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1 Introdução
Nas últimas décadas ocorreram mudanças relevantes no perfil das causas de
morbidade e mortalidade no Brasil, anteriormente as principais causas de mortes eram
doenças infecciosas e parasitárias que deram lugar as crônicas não transmissíveis (CASADO,
VIANNA e THULER, 2009). Este novo quadro epidemiológico configura em alterações no
desenvolvimento de novas políticas de saúde pública e estratégias no controle de doenças
crônicas junto ao Sistema Único de Saúde o SUS. (CASADO, VIANNA e THULER, 2009).
As modificações nas sociedades humanas nos campos sociais, tecnológico e
ambiental, como explosão populacional, aumento da expectativa de vida, aumento de
patologias do coração, diabetes e câncer, justificam o novo perfil epidemiológico. Segundo
dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA apresentados pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2005 dois terços das patologias foram provocadas
por motivos que poderiam ter sido evitados, os fatores principais envolvidos são: inatividade
física, alimentação equivocada e tabagismo (NAHAS, 2010).
A medicina tem desenvolvido diversos métodos de tratamentos de inúmeras infecções
através de vacinas, novos fármacos; no combate ao envelhecimento, utilização de novas
tecnologias diagnóstica e uso de biologia molecular aliado ao aumento da oferta de alimentos
processados industrializados e crescimentos da expectativa de vida provocaram imensa
mudança no estilo de vida das pessoas nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Patologias associadas ao comportamento têm sido relatadas pelos órgãos de saúde
como a principal causa do aumento do número de patologias crônico-degenerativas (PCD).
(NAHAS, 2010). Entretanto, o que se configura nesse momento é que o estilo de vida passou
a ser o principal instrumento de busca de saúde e qualidade de vida por parte da sociedade
moderna, pois, influência diretamente no aparecimento ou evolução das doenças. Em relatório
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de inquérito domiciliar realizado pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) sobre
comportamento de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis nos
anos de 2002 a 2003, publicado pelo Ministério da Saúde em seu sítio, destaca que a
inatividade física seria responsável por mais de dois milhões de mortes no mundo, incluindo
casos de cânceres de cólon e mama, diabetes e doenças isquêmicas do coração. Isso provoca
uma relação atribuindo ao sedentarismo o avanço das manifestações das patologias crônico-
degenerativas sendo umas dos grandes problemas de saúde pública no Mundo. Dados do CDC
apontam que somente nos Estados Unidos da América (EUA) no ano de 2000 foram gastos
mais de 76 bilhões de dólares em custos médicos em patologias associadas ao baixo nível de
atividade. (BRASIL, 2004).
As PCD passaram a ser classificadas de acordo com os fatores interferentes em
modificáveis: hipertensão arterial, ingestão de álcool em grandes quantidades, diabetes
mellitus, tabagismo, o sedentarismo, estresse, obesidade e o colesterol elevado; e não
modificáveis: idade, hereditariedade, sexo e etnia. (CASADO, VIANNA e THULER, 2009).
O estilo de vida (EV) tornou-se fundamental para qualquer política de promoção da
saúde e qualidade de vida e na redução de inúmeras causas de mortalidade. Segundo Nahas
(2010), EV designa o conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as
oportunidades na vida das pessoas; caracterizando um importante determinante social de
saúde nas populações de países desenvolvidos e em desenvolvimento, interferindo
diretamente na busca de uma sociedade mais saudável.
O mesmo autor descreve como pode ser estimado o número de mortes associadas à
inatividade física através do risco relativo deste comportamento com a prevalência do
número de casos em uma população, citando como exemplo que sedentários apresentam duas
vezes mais propensão a sofrer infarto agudo do miocárdio (IAM) quando comparados a
indivíduos que praticam atividades físicas regularmente.
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Com o envelhecimento da população a busca pela saúde e qualidade de vida
relacionada ao bem estar tem se acentuado na última década no Brasil. Contudo, é importante
ressaltar que a busca por hábitos mais saudáveis ainda é relacionada com a necessidade de
adquiri-los, ou por indicação médica ou de sintomas relacionados com a velhice. Assumpção,
Morais e Fontoura (2012), citando Bouchard (1990), indicam que saúde é uma condição
humana com dimensões físicas, sociais e psicológicas, sendo cada um definindo um
continuum com pólos positivo – associado à capacidade de apreciar a vida e resistir às
dificuldades do cotidiano; e o negativo – associado à morbidade, sendo o extremo a
mortalidade.
Podemos visualizar que a noção de saúde apresenta uma resultante social devido sua
definição ser focada em uma construção coletiva dos padrões de conforto e tolerância que
uma determinada sociedade estabelece, sendo inserida nas relações culturais do sujeito vai
além de suas ações pessoais ganhando uma esfera subjetiva e uma esfera objetiva
caracterizada pelos programas públicos para a melhoria da condição de vida da população
(MARQUES, 2004).
As possibilidades de ação do sujeito em seu grupo passam a indicar o seu estado de
saúde e percepção do seu bem-estar (MARQUES, 2004). As pesquisas explicitam sobre o
imenso impacto que os hábitos pessoais e do estilo de vida ocasionam em nossa saúde,
mudanças de comportamento podem ser altamente eficazes na prevenção e controle de
doenças relacionadas à inatividade descritas como doenças hipocinéticas (NAHAS, 2010).
Tendo a Qualidade de Vida relações com aspectos socioeconômicos da população,
modo de vida de seus integrantes, apresenta uma relação íntima entre os elementos descritos
acima referentes ao modo de vida das pessoas e a condição de saúde (VILARTA e
GOLÇALVES, 2004). Marques (2004) citando Gonçalves (2004), afirma que a condição e o
modo de vida dos indivíduos são designados por possibilidades de escolhas que estes adotam
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para suas vidas, determinando a incorporação de hábitos saudáveis derivados do acesso
satisfatório a bens de consumo que proporcionariam um estilo de vida como saudável.
O foco de ações em saúde pública na promoção da saúde se desenvolveu a partir da
mudança do conceito de saúde que vem acontecendo nos últimos 40 anos pela crise do
paradigma biomédico da designação anterior. A Carta de Otawa elaborada em 1986 no
Canadá na Conferência Internacional de Promoção da Saúde sedimentou as bases que
doutrinam o tema estabelecendo elementos principais como: a integração da saúde como parte
de políticas públicas, participação da comunidade na gestão do sistema de saúde,
reorganização do sistema de saúde e mudanças no estilo de vida (BAGRICHEVSKY,
PALMA e ESTEVÃO, 2003).
Entretanto, historicamente, houve um declínio das políticas de saúde e bem estar na
Europa pela crise da socialdemocracia no continente limitando o crescimento até em países
desenvolvidos. Como consequência, foi dado enfoque as ações de intervenções para
mudanças de comportamentos individuais, em contra partida, às ações em estratégias de
políticas de abrangência populacional, destacando a opção de modificação dos hábitos
considerados de risco, como o fumo, o sedentarismo, a dieta, etc. (BAGRICHEVSKY,
PALMA e ESTEVÃO, 2003).
Um aspecto do comportamento humano tem sido constantemente inserido na
discussão da promoção de saúde e em programas de aumento ou incremento da qualidade de
vida de grupos populacionais, a prática de atividades físicas. Assumpção, Morais e Fontoura
(2002) afirmam que o principal argumento teórico utilizado para fundamentar a relação
atividade física e qualidade de vida está fundamentado em um paradigma contemporâneo do
estilo de vida. Desta forma, o comportamento humano saudável é diretamente relacionado ao
hábito de se praticar atividades físicas regulares melhorando os padrões de saúde e qualidade
de vida.
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O Mundo moderno impôs à sociedade um estilo de vida pouco saudável, estressante,
com alimentação inadequada e a não adesão à prática regular de atividades físicas. Contudo, a
população brasileira, por contribuição da mídia, revistas, jornais, que divulgam corpos
perfeitos, tem procurado cada vez mais as academias aeróbicas de ginásticas e centros de
treinamentos especializados (TAHARA et al, 2003).
Ao buscarmos os conceitos de saúde e qualidade de vida em uma população leiga
encontramos definições distintas basicamente amparadas em expectativas individuais e de
acordo com o período de vida no qual a pessoa se encontra, ou seja, o nível de satisfação com
a saúde e a qualidade de vida alcançada através do incentivo a uma vida saudável é pessoal.
Scliar (2007) afirma em seus estudos que saúde não representa a mesma coisa para todas as
pessoas, está relacionada com a época, os valores individuais, concepções científicas e
religiosas, etc. Segre e Ferraz (1997) acrescentam que a definição de saúde dada pela OMS é
“irreal, ultrapassada e unilateral”.
A preocupação crescente com a busca da saúde e qualidade de vida teve seu
desenvolvimento acentuado nessa última década, com proliferações de academias, espaços de
lazer e exercícios físicos públicos, programas televisivos, etc. Existe um público específico
dessa busca que apresenta características fisiológicas próprias, sociais e comportamentais na
sociedade, a mulher. Geralmente buscando modalidades diversificadas basicamente aeróbicas
e ainda na sociedade moderna mantém o cargo de gestora familiar, sendo, portanto,
importante à avaliação de sua percepção a respeito de sua saúde e qualidade de vida (CHEIK,
et al, 2003). O que se pode notar é que políticas de promoção de saúde esbarram no conceito
que a população tem desta e a busca por atingi-la.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um completo bem estar
físico, mental e social, entretanto, por se tratar de um feito inatingível, tornou-se utópico
(SEGRE e FERRAZ, 1997). Vislumbramos, dessa forma, um conceito subjetivo, amplo e
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discutível, o debate epistemológico para conceituar saúde data da Grécia antiga. Para Coelho
e Almeida (2002) existe uma dificuldade de se definir saúde propriamente dita tornando um
paradigma dos diversos campos científicos, ocasionado principalmente por uma carência de
estudos.
Seu conceito dependerá de valores individuais, concepções científicas, religiosas e
filosóficas (SCLIAR, 2007). Saúde não se restringe ao fato da ausência de doenças, passar a
ser bem mais amplo e subjetivo. Os estudos parecem indicar uma dificuldade em definir de
forma positiva pela presença do paradigma científico. Por outro lado, tal pobreza conceitual
pode ter sido resultado da influência da indústria farmacêutica e de certa cultura da doença,
que têm restringido o interesse e os investimentos de pesquisa a um tratamento teórico e
empírico da questão da saúde como mera ausência de doença (COELHO e ALMEIDA, 2002;
PITANGA, 2002).
Portanto, existe uma necessidade de verificação da percepção de saúde de mulheres
ativas praticantes de exercício físico intenso, assim como, da qualidade de vida em
comparação aos conceitos empregados pela Organização Mundial de Saúde em nossa
sociedade. Principalmente ao considerarmos que as pesquisas presentes na literatura cientifica
dizem respeito, em sua imensa maioria, sobre pessoas sedentárias, trabalhadores industriais ou
atletas e não a população comum e especificamente ao gênero feminino.
Desta forma, o presente enfoque torna-se importante para uma avaliação em nível de
saúde pública e bem estar social. Ao tratarmos de um público específico de análises acarretará
em dados cada vez mais direcionados e uma melhor interpretação da condição de saúde de
mulheres praticantes de exercícios físicos moderados a vigorosos. Segundo Pieron (2004), a
qualidade de vida de uma pessoa não pode ser considerada, naturalmente, apenas pela via da
saúde. Esse conceito ainda está por amadurecer, mesmo porque, se considerarmos saúde
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apenas como ausência de doenças, estamos tendo uma visão simplista e sectária desse
conceito amplo que envolve outros fatores já citados anteriormente.
2 O conceito de saúde
O conceito de saúde, como já afirmado, foi definido pela OMS como o completo bem
estar físico, mental e social. Contudo, o termo depende da conjuntura social, econômica,
cultural e política que a sociedade e seus elementos se encontram, ou seja, individualmente
pode ter definições distintas, pois, dependerá das experiências vividas por cada pessoa, suas
concepções religiosas, filosóficas e científicas, além do nível de conhecimento que a mesma
detém (SCLIAR, 2007).
Historicamente, saúde e doença sempre estiveram entrelaçadas, a presença de um
significava a ausência de outro. Primariamente a relação se baseava em algo fantasioso-
mágico ou de punição, onde forças que não estavam ao controle humano introduziam as
doenças por pecados passados de outras vidas ou maldições provocadas por outrem, por ações
de espíritos malignos, demônios, etc. A Teoria dos Humores (Idade Antiga final da Idade
Média) descrita por Hipócrates e Galeno descrevia que a saúde humana era mantida pelo
equilíbrio dos líquidos corporais (sangue, água e linfa) mantidos segundo a vontade dos
deuses, é um dos exemplos da visão mítica de doença criada pelo homem (KUMAR, ABBAS
e FAUSTO, 2005).
Entre os escritos atribuídos a Hipócrates (460-377 a.C.), que compunham o Corpus
Hipocraticus, provavelmente construído por vários autores, já relatava uma visão mais
avançada da medicina de forma racional fugindo da concepção religiosa e mágica que antes
vigorava. Afirma sobre a existência de quatro fluidos no corpo, sendo esses: bile amarela, bile
negra, fleuma e sangue, a doença caracterizava-se pela desorganização desses humores
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(SCLIAR, 2007). É interessante ressaltar que Galeno (129-199) ao revisar a teoria dos
humores percebeu que a causa dos males humanos teriam uma origem endógena em sua
constituição física ou do seu estilo de vida.
Com o avanço da medicina a relação saúde/doença saiu da ação mística voltando para
o organismo, em razão do aumento do conhecimento dos órgãos e sistemas do corpo e sua
composição morfológica incluindo o ambiente como fator determinante, desenvolvendo o
enfoque na relação de saúde-ambiente através de um conceito mais ecológico. Entretanto, as
discussões sobre o tema apontam para um múltiplo campo de saberes que envolvem aspectos
filosóficos, científicos, sociais, ambientais, culturais, sociológicos, etc. Analisando as práticas
e políticas de saúde em vigência no mundo moderno percebe-se que o pensamento acima
norteia uma ação em um modelo assistencialista individualista limitando a ação de cura da
doença que segundo Souza e Olhovetchi (1994) e Mendes (1996) deu base para os conceitos
de vigilância da saúde, políticas públicas saudáveis e cidades saudáveis aliando-os a noção de
promoção da saúde envolvendo as condições de vida e trabalho da população.
Esta nova forma de pensar produziu uma proposta de políticas concentradas em ações
que buscam romper com o processo que se limitava a relação saúde-doença-cuidado, não mais
no conceito de que saúde era a mera ausência de doença. A Organização Mundial da Saúde
em sua Carta de Princípios de 7 de abril de 1948 designa saúde através de pensamentos
nascidos dos movimentos sociais do pós-guerra que reivindicava a saúde como um direito a
vida plena sem privações: “Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e
social e não apenas ausência de enfermidade” (SCLIAR, 2007).
Documento este que também atribuía ao Estado a responsabilidade, dessa forma, Marc
Lalonde então Ministro da Saúde e do Bem Estar do Canadá em seu postulado de 1974
determina os fatores interferentes sobre a saúde pública, sendo eles: a biologia humana, o
meio ambiente, o estilo de vida e a organização da assistência à saúde (SCLIAR, 2007;
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FLEURY-TEIXEIRA et al, 2008; COELHO e ALMEIDA FILHO, 2002; VILARTA e
GONÇALVES, 2004, p.42).
Pode-se observar que as ações que refletem os valores, atitudes e as oportunidades das
pessoas identificam seu estilo de vida na formação e composição do seu estado de saúde.
Minayo et al, 2000, afirmam que “saúde não é doença, saúde é qualidade de vida”. A
subjetividade do termo faz com que tenhamos análises da condição de vida e saúde, por vezes,
conturbadas quando partimos do princípio de uma avaliação pessoal sem avaliação de
perspectivas futuras.
O conceito da OMS recebeu críticas imediatas, por se tratar de algo extremamente
amplo e inatingível, não poderia servir de objetivo pelos serviços de saúde, também que
poderia permitir ao Estado intervir na vida dos cidadãos. Por tal, novas definições foram
surgindo contrapondo a definida na Carta de Princípios. A Conferência Internacional de
Assistência Primária à Saúde organizada pela OMS ocorrida na cidade de Alma-Ata (na ex-
União Soviética) no ano de 1978 respondeu as diversas críticas surgidas abordando os
desníveis das condições de saúde em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, a
responsabilidade dos governos e a participação das comunidades no planejamento e
implementação dos cuidados à saúde (SCLIAR, 2007). Como resultado tivemos a integração
dos processos sociais e econômicos adaptados as situações socioculturais e políticas de cada
região.
Segre e Ferraz (1997) discutem que o conceito proposto pela OMS, sendo este utópico
por buscar uma perfeição completa de vida. No mesmo trabalho, os autores recorrem ao Pai
da Psicanálise Dr. Sigmus Freud, afirmando que sempre procurar mostrar como a perfeita
felicidade do indivíduo na sua civilização seria algo totalmente impossível. Também
escrevem que suas colocações são uma tentativa de diminuir a tendência positivista dos
conceitos de saúde que hoje existem, citam como exemplo, pessoas que tem debilidade em se
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alimentarem nos padrões da sociedade que estão inseridos devido não terem recursos,
portanto, taxados como tendo uma qualidade de vida pior do que pessoas bem alimentadas,
mas dependente do seu status social. Ou seja, qualidade de vida também seria subjetivo.
Campolina e Ciconelli (2006) afirmam que a Organização Mundial de Saúde designou
um conceito amorfo, não consensual com múltiplas aplicações nos mais diversos campos de
conhecimento humano, contudo, chamam a atenção para a natureza subjetiva e
multidimensional do conceito de qualidade de vida. Os autores também ressaltam a
necessidade de se avaliar o nível de qualidade de vida de populações para a intervenção nos
processos de decisões clínicas, de análises político-econômicas em saúde.
Podemos vislumbrar a dificuldade de abordar tal conceito, tanto que a Constituição
Federal do Brasil de 1988, em seu artigo 196 afirma que: “A saúde é direito de todos e dever
do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
promoção, proteção e recuperação”, evitando a discussão sobre saúde e o seu conceito.
O conhecimento e a busca por uma definição é extremamente importante pela sua
resposta indicar a compreensão e a natureza do fenômeno, interferindo diretamente nas
decisões a serem tomadas para a busca da qualidade de vida. Canguilhem (1995) um dos
principais estudiosos do tema, afirmou que existe uma margem de tolerância das infidelidades
do meio para com a saúde, ou seja, a capacidade do organismo e do homem em “agir e reagir,
de adoecer e se recuperar” (BAGRICHEVSKY, PALMA e ESTEVÃO, 2003).
Os mesmos autores citam Lefèvre (1991) que escreve sobre a influência do meio como
norteador dos rumos da saúde, no qual, tornou-se um comércio, pois, a mesma é um produto
disponível à venda relacionando intimamente a “bens de consumo que objetivam a promover
a própria saúde”. A OMS ao incorporar o termo “bem-estar” traz a marca do social, contudo,
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também indica uma busca por um conforto e melhora da sociedade de forma coletiva
(STREETEN, 1986).
A VIII Conferência Nacional de Saúde ocorrida no ano de 1986, que é considerada o
marco histórico do desenvolvimento da Saúde e do SUS no Brasil, em seu Relatório Final no
Tema 1, tópico 2, afirma que o conceito de saúde é determinado pelo processo histórico de
cada sociedade e do momento que a mesma se encontra, devendo a população conquistar
através da sua vida cotidiana. Anteriormente, o referido documento escreve que saúde “é a
resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio-ambiente, trabalho,
transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e a serviços de saúde” (BRASIL,
1986).
Como pode ser observado, o tema está diretamente incrustado na experiência de vida e
conhecimento do indivíduo acerca da mesma, portanto, por ele determinada. Bagrichevsky,
Palma e Estevão (2003) descrevem a importância em provocar um debate sobre o conceito de
saúde na tentativa de simplificar a sua abrangência e como o senso comum irá compreendê-la.
Todavia, esse reducionismo para os pressupostos biológicos e para ações estatísticas
que hoje norteiam os estudos epidemiológicos alertam, os mesmo autores, podem ocasionar
problemas nas seguintes conjunturas: a centralização do foco na doença, a transferência de
culpa para o indivíduo de sua própria doença, crença na cura pela medicalização, a
naturalização da enfermidade e o ceticismo frente às diferentes áreas do conhecimento para a
compreensão dos fenômenos integrados à saúde.
De qualquer forma, é salutar destacar que o impacto dos cuidados com a saúde pode
favorecer uma melhora da qualidade de vida do indivíduo. Com a transformação nos últimos
anos do padrão de vida da população, avanços e mecanismos tecnológicos provocando o
labor saving devices (mecanismos que poupam esforço) conduziram a uma diminuição da
prática de exercícios físicos (MACEDO et al, 2001; NAHAS et al, 2000). O sedentarismo
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passou a ser o principal fator de risco prevalente na população brasileira, superando o
tabagismo, hipertensão arterial e o álcool (MATSUDO et al, 1999). Destaca-se a melhora do
padrão de vida da população, assim como maior acesso a informação tem provocado uma
corrida pela busca da “saúde” e “qualidade de vida”, mas como foi dito anteriormente pode-se
estar buscando um padrão estabelecido pela sociedade onde os resultados da prática regular de
exercícios, sendo o principal paradigma existente atualmente, devem ir ao encontro desses e
não necessariamente provocar saúde.
3 A busca pela qualidade de vida (QV) e saúde
Após a Segunda Guerra Mundial o termo e o conceito de qualidade de vida foram
desenvolvidos nos Estados Unidos da América para descrever efeito de aquisição de
diferentes bens na vida das pessoas, ou seja, a sua definição é subjetiva e variável,
restritamente relacionada à percepção do indivíduo com o seu estado de saúde em grandes
domínios ou dimensões de sua vida (FONSECA et al, 2005, p.236). No mesmo trabalho os
autores destacam o aumento do interesse em mensurar a qualidade de vida em relação aos
cuidados com a saúde, citando o incentivo que a OMS através de projeto desenvolvido por
este órgão de avaliação internacional de qualidade de vida. Também considerado um conceito
vago e até mesmo etéreo entidade, o debate sobre aumento nos últimos trinta anos incorporou
o tema QV, contudo, relatos afirmam que o mesmo já foi utilizado na década de 30 (SEIDL e
ZANOON, 2004).
Seidl e Zannon (2004) inserem que a discussão sobre o tema é recente, surgido a partir
dos novos paradigmas que influenciam as políticas e práticas na promoção e busca da saúde.
Desta forma, houve um interesse crescente na avaliação da qualidade de vida de populações,
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pois, servem de indicadores para mensurar a eficiência e impactos dos sistemas de saúde e a
visão de populações sobre a sua própria.
Segundo Minayo et al (2000), qualidade de vida é inserido em dois grupos de análises
distintas, sendo um formado por uma linguagem cotidiana, por pessoas da população,
jornalistas, políticos, profissionais de diversos segmentos, além de gestores ligados às
políticas públicas; e outro referente à pesquisa científica, em diferentes campos do saber,
como economia, sociologia, educação, medicina, enfermagem, psicologia e demais
especialidades da saúde.
Aspectos socioeconômicos das populações teriam íntima relação com a QV,
caracterizada pela condição e modo que os integrantes vivem (VILARTA e GONÇALVES,
2004). Seria então a busca pela felicidade e satisfação que os indivíduos de determinada
sociedade teria diante dos aspectos que norteiam a sua vida. Sendo uma noção restritamente
humana com raízes baseadas no conhecimento, experiências e valores dos indivíduos e da
coletividade (DANTAS, SAWADA e MALERBO, 2003).
Para Nahas (2010), a combinação de multifatores como: estado de saúde, longevidade,
satisfação no trabalho, salário, lazer, relações familiares, disposição, prazer e espiritualidade
determinam a amplitude da QV.
Em trabalho elaborado por Nogueira et al (2010), aborda QV como sendo a
discrepância entre os níveis de satisfação e descontentamento nas diversas áreas da vida de
acordo com a visão do próprio indivíduo da mesma. Isto é importante porque respalda as
pesquisas em avaliações dos níveis em qualidade de vida a partir de respostas coletadas dos
agentes diretos, relatando a sua percepção da condição no qual se encontra. Os dados
referentes a essas análises têm como principal objetivo o incremento ou a melhoria da saúde
das pessoas, ou seja, a promoção da saúde (PS). Bagrichevsky, Palma e Estevão (2003),
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citando Power et al (1991), que PS é o conjunto da assistência educacional e ambiental que
incentivem ações e comportamentos em prol da saúde.
A partir do início dos anos 90, Seidl e Zannon (2004) afirmam que os pesquisadores
do conceito de QV chegam a um consenso de que existe: a subjetividade que se refere
restritamente ao indivíduo, sendo a sua percepção sobre o seu estado de saúde também em
contexto não médico; e multidimensionalidade. Desta forma, o conceito de qualidade de vida
é diferenciado para cada pessoa e é influenciado pelo momento da vida que a mesma se
encontra.
A amplitude do termo engloba o bem-estar físico, funcional, saúde, aspectos
emocionais e mentais, família, amigos, trabalho, lazer, suas expectativas e preocupações sem
a exclusão de indivíduos que podem sofrer de algum agravo específico. Podemos verificar
que depende da incorporação de hábitos saudáveis e práticas básicas de saúde (SILVA,
ALMEIDA e SIMEÃO JÚNIOR, 2010; GUISELINI, 2006).
Silva, Almeida e Simeão Júnior (2010), citando Assumpção et al (2002), destacam que
atualmente existe uma direção no pensamento de que a implementação da promoção de saúde
e a qualidade de vida se dá pela incorporação de exercícios físicos, ou seja, baseado em um
paradigma do estilo de vida mais ativo. É salutar acrescentar que a literatura científica já
dispõe de uma gama de pesquisas e dados que comprovem os benefícios da incorporação de
uma vida mais saudável aliada a prática regular de atividade física.
Em termos acadêmicos, é possível distinguir duas tendências quanto a
conceitualização de QV, sendo um de aspecto geral e outro relacionado à saúde. A primeira
foca para uma visão mais sociológica, excluindo a patologia, como podemos observar na
designação elaborada pela OMS já descrito: “a percepção do indivíduo sobre a sua posição na
vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive, e em relação a seus
objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Qualidade de vida relacionada à saúde
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incorpora elementos mais diretamente ligados a manifestações de doenças (patologias) ou a
ações de intervenção. Autores destacam a importância de pesquisas de avaliação da QV com
enfoques mais específicos para melhor identificar as relações e percepções que interagem
sobre a mesma em determinadas populações (SEIDL e ZANNON, 2004).
É interessante destacar que as pesquisas têm atribuído diferentes dimensões de estudos
dentro da QV tornando-os mais claros, conseguindo incorporar construtos pessoais do
indivíduo. Podemos caracterizar o termo nos âmbitos sociais e na perspectiva individual,
sendo que, em grupos sociais indicadores estatísticos são bastantes utilizados para avaliação
do grau de QV ou desenvolvimento humano, são exemplos: expectativa de vida, índices de
mortalidade e morbidade, escolaridade, renda per capita, desemprego, desnutrição e obesidade
(NAHAS, 2010). Os estudos direcionados à percepção de saúde e qualidade de vida em
populações específicas ainda encontra-se incipientes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define qualidade de vida como a percepção
do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores nos quais
ele vive, considerando seus objetivos, expectativas, padrões e preocupação (WHO, 1995).
Interdonato e Greguol (2010) descrevem em seu trabalho os diversos fatores que interferem
na qualidade de vida dos indivíduos, assim como, também fazem uma discussão a respeito da
subjetividade da conceitualização.
Os autores compararam os dados coletados para a análise de qualidade de vida de
atletas e sedentários. Demonstraram que apesar de já ser conhecida a eficácia da incorporação
de exercícios físicos na rotina diária das pessoas, atletas de rendimento tiveram índices, por
vezes, inferiores aos dos sedentários. É importante ressaltar que esse grupo de pessoas está
mais propenso a sofre lesões, consequentemente, dores devido ao seu estilo de vida.
Minayo et al (2000) determinam que qualidade de vida “é uma noção eminentemente
humana” relacionada ao nível de satisfação que o indivíduo tem da sua vida, incluindo valores
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materiais de conquista e não materiais como amor, liberdade, solidariedade, inserção social,
realização pessoal e felicidade, além de estar intimamente ligado com saúde. Nahas (2010)
estabelece que o estilo de vida é o maior interferente para a busca de uma vida mais saudável,
definindo EV como o “conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as
oportunidade na vida das pessoas”. Sendo este fundamental para a prática de promoção da
saúde e na redução de mortalidade por todas as causas.
A atividade física se fixou em nossa sociedade como uma das principais ferramentas
da busca de saúde e qualidade de vida da população, principalmente por ter ações
comprovadas na redução do risco de várias condições crônicas entre adultos mais velhos,
incluindo a doença coronária, a hipertensão, diabetes, desordens metabólicas bem como de
diferentes estados emocionais nocivos como a depressão (MOTA et al., 2006; HALL, et al,
2007).
Barros e Nahas (2001) identificaram na literatura especializada que aspectos
demográficos e psicossociais estão associados ao comportamento de risco. Os autores citam
os trabalhos publicados por Johansson e Sundquist (1998), além de Segovia et al (1989), que
descrevem que a percepção do nível de saúde está relacionada com a incorporação de
comportamentos saudáveis e que a percepção de negativa de saúde relaciona-se com aqueles
que consideram sua saúde geral como regular ou ruim (SILVA, ALMEIDA, SIMEÃO JR,
2010).
O interesse para esse estudo partiu de análises e vivências na área verificando que as
respostas e manifestações de sucesso com a prática da atividade física regular de mulheres
diferenciavam bastante entre as mesmas, onde cada uma determinava seu foco de saúde e
objetivo da prática de exercícios. A literatura pouco descreve sobre esse tema em
contextualização feminina e, principalmente, nas que praticam atividade física regular intensa
não atletas buscando compreender a percepção de saúde e qualidade de vida que alcançaram.
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Lopes, Ciconelli e Reis (2007) destacam que estudos publicados nas últimas décadas
no intuito de investigar a qualidade de vida têm sido relacionados em questionários para
relação com a saúde, capacidade funcional, escalas de dor, estados emocionais e satisfação
com seu estado geral na perspectiva própria do indivíduo, tornando essa avaliação bastante
subjetiva e pessoal.
Os instrumentos criados com o intuito de avaliar os níveis de qualidade de vida e
saúde tem sidos classificados como genéricos e quantificam a percepção do individual sobre
seu estado geral de saúde. Podem apresentar desvantagens quanto ao fato de não detectarem
mudanças em aspectos específicos. Todavia, diversos autores relatam que são suficientemente
precisos para as análises de grupos sobre aspectos geral da saúde. Geralmente, são formados
por mais de um domínio e discriminam funções físicas, emocionais e sociais (LOPES;
CICONELLI; REIS, 2007). O questionário Medical Outcomes Study 36- Item short- Form
Health Survey (SF-36), selecionado como instrumento para este estudo, é um instrumento
genérico, utilizado para avaliar de forma ampla e completa o termo qualidade de vida
(CICONELLI, et al, 1999).
Campolina e Ciconelli (2006) descrevem que os instrumentos para a avaliação de
qualidade de vida e índices de saúde, também por estes chamados de medidas de utilidades,
são ferramentas com capacidade de acrescentar análises de decisão clínica e econômicas, além
de possibilitar a construção de indicadores populacionais de saúde (os QALYs) e descrições
pessoais do estado de saúde, denominadas de sistemas multiatributos.
31
4 Patologias associadas à atividade física e envelhecimento
Segundo Nobre et al (2006), doenças cardiovasculares como a hipertensão arterial
sistêmica, aterosclerose coronária, doença cerebrovascular são as principais causas de morte
precoce na idade adulta, de maneira geral, são patologias que podem ser prevenidas com
atividade física. A Organização Mundial de Saúde publicou em seu sítio dados relevantes
sobre a saúde da mulher, devido elas apresentar maior expectativa de vida em relação aos
homens perfazem uma proporção cada vez maior de idosos no mundo. A própria organização
mundial de saúde aponta que em 2007, 55% dos adultos com 60 anos ou mais eram do sexo
feminino, salientando que a proporção sobe para 58% nos 70 anos.
Patologias crônicas são as principais causas de mortes entre as mulheres,
principalmente problemas cardiovasculares e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
respondendo por 45% da mortalidade em indivíduos acima dos 60 anos, se forem
considerados dados relativos a cânceres da mama, pulmão e cólon este índice sobe mais 15%.
A OMS cita que esses problemas são consequências de fatores de riscos surgidos na
adolescência e na vida adulta, como o uso do tabagismo, sedentarismo e alimentação
inadequada. (WHO. The World Health Organization Quality of Life Assessment
(WHOQOL): position paper from the World Health Organization. Disponível em
<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs334/en/index.html>).
Em outro trabalho publicado por Matsudo et al (2003), corrobora para a incorporação
de atividade física regular como fator de contribuição no aumento da expectativa de vida em
mulheres idosas, aliado ao estilo de vida minimizam os efeitos do processo de
envelhecimento. Como podemos verificar em um aprofundamento bibliográfico existem
diversos autores que descrevem os benefícios da prática regular de exercícios físicos para o
organismo humano. (VEIRA et al, 2007).
32
Macedo et al (2001), afirmam que o estilo de vida sedentário é um fator de risco
independente para patologia coronarianas e acidente vascular, alertando que 54% das mortes
cardíacas estão relacionadas ao estilo de vida, alimentação, nível de atividade física,
hipertensão, etc. No mesmo estudo, apontam que dados epidemiológicos do Estado de São
Paulo determinam que o sedentarismo é o fator de risco mais prevalente na população
brasileira, aproximadamente 70%. Sendo definido por Mattos et al, 2006, como a falta ou
grande diminuição da atividade física, contudo, os autores descrevem que o conceito não está
associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva, pois, do ponto de vista da
Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta níveis baixos de calorias semanais
com atividades ocupacionais.
4.1 Inatividade física e obesidade como principal fator de risco para índices de
morbidade e mortalidade
A inatividade física (IF) é definida como uma condição de atividade insuficiente para
manter a boa saúde, contudo, existem diversas definições na literatura científica. O trabalho
de doutorado elaborado por Gustavo (2010) relata 26 conceitos diferentes para IF e
sedentarismo.
O aumento do sobrepeso e da obesidade tem sido descrito como um dos grandes
problemas em saúde pública mundial. Kumar, Abbas e Fausto (2005), afirmam que a
obesidade é uma doença epidêmica global, provocada pelo estilo de vida sedentário, melhores
aspectos socioeconômicos e disponibilidade de alimentos processados de grande valor
calórico e refrigerantes. Importante ressaltar que existem diversas maneiras para se avaliar a
quantidade de gordura corporal direta ou indiretamente, podemos citar:
33
O Índice de Massa Corporal (IMC), calculado através do peso dividido
pela altura ao quadrado, onde o resultado é comparado a uma tabela já definida.
Medidas de dobras cutâneas através de adipômetro.
E calculado por diversas circunferências corporais, principalmente a
relação cintura quadril.
É salutar distinguir obesidade de sobrepeso, esse último geralmente designa uma
condição de gordura excessiva, sem até mesmo a verificação da gordura corporal e o primeiro
como um continuum de sobrepeso. (MCARDLE, KATCH e KATCH, 2008). Caracterizado
por ser um processo em longo prazo e progressivo, não apresenta cura e sua prevenção e
tratamento devem ocorrer em todo o período de vida do indivíduo. Também é salutar que a
gordura corporal diretamente relacionada com altas manifestações de doenças cardíacas,
vasculares e crônicas é a visceral, que acumula principalmente no tronco e na cavidade
abdominal.
A etiologia da obesidade é bastante complexa e difusa, contudo, pode ser definida
como a uma desordem do balanço enérgico derivada do excesso de alimentos, cronicamente o
excesso de caloria é armazenado como triglicerídeo no tecido adiposo. (KUMAR, ABBAS e
FAUSTO, 2005). O mecanismo de controle do ganho e gasto energético é de responsabilidade
hormonal, onde o aumento do consumo de calorias deve seguir o aumento do gasto. Os
hormônios da leptina e da insulina exercem um papel fundamental no controle do ciclo
energético através da ativação das vias catabólicas e inibição dos processos anabólicos. Em
contrapartida, outro hormônio denominado de ghrelina tem sua quantidade aumentada
momentos antes das refeições e diminui sua concentração com o estômago cheio. (KUMAR,
ABBAS e FAUSTO, 2005). Acrescentando que fatores genéticos e ambientais interferem no
processo do desenvolvimento do ganho de peso
34
Com etiologia multifatorial e fisiopatologia extremamente complexa a obesidade
caracteriza-se por uma doença de tratamento difícil, em longo prazo, e não apresenta cura.
(VAISBERG e MELLO, 2010). McArdle, Katch e Katch (2008), determinam que o período
de idade compreendido entre 25 aos 44 anos representa o mais perigoso para o acúmulo de
adiposidade excessiva. Os autores apresentam dados que demonstram que nas mulheres a
faixa etária entre os 20 a 29 e 30 aos 39 anos o ganho de peso corporal é extremamente
superior ao ocorrido nos homens, mais precisamente o sexo masculino acumula um ganho
médio de aproximadamente 17,55 Kg, enquanto no feminino foi de 24,04 Kg.
A condição patológica da obesidade interfere no funcionamento de diversos sistemas
no organismo. A tolerância à glicose é debilitada já em crianças e adolescentes com excesso
de massa gorda, podem ser citadas outras doenças crônicas não transmissíveis associadas
como: hipertensão arterial sistêmica, disfunções cardíacas, aterosclerose, doença renal,
hiperglicemia, diabetes melito tipo 2, câncer de mama pós-menopáusica e outros tipos,
dislipidemias, etc. Assim como, comprometimento musculoesquelético provocando
osteoartrite, doenças articulares degenerativas, distúrbios metabólicos manifestados na
síndrome metabólica, problemas de nível psicológico como estresse e depressão, etc. (HALL,
et al, 2007; MCARDLE, KATCH e KATCH, 2008).
Outro estudo desenvolvido por Ceschini et al (2009), resume os benefícios da prática
de atividades físicas com evidências científicas relacionadas, agrupando em três grupos (1)
Evidências Fortes: redução do risco de morte prematura, diabetes do tipo 2, doenças
cardíacas, hipertensão, infarto, dislipidemia, síndrome metabólica, câncer de mama e colo,
prevenção do ganho de peso corporal, perda de peso quando associado à dieta, melhora da
função cardiorrespiratória e força muscular, prevenção de quedas, redução da depressão,
melhora da função cognitiva (adultos e idosos). (2) Evidências moderadas para fortes:
melhora na saúde geral: redução da adiposidade abdominal. (3) Evidência moderada:
35
manutenção do peso corporal após programa de redução do peso: redução do risco de fratura
de quadril, aumento da massa óssea, melhora da qualidade do sono, redução do risco de
câncer de pulmão e endotelial.
A Organização Mundial de saúde considera a obesidade como uma doença epidêmica
global, com maior prevalência no sexo feminino, resultante do estilo de vida e associado com
a melhoria das condições socioeconômicas e da disponibilidade de alimentos processados de
alto valor calórico. (KUMAR, ABBAS, FAUSTO, 2005).
TAHARA et al (2003), citando SABA (2001), descrevem dos benefícios da prática de
atividade física tanto ao nível orgânico, como psicológico. Os mesmos acrescentam as
melhorias na capacidade cardiorrespiratória, extensão da expectativa de vida, elevação da
autoestima e diminuição do estresse. Um número cada vez mais acentuado de evidências
científicas demonstram que a incorporação da prática de exercícios físicos não contribui
somente para programas de promoção da saúde inibindo alterações orgânicas relacionadas a
processos degenerativos, mas em reabilitação de quadros patológicos que aumentam os
índices de morbidade e mortalidade. (MACEDO et al, 2001; HALL, et al, 2007).
Gustavo (2010), afirma que o maior nível de prática de atividade física em mulheres
contribui para a diminuição de fatores de risco para patologias crônicas: diabetes, obesidade e
doenças cardiovasculares, em todas as idades. A autora destaca para a quantidade de AF a ser
praticada, em acordo com o preconizado pela OMS de pelo menos 3 vezes semanais, sendo
esses exercícios de moderados a intenso, acrescentando que o treinamento resistido
(treinamento de força) deve ser complementar ao aeróbico regular para a perda de massa
gorda. Entretanto, uma dieta mais saudável é imprescindível para acentuar os resultados
conquistados com uma vida mais ativa.
36
4.2 Exercício físico no organismo feminino
Nos estudos publicados por TAHARA et al (2003), afirma que a modalidade de
exercício físico mais procurada por populações fisicamente ativas é a musculação (40%), os
basicamente aeróbicos vem na segunda colocação com 30%. Entretanto, os autores dessa
pesquisa ressaltam a variedade de opções de modalidades que as academias oferecem, assim
como, os motivos que levaram os sujeitos a aderirem à prática de exercícios: 26,67% por
questões estéticas e 23,33% na busca da melhora da qualidade de vida. Sabemos, contudo,
que a adesão a determinadas modalidades pode está mais relacionada ao gênero, como por
exemplo, o gosto masculino pela musculação e o feminino pelas atividades aeróbicas das
academias.
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME), periodicamente publica
informações a respeito de seus posicionamentos Oficiais ou Consensos em temas relativos as
áreas da saúde, ciências e esporte. Em artigo assinado pela SBME publicado por Leitão et al
(2000), afirmam que a literatura médica até recentemente não detinha de dados
epidemiológicos consistentes a respeito da influência da atividade física sobre a saúde da
mulher. Os estudos contemporâneos têm apontando para o benefício que a prática de
exercícios físicos tem mostrando em ambos os sexos.
Entretanto, como afirma a SBME em seu Posicionamento Oficial sobre Atividade
Física e Saúde na Mulher que esta é possuidora de características próprias com diferenças
hormonais, incidência de patologias específicas, respostas e adaptações ao exercício. Em
mesmo posicionamento a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte exemplifica que na
redução da pressão arterial os trabalhos mostram que na mulher, através do exercício,
apresenta reduções de níveis tensionais mais eficazes que no homem. Aliados a maior
37
expectativa de vida e o crescente papel social e profissional que este gênero vem
conquistando em nossa sociedade.
Ainda nessa discussão incluímos a doença coronariana na mulher (DAC), estudos tem
demonstrado que alterações nos níveis plasmáticos de lipoproteínas têm pouca importância na
extensão da aterogênese, salientando que os efeitos do hormônio estrogênio sobre a parede
dos vasos arteriais são mais determinantes na prevenção da aterosclerose (LEITÃO et al,
2000).
Com diferenças fisiológicas a mulher apresenta respostas distintas quando submetida a
prática de exercícios físicos quando comparado ao homem, principalmente na composição
corporal, eficiência termorregulatória durante atividades em ambientes quentes e menor
volume das fibras musculares. Leitão et al (2000), afirma que nos exercícios aeróbicos é
verificado um menor consumo máximo de oxigênio, com o principal mecanismo
hemodinâmico é o menor débito cardíaco por conter menor volume sistólico.
Contudo, os exercícios físicos sendo adotados como prática regular apresenta
resultados imensamente positivos em ambos os sexos. Especificamente no organismo
feminino, estudos comprovam seu benefício na prevenção de diversas patologias associadas
ao gênero, como osteoporose pós-menopáusica, depressão, tensão pré-menstrual, resultados
positivos no perfil lipídico na menopausa, na gestação e pós-parto.
5 Material e métodos
As mulheres apresentam diferenças fisiológicas e comportamentais distintas aos dos
homens, com isso, as reações provocadas por agentes externos também apresentam distinções
significativas. A ideia de se comparar mulheres fisicamente ativas de diferentes cidades para
avaliação da sua qualidade vida visa verificar as diferentes interpretações que esse conceito
38
causa nas pessoas, além da possibilidade de estudos dos resultados da busca por um melhor
estilo de vida. Dentre os aspectos fisiológicos que o sexo feminino apresenta pode ser
debatido a produção dos hormônios estrogênio e progesterona, onde o primeiro exerce um
fator de proteção as paredes dos vasos para a formação de placas de gorduras, contudo, na
menopausa há um decaimento hormonal onde a exposição a aterosclerose, que pode ser
combatido por um estilo de vida mais saudável.
5.1 Local de estudo
O estudo foi realizado dentro de academias somente para mulheres vinculadas a uma
rede de franquias de fitness do Brasil com mais de 30 unidades presentes em 8 Estados. O
programa de treinamento é produzido pela própria empresa sendo baseado em treinamento do
tipo em circuito intervalado misto com predominância aeróbica e utilização de exercícios
neuromusculares através de aulas pré-coreografadas modificados a cada dois meses
ministradas por um educador físico capacitado, obedecendo a recomendação de prática
regular de atividade física em pelo menos três dias na semana.
5.2 Desenho do estudo
Essa pesquisa se inscreve como sendo descritiva com delineamento transversal,
buscando compreender a prática dos saberes de saúde e qualidade de vida. Elaborada através
de extensa bibliografia presente no conhecimento científico sobre o tema.
Pesquisa aplicada com objetivos de gerar informações com aplicação prática para
solução de problemas específicos com abordagem qualitativa e quantitativa afim, de os
conhecimentos gerados, venha a ser classificados e analisados com recursos estatísticos, sem
39
desconsiderar a relação dinâmica dos envolvidos com o mundo real, assim como a
interpretação dos fenômenos presentes. Portanto, com características descritivas.
O instrumento utilizado para a realização da coleta de dados selecionado foi a versão
brasileira do questionário genérico de qualidade de vida SF-36 (Medical Outcomes Study 36-
Item short- Form Health Survey), já validado em nosso país e em mais de 15 outras nações,
com ampla utilização em pesquisas pelo mundo em qualidade de vida e saúde.
A média e o desvio padrão foram aplicados para descrever os resultados da aplicação
do questionário SF-36, reconhecido como eficiente ferramenta para avaliação dos
componentes de saúde e qualidade de vida.
5.3 Universo de estudo
A amostra foi composta por um grupo de mulheres ativas, praticantes de atividade
física aeróbica mista intensa há no mínimo um mês, assim designada por envolver as
modalidades de treinamento aeróbico em minitrapolim caracterizado por utilizar mais de um
sétimo dos músculos do corpo e ocorrer em abundância de oxigênio aliado ao treinamento
neuromuscular de força também denominado de resistido, pois ocorre contra uma resistência,
agrupando em um único treinamento os benefícios de programas diferentes proporcionando
resultados acentuados, modelo adotado em uma grande rede de fitness com unidades de
academias em mais de sete Estados do Brasil.
O grupo da amostra foi formada nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte, sendo o
total de voluntárias aderidas espontaneamente à pesquisa foi de 34 pessoas. Os locais de
escolha se deram pela localização de Fortaleza ser o atual endereço de residência do
pesquisador e sede da Franquia de academias para mulheres do Brasil que disponibilizou o
espaço e contribuiu para o andamento e processamento da pesquisa, Sobral-CE pela
40
proximidade a capital Fortaleza e contar com uma academia com considerável manutenção de
clientes praticantes de atividade física e a cidade de Natal-RN detentora de unidade de
sucesso em adesão e prática de exercícios físicos consolidada no Nordeste do País.
5.4 Critérios de inclusão
Para esta pesquisa, foram selecionados como critérios de inclusão na amostra somente
mulheres adultas com maior idade civil, praticantes de atividade física regular intensa 3 vezes
ou mais por semana (recomendando pela OMS), com pelo menos 4 (quatro) semanas no
mínimo e praticantes de modalidade em circuito combinado treinamento aeróbico com
neuromuscular, denominado Circuito Intervalado Misto. Todas as mulheres incluídas na
pesquisa assinaram o TCLE e participaram de forma espontânea. A aplicação do questionário
ocorreu no período de março a agosto de 2012.
5.5 Procedimentos de aplicação do questionário SF-36
O questionário SF-36 teve acompanhamento de pessoa treinada em hora marcada
previamente com as clientes da academia que se disponibilizaram a participar
espontaneamente da pesquisa. Tratando-se de uma ferramenta de fácil aplicação e
compreensão, possíveis interferências do pesquisador foram reduzidas, apresentado resultados
mais fidedignos. O pesquisador aguardou o preenchimento do questionário no momento da
entrega. Acompanhando o SF-36.
O intuito é relacionar as respostas escritas com os resultados apresentados pelas
análises do questionário e o nível de conhecimento sobre a saúde e qualidade de vida para os
indivíduos da pesquisa. Comparando esses resultados com os presentes na literatura.
41
5.6 Procedimentos para análise dos resultados
O questionário é composto por oito domínios ou dimensões totalizando 36 itens de
abordagem, distribuídos em: dez itens relacionados a capacidade funcional, quatro itens de
aspectos físicos, dois sobre dor, cinco relacionados com o estado geral de saúde, quatro
direcionados a vitalidade, dois aos aspectos sociais, três aos aspectos emocionais e mais cinco
de saúde mental. (SOÁREZ et al, 2007). Após a ponderação dos dados pelos valores obtidos
em cada questão segundo tabela 01 é realizado o cálculo do Raw de Scale onde é atribuído
aos Domínios escore final de 0 a 100, no qual zero corresponde ao pior estado geral de saúde
e 100 o melhor estado. A escolha desse instrumento foi alicerçada por ser um questionário já
traduzido para a língua portuguesa de avaliação genérica de saúde com resultados
demonstrados em outros trabalhos realizados no Brasil.
O procedimento de análises e cálculo dos resultados da aplicação do questionário SF-
36 respeitou protocolo padrão validado. Para cada resposta são atribuídos valores numéricos
que serão somados e avaliados por domínio, existem alternativas detém pontuação pré-
estabelecida. Exemplificando: a questão 1, onde a resposta hum corresponde a pontuação 5,0;
dois a pontuação 4,4; três a pontuação 3,4; quatro a pontuação 2,0 e cinco a pontuação 1,0.
Outras questões serão calculadas pela soma direta de suas alternativas ou o valor isolado de
uma delas. A tabela 01 apresenta os valores correspondentes a cada item e pontuação
correspondente.
42
Tabela 1. Escore das questões do questionário SF-36
Pontuação do questionário SF-36
Questão Pontuação
01 Se a resposta for
1
2
3
4
5
Pontuação
5,0
4,4
3,4
2,0
1,0
02 Manter o mesmo valor
03 Soma de todos os valores
04 Soma de todos os valores
05 Soma de todos os valores
06 Se a resposta for
1
2
3
4
5
Pontuação
5
4
3
2
1
07 Se a resposta for
1
2
3
4
5
6
Pontuação
6,0
5,4
4,2
3,1
2,0
1,0
08 A resposta da questão 08 depende da nota da questão 7:
Se 7 = 1 e 8 = 1, o valor da questão é 6.
Se 7 = 2 à 6 e 8 = 1, o valor da questão é 5.
Se 7 = 2 à 6 e 8 = 2, o valor da questão é 4.
Se 7 = 2 à 6 e 8 = 3, o valor da questão é 3.
Se 7 = 2 à 6 e 8 = 4, o valor da questão é 2
Se 7 = 2 à 6 e 8 = 5, o valor da questão é 1.
Obs. Se a questão 7 não for respondida, o escore da questão 8
passa a ser o seguinte:
Se a resposta for 1 = 6,0
Se a resposta for 2 = 4,75
Se a resposta for 3 = 3,5
Se a resposta for 4 = 2,25
Se a resposta for 5 = 1,0
09 A resposta para as alternativas: (a), (d), (e) e (h) devem ter valores
contrários, sendo:
Se a resposta for 1= 6,0
Se a resposta for 2 = 5,0
Se a resposta for 3 = 4,0
Se a resposta for 4 = 3,0
Se a resposta for 5 = 2,0
Se a resposta for 6 = 1,0
Para os demais itens: (b), (c), (f), (g) e (i) o valor será mantido o
43
mesmo
A soma das alternativas a+e+g+i = Vitalidade
A soma das alternativas b+c+d+f+h = Saúde mental
10 Soma de todos os valores
11 Devem ser atribuídos a soma normal nos itens: (a) e (c).
Para os itens (b) e (d), seguir a pontuação abaixo:
Se a resposta for 1, o valor será 5,0
Se a resposta for 2, o valor será 4,0
Se a resposta for 3, o valor será 3,0
Se a resposta for 4, o valor será 2,0
Se a resposta for 5, o valor será 1,0
O processo de pontuação é distribuído em duas fases:
Fase 1: Ponderação dos dados: caracterizada pelo valor total obtido nas questões
correspondentes segundo a tabela 01 de pontuações SF-36.
Fase 2: Cálculo do Raw Scale: o valor encontrado nas questões será atribuído a
oito domínios que variam de 0 (zero) a 100 (cem). Esta fase é assim denominada
por não apresentar nenhuma unidade de medida. Os domínios são:
o Capacidade funcional;
o Limitação por aspectos físicos;
o Dor;
o Estado geral de saúde;
o Vitalidade;
o Aspectos sociais;
o Aspectos emocionais;
o Saúde mental.
Para essa transformação deve ser aplicada a seguinte fórmula:
Valor obtido nas questões correspondentes – limite inferior x 100
Variação (Score Range)
Os valores de limite inferior e variação são fixos e estipulados na tabela abaixo:
44
Tabela 2. Pontuação de cada questão, limites inferiores e a variação para o cálculo dos escores
por domínio do questionário SF-36.
Domínios Pontuação das questões
correspondidas
Limite
inferior
Variação
Capacidade funcional 03 10 20
Limitação por aspectos físicos 04 4 4
Dor 07+08 2 10
Estado geral de saúde 01+11 5 20
Vitalidade 09 (itens a+e+g+i) 4 20
Aspectos sociais 06+10 2 8
Limitação por aspectos
emocionais
05 3 3
Saúde mental 09 (itens b+c+d+f+h) 5 25
Os valores obtidos para cada domínio não podem ser somados e devem ser mantidos
separadamente. A questão dois não compõem o cálculo de nenhum domínio, é de utilização,
tão somente, para avaliação de o quanto o indivíduo considera o seu estado melhor ou pior
comparado há um ano. Durante a aplicação do questionário se houver alguma item não
respondido, poderá ser considerada a questão que tiver 50% preenchida.
Pode ser tomada como exemplo a questão 03 (Vide Anexo) que corresponde ao
domínio Capacidade Funcional, considerando que todas as alternativas assinaladas tenham o
valor de 2,0 pontos cada e as mesmas sendo um total de 10 a soma dos valores corresponderá
a 20,0. Aplicando a fórmula para o cálculo do Raw de Scala de acordo com os dados
apresentados na tabela 02:
20 (Valor obtido na questão 03) – 10 (limite inferior correspondente) x 100
20 Variação Correspondente (Score Range)
Resumindo:
20 – 10 x 100 = 50
20
45
O resultado de 50 representa o escore final do domínio Capacidade Funcional.
Foram considerados para o cálculo do escore todos os questionários preenchidos em
sua totalidade, acompanhados pelo Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE). Os
resultados serão apresentados em comparação entre os Estados Federativos e o total da
amostra, além da análise com o que já existe descrito na literatura científica.
Os dados foram analisados para a construção de tabelas através do programa Excel
2010 e análise estatística pelo Bioestat. 5.0, subsequente construção gráfica. A análise
descritiva é apresentada em média e desvio padrão (DP) em cima das variáveis numéricas dos
domínios do questionário e na representação gráfica de distribuição das frequências
percentuais dos escores de cada grupo formados por distintos domínios. O teste estatístico não
paramétrico, devido não se conhecer a distribuição da população componente e seus
parâmetros selecionado para comparação entre as amostras de localidades diferentes foi de
Mann Whitney para amostras independentes por se o mais indicado para dados que não
projetam populações normais. Sendo o nível de significância adotado p<0,05. Foi também
aplicado o Teste t de Student para comparação das idades entre os diferentes Estados
Federativos onde ocorreu a pesquisa.
6 Aspectos éticos
Todas as informações acerca do estudo foram repassadas aos indivíduos da pesquisa,
riscos, vantagens e desvantagens e somente após a assinatura do Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) a coleta das amostras foi processada. Elaborado de acordo com as
Diretrizes Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CONSELHO
NACIONAL DE SAÚDE, 1996). Esta pesquisa esta em trâmite junto ao CONEP submetido a
avaliação do CEP UNIFAP. O total de mulheres que aderiram a composição da pesquisa por
46
livre e espontânea vontade foi de 34 (trinta e quatro), sendo 15 (quinze) no Estado do Ceará e
19 (dezenove) no Rio Grande do Norte.
Na presente pesquisa, no escopo de suas várias etapas, buscou-se o enquadramento aos
termos que estabelece a Resolução nº196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de
Saúde – Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), a qual preconiza a ética e o
respeito ao sujeito da pesquisa na sua vulnerabilidade e observando o princípio da autonomia,
da beneficência e não maleficência e princípio da justiça que prega a total igualdade dos seres
humanos no acesso aos progressos da medicina. Um princípio é a formulação de normas
unificadoras operando quando é desconstruído para manifestar em sua exequibilidade, em sua
racionalidade e/ou legitimidade. Desta forma, acrescentamos ou outros princípios norteadores
além daqueles já citados: sacralidade da vida humana, que obriga a respeitá-la onde e como se
identifique, dignidade e permissão.
Os indivíduos interessados em participar do estudo foram encaminhados à sala de
atendimento (Recepção da academia), onde lhes foi apresentado o termo de consentimento
livre e esclarecido (TCLE), contendo informações sobre o questionário e relevância da
pesquisa, sendo de sua livre escolha a participação no projeto. Havendo concordância, a
voluntária assinará o TCLE e, em seguida, aplicação do Questionário SF-36. Os sujeitos da
amostra foram alertados que caso o desejassem, poderiam desistir sem ônus, a qualquer
tempo, da participação no estudo.
A abordagem efetuada pelo pesquisador teve como base o respeito à autonomia da
participante para que a mesma possa decidir se aceita ou não participar como voluntária na
pesquisa ora mencionada, o cuidado de protegê-la, levando em conta o princípio da
beneficência, o qual tem como fundamento buscar sempre o bem estar do mesmo. As
voluntárias obtiveram informações claras e precisas sobre a pesquisa e ainda certificadas de
que seus dados pessoais e resultados provenientes da execução do projeto serão mantidos sob
47
total sigilo, resguardando-as de constrangimento ou desconforto de qualquer natureza, seja de
ordem física ou emocional. No anexo I encontra-se o termo de consentimento livre e
esclarecido (TCLE).
O presente teve sua submissão para avaliação e aprovação no Comitê de Ética em
Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Campus Marco Zero, através
da Plataforma Brasil. (http://aplicacao.saude.gov.br/plataformabrasil/login.jsf).
7 Análises dos resultados e discussão
Para a análise dos resultados, primeiramente foi construída uma tabela com as
quantidades do questionário respondida por Estado e suas respectivas cidades de coleta
amostral, determinando o tamanho da amostra.
O maior quantitativo na cidade de Natal-RN se deu pela maior aceitação à participação
da pesquisa nessa localidade. É salutar acrescentar que também houve a participação do
professor de educação física responsável em ministrar a aula de exercício físico nas cidades
com maiores índices, incentivando suas alunas a comporem a pesquisa, fato que pode
justificar uma maior adesão.
Para efeito de análise da estatística descritiva, os dados amostrais foram realizados por
Estado e não por cidade, pois, dessa forma, a diferença dos quantitativos será minimizada.
48
7.1 Resultados e discussões dos domínios encontrados no Ceará
As tabelas 3 e 4 apresentam os resultados dos escores em cada local de aplicação do
questionário SF-36 no estado do Ceará.
Tabela 3. Domínios (Raw Scale) SF-36 e idade, na cidade de Fortaleza-CE
Ordem Fortaleza-CE
CF LAF Dor EGS V AS LAE SM Idade
1 90 100 100 87 90 87,5 100 72 52
2 90 100 100 82 75 100 100 72 35
3 100 100 100 52 80 100 100 84 32
4 90 100 84 72 80 100 100 72 29
5 100 100 61 85 55 87,5 100 64 29
6 85 100 100 72 70 100 100 68 52
7 95 25 32 57 50 50 66,67 56 38
Fonte: Pesquisa
CF – Capacidade Funcional; LAF – Limitações por Aspectos Físicos; EGS –
Estado Geral de Saúde; V – Vitalidade; AS – Aspectos Sociais; LAE – Limitações
por Aspectos Emocionais; SM – Saúde Mental; DP – Desvio Padrão.
Tabela 4. Domínios (Raw Scale) SF-36 e idade, na cidade de Sobral-CE
Ordem Sobral-CE
C F LAF Dor EGS V AS LAE SM Idade
1 100 100 100 80 75 100 100 80 42
2 95 100 100 85 85 100 100 88 38
3 95 100 52 77 65 75 66,67 72 30
4 100 100 94 77 85 100 100 100 47
5 100 100 100 92 85 100 100 96 28
6 55 100 74 57 45 37,5 66,67 44 22
7 100 100 72 67 60 75 100 80 36
8 100 100 100 50 55 87,5 0 68 25
Fonte: Pesquisa
CF – Capacidade Funcional; LAF – Limitações por Aspectos Físicos; EGS –
Estado Geral de Saúde; V – Vitalidade; AS – Aspectos Sociais; LAE –
Limitações por Aspectos Emocionais; SM – Saúde Mental.
49
Tabela 5. Desvio padrão dos domínios SF-36 no Ceará
Estado do Ceará (DP)
CF LAF DOR EGS V AS LAS SM ±11.6190 ±19.3649 ±21.7840 ±13.4334 ±14.4502 ±19.8310 ±27.6021 ±14.4855
Fonte: Pesquisa
CF – Capacidade Funcional; LAF – Limitações por Aspectos Físicos; EGS – Estado Geral de
Saúde; V – Vitalidade; AS – Aspectos Sociais; LAE – Limitações por Aspectos Emocionais;
SM – Saúde Mental.
Podemos observar nos dados apresentados acima que os índices que mais variaram em
torno da média foram os relativos a limitações por aspectos emocionais, dor e aspectos
sociais. Isso é verificado quando julgamos o status social ocupado pela mulher no mundo
contemporâneo, acumulando funções de gestora familiar e um novo patamar de destaque na
sociedade moderna com o aumento dos níveis de estresse.
Ao compararmos os dados apresentados com o trabalho publicado por Martins et al
(2012) que realizou a aplicação do SF-36 em mulheres praticantes de treinamento resistido
(musculação), pode ser verificado que os resultados encontrados no domínio LAE são os que
apresentaram maior desvio padrão, sendo divergentes com os do estudo aqui apresentado,
seguido por LAF. Este último pode ser explicado pelo maior índice de lesões atribuído à
prática de musculação em relação a atividades aeróbicas.
Pode ser destacado que a média de idade dos sujeitos da pesquisa foi de,
aproximadamente, igual a 35,67 anos, entretanto, não foi um fator determinante para a
verificação do estado geral de saúde e/ou o avanço da idade como fator limitante de bons
resultados de interpretação de uma boa qualidade de vida e saúde. Ou seja, indivíduos com
idade mais avançada alcançaram índices considerados de melhor avaliação (100), assim
como, houve casos de mulheres mais jovens com notas inferiores. Como descrito por Fleury-
Teixeira et al (2008), a promoção da saúde é caracterizado por um controle das pessoas sobre
os seus determinantes sociais de saúde, uma busca por autonomia. Concluímos que mulheres
50
com idade mais avançada já alcançaram um conhecimento maior da sua condição e busca da
saúde e uma maior autonomia na sociedade que são inseridas.
O domínio estado geral de saúde (EGS) tem como intuito avaliar como o indivíduo
considera a sua condição global, na Tabela 5, pode notar, que este equivale ao menor desvio
padrão apresentado, corroborando para a ideia de que a prática regular de exercícios físicos
colaborou para o aumento da qualidade de vida e saúde da amostra pesquisada. Este fato
descreve o que é visualizado na literatura científica que AF proporciona uma melhora da
condição geral do organismo fisiológico e de aspectos mentais das pessoas. (LEITÃO et al,
2000; TAHARA et al, 2003; GUSTAVO, 2010).
7.2 Resultados e discussões dos domínios encontrados no Rio Grande do Norte
As tabelas 06 e 07 apresentam os resultados dos escores e o desvio padrão da cidade
de Natal, local de aplicação do questionário SF-36 no estado do Rio Grande do Norte:
51
Tabela 6. Domínios (Raw Scale) SF-36 e idade, na cidade de Natal-RN
Qtde Natal
CF LAF Dor EGS V AS LAE SM Idade
1 95 100 100 72 85 100 100 76 34
2 70 100 72 72 75 75 66,67 80 34
3 85 75 84 67 60 100 100 72 34
4 95 100 84 72 70 75 66,67 76 37
5 90 100 84 72 100 100 100 88 53
6 100 100 100 87 80 87,5 66,67 84 22
7 85 100 52 42 50 62,8 66,67 68 42
8 90 50 100 92 85 50 0 76 33
9 85 25 74 72 85 100 100 76 39
10 90 100 84 52 70 100 100 76 18
11 100 100 62 47 65 62,5 66,67 60 28
12 90 100 62 72 50 50 0 36 36
13 85 0 22 72 50 50 100 56 24
14 85 100 72 62 60 100 100 80 27
15 100 100 84 80 85 100 100 88 29
16 90 0 32 67 55 50 0 64 29
17 90 100 100 87 90 100 100 92 60
18 90 100 100 80 100 100 100 100 65
19 90 100 100 75 87 75 62,5 60 53
Fonte: pesquisa
CF – Capacidade Funcional; LAF – Limitações por Aspectos Físicos; EGS –
Estado Geral de Saúde; V – Vitalidade; AS – Aspectos Sociais; LAE –
Limitações por Aspectos Emocionais; SM – Saúde Mental.
Tabela 7. Desvio padrão dos domínios SF-36 no Rio Grande do Norte
Rio Grande do Norte (DP)
CF LAF DOR EGS V AS LAS SM ±6.9669 ±35.1999 ±23.0960 ±12.9667 ±16.4843 ±20.9718 ±36.1966 ±14.6890
Fonte: Pesquisa
CF – Capacidade Funcional; LAF – Limitações por Aspectos Físicos; EGS – Estado Geral de
Saúde; V – Vitalidade; AS – Aspectos Sociais; LAE – Limitações por Aspectos Emocionais;
SM – Saúde Mental.
Os resultados encontrados são semelhantes aos descritos no estado do Ceará, sendo o
principal domínio de limitação de uma qualidade de vida melhor os aspectos emocionais
(LAE), seguidos pelos aspectos físicos (LAF). Contudo, os valores atribuídos a cidade de
Natal são mais baixos e mais próximos aos determinados no trabalho publicado por Martins et
52
al (2012).
Em uma análise de comportamento histórico, a mulher brasileira tem a característica
de ao longo de sua vida se envolver com as questões familiares com maior vigor que o
companheiro masculino, isto ocasiona em uma dedicação familiar e envolvimento emocional
mais afetivo com os seus membros. A partir do momento que esta conquista um espaço cada
vez maior dentro dos mais altos níveis hierárquicos da sociedade, vendo sua família adquirir
determinado nível de sucesso, a mulher busca conquistas pessoais relativas a melhoria de sua
dedicação a sua própria saúde e bem estar.
A incorporação de exercícios físicos no cotidiano passa a ser uma busca pelo aumento
da sua qualidade de vida e saúde, entretanto, ela ainda buscam universos com características
próprias como aulas de ginásticas ou academias exclusivas ao gênero.
7.3 Comparação dos domínios encontrados no Rio Grande do Norte e no Ceará
O presente estudo avaliou a percepção de qualidade de vida através do questionário
SF-36 de dois grupos de mulheres praticantes de exercícios físicos de forma regular nos
estados do Ceará e Rio Grande do Norte, representado pela sua capital Natal. Os gráficos com
as idade e os resultados dos domínios componentes do questionário SF-36 aplicado serão
apresentados a seguir:
53
Gráfico 1. Variação da idade pelo Teste t student
O Gráfico 1 demonstra que as médias de idade entre os estados são equivalentes,
todavia, com uma maior variação no RN mesmo apresentando média ligeiramente superior ao
do CE. Também é possível constatar que as voluntárias com menor e maior quantidade de
anos de vida pertencia ao grupo do Estado Potiguar.
Na tabela 08, é possível constatar que o único domínio de comparação com
significância estatística entre as cidades pesquisadas é a capacidade funcional.
RN CE Idade em
anos
54
Tabela 8. Média, desvio padrão e significância estatística dos domínios apresentados na
cidade de Natal e Fortaleza mais Sobral
Domínios
Natal – RN Fortaleza + Sobral – CE
Média Desvio
Padrão Média
Desvio
Padrão P
CF 89,74 ±6.9669 93,00 ±11.6190 0,0425*
LAF 81,58 ±35.1999 95,00 ±19.3649 0,3315
Dor 77,26 ±23.0960 84,60 ±21.7840 0,3062
EGS 70,63 ±12.9667 72,80 ±13.4334 0,5211
V 73,79 ±16.4843 70,33 ±14.4502 0,5099
AS 82,81 ±20.9718 86,67 ±19.8310 0,5099
LAE 76,92 ±36.1966 86,67 ±27.6021 0,2670
SM 74,10 ±14.6890 74,40 ±14.4855 0,8487
Fonte: Pesquisa
p* - p < 0,05 estatisticamente significante
CF – Capacidade Funcional; LAF – Limitações por Aspectos Físicos; EGS – Estado Geral de
Saúde; AS – Aspectos Sociais; LAE – Limitações por Aspectos Emocionais; SM – Saúde
Mental.
Silva, Almeida e Simeão Júnior (2010), realizaram um estudo comparativo de
mulheres praticantes e não praticantes de exercícios físicos e em seus resultados encontraram
valores no domínio capacidade física no grupo de mulheres ativas de 94,8 e 82,0 para as
sedentárias. Os escores foram próximos ao encontrado no estado do Ceará que teve
significância estatística considerável relativo ao do Rio Grande do Norte. Podendo ser
afirmado que o CE obteve melhores resultados na avaliação do referido domínio. Os dados
encontrados na pesquisa detêm concordância com o descrito na literatura, pois, os valores
foram maiores aos encontrados para mulheres sedentárias, demonstrando que existe uma
melhora considerável das capacidades funcionais descritas como andar, subir escadas,
abaixar, realização das tarefas diárias por praticantes de atividades físicas de forma regular.
É interessante notar que para os demais domínios o valor de p não apresentou
significância estatística considerável entre os dois estados pesquisados.
Como é observado a maioria das pesquisas de avaliação da qualidade de vida e saúde
utilizando o questionário SF-36 ocorrem entre grupos de pessoas sem diferenciação dos
gêneros e em comparação entre ativos, por vezes atletas, e não ativos (sedentários), sendo
portanto, de imenso valor científico de especificidade os dados gerados por este estudo.
55
Contudo, ao analisarmos o escore alcançado pelo domínio referente aos aspectos
sociais que dizem respeito às interações sociais no cotidiano do indivíduo, como relações com
outra pessoa, trabalho, lazer, etc., os pesquisadores Silva, Almeida e Simeão Júnior (2010),
encontraram escores superiores tanto para o grupo de mulheres ativas (91,00), acima dos
valores encontrados no CE e RN, quanto sedentárias (85,00), sendo este último mais elevado
ao apresentado no Estado do RN e equivalente ao do CE.
A seguir, serão apresentados os gráficos relativos aos resultados da comparação de
cada domínio componente do questionário SF-36 entre os locais pesquisados.
Gráfico 2. Domínio capacidade funcional (RN – CE)
Conforme podemos observar no gráfico 2, os resultados obtidos no domínio
capacidade funcional encontrados nas cidades do estado do Ceará apresentaram escores mais
altos, uma ocorrência maior de 100 pontos (melhor estado) foram atribuídos, em comparação
com o Estado do Rio Grande do Norte. Apesar de ser possível a visualização que no CE se
RN CE
56
atingiu o pior valor individual para a avaliação desse domínio ainda manteve uma mediana
superior apesar de obter o valor de escore mais inferior.
Como a CF é relativa á medida do grau de preservação da capacidade de um indivíduo
realizar atividades do cotidiano observar-se que os dois grupos apresentam níveis elevados
desse domínio, portanto, demonstrando os efeitos benéficos na saúde dos indivíduos em
promover saúde e autonomia.
Gráfico 3. Domínio limitações por aspectos físicos (RN – CE)
Podemos observar que as mulheres praticantes de exercícios físicos no Ceará
apresentaram notas atribuídas ao domínio de análise limitações por aspectos físicos com a
maior pontuação e apenas uma nota com destaque negativo no valor de 25. Isto representa
melhor resultado obtido, salientando ainda, que no RN houve a ocorrência da nota zero, que
confere o pior nível de saúde e uma maior variação para o domínio. A mediana no CE
manteve-se no melhor estado de saúde do questionário.
RN CE
57
Essa limitação pelo aspecto físico pode ser atribuída ao processo de envelhecimento e
a procura pela prática regular de exercícios físicos ocorrerem geralmente após indicação
médica ou quadro de sintomas percebidos pelo indivíduo associados ao processo de avanço da
idade. Contudo, não houve diferenças significativas desse item quando comparadas as
diferentes idades, o que equivale a resultados encontrados por outras pesquisas do gênero
presentes na literatura científica. (VITTA, NERI PADOVANI, 2006).
Gráfico 4. Domínio dor (RN – CE)
RN CE
58
Gráfico 5. Estado geral de saúde (RN – CE)
No gráfico 4, a variação entre ao dados apresentados não apresentaram diferenças
significativas, contudo, foram equivalentes aos encontrados na literatura para indivíduos
praticantes de atividade física regular. (INTERDONATO E GREGUOL, 2010; CHEIK, 2003;
SILVA, ALMEIDA E SIMEÃO JÚNIOR, 2010).
As mesmas considerações podem ser observadas no gráfico 5 que trata do domínio
estado geral de saúde, que diz respeito a percepção do indivíduo sobre a sua própria condição
corporal de saúde. Os dados encontrados constatam que a prática regular de exercícios
melhoram a percepção de saúde pelo indivíduo, contudo Vitta, Neri e Padovani (2006),
alertam para valores encontrados na análise da saúde percebida o gênero é um fator de risco
determinante, superior a idade, destacando que mulheres apresentam índices mais baixos de
saúde percebida do que homens. Isto também pode ser explicado pelo sexo feminino
considerar os aspectos emocionais mais importantes em relação aos homens.
RN CE
59
Gráfico 6. Domínio vitalidade (RN – CE)
Gráfico 7. Domínio aspectos sociais (RN – CE)
O gráfico 6 demonstra que a vitalidade entre os dois estados são compatíveis com
médias equivalentes. Entretanto, ao verificarmos o domínio aspectos sociais é possível
RN CE
RN CE
60
constatar uma maior variação das notas conferidas no RN em relação ao CE, porém, as
medianas são equivalentes. É interessante destacar que no primeiro estado citado o valor
obtido é inferior ao encontrado para grupo de mulheres sedentárias (85,0) em pesquisa
realizada por Silva, Almeida e Simeão Júnior (2010) que teriam piores condições dos seus
aspectos sociais frente a praticantes de exercícios físicos, ficando apenas CE com valor
superior, contudo, bastante equivalente. As atividades físicas praticadas de forma coletiva
propiciam uma maior interação social do indivíduo, proporcionando uma maior imersão e
participação social auxiliando em patologias associadas depressão, estresse e cargas
emocionais do cotidiano.
Gráfico 8. Domínio limitações por aspectos emocionais (RN – CE)
RN CE
61
Gráfico 9. Domínio saúde mental (RN – CE)
Ao observar o gráfico 8, percebe-se que as mulheres no CE apresentam uma menor
variação do escore em comparação com o apresentado no RN. Contudo, os valores alcançados
são inferiores aos descritos no trabalho de Silva, Almeida e Simeão Júnior (2010) para
mulheres ativas e superiores em relação ao grupo de mulheres consideradas sedentárias.
Durante a abordagem as mulheres demonstraram alta carga emocional, se referindo a
academia como um escape da pressão do trabalho, familiar ou até mesmo da ociosidade.
O gráfico 9 verificamos os níveis avaliados relativos ao domínio saúde mental com
uma média equivalente (ver tabela 9), o que demonstra comportamentos similares nas duas
localidades. Este item considera o bem estar psicológico do indivíduo, assim como, alterações
comportamentais como, estresse, descontrole emocional, depressão, etc. Entretanto as
medianas demonstram que o RN teve índices repetidos superiores ao do CE, sendo um
aspecto de melhor estado de saúde.
A tabela 9 apresenta o número e porcentagem referentes às alternativas relacionada à
saúde geral percebida há um ano correspondente no questionário SF-36 ao item 2.
RN CE
62
Tabela 9. Número e porcentagem de respostas referentes às alternativas da questão 2 do
questionário SF-36
Alternativas Rio Grande do Norte Ceará
N % N %
Muito melhor 8 42,11 4 26,67
Um pouco melhor 9 47,37 7 46,67
Quase a mesma 2 10,53 3 20,0
Um pouco pior 0 0 1 6,67
Muito pior 0 0 0 0
Fonte: Pesquisa
Foi observado que o principal motivo para a procura da prática regular de exercícios
físicos fora impulsionado em primeiro lugar por aspectos estéticos e emocionais. Este último
na busca de aumento da autoestima, isolamento social imposto muitas vezes pela posição de
mestre do lar e sentimento de tristeza por acomodação no seu estilo de vida, uma busca pela
autonomia social e felicidade com a sua própria imagem. (FLEURY-TEIXEIRA, et al, 2008;
VIEIRA, PORCU e ROCHA, 2007).
Diversos estudos têm comprovado os efeitos benéficos da prática regular de atividades
físicas sobre a condição geral de saúde. (LEITÃO et al, 2000; TAHARA et al, 2003;
GUSTAVO, 2010). É interessante notar que de forma geral as mulheres pesquisadas
descreveram uma melhora significativa da sua percepção de saúde no último ano, onde a
maioria considera o seu estado “Um pouco melhor” quando comparado ao estado anterior.
Trabalhos publicados com esta mesma análise em grupos de sedentários apresentaram índices
percentuais compondo a maioria da resposta em “Quase a mesma” em torno de 44%,
demonstrando, novamente, que a prática regular de exercícios contribui acentuadamente para
uma condição de saúde favorável percebida pelos agentes da pesquisa. (SILVA, ALMEIDA E
SIMEÃO JÚNIOR, 2010).
As doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório são as principais causas de
mortes de mulheres no Brasil e relevantes doenças crônicas não transmissíveis. Quando
acrescentado de outras patologias com mortalidade inferior, mas com grandes índices
63
epidemiológicos na população, como: depressão, diabetes, câncer e obesidade, envolvemos
quase que a totalidade das mortes em mulheres no nosso país. (LEÃO e MARINHO, 2003).
Com o avanço da expectativa de vida do sexo feminino: 72,6 anos em 2000 (oitos anos
superior ao do homem), devido a inúmeros fatores como proteções hormonais e um maior
cuidado com a sua própria saúde historicamente enraizados nesse público, cada vez mais
procuram os benefícios dos exercícios físicos bem orientados, ao contrário dos homens que se
utilizam muitas vezes, das famosas “peladas de final de semana”. (NAHAS, 2010). Vale
ressaltar que no Censo de 2010 a expectativa de vida de mulheres brasileiras foi de 77,32
anos, aumentando significativamente o que justifica uma maior exposição as ações do
processo de envelhecimento e necessidade de atenção à saúde e qualidade de vida. (BRASIL,
GOVERNO FEDERAL, IBGE. Disponível em
<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2032&id_pagi
na=1>).
Araújo e Araújo (2000) destacam em seu artigo que ao se ampliar os efeitos benéficos
de um estilo de vida mais ativo fisicamente para um universo além da saúde, sendo
indispensável para a melhora da qualidade de vida do indivíduo colocamos o sedentário como
detentor de uma qualidade de vida ruim. Entretanto, os mesmos autores citam o quadro de um
“indivíduo de 30 anos, intelectual, artista plástico, fumante moderado, com nível de estresse
inerente à profissão e sedentário” é um grande candidato para adquirir patologias crônico-
degenerativas, mas quando perguntado sobre o seu estado de qualidade de vida, o mesmo
responde que é satisfatório
Nessa mesma lógica, estudo publicado por Interdonato e Greguol (2010), ao avaliar o
nível de qualidade de vida de atletas de alto rendimento, encontram resultados que distanciam
os agentes da pesquisa para níveis considerados saudáveis de QV. Isto pode ser explicado pela
função da satisfação pessoal dos atletas serem atrelados a resultados de sua performance
64
esportiva, submetidos a estresse constante e a convivência com as dores provenientes do
excesso de treinamento.
O pensamento que hoje rege a busca pela saúde baseado nos efeitos positivos que um
determinado nível suficiente de atividade física foi imposto progressivamente em nossa
sociedade. Todavia, a importância de se verificar a quantidade, a frequência e a intensidade
que indivíduos ou grupos de uma determinada população realiza de exercícios ao longo da sua
vida cotidiana, de trabalho e lazer é fundamental para a formação de uma sociedade plena do
seu bem estar. (PIERON, 2004).
Como foi observado nas apresentações gráficas o inquestionável os benefícios
alcançados pela prática regular de atividade física, salienta-se que as agentes da pesquisa não
apresentavam corpos perfeitos, delineados por massivo exercício físico e nem tão pouco o
auxílio de suplementos nutricionais para a perda de gordura e incremento de maiores volumes
musculares. Foi tratado nessa pesquisa mulheres “normais” não atletas praticantes de
exercícios físico regular a pelo menos 4 semanas, dados esses gerados não encontrados na
literatura científica que exclui esse público.
8 Conclusão
A incorporação do paradigma de um EV mais saudável tem modificado o
comportamento humano, estima-se que mais de dois terços das mortes são provocadas por
doenças que poderiam ter sido evitadas através da mudança do comportamento. Ou seja,
existem fatores de nosso modo de viver que interferem de maneira positiva e negativa em
nossas vidas, o bem-estar a curto ou em longo prazo.
A inclusão de hábitos saudáveis no estilo de vida tem sido massificada nos meios de
comunicação e mesmo na literatura científica. Invariavelmente com o avanço da sociedade
65
tecnológica tem transformado o comportamento dos indivíduos em uma situação cada vez
mais sedentário aliado a inclusão de um comportamento de risco com a utilização de fumo,
bebidas alcóolicas e alimentação inadequada. Entretanto, isso não significa, necessariamente,
que as pessoas considerem que apresentam redução dos seus níveis de qualidade de vida,
desta forma, uma avaliação da condição de vida torna-se imprescindível para a análise da
percepção individual de um grupo populacional.
O nível de qualidade de vida e saúde é influenciado por inúmeros fatores, físicos,
emocionais, sociais, financeiros, estilo de vida, gênero, etc. As pesquisas presentes na
literatura apresentam como foco um público geral sem distinção sexual e com prevalência das
amostras serem formadas por indivíduos restritamente atletas, sedentários e ativos
fisicamente. Entretanto, o comportamento entre esses grupos é distinto, pois, os estudos de
qualidade de vida são direcionados para pessoas com idade mais avançada como uma busca
por reinserção social através de uma vida ativa.
Os resultados alcançados no estado do Rio Grande do Norte demonstram que a prática
regular de exercícios físicos intensos, assim como, no estado do Ceará, inúmeros benefícios
na promoção de qualidade de vida e saúde das agentes da pesquisa. Todavia, os escores foram
inferiores ao Ceará, mas superiores aos encontrados na literatura para grupo de mulheres
sedentárias. Somente o item LAE apresentou em comparação com uma pesquisa citada valor
inferior.
Desta forma, foi possível constatar que existem diferentes níveis de qualidade de vida
mesmo em pessoas que apresentam um estilo de vida considerado mais saudável, com alguns
resultados distintos. É salutar acrescentar que os grupos em estudo foram submetidos
exatamente ao mesmo programa de treinamento aeróbico e mesmo assim obtiveram
resultados diferenciados, principalmente no que diz respeito a aspectos emocionais, pois, esse
66
depende do momento da vida e reconhecimento do sucesso alcançado ou não por parte do
indivíduo.
O questionário SF-36 demonstrou ser eficaz ferramenta de análises da QV devido a
sua fácil interpretação e aplicação, permitindo a coleta em diferentes localidades sem a
interferência constante do pesquisador. Os dados colhidos foram confrontados com os
existentes na literatura científica e apresentaram, na sua maioria, resultados concordantes com
a incorporação de exercícios físicos no cotidiano da pessoa, entretanto, o tamanho da amostra
e a aplicação do SF-36 em uma quantidade maior de localidades no mesmo perfil da amostra
aqui pesquisa é necessária para uma leitura mais completa da avaliação e percepção da saúde
e qualidade de vida em mulheres normais ativas, gerando melhores dados para a formação
políticas públicas de promoção da saúde.
Ou seja, buscar a compreensão das necessidades humanas fundamentais, materiais e
espirituais, pois, quando posta qualidade de vida em saúde a abrangência vai muito mais além
do que um estado de ausência de doenças, mas na capacidade que as pessoas tem de superar
suas dificuldades ou até mesmo condições de morbidade.
Como verificado anteriormente, aspectos comportamentais interferem diretamente na
formação do quadro epidemiológico no Brasil, sendo de suma importância uma análise das
varáveis respostas aos agentes causadores de doenças crônico-degenerativas, taxas de
mortalidades associadas e longevidade, visto que, a atividade física é considerada variável
preditora desses aspectos. Sugiro a realização de pesquisas desta natureza, com o intuito de
buscar soluções cada vez mais específicas em busca de uma sociedade mais saudável e com
condições de alcance de uma melhor qualidade de vida através de politicas de promoção da
saúde centradas na autonomia individual e coletiva dos sujeitos envolvidos, possibilitando a
escolha e deliberação sobre os determinantes sociais de saúde e respeito às diversidades de
comportamento e do autocuidado.
67
Conclui-se que o enfretamento dos aspectos referentes aos determinantes sociais de
saúde, sem perder a conjuntura do ordenamento social e as posições hierárquicas que os
indivíduos ocupam em seu meio, pois, estes se constituem em um fator primordial nas cadeias
de causas para as principais patologias do mundo contemporâneo, cada vez mais pesquisas
nesse sentido devem ser realizadas para a composição de dados para a formação de uma
sociedade cada vez mais saudável.
68
9 Referência
ARAÚJO, Denise Sardinha Mendes Soares de. ARAÚJO, Cláudio Gil Soares de. Aptidão
física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Revista Brasileira de
Medicina Esporte. Rio de Janeiro, v. 6, n. 5, p. 194-203, set./out. 2000.
ASSUMPÇÃO, Luís Otávio Teles; MORAIS, Pedro Paulo; FONTOURA, Humberto.
Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida. Notas introdutórias.
Efdeportes.com. Buenos Aires. n. 52. Set 2002. Disponível em:
<http://www.efdeportes.com/efd94/tecno.htm> Acesso em 07 jul. 2012.
BAGRICHEVSKY, Marcos. PALMA, Alexandre. ESTEVÃO, Adriana. A saúde em debate
na educação física. Edibes, Blumenau, dezembro. 2003.
BARROS, Mauro V.G.; NAHAS, Markus Vinícius. Comportamentos de risco, auto avaliação
do nível de saúde e percepção de estresse entre trabalhadores da indústria. Revista de Saúde
Pública, v.35, n.6, p.554-63, 2001.
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Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. Brasília: Ministério da Saúde, 1996.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
(MESTRADO)
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título da Pesquisa: O CONCEITO DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA E SUAS
ANÁLISES EM MULHERES PRATICANTES DE ATIVIDADE FÍSICA AERÓBICA
INTENSA DE UMA GRANDE REDE DE ACADEMIAS DO BRASIL
Nome do (a) Pesquisador (a): Cláudio José Monteiro da Costa
Nome do (a) Orientador (a): Prof. Dr. Flávio Barbosa
1. Natureza da pesquisa: A Sra. está sendo convidada a participar desta pesquisa que tem por objetivo a análise da percepção de mulheres praticantes de atividades físicas de sua condição de saúde e qualidade de vida através do questionário auto aplicável SF-36, já traduzido e valido no Brasil. Permitindo avaliar, apresentar e contextualizar esses conceitos
2. Participantes da pesquisa: Sua participação se deve ao fato de haver diversos conceitos e interpretações para saúde e qualidade de vida, principalmente em mulheres praticantes de exercício físico.
3. Envolvimento na pesquisa: ao participar deste estudo a Sra. permitirá que o pesquisador Cláudio José Monteiro da Costa confirme as diferentes vertentes de interpretação e condição de saúde e qualidade de vida. A Sra. tem liberdade da recusa a participação e ainda recusar a continuidade em qualquer fase da pesquisa, sem prejuízo ou ônus. Sempre que quiser poderá pedir mais informações sobre a pesquisa através do telefone do pesquisador do projeto e, se necessário através do telefone do Comitê de Ética em Pesquisa.
4. Riscos e desconforto: a participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os riscos são nulos. Os procedimentos adotados nesta pesquisa obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução no. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados oferece riscos à sua dignidade.
5. Confidencialidade: todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais. Somente o pesquisador e o orientador terão conhecimento dos dados. Que poderão ser publicados sem a necessidade da identificação da voluntária.
6. Benefícios: ao participar desta pesquisa a Sra. não terá nenhum benefício direto. Entretanto, esperamos que este estudo traga informações importantes sobre as verdadeiras condições de saúde e qualidade de vida de mulheres ativas, relacionando com as definições encontradas no meio científico.
7. Pagamento: a Sra. não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa, bem como nada será pago por sua participação.
76
Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre para
participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se seguem.
Obs.: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, manifesto
meu consentimento em participar da pesquisa. Confiro que recebi cópia deste termo de
consentimento, e autorizo a execução do trabalho de pesquisa e a divulgação dos dados
obtidos neste estudo.
Fortaleza - CE, ________/_________/_________
___________________________
Nome do Participante da Pesquisa
_____________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa
__________________________________
Assinatura do Pesquisador
___________________________________
Assinatura do Orientador
Pesquisador: Cláudio José Monteiro da Costa
Celular: (85) 9760-7959
Email: [email protected]
Orientador: Dr. Flávio Henrique Ferreira Barbosa
Email:
Comitê de Ética em Pesquisa da Unifap
Coordenadora:
Contatos:
Vice-Coordenadora:
Contatos:
77
Versão Brasileira do Questionário de Qualidade de Vida - SF-36
Nome:_______________________________________________________________
Idade: _______ Sexo: ________
Nível de Escolaridade:
_________________________________________________
Renda mensal:
_________________________________________________
Instruções: Esta pesquisa questiona você sobre sua saúde. Estas informações nos
manterão informados de como você se sente e quão bem você é capaz de fazer
atividades de vida diária. Responda cada questão marcando a resposta como
indicado. Caso você esteja inseguro em como responder, por favor, tente responder o
melhor que puder.
1- Em geral você diria que sua saúde é:
Excelente Muito Boa Boa Ruim Muito Ruim
1 2 3 4 5
2- Comparada há um ano atrás, como você classificaria sua idade em geral, agora?
Muito Melhor Um Pouco Melhor Quase a Mesma Um Pouco Pior Muito Pior
1 2 3 4 5
78
3- Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente durante um dia
comum. Devido à sua saúde, você teria dificuldade para fazer estas atividades? Neste caso,
quando?
Atividades Sim,
dificulta
muito
Sim,
dificulta
um pouco
Não, não
dificulta
de modo
algum
a) Atividades Rigorosas, que exigem
muito esforço, tais como correr,
levantar objetos pesados, participar em
esportes árduos.
1 2 3
b) Atividades moderadas, tais como
mover uma mesa, passar aspirador de
pó, jogar bola, varrer a casa.
1 2 3
c) Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d) Subir vários lances de escada 1 2 3
e) Subir um lance de escada 1 2 3
f) Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g) Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h) Andar vários quarteirões 1 2 3
i) Andar um quarteirão 1 2 3
j) Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou com alguma atividade regular, como conseqüência de sua saúde física?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou a outras atividades. 1 2
d) Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex.
necessitou de um esforço extra).
1 2
79
5- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas com seu trabalho
ou outra atividade regular diária, como conseqüência de algum problema emocional (como se
sentir deprimido ou ansioso)?
Sim Não
a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras atividades?
1 2
b) Realizou menos tarefas do que você gostaria? 1 2
c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado
como geralmente faz.
1 2
6- Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais
interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma Ligeiramente Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
7- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma Muito leve Leve Moderada Grave Muito grave
1 2 3 4 5 6
8- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o
trabalho dentro de casa)?
De maneira alguma Um pouco Moderadamente Bastante Extremamente
1 2 3 4 5
9- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante
as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma resposta que mais se aproxime de
maneira como você se sente, em relação às últimas 4 semanas.
Todo
Tempo
A
maior
parte
do
Uma
boa
parte
do
Alguma
parte
do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
80
tempo tempo
a) Quanto tempo
você tem se
sentindo cheio de
vigor, de vontade,
de força?
1 2 3 4 5 6
b) Quanto tempo
você tem se sentido
uma pessoa muito
nervosa?
1 2 3 4 5 6
c) Quanto tempo
você tem se sentido
tão deprimido que
nada pode anima-
lo?
1 2 3 4 5 6
d) Quanto tempo
você tem se sentido
calmo ou
tranquilo?
1 2 3 4 5 6
e) Quanto tempo
você tem se sentido
com muita
energia?
1 2 3 4 5 6
f) Quanto tempo
você tem se sentido
desanimado ou
abatido?
1 2 3 4 5 6
g) Quanto tempo
você tem se sentido
esgotado?
1 2 3 4 5 6
h) Quanto tempo
você tem se sentido
uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
81
i) Quanto tempo
você tem se sentido
cansado?
1 2 3 4 5 6
10- Durante as últimas 4 semanas, quanto de seu tempo a sua saúde física ou problemas
emocionais interferiram com as suas atividades sociais (como visitar amigos, parentes, etc)?
Todo
Tempo
A maior parte do
tempo
Alguma parte do
tempo
Uma pequena
parte do tempo
Nenhuma parte
do tempo
1 2 3 4 5
11- O quanto verdadeiro ou falso é cada uma das afirmações para você?
Definitivamente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não sei
A maioria
das vezes
falso
Definitiva-
mente
falso
a) Eu costumo obedecer
um pouco mais
facilmente que as outras
pessoas
1 2 3 4 5
b) Eu sou tão saudável
quanto qualquer pessoa
que eu conheço
1 2 3 4 5
c) Eu acho que a minha
saúde vai piorar 1 2 3 4 5
d) Minha saúde é
excelente 1 2 3 4 5