1 portugal global maio2012_internacionalização da arquitectura portuguesa

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DESTAQUE

// Maio 12 // Portugalglobal12

INTERNACIONALIZAÇÃO DA ARQUITECTURA PORTUGUESA

Torres La Pallaresa, Barcelona, Espanha - foto de Pedro Pegenaute;

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DESTAQUE

Portugalglobal // Maio 12 // 13

A arquitectura portuguesa é um dos nossos melhores produtos de expor-tação, sendo também um recurso na-cional que exporta a marca Portugal, associada às melhores competências e à excelência. Avaliado o sector, torna-se evidente que temos uma influência na arquitectura mundial muito superior à escala do país. Esta é uma realida-de que se tem vindo a afirmar com o andar dos anos, e que agora enfrenta com sucesso os ventos e as marés da realidade global. Exemplo do crescen-te reconhecimento internacional é a entrega do prémio Pritzker 2011 ao ar-quitecto portuense Eduardo Souto de Moura, bem como outros importantes prémios que foram atribuídos a arqui-tectos portugueses, sendo também o interesse pela produção arquitectónica portuguesa cada vez mais visível nas publicações de referência.

Um dos jornais on-line, mais presti-giados na arquitectura internacional, o “ArchDaily”, lançou recentemente uma edição em português, dando des-taque a projectos brasileiros e latino-americanos, mas também portugueses. Portugal é, sem dúvida, juntamente com espanhóis, japoneses, chilenos, dos países mais publicados internacio-nalmente, tendo presença regular em blogues e revistas de grande projecção, dedicados à arquitectura e áreas afins.

Como tendência geral da actividade, dada a forte retracção do mercado in-terno, tudo aponta para que os arqui-tectos mais qualificados apostem cada vez mais, até que o mercado interno de arquitectura recupere, nos mercados externos e que os jovens arquitectos di-versifiquem a actividade, a partir da sua formação de base, para além do pro-jecto e da obra, para novas áreas de ex-pressão da arquitectura e do seu saber, como a produção cultural: produção de pensamento, publicações, exposições e mesmo actividades de consultoria, entre outras. Nesta medida, o merca-do brasileiro começou, entre outros, a atrair arquitectos portugueses, nome-adamente para trabalharem nas obras e nos projectos do Campeonato do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpi-cos em 2016.

Por mérito próprio dos nossos arqui-tectos, diz João Belo Rodeia, presi-dente da Ordem dos Arquitectos (ler entrevista), há hoje obras de arqui-tectura portuguesa nos quatro cantos do mundo, da Coreia ao Brasil. Falta agora potenciar este recurso estratégi-co de afirmação do país como recurso económico, seja em si mesmo, seja po-tenciando outros recursos afins como

A arquitectura portuguesa, mesmo aquela que é assinada pelos seus melhores profissionais, tem-se democratizado, tornando-se cada vez mais parte da vida dos cidadãos, seja em termos de espaços comunitários, habitacionais ou públicos. É assim que, por todo o país e cada vez mais lá fora, a arquitectura portuguesa conquista o reconhecimento mundial, enfrentando com surpreendente vitalidade e sucesso os desafios da crise global. Na realidade, nos últimos quatro anos, embora o mercado interno tenha sofrido uma forte retracção, o sector adaptou-se e, segundo dados recentes da Associação Portuguesa de Projectistas e Consultores (APPC), aumentou as exportações de projectos e engenharia em 150 por cento.

“Exemplo do crescente reconhecimento internacional da nossa arquitectura é a entrega do prémio Pritzker 2011 ao arquitecto portuense Eduardo Souto de Moura, bem como outros importantes prémios que foram atribuídos a arquitectos portugueses, sendo também o interesse pela produção arquitectónica portuguesa cada vez mais visível nas publicações de referência.“

são, por exemplo, os da engenharia portuguesa, das empresas de constru-ção civil ou das indústrias de materiais e componentes da construção.

Nesta medida, também o estabeleci-mento de parcerias potenciam opor-tunidades de negócio e a expansão dos serviços prestados, reforçando a presença sustentada e bem sucedida da arquitectura portuguesa no mer-cado global.