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1ª EDIÇÃO Julho de 2012

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1ª EDIÇÃO

Julho de 2012

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DEDICATÓRIA

A Deus, Jesus Cristo, e ao Espírito Santo Consolador. A todos os meus familiares e parentes (em especial minhas netinhas que também adoram gatos). Aos meus filhos, e meu marido. A todos os meus amigos. E a todos os gatinhos que fazem ou fizeram parte da minha vida (Fifizinha, Bola de Neve, Florzinha, Pepe, João, Japinha, Bambam, Manchinha, Tigrão. In memoriam - Pantera, Tilinha, Fifi e Fiuke). A todos os protetores de animais e aos que, assim como eu, adoram estes felinos.

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PREFÁCIO

Antes que comece a leitura deste livro, acredito ser pertinente avisar ao leitor, que não sou escritora, nem tenho a pretensão de ser, pois para isto, teria que dedicar um valioso tempo, aprofundando técnicas e conhecimentos que os verdadeiros escritores utilizam com muita propriedade e maestria. Sou apenas uma contadora de histórias, que sempre gostou muito de animais, em especial de gatos, e por este motivo, decidiu contar algumas histórias sobre eles. Carinhosamente Magda Marese

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ENERGIA FELINA................... PG 04 á 07

OSCAR O GATO QUE PREVE MORTES ....................................................... PG 08 á 10

BANHO, ARRANHÕES E “KAKINHAS”

..................................................... PG 11 e 12

MIAU, A GATINHA DESENGANADA ..................................................... PG 13 á 17

GATOS TÊM SETE VIDAS?! .....................................................PG 18 á 24

LU E A GATINHA CHIQUINHA .................................................. PG 25 e 26

HIPNOSE FELINA ............... PG 27 á 30

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ENERGIA FELINA

Sou atriz e na década de oitenta,

batizei meu primeiro grupo de teatro de: “Grupo

Teatral Em Cima do Muro” (isto devido à condição

da maioria dos integrantes que levavam uma vida

dupla se dividindo entre o teatro e outros

compromissos profissionais mais rentosos. A logo

marca do grupo era o desenho de gatos em cima de

um muro).

Anos depois, já com o grupo visivelmente

desfalcado, pois muitos saíram “de cima do muro” e

foram para varias outras profissões, decidi mudar o

nome do grupo então para: Grupo Teatral Gatos

Pingados, isso por que, como já disse sempre gostei

muito de gatos.

Mas o meu interesse mais profundo por estes felinos

surgiu realmente, quando na década de 90, fiz um

curso de controle mental com o Psicólogo Marcio

Pontes e li em sua apostila, uma história sobre Gatos.

Com a permissão do referido e querido

mestre, relato na integra esta história que achei

bastante interessante

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Uma história de gatos

(Márcio Pontes)

“Trabalhamos alguns anos, com doentes mentais, na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro. A doença mental não é equivalente à doença física, embora fortaleça as condições para que elas se manifestem. A doença mental às vezes se apresenta como uma alienação do indivíduo às coisas que estão acontecendo à sua volta, ou a um super interesse. Alguns são tão calmos que chegam ao estado de depressão, ou na outra ponta, tão ativos que agridem, pois contêm uma grande ansiedade e não podem extravasar. Enfim, é uma doença de extremos. É a energia mal canalizada, mal distribuída.

Começava os meus trabalhos num dos núcleos de tratamento da colônia. No meu primeiro dia, logo ao chegar encontrei uma cena muito curiosa. Três mulheres brigavam com um senhor que fazia o trabalho de carrocinha da prefeitura, apanhando gatos nos núcleos. A briga era porque as mulheres queriam que deixassem aqueles gatinhos, pois elas gostavam deles.

Choravam desesperadamente com a separação. Como eram três gatinhos, interferi. Conversei com o condutor da possibilidade de deixar os três gatos. Ele falou que tinha ordens para levar os gatos, a não ser que eu desse uma contra-ordem por escrito. Ora, gatos!! Assinei na mesma hora as contra-ordens, afinal três gatos não iriam

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alterar em nada e fariam as mulheres mais felizes. Até eu achei os gatinhos simpáticos. A carrocinha foi embora e me direcionei a porta do núcleo.

Ao abrir a porta, dois outros gatos saíram correndo. Bem, são cinco gatos. Pensei! Comecei a andar pelo corredor um pouco escuro e fiquei espantado, pois ali havia por baixo alguns 15 gatos, sem contar os últimos cinco falados. Comecei a pensar na besteira que fiz.

Chequei ao pátio. Incontáveis gatos (quando falo gatos, generalizo machos e fêmeas) por todos os lados. Havia um total de dois gatos por internos (pacientes). Telefonei para o núcleo mais próximo e perguntei

se lá havia gatos. O supervisor falou que hoje era segunda-feira e a carrocinha tinha apanhados todos, mas que durante o correr da semana com certeza haveria outro tanto. Pensei: Até a semana que vem teremos o dobro de gatos de hoje. puxa! Telefonei para o psiquiatra chefe da colônia para pedir uma orientação ou explicação para a grande população de gatos. Ele me deu de pronto a explicação mais óbvia: Os gatos gostam da colônia pois encontram alimentação fácil, pois as internas deixam comida por todo lado. Aceitei a explicação mais ou menos. Ficou em mim uma interrogação. Voltando para casa, de motocicleta, vim pensando nos gatos. De repente me veio à lembrança de uma senhora, tida como maluca, perto da minha casa, que vivia cercada de gatos. Gato no telhado, na

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porta, na cozinha, enfim, na casa toda. Era uma convivência saudável. Bem, não era apenas das internas da colônia que os gatos gostavam, eles gostavam também das externas.

Chegando em casa, à noitinha, encontro minha filha lendo um livro de histórias infantis: "Alice no País das Maravilhas". A minha mente estava ligada em gatos e vejo na capa do livro exatamente um gato. Como era um livro grande, de figuras grandes, letras grandes, comecei a olhar e ler. Para meu espanto, estava ali parte da explicação da relação gatos x doentes mentais. Logo no inicio da narrativa, Alice se depara com um acontecimento estranho: “Duas senhoras estavam na cozinha jogando uma criança recém- nascida como se fosse uma peteca de mão-em-mão” Coisa maluca! -“ No canto o fogão , um gato piscou o olho para Alice, como se dissesse: Não se reocupe, aqui eu controlo tudo. Saindo dali Alice encontrou novamente o gato, que começou a se materializar em cima de uma árvore e perguntou-lhe: onde mora o Chapeleiro ou a Lebre? O gato respondeu-lhe: - Você pode ir para lá ou para cá, não importa com quem encontrar, pois ambos são malucos. E de malucos eu entendo.” Para quem como eu , ainda há poucos instantes estava na pergunta dos porquês dos gatos, encontrei num livro infantil motivos suficiente para continuar nas minhas buscas e não me satisfazer com a resposta do meu superior.

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Meus pensamentos iam longe, em relação aos gatos. Busquei na história da humanidade a ligação dos gatos com os seres humanos. No antigo Egito, era sagrado. Na idade média acompanhavam os bruxos, que nada mais eram que os médiuns de hoje ou os esquizofrênicos doentes mentais. Mas, todo bruxo que se prezava tinha um gato como companheiro. Por quê?

Passaram-se alguns dias e me defronto com um ato de maldade de alguns moleques perto de um supermercado do bairro. Um filhote de gato, meio assustado, foi pego pelo rabo e lançado a grande altura. O coitado caiu no meio do asfalto. Pensei que tivesse morrido, mas saiu meio tonto. Nisto um caminhão de entrega passa na rua e o gatinho fica entre as rodas traseiras, debaixo do eixo. Pela minha posição de olhar pensei que tivesse passado por cima. Mas para nova surpresa o gato saiu mais tonto ainda. Alguém falou: “gato não morre fácil não. Tem sete vidas!” Quando ouvi a palavra sete vidas, algo mexeu no meu inconsciente e coloquei este dado na pesquisa dos gatos. Pareceu-me muito importante, afinal o 7 esconde algo de místico. Olha os bruxos aí!

Mas quando estamos ligados às coisas chegam até nós. Domingo cedo fui comprar pão. Olhando os jornais pendurados na bancas, li: “O gatuno foi preso”. Novamente o gato na minha vida, só que na forma de gatuno. Lembro-me agora que as pessoas que roubam são chamadas de gatunos. Em outras palavras, quem rouba é gato. Por que? Coitado do

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gato.

Mas em certas casas, seus moradores costumam fazer "gatos", para roubar energia elétrica. fiz a associação do gatuno que rouba coisas dos outros com as pessoas que roubam energia elétrica. Fica a palavra "roubar".

Certo dia fui visitar uma senhora idosa. Ao entrar em sua casa fui recepcionado logo a porta, pelo seu gato. Ele fez o que todo gato faz. Passou o pêlo nas minhas pernas, arrepiando-se e levantando o rabo. Coisa que todo gato faz, e nós não damos a devida importância. Mas, como estava atento ao assunto gato, fiquei a observar. Logo após, o bichano foi ao colo de sua dona, e deitou-se carinhosamente. Porque ele fez isto? É, todo gato faz.

Voltando à colônia de doentes mentais, trabalhando com os internos, percebi que eles andavam muito e falavam muito o tempo todo. Tinha no meu modo de ver muita energia. Como, na época estava estudando a máquina Kirlian, fotografando o campo energético das pessoas, também fotografava o campo energético dos internos. Para minha "surpresa" eles apresentavam um campo energético parecido com as crianças. Muita energia. Neste instante, a palavra energia teve para mim outro significado. Afinal, o gato é o modo que as pessoas roubam energia das concessionárias. Poderia ser chamado de rato, boi, mas o roubo de energia é

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chamado de gato.

As internas apresentam muita energia, que as tomam agitadas. Os gatos se aproximam, num processo natural de retirar o excesso energético, em outras palavras "roubar", pois não pedem permissão para tal.

Estava fechado o meu pensamento de pesquisa. O nosso inconsciente coletivo associa a palavra gato ao roubo exatamente por este fato. O gato tem 7 vidas devido ao fato de ter acumulado em si maior quantidade de energia vital, haurida das pessoas, então tem mais vitalidade. Os bruxos, da idade média, que trabalham com energia vital tinham os gatos por perto exatamente por serem depósitos energéticos.

A senhora idosa, deficiente em energia tinha o gato próximo , pois ele retirava das pessoas os excessos energéticos e traziam para ela. Quando passou nas minhas pernas, ele fez exatamente isto. Com o tempo fui observando que os gatos se aproximam naturalmente das pessoas ricas energeticamente, sugando-lhe os excessos e transferindo para os necessitados. Desde então tenho informado às pessoas agitadas e hiperativas para que não afastem os gatos. Eles são úteis para o nosso equilíbrio energético e mesmo para aqueles debilitados, pois transferem para eles o que sobra nos outros.“

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Acredito que seria pertinente dizer também, que a comida predileta dos gatos é o peixe, e o peixe é super elétrico, nada o tempo todo, parece não descansar nunca, parece que só para de se mexer, na hora de dormir. Espero que, acreditando ou não no que foi escrito, você tenha se entretido com esta história.

“Existem duas maneiras de refugiarmos das misérias da

vida: Musica e Gatos”

(Albert Schweitzer)

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OSCAR O GATO QUE

PREVE A MORTE

Um dia li no jornal uma matéria

sobre um gato que previa morte, e cuja história

viraria um filme. Resolvi pesquisar sobre ele e

descobri dentre outras coisas, que existia um

episódio do seriado Dr. House, que era baseado na

história do tal gato, que se chama Oscar. Não tive

duvidas queria saber mais sobre o assunto. Buscando

aqui e ali descobri também que um médico que

trabalha no local onde vive o gato (uma clinica de

doentes terminais), tinha lançado um livro cuja titulo

é: “O Incrível Dom de Oscar”.

Dr. David Rosa é geriatra, professor de medicina

e ganhou notoriedade mundial pelo ensaio sobre o

gato, publicado no New England Journal of

medicine.

Ele e Oscar apareceram em programas televisivos, e

estamparam várias manchetes de jornais do mundo

todo.

Trabalhando no terceiro andar de uma clinica de

repouso e reabilitação chamada Steere House, no

Centro Providence - Rhode Island, o Dr. diz nunca

ter percebido nada de diferente no comportamento de

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Oscar, até que no verão de 2006, Mary Miranda,

uma enfermeira muito observadora, chamou sua

atenção para o estranho comportamento do bichano,

diante de determinados pacientes.

O médico não era simpatizante de gatos, segundo ele,

devido à antipatia que tivera na infância, por um gato

criado por seus avós, chamado Puma. Mesmo assim,

resolveu ouvir as histórias de Mary sobre o felino

que segundo ela, parecia prever a morte dos seus

pacientes.

Atento, mas sem esboçar um maior envolvimento ou

simpatia excessiva sobre o assunto ele ouve calado .

Mary enfatizou que já algum tempo isto vinha

acontecendo com freqüência, e contou também não

ser a única a ter observado o ocorrido.

Após a conversa, eles voltam aos seus afazeres, e o

assunto só voltaria á tona novamente, quando Oscar

previu mais um óbito.

O tempo passa, e morte após morte, Oscar não erra

uma!

Então Dr. Dosa aconselhado por sua amiga

Mary, resolve conversar com alguns parentes dos

pacientes que faleceram na clinica, sobre o

comportamento do bichano nas ultimas horas de vida

de seus entes queridos. Destas visitas, surgiu a idéia

do livro.

Nele Dr. David descreve uma boa parte destas

conversas.