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1çi.(1''' .... ,, 1,ci i1•k'."AI O Secuto Ll'.;t-1• 1 \ ' ••• \1' .. (l )lfi ICJI 7

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Se.strt-. -····· ···-- . .S..00 Ann6..---· -- --·· - llooa tn1M1rre... - a.looo T~ve... ---- - • 1J10D .....,19e~~.-- .. ---- ,Jcoo ._ ftD Ustiol.1... 700

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ILLUSTR:\ÇÀO PORTUGUEZA

cab•llo ao.8 c•/rN e b111•b• Só não tem cabello nem Fazemos nascer 1 barba quem iruer!!! ~~!!!:::-~~·.;:::.,·,~!:~:::

8 Rer"nette·ee oom toda a di&o,-eção •

."1.uita gente, velha e nova, em uma para a b:trba e outra para todo o mundo, deve-nos s barbi\ o ca~llO, tem o preço espeClàl bonita e o cabeHo abundante. de 4$420 r61t.

Temos levado <.0m o nosso Com e.ada porçillJ vs.e um <tr· bala.amo Mootc!J a lol/OI· tificado de g.:i.raotla, pelo qual dade a mlfhar•• o mllh•NJ.• nos obrlgainos a d;ar outrb: vez d• ,,.••o••· Um grandq lm· o dhlheíro recebido, se o reme­perado,. ,..co,.reu • n&. P•• dlo nAo der resultAdO altum. dlndo o noaso auxlfle o não Se isto não fõr verdade reco,.,..u debaldel pagamos ao comprador Hon.ae.1ls nota\•eis 300$000 (t,.e· e nAo notav~is, zentos mU rs. ). todos nos teem Para prevenção vindo pedir o nos· contra as imita-so concurso. Em ~·,, ções e falsos re· todos os potltes if'~ruedlos fazemos da Europa ~ Ame- ~:1otar (IUe todos os rica, em muito~ ló- pacotes teem es. ~3res da Africa e crint11 a p:i.lavrn ª' AUS(fllli~ ê o Mootcy. nosso Mootc.y En\lla·se dfarla· rouhecid".1 e apreciado. Póde-se mente para tod11is as p;irtes, por isso d i z.er, com ver- me-;mo p3ra as m.:i.issfastadas. d.:tde, que gv!i:t de fam:i. uni- «>m a exphcaçtlo clara da ma· \'ersal. ne1ra de s.er us.!dO e com o

O &>r~ço J)ar;l o Mootcy ó de cerhfic:i.do de garantia, em por-2$515 J"éls Por porçso (uma tu~uei,contrapag1unentoad~an-porção chega perfeltamen- tado ou pagamento pelo cor-te). O pedido de 2 pOrçóes, reio no acto d3. entrega. MOOTOY OCPOT Dil11ar l(otbttr, 3, fiambur90, m O maior e mais impcrtante estabeleclmentoda especialidade na Europa

SERI E II

De double face, os melhores pela sua ni­tidez e duraç-:JO contendo o mais variado e moderno reporto r io cm musica e canto dos melhores ;tuctores nacionaes e ex trangelros. Marca registada, propriedade exclusiva de J. CASTELLO BRANCO . • Preços excepcionaes e gra.1des descontos para a venda no Araúl e colonias pmtu­guezas. 6 Grande deposllo de discos e machinas falantes. 6 PEDIR CA­==== TALOGOS a====

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Dr. Rer.wrd~·uo ,1.1/achodo-A ~Sj>oJá de dr, 8u'Na1·d1No .tf1uhado e uu fillrt> w1ais vellw,o SI"'. Antumo Ltt~~ Ah1ch4do Guimaries, od11a/n1çme fxuha,·d "'" f'hilosop4ia. (CLICuKs ROl!IONRJ-Cria,,(as d11-ti:mdo-se

a Nua do dr. Be111at•df110 Macltado-As filhas do ind11slrial .l/1,1nttd Au,t'td/O do Silt'O, q1u ~llllill1'1Jm o /Jy11m<> 1,1 cSt:m.euleito>- Ahtnows da ~uola offew1,1 11,0 J da .')ocudadç Pnnnol1>N.t de ..,;·ttç/us

<" /?$1•()/J,ls. <JU<" <"m t:llsn. dq clr. Bernardhto 1J/1,1c!,ado ca11taraw1 11 c::it'm-<"1tl<ti1·a> - Allomuu ,. {'1Q/es.soras do f'oll.e~lo do Cenlro Eleil1Jn1/ üislell<t 81111.l'"

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O "'. Alc-~111rdrc- JJ,.111• "": tr•w1u~•11 Pr•4'lr<>; C'J/"""'"" ºª'"''º ... orlr11r-O nuu,JJ,..,,o josi d' Aljt<n•. i .. >ll•NdQ 11' c11,,.f>n,,.....10r " d', R"'H"'"'"º J.ll•cluulo-0 ""'"'"'

rt'P•lti1t·••t«J, jos~ dt' So11s• L,t,-cJin·-A ,,.,.,, COfll#lisslo or1•Hu11do1• d• '"11111/r~la(l/() r o dr, JI,, ,,,.,J,no •• ,.,Aaáo-As ttlurti.#(IS Aida (' ,.,,,.JI~. áo ASJ10 ~.folio. /"t)IN • Yt'Xf'lf/(' l.J. l:alµ-1 ''""'' d~ .\th·a

- .:\a fráflrssa tio Pittltt'ut>: .,, u1. ,Jrs. Anlo•io Josi d'.lbnt'Ullf, Joa-0 Purlo dos .""1n101, '""º~"ª• Josi de Cosi' o ,. A1t101 de iJ(('l/I), m<m/J' ()S da comn11J~lh>- O m.nis peq1uuo HUl11f/r1/ttNlt'

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o sr. Ltu: .tf0111t". dt> Heraldu de MaJri\1

.1f1111r/010.11t"s soil1'111 .fe Ul>a ·do dr. Rnnordt-H(l

Jf1U:lrado

R,.l,,~lie11wos d' .-c/.,ada ü

All t'.fl/fd./ll da EJ/r,/la.• o CC#t1"USario Tâ_,..,,,. •.a.11.dan(/.) parar Nm """ª''"' OONIÍr

ia,,. 01 olu11u1os da ,lto/fl do antro AH/f)Ro Juri d" Almeida e />rokióilfdo-<>s dtt 1,.1,.;,

''"" o''" ,sta•da11, .. A polida tt o t•,udedor dtt Ok•J /u.·(:;.

tt () lntenltt e<>1 º"" .J>iaJ lw1amf11 '1()/as

~r ,,,,,/1id11<> â fHJrla d.o~. Rei 1MrtliJ1q olffu:Jrado

(C:L ICH~:S 08: 115!\0LIKL.)

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Trotflld d' 1-. l'1ruo. A '"''""•o '''f°n11ft'trt1 ,..,..,,,.,,ª d' l.r"IO ~o pt'UP<ll dt" s,.,-r:•;·o ••Ccutdl' d,. /\tfd I ·,,.., a-/.Ali't #Jolr:-. J, 'º"~'' NC(iJO

- O nr1rHlt,.,, o Ft '""º"' d,. '""'"' ,. <> rluf4' d<1$ lraba/lws .. fnlo>Hl.rt ri,. Otr:·t'itlt Ratttt.lS

COM de~usa<ln brilho, íoi inaugurada no cJi:., z 1 de julho C!ll._, nova linha, si·

tuada n'unltt da'l regiões mais pittoresrn!\ e alcantilados do Minho.

Pertence este novo troço , de cêrca de 21

kilomctros, !t Companhia do Caminho de ferro de Guimara.cs e constitue o prolonga­mento natural da sua rêdc.

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Sae esta no"-a linha d01 C>ta~ào de;. Guimaraes agarrando.-~e ao magcs,. toso monte da Penha. enC'imarto com a e. ... tatua de Pio IX e um pitto­resco hotel, e, durante quatro kilometros, sem· 1> r e subindo, vae-nos mostrando soberbos pa · noramas que se; esten­dem desde a e.idade de Gulmar~cs: até !ls altu­ra, do Sameiro.·

Rodeado um contra­forte do monte da Pc· nha, entra-se entào no

l'to1rtd dr /ll(6 J/ifir4 (t• CtJHSlt#i'flo)-C<n·Je d~ /ffl'OI'"' t1faclfo de Ft1ft'-A$$~Nlamt'nlo d« '"'"'' - " l 1üuhtira do !;er-ro-0 fn ,,,,,.,,o romo<no d~ urvico que clu·xo" O "'""'"' d,. /'u(6 l 'u-íra

;:;.... t111 1 d,. tll":e11NIJto tle 191'.'6. 01 ,,.(, 'lliSC'1u dt' de GtdlA01111'/, rondt de l'h:«I Viâ,-a. rnttmh,.110 1<f·a11d1M Lit11a t: nf>dsti

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extensissimo valle de S. Torquato.

E' de si um brante o pa­norama que a vista a1-çança; admiram-se no íundo do valle, que va­m o s percorrendo 1 os campos viçosos cercad~ pelas pittClrescas arvores de vinho, o vinho d'en· forcado.

Ao longe admita-se .a m~ssa imponeote do san­ctuario de S. Torquato, que todos os annos dá origem a uma romaria dai; metii t.:oncorri<las do i\l inho.

Ao longe, no ultimo plano, meio esfumadas, mas imponentes, erguem· se as cumiadas do Ge­rez.

Passamos outro tunnel

Uma towsa de "&'"º p,.()tdsoria- Trilicll~f,·a JJ (fra/Jal/Wt de aro.6amrttf() 1

- Ponte do &rua f am~ltUIJo dn a(J()6ado J - A µdra da Moura Nll Ceplet

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e enttamoa na ~u.ç!\1-> <le Pi.çô, "Jituada n ponto mais alto do tr;1çado. a 150 metros de dcsoivcl da esta<;ão de Guimaràes.

A ttlgu1nas centena" de metro.1 lica situado o solar do -:.r. conde de Paçô Vieira, em pri­vllegiada 1uuaça.o.

D'e'-se pontO começa a linha a r1e~er n'ou· tro exten~o e fonnor,o valle. o de Fareja.

E' a &ecç3.o mais dHficil e trabalhosa do tra­çado. J!.m a lguns kilomctros accumulam-se enor­mes trinc·heiras e aterros. Ha n'e,sa sec4,"~0 ponto! de vista de»lumbrantes. apei ia1ment~ no logar do ~vello, em que foi modific:adc> o traçado primilivo, slapprimindo-'e um tunnel. Perde·i;e a vista de!'Jdc as alturas da Penha att'· ás cumiadas de Lixa. 1\1\COntra-se a pequenina estação de Fareja perdida na montanha e pU· sados io"tantes atravessamos uma ~lida ponte

EJ/tt~llh dt Foft (,,,. ldMsl•--uc,11o)-Tn'MChnr11 do .Yrro. lrlli>olllo ""s lo/11.fts - Gttim4rltl-' p.ssog-em sup111'f)r-Fqf1-: o/t'' ro em c<)ltJfr ut(ifo

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de pedra situada sobrr o pit· lorcsco rio Sousa, que faria o cnlC\IO dos pintores paiiagir,­tas. Começa a ultima itu\Jida, mai~ suave, para Fafe. aonde chc;;amos deL'tando ' nOJ.\3 direita a importante P'1\·oaç:to de Ccpàes. Pouco ante.., de en· trar em Fafe outro C'<tcn-,o pa· norama se desenrola á vi\ta, desde as i mmcdiacõe~ da ~~<> ­voa de Lanhoso ati• Faíe.

Deve-se a remoc_·?'I.<> dns dif­fi eu 1 d a d es da ('On!iitruc<;!lo d'e~ta linha ao sr. conde de Paçô Vieira, quando rnini,.tro.

A construcç~o foi diriJthta pelo sr. engenheiro l-'ranc1 •':º Ferreira de Lima, que renu o traçado supprimindo obrb de arte impor1ante1, romo dois tunnei-., e fazendo impor­tantes eco11omias.

htff'_• 1t al$Jkms/ura do aJ1h1 d• fHaH~HHl(41o-O ~omf>dlo fHl.lu,tural lfff "'"r.--J;a s.ob-tt> ufllf _lllf'I ,,. -A #1(1(/ftna do Ct>m/xn'o ;,.OHllH'llf I (J $1'H

HUrr ltlui"I«, ,, H . f'HltWlteiro Francfsco d1 J.t#lfl-.11 ~11,~4da a Fa/.-

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~T.\ a des.aparcccr por c~tes dias a velha egreja dos Anjos condcmnacta para satisí.1zcr !1"l neces­~idades do ;alinhamento

cb .l\tntda D. Ameha ~OSSJ. ~nhora dos ;\n_ios era

1.1m do" templos mai" antigos de La~b<1;t Ft.ra antes simp1t~ capella, ,.,,111 tl mesma i1woca1;!\o, perten­ieutc l~ írcguczia de Santn Justa e Ruhna Em 156J o 1·ardeal D. lh-r1m1ut elevou-a a e~JCja ma· l! . .z lh5>0i~. foi ~u··rcsih·dmente rttd1h atla em 1;2~ e em ti.)S. Postcriorml"'nte aiod;.t, em J 155, { 1 1c~taur:tda a sua rira obra de t;slh;1.

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1;o-ILl.C,.TRAÇÀO PORTIJCUUA

~~o b naumalmcntc ~m um ç~no 1tntiment1 de saud.1de que se ,.ê de:o..-tpparttcr HtC tcm­plc> ~c,ul.ar, testemunha de tantr)$ act•ntc<·imen· t~ C\.tr;t11rdinarios dd histona n;tciunal. .\ egre. ja do!t :\njoa atra\'C"!)SOU, já c.:urnu paroc-hia, o domínio dos Filippcs, por exemplo: e, por con· i,equen<:iu, assistio depois á restauraçàu e n to· dos ow '!Uc<·ts..,ns posteriores, tristes ou nk~res, <lci;.favor;1vei ... ou lisongeiro ... , da vid;t portui:ucza. Por i.rrcm muda ... as velhas paredrs nao dci­.xavt1.m de ser um depoimento \·Í\·o dal cpoca~ gloriosas e obscuras que viram pa,tar.

Com a mesma ~truclUra e dimcnJOO do an­ti~. acamara municipal mandou corutnur, um novo templo. para c•nde '' ~t.i tratando de remover a obra de talha l>redota, que c~i~tia no quCt \"IC 'Cí clcmolido. lnter1orment(·. a \'C•

lha C!;rCJi.l n1ni,;crvar·<ic-ha. Jklrunto, ~l\lólllli co­mo Ío1 n1 '~ !l.C\IS temp<Js de maior e~plcndor. Por íi'1ra, é •1ue a ~ua apparenci<l <1erá bem ou-

IV \"OLUJll& - ,:r, de --~MlO de 1907

.llll'u 1t,. \oH•t ·""'· Nliot ll 1/d ( Oltt 1 i. •'V

AtMr Jr S. Ilia

tia • .i:pc-s.tr da appw'.'t:· rnada 11-e1nelhança qut apre~nta a nm~ facha­da.

P1~e dizer ..;e. pob c1ue n!lo .e vae tud1 da cgrcja do.~ Anjos, que uma parte d'clla. <le,crto a rrnis intert!i· ~ante e turiosa, fica ainda per!<>i'llintlo, cor1-servadu n.t nova, ''•mo documento c;urioso àin­da para o~ cont<·mpo· raneos, e que n2.o de;· :xatá de .. .ê--lo i1i.'U<1lmentc para º"' \ indouros.

O• ,·elh~ r•pella de .No-.~a Senhora dos An· jos, d'e!lsa, com «.:crtcla que nl\o ~ub~istia, de ha muito j!1, <1ualc1uer rci;­to. Da igreja t1uc a se­guiu e ngora vae ser de­molida fkará, a.o tneno ... memoria mai' perduri­"·el.

'CLIUU'<ll fllC l&~OLIEL

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·~ LÁ POR FÓRA

o,,,,.,.,~ • '"'"' Joio, j( 10 ,,riginario d~ lndia, con~utuc un~ mai' eleganlt"i e c..-crt;rn1ente o mais caro dos

•f'<.11/J. Nun<.:\l troe implantará entre nós, o3o s6 por n:i~u que cada jogador dis1>onhn de quatrn caval­

riJ>ec·iaes, tendu .. ·.c.· já visto apre~ota:- sele. mas de · · · perfeitamtntc oh·elado e coberto de relva.

•ria d11 iOJi:O é a m~ma <lo /t>Ol·ÔtJll: luctam partido~ t-guaes para c:on ... eguir faz.cr pu~ar a

1 ,,1,1 entre cloi" postes do cam1>0 adversario, o que

O tfttq1u d~ J'.-,1a111nda f' o "'"'V"<: d,. l'illa;-irJn tlusf>anli1H'.f) ir•1rand<.> ~-o'llHt 111 .1/1thardJ°ah

- l'm team lu1f'1u1ho/ 1101,wrl, (iu,,era11do o'"'"

de cada ,·cz que o conseguem marca um 1oal 01tte1c apena~ em ser a ravallo, que mud.1m r;1da dez minUICJ..,, e e111 ser a OOla muito mai~ pequena e impcJJida r>or uns maço~ de longo cabo. Os dois gmpo$ comb;_ttcntes vestem blu­'·'~ e bonnets d1Rerentcs. poira ~ na.o CQnÍU11· direm o-. peleja.

Em Paris ha \lm dub eleganti~imo, e· •m o nome do pro1>rio jogo, no Bois de BouloJrnC, onde a in-.aipc_-ào como $Oc:io é cara e cJiffi-rll, o que f:i:r. 1:om que a fll\\Í~lenda seja stm- ~ pl'e di~tiucta fo:m Londrt! tem o PQ/o tres ~ lubs espcó;aC", o HurliN.~"""'· o Ran~lat• e o Roduw•J>lt>lf, todos eleJ:antcmente in.stallacios.

-.:om cai.a possuindo todos os requintes de lu'.'.o e de t-01nmodidadc1 C\lensos jardins cheios de fron. dosas arvorcs, esplendida orchc.:,'ra e restaur;.un, on· de, apesar dos elevados. preços, ja1uam muita~ ve. ics 1 .-,o pessoas.

lla jo~o va.rios dia.-. da semana. ma' o sabb tdo é

rsn:~',.~sº 3m:aTn~~~1·~~~~:d:~corri<l [}. compareu: do '" .. < ), mulittgs mai~ 1meress..ntcs da srnsqn fornm: o

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172 ILLUSTRM,'1\ll PORTl.:GU~'.Z/\

O utdtr,- tum 1/lk/N•• .1ldlu:Jrt11t1A ~ R1'"l• .. rs -

Os q,,.lro o..lf..-w's ti; lf•SH,'fl.J : ,.ut1o1 n ti.o 1or-

- 0 •li" ti• ,-•llq• ~-Ili•

d05 indiano! contra um aru .. tocratico grupo de ~ladrid, e o annualincntc rcahddo entre os officiacs <le tudoA 011. regimento! de t avallari .. da lnglatcna.

Os :\tahan1jah oí llikanar 1 indioa de tC% bronzea· da que 5C encontram frequentemente nas rua1 de Londres, com os .cus grandes turbame1 cm 1cda de côrcs ''lvas, jogadores tcmivci!l, vcnrcram pur 7 goalt contra 2 o t~am hcapanhol comp<'lsto <lo.s MS. : duque de Penaranda, ma1quez de Villavicja, R. de ~scandon e F. de \'turbe, os quact 1>or ttu::i vci ba· leram os socios do Roeh:Lmpttln Club por 8 <.'Ontra ().

O desafio militar foi ganho pelo leam do 1 r gimento de hussards, a quem o grande lord R> bem se dignou ir ícJicit.ar <. fazer entrega da vai • sa taça depois de por ella ter bebido Champai;11e

Durante o jogo e servido o chã ao ar Jivre em recinto especial, onde se reune uma multid:to de· gante e distinctissima.

F. A ,

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A serie de photo-graphias, que

iu5erimo~ hoje, re­produzindo alguni gracio'I(•'\ trechos d;1. nova hnh:1 ferrta das Pcdn•S Salp;ad~1s, e Que foram tiradas pelo cn\·iado especial

1·rs10 1(1' l'tlla. Rui, lunrla tia uln(40 tl(I 1ammka 1le/'1tiJ (Cl..l<:HJ1:"1 J)() AJrUt>Ok A, LOl't.<'i llfAllTIN"I, OK \"JLLA RP.AI.)

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1; - :!..LU!<TRAÇ.l.O PORTUGUl:.ZA n vo1.u)m - .5 de ago:,to de 1 t)Oí

d •t·-..ta linha. por occa:,iào da ..,ua tecente 111~0 r.açào . . \J>4.·-..ar- de lhe fah..ar~m obra~ de arte. o r m:.I de \'ilia l{ea1 ás Pedr.ii1.:> ~lgada'.'t nlio ~ cle1 xar de ~er con-..iderado um dt•" mai~ inte1 e~~n· te-. e pittorcsco:> do caniinho de ferro do IJ1 ur pela bellen c-.• ffACteri.-.lica cfa :>ua pal:tagem actt~I e àkamilada.

A paizagem tran.:.montana é e!'~cnc.:ialmcntc di~k· rente da minhota. Emquaoto um.c1 appcuece ~cr. 1

e ama\·el. com t()((a a graça radio-.a de um Yercl · tleiro jardim, a outra é se,·era. impuucnte, mutt vezes ::i~1>era e rude, sem que, por isso, dc.:ç taiobem de ser bclla . S imple.:-mente tem a :-.ua f. ,. mo..,ura especial e propria.

A~ serr.ts da regiào que a nova linha ferrea atra· '-'essa ~o raruificações da do Mar!\o e <.la <le :---1·

nnbria, na Castella Velh~ . e, como ellas . formad:ii de dur:1s p~1 1ecles de granito. Mas, da~ st1as ing;.··

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1\. \IOL.UMli - .) de agostu ,Je l<JOi

me-s enco,tn' dcspenham·se 1

por vezc~. cataracta~ adml­:-:wei$, qut: a vi~ta sente um prazer e encanto indcfinh·ei, t1u contrnq>l.u. f.m \'illa 1' >ura d' _\gui:n, d'onJe o l<tminho ele ferro começa a dt:~rcr p;_tra as Pedra~ Sal­@' .tdas, cac cJe grande altur;;1 da montanha l>M regalo, que r •rma no in,·erno a famo~ t;1scata. da Regedoura, por exemplo. e "<:guindo dcpôis para o norte p:usa nas Pe· dra' ~lgadas. com o nome de ribeira de A,·ellane5. ind~ dc·saguar finalmente na mar~ Jtern esquerda do Tarncga. to:• para aprrwcitar u agua'),

ILLL'STl~.\Ç.\0 f'ORTL'Gl'J,.Z.\ -· 1;5

li /'I INlt'frQ

ma1/t1mJ

que brotam Uc• abumla11-te111eflle dos •eus tfanco~. que "' montes tra11<1inonta­no!'I ttem as ~uas rucosta!:! cobtr&•l~ de moinbos, cuja!­rodas cantatn alq:remcotc no; pi ncaro:-; onde se o. -t<mclor<tm.

i\li:m d ' isso, n11 sul>~ d'n.s;1\ serra!'!. ois \'l'l.Cs en

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çra,·ad<·.:;Cntrc<lua~ d'ellas. como aro11· tcttC(·m \'illaPou­ca, situada no meio das da Fal~rra e de ~andonho. en­contram-~ lind .. e engraçado:; "·alies com uma ,-~euçao luxuriante. e:uen­s.os campos de ma· ra\·ilhoso mattt. vinhed<•s e quin­tas. ~ rio$ <le Traz·

os.Montes, e entre estes o CQrgcJ, que acompanha em grande parte aºº''ª linha íerrea, !Cr·

peando em >.ig· zags, ora approxi­mando-sc, ora des­viando-se um pou­co ruais, nao $.'\o cm nada mCt'IQs

di't'.01)5 de '-CT ViJ.

'"" do que o Ca­vado ou o Zezere, por exemplo. \f. gumas da~ noss;i~ ph<>tocraphias re­prcacntam bJ~Cto, das m•rxcn1 do Corgo e de t><woa­ç(~~ que clle ba­nha. ~o magnifi­co~ quadruulc pai­zagcm, que fat:wJ. mcn•e hao de prender o tAp1nto e cnlevar a \'iMa de quem os cvn­tcmplar, e bai.t3 a lcléa auggest1va <1uc a photographia uos dá d'ellcs para até •quclle1 que nflo tccm a fortu­na de conhec;cr de vi!lu a pujante na· turc7.a trnsmnn-

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'l' - 11.1 L' TRAÇAO PORTUGU!iZ.~

tana ~xpcrlmentarem uma dtfü 1~1 in1· pre:;,,~11 de c:·nl"anto, uma e .. p<,nta11r.1 :-.<"li·

"'iaç~o de ;ulmirall''º prazer Vale a pena, pui~. vb.itJr a provinda,

parn apreciar a belleza propria da \lHI pui­zaitem, que, lomo acaOamo" de di1tr, nào ê nada ,lrt.ph itnda; e agora, quf' o l .1nn· nh'l de ferro vae j.i até ao c<•ra~~o <lc Traz vs·~lom~'• nào ha nenhum n1ot1vu para que i.'o se faça b~ hnda e agrada· \el d1gr~o. Além d'i~'!<-), cumpre n~o ~~ueccr que uma ~Tande pane do que IC chama aitu.la hOJC o paiz 'inhat("tn,, .Jo Dour•/9 1 1"ll,) é, o ~olar do ~ndc \'lnho rlc Pl'flUG'al. hc;;i cxactameme na rc~i!'l.·l fcr.1-cb~ima tln < ·orgo, o que n!lo pode flc1x.1r ele an:rcs­ccr u ~cu interc'>se, e augtnenton, pa::-1 o vi~H;mte,

I\. vuu:1u:. 5 de_agoslo Jc 1~;

a curioiticltuic •1ue otlerecem aquell;1s prcrÍoF-a~ ter· ras de l 1orlU~al.

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• !l al:>mlra"cl cstan1a grega. que o i_Wflctno ttahan" acaba tic a~umr P~r U"l• •

•"mnut t'arcc1~a c..'.'!m c:m c"ntos ~ rtt&. rcvrctcnta uma l~"ll!I\ taccr~"nsa ~~ quat­oucr culto bctla1tcc, tnNh"t~a no cb1tl.'.'11 e tcn~ na mão ctQucr~a unt C{lmpn~ N!C"'• c-n~ ~ rtcnt lt{UutC5 bt uma c'°'r~:t « oU"Cctra e ~ um C(lfrc su1tcntaOO P"r pequenos gr1pt>ce . .fn1ta-1bc o braçc \>ircat", n1ns o rc•to ~o corpo cnc~ntra-sc q~a51 tntcara• mente conecn'at'lo, e as bobras ~ cblton bdxnm tCt"Clar mna btlle;a ula.st1Ca, virginal e pura. que nã" tem emul11 senão na Ucnue l:ioc tr:.llo. pu:ctl)fft marn,1Hba bo 1out1r-;.

l:>CtlCClbcrtn cm '!ln.;10. ver c-ccae1iici ~o l'lcrr~cnmcnr •. ·'+ pr04tUjtbC! por umn mnrt c.'<trnorZ'lhutr,11, tJa pnrel'lc que c\lbrta nt\ ruh1a& t'la ,,11ln De llcto. ceta tsntua. que t, *''111 l'!m11ba uma obra original ~o sconnbi'I ou tcr-:cir\' eccull'! ante;,; t>c Cbrh;tl),

atribuc .. .at a 'I.ysippo, o ct.\culptor bc '.f:llcxnnt>rc. ~~~~~~~~~~~-)

(t:Llt.:lti!: OE CH. Ali'.'l.\C\&-&0'11 ~·

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O ~c:svo.,onmcnto vrogrcssh1ci que a OOcnça bo ~omuo c5u\ 11rot'u.)inbo nns ncioaas colontno nn '!mica Occ1<•c111a1 conetituc um perigo que nmcnçn ecriamcntc o ruturo uttramarhu.' bc ~ottit{lttl • .Em 190l cnviantoe '' a ttngcila uma mtseão sctc11ttft11

ca sob a 01rcc<;io <>o cnunctllc bactmologtsta !>r .

. r pr-~la Esp-:r""i".,, tf.- 1_; a1tn•'1, bo:1t1 dt! AnrM• ~i11 ,,,;ssJo :r';::,·~~~ ~~~~1~;;~c~~~{a~J~! ~·~~~~tt~e~º~~~!t~~ ~ portug-uua. A~formt!odn duutnl~ '""'' t<fr;:,10 CtUHpanbn cÓnttn n territiêl CPIÕCIH(n.

E>'cssa mlseilo f<J_<ntí\o parle, alem \\e outros mcõicoo. o sr. or. 'a~rcs llopke, n quem se otvtm, ll<POls, ae primeiras npUcaçcics nt\-6 l'.lcc:ntcs l'to atti)Xl,?11 Que tem sttto tnNc,abo como seu meNcnmc:nto esvcc1ffco, e cu1oe cstut><>s eobrc a ttr11anosonuasc bumana ek bOJC ~~ioamcntc CN1s11>cuoos por toOoe os cs.p<einltetae eeltang<lroe. •

Ourto membro ba mesmo missão foi o sr. Or. llnnlbal Corrcin l'llcnocs. Ofetmcto mc1>1co oc t.• claeec !>o utltamar e blrector !>o loborntorto bactcriologlco oc 1oanoa. i;· cate !l1st111c10 bomcm !>e eclencia qntm t>lrf• oca actn~I missão cn~i•!ln li llba !lo l)rinctpe, com o !lm, nllo s6 O< co11111111nr o estul>o l>n !>0<11~a. como ran,. bem !>e por cm 1>rntiC11 as rncl>il>ns propb~lncticns at>optnl>ns IA na 'lllgnnbn e 110 aongo. • • • • • • •

E' conhecida a duvida manifestada J><'' Shales­ptarc sobre a natureza e oa dc~tinos da morte. O moncr 03.0 !Jtria simplc!imcntc do1mir, pon·cntun SQnhar? suggeria o grande poeta lnglez. :'\:lo é. evi­dcntemPntc; 1no cousas bem dilTerentes até. Mas o eonrno é que 1,nrcce (azer·'-C, ás vezes, como que o

batedor ª''ançado da morte, e, n'csscs casos, pode dizer-se que se morre a dormir.

~· bem simples romo isso 'C pa»a. Xo prindpio. nem o propriodoente, sequer, imagina que está doente. l\:;.=>r1lta-o de vez rm quando uma somnolencin, em c~pcdal nas occo~iões em que se entrega a algum

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!\' \'OLUM& -5 de agl>!ilO de l<yl] ILLUSTRAÇAO PORTUGUE7.A-1~1

trabalho ruonotono. 0 ÍaclO pa­rece períeitamcnte natur;&I, e ba~ Ll um bforço de von1adc para qne o.~ palpcbras reajam contra v peso que u quer abaixar e o ataque de somno IC'JA ,,·cncido. Pa. ... ..a. m.1is algum tempo, porém, e a ~mnolcnçía torna-se mais forte, mais difficil de combater. J>cp •is, vem uma ouva n•mi~'\!lO; Q ~ymptoma, que começa,,·a a ;ilarmar, attcaua·ttc, e n suci1>ei­ta, que nascia terrh1el, desva­nece-se. Succedem-se alguns dias de socego e de~cunço; mas de repente recru<leste rom maior inten.,idade a doem.a, sobre a t::xbten~ia tia ,:;roavidacle da qual Já nao ~º pcrmittidas quaes­'iucr illu~'<'.'4. A M>mnolencia torna - s.c quob~ con"litante. Os doentt.$ adorm«cm invcnci,,·el· c:cnte dur.Jnte a tXC<'U\-!lO dos actos m;ü') \·ul~area; al!!:uns eh~· ~ a cair a dormir durantt- a

. .., refeição, com a bocca atulhada de alimento, de que n!lo con·

~ duem sequer a rna~tigaç.a.o. Acvr· "da.tn-n0$: acordam-nos morno

01m urna relativa facilida.de: ma..1 d'ahi a pouco, dc.de que dei­xem de ser excit.ados, recaem n(• me:.mo estado de torpor • .\in<ia durante o periodo mais adean-1ado da doença, quando o somno se torna mais ferrado. a fome obriga o paciente a acor­dar. Mas, para quê? Mal deu duas dentadas no ali mc.nto caiu outra vez para o lado, prostrado de novo a dormit.

Além da tcndencia p;na a hy· pnose, de certa phasc da doen­ça por deante começam a accen­tuar-~ outras manife•H<l\1">cl lhychicas morbitla:;. A mctan..;u­lia ou a alegria. manife~tando-~ cxcc.;<1>h·amente. e sem motivo,

A Jtr,.t• (!wiro.,,., ú N •uo1, ,.,,,, •• ;1. mudam (undanlentalmente o fei-Nl l•p;;'..1~1~~ ';,"-... "",7;';'!:u.1,,,.40 üo anterior do caracter. A ,.lln•

Amls~o portueueta M 1901- 01. A .•·1n A~,,plt": d1, {';omn "' Nat'nde: d1. Am11/)Q/ de Ot'/len.cou/, clteft> da 1111/JSilo: t• p1rpa1nd01 da misJiJr•;

dr. C..rrâa iJ/,.,.du, <lft'ftf da IHÚJ/fo 1u/11nl

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1~~-ILLt:STRAÇÀU PURT\:G\:EZA

tade, e isso ê uma COUS<l períeitamente comprchen· sivel, n:to pode re$i:)tir ao effeito oa somno1encia, e gradualmente a energia para a execuçrtc_) dC\S açtos voluntarios diminuc, até (jllC acaba por a1\nular-l>e de um modo definitivo. Com a altençào succede Q

mesmo. Mas. a memoria, pelo contrario, conserva-:;e. ao menos oa appareucia, sem qualquer alteraçao. O doente recorda-se de tudo e reconhece todas i:ts pel)­soas com quem estã habi­tuado a tratar. Rei;punde, çom lentidào, e, parn o fim, quasi só por monas· sylabos, ás perguntas que !hc fazem: mas, em todo o Cho, responde sempre e com acerto.

ConJUDctamcote prndu­zem·sc: outras perturbaçõtS do systema Jymphatico e do circulatorio1 alterações c-alorihcas nota\•e:s, e ouuoS s~·mptomas val'ios. Nos ultirnns periodos de evoluç~tO da trypanosomiasis,­ta1 é o no-me sdentifi­co da medo­nhn doeoç-a dosomno, -o infeliz atacado, ho­locau:-to sa­hido d:t mor­te desde a primeira ho­ra, cae ent:to n'urn e-stado de esgota­mento pro .. fündo. enào reage d'ahi por deance a qualquer e:<­citaç!Lo exte­rior. Já n:10 ê. quasi,

k~,~e:~~~

lV VOLU),(1':-5 de Og'\)HO de 1cp7

aproximada dos habitan­tes, e onde nào se fat., mesmo, te~isto de obittH . Nos concelhos do interior de An,óo1a, por exem11lo, a diminuit;ao causada pela trypanosoiniasis na popu­laçao, porém, é trto graü­de que se torna conl facili­dade evidente. Se nao se puzerem em pratica, bre­ve, sem delonga, medidas prophylaticas ten<leotes a sustar o desenvolvimento da epidemia, o resultado fii\al é simple~ (le prever. Oil-o, com a sua ;:mcto­ridade scientifica, e a de c:on hc~edor da regi;'.'101 o sr. dr. Corrêa Mendes. chefe da actual missào á ilha do Princi pe: Em poucos annos veremos com· p 1 etamente despovoadas algumas das regiões mai~ ff.! rteis da provincia. F.'

esta a sorte desolada que . ameaça eíl'ec1iva1ne1uc o( concelhos de Cambambe (Dondo), Cazcngo, Golun· go Alto e A mbaca.

O perigo para o futu· t'ô da nossa Africa occi­d e n tal i:. pois, bast<th­te grave, ('(l­mo se ,·ê: porv~ntura

é, no nK­mento &clual o mai:, s1a­ve q uc a ameaça.

inconsciente que está e:>· tendida, en­tregue a um /Jospifal cq/.ou;a/ da }1ot(/tu-t'rn.: Na. p!rá.St' 11d1mnlóda da d«1t(á

A doença d o somn•, que çomv e n t; d ade morbida ca­r acterisa<b n'ao é et_•­nhecidaro<iis que do Cl"'l­

meço do sc­culo pas<;J.­do, te~-~ p r ogress1va· mente es-pa·

'omno ani-

GIJSSlntti da 01n)w. ('1. esp;-cie ""';. fo SN>ul/i,rnle d longipalpis, am· Pliado ao dMJ,·() do lamat1h<J Na-

11rral

mal, sem energia bastante para a realisa<;;;lo dos proprios ac:tos na.tmaes, contorcida de convul­sões mtensas e repetidas.

E a,ssim sobrevêm a morte. ~ d'csta maneira morre uma

enQrme quantidade da popula­çào indigena das nossas c:olonias africanas, e tee1n morrido c..-gua.1-mente alguns colonos emopeus.

N:to pode precisar-se com ntt· meros, como facilmente se com .. prehende, a mortalidade occor­rida em regiões de que n!lo exis­te organisado o censo, de que nào ha sequer uma avaliaçào

lhado, na :osta occiden!al da Afrlca, desde o Senegal, ao norte, até ao districto de Benguella, ao sul, e 11<!•

ilhas do golfo da Guiné, S. Thomé e Principe e Fernando Pó. Em Angola o seu pnocipal foço ê na bada do Quanza, mas d'ali a trypaooso.. ~ miasis tem irradiado, e prcscolcmente parece acompanhar a marcha do caminho de ferro de Ambaca. A doença é, tah•ez, .ba~tante antig~ na prov1nc1a , mas nào e provavel qt1e tivesse ad· q uirido grande incremen­to antes de i 87 t 1 visto

Glossina Wellmani. do R•• Zml{á e G()/tmj!'o AlllJ. tnnp!fada ao (/{)bro ót•

lamau/10 m1-lurol

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1\ vor.0,.11~ - 5 de agosto dt J 907

•111c "º n'esse anno começou a chamar ;1 ;ittet1çào.

Emittiram-se varias hy pothcses sobre :t etiologia da doença singular aates que .i .. ua origem parasitada fôssc rcconhe­:i<!a. O causador inicial do tcrriv.el mal ·, - está a ourado e assei\ te, um mi­-rosropico Oa~ellado descoberto por Cas­•dkmi, na t:ga.nda, que rcçcbeu a de-

ILLUSTRAÇAO PORTUGUEZA - 1~s

í - - ~= .... ";;./' ·, "'!'·~~$- ~ '-------- - ~-:'l,,'Y'~ ___,,~~-é.:.- . ________.., ·: &:.;,. ...... ~-

.. frfla (Juilombll. d~ J'. 1111 ª""os, 1 "'!" , tf~" coincide sempre com a da h) •

.. , .,::~:~ª~~;;:~~,;'~:::Jnu/u,·A , . r\ ~~ }iJ\' p~ose. Ond~ se encontra a Glt>S· iol "'usotlos da "'"~ª '01" jl \ sma palpahs ou qualquer das

-flzta f'i'sterüu· dt1 Glossina \ I . ~ suas coogeneres existe com cer-do />rrudp,. teza a doença do somno, em Angola; e se

xnm<ição de Tr;•1>n111JS()111a gambicttse. bk ~enero t·, de resto, composto de urr.a rullecçào de especies malfeitoras. :'..; uma, de toda a serie conhecida, e lUc se encontra nos ratos, parece nào

"' pathogenica. As demais sAo agen-'.-· espedticos de varias doenças endc-11 ,raio na lndia, na America do Sul, m\ lululandia, cm outras partes. Depois: de, rm lif1!:Uida a Castellani 1 ter encontrado , h)'P1iNOS()11Ul gmnl>iense no liquido ce­h.ilo·rad1idiano de alguns dos seus

·forntcs,Bruce ter demonstrado a COl)Stan· 'ªda exbtcncia do ftagellado n'aquclle jquido cios somnolentos. nl\o podiam :Wstir mais duvidas a tal respeito. Como cooperadores do Trypànosoma

't 11rn; as mos~as do gcncro GlrJSsina1

exceptuarmos o districto de Mossamc­des, é facil enconttal.as, iníefü;mcnte. umas cio2entas, outras amarcllas, toda.:> nocivas, potérn. Uc prcforcncia nas mar· gcns dos rios e nas florestas irrigadas, tanto uma variedade mais clara da es­pccie typo, ~omo a especie \\.ellm;;i­ni, abtlndam, segundo verificou o sr. Corrêa Mendes.

A graode prophylaxia contra a doença cio somno <:On!ilste, pois, na defeza cou. tra a mosca, e é isso exactamente o que explica a menor facilidade com que o europeu, que apenas apresenta exposta aos seus a.taques uma superficie insigni­ficante, é muito menos assaltado pela fatal trypanosomiasis. O que não quer dizer que o~o haja já exemplos de bran .. cos victimados pela doença do somno.

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1b4- ll.l.USTRAÇÃO ."ORTt;GUE.ZA

Quantoltthe· rapeutka o que~,,,.,;~ ~-mais recente· ~ ,..~/' mente ~ tem· -~~ e.iudado ~ o A -emprego d~ / J, · atox~l, cuja ex- Ti~\ p e rim entaç~o l vac tambem incumbi-da de fa1.cr a actual mi:.:;!lo 6 ilha do l'rin· dpc.

O atoxyl l~ um com .. pobto arscnifnl 1 que ae apresemn ~oh o aspc-cto de um pi'1 branco e possue uma fraca to­xidade. O r.cu emprego para o tratamento da doença do somno foi proposto, cm 1905. pelo dr. \\"olfo""'º ThomH, da Es. ola de ~tcdicina T ropkal de Li-.rp<iol, tm >eguida aos cxn~llentes resul­tado, obtido• em ex­p c r icn c ias realisadas em nnimaca, prindpaJ ... mente ratos, infe«.:ta­dos c:cperimentalrn.cnte

n· VCUl)..E - 5 de ago:tto de 19'17

se 1nlerrom~ produzem-u sempre reca1d.u; e. por outr i.,. do. o cmpref'

prolongado, ou rm li,,. scft ctcvada.s, do U• xyl reclama ccrla!I re­'-Crvas, 1><>r4oe pr(ld1 compfkuçOc.!J fune11ta~ entre a11 qune:oi hgu11 em primeiro p1artu a cegtteira.

com o 'li_ r/ll1J10Soma .rambiru.u. A, primei­ras apphca(~)ca feitas no homem dc\·enH1e

Cr"""º d~ 11111 ~aso "" t/()1'11;·(1 ''" J(lnoM. / frosíJo 11a /au i11U1110

rf.a a/Jolxttlá ''ªUt'lHl(.f. /Wfu lt'Jlhl fl/'{'IHl'(f'H OIJ!NtlláS t·,:u

E.' este um df'l\ Jl("l1·

tos mail import.a11tt' que. e<1mn já ili~ . mos. incumbe á m sao que vae pa 1

para o Principe e: cidar. A continua d<> estudo da r: .... de propagaçllo e .,, luç3o da doença. ~ a e'trcitc1.J dn m in:tular deve (a( ili naturalmente, e o • saio de appli<:a~·;lo d mesma1 medid;i)\ prv phyl:uicas j!1 adopt · (ln:; pclo5' a lll•mft1· .. < ir)glezes nn l!J,tamla'

ao sr. dr. .\yrct Kopl.e, e os rei;ultados obtido~ h­ZCliiln as!umpto de commur)icações do illustrc c~pc· c1ali~t.1 ao conR:tC:~'-0 internacional de medicina rc­unidó em Li11Joa cm abril do anoo paSbado, á nos:1-a Sociedade de s .. ~cncias ~ledicas e ao recente con­~rcss.o de m<"dicina tropic.al de Londres, tendo sido e~almente con­firmados por t:\• perienfias reali· sa•Ja~ tambem p<.>r Hroclcn, de van Campenhout e R. Koch , O que Cbtfl dcmon!'I· t rado, por ora, é que o trnta· mcnto pelu otQ· xyl ollerecc in· dubitavcl! vanta· gens, porque fat: ceft~ar 01 acces sos fchri1. dimi­nuir o ,·olume dos ir•n~lios hJ. pcrtrophiadQI, .atalmar os &ym­ptomas nervosos, e cons.eguc obter o des.tpparcci· mcnto,do »angue e da IJmpha dc.1 trypanosomaJ, que •Ó ficam per­sistindo no liqui·

pelo~ bclgnA e fran1 ,. 1es no Congo n-:'lo dei'lo:am dC merecer, puH ·

egual mtcrehse. De resto, a actual mi~o de e"tudv ao l'nnc

nllo o~dece apenas a intuitos scientiflcos throt:l a '-Ua convcnicocia e opportunidadc ~"lo faccu rcc:onhcc-cr de!ide que ;..e saik que a anv;1~0

h)·pno~c tem mado um tál ra( ter de (ent­

ral1da :le o 'aquC la ilh•, que, gundo (~ n: ·

~ lhorth t ;.111 ui ~ :t l)er, entagr,

do :uaquc ;1tti,. g<' ;t NC!IH l.U

por tento «la J:<l­pula\·!"111 tota.

K o pt•1ii:odl ilha do l\mri,tie é o mc,1110 qot ameaça '\n~

o ali, "" no grande 1010 cMà auumJ

te, e d'elle, antc!t.

(c1 . 1ct1A~ ºº "ª· Olt. A?OOIA.t. og 18TT8NCOlllt1' g Oft llRJo!Ol.UU .. )

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Os fXIJ/4Jtn ltollaHdN!, "'~/,.: "<14'.oa;;-0 si. ultd~ t/.' Sofl•~'"ª .tlt. JinrlAur r.,. EJS "' /.K1ttl'"•

•i1tu/ro tJ4' 11 .. 11.1wl• - O 1r. uo·,tatw tk Fr••~ <o• J,.••u1tl• oJ /'tulorn-l.J 1r. •i1tislrt> til l•rlaur r•

"" •r11•do-J, /"'t• • sirut carr••K,., o sr. Gn>t6'· "°"'"'' tia Hollo•tl•-Ch '''· •t•UltO

ti. A•,tw• . .,,11111fro ,- s~<rdar10 ú .fi••r•. 1'1Udrrl't•dd tlu1 lf""r<><"tv1 do Oi••,' o'"""'""

•• "' 1ts 1t1tt'Jt1llra1 do /"//"''"°-A' f"t>tld do '''"ça.o: 01 1rJ., lt'ltddt ,,, "° 11ddido dd Alll',..dH•• - 01 f'<IJ.111' <S flf'O#ljNt,,JUu"(O o fl'I '''ti

U "'· Jonlheer van E)S de L1endcn, n i· annos, cntr!ua na c~nreira d iplomatir:.t cm 188o, 111,l•o d,, Holl<11Hla cm Lisbo,, desde ha t1es tendo sido, antes de vir para a nossa côrtc, mini,.

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O '"•drrro .. dtiz••11t• "1'•ft141,.1, o <lt•f'/11 t'•SC'!•d'fut•~"lll's -<>Jr1rt'o ;i.•uu/rt dd lrt•:llo.• O IH1110 do ,..,,.,1/nf<J

-!A 6al:ld- (J ("'"' /11'1'''"''' f"<'Jlfl,,dol Jlftt /.,mtt/"f' Rt-al -.V~.trtr fU d~1 (ur,.., dtf/f'#td/1(1-,. .i-f /•mt/M -·''<' 1 ~"'" ''',. 11 dtt'K•rfo do rw,-r'ft

tro residente cm Paris, Roma, S. PcteuLurgo, Berlim e na Romaoia. ContaYa 5.' <-uuws de edadc.

O sr. Van h.ys, que de ha hastante tempo se encon­trava doente, morreu vic.:tirnadu por uma les.."\o cardíaca. O enterro do illustrc diplomnta foi a melhor demons­tração das sympJthias que po:i~uia na sociedade de Lisboa.

(CU C11r%:t UK BRSOl.1Kr.)

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fCOHTIN..,,AOO 00 H. '1~

Jacob, cutiio. eom nm Oeugma rxtranha, dis:se: -A eel'toU 'IUO eu aeBb11va de tfr, meu amigo,

.-r:i <1ue n'aqufl ll:i casa !e commPuera o trimel­e t'nucluiu éom uma palmada no n~ joelho. o·~ia ,.,, IWlr"rÍ; e e.xpw..illfl H minhas rlll~~ :

-Como engro~~ª''ª o sr. Jacob o ~ fio, rnai~ amda, como d1tÍ:1 que ali se comme11cra ocrinlri, "~ n••m sequc•r 'mha dados 1>ara julgar que a vic,irnll l'unl1eáa a mulh<"r de \'irtudo" ll11pois es~e nomi• de nt~noveva a dal'•llMl lanta llll :,em DUll('4 l.t'r tlüdo falar d11 ~•·melhante cttah1n -:t A uoiea c-en ... u 1rue elle po-.. ~uia tta a de que a

hruxa da rua da Oln·eira íôra ci•Jr tom uma amif(A 1•111 ,·esper.11 d.; N:11al o i"° torna,•a-:,e l\0$ rnru..,. ulhos o mais vulgar dos c:i.:w ...

- ~m duvida o sr. Jatob Ü· 1ha oulri.H d:u.tv. .. ' -gritt'i tmão

u"um ~raod•• ar 1riumpba.nl.t. -Xenhum mah, ! . . . dt'C'far\lu

àO f'~'1H.'r·:i.6 na cadeira oomo ~e fo~se fulmiuar·mo r.om a sua 3rgu­ri:'l tealmeute 1•xlraordina1 ia.

- 'bs eutl11 como tirou p,.;,a., l oddU,il(" .. • 1 •••

-E',,impl.: .... F111uai en,.JO a 61)((1tal--0 e a \'l•r

nu .. ~eu:, olho5 uma enorme :-iUI'· façãe>, ào diuw·n1e oom bond11dt·:

- V 3e vi'r eomo fabriqu1·1, do I~\. da ind1ca~.lu*d'rssenome. a eor· da ji forl•. o baraço com que h•· ,,, de prendrr º' cr1mino50:1.

Ora e.~cu~\ di~se elle. - Sahe 11ue eu en&rci t•m casa da 31ari:tu· na da Couceiti'.m para nbcr da:> !UJ" n1!3~·úe.s com a A:S.;,a3,ioa.da'

~ (li s.a~e t:irnh11111 íflle não .aehn1 maneira de a 1 oterrt1~lAI'.

- Lngn firuu ao uhir f'tar:tamente <Oloo quondo ••tráno .

. -~ào .. . ~•hi. com o comAÇO da pista e ao ouvir a irmã da. hrou con· finnei luiio •1ue pensára .. •

-E o que C'rA~! -Que IPr1a dentro em dua.. .. 1 ora.o;,

os cri mio~~,. fl11l meu ~n, que o~ arre~ot.ana no 4"00lmissanado ao meu íol.eaião su1:lf'rior e, S-t-m lha explicar eomo cJ 1~àra :i~uolla. dct'coberta, nar· rn-lhe-lua o crime como elle se déra tt dir Jbe-11ia Oi nomes do$ 1-lilàiilno:s.

- Ma." cu.no'"' iSS?~! -.\ssim .. Ocrime fii<'> pnoticado,

~uudo 1·u P*-"Dsan, d1•n1ro d'nma cas.a. .. l~baldr a proouràr:t, ma.., esse nomf!. de GenO\'C''ª do Bem formoso re­cordult-rné 11uA podia ti~r em c3sa d '•li a. • . JS ão é o bew da Uarhaleda ao fun d'••-JI rua; nio r-.Joam ter,

depois dt• a aoualbanam, agamdo uo et•rpo e de11arem·no ali ao cabo d'P.~$2 1ra,.t"~1ia S(,b a chuva ..11 'l'inha ja o munero d:l casa r a •'.Ortoia de que a bn1 ~a lá eeár:i com o amante ua vesJiera do Naa.I. .. -)lai ~a Yittima~' Como a allra111ri~m··1

•••

- •·aC'altnPnte ! a lim de d~it.aretD l'll C".an2 ... de arnnj2n·m e~..;a íónna do marid..> f.'!º'""r d'dla! Nio 1•ra uma ciumenidl F'oi tudo isMl tiue me passou pola idéa, qu:ando p~rguuiei, de1mi:, do o pensar ,,sim. se a bruxa ooobecera n. 'l&ria da Piedadl" I l)c.mais já o 'ab1a eu!. .

A rapanga re~poodru·me que ~ .. a ... ·nhi•ra era do trato da innã e lambem da G•ooveva, que íôra ~uatM"ada com outra mulhrr-a. ãma duma­rido da viclima - e <1ue vh•iarn juntas na <"asa da calt••"' de Ago$tinlto de Carvalho ... J:i mu

'J

'

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~ déra a Cf'rteu •1u· la tlDIJam ceado n'1•s ... 3 uoite Parecia <iue vinha s.eote na hctda: pararam, e tieaba"a de 11:2rr~1r ~irnple:-mtnte que a bru,;a ficaram em andas, JH•lhdos. Não era n:ida. A chuva ao eo1rar íóra do l1orns di:;.sér:\ ter a n. Afnria Uca- continuava a jorros nas calçadas o os tro\·Ues aba-do debaixo d'uru u•tnl. .. Até se lhe atz:u râra ás ravam oi; l :imrnto~. llavia ssngu6 pelo chão e na::; 'aias e ll1'as 1mj~ra Jt UDflUel . .. S-Oubrra da ~ua cadeiras. As "~·lhH, donas da Chi, jM'diam ern voi morte oo ho~pital d.-i1.U-1 a a~a da irml no lim baixa qut> a l~·Vb"-tm. Sentiam gente a incur-.:;e do aooo e era lndo l oo andar df" runa.

fula\& l.ª"mldo I O \'Ct reafmt<DI~ qu1• C1 poli- .\,O'ff.Ulftl UI~ p~a, le~·anm·lll (Wll e~da. Cll d'um t'bil no fü4•ra uma COD~l,.ttol# corda , As outrb, lraoudas. allum1aram; º"' relampago~ 11ue :-0 por uma ''llª ind1eaçào d'uma mulhrr de cegavam-no~ e tllH lá a foram l('vando enlre º" ,·1rtude e por o 110111•• d'outra crr.:i:tura ligado ao seus corpo~ 1>ela ru:.. A chuva a.pagava as maochh d'uma rua rC'<'OHlillÍtuira o~ rae1os f.Om a M ia rara de sangu~ e uu meio do barulho do:.. trovões, d1·

liabil id;1do, 1word•11do éS<a ~ia do N1o1al e fo- 1iam-lh1.: t1:udo no :-f'u c~·rf•hro o tr~balho quC' a r'p:iriga - Se ront~i o 11ue sabes, ('Omnosco te ha:, de coulirmou por rom11ll'to. ha,·er • . .

)las ha,·1a aiuda t·m mim um f.IODIO dr 11111·11'0- Tinham iMa de a nl(:tt.errm n'um lrtm, leTa· ~atão : rem-na a ça~; ma5 ao dfk.t.mbocan•m do Bem·

- E o lim do crime?• :'im l1011'"t' d•"Cl•rlo um forreo-.o \Iram um ,·ullo, uvenm m~o. cozeram· movt.>I ~! QnJl (111 ' ' se ron1 1 •~1uina. Era um bt.-badu que pabou a

O velho Jacol1 l1a1xou a sua c.abt-ta uiva t1 r('.;.· cantarolar ~4'111 dar prla cbuYa. Ao fongt' vinha pondeu: um trf'nl dt~ corrida; 3meaç3,·anM1a s.~mpre :

- ls.:;o é o innis cstrauho do~ mp«'ri<h• ! . . • - !'e í:ihu., j:'L sabes .• . , -A não lit•r <1ue hou,1e~'e um llltt'l't'~lriit •.• AI- A mul her ('1'a um íardo nos seu~ brnço~. empur-

J.!Urm... rar:im-na, ''ir1m·na e.a.ir, a bruxa scn1iu que $6

o ehtf• do roliri• lhe agarrava .. saias. llÔ.t o d'-'"do i.:ordo 11<h uma du rodas toCOu f"'''°' labi°' e d•· no rorpo da •ictima. po..., accre~t1u~1t1 : • e o co1.·h •iro batendo

-Ha cuo .... h n'n · ~ nais pil~' berrau:

dé rom:mce.. Ora ! ~ ~ lttbl\dO lidra :iios te crime <1ue 11arti•·.-111 .. ~ -b:hl homem! ...

o ::teu horror~ N11 to· ~ , ... trat t' ('ntao agarra· vt•ja·o :igor:a l'lll todo ~· - bordo~~ ia ~oltar para

do o seu my:-;trrio ~ ~ ram-1Ul do 110\'0 o :ui· F'1quti a·rrimaJo ,j - 'F - raranHHt par:a oescu·

mt...a a ouv1l-o falar - rodo btc'ooomo mort:a. na ~ua voz paull.lda e fh """'< ,·ultus per· 'fagame-nte 1n~l(I. . tknm-....- na hcuri-

- Quando f'Ui·1·rt~1 d:iu . . . EUr!> o con· uocalabouçoaltruxa,o •··· <""'º 11 'tur1 ~,,,,," ,.is4 1111r<ára d"Htn "'-' 11 'u. ,.,,,,.,.,,.,.//. fes>.aram 1· o rommis· amaotc e as mul ht·r~1:. ~ario o ouviu. Jã não da e~l~ada dt' A~o~liulio do Carnlho. vi ll th..' não ria, e cu pC:rl(ll nl<'i·lhcs: me eogau~ra. T1H~ um 3legrão. Com C11Tl1i10 n'e~- -M:u poN1ue fitc1·a m ii!.so'tt. "ª uoi1e drn ''oi-tt l1<1u,·era ceia bem rt'J(:1da em -Qut.'riamos di oheiro. . • Ella não o driva . .. ('..t.....a da GenoH'I 1) • .Maria l!'ttif'lira, o uu co· Oe-poil\ tinh1mos ot!hido .. I'° fôr3 o intil'o cuidado~utt:nt cltiP10. de1U.· A~ \'tl_ha.s diz.1101 o me.smo. flUP nio tinham po--ram as caru, ... e a Lruu pro111ellt.'ra·IM fdic1dade~. dido ~1"11r : a crta.da 5-a.llida do ho:-p11.al cuoti· Tmbam as li111ua ... t'Dlaramellada~. olhav1m-~e de nua,· a a 1Rírm1r que não sabia onde a palrüa fõra ,·iez; câ fóra o tt:J11f111ral ruEiat 0:1 rtlamru1~0" tn- n'a9uella 1rn~1ca n1.Hle. chlam a ca~a. Nunca ttO arrancou maid nada ª'\utlla genl' quf'

A O. àl:tria b:4lbuci11v3 orações e di: repe111r os ia ser oondt•1111rnda. Os jorna('!\ ra ar:i.m em mys-braços fortes dll m'egera agarraram-1rn, (1 11 11 'luiz torios e cu 1.•m frente do commislilllrio, ua 1.lor3 stl\'ar-se: o honw111 1mxou da rac:a e viu· a 1joclhar, em f(UC Piies foram para o Limoeiro, nwdila11a .. rntiu·lhc um 1Z;ri10 na garganla que a bruu aba- ainda. o~ mt·us olhott enoootraram·sernmo,d'elle. rou com b ... ua, mJM euclavinh:ada.s no pl1 .. toto da Era ºº' ullin10~ dias de ~lembro. outra que e.aia sufl'u(·ada. }. ... wlbu a ... ~i ... tiam tm ..,jleocio: e no r.aoio mah '~curo p.1n ondt> a le,·a-r;un, emquanto o amanlt"' da mulllf'r dr v1r1ud•· li.e ra.."!a,·a o vtntrt• i~ navalhada~. 1 omra tk'4orre· gava·lhe p:mc.ad1u 11~1101'> hombro.;. oom mn ferro grosso; dia Clfl:uia a~ mãos e a anu;\ bem :.riada traçava-lhe os dcdo8' d·oodc esgui.::h_a''ª o ~t'ngue. E~tava por terra, lumhada cm lagr1m11s t1 <'hamar por >0eeorro. T1par1111 lhe a boc<:~. o broto do ho­mem desceu f'l o b1t·o da (ac.a entt-rTOu·st ll"a1' '~

~fJ:~ in oa car~e, 1sora 11'uma furia de heltado, a .. uar, .,.. O> olho• dilaiado, , ~ - Ba>ta, Jo,•· • - di,,. a brun.

f.m \ 1l'outubro eotrei oo gab11wte dTlpio da Ye1ga c-om uni joroaJ na mão. aponl4!Í·lhe qnalro linha.;, diwun assim:

t:SuicidotH10 em Jijou (Hesp;i nha) o sr. lfarti-nho lleuri,iufl d'Olivt-ira e Silva.•

Era o marido d;i. morta. O commi, ... ario er~eu·se; nlo mt' deu paJavrai. Coni ao Guveruo Civil. Tinham reluueado iodo~ (i

os livro, rei• P"»apori. que tu .,...Sir• l"'ra vt'r e ~ uao eucon1r:.ram nrohum com aqu.-·lle º''me. ~

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No dia 9, os jornaes inseriam um COD\'ilc para uma missa por alma d'aquello homem que íóra o marido da morta do beco da Barbaleda.

Jacob deixou o seu tom 1ugubro, olhon·me e ~~x· clamou:

-Que diabo! ... 1 ~10 parece mvsterioso ! Mas o acaso âs ''etes tece rnysterios' . . . ·

E riu, esfregou as mãos ao passo que cn fiquei a pensar n•uma campa raia do cem11erio de J ijon e no C3UO d'um revólver a íumtiftir, eoo10 o'nm ponto a essa tragedia d'um bain·o mis.eravel !

Um roubo complicado

Co:'ill) 0 AC,o\SO CONOJU1JNA _f! O HRRO D.\ ,IVS­

TIÇJ\?? . AS IDi!AS 00 SR. JACOB

X•3quella manhã o vcllt<1 chefe reeebeu·me corn ar t<lciturno.

Que lho s111~c~lcu. meu amigo~!. Pa.f~ou a mão na caln1 u'um ge.sto que é bem

)l.(' ll o Jisse:-Eu sou um l10lfll'llt <1uesó oefa noite a dentro dou balanço ao que !aço durante o dia. Hon­rem disse.Jhe qul! o acaso tece my:stcrios, l! 11-0j t', dl~pois de rememorar mais descobertas, depois de 11·1· p('nsado em criminosos como<J Ptt·a de Satanaz co J>Jry.~ico-Mrir,du que llu~ l1ei de coular a:i acções. julg11u1 não t.ur l'~nao pnra 111" dizer :iquillo.

Na maioria dos c.a~os é certo que os mysterios s.e dn~cobrCu), .se uào para lodos ao menos para algun.:;.

-Qutlr ditei-. , . -Que na minha vida 1100 \'0 uma vez em que o

acaso 1)()1 icial ia fazendo um c1·iine. Oepois seutou-se. ficou uns momentos calado

para proseguir dasde logo sern se interromper.

•Já não estava 110 palco de O. l•'radioue o com­missario Ulpio da Veiga. Agora, em 1880, aos 5!0 de novembro. dir1gia o com1oissariado o Haltha­r..a.r.

Era um homem grave, .sem um riso, o contrario do outru. Analysava as COU~3S 3 írio O :itravct dos relatorios.

No seu gabmete eu nunt;a :iveo&ava uma pahvra senão em serviço o por isso u'aquella manhã de uo· vembro o OU\'la períilado e sereno, tomaodo notas de memoria. -faco~-dis.e me elle-honwm deu-se mil

roubo u3s se~ui nws cond ições : at/ui na calçada. do Coude de Pouibeiro, u.• 30, L", oi 3berta a porta çom chave falsa o alguem eutrou na casa, arrom­bou o IJahu e roubou a <1uau,ia de um conto e du­tcnt11s mil rêis.

O douo do dinhoiro-..;outiuuou do mo,mo modo o sr, Bahha1.ar - tlt!:iconliou d'um sobrinho chamado Henrique Pt!1-eira, 'l"e é emvregado

no Asylo dos ludigeote.s ua Cordoaria N'ac10-n~L

Como sabe, Imutem liouvo a fosta d3 ina.ugura.­i;ão do Albergue Noctnroo ali ao lmendcute e a lilha du roub:1do foi a.s.si.stir. Quando vvltou deu 1>do crime u lambem dl..)seo11fü1. do primo. Para duro:tis, dua)O crcadas d'um predio fronteiro viram·uo a ro11 da.1· a casa com ou1ros dois. Fit um c·lfo;io cou(i .. don~ial para o diri:çtor do Asylo dos ludig«!lllus e aqm esta a ro:spol)ta.

Esre11deu-m1J um papel oude se ditia que tanto o Hcn1·it1ue Pereira, como mai:> dois empresados do m0smo e.stabelecimeuto sahir;im d'ali as 01lo hora:; da mau.hã e recoll1.,ram :i< cinco da tarde, porém, que das seis para as sete horas da noitt: .se llnham evadido por uma jaoolla quo deita para ~ praia.

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Ou \'i-o como era meu cosnime e declarf'i: - V. ex."' quer que eu vá prender esses homens~! -Não ... Jâ ali esfão ... lnte.rroguei-os e ne-

.g:un que sabissem e tambern qoe durante o dia 1i­vc~sem andado dr:mte da casa roubada . . . O eterno sys1ema das nc~alivas !. ..

-Sr. comm1~sa.rio, eu estou indifferente com o homem a quem roubaram, se, .como jnl8._o, e o ~oão Rodrigues, encarregado da lí•J• de bebidas ah em baixo, e por isso, para que não se diga qne eu não de~cobri o caw por esse moli,•o, peço a. v. ex."' que. me detern1ine ouu·o scn•iço.

-l;to já uilô unn que descobrir, Jacob . . . Ou por outra, ba só uma cousa a. apurc1r .. . E' o di­nheiro roubado, mas. em6m, desde c1ue tem esse. es..:-rupulo. \•â-se em paz ...

Snhi, vim a pens;ir no ca~. Deu-se a busca is malas dos accusados. mexeu-se tudo em casa das amalllcs que elles 11uha1n, ULOas peixeiras do Ca;al do. Os.os, ali na &a.Jlora d' Ajuda, tiz.cram·~e enormes pes­<1oita~. 1nterrogaram·se os homens todo~ os dias e não ~~ descobriu o roubo.

O commis.~ario tor· uou a cham;1t-mc e dis­se·me:

-Qual é a sua opi· niào ~! .. , Que elles ~ão os fad1ões não h3 du­vida ... Mas oudt es· tarâ o dinheiro. , .

- E d'ahi, meu com­mi~~ario. talvez não fõs­sem elle~! . ..

-Venho pedir a v. ox.• que pouhaesseshomens em 1 iberdado e que m'os deixe seguir.

-QueYI Os ladrõos~J ... Ora vá eom Oeusl. .. Nuoca, entende bem, nunca! ... Vão d'aqui já para o Limoeiro 1. .•

- V. ex.• rarâ o que. (fUiz.cr ! •. . Sahi oonmento e do mesmo modo ouvi os outro$

que se riam; enehi-medccolera e tomei uma grande resolução. Ti''º uma idéa que sempre me d(•U rcsul-1ado entre o milhão d'ellasque11uuca me ser,'iu p:tra cousa alguma.

t~'ui fazer poli..;ia por minha oon1a! Enclli·me do desejo de um dia obrigar o Dallh:uar a perder aquclla linha gral'e, aquelle modo sobtrano.

Passára·se tempo, e elle uma m:tnhã, ao distri­buir-me o sen1iço, perguut.ou u'orn :ir de troça:

- Ent.ào os ladrões da calçada do Pombei-

"'' -H :ippareceu o rou-bo ~I .. . pcrgnu1ei por miul1a vez, todo verme· 1110.

-Não •.. mas. lâ irão para a Africa. ,.

Eudireilt!i·me e disse : -lleu c('l1Jlmissar10,

e .;e afio forc.m elle.s o-.. (;riminoso~ ti . , . Eu c.1ua:si t""nho a ccrtc­ia I ...

ALin)u um murro á mesa e: gritou:

- L~ c~tã ,·océ com a.s su;'ls teimJ:d Oh 1 llo­mNn d1•scut>ra outros :,C é cap:•z l. ..

Eocarou-me com um graude modo desesp•ra­do e bradou :

- 'l'ah·ei não russem ellesl Poisquu mais pro·

Das seis /><ffti tu Seü luu·á.s tia nqi/e u t/nlrám n1ad/d(J /J()r uma jat1<lla. viu• d~lla par" tJ-prai'a

E eu d'MJuella lwa em deante, dentro da mi­u1Ja eonscicncia, decidi four a vontade ao sr. commiss3rio.

- ~ descobrm a 1 -gum• oousa?l -pergnn·

vas ~ 1 Uà uma sem1nella que sabe da sua sahida de noite do ASJ1lo, as crcad3.S do predio fronteiro á casa onde se. deu o roubo, embo1·a não reconhe­çam o llenrit1ue Pereira. affittnam ter \•isto os ou­u·os á porta da victima e você vem aventar que tal­vei não rosscm elles~;

Para que fug-iram enlão de noi1e?1 Para que an­daram ,Por aqui de dia~J . ..

Havia uma gra ude c-0lera oamaueira porqueclle me falava ; o guarda que os eapturára sorria de sos· laio, e quando eu $<1.hi, OU\'1 uns risos dos collegas na mioha eola . O commissario elevava a voz eouvia·se cá íóra .

Andei uns dias dl)SCOroçoado; aquillo era um golpe 9ue me davam, e no emtanto, apesar de nov:is dili­gencias oão acl1aram o roubo.

l:ma manhã ouvi dit.er que os presos iam ser pronunciados sem fiança. Era o mesmo que µerder a.$ esperanças á. descoberta.

Entrei no gabinete do eorrunissario e d1s~e· lhe:

lei dcvéras iuteremdo n'aquella compliea~ão de facws a coodemna­rem uns homens, d'aquellas t<_>stemunhas que dir.iam terem· nos visto ~ porta da eas.a. e affir­mavam que elles ti11l1am rugido de uoiie do asylo.

ltlas o•de esrava eo1ão o praduc10 do roubo~! Acaso se deixariam eoudemuar por tão ''°uco?I

O velho JilCob, com o $CU sOl'rÍ$0 de bonhoania, exclamou:

-Eu lbe digo como entrei cm campo e como fiz a von1ade áqucllo homem grave e born no rondo o o trabalho que. tive para arranjar uma pista.

Puxou mais a cadeira. para a. secretaria e i'rinci­piou a seguinte curiosa narra~.:i.o, cheia de enge· ohosa tacL1ca policial, tendo sempre nos Jabios um sorriso de vic.toria.. Eis como elle foi á dw.o­berla:

(Comi11úa)

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~eBli$BdB qo fim de julho e começo d'e$te

mez qa gart8ge do Aut.o palace

0< I"ª'"ª ó l'Sfllu•r•, "'"""''' '» Uff,rT<I"''' d<I sorlâo--• .fSJfl .. l1tr• do ""'º da n 1lr<r• "" •11/(),,.MVI

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