05 comportamento alta temperatura
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COMPORTAMENTO NAS TEMPERATURAS DE
VAZAMENTO
Comportamento nas temperaturas de vazamento
Primeiros ligantes químicos em fundição (os óleos secativos?)– visavam alcançar resistências (à tração) → machos esbeltos e
geometricamente complexosHoje, uma das motivações (a principal?) para a evolução
contínua e emprego mais generalizado de ligantes químicos é a busca de moldes e machos cada vez mais confiáveis do ponto de vista dimensional– cura em contato com o modelo / caixa de macho
Precisão dimensional de moldes / machos– à temperatura ambiente, pode ser conseguida com qualquer
sistema ligante químico– a temperaturas elevadas, depende não só da areia base mas
também de propriedades / comportamento do ligante• resistência, plasticidade, decomposição, colapso ...
– é afetada, além disso, por vários fatores• preparação e adensamento da areia• aditivos• pinturas etc.
Como avaliar comportamento a alta temperatura ?
• Características medidas à temperatura ambiente têm pouca relação com comportamento em condições de vazamento
• Principais ensaios a altas temperaturas (p/ areias ligadas quimicamente):
Resistência à compressão a quentecarga de ruptura à temperatura T, após encharcamento
Expansão por choque térmicoregistro da variação dimensional ε = f [T (t) ]
Colapsibilidadetempo de colapso sob carga F, aplicada após encharcamento à
temperatura T
Distorção a quenteε = f (tempo) na extremidade de uma barra aquecida no centro,
em uma face
Ensaios a alta temperatura
Os ensaios de
Resistência à compressão a quente
Expansão por choque térmico e
Colapsibilidade
– são realizados em “dilatômetros”, a temperatura determinada
– usam c.p. não padronizados (Φ 1 1/4 x 2” ou mais esbelto)
Distorção a quente
– potência térmica ~ constante
– condições de ensaio mais reprodutíveis que anteriores
Em qualquer caso, atmosfera do ensaio não corresponde à do molde
– pode-se confinar os gases gerados no aquecimento do c.p. (“own atmosfere test”)
Distorção a quente
Desenvolvido pelo (antigo) BCIRA
queimador de gás
fixação do corpo de prova
posição inicial do corpo de prova frio
dispositivo de aplicação de carga
movimento medido e registradocorpo de prova de areia
aglomerada: 1”x¼”x4½”
0
Aex
pans
ão
(mov
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ara
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a, c
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a c
arga
)
term
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par
a ba
ixo)
C
tempo de colapso do corpo de prova
B
D
A = máxima expansãoAB = termoplasticidadeBC = termoendurecimento
secundárioC = fim do termoendurecimento,
predomina decomposição térmica do ligante
D = colapso
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (1)
cura-a-frio cold box
estufado1/2 h, 220°C
Ligantes uretânicos (resinas fenólicas-isocianato-amina), tanto os de cura-a-frio (PepSet) como os usados em Cold Box, apresentam alta termoplasticidade (que pode ser reduzida por pós-cura em estufa). Também é possível aumentar a resistência superficial e a rigidez por pintura e secagem posterior. A plasticidade a quente destes ligantes os fazem bastante resistentes ao veiamento
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (2)
UF-AF FF-UF-AF
FF-AF
Resinas para Hot Box: UF-AF (uréia formaldeído – álcool furfurílico): alta plasticidade a quente e rápido colapso → machos de ligas leves. FF-UF-AF (fenol formaldeído - uréia formaldeído – álcool furfurílico): pequena expansão com alguma plasticidade → tensões térmicas pouco severas no macho; tempo de colapso longo → aplicação típica: machos de camisa d’água. FF-AF (fenol formaldeído – álcool furfurílico): alta resistência a quente → machos intrincados, alta solicitação térmica (alta expansão das resinas precisa ser compensada na caixa de macho)
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (3)
13 dias
7 dias
40 dias
resina de várias idades
duas granulometrias de óxido de ferro
normal
finamente moído
Hot Box: viscosidade das resinas aumenta com tempo de estocagem (ensaio de tração a frio pode não mostrar); aparece como aumento de expansão a quente e pode explicar súbitas ocorrências de veiamento. Adição de óxido de ferro visa, quase sempre, ↓ expansão e ↑ resistência a quente. Grau de moagem do óxido de ferro é importante: neste caso, óxido de ferro mais fino que o usual causou aumento da expansão, o inverso do desejado
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (4)
tinta pouco penetrante
tinta com adição de tenso-
ativo
Hot Box, pintado por imersão: alteração da tinta (que ficou pouco penetrante) provocou aumento de distorção em macho de camisa d’água (2,5% resina furânica, 20% catalisador, 0,5% óxido de ferro) p/ bloco de motor diesel. A adição de tenso-ativo à tinta restaurou seu grau de penetração no macho, capacitando-a a formar uma capa mais forte na superfície do macho e reduzindo a plasticidade a quente
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (5)
Cura-a-frio, conversor ácido: propriedades térmicas da areia recuperada são melhores que as da areia nova: o acúmulo de matéria orgânica (indesejado, quando em excesso, pela evolução de gases) é benéfico por eliminar o veiamento e aumentar o tempo de colapso (menor expansão térmica e maior plasticidade a quente)A variação de qualidade da areia recuperada pode causar apreciáveis variações dimensionais nas peças, principalmente se vazados após diferentes tempos de cura
24h
4h
2h1h
1/2h
areia novaP.F.= 1,9%
80% recupP.F.= 3,9%
1h
1/2h
2h
4h
24h
80% recupP.F.= 5,7%
1/2h 1h
2h
24h
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (6)
sem pinturapintado
Shell Molding: é importante ter-se a alta resistência a quente e o colapso longo propiciado pelas resinas fenol formaldeido. As curvas de distorção a quente mostram que os corpos de prova mantêm resistência a quente por período longo, com expansão térmica e plasticidade a quente moderadas
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (7)
gasado 18sgasado 35s
gasado 60s
Silicato 2,5:1, gasado com CO2 e estocado por 24 horas: Sabe-se que as propriedades a quente de areias ligadas com silicato-CO2 são influenciadas pelos tempos de gasagem e estocagem dos machos ou moldes. Com o aumento do tempo de gasagem, a expansão térmica diminui e a resistência a quente também. A elevada termoplasticidade do silicato é claramente demonstrada
Distorção a quentecomportamento de alguns ligantes (8)
15 min+ 1% óxido de
ferro
45 min
90 min
90 min
15 min
45 min
óleo de linhaça + amido, vários tempos de cura em estufa: Com o aumento do tempo de cura, aumenta a expansão térmica e diminui a plasticidade a quente. No exemplo, com cura de 15 minutos ter-se-ia distorção excessiva dos machos e de 90 minutos alta tendência a veiamento. A adição de óxido de ferro torna a areia menos susceptível aos efeitos de tempos de cura curtos ou longos