento à Constituição Euro-peia”. Está prevista uma intrer-venção sua em torno dos “Desa-fios da construção europeia”.António Vitorino, comissárioeuropeu da Justiça e AssuntosInternos, e os eurodeputadosCarlos Coelho (PSD), SérgioRibeiro (PCP) e António Costa(PS) também estarão presen-tes.

Quarta-feira, o líder indigi-tado do executivo comunitáriodesloca-se à Estónia e à Suécia,

para encontros com os respec-tivos primeiros-ministros. Naquinta, reúne-se com os chefesde governo da Áustria e Eslová-quia. A semana de trabalhotermina com uma visita ao pre-sidente de Chipre.

O conjunto de audições como Parlamento Europeu da equi-pa de comissários que irá traba-lhar com Barroso acaba hoje. Oex- primeiro-ministro, que tomaposse no novo cargo a 1 deNovembro, reúne no próximo

dia 21 com os membros daConferência de Presidentes doParlamento Europeu, que lhevão transmitir a sua apreciaçãosobre as audições feitas. Aassembleia de Estrasburgo irávotar a 27 se aceita a totalidadedos nomes indicados.

Toda a nova equipa da Co-missão reúne-se, pela terceiravez informalmente desde A-gosto, a 22 deste mês. A pri-meira reunião formal tem lugara 3 de Novembro, em Bruxe-las. Durão Barroso irá assistir,ao lado do actual presidente,Romano Prodi, à cerimónia deassinatura do Tratado Consti-tucional, em Roma, a 29 deOutubro, pelos chefes de Esta-do e de Governo dos 25. O do-cumento só entra em vigorquando for ratificado por todosos estados-membros.

Trabalhadores voltam à greve a 2de Novembro

Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa voltam à greve a 2 deNovembro. As razões da paralisação prendem-se com o falhançode mais uma reunião de conciliação entre o sindicato e a empresa.Desde Junho, que os trabalhadores da Rodoviária de Lisboarealizam todos os meses uma greve de 24 horas para contestar osaumentos salariais de 2,5 por cento impostos pela administraçãoe que os funcionários consideram insuficiente.

Esta segunda-feira, a Federação dos Sindicatos e TransportesRodoviários Urbanos (FESTRU) reuniu-se com a administraçãoda empresa no Ministério das Actividades Económicas (que incluia área de trabalho) para tentar chegar a um acordo, mas não foipossível porque a empresa manteve a sua posição no que se refereaos aumentos salariais, disse à agência Lusa Fernando Fidalgo, daFESTRU.

A 1 de Outubro, os motoristas aprovaram uma proposta deintegração da classe no nível quatro da tabela salarial eapresentaram-na hoje à empresa, que disse não ter condições paraa aprovar, adiantou o sindicalista.

«A empresa não aprovou esta alteração e o processo deconciliação foi cancelado», frisou Fernando Fidalgo, anunciandoque ficou acordado uma nova greve de 24 horas para 2 deNovembro.

Em declarações anteriores à Lusa, o director da Rodoviária deLisboa, Correia de Sampaio, afirmou que a empresa não pode daraumentos superiores a 2,5 por cento.

A Rodoviária de Lisboa, empresa privada a laborar na periferiade Lisboa, tem 781 trabalhadores.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 5

Opinião

Possuo largos anos de experiÍncia e poder, oriundo dos meusancestrais. Com a m·xima honestidade e sigilo, ajudo quaisquer quesejam os casos desesperados, mesmo os de difÌcil soluÁ„o:Ang˙stias, Mau-olhado, AmarraÁıes, Desvio, AproximaÁıes, Casasassombradas, Males FÌsicos, ImpotÍncia Sexual, VÌcios, etc.Desamarro tambÈm todos os males fluÌdos que existem em si! Trabalho‡ dist‚ncia por bons guias com Talism„s fortÌssimos para todos osfins! Considerado um dos melhores Profissionais no Canad· eestrangeiro, consultado por v·rios colegas devido ‡s minhasprevisıes serem exactas e os tratamentos eficazes! Falo PortuguÍs.

ASTRÓLOGO AFRICANO AIDARATel.: (514) 374-2395 Fax : (514) 374-9755

Raul Mesquita

Augusto Machado

LeiaA Voz

de Portugal

o seu jornalà

quarta-feira

As farpas do professor

O silêncio de Marcelo são asfarpas silenciosas que estão aincomodar muita gente. O ho-mem que ninguém conseguiacalar agora não pia. Estratégiapolítica? Talvez. É conhecimentogeral que Marcelo Rebelo deSousa nunca morreu de amorespor Santana Lopes. Desde a toma-da de posse que o professor repro-vava duramente o primeiro-minis-tro.

A história resumes assim: Mar-celo R. de Sousa nos seus comen-tários dominicais na TVI, temcriticado o Governo de Santana

Lopes. Rui Gomes da Silva, ministro dos Assuntos Parlamentarese amigo íntimo do primeiro-ministro, acusou Marcelo de estar amentir nos seus comentários. Paes do Amaral, presidente da TVI,aparentemente terá aconselhado o comentador a ser maismoderado nas suas críticas ao Governo. Marcelo não terá gostado.E a estrela dos domingos na TVI demitiu-se anunciando laco-nicamente a sua saída no dia seguinte. O assunto foi debatido noplenário da Assembleia da República na mesma tarde onde aOposição acusou o Governo de interferir na liberdade deexpressão. A notícia saltou para as aberturas dos telejornais e paraas manchetes dos jornais. O Presidente da República chamouMarcelo a Belém, aumentando ainda mais as suspeitas de que hámais coisas por detrás da demissão do comentador do que aquelasque foram reveladas. O que foi discutido entre os dois homensninguém sabe. Sobre o assunto, à saída de Belém e confrontadocom a comunicação social, o professor recusou fazer qualquercomentário.

No seu último comentário semanal, Marcelo classificou oGoverno de Santana Lopes como “pior do que o pior” do Governode António Guterres, provocando a ira imediata do primeiro-ministro. Rui Gomes da Silva protestou dizendo que “não há empaís algum uma pessoa a perorar 45 minutos sobre política sem sersujeito a contraditório e apenas a defender os seus interessespessoais”, acusando o comentador de estar motivado pelo “ódio”que sente por Santana Lopes ser primeiro-ministro. A relação doprofessor de Direito com Pedro Santana Lopes nunca foi pacíficae os comentários dominicais na estação de Queluz foram só oespelho dessa relação instável. Ainda antes da sua tomada deposse, a 4 de Julho, Marcelo aconselhava Santana a tomar contado partido mas a deixar a governação a cabeças mais habilitadas:“Uma coisa é ter perfil para ser líder de um partido (...), outra coisaé ter competência para o governo”.

A renuncia aos comentários dominicais caiu como uma bombana quarta-feira passada e o posterior silêncio do professor Marceloaumentou ainda mais a instabilidade que se instalou no PSD e,principalmente, entre os santanistas que compõem o “innercircle”de Santana Lopes no Governo. A verdade é que, embora nãoconsiderem que este caso só por si possa servir de pretexto parauma atitude drástica do Presidente da República, os social-democratas admitem que Jorge Sampaio “já está com problemasde consciência por ter dado posse a Santana Lopes”. O quesignifica que a atitude explosiva de Marcelo pode contribuir emmuito para a ideia de instabilidade que tem marcado estes doismeses e meio de Governo.

Entretanto, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros,Nuno M. Sarmento, desvaloriza as críticas feitas a Marcelo Rebelode Sousa pelo seu colega, Rui Gomes da Silva e lembre que opróprio Presidente da República já em 2001 lamentava o facto deninguém debater os comentários e as afirmações do professordurante mais de meia hora aos domingos na televisão semninguém o interromper.

Agora, pelo país corre a história, cândida, do Marcelo-comentador-desinteressado-vítima-da-censura. É de recordar queMarcelo Rebelo de Sousa antes de ser comentador é político. Jáfoi presidente do PSD. Quantos anos, ou meses, decorrerão até queo professor anuncie a sua candidatura à Presidência da Repúblicaou mesmo, quiçá, à sucessão de Santana Lopes à frente do PSD?

Encarnado de um lado,vermelho do outro…

Não sei porque razão, o Qué-bec, mais que qualquer outraprovíncia do Canada, tem umacuriosa predilecção para votarencarnado. Mesmo quando a talmaioria se faz “baiser” a fazermorrer de riso. Tanto no federalcomo no provincial. A Históriamostra-nos como desde temposremotos, o voto do Québec foidecisivo em muitas ocasiões, paraa eleição do Governo Federal.

E, em quase todas, para não dizer todas, o Québec saiuperdente. O escandaloso e trágico caso do submarino Chicoutiminas águas do Atlântico quando se dirigia da costa britânica paraHalifax, fez-me revolver recortes de jornais antigos, numa pesquisade informações relacionadas com a preocupação do governoconservador de Brian Mulroney — tão criticado na época — dequerer dotar a Marinha Canadiana de um lote de submarinosnucleares, a fim de proteger o país e sobretudo, fazer respeitar asua soberania no Oceano Ártico.

Uma avaliação respeitável indicava o custo de 8 biliões para acompra e manutenção dos submersíveis e terá sido a fortecampanha da oposição que afirmava não serem necessários, queforçou, em vésperas de eleições, o abandono do projecto.

Embalado pelas sondagens que o faziam vencedor por todas asmentiras feitas durante a campanha eleitoral, Jean Chrétienprometeu mesmo de anular todos os contratos para aquisições dematerial militar destinado ao Ministério da Defesa Nacional, queBrian Mulroney tivesse paragrafado durante o último quarto doseu segundo governo. E foi eleito. Maioritariamente eleito.

O Québec, como de costume, votou encarnado. Em grande. Edas poucas promessas que Chrétien cumpriu, esta foi uma delas.A outra, foi a dos helicópteros que veremos mais à frente. A recusade dar seguimento aos pedidos justificados das Forças Armadas,deu como resultado aquilo que tem sido noticiado nestes últimosdias em todo o mundo e que cobre o Canada de ridículo. Comopode um país pretender ser o “polícia mundial”, defensor dos fracose dos oprimidos deste planeta, quando os equipamentos de quenecessita para levar a cabo a mais simples operação, o deixam pelocaminho?

Foi a 6 de Abril de 1998 que o governo liberal de Jean Chrétien,anunciou a compra de quatro submarinos de ocasião à Inglaterra,que os havia construído, utilizado e abandonado, para depois os“passar” ao Canada num contrato de locação-compra, com aduração de 8 anos.

No preço inicial de 610 milhões de dólares estavam incluídossimuladores, a formação da equipagem e uma certa quantidadede peças de substituição. Devem adicionar-se a este custo, 140milhões de dólares para os trabalhos de renovação e afinação dossubmergíveis, para além de despesas imprevistas que se situamentre 150 e 250 milhões.

Tudo isto representa uma despesa de exploração anual de 121milhões de dólares, para quatro submarinos que os inglesesusaram apenas quatro anos e porque utilizando motores dieseleléctricos, não servem para a defesa do Grande Norte, por nãoterem as características, nem a capacidade e autonomianecessárias para navegarem sob o gelo.

O Chicoutimi foi rebocado para um cais escocês para inves-tigação das causas do sinistro que se declarou a bordo.

O corpo do jovem tenente Chris Saunders, chegou segunda-feiraa Halifax para a cerimónia funerária oficial.

O caso dos helicópteros não é mais brilhante. Dez anos maistarde da anulação do contrato assinado pelos conservadores, asForças Armadas canadianas têm sérias dificuldades comos os

vetustos Sea King’s, velhos de 40 anos de bons e leais serviços.Cada hora de voo necessita 30 horas de manutenção em terra.Esta custosa anulação impediu a operacionalidade da força aéreae, como exemplo, recordemos a queda no mar o ano passado, deum helicóptero de serviço num barco de guerra, durante umaoperação internacional conjunta no Atlântico Norte.

O contrato assinado pelo governo Mulroney era para 43 novoshelicópteros por 3,4 biliões de dólares. Em 2000, o governoChrétien previa desembolsar 2,9 biliões, para 28 aparelhos….

E a isto junta-se para cima de 500 milhões de dólares depenalidade pela rescisão do contrato…

Quando a 11 de Fevereiro de 1993 Chrétien afirmava durantea campanha eleitoral “ Je vous le dis, la TPS s’en va” para em 1996,após Paul Martin ter afirmado que estava fora de questão estaabolição, o então PM candidamente disse “Si les gens ont cru quenous allions tout simplement abolir la taxe, je m’en excuse. Si on leura fait croire ça, ce n’ était pas notre intention »

E o Québec, apesar de tudo, sem conta nem medida votouvermelho….!

Neste Québec de tradições profundas, onde a emotividade,mais do que a razão, elegeu durante vários anos um Trudeau quesempre o desprezou, assistimos a nível provincial ao mesmofenómeno.

O mesmo hábito nos costumes da população. Depois dosBourassa, Ryan, Johnson e interinos, temos um Jean Charest quedá sinais de não chegar a parte alguma. O que de dinâmico eempreendedor teve a nível federal, falta-lhe a nível provincial.

Creio mesmo que nunca se adaptou à vida e acomodações daAssembleia Nacional. Recordemos as dificuldades que teve desdesempre, para fazer aceitar as suas ideias pelos deputados liberais.

A valsa hesitação parece ser o seu “modus vivendi” e à parte unsquantos créditos que adquiriu nas negociações sobre a saúde —graças à fragilidade política de Paul Martin, não consegueultrapassar a mediania na apreciação popular, sendo talvez umadas consequências das suas promessas traídas e de não saberconcretizar em projectos colectivos, algumas ideias não muitoclaras sob a reforma do Estado, indicando directrizes e objectivos.

Apesar disso, continuamos a ouvir e a ler, apologias excessivasdo encarnado…

Porque não será fácil convencer-nos da inexistência depreconceitos partidários, quando num lado se criticam somenteos pequistas e noutro os adequistas…

É a tal regra de encarnado de um lado, e vermelho do outro!

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 6

Festa de Nª Sra. do Monte

AgradecimentoA Comissão de Festas de Nossa Senhora do Monte deseja

expressar publicamente o seu maior agradecimento a toda acomunidade em geral e aos seus conterrâneos madeirenses emparticular, assim como à Missão Santa Cruz, demais grupos a elaafectos, o comércio, os orgãos da comunicação social, cola-boradores e amigos por mais uma vez terem contribuído tãogenerosamente para o brilhantismo desta solenidade.

A Direcção

(514) 484-3795

Ligue e escute uma mensagemDE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

- Chamada gratuita -

MARIA LEONORDr. José Manuel Tavares Rebelo

A mulher

Maria Leonor Moraes daSilva veio à sua ilha e aqui sedeixou apagar no dia 12 deSetembro de 2004. A ilha ficoucontente por receber o seucorpo de flor, já que o coraçãonunca deixou de lhe pertencer

(a ela, ilha) mesmo estandolonge, em terras do Canadá.

De “menina Leonor” – abonita enfermeira do GabineteMédico do meu tempo do liceu– o seu percurso de vida termi-nou como pintora de reconhe-

cido mérito. Procurava os bonsmomentos de cada dia, indo aoencontro deles. Não os espe-rando passivamente. Para Ma-ria Leonor, a vida tinha dema-siado valor para ser desper-diçada com constantes lamen-

tos e mau humor.À sua elevada auto-estima

(mesmo aos 80 anos era co-quete, preocupava-se com a suaaparência – um exemplo paraos mais velhos, que se deslei-xam na velhice) não cor-

respondia falta de atenção paracom os outros. Cultivava tam-bém a hetero-estima. Estou aolhar para um pequeno objectode vidro deixado por ela du-rante a sua passagem pela Casados Açores do Norte, em 2001:um golfinho azul, marca da suapersonalidade amiga, juvenil,harmoniosa, elegante. No prin-cípio de Julho telefonou-mepara o Porto: “Diz ao Dr. RuiCunha que a casa do pai está àvenda”. Rui Cunha é filho deJaime Cunha, que foi médicodo liceu de Ponta Delgada enasceu naquela casa (entre asede do Santa Clara e o CentroMunicipal de Cultura). EmAgosto, encontrava-a sempreno Pesqueiro, pois não dis-pensava o banho de mar diário.Aquelas manhãs na piscinaeram dos tais prazeres do tempoda vida que ela procurava,consciente da sua necessidade.Nas conversas, mostrava-seatenta ao mundo que a rodea-va. O seu mundo começava nailha que amava e terminava nascores de um outro mundo, tal-vez irreal, que transpunha paraos seus quadros.

Era uma amiga. Recebia osseus conterrâneos que se des-locavam ao Quebeque, comafecto e carinho. Isso acon-teceu-me por duas vezes, aúltima das quais em Outubrode 2003.

A artista

Um homem pode amar umapedra

uma pedra amada por umhomem não é uma pedra

mas uma pedra amada porum homem.

Emanuel FélixPedra-Poema para Henry

Moore

A casa, o céu, o azul do mar,a nuvem, o verde da ilha, aterra, as árvores, as pedras, asflores, deixaram de ser, comMaria Leonor, casa, céu, mar,nuvem, verde, terra, árvores,pedras, flores, para se trans-formarem, através da sua pin-tura, em pedras e imagens“amadas por uma mulher”. Na-da era indiferente ao seu olharsonhador, verdadeiro olhar depoeta das cores. Há olhos quepassam sem olhar. Outros vêem,mas não olham. O que vemos,ao olhar os teus quadros? Ànossa frente deparam-se-nosespaços que, se antes nos eram

estranhos, passam a estar pre-sos ao nosso afecto com umsentimento de pertença.

Essa magia de transformar arealidade, tornando-a tão pró-xima, é-nos oferecida pela pin-tora micaelense, cuja visua-lidade cromática chega aoponto de nos causar uma emo-ção estética idêntica à que sesente ao ouvir os sons de algunsdos grandes compositores. Asuavidade das suas cores, aocontrário do que se poderiapensar, não é rotineira. Cadaimagem é transposta para a telaatravés de um leque variado desentimentos visualizados comemoção. Pode-se perguntar sea pintura transmite sentimen-tos. Talvez dependa de cadaum, apreendê-los ou não. Não éa técnica que me atrai, mas aforma como a sua imaginaçãoassimila a realidade.

As imagens (as pedras) toca-das pelos teus olhos, pintora,tornam-se pedras-imagens ama-das.

Maria Leonor passa pela ilha(mesmo em Montréal nunca

deixou de passar pela ilha).Passa e olha. O seu olhar trans-forma a terra e a gente quepassa. Traços, curvas, cores eformas transitam para a tela,sendo-nos oferecida uma outrarealidade, diferente daquela aque os nossos olhos estão habi-tuados. O sentimento de belo épartilhado com aqueles queobservam os mundos ilhantes(re)criados.

A imaginação criadora atin-ge tonalidades que roçam porvezes a música e a poesia, numasinestesia que sabe bem sabo-rear. Quando se gosta de umapintura, o prazer estético atinge

e enriquece as nossas almasatravés dos olhos. Pode acon-tecer o mesmo ouvindo os sonsharmoniosos gerados na pautamusical, tal como o poeta colocano papel palavras e frases paraserem lidas, ditas, cantadas.

Através dos quadros queolhamos perpassam mundosintimistas, visões pessoais,perspectivas imaginárias (não éo ilhéu de Vila Franca que está

naquele quadro, por exemplo,mas o modo como imaginas oilhéu de Vila Franca) que têmas pedras-imagens como objec-tos amados, focalizados, fixa-dos, transformados e depoiscolocados na tela pela tua mão.Ao rever os teus quadros, mi-nha amiga, ocorre-me per-guntar se existe uma pinturano feminino. Pela minha partediria que sim, não obstantealguém me dizer que tem de sedissecar a tua arte, para com-provar se existem regulari-dades ou marcas iden-tificadoras de mulher.

Nesta visão anti-tecnicista,

primária, sensorial da tua arte,pergunto a mim próprio segostaria à mesma dos teusquadros se não gostasse tantode ti. Mais importante do quefazer é ser. E tu não escondiaso que eras.

Obrigado, Maria Leonor.Por aqui passaste e aqui dei-xaste o teu ser-ilha (outra i-lha?).

Comunidade

É com grande prazer que publicamos este texto do Exce-lentíssimo Senhor Doutor José Manuel Tavares Rebelo,Director da Casa dos Açores do Norte, para quem estaspáginas estarão sempre disponíveis. Grande amigo dadefunta o Dr. José Rebelo quiz desta forma realçar asqualidades pessoais e artísticas de uma amiga comum, apintora Maria Leonor Ayres da Silva.

Agradecendo a colaboração, lembramos de que amanhã,dia 14 de Outubro, será celebrada uma missa do 30º diana Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Laval, às 18h30,agradecendo-se desde já a presença dos amigos de MariaLeonor. A Voz de Portugal apresenta à família enlutada asmais sinceras condolências.

Raúl Mesquita

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 7

Vária

Um pensamento…A saúde e a educação são os melhores amigos que nos concede

o tempo, logo a seguir vem a instrução, a amizade e o amor; sonhospara viver!

Todo este conjunto desenha um espaço, na vida, que é o suportepara uma convencional boa caminhada, na esperança de serlonga e feliz … nesse destino que marca uma direcção.

Sonhar com a realização plena da vida é um sonho bom. Oscaminhos que levam à felicidade são muitos e diferentes. Overdadeiro uso da liberdade é certamente um deles. A partilha dosbens com os oprimidos é outro caminho autêntico. Ser justo e fielà vocação, à própria realidade, também é caminho que conduz àfelicidade. A felicidade habita dentro de nós. Não é uma intrusa.Faz-se familiar e companheira inseparável da vida.

Tem muitas maneiras de se revelar quer pelo rosto sorridente,pelo abraço fraterno, no acolhimento franco, na conversa amenae enriquecedora ou na ajuda mútua. Pode ser uma visita aoenfermo como o beijo da esposa ou dos filhos. A felicidade não écomo uma lotaria que se ganha de uma vez, pois ela vai crescendopouco a pouco. O aumento da felicidade é um processo lento epersistente. Ela é pequenina, simples, singela, meiga, mas cresceconstantemente.

É preciso ser alegre, procurando fazer todo o bem que se puder,nos dias em que se permanecer na face da terra.

A educação no lar é a base da felicidade de nossos filhos. O amore a alegria são os elementos básicos para conquistarmos amizadese as conservarmos. Ao demonstrarmos amor e alegria em todasas oportunidades, podemos ver que a paz nasce dentro de nós.

A felicidade está baseada em seus pensamentos de hoje. Nóssomos escravos do ontem, mas somos donos do nosso amanhã.

Não desanime, não pare no primeiro degrau da ascensão. Se adúvida o assaltar, se a tristeza bater à sua porta, se a calúnia o ferir,erga a cabeça corajosamente e contemple o céu iluminado etranquilo. Embora recoberto de nuvens, você sabe que elaspassarão e o céu voltará a brilhar. Siga em frente, que todas asnuvens da existência também hão-de passar e voltará a brilhar osol da alegria.

José SaramagoJosé Saramago nasceu a 16

de Novembro de 1922 em Azi-nhaga, no concelho da Golegã.

Este jornalista, cronista, poe-ta, dramaturgo e romancistaportuguês, constitui um casosui generis nas letras do nossopaís, até pela notoriedade queconquistou em Portugal e no

estrangeiro.Com uma formação prati-

camente de autodidacta, exer-ceu diversas profissões antesde se dedicar primeiro ao jorna-lismo e, depois, inteiramente àliteratura a partir de 1976. Apublicação do romance Ma-nual de Pintura e Caligrafia(1977) iniciou uma reflexãoficcional sobre as questõescruciais do mundo contem-porâneo, por vezes à luz de umaelaboração narrativa enraizadana tradição do romance histó-rico.

Entre as suas obras, desta-

cam-se Memorial do Convento(1982), A Jangada de Pedra(1986), História do Cerco deLisboa (1989), O Evangelhosegundo Jesus Cristo (1992) eEnsaio sobre a Cegueira (1996)e Todos os Nomes (1997). Assuas obras encontram-se tradu-zidas em várias línguas.

José Saramago é comenda-dor da Ordem Militar de San-tiago de Espada desde 1985 ecavaleiro da Ordem das Artes edas Letras Francesas desde1991. Foi galardoado com oPrémio Vida Literária, atri-buído pela APE, em 1993, comoPrémio Camões em 1995 e em1998 foi-lhe atribuído o PrémioNobel da Literatura. Em 1999foi doutorado honoris causapela Universidade de Nottin-gham, em Inglaterra, e em 2000pela Universidade de Santiago,no Chile.

© 2001 Porto Editora, Lda.

Há cinco anosdesaparecia Amália Rodrigues

Amália Rodrigues, que con-tava 79 anos, foi encontradasem vida às oito horas da ma-nhã do dia 6 de Outubro pelasua secretária particular. Logode seguida, o Primeiro MinistroAntónio Guterres decretoutrês dias de luto nacional pela

morte de Amália Rodrigues.O desaparecimento da intér-

prete de ‘Estranha Forma deVida’, ‘Uma Casa Portuguesa’,‘Vou Dar de Beber À Dor’, ‘ComQue Voz’, ‘Fado Português’,‘Ai, Mouraria’ e ‘Libertação’,entre muitos outros fados, éclassificada como uma grandeperda pelas principais indi-vidualidades portuguesas.

Jorge Sampaio disse de Amá-lia que esta foi uma senhoraque sempre soube resistir àsevoluções dos regimes. “Pro-jectou Portugal no mundo

quando era difícil. É uma gran-de emoção, e é um dos rarosmomentos em que os portu-gueses estão todos unidos”,disse o presidente da Républicaà Antena 1. Em conferência deimprensa, Jorge Sampaio afir-mou ainda “foi a pessoa quemais marcou os espíritos portu-gueses”. Para o presidente da

Républica, Amália nunca per-deu o seu prestígio: “Ao vê-laenvelhecer, recordámos sem-pre o seu auge. Deu à iden-tidade portuguesa outra faceta.Amália morre, mas ela estásempre viva, e será sempre

mantido o seu fado, a sua músi-ca, a sua pessoa”.

De acordo com informaçõesprestadas pela Valentim deCarvalho, Amália Rodriguestinha regressado no dia 5 deOutubro da sua casa de férias,em Brejão, quando se sentiu

mal, vindo a falecer já durantea madrugada na sua residên-cia habitual. Segundo Lionildede Jesus Henriques, secretáriada cantora, devido à sua indis-posição, Amália teve de recusarum convite para estar presentenuma corrida de touros em VilaFranca de Xira, a favor de Ti-mor-Leste, onde seria convi-dada de honra.

À porta de sua casa na Rua deS. Bento, cerca de duas cen-tenas de pessoas esperavam-napara acompanhar um cortejotriste até à Basílica da Estrela.

Entre gritos e choros, a maioriadas pessoas que acompanha-ram o carro eram anónimosadmiradores. Os lisboetas des-pediram-se da fadista com pal-mas, mas as lágrimas corriampela cara de muitas das pessoasque ali se encontravam, en-quanto nas varandas das ruaspor onde passou o corpo de

Amália, foram vistos várioslençóis brancos e moradores aacenarem com lenços. Na Basí-lica da Estrela esperavam cen-tenas de populares para sedespedirem de Amália Rodri-gues.

«Jour du Seigneur» Rádio CanadáJoviano Vaz

A nossa colaboradora AméliaOliveira-Vaz, respondendo aoapelo feito ao público no do-mingo dia 3 de Outubro paraque fossem enviados poemaspara a emissão do domingo 10(véspera do Dia de Acção deGraças) enviou uma poesiaque foi escolhida. Saliente-seque foram recebidos inúmerospoemas pelo aludido “Jour duSeigneur” de Rádio Canadá.Foram lidos dois poemas deduas poetsas. O segundo poe-ma apresentado foi um enviadoem Francês por Amélia Oli-veira-Vaz. O declamador co-meçou assim:“J’ai soif, j’ai soif,mais je crois qu’un jour de l’eauvive je boirai »

Apresentamos em seguida oreferido poema na sua versãoportuguesa

Caminhar NavegarPor tanto andarMe sinto fatigadaTenho sede, tenho sedeMas eu creio que um diaÁgua viva bebereiE serei desalterada.Senhor tu és o guiaQue me faz avançarNos difíceis caminhosQue tem a minha vida.Navegar, navegarO meu barco governarNas alterosas ondasDo mar desta vida.Senhor tu és o farolQuando me sinto perdidaNas águas tumultuosasDo oceano da Vida.

Cultura

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 8

Alma Juvenil

O Bebé do Ano 2004Continuamos a publicação de alguns dos nossos “leitores do fu-

turo”. Entretanto continuamos a incentivar os nossos “leitores dopresente”, para que nos enviem as fotografias dos seus bebésnascidos no ano 2004, acompanhadas dos respectivos nomes,datas de nascimento, nomesdos pais e número dotelefone, para: ConcursoBebé 2004, A Voz de Portu-gal, 4231 boul. St-Laurent,Montréal, Qc H2W 1Z4.

No mês de Janeiro 2005,efectuaremos um sorteio en-tre todas as “carinhasbonitas” que até lá tenhamosrecebido.

Para mais informaçõescontactem-nos pelo tel.(514)284-1813, da Segunda aSexta, das 09h00 às 17h00.

Marissa Pereira SpínolaNasceu: 9 de Junho 2004Mãe: Susie PereiraPai: Serge Spínola

D. Afonso Henriques (1143-1185)Segundo a tradição, durante as primeiraslutas pela Independência de Portugal, D.Afonso Henriques teria usado um escudobranco com uma cruz azul, a exemplo de seupai, o Conde D. Henrique, cujas armas eramsimbolizadas pela cruz em campo de prata.

D. Sancho I (1185-1211), D. AfonsoII (1211-1223), D. Sancho II (1223-1248)

Nesta época, as armas reais eram re-presentadas por cinco escudetes de azul emcampo de prata, dispostos em cruz, os dosflancos deitados e apontados ao centro. Cadaescudete era semeado com um númeroelevado e indeterminado de besantes deprata. Sobre a origem e simbolismo destesescudetes existem muitas teorias. Segundoas duas mais conhecidas, os escudetesaludem às cinco feridas recebidas por D.Afonso Henriques na Batalha de Ourique ouàs cinco chagas de Cristo.

D. Afonso III (1248-1279), D. Dinis(1279-1325), D. Afonso IV (1325-1357), D. Pedro (1357-1367), D.Fernando (1367-1383)

Com D. Afonso III as armas do reinoreceberam uma bordadura de vermelho,semeada com um número indeterminado decastelos de ouro, escolhida em lembrança doavô, D. Afonso III de Castela. A tendência defixação de números, frequente em heráldica,levou a uma estabilização do número debesantes dos escudetes em cinco, dispostosdois, um, dois.

D. João I (1385-1432), D. Duarte(1433-1438), D. Afonso V (1438-1481)

As armas reais, durante este período, eramde prata, com cinco escudetes de azuldispostos em cruz, os dos flancos deitados eapontados ao do centro. O semeado debesantes no escudo fixou-se definitivamenteno número de cinco, dispostos em aspa. Édesta época que se conhecem as primeirasreferências designando os escudetes por«quinas». Tinha também uma bordadurade vermelho semeado de castelos de ouroe sobre ela as pontas da cruz verde floretadada Ordem de Avis.

D. João II (1481-1495)D. João II mandou que fossem retirados

das armas reais os remares de flor-de-lis eque se colocassem verticalmente as quinaslaterais no escudo. A bordadura de ver-melho manteve-se semeada de castelos deouro, embora a tendência do seu númerofosse de sete ou oito nas bandeiras usadas naépoca.

D. Manuel I (1495-1521), D. João III(1521-1557)

No reinado de D. Manuel I, as armas reaisforam fixadas em fundo branco. Tinham aocentro o escudo português com umabordadura de vermelho carregada de seteou oito castelos de ouro e sobre ele foicolocada uma coroa real aberta. A forma doescudo diferiu nos dois reinados. EnquantoD. Manuel predominava o escudo rectangu-lar com a parte inferior terminado em cunha,no reinado de D. João III acentuou - se aforma rectangular com o fundo redondo - ochamado escudo português.

O mesmo aconteceu quanto ás quinas queacompanharam aquelas formas.

EVOLUÇÃO DA BANDEIRA NACIONAL D. Sebastião (1557-1578), D. Henrique(1578-1580),

Governo dos Filipes (1580-1640), Reis deEspanha

No final do reinado de D. Sebastião a coroa quefigurava sobre o escudo foi substituída por umacoroa real fechada. Nas bandeiras desta épocafiguravam inicialmente coroas fechadas dispondode um ou de três arcos à vista. Mais tarde passarama ter os cinco arcos à vista, os quais se conservavamaté ao fim da monarquia. O aparecimento da coroafechada relacionava-se com o reforço de autoridadedo poder real. Durante o Governo dos reis es-panhóis, o escudo português não sofreu alteração,uma vez que as armas dos dois países se man-tiveram sempre separadas.

D. João IV (1640-1656),D. Afonso VI (1656-1683), D. Pedro II

(1683-1706),D. João V (1706-1750), D. José (1750-

1777), D. Maria I (1777-1816),D. Pedro IV (1826), Regências (1826-

1828), D. Miguel I (1828-1834)Na aclamação de D. João IV, a bandeira branca

com o escudo nacional, encimado pela coroa realfechada com os cinco arcos em vista, constituiu osímbolo da Restauração. Embora neste período abandeira não tenha sofrido alterações significativas,no reinado de D. João V, o escudo foi modificado comuma fantasia ao gosto da época, terminando obordo inferior em bico de arco contracurvado e acoroa passou a conter um barrete vermelho oupúrpura.

D. João VI (1816-1826)No reinado de D. João VI foi colocada por detrás

do escudo uma esferaarmilar de ouro em campo azul, simbolizando o reinodo Brasil, e sobre ela figurava uma coroa realfechada. Após a morte do Rei a esfera armilar foiretirada das armas, remetendo-se o símbolo real àexpressão anterior,em que algumas das versões usaram um escudoelíptico, com o eixo maior na vertical.

D. Maria II (1834-1853), Regência (1853-1855), D. Pedro V (1855-1861),D. Luís (1861-1889), D. Carlos (1889-1908), D. Manuel II (1908-1910)O decreto da Regência em nome de D. Maria II, de18 de Outubro de 1830, determinou que a BandeiraNacional passasse a ser bipartida verticalmente embranco e azul, ficando o azul junto da haste e asArmas Reais colocadas no centro, assentandometade sobre cada uma das cores.

Após a instauração do regime republicano, um decreto daAssembleia Nacional constituinte datado de 19 de Junho de1911

Publicado no Diário do Go-verno nº141, do mesmo ano, apro-vou a Bandeira Nacional quesubstituiu a Bandeira da Monar-quia Constitucional. Este decretoteve a sua regulamentação ade-quada, publicada no diário doGoverno n.º 150 (decreto de 30 deJunho).

A Bandeira Nacional é bipartida verticalmente em duas coresfundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do ladoda tralha. Ao centro, e sobreposto à união das cores, tem o escudodas armas nacionais, orlado de branco e assentado sobre a esferaarmilar manuelina, em amarelo e avivada de negro.O comprimento da bandeira é de vez e meia a altura da tralha. Adivisória entre as duas cores fundamentais deve ser feita de modoque fiquem dois quintos do comprimento total ocupados pelo verdee os três quintos restantes pelo vermelho. O emblema central ocupametade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas supe-rior e inferior.

Foto da semana

Rosa pires nomeada no concelho das Montrealenses e para apróxima edição vamos apresentar-vos esta jovem da comu-nidade.

AnedotasUma loira estava com problemas financeiros, então resolveu

sequestrar uma criança e pedir um resgate por ela. Ela foi a umparque local e agarrou um pequeno garoto, levou-o para detrásde uma árvore e escreveu um bilhete:

Eu raptei o seu filho. Deixe 1.000.000$ num saco vermelhoatrás do grande carvalho do parque amanhã às 7 da manhã.Ass. A Loira.

Ela dobrou o bilhete, colocou-o na blusão do garoto emandou-o ir directo para casa, entregar o bilhete a mãe. Namanhã seguinte ela voltou ao parque para encontrar o dinheirono saco vermelho atrás da grande arvore, exactamente comoela havia requisitado.

Porém, além do dinheiro ainda estava dentro do saco umbilhete dizendo:

Aqui está o seu dinheiro. Mas eu ainda não posso acreditarque uma loira possa fazer isso com outra loira...

Três raparigas (uma loira e duas morenas) estão a conversaracerca do que fazem ao fim do dia para provar que o dia lhestinha corrido bem:

1 - Morena 1: Quando tiro os sapatos em casa e atiro-os e elesficam direitinhos quer dizer que o dia me correu bem!

2 - Morena 2: Eu quando tiro o meu chapéu e atiro-o para obengaleiro e ele cai direitinho é porque me correu bem o dia!

3 - Loira: Eu cá quando tiro as cuecas e as atiro e estas ficamcoladas ao tecto é porque o dia me correu bem!

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A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 9

Tecnologia

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Um site web bem especial para apoiar o ensino e a aprendizagemda língua e cultura Lusófonas em Montreal. O site web está muitobem construida com mensagens e fotos de alguns colaboradoresdo site web. Bravo!

Uma teia especial paraa nossa comunidade

Vírus chegam aos telemóveisO worm Cabir, que ataca

telemóveis com tecnologiaBluetooth, está a espalhar-seem Singapura. A informação foidivulgada pela F-Secure, combase em relatórios recebidos. Aempresa também cita outrosrelatórios, não confirmados,indicando a presença do wormnas Filipinas, há pouco mais deum mês.

“É mais do que provável queo Cabir encontre uma forma dechegar também a outros con-tinentes. Basta que alguémviage com um telemóvel infec-tado no seu bolso”, escreveu oexecutivo Mikko Hypponen noblog da F-Secure.

Detectado em Junho de2004, o Cabir foi considerado oprimeiro worm verdadeiro ainfectar telemóveis, como os dasérie 60 da Nokia, com o siste-ma operativo aberto Symbian.A praga também transfere-separa outros equipamentos, nãosó telemóveis, que usem atecnologia Bluetooth. Estatecnologia permite a conexãodirecta e sem fios entre equi-pamentos dentro de um deter-minado raio de alcance (me-dido em metros).

Para que ocorra a contamina-ção é necessária a interacçãodo utilizador, que precisa acei-tar o recebimento do arquivomalicioso e instalá-lo. Para con-vencer a vítima, o worm finge

ser um arquivo do sistema desegurança do telemóvel, cha-mado Caribe. Quando acti-vado, exibe uma mensagem ese copia para uma pasta ocultado sistema, evitando, assim,que seja eliminado, caso o utili-zador o apague da pasta de“aplicativos”.

O worm não causa danosalém do consumo excessivo debaterias ao procurar por outrosaparelhos Bluetooth. O anún-cio da F-Secure a respeito dosataques em Singapura foi feitoao mesmo tempo em que espe-cialistas de segurança reu-nidos em Kuala Lumpur, capi-tal da Malásia, alertaram paraos perigos relacionados a bre-chas de segurança em tele-móveis das novas gerações.

Durante a conferência inter-nacional “The Hack in theBox”, que teve como tema prin-cipal a segurança em com-putadores, foi anunciada umafalha encontrada no programaJava 2 Micro Edition (J2ME),presente nos recentes modelosde aparelhos móveis.

De acordo com a agência denotícias BBC, foram desco-bertos novas possibilidades deataques, que permitem a ter-ceiros assumir o controle remo-to do telefone e possível acessoà lista de contactos ou à conver-sa do utilizador.

Indústria britânica começaa processar internautas

A Indústria Fonográfica Britânica (BPI, na sigla em inglês)vai processar 28 pessoas acusadas de trocar arquivos demúsica pela internet ilegalmente.

A BPI diz ter como alvos“grandes uploaders” – aquelesque colocam arquivos de mú-sica “online” e os tornam dispo-níveis para compartilhamentogratuito com outros internau-tas. O compartilhamento de ar-quivos de música na internet é

apontado como a principal cau-sa da queda na venda de CDsem todo o mundo. Além da Grã-Bretanha, França, Áustria,Alemanha, Dinamarca e Itáliatambém devem começar alevar à Justiça os internautassuspeitos.

‘Sustento’A decisão dos países euro-

peus ocorre meses depois que aAssociação da Indústria Fono-gráfica Americana (RIAA, nasigla em inglês) começou a

Uma voz e um estilo único

Alma Juvenil

processar utilizadores de inter-net pelo mesmo crime. Mais de5,7 mil pessoas já tiveram deenfrentar acções legais nosEstados Unidos desde então,muitos dos casos foram levadosaos tribunais. Agora 459 sus-peitos estão a ser processadosna Europa. Os sites mais usadospara o compartilhamento demúsica na internet são Kazaa,Grokster, Imesh, Bearshare eWinMX.

Desde Março, a BPI já envioumais de 350 mil mensagenspara internautas avisando queesses sites estavam a ser obser-vados. “Essas pessoas estão acolocar músicas na internet emlarga escala, roubando de factoo sustento de milhares de artis-tas e das pessoas que investemneles”, disse Peter Jamieson,director da BPI. O órgão acre-dita que cerca de 15% dos inter-nautas são responsáveis por75% do download ilegal de mú-sica. Apesar disso, a indústriafonográfica britânica mostraque a venda de CDs e singlesno país está a recuperar, apósanos de declínio.

Regresso às aulas com um PCO tempo de praia já se foi e as

aulas voltaram. É agora alturade compras e os livros, canetase cadernos ocupam a prioridadena lista, embora o computadore respectivos periféricos come-cem a pesar cada vez mais noinvestimento familiar. Saibacomo escolher os melhoresequipamentos e acessórios.

A par dos restantes materiaisescolares, o computador, e seusperiféricos, estão a ganhar cadavez mais importância na activi-dade escolar. Os professorescomeçam desde cedo a incen-tivar a pesquisa de informaçãona Internet e a aquisição decompetências na área de infor-mática e a nível do ensino se-cundário e superior raros são osque aceitam trabalhos escritosà mão em detrimento dos reali-zados num PC.

Passo 1: O ComputadorSe for estritamente para uso

escolar, não é necessário um“grande maquinão”, dadoprincipalmente serão utilizadoso processador de texto, a Inter-net e os editores de imagem.Mas, já que vai comprar umcomputador, pode optar porinvestir um pouco mais e teruma máquina que o ajude i-gualmente a ocupar os temposlivres.

-Opção Multimédia - O quemuitos revendedores e fabri-cantes de computadores estãoa fazer actualmente é reduzir opreço dos computadores utili-zando “motherboards” que in-cluem placa gráfica e placa desom “on-board” (ou seja, embu-tidas na própria “mother-board”). Apesar de não ser asolução mais aconselhável paraum excelente desempenhomultimédia, é sem dúvida amelhor opção se não pretendegastar muito dinheiro.

Partindo do princípio que ocomputador vai ser maiorita-riamente utilizado para traba-lhos escolares, vamos optar poresta solução. Se mais tardequiser jogar alguns jogos maisexigentes em termos gráficos,pode optar por comprar umaplaca gráfica e usá-la em vez daplaca on-board.

-Marcas brancas - A escolhapelas marcas brancas – compu-tadores que são montados pelospróprios revendedores compeças fornecidas por váriosfabricantes, normalmente asiá-

ticos –, é também uma soluçãoa considerar dado não ter de“pagar a marca”, o que reduzsignificativamente o preço docomputador.

Depois de algumas pesquisaspor computadores abaixo dos500 euros, deparámo-nos comexemplos claros do que podeser utilizado para trabalhosescolares e, ocasionalmente,para jogar. Neste caso, por 499euros, poderia adquirir umcomputador com um proces-sador Intel Celeron a 2,4GHz,com 256MB de memória, umdisco rígido de 40 GB, um gra-vador de CDs incorporado eum monitor de 17 polegadas.

Para melhorar o desempenhodo computador poderia com-prar mais uma placa de memó-ria de 256 MB de forma a au-mentar a performance do seucomputador, o que custa cercade 50 euros, e no final estáservido com um bom compu-tador com apenas 550 euros.Para a instalação da memórianão são precisos grandes co-nhecimentos técnicos, bastan-do abrir a caixa do seu compu-tador, procurar a outra memó-ria, e colocar a nova no slot queestá ao lado.

-Desvantagens evidentesLeitor de DVD - Um dos pontosfracos da máquina que reco-mendámos é o facto de ter umgravador de CDs em vez de terum “bundle” de leitor de DVDcom gravador de CDs ou umgravador de DVDs. O gravadorde CDs não reconhece osDVDs, como tal, não pode lerDVDs no seu computador,quer sejam filmes, jogos ou pro-gramas. No caso de possuir jáoutro PC mais avançado emcasa, ou um leitor de DVDs desala esta poderá não ser umagrande desvantagem, masterá de ser considerada comcuidado.

Modem - A configuração docomputador que apresentámosnão inclui também modem.Como tal, se pretende ter Inter-net terá de comprá-lo à parte. Opreço médio dos modems ana-lógicos é de 35 euros e a suainstalação é tão simples como ade uma memória. Apenas temde abrir o computador, inseriro modem numa qualquer slotdisponível e correr as drivers,se tal for necessário.

Os estudantes estão zangadosMiguel Felix

A 30 Março 2004, o ministro das Finanças, Yves Séguin,anunciou a diminuição de 63 milhões dólares das bolsas para osestudantes dos cursos post-secundários. O governo do Quebequedecretou esta diminuição das bolsas para respeitar a promessa dacontinuação do gelo dos custos de escolaridade. Esta diminuiçãodas bolsas representa um aumento dos empréstimos aos mesmosestudantes.

No Quebeque existe um sistema de empréstimo e de bolsas, queajuda os estudantes à continuar a estudar, mesmo se eles não têmos necessários meios financeiros. A nossa província é a maisgenerosa do Canadá na ajuda financeira aos estudantes. O seufuncionamento é o seguinte, o Ministério da educação estabeleceum empréstimo máximo para os estudantes de um nívelacadémico, e a diferença é dada pelas bolsas.

O problema com o aumento do empréstimo é que ele afecta osestudantes menos favorecidos, obrigando ao estabelecimentoduma dívida importante. A mudança na política de ajudafinanceira aos estudantes está a criar um sentimento dedesigualdade entre os estudantes mais favorecidos e os maispobres. Muitas pessoas estão a pôr em causa a ideia da continuaçãodos estudos, para não naufragar com as dívidas.

Quinta-feira, 14 Outubro, vai haver uma manifestação deestudantes em frente do Parlamento, para pedir ao governo derecuar no seu projecto já estabelecido. Actualmente os estudantesestão preocupados com o futuro, porque a sociedade esquece aimportância dos estudos numa vida profissional. Muitos dirão, queo governo tem razão e que estudantes são comunistas, masestudar é um direito e todos devem ter a oportunidade do fazer.

Empréstimo e dívidasEmpréstimo máximo 2003 à 2004:Formação profissional de 2310 $ à 3250 $Colégio de 2120 $ à 3150 $ / 1030 $Universidade, 1er ciclo de 2680 $ à 4630 $Universidade, 2e ciclo de 3720 $ à 5670 $Universidade, 3e ciclo de 3740 $ à 5690 $Média das dívidas 2003 à 2004

Silvia Tavares Moniz é umajovem fadista que se afirma nomeio artístico e comunitário deMontreal, nascida em Hull, noOutaouais, há 22 anos, filha depais açorianos de S.Miguel.

Foi portanto em Hull quequando estudante se aper-cebeu do seu interesse e capa-cidade para o canto, durante ocurso secundário, altura emque era necessário escolheruma especialidade. Com aque-le ar natural e jovial que lheconhecemos disse-nos :”Foi lá,então que realizei que cantavabem e tomei-lhe o gosto. Sempreque canto, as horas passam semme dar conta do tempo. O Fadochegou um pouco mais tarde.Em 2002. Porém estava em mimdesde a pequena infância e sem-pre me marcou. Cada vez queem minha casa havia uma festaonde se cantava o Fado, eu saíada cama para espiar pelas frestasdas portas para ouvir.”

Silvia gosta de todos os estilosde música. Fado, naturalmen-te, mas também jazz, clássica,reaggae, mas, considera que éimportante que as palavras dospoemas tenham sentido e quea música a impressione, lheagrade. Quando mais jovem,em Hull, participou em váriasfestas realizadas nos CentrosComunitários Nossa Senhorade Fátima e no Amigos Unidosde Hull, como elemento decoros e danças folclóricas. Nasua cidade natal frequentoucom muito gosto a Escola Por-tuguesa, onde se sentia bem eobteve boas classificações,qualidades postas à prova quan-do durante a ausência de umprofessor foi nomeada profes-sora suplente, devido às suasboas capacidades na Língua dasua origem. Ao mesmo tempo,completou um Dec em artesplásticas. Desde a sua chegadaa Montreal pretendia apenasdedicar-se à música, todavia, asua “petite voix” ditou-lhe ocaminho a seguir: o Fado. Nes-te campo da canção nacional, a

sua preferência artística vaipara Amália Rodrigues e Tere-sa de Noronha. Gosta tambémde Carlos do Carmo, um estilo“mais antigo, raro e procurado”.

As suas canções preferidassão o Barco Negro, You’l be so

mise to come home to, jazz, Flyme to the moon. Tem actuadoem muitos locais da comunida-de portuguesa de Montreal,sempre e em cada vez, comrenovado prazer. Para ela can-tar “é partilhar e exprimir osmeus sentimentos profundos ».

Mesmo se está ainda nosprincípios duma carreira queconsideramos prometedora,Silvia diz adorar o Fado e igual-mente sentir a presença dopúblico à sua volta.

Benfiquista porque o pai é um“fanático” do Benfica, Silvia ficabem em qualquer parte e opúblico gosta também, e muito,ouvi-la e sentir com ela a nevral-gia do Fado.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 1 0

Vária

Filarmónica P. de Montréal: Jantar dos músicos

A “música” esteve lá e…alguns músicos!

A Filarmónica Portuguesa deMontréal (FPM), presente-mente em transição directiva,realizou na sua sede, sábadotransacto, o chamado “jantardos músicos”.

Com baile abrilhantado peladiscoteca da casa, e passadamais uma temporada de inten-sa actividade na animação dasnossas festas de Verão e não só,foi, tem sido uma forma simples,mas sincera, de agradecer aosmúsicos toda a sua dedicadacolaboração ao longo do ano.

Para tal, José de Freitas,Norberto Tavares e João An-drade, actuais dirigentes, asesposas e outros/as colabo-radores/as, prepararam todosos ingredientes para que sepassasse uma noite agradável,de confraternização entre di-recção, músicos, amigos e fa-miliares.

E passou-se!O ambiente esteve à altura da

ocasião, pelo menos na ani-mação geral, no bom repasto,complementado por um exce-lente gesto de saudação e deboas-vindas, expresso na formado vinho licoroso (abafado),com mais de 30 anos, distri-buido a todos os presentes,numa graciosidade do sr. Paiva,que várias vezes havia ofere-cido e arrematado essa garrafadurante inúmeras festas emque participara ao longo dosanos.

Não obstante, e conformenos confessou o Messias Tei-

xeira, pena foi que não tivessemcomparecido mais músicos aesta que foi a sua festa.

Mas, enfim, a Direcção cum-priu a sua obrigação. E, quemdá o que tem, a mais não éobrigado.

Numa outra actividade quemuito interesse tem suscitadoao longo dos anos, esta filar-mónica estava agendada paraacompanhar a homenagem aNossa Senhora de Fátima, nasegunda-feira, Dia de Acção deGraças, no Cemitério Notre-Dame-des-Neiges, numa orga-nização de Manuel de Melo, deLaval.

EleiçõesComo tem sido largamente

anunciado, a FPM volta a cha-mar a atenção dos seus asso-ciados para o acto eleitoral quedecorrerá na sua sede, do-mingo, 17 do corrente, pelas14H00, para os novos corposdirectivos.

Para os que desconhecem talfacto, Balbino Sá, presidentecessante, viu-se obrigado ademitir-se, por motivos de saú-de, desse cargo ao qual deu omelhor de si.

É, pois, com muito pesar queo vemos afastar-se da vida insti-tucional desta prestigiada filar-mónica, desejando as maioresfelicidades aos próximos diri-gentes a sair das eleições dedomingo.

Texto e fotos de António Vallacorba

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 1 1

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 1 2

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 1 3

CARNEIRO (21 de MarÁo - 19 de Abril)Carta da Semana: 6 de Ouros, que significa Generosidade.Amor: … uma pessoa muito generosa e vai ser recompensadapor tal.Saúde: Consulte um nutricionista.Dinheiro: Sorte ao jogo e aos negÛcios.

Número da Sorte: 70Números da Semana: 11, 25, 26, 38, 44, 49

TOURO (20 de Abril - 20 de Maio)Carta da Semana: Rainha de Espadas, que significa Melan-colia, SeparaÁ„o.Amor: Poder· enfrentar alguns perÌodos de melancolia edes‚nimo perante a vida.Saúde: Adopte uma postura mais optimista perante a vida.

Dinheiro: Manter· ao longo desta semana um excelente desempenhoprofissional.Número da Sorte: 63Números da Semana: 1, 5, 17, 22, 36, 40

GÉMEOS (21 de Maio - 22 de Junho)Carta da Semana: 6 de Espadas, que significa ViagemInesperada.Amor: PerÌodo de grande cumplicidade entre si e a pessoaamada.Saúde: Evite tomar mais que um cafÈ por dia.

Dinheiro: Poder· vir a fazer uma viagem que lhe abrir· novos horizontes.Número da Sorte: 56Números da Semana: 9, 11, 22, 36, 44, 47

CARNAGUEJO (23 de Junho - 23 de Julho)Carta da Semana: Valete de Copas, que significa Lealdade,Reflex„o.Amor: Uma pessoa muito dedicada cruzar· o seu caminhoe demonstrar-lhe-· o verdadeiro sentido do amor.Saúde: PerÌodo marcado por um grande desgaste mental.

Dinheiro: PrudÍncia. A vida n„o est· f·cil para ninguÈm.Número da Sorte: 47Números da Semana: 2, 29, 31, 36, 44, 49

LEÃO (23 de Julho - 22 de Agosto)Carta da Semana: O Diabo, que significa EnergiasNegativas.Amor: Aproveite os momentos que tem para estar a sÛ coma pessoa amada.Saúde: FaÁa corridas matinais para comeÁar bem o dia.

Dinheiro: PerÌodo muito desfavor·vel a nÌvel econÛmico. Aguarde pormelhores dias.Número da Sorte: 15Números da Semana: 9, 17, 19, 25, 33, 39

VIRGEM (23 de Agosto - 22 de Setembro)Carta da Semana: A TemperanÁa, que significa EquilÌbrio.Amor: Manter· uma relaÁ„o harmoniosa se aprender a darmais de si.Saúde: Nada de grave se prevÍ, contudo n„o descuide asvisitas regulares ao mÈdico.

Dinheiro: Forte tendÍncia para gastar um pouco mais alÈm das suasposses.Número da Sorte: 14Números da Semana: 8, 11, 29, 36, 44, 49

BALANÇA (23 de Setembro - 22 de Outubro)Carta da Semana: O Imperador, que significaConcretizaÁ„o.Amor: Controle o seu feitio e modere as suas crises deci˙mes.Saúde: Visite com maior regularidade o seu mÈdico dent·rio.

Dinheiro: Semana propÌcia para demonstrar a sua competÍncia.Número da Sorte: 4Números da Semana: 3, 6, 19, 35, 47, 48

ESCORPIÃO (23 de Outubro - 21 de Novembro)Carta da Semana: A Lua, que significa Falsas Ilusıes.Amor: Sentimento de insatisfaÁ„o o obrigar· a tomar umaposiÁ„o.Saúde: Evite comidas pesadas. Opte por refeiÁıes ligeiras.Dinheiro: Controle os gastos. Número da Sorte: 18

Números da Semana: 2, 11, 19, 26, 29, 34

SAGITÁRIO (22 de Novembro - 21 de Dezembro)Carta da Semana: 2 de Paus, que significa Perda deOportunidades.Amor: Passeie mais com a sua famÌlia.Saúde: Poder· sentir-se mais ansioso que o normal.Dinheiro: Perder· uma boa oportunidade de progredir na sua

carreira. Número da Sorte: 24Números da Semana: 4, 10, 15, 22, 29, 36

CAPRICÓRNIO (22 de Dezembro - 19 de Janeiro)Carta da Semana: A Estrela, que significa ProtecÁ„o, Luz.Amor: Exteriorize os seus sentimentos.Saúde: As dores musculares poder„o dar-lhe uma sensaÁ„ode mal-estar.Dinheiro: Invista mais na educaÁ„o dos seus filhos.

Número da Sorte: 17Números da Semana: 1, 4, 17, 21, 29, 33.

AQUÁRIO (20 de Janeiro - 18 de Fevereiro)Carta da Semana: 10 de Espadas, que significa Dor,Depress„o, Escurid„o.Amor: Passar· por momentos de grande sofrimento a nÌvelsentimental.Saúde: Os problemas pessoais reflectir-se-„o negativamente

na sua sa˙de.Dinheiro: N„o entre em confronto com os seus superiores.Número da Sorte: 60Números da Semana: 9, 26, 28, 31, 39, 47

PEIXES (19 de Fevereiro - 20 de MarÁo)Carta da Semana: 5 de Ouros, que significa Perda/ Falha.Amor: Desfrute mais da companhia dos seus familiares.Saúde: Cuide da sua pele.Dinheiro: N„o seja t„o rÌgido consigo prÛprio. H· gastos ques„o inevit·veis. Número da Sorte: 69

Números da Semana: 8, 12, 19, 25, 33, 44.

Dra. Maria Helena Martins

Horóscopo SemanalDESCUBRA QUANDO LHE MENTEM:10 SINAIS QUE PRECISA SABER

De acordo com Sheri e BobStritof, autores do livro “YourGuide to Marriage” há pistasverbais e não verbais que todosrevelamos quando contamosuma mentira. Os autores vãomais longe e afirmam mesmo quesão raras as pessoas capazes dementir sem revelar sinais.

Quer seja o chefe, esposa oucriança, é possível determinar sea pessoa com quem se fala, está a

mentir, desde que se sigam cuidadosamente as pistas.10 sinais para saber se lhe estão a mentir:

Ahh, o beijo... Quem ainda não experi-mentou morre de vontade de saber comoé que é. Quer uma dica? Beijar é mesmomuuuito bom!!!

Se você ainda não experimentou porquefica pensando “eu não sei beijar” desen-cana! Pensando assim você não vai come-çar nunca. Beijar só se aprende beijandoe ponto final.

Aqui você vai encontrar algumas dicas,mas lembre-se que cada pessoa beija deum jeito e cada beijo tem

o seu encanto especial. Você não precisa seguiras dicas como segue uma receita de bolo, omelhor mesmo é se entregar e deixar que os seussentimentos tomem conta deste momento tãoespecial.

Alguns tipos de beijo:Beijo de tia: aquele em que só as bochechas se encostame a boca beija o nada.Beijo francês: Os amantes colam os lábios nas bochechasum do outro e fazem um movimento circular com a língua.Beijo chinês: cola-se os lábios e o nariz na bochecha doparceiro , aspira-se o seu perfume e em seguida estala-se aboca num beijo sonoro.Beijo japonês: dado pelo homem na nuca da gueixa.Beijo italiano: O famoso beijo de língua.

Algumas dicas para quem ainda não experi-mentou:

Quando beijar, abandone-se totalmente àemoção. Você só vai conseguir curtir essemomento se se entregar de fato, por isso beije

sem se preocupar se o outro está gostando, se você está se saindobem e outras encanações desse tipo.

Se não souber o que fazer na hora, fique calma(o). É só abrir a boca devagar e imitar o que ooutro está fazendo.

O melhor exercício é explorar a boca do outro,bem devagar com a língua. Com certeza, elegostará da idéia e fará o mesmo.

Se você é tímida (o), tente criar um clima bem romântico nahora do beijo, sem muitos espectadores por perto.

Só beije quando você realmente sentir vontade, beijar só por quea turma toda está gritando : beija! beija! beija! não tem graça

nenhuma. Lembre-se que você não tem queprovar nada pra ninguém.

Na hora de beijar, procure aspirar o odor dorosto do seu (sua) parceiro(a), isso interfere naquímica do beijo, deixando-o ainda mais gostoso.

Tente fazer com que seus primeiros beijos aconteçam comalguém de quem você realmente goste, se sinta atraída (o) oualguém que você já esteja paquerando a algum tempo.

Seja o mais natural possível.Se o seu (sua) parceiro (a) é mais experiente,

deixe que ele tome a iniciativa, acompanhe-oapenas.

Se você não gostou do primeiro beijo, não desanime. Esse é umconhecimento que você só domina com a prática. Afinal, o jeitomais eficaz de aprender a beijar é??? Beijando muito!!!

O beijo como uma declaração de amor...Um beijo na mão = te adora.Um beijo na bochecha = somente quer ser seu(a) amigo(a).Um beijo no pescoço = te quer.Um beijo nos lábios = te ama.Um beijo na orelha = está apenas brincando.Um beijo em qualquer outro lugar = não se deixe levar muito

longe.Um beijo passando a mão em seus cabelos = não pode viver sem

você.Um beijo com as mão na sua cintura = te ama demais para te

deixar ir.Os inimigos do bom beijo

Desentupidor(a) de pia: aquela pessoa quequer engolir a boca do outro na hora do beijo;

Boca de siri: aquela pessoa que não abre aboca de jeito nenhum;

Meio quilo de batom ;Mau hálito, eca!;

Gosto de cigarro;Olhos arregalados.Dieta da boa!

Segundo estudiosos, quando a gente beija,nada menos do que 29 músculos faciais semovimentam, fazendo um trabalho extra e ocoração, que normalmente dá de 60 a 80 batidaspor minuto, acelera para 150 batidas por

minuto. Além disso, um beijo daqueles quentes, que dure 10segundos, é capaz de queimar até 12 calorias.

Beijinhos

Os mandamentos do beijo1. Você não deve apertar muito forte;2. Você não deve pedir por um beijo, simplesmente dê um;3. Você deve beijar a toda oportunidade.

Amar é uma decisão...O sábio recebeu a visita do homem que dizia já não amar a sua

esposa, e que pensava separar-se.O sábio ouviu...Olhou-o nos olhos, disse apenas uma palavra, e calou-se:

- Ame-a.- Mas eu já disse: Não sinto nada por ela !- Ame-a! - disse novamente o sábio.E percebendo o desconforto do homem, depois de um breve

silêncio, o Sábio explicou:- Amar é uma decisão, não um sentimento; amar é dedicação e

entrega. Amar é um verbo e o fruto dessa acção é o amor.

- O amor é um exercício de jardinagem: arranque o que faz mal,prepare o terreno, semeie, seja paciente, regue e cuide.

- Esteja preparado porque haverá pragas, secas ou excesso dechuvas mas nem por isso abandone o seu jardim. Ame o seu par,ou seja, aceite-o, valorize-o, respeite-o, dê-lhe afecto e ternura,admire-o e compreenda-o. Isso é tudo. Ame!”

A inteligência sem amor, faz-te perverso.A justiça sem amor, faz-te implacável.A diplomacia sem amor, faz-te hipócrita.O êxito sem amor, faz-te arrogante.A riqueza sem amor, faz-te avaro.A docilidade sem amor faz-te servil.A pobreza sem amor, faz-te orgulhoso.A beleza sem amor, faz-te ridículo.A autoridade sem amor, faz-te tirano.O trabalho sem amor, faz-te escravo.A simplicidade sem amor, deprecia-te.A oração sem amor, faz-te introvertido.A lei sem amor, escraviza-te.A política sem amor, deixa-te egoísta.A fé sem amor deixa-te fanático.A cruz sem amor converte-se em tortura.A vida sem amor... ...não tem sentido.

Deve ser bom sentir-se amada...Deve ser bom sentir-se amada.Amada profunda e sinceramente.Poder caminhar juntos, rumo a um mesmo alvo. Ter os mesmos

anseios, cada um a seu modo...Deve ser maravilhoso pensar juntos, rir juntos...Poder observar um pôr-de-sol sentados à beira de um riacho...Colher flores campestres... Enfeitar a sacada da janela do quarto

com elas...Deve ser belo!Sentir-se protegida, querida.Amar sem barreiras.Um amor que nos desse prazer constantemente.Não importando os maus momentos, porque, afinal, quem não

os tem?Procurar resolver os problemas juntos, dissipar as dúvidas

através de um diálogo franco...Poder confiar numa pessoa diferente da gente...Poder ser felizes juntos!

Vária

1- Coçar o nariz.2- Brincar com o cabelo.3- Dizer “não” várias vezes.4- Negar acusações permanentemente.5- Ser-se extremamente defensivo.6- justificar-se mais do que o necessário.7- Estar hesitante.8- Colocar uma barreira, como por exemplo uma cadeira na frente.9- As expressões faciais não coincedem como que se diz10- Evitar o contacto visual, desviar os olhos para a

direita.

Os autores avisam no entanto que estes e outros sinais devemser lidos com muito cuidado pois alguns revelam-se tambémquando a pessoa está apenas nervosa...

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 1 4

ConfessionárioAs «Pausas Café» é o que mais lhe agrada no seu trabalho é o

“Totó do programa de rádio “Portugalíssimo”.

José de Sousa

VP- Como se define a sipróprio?

Em segunda mão, mas emmuito bom estado.

VP- Qual a sua melhorvirtude?

Ser mentiroso.VP- E o seu pior defeito?Dizer a verdade as vezes.VP- Qual a sua melhor

recordação de infância?

Já lá vão tantos anos que nãome lembro.

VP- Se voltasse atrás, o quepreferia não repetir?

Ter casado.VP- Quando criança, que

profissão sonhava vir a ter?Reformado.VP- O que significa para si

a vida?É mais curta que comprida.VP- Em que época histórica

gostaria de ter vivido e por-quê?

Na época de Noé. Para poderconviver com aquela anima-lada toda.

VP- Qual é o melhor sítiodo mundo?

Se eu soubesse não estavaaqui.

VP- E o pior?Deve ser esse que você está a

pensar.VP- O que é viver imi-

grado?Deve ser duro.

VP- Qual a viagem maisagradável que fez?

Quando fui a Mirabel, levar aminha sogra que regressava aPortugal.

VP- Quais as caracterís-ticas que mais admira nosexo oposto?

A boca… Quando está fe-chada.

VP- O que mais o incomoda

nos outros?A presença deles.VP- Como costuma ocupar

os tempos livres?A dormir.VP- O que mais lhe agrada

no seu trabalho?As Pausas café.VP- E o que mais lhe desa-

grada?Quando elas terminam.VP- Em que é que mais

gosta de gastar dinheiro?Não tenho infelizmente.VP- Qual o seu prato prefe-

rido?Franga ao natural.VP- Qual a sua canção

preferida?A que eu vou cantar na nossa

festa (30-10-2004)VP- Qual o melhor livro

que leu.Tio PatinhasVP- Qual o melhor filme

que viu.Os 3 porquinhos.

Vida de casados (continuação)Como sobreviver ao naufrágio?

Manuel Louro

A experiência ensina

1-Mudar de casaConstruir um ninho de amor

completamente novo, longedas recordações e dos hábitosdo passado evitará que a mu-lher procure, por automatismo,as meias sujas e malcheirosasque o ex tinha por hábito dedeixar à porta da casa de ba-nho, ou ainda de reviver aqueleabraço tórrido, igual ao destanoite, que se deram, ali nomesmo sofá, à luz apenas reflec-tida do espelho...

O que para um é fácil – viverno calor dos “lençóis” do outro“amoroso”, para o outro podeser muito mais difícil e humi-lhante. É certo que nem umnem outro estão lá para fazeresquecer os exs; estão sim paraser felizes e criar entre si umnova cumplicidade.

2-Comunicarem o quesentem

Depois da separação, quan-do foram depostas e analisadastodas as causas do divórcio,queixavam-se que o diálogo erainexistente entre os dois, que jánão tinham nada a dizer um aooutro, e que nunca eram capa-zes de se compreender – era osilêncio hostil...

Ora, como o ser humano é,por natureza, um ser de comu-nicação, quando ela acaba ou é

impossível, a vida é um desertoinfernal.

A lição do passado foi longa eespinhosa; foi a experiência dedois soldados que voltaramferidos da guerra! Agora é otempo de comunicarem umcom o outro, com verdade esinceridade, de explicarem oque ressentem, de exprimiremos desejos e esperanças, detodas as maneiras possíveis,para estarem seguros de que a“mensagem” de cada um passaa cem por cento.

3-Muitas vezes as crisescomeçam por quiproquósinsignificantes e terminamno lavadouro público

Por exemplo: se a mulher temgosto de comer num peque-nino restaurante italiano ondeambos se encontraram pelaprimeira vez, que o diga clara-mente, em vez de esboçar ape-nas o desejo – “ e se comês-semos uma pizza à noite aojantar?”...

Se o novo cônjuge se con-tenta de trazer uma pizza quan-do volta do trabalho, a mulherrisca de ficar decepcionada,embora ele quisesse dar-lhe umgrande prazer, com a belasurpresa...

4- Sobre a vida passada,confiar o essencial.

A mentira mata e destrui; averdade constrói e pacifica.

Confiar-se em tudo no quediga respeito ao essencial daverdade de cada um, sem omis-sões duvidosas ou engana-doras, para que cada um possater a imagem clara e justa dooutro, constitui o meio maiseficaz para poderem compreen-der as futuras reacções mú-tuas.

5- CompreensãoÉ aconselhável não entrarem

em pormenores escabrosos,mesmo se por vezes, confessartudo, é a melhor forma de con-fiança é a melhor forma deconfiança. Certos pormenores

não fazem mais do que ali-mentar curiosidades mórbidase doentias e é necessário consi-derar o pudor...de cada um.Não esquecer que, quando umhomem ama verdadeiramentea sua mulher e vice-versa, nãogosta de imaginar o/a cônjugenos braços de outra pessoa desexo o posto, principalmentedum rival sexual. Procurarem,ao contrário, compreender queisso não significa negar o passa-do, que não tem mais impor-tância, visto que se amam.

6- Tolerância, delicadeza erespeito

A tolerância consiste princi-palmente em deixar aos outrosa liberdade de exprimirem assuas opiniões e de viveremcoerentemente com elas. Osentimento da dignidade daspessoas exige a tolerância queconduz ao respeito. Dizia Mar-co-Aurélio:”Instrui os outros sepuderes e se não puderes, su-porta-os”. Cada pessoa possui asua autonomia que lhe permiterealizar a sua vocação e decidir,por si própria, a maneira devivê-la.

7-Sexualmente, estar-seaberto à novidade

Nenhum homem faz amorexactamente como o outro;nenhuma mulher tem o prazerigual a qualquer outra.

Se na vida de todos os dias secompreende que não é bomprocurar transformar alguémpara se parecer com este oucom aquele, do mesmo modonão se exija, na intimidade, o/aou o outro/a a agir segundo oshábitos pessoais de cada um.Nisto, como no resto, tambémse deve cortar com o passa-do....porque, como diz o nossopovo: ”Águas passadas nãomovem moinhos”.

Em sumaArrumar o passado e fazer

limpeza na vida e nos hábitos,como se faz no espaço vital emque se habita, de modo a que onovo AMOR se possa desen-volver e enriquecer, em basessãs e sólidas, desnudadas derecordações parasitas...

Viver é fácil; saber viver édifícil!

Vária

VP- Que notícia gostaria deencontrar amanhã no jornal?

O Tótó ganhou o 6/49.VP- Qual o seu personagem

imaginário preferido? Por-quê?

O diabo – Acho graça aoscornos dele.

VP- Se fosse invisível paraonde iria? Para ver e ouvir oquê?

Para um cemitério à noite.Para ouvir o silêncio

VP- Qual a personageminternacional que mais ad-mira e porquê?

O presidente dos EUA. Pela asua estupidez

VP- E qual a personalidadenacional e porquê?

O vinagre da Rádio Centre-Ville. É o único que me fazsempre rir quando ele abre àboca.

VP- O que pensa desteconfessionário?

Mais simples do que a minhamulher me faz quando chegoàs 3 da manhã

VP- Se fosse todo-pode-roso, qual a principal medidaque tomaria?

Pegava em si levava-o comi-go para fazer o mesmo génerode perguntas ao Bin Laden.

VP- Qual o provérbio emque mais acredita?

Rir é o melhor remédio.

Ao correr da penaJoviano Vaz

Estamos em pleno Outono.As folhas tornam-se amarelas ecaiem lentamente. É o anúncioque o Inverno está às nossasportas com o seu cenário de frioe de neve. É, portanto, o mo-mento de voltar a meditar sobretudo o que se passa entre nós.Meditar e sensibilizar é a final-idade desta crónica que escre-vo sempre com prazer e convic-ção. O sumário da crónica dehoje é o seguinte: Prolonga-mento do mandato da Gover-nadora Geral do Canada, Agenerosidade dos canadianos,Campanha contra a utilizaçãodos medicamentos, Congressodos adversários da pena demort, Novo aumento das tarifasde Hydro-Québec

Prolongamento do manda-to da Governadora Geral

O mandato da GovernadoraGeral do Canadá, AdrienneClarkson, foi prolongado até omês de Setembro de 2005.

Normalmente este mandatodeveria terminar a 7 de Outu-bro de 2004.

Foi o próprio Primeiro Minis-tro Paul Martin quem anun-ciou o prolongamento do man-dato.

Notemos que o facto se ba-

seia na situação actual do Go-verno que sendo minoritáriopode cair a qualquer momento.

E se tal suceder é preferívelter alguém como a Governa-dora Geral, que tem a experiên-cia de resolver uma eventualcrise governativa.

A generosidade dos cana-dianos

Segundo Estatística Canadá,os canadianos foram no últimoano muito generosos do seutempo e do seu dinheiro.

Os dons aos organismos semfins lucrativos, totalizaram maisde oito milhões de dólares. Poroutro lado, o trabalho de 19milhões de benévolos equivaleua mais de um milhão de em-pregos a tempo inteiro ou seja,dois milhões de horas.

Os 161 mil organismos semfins lucrativos cuja metade sesitua no Québec e no Ontário,contavam 139 milhões demembros em 2003.

Em média uma só pessoapode ser membro de váriosorganismos. Para quando oreconhecimento oficial dasautoridades desta realidade debeneficiência?

Campanha contra a utiliza-ção dos medicamentos

O Governo do Québec deci-diu lançar uma campanha res-peitante à boa utilização dosmedicamentos, convidando osquebequenses a esvaziarem assuas farmácias desembara-çando-se dos comprimidos cujoprazo de utilização esteja ultra-passado. Esta campanha vaidurar três anos e custará aotesouro público seis milhões dedólares.

A campanha em curso tem afinalidade de responsabilizar osquebequenses que são os cam-peões do consumo de medica-mentos no Canadá.

Para o Ministro da Saúde doQuébec, esta campanha é umade sensibilização e de pre-venção.

O consumo de medicamen-tos custa 84 milhões de dólarespor ano ao erário público.

As pessoas idosas são respon-sáveis de 50% deste consumo.

A campanha destina-se tam-bém aos médicos e aos farma-cêuticos.

Montreal recebe os adver-sários da pena de morte

Montreal foi a semana passa-da hóspede do segundo con-gresso mundial contra a penade morte.

Os organizadores (Todoscontra a pena de morte e Refor-ma Penal Internacional) tive-ram como finalidade reunir osabolicionistas do mundo intei-ro.

Do programa do Congressofaziam parte:

1)Testemunhos de antigoscondenados à morte, assimcomo os de famílias de vítimas.

2)Debates sobre a pena demorte e a justiça internacional

3)Vinte mesas redondas so-bre as estratégias abolicionis-tas, o direito internacional, areforma penal e os argumentospara convencer os partidáriosda pena capital.De uma ma-neira particular intervieramnos debates oradores que de-fendem a abolição da pena capi-tal nos Estados Unidos. O Con-gresso terminou sábado passa-do com uma manifestação nasruas de Montreal, para a mun-dialização dos direitos huma-nos e a abolição universal dapena de morte. O primeiroCongresso Mundial contra apena de morte teve lugar nacidade francesa de Estras-burgo em Junho de 2001. Foieste Congresso que deu lugarà criação da Coligação mundialcontra a pena de morte e ainstauração no dia 10 de Outu-bro de cada ano, de um diaMundial contra a pena da mor-te. Dois países sobretudo, foramdenunciados: os Estados Uni-dos e a China.

Novo aumento das tarifasda Hydro-Québec

A electricidade vai custarmais cara no próximo ano. Paraalém dos lucros fabulosos deperto de dois mil milhões dedólares em 2003, a Hydro-Qué-bec acaba de pedir à Direcçãode Energia a autorização paraaumentar pela terceira vez, assuas tarifas de electricidade.Destra vez a sociedade deEstado reclama um aumentode 2,7% a partir do dia 1 deAbril de 2005, o que vai tradu-zir-se por um aumento de trintadólares por ano. A União dosConsumidores considera queesta aumento não pode serjustificado. Aproveitemos todoso belo Outono que temos.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 1 5

Um nome de muitos

CCelina: latim: “filha do céu”. Variantes: Celínia. Masculino:Celino, Celínio.Celso: latim: “excelso, sublime”.César: latim: “de cabeleira longa, de cabelos compridos”.Chagas: português: “refere-se as cinco chagas de Cristo”.Chaves: português: “nome de uma cidade portuguesa, Chaves”.Cibele: grego: “a grande mãe dos deuses, filha da terra e do céu,mulher de Urano, mãe de Saturno”.Cíntia: grego, latim: “natural de Cinto, monte da ilha de Delos”.Um dos nomes da deusa Artêmis.Cirilo: grego: “de plena autoridade”.Clara: latim: “brilhante, luzente”.Clarice: francês: “claridade”. Variante: Clarisse.Cláudio: latim: “coxo”. Feminino: Cláudia, Claudine.Cleber: germânico: “taipeiro, padeiro”.Cleide: o mesmo que Gleide.Clélia: latim: “famosa, ilustrada, nobre”.Cléo: grego: “gloria, fama”.Cleusa: o mesmo que Creusa.Clóvis: germânico: guerreiro famoso”.Coimbra: celta: “castelo, fortaleza”.Conceição: latim: “concepção”.Consuelo: espanhol: “consolo, consolação”.Couto: português: “terra coutada, privilegiada, defesa”.Creusa: grego: “a dominadora, a soberana”.Crispim: latim: “o que tem cabelos crepos”.Cristiano: grego: “seguidor dos ensinamentos de Cristo, ungidodo Senhor”. Feminino: Cristiane, Cristina.Cristino: grego: “ungido do Senhor”.Cristo: grego: “o ungido, o consagrado”.Cubas: português: “vasilha, pipa”.

Continuação na próxima edição

Significados dos nomes

Cronologia da História da Família MedeirosPeríodo do possível surgi-

mento do Sobrenome Medei-ros em Portugal.

Alguns genealogistas preten-dem deduzir que o sobrenomeMedeiros venha do substantivomasculino medeiros, lugar emque se juntam medas (mon-tes), por exemplo: “Olhai sejuntais bem esses molhos, dia-bos de raparigas. Ide para aco-lá, para onde aqueles homensfazem os medeiros “, Teixeirade Queirós, Comédia do Cam-po, I, p.88.

Esta dedução não é muitoaceitável, pois não se explicariaque o sobrenome Medeirosseja precedido de preposição,indicativa de origem geográ-fica, isto é de povoações chama-das Medeiros. Assim cremosque De Medeiros signifiqueaquele que vem da povoação denome Medeiros.

O mais antigo que se conhe-ce com o sobrenome Medeirosé Rui Gonçalves de Medeiros,que viveu em Évora, e quetomou o partido de D. João I, oMestre de Avis, para junto como povo de Évora, expulsar doCastelo de Évora o alcaide,Álvaro Mendes de Oliveira, porser este partidário do rei deCastela e de sua mulher a rai-nha D. Brites. Rui Gonçalvesde Medeiros assumiu a alcai-daria-mor de Évora, depois dostumultos que envolveram estacidade no início da crise 1383-85.

A Familia Medeiros pareceser natural do lugar de Medei-ros, na freguesia de Vila Chã, noConcelho de Montalegre, dis-trito de Vila Real, província deTrás-os-Montes. Dista 5 km dasede do concelho, na estradaprincipal entre Chaves e Braga,16 km da fronteira com a Espa-nha, a beira das montanhasBarroso, a província é chamadaTrás-os-Montes, no extremonorte do continente Português.A freguesia compreende oslugares de: Castanheira, Firvi-das, Gralhos, Medeiros, Peire-zes, Penedones, São Vicente,Travassos de Chã e Trogueda.

Século XV Oriundos de Pon-te de Lima, um ramo de Me-deiros fixou-se no século XV, noAlgarve, e outro ramo, tambémoriundo de Ponte de Lima etambém no mesmo século,fixou-se na Ilha de São Miguel,nos Açores.

1420-1450 -James Guill lista onome de varios chefes de familiano arquipélago da Madeira,dentre os quais está listado RuiVaz de Medeiros. Rui Vaz deMedeiros, que viveu no tempodo capitão Rui Gonçalves deMedeiros, era natural de Pontede Lima, região de Guimarães,Portugal, fugiu da casa paternae foi primeiro para a Madeira,durante a primeira coloniza-ção, onde casou com D. Ana(ou Mecia) Gonçalves de Men-donça, uma filha de um nobrecidadão, chamado Jorge deMendonça. Teve sesmaria naTabua e deixou geração nestafreguesia Ponta do Sol e Fun-chal, com boas ligações desangue. Depois passou com suafamília aos Açores, tendo fixadoresidência na Ilha de São Mi-guel.

1474- Rui Vaz de Medeiros,que viveu no tempo do capitãoRui Gonçalves de Medeiros,era natural de Ponte de Lima,região de Guimarães, Portu-gal, fugiu da casa paterna e foiprimeiro para a Madeira, du-rante a primeira colonização,onde casou com D. Ana (ouMecia) Gonçalves de Men-donça, uma filha de um nobrecidadão, chamado Jorge deMendonça. Depois passoucom sua família aos Açores,tendo fixado residência na ilhade São Miguel, onde lhe foramdoadas muitas terras, de ses-maria, no termo da vila deLagoa. Chegou em São Miguelcom o terceiro Capitão Dona-tário de São Miguel, D. RuiGonçalves de Câmara.

Rui Vaz de Medeiros e suamulher Ana Gonçalves tiveramos seguintes filhos: Vasco deMedeiros, casado com Cata-rina de Ponte, filha de Fer-nando Rodrigues, dos nobres

da Lagoa; Rafael de Medeiros,casado com uma filha de Anto-nio Roiz Carneiro, governadorda ilha de Santa Maria; JoãoVaz de Medeiros, casado comIsabel de Frias; Jordão Vaz deMedeiros, casado em Vila Fran-ca com uma filha de FranciscoAfonso e Branca de Paiva; umfilho que faleceu solteiro; Bran-ca Dias de Medeiros que secasou com Diogo Afonso daCosta Cogombreiro, GuiomarRoiz de Medeiros, casada comLope Anes de Araujo; e Mariade Medeiros, que casou trêsvezes.

O filho de Rui Vaz de Me-deiros, chamado Vasco de Me-deiros, estabeleceu-se nesta

vila de Lagoa (ou vila de Ala-goa).

Muitos açorianos com o so-brenome Medeiros são des-cendentes deste Rui.

1552- Possíveis netos ou bis-netos de Rui Gonçalves deMedeiros: Francisco de Me-deiros, casado com HelenaBarros Pereira, foi secretário daCasa da Índia. Era irmão deFrancisco o Padre GonçaloMedeiros (m. Lisboa, 4/4/1552), natural de Freixo deEspada à Cinta. Foi o primeiropadre que em Portugal vestiu ohábito da Companhia de Jesus,tendo sido confessor do rei D.João III e da rainha D. Catarina.

1586- O anotador das Sau-dades dá o ano de 1586 como oda criação da freguesia de

Tabua, na Ilha da Madeira.João Medeiros de Miranda,Manuel de Espinola, AntónioVelho de Amil, Luciano Espi-nola e Rui Gomes foram osprimeiros sacerdotes que exer-ceram funções paroquiais nestafreguesia. Desta freguesia,disse em 1590 o Dr. GasparFrutuoso: ´Da Ribeira Bravameya legoa, está a Ribeira daTabua com huma freguesia dequasi trinta fogos. Teve já doisengenhos e tem muitas vinhas,cannas e fructas, mas o vinho ésemelhante ao da Ribeira Bra-va, sua vizinha. Desta Ribeirada Tabua são os Medeiros gen-te nobre e honrada. Observacom razão o anotador das Sau-dades que naquela época tinhaesta paróquia mais de 100 fogose não apenas 30, como clara-

mente se deduz dos Alvaresrégios respeitantes as congruasparoquiais.

1650- Ancestral mais remotodo Ramo dos Medeiros no Nor-deste, MARIA DE MEDEI-ROS, moradora na Lomba deSanta Bárbara, casou-se comFrancisco Lopes da Costa em12-8-1650.

1753-Data do nascimento deManuel Jorge de Medeiros,natural da Ilha do Faial, fregue-sia de Cedros, filho de Maria doRosário de Medeiros e AntonioJorge Ferreira. Manoel Jorgede Medeiros emigrou para oBrasil onde constituiu família aoSul de Minas Gerais, criando oRamo dos Medeiros, da cidadede Passos, Minas Gerais.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 1 6

Guia do Consumidor

CÂMBIO DO DÓLAR

CANADIANO

EM PORTUGAL

EM 12 OUTUBRO 2004

1EURO=1.5508Cd

AGÊNCIAS DE VIAGENSALGARVE681 Jarry Est 273-9638

CONFORT4057 Boul. St-Laurent 987-7666

HISPANO-LUSO220 Rua Rachel Est 849-8591

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LISBOA355 Rachel Est 844-3054

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BOUTIQUESBOUTIQUE ANA MARIA4409 St-Laurent 849-6619

CAIXA DE ECONOMIACAIXA PORTUGUESA4244 St. Laurent 842-8077

CANALIZADORESPLOMBERIE & CHAUFFAGE LEAL INC.4267 Av. Coloniale 285-1620

672-4687CASAMENTOSBOUTIQUE LISBONNE4083 Boul. St-Laurent 844-8738

CLÍNICASCLÍNICA MÉDICA LUSO1 Mont-Royal Este 849-2391

CLÍNICA MÉDICA NOVA3755 Boul. St-Laurent 987-0080

CONTABILISTASGEORGE PRENDA, C.A.4157 St-Laurent 232-3095

DENTISTASDR. THUY TRAN4270 Boul. St-Laurent, #209 499-1624

DISCOS/LIVROSDISCOTECA PORTUGUESA4276 St-Laurent 843-3863

ESCOLAS DE CONDUÇÃOESCOLA DE CONDUÇÃO BRUNO26 Jean-Talon O 272-5779

ELECTRICIDADEELECTRO-LUSO225 Gounod 385-1484 e 3 8 5-3541

FARMÁCIASFARMÁCIA TRANG4148 Boul. St-Laurententrega ao domicílio 844-6212

FOTÓGRAFOSPHOTO GALÍCIA4065 St-Laurent 845-5335

FUNERAISALFRED DALLAIRE|MEMORIAwww.memoria.ca4231 St-LaurentEduino Martins, Cel.: (514) 277-7778

(514) 862-2319

ALFRED DALLAIRE Groupe Yves Legaré1350 Autoroute 13, Laval (514) 595-1500Víctor Marques (514) 570-9857

URGÊNCIASE SERVIÇOS PÚBLICOSAmbulância 842-4242Clínica Portuguesa Luso 849-2391Polícia 9-1-1Bombeiros 872-1212Hospital Hôtel-Dieu 844-0161Hospital Royal Victoria 842-1231Hospital Ste-Justine 345-4931Hospital Ste-Jeanne-d'Arc 842-6141Hospital de Montrealpara Crianças 934-4400Serviço de Auxílio aosEmigrantes(SANQi) 842-6891Sun Youth, Serviços de Urgência 842-6822

ASSOCIAÇÕES E CLUBESAss. Angolana de Montreal 313-6465Associação N. S. de Fátima(Chomedey, Laval) 681-0612Associação Portuguesado Canadá 844-2269Associação Portuguesado Espírito Santo 254-4647Associação Portuguesade Lasalle 366-6305Associação Portuguesade Ste-Thérèse 435-0301Caixa de Economiados Portugueses 842-8077Casa dos Açores do Quebeque 388-4129Centro de Ajuda à Família 982-0804Centro Português de Referência 842-8045Centro Comunitário do Espírito Santo 353-1550Clube Oriental Português de Montreal 342-4373Clube Portugal de Montreal 844-1406Grupo Folclórico Campinosdo Ribatejo 353-3577Rancho Folclórico Verde Minho 768-7634Ass.Port.West Island 684-0857Português de Montreal 739-9322Sporting Clube de Montreal 499-9420Sport Montreal e Benfica 273-4389

IGREJASIgreja Baptista Portuguesa 484-3795Igreja Católica de Santa Cruz 844-1011Igreja N. S. de Fátima de Laval 687-4035Assembleia de Deus 583-0031Centro Cristão da Família 376-3210Igreja Nova Unção 593-9950Igreja Cristã Vitoriosa 525-9575

RÁDIO E TELEVISÃORádio Centre-Ville 495-2597Rádio CFMB 483-2362Radio Clube Portugal 849-9901

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Quartas9 às 12:30 e das 14 às 17 horas

GARAGENSALBERT STATION SERVICE4209 De Bullion 845-5804

IGREJASIGREJA CRISTÃ VITORIOSAPara mais informações:www3.sympatico.ca/igreja.vitoriosa

IGREJA BAPTISTA PORTUGUESAPastor Pedro Felizardo Neves6297 Monkland Ave.. (514) 484-3795

CENTRO CRISTÃO DA FAMÍLIAAssembleia de Deus do Canadá2500 Boul. Rosemont (esq. Iberville)Pastor: Carlos Figueiredo 376-3210

IGREJA EVANGÉLICA LUSO-FRANCÓFONA28 St-Charles, Ste-Thérèse (450) 435-9834

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†1o Mês de Saudade

Maria Leonor Morais da SilvaFaleceu a 12 de Setembro de 2004

Mãe, filhos, netos e bisnetos, familiares eamigos recordam com profunda saudade oseu ente querido.

Renovam profunda gratidão pelas pre-senças amigas na liturgia do 1o mês emsufrágio pela sua alma, que será celebrada nodia 14 de Outubro de 2004, pelas 18h30, naIgreja Notre-Dame-de-Fatima, situada no1815 rua Favreau, em Chomedey, Laval.

Agradecem antecipadamente a todas aspessoas que se dignarem assistir a este acto religioso.

†

†

LeiaA Voz de Portugal

o seu jornal‡

quarta-feira

António Martins1936 - 2004

No passado dia 24 de Setembro de 2004,

faleceu em Laval, com a idade de 67 anos,o Sr. António Martins, natural da Ribeira-Quente, São Miguel, esposo da Sra. D.Leontina Mota, natural da Povoação.

Deixa na dor sua estimada esposa, suasfilhas e genro; Elisabeth, Élia (Her-culano) e Sandra, seus netos; Jessy,Kailey, Vicky, Michel, Christopher e Wil-liam; seus irmãos e cunhados(as), Manuel(Maria de Deus) e Fernando, já falecido (Maria de Fátima),Arménia (António), Eduarda (Manuel Franco), António(Silvana, já falecida) e José Luis (Teresa), assim como muitosoutros familiares e amigos.

Uma missa de corpo presente teve lugar na Igreja da Missãode Nossa Senhora de Fátima de Laval, presidida pelo Rev.doPadre José Vieira Arruda, seguindo depois o cortejo fúnebre emdirecção ao Cemitério de Laval, Magnus Poirier, onde foi asepultar, descansando para a eternidade.

A família vem por este meio agradecer a todos os que com suapresença, palavras e gestos de amizade, os reconfortaram nestesmomentos difíceis da sua vida; a todos o nosso sincero Obrigadoe Bem-Hajam.

Os serviços funerários estiveram a cargo de:Magnus Poirier inc.222 Boul. des Laurentides, LavalTel:514-727-2874Director: José Teixeira

Anatolia Sardinha Justino1937 - 2004†

Faleceu no Portugal, com 67 anos deidade, no dia 26 de Agosto de 2004, a Sra.D. Anatolia Sardinha Justino, natural deSão Bartolomeu, Portugal.

Deixa na dor seu esposo, o Sr. ManuelJustino, seus filhos George (Lorena Potas-so), Mario (Marilena Fioco) e Idalia(Helder Soares), seus netos Jason, Philip,Lucas, Thomas e Evan,, assim como outrosfamiliares e amigos.

Os serviços fúnebres estiveram a cargo de:

Eduino Martins

O funeral teve lugar domingo, dia 9 de Outubro de 2004,pelas 11h00, na missão Santa Cruz, seguindo depois o cortejofúnebre para o cemitério Repos St-François D’Assise, onde foia sepultar.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecera todas as pessoas as muitas provas de carinho e amizade quelhe foram dadas, bem como a todas aquelas que, por qualquerforma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar portão infausto acontecimento.

Agradecem a todas as pessoas que assistiram às missas do 7oe do trigésimo dia.

A todos um sincero Obrigado.

Joaquim Branco dos Chôes

Faceleu em Alcanena, Portugal, com 79anos de idade, no dia 29 de Setembro de 2004,o Sr. Joaquim Branco dos Chôes, maisconhecido por Joaquim dos Porcos deLaprarie.

Deixa na dor sua esposa, a Sra. D. LuisaPereira, seus filhos Eurico, Gilles e Jac-queline (Carlos Henriques), pai do já falecidoJorge, seus netos, Tania, Joaquim e Gabriel,assim como muitos familiares e amigos.

A família, muito sensibilizada, vem por este meio, agradecera todas as pessoas as muitas provas de carinho e amizade quelhe foram dadas, bem como a todas aquelas que, por qualquerforma, lhe tenham manifestado o seu sentimento de pesar portão infausto acontecimento.

CONVITEA Casa dos Açores do Quebeque celebra no próximo dia 16 de

Outubro às 19:00 o seu 26.o aniversário, cuja animação estará acargo de J.G. Night Productions.

Teremos a participação especial dos jovens artistas ChristineArruda e Mike Medeiros.

Convidamos todos os sócios e amigos a participarem neste jantarcomemorativo de existência da nossa casa.

A ementa será composta por: sopa creme, mexilhões, surf & turf,bolo e café.

O preço é de 25 açores para adultos e de 12 açores para as crian-ças dos 6 aos 12 anos.

Para mais informações contactar a Casa dos Açores doQuebeque no 229 Fleury Oeste, através do telefone (514) 388-4129ou 387-1273.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 1 7

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Festa da poesiaRealiza-se no próximo sábado, dia 16 do

corrente, a Festa da poesia, um jantar-espec-táculo organizado por Adelaide Vilela, que contacom a animação do conjunto Reflex e asactuações de Lucia, Joe Puga, Ashley Bello,Vicenzo e os guitarristas Tony Melo e ManuelTravassos. O local será o salão de festas da IgrejaSanta Cruz, 60 Rachel Oeste, onde poderáadquirir os seus bilhetes, assim como na GrillePortugaise, ao custo de 10 poemas para criançasde 5 a 10 anos e 20 livros para adultos.

HalloweenA Corporação e a Associação NSF de Laval,

organizam no sábado dia 30 do corrente, noSalão do Centro Comunitário Português deLaval, a festa da Halloween, a partir das 19h30.O suculento jantar, animado pela música doConjunto Pre-X, custará apenas 25 Halloween’spara adultos e 12 halloween’s para crianças de6 a 12 anos.Para reservações, contactar Noémiade Lima(688-9962); Manuel Raposo(681-4303)ou Pe. José Arruda (687-4035).

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A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 1 8

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Desporto

As 10 mais sexy das OlimpíadasFrancesca Piccinini (volei) é

a atleta mais sexy das Olim-píadas com 32% de preferênciasdos inquiridos. Este é o resul-tado de uma sondagem reali-zada pelo portal italiano Tis-cali.it, entre 2500 cibernautas.

Em segundo lugar, que écomo quem diz, medalha deprata, Federica Pellegrini (na-tação) e em terceiro lugar Amanda Beard (também nata-ção). Verifique aqui as restan-

tes nomes e fotos das 10 + bonitas mulheres no jogos olimpícos.2ª Federica Pellegrini (17%)

3ª Amanda Beard (11%)

4ª Franziska Van Almsick (10%)

5ª Alina Kabaeva (7%)

6ª Amy Taylor (6%)

7ª Svetlana Khorkina (5%)

8ª Fiona May (3%)

9ª Kathy Radzuweit (volley)

10ª Marion Jones (1%)

NÃO ENTRA EM EXAGEROS

Cristiano Ronaldo:«Não é nenhum escândalo...»

Os jogadores portuguesespassaram todo o dia em silên-cio. Desde que colocaram os pésem solo português, apenasJorge Andrade e Deco fizeramalguns comentários, mas repe-tiram o que tinham dito após ojogo com o Liechtenstein.

Mas Cristiano Ronaldo, em-bora muito a custo, acaboutambém por fazer alguns co-mentários ao inesperado em-pate da Selecção Nacional emVaduz, que surpreendeu toda aEuropa. Confrontado pelos jor-nalistas com a expressão “es-cândalo”, utilizada pelo presi-dente da FPF, Gilberto Madaíl,momentos antes da chegadada comitiva a Portugal, o avan-çado do Manchester United foiclaro na resposta, discordando

completamente do dirigente:“Escândalo? Quem é que disseque foi um escândalo? O que euacho é que nós queremos sem-pre ganhar, mas às vezes,quando não estamos à espera,resultados como este acon-tecem. Mas não é nenhumescândalo.”

Mesmo com grande insis-tência (natural, após um resul-tado como o de Vaduz), Cris-tiano Ronaldo conseguiu fugiràs inúmeras perguntas dosjornalistas, mas houve umaoutra à qual acabou por re-sponder, embora de forma eva-siva. Citando de novo GilbertoMadaíl, que disse após o en-contro que “só vem quemquer” à Selecção Nacional,numa óbvia mensagem de de-sagrado pela atitude da equipa,o avançado ouviu a frase edisparou: “Sobre isso prefironão fazer nenhum comentá-rio.” Depois disto é que nãohouve lugar a mais nenhumapergunta. Ronaldo desapa-receu entre a multidão.

Perigo para AlvaladeOs responsáveis federativos

temem que o resultado do jogocom o Liechtenstein possa in-fluenciar o número de espec-tadores que assistirão ao en-contro com a Rússia, na pró-xima quarta-feira, no Estádiode Alvalade.

A comitiva lusa que se deslo-

cou a Vaduz chegou ontem aoaeroporto de Lisboa, onde esta-va Gilberto Madaíl, acompa-nhado de outros dirigentes.Ainda antes de o avião prove-niente de Zurique aterrar emsolo português, o dirigente diziaesperar que o surpreendenteempate de sábado não desmo-ralizasse os adeptos para opróximo compromisso. Mas ocerto é que existe alguma apre-ensão, porque faltam apenasdois dias para o encontro e oânimo dos portugueses nãoserá certamente o mais elevado.

Por mais descontentes queestivessem com a exibição e oresultado da Selecção Nacionalno Liechtenstein, os adeptosnão fizeram questão de se

deslocar ao aeroporto paramostrar o seu desagrado, nempara apoiar a equipa num mo-mento “delicado”, como lhechamou Jorge Andrade. Pode-rá entender-se isto como umaatitude de indiferença para coma Selecção e, nesse caso, oreceio de que Alvalade não

encha para o jogo com a Rússiapode mesmo concretizar-se.

CaladosJogadores e técnicos da Se-

lecção Nacional fizeram ques-tão de não abrir a boca nachegada ao aeroporto. Poucopassava das 13 horas e o núme-ro de pessoas que os aguar-davam era apenas residual.Somente Jorge Andrade e De-co tiveram a frontalidade deenfrentar as perguntas dosjornalistas (na noite anteriortambém tinham sido os únicosdisponíveis), para assumir adesilusão pelo resultado ines-perado, mas igualmente com apromessa de que, na quarta-feira, “tudo será bem diferen-te”.

Beira-Mar - 2Marítimo - 2

O balde de água fria chegouquando todos já pensavam nobanho quente. A batalha pelosegundo lugar sorriu aosmaritimistas

Quando há pouco mais dedois meses, Manuel Cajuda fezquestão de contratar Bibishkovpara a sua equipa, depois de oobservar ao serviço do Marek,estava seguramente à esperade golos. O problema é que na

altura orientava o Marítimo,nunca sonhando que estava aarranjar lenha para se queimar.Até Outubro, muita água cor-reu por baixo da ponte. ManuelCajuda deixou o lugar a Maria-no Barreto e tomou o teste-munho deixado por Mick Was-worth em Aveiro.

O destino, irónico como sem-pre, reservou-lhe uma entradaem cena frente ao clube insu-lar. Não quis falar em vingançaao longo da semana, mas umtriunfo vinha sempre a calhar,até porque colava o Beira-Marao pelotão dos segundos classi-ficados. O factor de instabi-lidade nos planos do técnico foiBibishkov, o tal dianteiro búl-garo que, jurada fidelidade aMariano Barreto, desfeiteoupor duas vezes a defesa avei-rense.

Duas estocadas frias, assas-sinas mesmo, a cortarem a

respiração ao público auri-negro que não teve medo domau tempo e compareceu noestádio. O conceito de justiça

continua a fazer pouco sentidono futebol.

QualidadeO Beira-Mar entrou em força

no jogo, assumindo as despesasdo ataque. Cajuda deu rédeasolta ao seu quarteto da frenteque, sem posições fixas, reve-

lava um dinamismo incómodopara os centrais verde-rubros.Rui Lima, Kingsley e McPheeaproveitavam a cobertura deTanque Silva para encontra-rem espaços. A vantagem nomarcador chegou com natura-lidade, penalizando o fracorendimento dos maritimistas,presos a uma inesperada rigi-dez a meio-campo.

QuantidadeOs minutos decorriam, e o

Beira-Mar, mesmo baixando oritmo em algumas ocasiões, iasomando oportunidades degolo. Foi então que Bibishkovfez a sua mortífera aparição,igualando o marcador contratodas as expectativas. Os avei-renses pisaram no acelerador enão faltaram remates à balizade Marcos. Um livre de Betocausou impressão, tal como assucessivas insistências do uru-guaio Tanque Silva, que final-mente marcou de cabeça.

Quando toda a gente já pen-sava no banho quente, chegouo balde de água fria que isola oMarítimo no segundo lugar daSuperLiga.

Paulo Paraty controlou o jogoe tomou boas decisões.

Deco e Simão ausentes do treinoDeco e Simão, estiveram hoje ausentes do treino da Selecção

Nacional, realizado na Estalagem do Sorraia.Deco e Simão chegaram a Portugal, com queixas no pé direito

e na tíbia direita, respectivamente, e deslocaram-se a Lisboa pararealizar exames, falhando assim o primeiro treino com vista aoembate com a Rússia.

Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade, JorgeRibeiro, Costinha, Maniche, Cristiano Ronaldo e Pauleta estiverammenos de 30 minutos no relvado, tal como Miguel, que esteve afazer trabalho de recuperação, às ordens de António Gaspar.

Quanto a Ricardo, Quim, Petit, Tiago, Boa Morte, Hélder Postigae Nuno Gomes, cumpriram mais de uma hora de treino, queenglobou uma primeira parte física e ainda trabalho de circulaçãode bola e finalização.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outubro de 2004 - Página 1 9

Desporto

Formula1Schumacher vence no Japão

Hélder Dias

Shumacher, depois de terconquistado a “pole posição” naparte da manhã de domingo,(uma vez esta ter sido alteradacomo habitualmente do sába-do, tudo isto causado pela pre-sença de um tufão que não tevelugar, perto de Suzuca), ven-ceu brilhantemente a 13a pro-va na época; a sua 83 em

carreira.Michael Schumacher termi-

nou a corrida cerca de 14 se-gundos de avanço sobre o seuirmão mais novo Ralf, em Will-iams BMW, enquanto os últi-mos lugares pontuáveis cou-beram a Jenson Button “Bar”,Takuma Sato “Bar”, FernandoAlonso “Renault”, Kimi Raik-konen “McLaren Mercedes”,Juan Pablo Montoya “WilliamsBMW” e, finalmente, GiancarloFisic-hella “Sauber”.

Com os terceiros e quartoslugares de Button e Sato, aequipa BAR tem praticamenteassegurado o segundo lugar noMundial de Construtores.Comuma prova somente a disputar,Michael Schumacher, que pre-sentemente conta 146 pontos,sagrou-se desde há muito Cam-peão do Mundo 2004. Seguem-lhe Rubens Barrichello, com108 pontos, e Jenson Button,85 pontos, estes com os se-gundos e terceiros lugaresgarantidos desde já, no Mun-dial de Pilotos.

Rubens Barrichello, que co-nheceu umas qualificações

desastrosas, não conseguiumelhor que uma 15a posição nagrelha de partida, mas, su-bindo impecavelmente na cor-rida, viria a posicionar-se nasexta posição. Um encosto comDavid Coulthard na 39a volta,obrigou o Brasileiro e o Escocêsa terminarem o seu dia detrabalho.

Este Grande Prémio do Japãonão foi emocionante, se bemque a luta travada pela ob-tenção do segundo posto nosproporcionou momentos deprazer, não deixando no en-tanto Ralf Schumacher de ter-minar a corrida com cinco se-gundos de avanço sobre oJenson Button.

Os Renault, de quem se es-perava um pouco mais, nãoestiveram competitivos, e oquinto lugar de Alonso e odécimo de Villeneuve são aprova evidente da má prestaçãoda equipa Francesa, não dei-xando no entanto Jacques Ville-neuve de se queixar do maucomportamento do seu mono-lugar em pista, bem como dafalta de tempo no que respeita asua adaptação, quer a nível depilotagem, quer a nível dospneus Michelin, que verdad-eiramente, fazem uma enormediferença da Bridgestone, aosquais Villeneuve estava habi-tuado.

Olivier Panis deixa a For-mula1!..O simpático piloto fran-cês acaba de fazer a sua última

volta à pista, ao serviço daToyota, terminando assim 11anos de carreira na F1. Não foiverdadeiramente notável o seuadeus, pois Olivier terminoueste grande Prémio do Japão nadécima quarta posição, a duasvoltas do vencedor, mas talcomo ele disse “Tudo tem umfim, e esta foi a minha decisão, já

a tinha tomado há bastantetempo, pena foi acabar em 14o

na corrida” concluía Panis, ele

que continuará ao serviço daToyota, na qualidade de pilotode ensaio (é um grande desafiono desenvolvimento dos novosmonolugares). A Panis, quesempre esteve pronto a rece-ber-nos durante todos estesanos que cobrimos a F1, nãopodemos deixar de lhe desejaras maiores venturas, as maiores

felicidades para o futuro.Obrigado Olivier Panis!...

Classificação Final do G.P. Japão1. Michael Schumacher, Ale, Ferrari2. Ralf Schumacher, Ale, Williams-BMW3. Jenson Button, GB, BAR-Honda4. Takuma Sato, Jap, BAR-Honda5. Fernando Alonso, Esp, Renault6. Kimi Raikkonen, Fin, McLaren-Mercedes9. Felipe Massa, Bra, Sauber10. Jacques Villeneuve, Can, Renault

Mundial de Pilotos:1. Michael Schumacher, 146 pontos.2. Rubens Barrichello, 108.3. Jenson Button, 85.

Próximo encontro a 24 de Outubro, no Grande Prémio doBrasil. Até lá, seja prudente nas estradas, e siga o velhoconselho amigo: se conduzir, não beba.

A VOZ DE PORTUGAL, 13 de Outurbo de 2004 - Página 2 0

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EM VIRTUDE DA FISSURA NAS COSTELAS

Beckham inactivopor seis semanas

David Beckham vai ficarafastado dos relvados por umperíodo de seis semanas, emvirtude da fissura nas costelasque contraiu ontem durante oInglaterra-País de Gales.

Beckham lesionou-se depoisde um choque violento com odefesa galês Ben Thatcher,que se apressou em explicar olance: “Ambos tentámos jogara bola num lance dividido e

colidimos. É tão simples quantoisso.”