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F E E UNDAMENTOS DE CONOMIA E MPREENDEDORISMO 1

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F

E

E

UNDAMENTOS

DE CONOMIA E

MPREENDEDORISMO

1

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Fundamentos de Economia e

Empreendedorismo

1ª Edição - 2007

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SOMESBSociedade Mantenedora de Educação Superior da Bahia S/C Ltda.

William OliveiraPresidente

Samuel SoaresSuperintendente Administrativo e Financeiro

Germano TabacofSuperintendente de Ensino, Pesquisa e Extensão

Pedro Daltro Gusmão da SilvaSuperintendente de Desenvolvimento e Planejamento Acadêmico

André PortnoiDiretor Administrativo e Financeiro

FTC - EADFaculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância

Reinaldo de Oliveira BorbaDiretor Geral

Marcelo NeryDiretor Acadêmico

Roberto Frederico MerhyDiretor de Desenvolvimento e Inovações

Mário FragaDiretor Comercial

Jean Carlo NeroneDiretor de Tecnologia

Ronaldo CostaGerente de Desenvolvimento e Inovações

Jane FreireGerente de Ensino

Luis Carlos Nogueira AbbehusenGerente de Suporte Tecnológico

Osmane ChavesCoord. de Telecomunicações e Hardware

João JacomelCoord. de Produção de Material Didático

EquipeAndré Pimenta, Antonio França Filho, Angélica de Fátima Jorge, Alexandre Ribeiro, Amanda Rodrigues,

Bruno Benn, Cefas Gomes, Cláuder Frederico, Francisco França Júnior, Herminio Filho, Israel Dantas, Ives Araújo, John Casais, Márcio Serafim, Mariucha Silveira Ponte, Tatiana Coutinho e Ruberval da Fonseca

ImagensCorbis/Image100/Imagemsource

Produção AcadêmicaJane Freire

Gerente de Ensino

Ana Paula AmorimSupervisão

Tatiane de Lucena LimaCoordenação de Curso

Luciana Bandeira e Paulo MagnusAutoria

Produção TécnicaJoão JacomelCoordenação

Carlos Magno Brito Almeida SantosRevisão de Texto

Bruno Benn de LemosEditoração

Bruno Benn de LemosIlustrações

copyright © FTC EADTodos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/98.

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização prévia, por escrito, da FTC EAD - Faculdade de Tecnologia e Ciências - Educação a Distância.

www.ead.ftc.br

MATERIAL DIDÁTICOMATERIAL DIDÁTICO

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SUMÁRIO

A CIÊNCIA ECONÔMICA _________________________________________ 7

PRINCÍPIOS BASILARES DA CIÊNCIA ECONÔMICA ____________________ 7

OBJETO DA ECONOMIA E A LEI DA ESCASSEZ ____________________________________ 7

PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS ___________________________________________ 9

FLUXO CIRCULAR DA RENDA: MODELO COM DOIS TRÊS E QUATRO SETORES ___________11

ECONOMIA DE MERCADO E MISTA _____________________________________________13

ATIVIDADE COMPLEMENTAR _________________________________________________15

PRINCIPAIS ASPECTOS MICROECONÔMICOS _________________________17

TEORIA ELEMENTAR DO FUNCIONAMENTO DO MERCADO: OFERTA E DEMANDA _______17

O EQUILÍBRIO DE MERCADO _________________________________________________24

CONCEITO DE ELASTICIDADE (DEMANDA E OFERTA) ______________________________26

ESTRUTURAS DE MERCADO: CONCORRÊNCIA PERFEITA E MONOPÓLIO – ESTUDANDO OS

EXTREMOS. _____________________________________________________________29

ATIVIDADE COMPLEMENTAR _________________________________________________31

O SIGNIFICADO DO EMPREENDEDORISMO NO CONTEXTO GLOBAL ________________________________________________________35

ANALISANDO O CONTEXTO GLOBAL E SUAS MATIZES _______________35

METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA: ALTO NÍVEL DE EMPREGO E ESTABILIDADE DE

PREÇOS ________________________________________________________________35

INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÔMICA: FISCAL E MONETÁRIA ______________38

CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO (ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL) _________________43

GLOBALIZAÇÃO, CONTEXTO MACROECONÔMICO DO BRASIL E O EMPREENDEDORISMO _45

ATIVIDADE COMPLEMENTAR _________________________________________________49

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SUMÁRIO

O PAPEL DO EMPREENDEDOR NO AMBIENTE MACROECONÔMICO GLOBALIZADO ___________________________________________________50

O ESPIRITO EMPREENDEDOR _________________________________________________50

OPORTUNIDADE E RISCO DO NEGÓCIO _________________________________________52

A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO NA GESTÃO ___________________________54

ATIVIDADE EMPREENDEDORA COMO OPÇÃO DE CARREIRA ________________________56

ATIVIDADE COMPLEMENTAR _________________________________________________58

GLOSSÁRIO _____________________________________________________________60

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS __________________________________________62

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Prezados alunos,

Estamos dando início aos nossos estudos da disciplina Fundamentos de Economia e Empreendedorismo. Esta disciplina é muito interessante e, com certeza, vai agregar muito valor nas suas formações profissionais e pessoais. Ela irá tratar de duas ciências interessantíssimas: a economia e a adminis-tração. Vocês irão vislumbrar um mundo novo e passarão a entender muito mais o cenário no qual estão inseridos.

Encarem esta disciplina como um desafio, como tantos outros que a vida nos oferece. Todo ser humano é capaz de qualquer coisa, quando se dispõe a realizar. Acreditem no potencial de vocês mesmos e vamos em frente.

Contem com a gente!

Luciana Bandeira e Paulo Magnus

Apresentação da DisciplinaApresentação da Disciplina

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Fundamentos de Economia e Empreendedorismo 7

A CIÊNCIA ECONÔMICA

PRINCÍPIOS BASILARES DA CIÊNCIA ECONÔMICA

OBJETO DA ECONOMIA E A LEI DA ESCASSEZ

Defi nição

Economia é a ciência que estuda o emprego de recursos escassos, entre usos alternativos, com o fi m de obter os melhores resultados, seja na produção de bens ou na prestação de serviços:

Você sabe como a economia está dividida?

Divisão da Economia:

Conforme Silva (2000), a economia é dividida em três fases:

1ª Fase

Teoria Econômica – Compreende um conjunto de conhecimentos sobre os fatos ou fenômenos econômicos, ou seja, o comportamento da realidade. Os conhecimentos da realidade (economia positiva) possibilitam nortear ou estabelecer as normas (economia positiva) da política eco-nômica de um país. Os fatos ou fenômenos econômicos podem ser observados de dois ângulos diferentes, razão pela qual a teoria econômica se classifi ca em Microecono-mia e Macroeconomia.

a) Microeconomia: trata do comportamento das fi rmas e dos indivíduos ou famílias, preocupando-se com a formação dos preços e o funcionamento dos mercados.

b) Macroeconomia: estuda os agregados nacionais envolvendo o nível geral de preços, renda nacio-nal, taxa de câmbio e balanço de pagamentos.

2ª Fase

Estatística Econômica – entendida como manipulação dos dados econômicos, geralmente ex-presso em números – também se classifi ca em duas fases:

• Coleta, seleção exame de dados econômicos, ou seja, das quantidades ou elementos conhecidos para a formação de um juízo.

• Preparo complementar das estimativas, uma vez que muitos dados e informações não foram ob-tidos satisfatoriamente por ocasião da coleta.

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3ª Fase

Economia Aplicada ou descritiva – também integrante a chamada economia positiva, compre-ende os exemplos de fatos ou fenômenos contemporâneos (ou a história econômica de nossos dias que esclarecem as perguntas ou questões formuladas pelos economistas, formando, assim, o conjunto de conhecimentos que constituem a Teoria Econômica.

1.2 A lei da escassez de recursos

Os recursos escassos são os insumos, ou fatores de produção, utilizados no processo pro-dutivo para obter outros bens, destinado à satisfação das necessidades dos consumidores.

1.3 Fatores de Produção:

Terra ou recursos naturais – incluindo água, minerais, madei-ras, peixes, solo para as fábricas e terra fértil para a agricultura;

Trabalho ou recursos humanos – englobando os trabalhado-res qualifi cados e não qualifi cados, pessoal administrativo, técnicos, engenheiros, gerentes e administradores;

Capital – compreendendo o conjunto de bens e serviços, como máquinas, equipamentos. O capital fi nanceiro, necessário para aquisi-ção do capital fi xo e o giro do negócio;

Capacidade empresarial – o empresário é a pessoa que reúne capitais para adquirir recursos produtivos e produzir bens e serviços destinados ao mercado, mediante determinada tecnologia, com o objetivo de realizar lucros.

1.4 Conceito de bens econômicos

Alguns bens podem ser encontrados em grades quantidades e outros com relativa raridade.

Bens não econômicos – são os bens com existência tão grande que ultrapassam nossa necessida-de, eles não possuem valor econômico e nem tem preço.

Ex: O ar que respiramos

Bens econômicos – os bens relativamente raros e que sua existência é inferior à nossa necessida-de, logo o bem é escasso e tem valor.

Ex: Diamante

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Quanto à natureza os bens podem ser: Bens materiais e bens imateriais.

Os bens materiais são as coisas palpáveis que podem ver e pegar, por exemplo: pão, veículos, equi-pamentos industriais, vestuário, calçados, mobiliários, utensílios e etc.

Já os bens imateriais não podemos vê-los nem pega-los. É o caso dos serviços prestados por um médico, um advogado ou serviços hospitalares, serviços de transportes, serviços públicos, recreação, etc. Hoje os programas de computador ou dados armazenados em computador, na maioria dos países são considerados de como bens imateriais.

Por último, temos a classifi cação mais importante, que é quanto ao destino dos bens, assim deno-minado: bens de consumo e bens de produção (ou de capital).

Os bens podem apresentar-se em estado de uso ou de consumo imediato. Eles satisfazem direta-mente a necessidade do consumidor, podendo ser consumido de uma só vez. Exemplo: os alimentos em geral, os cigarros, os serviços turísticos, hoteleiros, cabeleireiros, recreativos, etc. Nesse caso, os bens de consumo são denominados bens não duráveis.

Quando os bens de consumo não são utilizados de uma só vez, são denominados bens duráveis. Exemplo: casas, móveis, veículos, máquinas de lavar roupas, rádio, televisão, etc.

Denominam-se bens de produção ou de capital aqueles bens que são utilizados para a produção de um bem fi nal que será ofertado e consumido no mercado. Podemos dar como exemplo de bens de produção duráveis as máquinas de uma indústria automobilística. A utilização da máquina faz parte do processo do processo produtivo, permanecendo na empresa após a produção do produto fi nal.

Temos, também, os bens de produção transitórios, são aqueles bens que são utilizados para a produ-ção de bens que serão ofertados e consumidos na economia, e que após o processo produtivo não permane-cem mais na empresa, são os exemplos dos insumos e matéria prima. Exemplo: o couro, o botão o zíper.

Na produção de bolsa, transitam pela produção e vão embora com o produto fi nal, sendo classifi -cados, então, como bens de produção transitórios.

O conhecimento dessa classifi cação torna-se importante para melhor compreensão da ciência eco-nômica, bem como, um conhecimento mais claro e fácil das publicações de sites importantes como: http://www.bcb.gov.br/ e http://www.bcb.gov.br/.

PROBLEMAS ECONÔMICOS BÁSICOS

É isso aí, pessoal!

Nós já vimos os princípios básicos da economia e como ela está dividida. Vamos entender um pouco mais de economia?

Conforme estudado no capítulo anterior, podemos observar que a lei de escassez de recursos se fun-damenta-se no princípio de que os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas.

Deve-se atentar para a lei de escassez na resolução dos três problemas econômicos fundamentais.

2.1 Vejamos, então, os problemas fundamentais:

a) O que e quanto produzir: o que produzir é defi nido pelo desejo dos consumidores, desejo de consumir determinado bem na economia; quanto produzir será defi nido pela oferta e procura de merca-do. Deve-se considerar os recursos produtivos limitados, as necessidades humanas ilimitadas e conheci-mento dos mercados.

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b) Como produzir: como produzir é defi nido pela capacidade de investimento do empresário, bem como as disponibilidades dos recursos produtivos. Deve-se considerar o tipo de tecnologia propor-cional ao desenvolvimento do país, determinando a quantidade dos fatores de produção.

c) Para quem produzir: para quem produzir levamos em consideração o público a quem de deseja oferta o bem que será produzido. Deve-se considerar o público alvo que pretende atingir.

Então, o que precisamos saber mais para defi nir o que produzir?

A decisão sobre o que produzir

Sabemos que os fatores de produção são escassos e as necessidades humanas ilimitadas, a socie-dade e o Governo podem induzir a economia a produzir mais bens para o mercado interno ou externo, determinando o tipo de bem a ser produzido.

Como as necessidades humanas são ilimitadas e os fatores de produção são limitados, precisamos construir uma curva para demonstrar nossas possibilidades de produção, defi nindo nossa CCP – Curva de Possibilidade de produção.

2.2 A Curva de Possibilidade de Produção

Defi nição:

É uma curva que representa infi nitas combinações de fatores de produção, na produção de dois bens na economia, nos dando sempre a mesma quantidade produzida, onde, necessariamente, para au-mentar a produção de um bem, temos que reduzir a quantidade produzida do outro, pois ao longo da curva de possibilidade de produção, considera-se o pleno emprego dos recursos produtivos.

Vamos levar em consideração que a economia possui apenas dois bens econômicos.

Análise do Gráfi co A:

CPP: Curva de Possibilidades de Produção.

Ponto “C”: Temos desemprego dos recursos ou inefi ciência em sua utilização.

Ponto.“A”: Alocação dos fatores de produção tocando a fronteira de possibilidade de produção (pleno emprego dos recursos produtivos).

Ponto “B”: Outra alocação dos fatores de produção tocando a fronteira de possibilidades de pro-dução (pleno emprego dos recursos produtivos).

Ponto “D”: Temos desemprego dos recursos ou inefi ciência em sua utilização.

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Ponto “E”: Não existem fatores de produção sufi ciente para produzir nesse ponto.

Vasconcelos (2002) defi ne Custo de Oportunidade da seguinte maneira:

São custos implícitos que não envolvem desembolso, corresponde aquilo que se deixou de fazer (produzir), para se fazer (produzir) outra coisa.

Qual o custo de oportunidade para deixar de produzir no ponto “A”, para produzir no ponto “B”?

R- O custo de oportunidade para deixar de produzir no ponto “A”, para produzir no ponto “B, é deixar de produzir 4 unidades de feijão, aumentando a produção de soja em 3 unidades.

2.3 A lei dos Rendimentos Decrescentes

À medida que se aumenta o emprego de um insumo, como trabalho, deixando os demais fi xos (capital terra e capacidade empresarial). O produto total expande-se sucessivamente em quantidades cada vez menores.

FLUXO CIRCULAR DA RENDA: MODELO COM DOIS TRÊS E QUATRO SETORES

Vamos estudar, agora, o fl uxo circular da renda em uma economia de dois, três e quatro setores. Vejamos como se deu a evolução desse modelo de dois setores, até chegarmos ao modelo dos dias atuais, um modelo com quatro setores:

3.1 Modelo simplifi cado do sistema econômico em economia a dois setores: famílias e setor empresarial

Presumimos que a economia seja composta de dois setores apenas: empresarial e familiar. Nesta economia hipotética, o setor empresarial é o único produtor de bens e serviços. A produção se faz pelo aluguel dos fatores de produção (terra, mão-de-obra e capital) de posse familiar.

Modelo do fl uxo circular da renda em economia a dois setores:

Quem são os participantes?

Famílias e setor empresarial.

Pagamento de renda monetária por serviço de fatores

Serviço de Fatores

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3.2 Economia a três setores:

- Participação das famílias, setor empresarial e do governo.

- Arrecadação de impostos;

- Despesa governamental;

- Oferta de serviço público;

- Controle do estado nos investimentos e gastos da economia.

Podemos ver no gráfi co a seguir o fl uxo circular da renda em uma economia a três setores.

Quem são os participantes?

- Família, setor empresarial e governo.

Renda monetária (produção menos impostos)

3.3 Economia a quatro setores:

- Participação das famílias, setor empresarial e do governo e do setor externo;

- Relação do país com o resto do mundo;

- Renda recebida do exterior e renda enviada ao exterior;

- Importação e exportação;

- Criação de blocos econômicos.

Renda monetária (produção menos impostos)

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Como vocês podem ver no gráfi co acima, esse é o modelo que nós temos hoje, uma economia a quatro setores (família, empresa, governo e setor externo).

Vejamos informações recentes sobre a economia brasileira conforme relatório do BACEN:

O PIB – Produto Interno Bruto registrou um aumento de 3,7% em 2006, segundo o Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE), o que confi gurou o décimo quarto ano consecutivo de cres-cimento econômico. Em valores correntes, o PIB a preço de mercado alcançou R$ 2.322,80 bilhões.

O desempenho do mercado interno mostrou-se determinante para o crescimento do PIB em 2006, tendo em vista a contribuição negativa de 1,4% proporcionado pelo setor externo. A deman-da interna foi responsável por 4,8% do crescimento do PIB, e registrou-se evolução favorável em todos os setores, com destaque para agricultura, para o setor de serviços e, no âmbito da indústria, para o segmentos extrativismo mineral e construção civil.

Atenção !

É isso aí pessoal!

Provavelmente você pode está sentindo alguma difi culdade para entender essas informações, mas, ao longo da nossa disciplina tudo fi cará mais fácil. Você poderá ver todas as informações referentes ao boletim anual disponibilizado pelo BACEN no site: http://www.bcb.gov.br/?BOLETIM2006

ECONOMIA DE MERCADO E MISTA

4.1 FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO

As economias de mercado podem ser analisadas por dois sistemas:

- Sistema de concorrência pura;

- Sistema de concorrência mista.

4.1.1 Sistema de concorrência pura

Em um modelo de concorrência pura, predomina uma luta acirrada pelo mercado e infi nitas re-lações entre consumidores e produtores, como se tivesse uma “mão invisível” guiando toda e qualquer economia ao sucesso, isso acontecendo sem a intervenção do estado.

Não podemos deixar de falar do mecanismo de preços, resolvendo os problemas econômicos fun-damentais promovendo o equilíbrio nos mercados:

Excesso de oferta existirá formação de estoque, em que as empresas terão que reduzir seus preços objetivando o escoamento da produção, assim existirá concorrência entre os produtores para vender suas mercadorias aos escassos consumidores.

Excesso de demanda, existirá concorrência entre os consumidores pelos escassos bens disponí-veis, em que os bens tendem a aumentar os preços.

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Imperfeições do sistema de concorrência pura:

- Trata-se de uma grande simplifi cação da realidade;

- Não envolve mais a nossa realidade;

- Existe a força do sindicado sobre a formação dos salários;

- O mercado sozinho não promove perfeita distribuição de renda;

- O mercado sozinho não promove perfeita alocação de recursos;

4.1.2 Sistema de mercado misto: o papel econômico do governo

Até início do século passado, antes da grande depressão, que teve impacto na produção e comércio inter-nacional de todo o mundo, acreditava-se que uma mão invisível era capaz de levar toda e qualquer economia ao sucesso, logo após o termino da crise e da segunda guerra mundial, verifi cou-se a necessidade da intervenção do estado no controle dos preços, oferta, procura e volume de moeda em circulação na economia.

Nesse momento tem-se a mudança de uma concorrência pura, para uma concorrência mista com a intervenção do governo procurando eliminar as chamadas distorções alocativas, distributivas e promover a melhoria do padrão de vida da coletividade. Isso pode dar-se da seguinte forma:

- Atuação sobre a formação de preços;

- Complemento da atividade privada;

- Fornecimento de serviço público;

- Fornecimento de bens públicos;

- Compra de bens e serviços do setor privado.

Argumentos positivos e normativos

Economia positiva (ao que é) – Análise do fato momentâneo sem propor algo para que modifique a situação atual.

Economia normativa (ao que deve ser) – Análise ligada à política econômica, indicando o “me-lhor caminho” para a economia.

4.2 Relação da economia com as outras ciências

Biologia – Idéia de crescimento e mudança, bem como bem como do fl uxo de renda e riqueza.

Física – Noções de estatística e dinâmica, de ciclo, de velocidade e força (multiplicador da renda).

Psicologia – Noções de comportamento racional dos agentes econômicos.

História – Os economistas aprenderam que os fatos ocorridos no passado poderão repetir-se no futuro.

Matemática – Utilização de cálculos matemáticos para a determinação do nível da renda.

Geografi a – Todas as relações econômicas ocorrem em um espaço geográfi co.

Sociologia – A análise econômica não se dissocia da participação das classes social no produto global.

Direito – Podem ser exemplifi cados pelas normas jurídicas, código de defesa do consumidor, as-pectos jurídicos das políticas econômicas e leis de salário mínimo.

Ciência Política – Em um regime democrático, as ações do governo estão intimamente ligadas com as instituições, à estrutura partidária e o regime político do país.

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Atividade Complementar

Qual a diferença entre macroeconomia e microeconomia?1.

Como podemos defi nir “fator de produção”?2.

Em uma fábrica de bolsas a máquina de costura pode ser classifi cada como? Por quê?3.

Em quais condições um automóvel pode ser classifi cado como bem de consumo e bem de produção?4.

Qual o custo de oportunidade de sair do ponto “C” para o ponto “D”?5.

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Qual o custo de oportunidade de você está estudando agora esse material?6.

Qual a diferença entre economia de mercado e mista?7.

Analise o gráfi co, explicando o equilíbrio do consumidor, seguindo a seguinte estrutura:8.

a) O que é curva de indiferença?

b) O que é reta orçamentária?

c) Quando o consumidor tem máxima

utilidade e satisfação?

d) Quando acontece o deslocamento?

9. Analise o gráfi co de Curva de Possibilidade de Produção, seguindo a seguinte estrutura:

a) Defi na CFPP – Curva de Fronteira de Possibilidade de Produção?

b) É possível produzir no ponto “A” e “B”? Por quê?

c) É possível produzir no ponto “C”? Por quê?

d) É possível produzir no ponto “D”? Por quê?

e) Qual o custo de oportunidade de sair do ponto “C” para o ponto “E”?

f) Qual o custo de oportunidade de sair do ponto “A” para o ponto “B”?

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Fundamentos de Economia e Empreendedorismo 17

10. Classifi que os bens econômicos quanto à natureza, raridade e ao destino.

PRINCIPAIS ASPECTOS MICROECONÔMICOS

TEORIA ELEMENTAR DO FUNCIONAMENTO DO MERCADO: OFERTA E DEMANDA

Ok!

Veja que interessante!

Vamos falar agora sobre os principais aspectos microeconômicos iniciando pela oferta e demanda.

1.1 Condições Coeteris Paribus

É uma expressão em latim que signifi ca tudo permanecendo constante para análise do período posterior.

1.2 Defi nição de Demanda

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É a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. Assim a demanda é um desejo, um plano. Representa o máximo que o consumidor pode aspirar dada sua renda e os preços de mercado.

1.3 Tipos de demanda

Demanda Aparente: corresponde a parcela da população apta a consumir determinado bem na economia, mas que não possui condições fi nanceiras de possuí-lo.

Demanda efetiva: corresponde a parcela da população que efetivamente está apto e tem condi-ções fi nanceiras de consumir determinado bem na economia.

1.4 Fundamentos da teoria da demanda

1.4.1 Valor utilidade e valor trabalho

Do lado da Demanda:

Valor de Utilidade – representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado.

O que fará com que os consumidores adquiram determinados bens na economia?

Valor de Uso X Valor de Troca

Valor de Uso: a utilidade de um bem encontra-se no uso em si mesmo.

Valor de Troca: a utilidade de um bem está na possibilidade de trocar por outro bem na economia.

1.4.2 Do lado da Oferta:

Valor trabalho – considera que o valor de um bem se forma ao lado da oferta, mediante os custos do trabalho incorporado ao bem. (Malthus, Smith, Ricardo, Marx)

1.5 Utilidade Total e Utilidade Marginal

Utilidade Total: na medida em que consumimos mais uma unidade de um bem na economia, temos por conseqüência, o aumento da utilidade e da satisfação.

Utilidade Marginal: na medida em que consumimos mais uma unidade de um bem na economia, temos por conseqüência, a redução da utilidade e da satisfação.

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Ex.: Paradoxo da água e do diamante

1.7 Noções sobre equilíbrio do consumidor: os conceitos de curva de indiferença e reta orçamentária

Curva de Indiferença (CI) – é um instrumento gráfi co que serve pra ilustrar a preferência do consumidor. Pontos de combinações que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade e satisfação.

Reta Orçamentária (RO) – renda disponível ao consumidor em que irá utilizar para promover sua utilidade e satisfação; ela limita quanto o consumidor poderá gastar.

Equilíbrio (Máxima Utilidade e Satisfação): o equilíbrio do consumidor acontece quando a curva de indiferença tocar a reta orçamentária em apenas 1 (um) ponto. Nesse ponto o consumidor terá máxima utilidade e satisfação.

1.8 Variáveis que afetam a demanda

A demanda de um bem ou serviço pode ser afetada por muitos fatores, tais como:

- Riqueza (e sua distribuição)

- Renda (e sua distribuição)

- Preço dos outros bens

- Fatores climáticos e sazonais

- Propaganda

- Hábitos, gastos, preferência dos consumidores

- Expectativa sobre o futuro

- Facilidade de crédito

Função geral da demanda

Qd = f(Pb, Ps, Pc, R, G)

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Qd – Quantidade demandada

Pb – Preço dos bens

Ps - Preço dos bens substitutos

Pc – Preço dos bens complementares

R – Renda do consumidor

G – Gastos hábitos e preferências do consumidor

1.8.1 Relação entre quantidade demandada e o preço do próprio bem.

Qd = f(Pb) supondo Ps, Pc, R e G constantes.

Logo:

Efeito substituição: O bem fi ca mais barato relativamente aos concorrentes, fazendo com o que a quantidade demandada aumenta;

Efeito renda: Com a queda de preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem deve aumentar.

Relação inversa:

Relação entre quantidade demandada e preços de outros bens e serviços

Bens substitutos ou concorrentes – o preço de um bem substitui o consumo do outro.

Relação direta:

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Fundamentos de Economia e Empreendedorismo 21

Ex.: Coca-cola e guaraná, cerveja Antarctica e Brahma.

Bens complementares – São os bens consumidos em conjunto.

Relação inversa:

Análise gráfi ca quando temos elevação dos preços dos bens complementares:

Supondo o aumento no preço dos automóveis

Exemplo de bens complementares:

Camisa social e gravata

Pneu e câmara

Pão e manteiga

Sapato e meia

Relação entre demanda de um bem e renda do consumidor.

Bem normal: aumento da renda leva ao aumento da demanda de um bem.

Exemplo: Produtos de luxo (avião, carro de luxo).

Relação direta:

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Bens inferiores: aumento da renda leva à queda de demanda do bem.

Exemplo: carne de segunda, roupas rústicas

Relação inversa

Bem de consumo saciado: se aumentar a renda do consumidor não aumentará a demanda pelo bem.

Exemplo: Produtos agrícolas (feijão, arroz e farinha)

Sem variação

Ex: Açúcar, sal, arroz e etc...

Bem normal Bem inferior

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Fundamentos de Economia e Empreendedorismo 23

Bem de Consumo Saciado

Relação entre demanda de um bem e hábitos dos consumidores (G – Gastos)

Qd = f(G) com Pi, Ps, Pc e R constante.

Os hábitos, preferências ou gastos (G) podem ser alterados, manipulados por propaganda e cam-panhas promocionais, podendo aumentar ou reduzir o consumo.

a) Campanha do tipo “beba mais leite”

b) Campanha do tipo “o fumo é prejudicial à saúde”

Resumo:

As principais variáveis determinantes da função demanda, bem como as relações entre essa variá-veis e a demanda do consumidor, podem ser assim resumidas.

Qd = f(Pi, Ps, Pc, R e G)

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O EQUILÍBRIO DE MERCADO

2.0 Oferta de Mercado

É a quantidade que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo.

2.1 A oferta depende de que:

Q = Quantidade ofertada do bem;

P = Preço do bem;

Π = Preço dos fatores de produção

Pn = Preço de outros bens substitutos na produção

O = Objetivos e metas do empresário

Relação direta entre a quantidade ofertada e o nível geral de preços, coeteris paribus.

Logo, temos:

Se o preço do bem aumenta, estimula as empresas a produzirem mais, coeteris paribus.

2.2 O Equilíbrio de Mercado de um bem de serviço

O preço de uma economia de mercado é determinado tanto pela oferta como pela procura encon-trando o ponto de equilíbrio quando colocado em um único gráfi co.

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Fundamentos de Economia e Empreendedorismo 25

Equilíbrio: este é o ponto que os consumidores desejam comprar, é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender.

2.3 Mudança no ponto de equilíbrio, em função do deslocamento da oferta e da demanda.

Pressupostos básicos: Bem superior (não inferior) seguido de um aumento da renda.

Conseqüência: Deslocamento da curva de demanda para a direita

Análise Gráfi ca:

2.4 Deslocamento da curva de oferta

Pressupostos Básicos: Diminuição no preço da matéria prima.

Conseqüência: deslocamento da curva de oferta para a direita.

Análise gráfi ca:

Lei da Oferta e Procura: tendência ao equilíbrio com deslocamento simultâneo.

A interação das curvas de demanda e de oferta, determina o preço e quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.

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- Verifi ca-se como análise do gráfi co a tendência ao equilíbrio.

- Quando a procura é maior do que a oferta, temos: o aumento da oferta e redução da procura.

- Quando a oferta é maior do que a procura, temos: o aumento da procura e redução da oferta.

CONCEITO DE ELASTICIDADE (DEMANDA E OFERTA)

Continuemos nossa caminhada!

Vamos estudar, agora, o conceito de elasticidade.

3.0 Conceito de elasticidade

Cada produto tem sua própria sensibilidade com relação às variações dos preços e da renda, essa variação pode ser medida através do conceito de elasticidade.

3.1 Elasticidade-preço da demanda

É a resposta relativa da quantidade demandada de um bem X às variações de seu preço.

Relação inversa; logo, sinal sempre negativo.

Fórmula da variação percentual do preço:

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Fundamentos de Economia e Empreendedorismo 27

Logo:

Fórmula da variação percentual da quantidade demandada:

Logo:

Então:

Classifi cação:

Demanda elástica: A variação da quantidade demandada supera a variação do preço.

Logo: EpD > 1

Demanda inelástica: Ocorre quando uma variação percentual no preço, provoca uma variação percentual relativamente menor nas quantidades procuradas, coeteris paribus.

Logo: EpD < 1

Demanda de elasticidade-preço unitária: As variações percentuais no preço e na quantidade são de mesma magnitude, porém em sentido inverso.

Logo: EpD = 1

Fatores que infl uenciam o grau de elasticidade-preço da demanda

- Disponibilidade de bens substitutos;

- Essencialidade do bem;

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- Importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento do consumidor.

3.2 Elasticidade-renda da demanda

O coefi ciente de elasticidade-renda da demanda (ER) mede a variação percentual da quan-tidade de mercadoria comprada resultante de uma variação percentual na renda do consumidor, coeteris paribus.

Atenção !

Elasticidade-renda da demanda negativa – o bem é inferior, ou seja, aumentos de renda levam a queda no consumo desse bem, coeteris paribus.

Elasticidade-renda da demanda positiva menor que 1 (um) – o bem é normal, isto é, aumen-tos de renda levam a aumento no consumo.

Elasticidade-renda da demanda positiva maior que 1 (um) – o bem é superior ou de luxo, ou seja, aumentos na renda dos consumidores, levam a um aumento mais que proporcional no consumo do bem.

3.3 Elasticidade-preço cruzada da demanda

Mede a variação percentual na quantidade procurada do bem X com relação à variação percentual no preço do bem Y, coeteris paribus.

Se X e Y forem bens substitutos, EXY será positiva: um aumento no preço do guaraná deve pro-vocar uma elevação do consumo de soda.

Se X e Y forem bens complementares, EXY será negativa: o aumento no preço da camisa social levará a uma queda na demanda de gravata.

3.4 Elasticidade-preço da oferta

O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, observan-do-se, no entanto, se o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre o preço e a quantidade ofertada é direta.

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As elasticidades da oferta são menos difundidas que as da demanda. A elasticidade-preço da oferta mais freqüentemente estudada é a dos produtos agrícolas.

ESTRUTURAS DE MERCADO: CONCORRÊNCIA PERFEITA E MONOPÓLIO – ESTUDANDO OS EXTREMOS.

Vamos aprender mais?

Vamos iniciar agora uma análise sobre as estruturas de mercado, tomando como foco principal de estudo os modelos de concorrência perfeita e monopólio, mas antes de iniciarmos nosso estudo, gostaria de falar que fi nalizaremos o assunto, com o estudo do material do AVA, onde falaremos sobre concorrência monopolística e oligopólio.

4.1 Concorrência perfeita:

Um mercado de concorrência perfeita tem as se-guintes características:

- Existem muitos compradores e vendedores;

- Os bens oferecidos são essencialmente os mesmos;

- As empresas podem entrar livremente no mercado.

Como resultado de suas características em um mercado de concorrência perfeita:

- As ações de um único comprador ou vendedor não tem efeito no preço de mercado;

- Cada comprador e vendedor aceita o preço de mercado como dado;

- Compradores e vendedores em mercados competitivos são chamados de “aceitadores (tomadores) de preço”;

- Compradores e vendedores têm que aceitar o preço determinado pelo mercado.

Receita em uma de concorrência perfeita:

A receita total em uma empresa competitiva é dado por:

RT = (P x Q), onde:

* P é igual ao preço de venda (mercado)

*Q = quantidade de produto vendido

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- A receita total é proporcional à quantidade produzida

- A receita média nos dá o montante que uma empresa recebe pela venda de uma unidade de produto padrão

- Nos mercados perfeitamente competitivos, a receita média é igual ao preço do bem

- Receita média (RMédia) = RT ̧ Q, mas RT = P x Q, logo RMédia = (P x Q)/Q então temos que RMédia = P

- Receita marginal é a variação na receita total decorrente da venda de uma unidade adicional

- Para empresas competitivas, a receita marginal é igual ao preço do bem.

Maximização do lucro em uma fi rma de concorrência perfeita:

- O objetivo de uma fi rma competitiva é maximizar o lucro;

- Isso significa que a firma irá produzir uma quantidade que maximize a diferença entre receita total e custo total.

Você poderia me dizer um exemplo de uma empresa em uma estrutura de mercado de concorrência perfeita?

Deixe que essa eu respondo. Trata-se essencialmente de produtos agrícolas, por isso são idênticos, pois podemos considerar que feijão é feijão, e arroz é arroz em qualquer lugar, logo, podemos citar como exemplo:

Os mercadinhos do seu bairro, que disputam os consumidores da localidade em que estão instalados.

4.2 Monopólio

Características de um monopólio

- Enquanto uma fi rma competitiva é “tomadora de preço”, a fi rma monopolista é “fazedora de preço”;

- Uma fi rma é considerada monopolista se:

- É a única vendedora de um produto;

- O produto não tem um substituto (similar).

-A causa fundamental para o aparecimento dos monopólios são as barreiras para entrada de fi rmas no mercado. Essas barreiras são de três tipos:

- Posse de um insumo chave;

- Licença exclusiva dada pelo governo para a produção de um bem.

Por que no monopólio temos apenas uma empresa atuando nesse mercado?

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- Os custos de produção são tão altos que um único produtor é mais efi ciente que vários pequenos produtores;

- Embora a posse de um insumo chave seja uma das razões para o aparecimento de monopólios, na prática, monopólios, raramente surgem por esses motivos;

- Patentes e direitos de propriedade são dois exemplos de licenças dada pelo governo autorizando que apenas uma única fi rma produza m um mercado;

- Um monopólio natural existe quando uma única fi rma pode suprir um bem para todo um merca-do de forma mais efi ciente que duas ou mais fi rmas;

- O monopólio natural surge principalmente quando há ganhos de escala substanciais durante a produção;

Veja que assunto interessante!

Você sabia que nós somos clientes diretos de uma empresa situada em uma estrutura de monopólio?

Podemos citar como exemplo:

Coelba (distribuidora de energia do estado da Bahia), Energipe (distribuidora de energia do estado de Sergipe e a Embasa (distribuidora de água doestado da Bahia).

Você entendeu a diferença entre concorrência perfeita e monopólio?

Podemos verifi car essas principais diferenças na tabela a seguir:

Comparação entre os extremos: Concorrência perfeita X Monopólio

Atividade Complementar

1. Dado D = 22 – 3p (função demanda) e S = 10 + 1p (função oferta):

a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade

b) Se o preço for igual a 4,00 reais, existe excesso de oferta ou de demanda? Explique.

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2. Supondo a renda R = 289

Dado: Qd = 30 – 0,35Px - 0,02R / Qs = 10 + 0,2 Px

a) Calcule o preço e a quantidade de equilíbrio do bem X.

b) Considerando um aumento da renda de 25%, qual o novo preço e a nova quantidade de equilíbrio?

c) O bem é normal ou inferior? Por quê?

d) Construa o gráfi co.

3. Supondo a renda R = 275

Dado: Qd = 35 – 0,35Px - 0,03R / Qs = 12 + 0,3 Px

a) Calcule o preço e a quantidade de equilíbrio do bem X.

b) Considerando um aumento da renda de 30%, qual o novo preço e a nova quantidade de equilíbrio?

c) O bem é normal ou inferior? Por quê?

d) Construa o gráfi co.

4. Calcule e classifi que quanto à Elasticidade – Preço da Demanda:

Pi = preço inicial = $ 20,00

Pf = preço fi nal = $ 16,00

Qi = quantidade demandada, ao preço Qi = 30

Qf = quantidade demandada, ao preço Qf = 39

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5. Calcule a classifi que quanto a Elasticidade – Preço da Demanda:

Bem “A”

- Preço Inicial = R$ 200,00

- Preço Final = R$ 320,00

- Quantidade demandada inicial = 185

- Quantidade demandada fi nal = 142

6. Calcule e classifi que quanto à Elasticidade – Renda da Demanda:

Bem “A”

- Renda Inicial = R$ 2.200,00

- Renda Final = R$ 3.520,00

- Quantidade demandada inicial = 1520

- Quantidade demandada fi nal = 3556

7. Calcule e classifi que quanto a Elasticidade – Preço Cruzado da Demanda:

Bem “A”

- Preço Inicial de Y = R$ 400,00

- Preço Final de Y = R$ 220,00

- Quantidade demandada inicial = 2000

- Quantidade demandada fi nal = 1620

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8. Com base nas informações a seguir, classifi que quanto à Elasticidade – Preço da Oferta:

Qual bem tem maior Elasticidade – Preço da Oferta?

9. Com base no gráfi co a seguir, calcule a elasticidade-preço da demanda no ponto médio.

10. Quais as principais diferenças entre monopólio e concorrência perfeita?

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O SIGNIFICADO DO EMPREENDEDORISMO NO CONTEXTO GLOBAL

ANALISANDO O CONTEXTO GLOBAL E SUAS MATIZES

METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA: ALTO NÍVEL DE EMPREGO E ESTABILIDADE DE PREÇOS

A macroeconomia trata da evolução da economia como um todo. Ela negligencia o compor-tamento das unidades econômicas individuais tais como famílias e fi rmas. A macroeconomia trata do mercado de forma global.

As metas de política macroeconômicas são objetivos que o governo almeja alcançar e que direcio-nam as suas ações.

As metas de política macroeconômica são as seguintes:

- Pleno emprego dos recursos;

- Estabilidade de preços;

- Distribuição eqüitativa da renda;

- Crescimento econômico.

Vamos nesse momento preliminar falar sobre o pleno emprego dos recursos e a estabilidade de preços.

1.1- Pleno emprego dos recursos

O pleno emprego dos recursos, ou melhor, o alto nível de emprego, refere-se à questão do desem-prego que é considerado um dos maiores, senão o maior problema da atual economia brasileira. Apesar desse problema estar muito em pauta na atualidade, ele possui uma antiga origem. Tudo começou com uma colonização feita de forma equivocada.

Quando Portugal chegou ao Brasil, ele tinha como expectativa encontrar metais preciosos, expec-tativa frustrada em um primeiro momento. Em conseqüência disso o Brasil não foi considerado algo valioso por Portugal.

A cana-de-açúcar foi o primeiro grande produto de exportação do Brasil. Tivemos antes o pau- Brasil não sendo considerado um ciclo. O ciclo da cana-de-açúcar foi baseado na grande propriedade e conseqüentemente na concentração de renda, quando poucos ganhavam e muitos eram explorados.

Observe que a colonização já foi estruturada em bases frágeis. A grande concentração de renda inibia o mercado interno e a evolução econômica da colônia de uma forma geral.

Desta forma, o desprego que enfrentamos hoje é um problema com raízes profundas, ou seja, é uma questão estrutural e, por isso, tão difícil de ser solucionado.

Na década de 30, o problema do desemprego se manifestou de uma forma mais agressiva, devida a crise da bolsa de valores nos Estados unidos, o famoso Crash da bolsa de valores de Nova York. Essa crise gerou desemprego e fome na economia norte americana e abalou a economia mundial.

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Vasconcelos (2002) afi rma que o produto nacional dos Estados Unidos, que signifi ca toda a produção realizada em um determinado período de tempo, caiu entre 1929 e 1933, cerca de 30% e a taxa de desemprego chegou a 25% da força de trabalho em 1933.

Atenção !

No Brasil, a crise da década de 30 contribuiu para o declínio do ciclo do café, o que causou graves conseqüências para a economia da época.

A partir dessa crise mundial, surgiu a preocupação em aprofundar a análise da política econômica, com o objetivo de fazer a economia recuperar o nível de emprego potencial.

1.2 Estabilidade de preços

Estabilidade de preços significa controle da inflação. Mas você sabe o que significa in-flação? É fácil falar sobre inflação no Brasil, pois já tivemos uma longa experiência com tal problema na década de 80.

Infl ação signifi ca aumento continuo e generalizado dos preços. Os movimentos infl acio-nários são dinâmicos e não podem ser confundidos com altas esporádicas e especifi cas do preço de algum produto.

1.2.1 Distorções provocadas por altas taxas de infl ação

A infl ação é um problema sério e sua solução é um processo doloroso, pois uma política macro-econômica, que tenha como objetivo promover a estabilidade de preços, fatalmente, irá gerar outros problemas como, por exemplo, o desaquecimento da economia. Iremos detalhar essa situação no item política fi scal e monetária.

Os principais efeitos provocados por uma alta infl ação são:

- Refl exo na distribuição da renda

Os assalariados que representam de uma forma geral a parcela da população com menor poder aquisitivo são os mais prejudicados com a alta da infl ação, isso porque, os trabalhadores de baixa renda não têm condições de manter alguma aplicação fi nanceira, pois ganham apenas para a sua subsistência, ou seja, tudo o que ganham, gastam.

Sendo assim, com o passar do tempo, vão fi cando em uma situação cada vez mais complicada: orçamentos cada vez mais reduzidos e salários defasados, a espera de um novo reajuste (que possuem prazos legais para acontecer).

No entanto, aqueles que conseguem acumular uma pequena reserva e tem condições de manter em alguma aplicação financeira vai ver esse dinheiro se multiplicar rapidamente e sem nenhum esforço.

Altas taxas de infl ação deixa o rico mais rico e o pobre mais pobre, aumentando, assim, a concentração da renda

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Refl exo sobre a balança comercial

Se Brasil possui uma infl ação mais elevada do que em outros paises, isto signifi ca que os preços nacionais estão mais caros do que os preços dos demais paises. Conseqüentemente, os produtos advindos do exterior estarão provavelmente mais acessíveis. Isso irá ocasionar um estímulo às importações e um conseqüente desequilíbrio da balança comercial.

Balança comercial signifi ca o saldo das exportações e importações: se temos importações maiores que importações menos uma balança comercial defi citária. Se as exportações su-peram as importações temos superávit.

Atenção !

Refl exo sobre a expectativa

O processo infl acionário faz com que o futuro se torne incerto. A instabilidade e a imprevisibili-dade dos orçamentos cria uma expectativa no mercado e uma indecisão, no que se refere a tomadas de decisões. Administrar e planejar em época de infl ação se torna uma atividade muito difícil.

1.2.2 Causas da infl ação

Pelo fato da infl ação ser um problema danoso para economia, torna-se importante classifi carmos de acordo com as suas respectivas causas. Vasconcelos (2002) afi rma que os principais tipos de infl ação são: infl ação de demanda, custo, inercial e de expectativa conforme iremos detalhar a seguir.

Infl ação de demanda

A infl ação de demanda está relacionada ao excesso de procura por bens e serviços disponíveis na economia, por parte dos consumidores.

A demanda maior do que a produção irá gerar um grande volume de dinheiro em circulação o que torna uma situação propícia ao aumento dos preços e, conseqüentemente, um estimulo à infl ação.

A política utilizada para controlar esse tipo de infl ação assenta-se em instrumentos que tenham poder de inibir a demanda, como é o caso da elevação da taxas de juros, aumentos dos impostos, redução dos gastos públicos etc. Veremos os detalhes do funcionamento desses instrumentos nos itens políticas monetária e fi scal.

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Infl ação de custos

A infl ação de custo é bem diferente da infl ação de demanda. No caso em questão, a infl ação está relacionada a problemas decorrentes da oferta.

Desta forma, o nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores utilizados na produção aumentam isso conseqüentemente, irá gerar um aumento do produto. Vasconcelos (2002) afi rma que a infl ação de custos também pode ser causada por aumentos autônomos nos preços das maté-rias-primas básicas como é o caso dos choques agrícolas e a crise do petróleo ocorrida na década de 70.

A política utilizada para controlar esse tipo de infl ação é através do controle direto dos preços que pode acontecer por meio de um maior controle da política salarial ou através do ta-belamento de preços.

Infl ação inercial

Este processo infl acionário é muito intenso, o reajuste dos preços é baseado na infl ação anterior. Sendo assim, os mecanismos de indexação (contrário aluguéis, salários) provocam a perpetuação das ta-xas de infl ação anteriores, que são sempre repassadas aos preços correntes.

Este é um processo difícil de ser interrompido. Se a infl ação presente é baseada na infl ação passada, este passa a ser um processo que se auto alimenta em épocas de hiperinfl ação, em outras palavras “uma bola de neve”.

Nos planos anti-infl acionários elaborados na década de 80 no Brasil, foi utilizada, pelo governo, a estratégia do congelamento de preços e salários, para tentar eliminar a chamada memória infl acionária, ou seja, desindexar a economia.

Infl ação de expectativa

A simples expectativa de que a infl ação futura tende a crescer, já provoca, antecipadamente, o au-mento dos preços no presente. De acordo com Vasconcelos (2002), no Brasil, esse fato geralmente acon-tece antes de mudanças de governo, com empresários precavendo-se contra eventuais congelamentos de preços e salários, que foi uma estratégia freqüente nos planos após 1986.

INSTRUMENTO DE POLÍTICA MACROECONÔMICA: FISCAL E MONETÁRIA

Antes de começarmos a análise sobre a política fi scal e monetária, vamos, preliminarmente, analisar o período pré-monetário, o aparecimento e a evolução da moeda.

2.1 - Evolução histórica da moeda.

O uso da moeda na economia em que vivemos é tão essencial e generalizado que se torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema econômico em que não exista moeda. Se não existisse moeda, como aconteceria, por exemplo, a compra de pão na padaria? E a compra de carne no açougue? Uma tarefa que é muito simples se tornaria bem mais difícil.

Quando tratamos da origem da moeda, evidenciamos que o seu aparecimento decorreu da neces-sidade de superar esse tipo obstáculos para o desenvolvimento do sistema de trocas.

Na medida em que os grupos humanos primitivos evoluíam e superavam os estágios de alto-

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sufi ciência surgia à necessidade de trocar mercadorias com outros grupos vizinhos, ou seja, um sistema mais avançado. Com a continuação da evolução, a criação de sistemas monetários tornou-se um ponto fundamental e inevitável. O sistema monetário tornou-se essencial pois, o sistema de troca denominado escambo possuía muitas difi culdades para ser efetuado. Dentre as maiores difi culdades destacaremos:

Era necessário que existisse a dupla coincidência na negociação, ou seja, se eu crio ga-linhas e o meu vizinho planta feijão. Para que a troca fosse efetuada, seria necessário que ele estivesse interessado na galinha e eu no feijão que ele planta;

Não existia a defi nição de uma relação de troca, ou seja, quanto cada produto vale.

Questão para refl etir

Imaginem como seria hoje se ainda não existisse o sistema monetário e toda a aquisição de bens que não tivéssemos condições de produzir tivesse que ser feita por intermédio do escambo? Quais seriam as difi culdades que iríamos encontrar?

As principais funções da moeda

De acordo com Lopes e Rosseti (1998) moeda possui diversas funções e características conforme serão mostradas a seguir:

Função intermediária de troca. Não é mais necessário que exista a dupla coincidência. A moeda tornou o processo de compra de mercadorias mais fácil.

Função medida de valor - são convertidos os valores de todos os bens e serviços. Facilita dizer quanto cada produto vale.

Função reserva de valor - forma alternativa de guardar riqueza.

Principais Características da moeda

Indestrutibilidade e inalterabilidade – A moeda deve ser sufi cientemente durável, no sentido de que não se destrua ou se deteriore com o uso.

Homogeneidade – as moedas de mesmo valor devem ser rigorosamente iguais.

Transferibilidade – facilidade de transferência de um possuidor para outro.

Facilidade de manuseio e transporte - transportar moeda hoje é algo muito fácil, diferentemen-te da época em que era necessário utilizar o escambo para efetuar troca, pois, se a troca fosse entre tecido e gado, era necessário transportar tanto o tecido quanto o gado.

Demanda por moeda

Neste item iremos analisar os motivos que fazem com que as pessoas retenham moeda, em vez de aplicá-la, por exemplo, em títulos ou imó-veis, que proporcionam rendimento. Se existem essas possibilidades, por que reter moeda já que esta não rende nada?

Existem três motivos para demandar moeda. São eles:

1- Motivo transação - é a quantidade de moeda que retemos em nossas mãos para efetuar paga-mentos diários e imprevisíveis. Quanto maior a renda, maior a demanda por moeda para transação, pois aumentam também os gastos.

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2 - Motivo precaução - O segundo motivo pelo qual os indivíduos retêm moeda é a incerteza quanto às datas de recebimentos e pagamentos, ou seja, um acontecimento imprevisto, que seja necessá-rio naquele momento, possui moeda liquida para solucionar a situação (urgência em caso de saúde, por exemplo). Assim como na demanda de moeda para transação, quanto maior a renda maior será a deman-da por moeda para precaução.

3 - Motivo especulação - as pessoas demandam moeda não apenas para satisfazerem as transa-ções diárias, mas também para especular com títulos, imóveis. Dessa forma podemos fazer uma relação entre demanda de moeda por especulação e taxas de juros de mercado. Assim, quanto maior a taxa de juros, maior vai ser o estimulo das pessoas em compra títulos e conseqüentemente menor vai ser a de-manda de moeda para especulação (que não rende nada).

Oferta de moeda

O controle da oferta de moeda é responsabilidade do Banco Central. Este tem o monopólio das emissões e deve colocar em circulação o volume de notas e moedas metálicas necessárias ao bom desem-penho da economia. Veja agora as funções do Banco Central:

Banco emissor: é o responsável pelas emissões de moeda;

Banco dos bancos – recebe o recolhimento compulsório (percentual sobre os depósitos dos ban-cos comerciais), e realiza operações de redesconto (empréstimo aos bancos comerciais);

Banco do governo: é o canal que o governo tem para implementar a política monetária.

Banco depositário das reservas internacionais: é o responsável pela defesa da moeda nacional.

Todos estes itens acima mencionados vão ser detalhados a seguir no tópico políticas macroeconômicas

Apesar do banco central ser o responsável pela emissão de moeda, os bancos comerciais também podem alterar a oferta de moeda, pelo fato de terem uma carta patente que lhes permi-tam emprestar mais do que têm em depósitos.

2.2 Políticas macroeconômicas

Como vimos a macroeconomia trata da evolução da economia como um todo, analisando o mer-cado de forma global.

O Estado exerce sua atividade através de uma série de medidas conhecidas como Políticas. Estas têm como fi nalidade alcançar objetivo, tais como controle da infl ação (aumento generalizado e conse-cutivo dos preços) e geração de emprego. As políticas são compostas de instrumentos que são artifícios que o governo dispõe para alcançar os objetivos descritos acima. Vamos analisar neste item as políticas monetária e fi scal.

2.2.1-Política monetária

Vamos começar o nosso estudo pela política monetária. Ela refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e crédito disponíveis na economia em um determinado período de tempo. Os instrumentos disponíveis para alcançar tais objetivos são os seguintes:

Emissão de moeda: é a forma primária de administração da política monetária, onde as autori-dades monetárias intervém diretamente no mercado monetário. Daí advém os demais instrumentos da política monetária.

Recolhimento compulsório: percentuais sobre os depósitos que os bancos comerciais devem reter junto ao banco central.

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Redesconto: empréstimo do Banco Central aos bancos comerciais.

Open Market (mercado aberto): compra e venda de títulos públicos

Vamos fazer algumas simulações para que possamos entender na prática como o governo utiliza estes instrumentos e qual o efeito e que cada um deles geram na economia:

Simulação 1 - quando o governo tem como objetivo controlar a infl ação ele toma as seguintes medidas:

Medida 1 - aumenta o recolhimento compulsório

Lembrem-se de que o recolhimento compulsório é o percentual dos depósitos que os bancos comerciais devem reter junto ao Banco Central. Desta forma, quando ele aumenta o recolhimento compulsório, ele diminui o percentual disponível na mão dos bancos comerciais para que estes re-alizem empréstimos e assim tirem dinheiro de circulação, o que propicia queda da infl ação.

Atenção !

Observe no quadro a seguir a relação existente entre o aumento da taxa de recolhimento compul-sório e o volume de dinheiro disponível nos cofres dos bancos comerciais:

Observem que, à proporção que a taxa de recolhimento compulsório aumenta, diminui o valor disponível dos bancos comerciais, implicando na diminuição da quantidade de dinheiro em circulação e na queda da infl ação.

Medida 2- Venda de títulos

Quando o governo vende títulos públicos ele está colocando no mercado papéis (que são os títulos) e recolhendo dinheiro vindo da venda dos mesmos. Com isso, novamente o governo está conseguindo tirar dinheiro de circulação o que ajudará a controlar a infl ação.

Simulação 2 - agora, se o objetivo for promover o crescimento, o governo irá utilizar medidas opostas que utilizou para controlar a infl ação. Terá como medida:

Medida 01 - Diminuir o recolhimento compulsório

Desta forma, quando o governo diminui o recolhimento compulsório, ele aumenta o percentual disponível na mão dos bancos comerciais para que estes realizem empréstimos e assim injete dinheiro na economia, o que irá aumentar a produção, o emprego e a renda, enfi m, o crescimento do país.

Medida 02 - Compra de títulos

Quando o governo compra títulos, ele está recolhendo os títulos que em outra hora havia colocado no mercado. É notório que, para recolher estes papéis, ele terá que pagar por eles (valor inicial mais remunera-ção), com isso estará injetando dinheiro na economia e criando uma condição propicia ao crescimento.

Observe que, o que é remédio utilizado para controlar a infl ação, é veneno para a geração de emprego, ou seja, controlar a infl ação e gerar emprego são objetivos confl itantes.

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Observando o quadro resumo abaixo se percebe que a compra e venda de títulos (open market) é uma excelente estratégia de curto prazo, já o recolhimento compulsório funciona melhor no longo prazo.

2.2.2-Política fi scal

A política fi scal é outro mecanismo de que o governo dispõe para intervir na economia e alcan-çar objetivos como controle da infl ação e promoção do crescimento. Esta política refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para arrecadação de tributos (política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos).

A arrecadação de tributos signifi ca a receita do governo, ou seja, todo o valor recebido oriundo do pagamento de tributos pelos contribuintes. De posse desta receita, o governo efetua gastos para execução de suas obrigações de Estado. São elas: gasto com a educação, saúde, segurança etc. Enfi m, benesses para a sociedade, uma contrapartida dos impostos pagos.

Vamos agora fazer simulações para podermos entender como o governo consegue atingir objetivos com a utilização dos instrumentos disponíveis na política fi scal.

Simulação 01- Vamos supor que o governo intervenha na economia com o objetivo de reduzir a infl ação. Terá como medidas:

Medida 01 - Aumento da carga tributária

Com o aumento da carga tributária, o governo está reduzindo o dinheiro disponível em poder das famílias e das empresas. Observe o exemplo:

Se uma família tem como renda um valor referente a R$ 1.000,00 e 20% é destinado ao pagamento de tributos, restará R$ 800,00 em poder desta família. Agora suponhamos que a carga tributária aumente para 30%. Desta forma, o montante disponível para a família reduzirá para R$ 700,00.

Lembrem-se que devemos analisar este tipo de situação em um contexto macroeconômi-co. Desta forma, a redução de renda desta família proveniente do aumento da carga tributária. Não é uma situação particular e, sim, geral, na economia. Conclusão: quando o governo aumen-ta a carga tributária, toda economia é afetada e, desta forma, o governo consegue tirar dinheiro de circulação e promover a queda da infl ação.

Observe que, utilizando este instrumento da política fi scal, o governo consegue criar um ambiente propicio à queda da infl ação, no entanto, gera um outro problema que é uma possível recessão, haja vista que tanto as famílias, quanto às empresas, terão menos dinheiro disponível.

Medida 02 - Diminuição dos gastos públicos

Quando o governo gasta, ele está injetando dinheiro na economia. Quando diminui seus gastos, injeta-se menos dinheiro na economia. Isso signifi ca, por exemplo, deixar de construir uma estrada. Pes-soas que iriam trabalhar nesta construção e receber salário por isso, não vão ter a renda prevista.

Simulação 02 - Vamos supor que o governo intervenha na economia com o objetivo de promover o crescimento econômico e geração de empregos. Terá como medidas:

Medida 01 -Diminuição da carga tributária

O raciocínio é exatamente o oposto do exemplo anterior. Quando o governo diminui a carga tri-butária, ele está aumentando o montante de dinheiro disponível na economia e, desta forma, estimula a produção, o emprego e, conseqüentemente, o crescimento econômico.

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Medida 02 - Aumento dos gastos

Quando o governo aumenta seus gastos, injeta dinheiro na economia, o que aquece a economia, criando um ambiente propicio ao crescimento e a geração de emprego. Observe novamente que, o re-médio utilizado para controlar a infl ação é veneno para geração de emprego, ou seja, o confl ito existente entre estes dois objetivos fi ca claro no entendimento da execução da política fi scal.

Questão para refl etir!

Em sua opinião qual seria a melhor forma do governo conduzir a política macroeconômica do Brasil: priorizando a geração de empregos ou o controle da infl ação?

CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO (ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL)

Crescimento e desenvolvimento econômico são dois conceitos diferentes. Crescimento econômico é o crescimento contínuo da renda per capta (total da renda dividido pela população) ao longo do tempo. O desenvolvimento econômico é um conceito mais qualitativo, incluindo as alterações da composição do produto e a alocação dos recursos, pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os in-dicadores de bem-estar econômico e social, tais como, pobreza, desemprego, desigualdade, condições de saúde, nutrição, educação e moradia. (VASCONCELLOS, 2002).

Vasconcelos destaca ainda que o crescimento da produção e da renda decorre de variações na quan-tidade e na qualidade de dois insumos básicos: capital e mão-de-obra. Nesse sentido, destaca as fontes de crescimento a seguir:

Aumento da força de trabalho (quantidade de mão-de-obra);

Aumento do estoque de capital (máquinas e equipamentos, ou da capacidade produtiva);

Melhoria na qualidade da mão-de-obra, por meio de investimento na educação;

Melhorias tecnológicas, que aumenta a efi ciência na utilização dos recursos;

Efi ciência organizacional, ou seja, efi ciência na forma como os fatores de produção são utilizados.

Evidentemente, o desenvolvimento é um fenômeno global da sociedade, que atinge toda a estru-tura social, política e econômica.

Para caracterizar um processo de desenvolvimento econômico, Vasconcelos (2003) afi rma que devemos observar ao longo do tempo a existência de:

Crescimento do bem-estar econômico, medido por indicadores de natureza econômica, por exemplo: produto nacional total, produto nacional per capta;

Diminuição dos níveis de pobreza, desemprego e desigualdade social;

Melhoria das condições de saúde, nutrição, educação, moradia e transporte.

Existem dois fatores que são estratégicos e essenciais na promoção do desenvolvimento. São eles:

Capital Humano

O capital humano se refere ao ser humano e a forma que este pode contribuir para o desenvolvimento nacional. Engloba habilidades inerentes à pessoa assim como habilidades adquiridas por meio da educação.

É muito clara a importância do investimento na educação, em qualquer circunstância. Como estratégia para promoção do desenvolvimento, torna-se indispensável. Não existe desenvolvimento sem educação.

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O problema reside no fato de que é muito difícil investir no desenvolvimento do capital humano com baixos níveis de renda. É um desafi o que o governo enfrenta. O fato é que a educação é um fator de crescimento lento, mas muito poderoso.

Vamos tomar como base a economia japonesa que conseguiu sair de um estado crítico e alcançar impressionantes níveis de desenvolvimento. Neste caso, o investimento na educação foi um importante fator no processo de alavancagem do país, tornando o Japão uma grande potencia.

Capital Físico

O capital físico se refere às máquinas e equipamentos sofi sticados que tornam o processo produti-vo mais efi ciente. É comum que os países ricos possuam esse recurso em abundancias e os países pobres ausência ou escassez.

É de extrema importância termos nitidamente a diferença entre crescimento e desenvolvi-mento, pois existem evidencias de que é possível um país crescer sem se desenvolver. Por exem-plo, pode está acontecendo um aumento da produção, advindo de empresas estrangeiras. Desta forma, os recursos desse crescimento podem não causar crescimento complementar em outros setores da economia, assim como, não implicarem em modifi cações estruturais.

Sobre esse assunto Vasconcelos (2003) afi rma que o processo de crescer sem desenvolver aconte-ceu com a Líbia, onde houve um rápido aumento dos níveis de exportação de seus produtos primários. Todavia, como esses eram de propriedade, de fi rmas estrangeiras, quase em sua totalidade, os recursos deste crescimento não implicaram ganho em renda real por outros setores da sociedade.

3.1-Desenvolvimento sustentável

Já a defi nição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o de-senvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem com-prometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que reconhece os recursos como fi nitos e que a sua utili-zação não deve comprometer o futuro. Essa defi nição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desen-volvimento econômico e a conservação ambiental. (www.wwf.org.br)

Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e da conscientização de que se os recursos naturais não utilizados com bom senso, esse ato irá causar um desequilíbrio futuro.

O desenvolvimento sustentável leva em consideração o desenvolvimento econômico aliado à preservação do meio ambiente.

O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a idéia do desenvolvimento sustentável, buscando con-ciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fi m da pobreza no mundo.

Segundo Mendes http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html, o desenvolvimento sus-tentável tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:

A satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer, etc);

A solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver);

A participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal);

A preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);

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A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito a outras culturas (er-radicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações oprimidas, como por exemplo os índios);

A efetivação dos programas educativos.

O grande de desafi o do Brasil, hoje, é promover o crescimento da economia acompanhado de um desenvolvimento sustentável, pois o desenvolvimento sustentável signifi ca crescer sem destruir o meio ambiente. VAMOS A LUTA!

GLOBALIZAÇÃO, CONTEXTO MACROECONÔMICO DO BRASIL E O EMPREENDEDORISMO

Globalização é fenômeno de ordem política e econômica, social e cultural que vem acontecendo do mundo. O ponto central da mudança é a integração dos mercados. Podemos dizer ainda, que é esse fenômeno promove uma conexão entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo dinâmico, as pessoas, os governos e as empresas trocam informações, realizam transações fi nanceiras e comerciais e realizam intercambio cultural, essas ações geram impacto pelos quatro cantos do planeta.

A origem deste processo pode ser traçada do período mercantilis-ta iniciado aproximadamente século XV e durando até o século XVIII, com a queda dos custos de transporte marítimo, durante este período pode ser observado um aumento no fl uxo da força de trabalho entre os países e as colônias européias recém descobertas.

O fi m da Segunda Guerra mundial marca o inicio da globalização moderna. Os países começaram a abrir suas repectivas economia devida a necessidade expandir seus mercados, desta forma a ideologia da globa-lização e do liberaliamo econômico se difundiram em todo o planeta.

O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, onde o fluxo de informações deixam as distâncias cada vez mais curtas, tornando as relações culturais e econômicas entre os países um processo mais rápido e eficiente.

A evolução das fontes de informação e a facilidade de acesso a elas (televisão, Internet etc) fi zeram o processo de globalização ganhar força e ultrapassar os limites da economia, atingindo também outros setores como o cultural.

Outro ponto importante desse processo são as mudanças signifi cativas no modo de produção das mercadorias. Auxiliadas pelas facilidades na comunicação e nos transportes, as transnacionais têm a oportunidade de instalar as suas fábricas em qualquer lugar do mundo onde existam as me-lhores vantagens fi scais, mão-de-obra e matérias-primas baratas. O resultado desse processo é que, atualmente, grande parte dos produtos não tem mais uma nacionalidade defi nida. Um automóvel de marca norte-americana pode conter peças fabricadas no Japão, ter sido projetado na Alemanha, montado no Brasil e vendido na França.

A estratégia de utilizar barreiras tarifárias para proteger o produto nacional da concorrência do estran-geiro gradativamente está sendo abandonada, em seu lugar o processo de abertura da economia se torna cada vez mais forte. Isso acirra a concorrência, pois o produtor de sapatos brasileiros, não está apenas con-correndo com os produtores locais, como acontecia no passado.

Atualmente, é necessário que todos possuam uma nova postura perante o novo cenário mundial, globalizado e competitivo.

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Os recursos tecnológicos, além tornar a divulgação da informação um processo rápido, facilitando, assim, contatos comerciais e fi nanceiros entre países de todo o mundo, promoveu também a redução dos custos dos produtos de uma forma geral, o que acirrou ainda mais a concorrência.

Neste contexto, uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas empresas, espalham sua produção por todo o mundo com o objetivo de reduzir os custos e, conseqüentemente, aumentar seus lucros. Optam por países onde os fatores de produção (mão-de-obra, a matéria-prima, energia etc) são mais baratos. Os países em desenvolvimento são, geralmente, hospedeiros das grandes multinacionais que são atraídas pelo baixo custo de algum dos fatores de produção.

Efeitos positivos e negativos da globalização

A abertura da economia e a globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas e negativas para o nosso cotidiano.

Positivas:

O consumidor foi benefi ciado pois passaram a contar com a opção dos produtos importados, geral-mente mais baratos e de melhor qualidade;

Com a concorrência do produto importado, forçou o produto nacional a melhorar a qualidade e bai-xar os preços. Hoje, temos uma opção de escolha muito maior.

Negativos:

Muitos produtores nacionais, em um primeiro momento, não conseguiram se adequar à nova situação e muitas empresas foram obrigados a fecharem as suas portas, gerando assim desemprego.

O grande desafi o da atualidade é identifi car e aproveitar as oportunidades que estão sendo criadas, em decorrência de uma economia globalizada cada vez mais integrada.

Atenção !

O Brasil é um país em construção. O objetivo enquanto nação é realizar um desenvolvimento sus-tentável, com a participação e para o usufruto de todas as pessoas, ou seja, promover a inclusão e permitir que todos participem do processo.

Questão para refl etir!

A globalização vem gerando para a economia brasileira mais vantagem ou prejuízos? Como seriam as nossas vidas se ainda vivêssemos em uma economia fechada isolada de todo o mundo?

4.1 Contexto macroeconômico do Brasil

Durante a década de 80, que fi cou conhecida como a década perdida, a hiperinfl ação assombrou a economia brasileira, sendo este, o maior problema que compunha o cenário macroeconômico. Todos os planos econômicos formulados e executados nesta época tinham como objetivo controlar a infl ação, não sendo, no entanto, bem sucedidos.

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A política econômica implantada no começo do plano real esteve centrada no combate à infl ação, este plano alcançou o sucesso que os anteriores não obtiveram. De fato, o Plano real conseguiu controlar a infl ação.

A busca pela estabilidade fez com que, objetivos como crescimento econômico e a geração de em-prego fi cassem em segundo plano.

Alguns mecanismos foram acionados para derrubar a infl ação. São eles:

Valorização cambial – a supervalorização da moeda nacional foi uma estratégia utilizada pelo governo para controlar a infl ação. Gerou desequilíbrio da balança comercial.

Abertura comercial – a abertura comercial gerou concorrência ao produto nacional, obrigando os produtores a melhorar a qualidade de seus produtos e baixarem seus preços, a fi m de tornar o produto nacional mais competitivo.

Juros altos – desaquece a economia, tira dinheiro de circulação, o que favorece a queda da infl a-ção, gerando porém recessão.

Esses mecanismos utilizados para controlar a infl ação criaram uma situação que apesar de favorável para o controle da infl ação desaquece a economia e restringe o crescimento, por isso considerado por muitos economistas como uma armadilha.

Outro aspecto que merece destaque no cenário macroeconômico atual é a valorização, agora es-pontânea, da moeda nacional. O regime cambial utilizado no Brasil hoje é o câmbio fl utuante, o que sig-nifi ca dizer, que esta valorização é natural, resultado de um cenário favorável e não imposta pelo governo como ocorreu em 1994.

Manter o real valorizado estimula as importações, gerando com isso, aspectos positivos e negativos para economia brasileira. São eles:

Possibilidade de a empresa nacional modernizar o seu processo produtivo importando máquinas e equipamentos;

O aumento das importações pode desencadear um desequilíbrio na balança comercial.

Com o problema da infl ação controlado o grande desafi o agora consiste na geração de emprego que por sua vez depende do crescimento econômico e da direção que a ele se imprime, que seja um crescimento acompanhado de um desenvolvimento e que esse desenvolvimento seja sustentável.

Para isso, é necessário que o brasileiro se torne cada vez mais um empreendedor que consiga enxergar oportunidades e torná-las fonte de emprego e renda. Desta forma, estaremos assumindo um compromisso não só com nós mesmos como também com o Brasil e com as gerações futuras.

Acabamos de dizer que o Brasil está precisando de pessoas empreendedoras para ajudar na alavan-cagem da economia e, conseqüentemente, do país. O que é empreendedorismo e ser empreendedor?

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4.2-Empreendedorismo

A palavra empreendedorismo foi utilizada pelo economista Joseph Schumpeter em 1950 ele rela-cionou esse termo a pessoas criativas, capazes de propor idéias e soluções inovadoras e ter sucesso com isso. Mais tarde, em 1967, com K. Knight; e em 1970, com Peter Drucker, associou-se o empreendedo-rismo ao conceito de risco, ou seja, uma pessoa empreendedora precisa assumir riscos.

O termo empreendedor é utilizado para caracterizar aquele individuo que possui uma forma cria-tiva e inovadora de executar ás atividades de organização, administração, execução e, principalmente, na geração de emprego..

O empreendedor é capaz de identificar oportunidade. Tem capacidade e visão do ambiente de mercado, sendo altamente persuasivo com pessoas, expondo suas idéias e propondo crescimen-to financeiro do seu produto. Precisa estar pronta para assumir os riscos do negócio e aprender com os erros cometidos.

Enfi m, o empreendedor é aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, aquele que sai da área do sonho, do desejo e parte para a ação.

É esse tipo de profi ssional, ou melhor, de ser humano que o cenário globalizado exige, com postura e espírito empreendedor, capaz de enfrentar desafi os e acumular bons resultados.

Na década de 90, o empreendedorismo ganha espaço no Brasil. O principal motivo que estimulou esta situação foi abertura da economia que se deu nesta época, o que ocasionou a entrada de produtos importados, provocando o controle do preço do produto nacional.

No entanto, alguns setores foram prejudicados com a abertura da economia, pois que não conse-guiam competir com os produtos importados, que chegava ao mercado com menor preço, maior qualida-de, como nos setores de brinquedos e de confecções. Para conseguir sobreviver a esse novo cenário, foi preciso mudar a concepção de gestão para acompanhar o ritmo do resto do mundo.

Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que mudar de postura e se moderni-zar para poder sobreviver, competir e crescer. Para dar prosseguimento a este crescimento e promover o desenvolvimento sustentável foi necessário desenvolver habilidades empre-endedoras no povo brasileiro.

Habilidades requeridas de um empreendedor podem ser agrupadas em três esferas. São elas:

Técnicas: envolve habilidades técnicas como: captar informações, ser organizado, disci-plinado e espírito de liderança.

Gerenciais: conhecimento sobre as áreas que envolvem a empresa (marketing, administra-ção, fi nanças, operacional, produção, tomada de decisões, planejamento e controle).

Pessoais: ter o perfi l empreendedor e principalmente ter paixão pelo que faz.

Falaremos, mais adiante, com maior detalhe sobre o perfi l do empreendedor.

Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos revelam que o sucesso do empreendimento não depende apenas de conhecimentos técnicos e de gestão. A postura, características e atitudes são elemen-tos que também infl uenciam muito. Igualmente, quanto mais alto for o nível escolaridade de um país, maior será a proporção de empreendedorismo por oportunidade.

O empreendedorismo promove o crescimento, pois gera emprego e renda, com isso esti-mula o desenvolvimento local e melhora a qualidade de vida das pessoas.

Desta forma, pode-se observar que diversos fatores fazem com que o empreendedorismo infl uen-cie diretamente no crescimento, desenvolvimento e acumulação de riqueza de um país.

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Atividade Complementar

Que objetivo o governo pretende alcançar quando aumenta os seus gastos e, simultaneamente, 1. diminui a carga tributária? justifi que sua resposta.

Qual a relação existente entre o aumento da reserva compulsória e o controle da infl ação? Justifi que.2.

De que forma o governo utiliza o Open Market quando tem por objetivo gerar emprego? Justifi que.3.

Controlar a infl ação e gerar emprego são objetivos harmônicos ou confl itantes? Justifi que sua resposta. 4.

Qual a diferença existente entre os conceitos de crescimento e desenvolvimento? 5.

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O que signifi ca desenvolvimento sustentável? Quais as características e os benefícios que esse 6. tipo de desenvolvimento pode trazer para a sociedade? Justifi que.

Analise o processo de globalização, destacando seus aspectos positivos e negativos.7.

O que signifi ca empreendedorismo? Como se classifi cam as habilidades essenciais ao empreen-8. dedor? Cite exemplos de empreendedores.

O PAPEL DO EMPREENDEDOR NO AMBIENTE MACROECONÔMICO GLOBALIZADO

O ESPIRITO EMPREENDEDOR

Nesta quarta parte iremos iniciar falando sobre o espírito empreendedor e as características que compõe o perfi l do mesmo. Em seguida, passaremos à identifi cação e análise dos riscos e oportunidades, dando continuidade à análise da importância do empreendedorismo na gestão e fi nalizaremos abordando a atividade empreendedora como opção de carreira.

1.1 O espírito empreendedor

Já vimos anteriormente o que signifi ca empreendedorismo. Vamos ver agora, com mais detalhes o que é ser empreendedor e quais características compõem o perfi l de uma pessoa com espírito empreendedor.

Vamos analisar primeiro a seguinte questão: ser empresário é sinônimo de ser empreendedor?

A resposta desta questão é muito simples. Não. Existe uma confusão muito grande com relação a esses concei-tos. Muitas pessoas acreditam que todo empresário, por ser empresário, automaticamente, já é um empreendedor.

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De um modo geral, considera-se empresário a pessoa que inicia e/ou administra uma empresa, assu-mindo a responsabilidade pelo seu funcionamento. O empreendedor é mais que isso, ele não necessariamen-te precisa abrir seu próprio negócio. Ser empreendedor é ser dotado de espírito ou atitude empreendedora.

Assim, qualquer pessoa pode adotar uma atitude empreendedora nas mais diversas situações:

Seja como um cliente, diante de um problema, propondo uma solução diferente da tradi-cional e, assim, conciliando os interesses da empresa e do cliente;

Um empregado que introduz inovações em uma organização, agregando valores adicio-nais aos produtos ou serviços.

Profi ssional que, durante uma reunião, propõe uma estratégia inovadora e arrojada;

Pessoas que criam uma oportunidade em uma situação onde conseguiu enxergar uma necessidade;

Um entregador que tem a iniciativa de procurar novos caminhos e assim consegue otimizar o seu tempo;

Pode ser aquele cabeleireiro que, usando a sua criatividade, consegue e cria penteados inovadores, mesmo sabendo que existe o risco de seus clientes não aderirem à nova idéia;

Um funcionário determinado a conseguir a aprovação de seu chefe para iniciar um novo projeto

Ou simplesmente, um professor que utiliza uma metodologia inovadora em suas aulas e consegue com isso um melhor rendimento dos seus alunos.

Observe, que qualquer pessoa, e não apenas um empresário pode se revelar um empreen-dedor, basta que esse tenha um espírito empreendedor em com isso adote uma postura diferen-ciada diante das mais diversas situações.

De acordo com o Sebrae, seguem algumas características que formam o espírito empreendedor: http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/cce.htm

Busca de oportunidades e iniciativa – Capacidade de se antecipar aos fatos e conseguir enxergar novas oportunidades. Os empreendedores são antes de tudo, pessoas que têm capacidade de enxergar o invisível. A isso, justifi ca-se a frase: empreendedores possuem visão.

Persistência – Enfrentar os obstáculos decididamente. Esta característica é o alimento dos em-preendedores, eles sempre buscam formas diferentes de alcançar os objetivos, são persistentes quando querem alcançar determinado objetivo e nunca desistem.

Correr riscos calculados – Disposição de assumir riscos mensurando e projetando o que pode ocorrer de errado e quais os prejuízos que podem ser gerados. Para ser um empreendedor é necessário estar exposto ao risco, sem ser louco ou insano. Correr risco calculado signifi ca enfrentar desafi os sem colocar tudo a perder, agindo de forma impensada.

Exigência de qualidade e efi ciência – necessidade de fazer sempre e melhor, de surpreender, de superar as expectativas; disposição de achar que as coisas podem ainda fi car melhores. O cumprimento de prazos e a manutenção de padrões de qualidade são essenciais no desenvolvimento do projeto, para conquistar o cliente.

Comprometimento – Fazer todo tipo de sacrifício. Direcionar um esforço extraordinário em prol do cumprimento de uma tarefa. Os empreendedores sempre cumprem prazos e honram com os compro-missos fi rmados. Comprometimento é a honra dos empreendedores.

Busca de informações – procurar se cercar de informações sobre o mercado, clientes, fornecedo-res, concorrentes, ou seja, todas as variáveis que podem direta ou indiretamente afetar o empreendimento. Consultar especialistas para obter informações técnica sobre o seguimento. O empreendedor está sempre procurando novas informações com o objetivo de tornar cada vez mais sólida a base de sua atividade.

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Estabelecimento de Metas – Assumir metas e fazer todo o possível para poder alcançá-las são desafi os, signifi cando algo especial para o empreendedor. Estabelecimento de Metas é o combustível dos empreendedores e é uma das características mais importante.

Planejamento – O planejamento é guia dos empreendedores, planejar é ser prudente. Atividades bem planejadas têm mais chances de darem certo e os melhores resultados sempre são adquiridos por aqueles que são bons planejadores.

Persuasão – Ter o poder de infl uenciar ou persuadir outras pessoas é uma característica de funda-mental importância para que o empreendedor monte a sua estratégia e consiga alcançar seus objetivos. Ter uma boa rede de contatos e ser bem relacionado é um item muito importante no mundo dos negócios.

Independência e Autoconfi ança – O empreendedor tem que ser otimista e não tem como ser de outra forma. Como poderia uma pessoa que se predispõe a assumir risco não ser autoconfi ante? É natural que o empreen-dedor mantenha suas idéias mesmo diante de um cenário desanimador e a confi ança na sua própria capacidade.

Existem ainda outras características que são fáceis de serem observadas no comportamento do empreendedor. São elas:

Superação - Capacidade de superar difi culdades, de enfrentar situações adversas, ultrapassando limites. Assim agem os empreendedores em uma constante busca Por desafi os.

Criatividade – Realização de algo novo, diferente e inédito. Talento de conseguir enxergar o que ninguém consegue vê. Não só conseguir enxergar, como também ter coragem de inovar.

Energia – O empreendedor é incansável quando está em busca de um desafi o. Possui disposição para traba-lhar e vai a luta ao desafi o de transformar idéias em ações. Ter energia é estar sempre disposto e nunca acomodado.

As coisas podem fi car ainda melhores – o empreendedor acredita que a atividade realizada pode ser execu-tada de uma forma melhor. Sempre na eterna busca da excelência. Está sempre disposto a encarar um desafi o e a promover uma mudança. Mesmo sabendo que as coisas não são fáceis e que as situações adversas existem.

Essas são apenas algumas das características do empreendedor. Todos as pessoas podem ser em-preendedoras, algumas naturalmente já apresentam como traço de personalidade muitas dessas caracte-rísticas acima descritas no seu dia-a-dia, em qualquer cenário e sob qualquer circunstância.

Outras pessoas possuem apenas algumas dessas qualidades. Neste caso, é necessário que seja feito primeiro uma auto análise para que possam ser detectadas quais características existentes são relevantes para o perfi l do empreendedor. O segundo passo é procurar desenvolver, à custa de muita perseverança e determinação, as características inexistentes, ou que se apresentam em um pequeno grau.

Aos que já possuem as características empreendedoras cabe o constante exercício da pro-cura da melhora em busca da excelência. Assim, age o empreendedor de sucesso, tendo sempre a certeza de que o que foi realizado hoje pode ser feito melhor amanhã.

Questão para refl etir!

Você se acha uma pessoa empreendedora? Quais das características que compõe o perfi l do empre-endedor você já possui? Quais você ainda precisa desenvolver?

OPORTUNIDADE E RISCO DO NEGÓCIO

Neste item, vamos analisar o que signifi cam os riscos e como podemos evitá-los assim, como onde se encontram as oportunidades e como podemos enxergá-las,

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2.1 Riscos

Como vimos, o empreendedor é uma pessoa com capacidade de aceitar o fato de que as coisas po-dem não sair como planejado e que o erro é uma forma de aprendizado. Eles são dispostos a assumirem riscos, desde de que eles sejam calculados.

Decido o seguimento que o empreendedor pretende atuar, o próximo passo é detectar possíveis problemas com a realização do empreendimento. Esses problemas representam os riscos do negócio e mesmo sendo os empreendedores pessoas dispostas a correrem riscos estes precisam ser muito bem compreendidos e calculados pelo futuro empreendedor, antes que este inicie o negócio.

Ignorar a existência dos riscos no mundo dos negócios é ingenuidade. Não se preparar para enfren-tá-los passa a ser uma imprudência. O bom gestor mensura o que pode acontecer de inconveniente e se prepara para agir, caso o risco se transforme em uma situação real.

Ninguém tem como prever o futuro, daí a necessidade de projetar dois tipos de cenário: um otimista, acreditando que os acontecimentos ocorreram da melhor forma possível, e outro pessimista, simulando problemas que podem vir a acontecer. É preciso ter soluções para todos os riscos, a fi m de iniciar um negócio com maiores possibilidades de sucesso.

Na detecção de problemas, deve-se ter um cuidado especial com aqueles que podem, de uma forma ou de outra, inviabilizar o projeto. É necessário ter uma solução que miniminize tais efeitos, identifi cando os riscos. A identifi cação e a solução desse tipo de risco constituem o teste fi nal da viabilidade do con-ceito do negócio.

Vamos observar alguns possíveis problemas que podem ocorrer na realização de um negócio. De-gen (1989) alerta para os seguintes aspectos:

Problemas de ordem pessoal: podem ocorrer quando os gestores do empreendimento não pos-suem capacidade administrativa, técnico ou mercadológica, ou então, não dispõem de tempo ou energia necessários para a iniciação de um negócio;

Problemas relacionados com a inovação: muitas vezes, a idéia para um novo produto é excelen-te, mas a sua execução é muito complexa, onerosa ou os recursos necessários são indisponíveis;

Problemas de comercialização: é necessário previamente determinar a necessidade, o publico alvo (grupo de clientes) e como pretende-se atendê-lo. É essencial também que se conheça todos os de-talhes das diversas etapas.

O objetivo de identificar os riscos do conceito de negócio é desenvolver medidas para reduzir já que eliminá-los por completo é uma tarefa praticamente impossível. Não devemos acreditar nessa possibilidade.

Não se deve criar ilusões, quanto a possibilidade de iniciar uma atividade sem riscos, pois eles são inerentes a toda atividade empreendedora. O que o empreendedor deve fazer é procurar desenvolver medidas e soluções caso o risco se concretize.

A viabilidade do negócio depende das respostas encontradas pelo futuro empreendedor com relação aos riscos identificados. A disposição para identificar os riscos e encontrar respos-tas para solucioná-los é tão importante para o sucesso do empreendimento, quanto a própria identificação da oportunidade.

Nenhum empreendedor deve iniciar o negócio contando apenas com a sorte para ter suces-so, por isso, é essencial levar em consideração os riscos assim como, as cabíveis soluções. Essa é a única forma de demonstrar a viabilidade e conquistar a credibilidade de possíveis empregados, sócios, investidores, fornecedores e clientes. Só assim o futuro empreendedor poderá contar com a sorte e ter boas chances de sucesso na montagem de seu negócio.

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Questão para refl etir!

Até que ponto você está disposto a correr riscos?

2.2- Oportunidade

Oportunidade é a primeira fase do ciclo de criação de pro-jeto, podendo ser encontrada em todos os lugares e sob as mais diversas formas, exigindo predisposição e criatividade por parte do empreendedor.

Sobre a necessidade do empreendedor ser dotado de predis-posição e de criatividade para enxergar a oportunidade Degen (1989, p.19) afi rma que “a predisposição para identifi car oportunidades é fundamental para quem almeja ser um empreendedor de sucesso, e con-siste em aproveitar toda e qualquer oportunidade para observar negócios”.

O empreendedor é aquele que está sempre observando negócios, na procura constante por novas idéias e oportunidades, seja no caminho de casa, do trabalho, lendo jornal, revista ou vendo televisão. Ele está sempre atento a qualquer oportunidade de conhecer melhor um empreendimento. Possui plena consciência que suas chances de sucesso aumentam quando amplia o seu leque de conhecimento.

Predisposição e criatividade são características que estão associadas. Ambas compõem o perfi l do empreendedor. Através de predisposição, o futuro empreendedor tem a iniciativa de observar e avalia tudo que está ao seu redor. Mas, é através da criatividade que as observações se transformam em idéias que depois formarão um projeto. São essas associações que podem transformar uma simples oportuni-dade em um grande sucesso empresarial.

Há uma grande diferença entre idéia e oportunidade. A confusão desses conceitos é muito mais comum do que se pode imaginar. Primeiramente, sugue a identifi cação da oportunidade, o próximo passo consiste na criatividade de fazer com que surja a idéia.

O estudo de viabilidade, é de fundamental importância, pois ele indicará se a idéia possui potencial para se transformar em um bom negócio. Identifi car a oportunidade e a partir daí fazer surgir a idéia, é por excelência a um dos grandes talentos do empreendedor de sucesso.

Sobre oportunidade, o site http://www.geranegocio.com.br/html/geral/p17-emp.htm destaque que:

Ela deve se ajustar ao empreendedor. Algo que é uma oportunidade para uma pessoa pode não ser para outra, por vários motivos (perfi l individual, motivação, relações etc).

É algo móvel.

Um empreendedor habilidoso dá forma a uma oportunidade onde outros nada enxergam.

Idéias não são necessariamente oportunidades (embora no âmago de uma oportunidade exista uma idéia).

A oportunidade é o motor que alimenta o empreendedorismo.

Características da oportunidade: é atraente e tem hora certa para acontecer.

Reconhecer e agarrar oportunidades não é uma questão de usar técnicas, depende da ca-pacidade do empreendedor.

A IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO NA GESTÃO

Reconhecer e agarrar oportunidades não é uma questão de usar técnicas depende da capa-cidade do empreendedor.

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Antes de começarmos a falar sobre a importância do empreendedor na gestão, é necessário com-preender um pouco o conceito de gestão.

O mundo atual é uma sociedade institucionalizada e composta por organizações. De acordo com Chiavenato (2000), todas as atividades voltadas para a produção de bens ou para a prestação de serviços são planejadas, coordenadas, dirigidas e controladas dentro da organização.

A tarefa de administrar se aplica a qualquer tipo ou tamanho de organização, desde grandes indus-trias, consultórios escritórios até mesmo pequenos empreendimentos. Todo empreendimento precisa ser bem gerido para alcançar seus objetivos com maior efi ciência e economia de ações e recursos para que não haja desperdícios fi nanceiros e perda de tempo.

Chiavenato (2000) acrescenta ainda que a tarefa de administrar é a de interpretar os objetivos pro-postos pela organização e transformá-los em ações por meio do planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados nas mais diversas áreas.

Sendo assim, é função do gestor, planejar, organizar dirigir e controlar o uso de recursos a fi m de alcançar objetivos dentro de uma organização.

Agora que já sabemos o que é gestão e quais as principais funções do gestor, vamos analisar a im-portância desse gestor em ser um gestor empreendedor.

Para realização de qualquer gestão, é necessário ter acesso a sua série de informações. O cenário que compõem a gestão empresarial se apresenta de uma forma muito complexa, onde as variáveis são inúmeras e se apresentam dentro de um contexto dinâmico. Dentre elas podemos citar:

Clientes;

Concorrentes;

Marketing;

Acesso ao mercado;

Contexto econômico, político social etc.

A complexidade do cenário demanda que o empreendedor se mune de todas as informações pos-síveis, utilizando-as de modo a identifi car os pontos fortes e fracos do empreendimento, bem como, a visualização de oportunidades e riscos presentes no respectivo mercado.

A globalização da economia e a internacionalização dos negócios é um fenômeno que torna o cenário ainda mais complexo, pois irá influenciar as organizações e a sua forma de gestão. O in-tercambio planetário acirra a concorrência e faz com que a competição se torne mundial, ou seja, o seu concorrente não consiste apenas em empresas que estão ao seu e sim em empresas locadas em qualquer lugar do mundo.

Desta forma, surge a necessidade de melhorar os produtos diariamente, assim, como de baixar o custo, para que esse produto se torne mais atraente ao consumidor e crie condições para que a empresa sobreviva nesse cenário competitivo e globalizado.

Visando criar diferenciais competitivos continuamente, potencializa-se a necessidade do gestor ser também um empreendedor e da gestão ser realizada de forma empreendedora.

Lembre-se: o empreendedor é a pessoas dotada de uma série de características, tais como: persistência, visão, comprometimento, superação, criatividade e energia.

Essas características acima descritas são essenciais à gestão de qualquer empreendimento, de qualquer porte e natureza. Mansur (2007) no site http://www.empreenderparatodos.adm.br/tema/emp/menu.htm afi rma que:

Em tempos de globalização, temos que ter consciência de que não existe empreendedor que possa profetizar, ou mesmo antecipar resultados da empresa em um certo período de tempo. Contudo, o em-

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preendedor tem a obrigação de iniciar e terminar seus propósitos de empreendedor. Além do mais, ele tem de explorar suas habilidades o máximo que puder, agindo sempre com ética e disciplina.

Questão para refl etir

Até que ponto você se considera um empreendedor? Como o empreendedorismo poderia melho-rar a gestão que você realiza ou o propósito que você dispõe a alcançar?

ATIVIDADE EMPREENDEDORA COMO OPÇÃO DE CARREIRA

Este item destina-se a levar o empreendedor a considerar a possibilidade de trabalhar por conta própria, abrindo o seu negócio, como real opção de carreira, além de procurar mostrar ao empreendedor que o sucesso não depende exclusivamente do fator sorte, claro que um pouco de sorte não faz mal a ninguém, porém, a preparação técnica e a observação de determinadas variáveis são de fundamental im-portância para o desenvolvimento do novo empreendimento.

Existem uma série de situações que levam as pessoas a quererem ter seu próprio negócio. Alguns dos principais motivos são:

Vontade de ganhar dinheiro – mais do que seria possível na condição de empregado;

Possibilidade de controlar a própria carreira

Vontade de sair da rotina – apostar em uma idéia inovadora;

Necessidade de auto-realização – desenvolver um empreendimento que seja um ideal, um objetivo de vida.

Desejo de desenvolver algo que traga benefício – para si e para a sociedade como um todo.

Desemprego – pessoas que foram demitidas e com o valor recebido proveniente de anos de trabalho resolvem abrir o próprio negócio

Herança – pessoas que herdaram algum negócio da família e resolvem tocar o empreen-dimento adiante.

Apesar de todos esses motivos estimularem a opção de iniciar um empreendimento próprio, pesquisas afi rmam que a maioria das empresas de sucesso foi iniciada por homens e mulheres motivados pela vontade de ganhar dinheiro e, em alguns casos, pelo desejo de sair da rotina em que viviam (DEGEM, 1989).

O primeiro passo, é que a pessoa que vai iniciar o negócio possua, como todo empreendedor, necessidade de realizar coisas novas e por em prática idéias próprias.

Ser empreendedor de um negócio próprio poderá trazer uma série de vantagens e realizações, po-rém existem barreiras que o novo empreendedor terá de ultrapassar para conseguir se fi rmar no mercado e alcançar o sucesso de seu empreendimento.

Dentre as barreiras, deixar de ser empregado e passar a ser patrão é uma mudança drástica e implica e requer da pessoa bom senso e “tino comercial”.

A pessoa deve estar disposta a assumir responsabilidades perante o mercado onde irá expor seus produtos ou serviços. Segundo Santos (2007) “as pressões da sociedade por produtos/ serviços de alta qualidade, úteis e de certa forma acessíveis, tornam o processo não amistoso ao empreendedor, gerando uma grande exigência de mercado”.

Ainda devemos levar em conta o item dedicação. Este aspecto aumenta muito quando se é proprie-tário. Enquanto o empregado, em linhas gerais, tem o expediente de oito horas diárias, o empreendedor,

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muitas vezes, possui uma jornada de trabalho muito mais extensa e muitas vezes sem direito a férias e feriados.

No entanto, ter o próprio negócio possui também algumas vantagens, Santos no site http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/mat_18.htm destaca algumas:

Poderá começar ao seu ritmo;

Irá vender o seu produto e obter lucros para sua empresa;

Poderá fazer seus próprios horários de maneira fl exível;

Seus ganhos podem aumentar mensalmente;

Com bom produto / serviço e excelente atendimento poderá fi delizar clientes;

Terá capacidade de gerar emprego e renda, contribuindo para o desenvolvimento da região.

Vamos imaginar que a decisão de ter empreendedorismo como opção de carreira tenha sido tomada. Sendo assim, existe um caminho que o futuro empreendedor deve percorrer: ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreendedorismo)

Caminho 1 – auto conhecimento

É necessário que seja feita uma auto avaliação, a fi m de que o futuro empreendedor perceba suas reais qualidades e defeitos.

Caminho 2 – perfi l do empreendedor

Observar se as características da pessoa são compatíveis com as do empreendedor.

Caminho 3 – aumento da criatividade

Criatividade é fundamental e nunca é pouco para um empreendedor. É necessário estimular a cria-tividade para poder gerar inovação.

Caminho 4 – processo visionário

É necessário que o empreendedor possua ou então desenvolva a habilidade de enxergar oportunidades.

Caminho 5 – rede de relações

Estabelecer relações e fazer contatos é essencial ao desenvolvimento e sustentação da idéia do projeto.

Caminho 6 – avaliação das condições para iniciar um plano

Observação de todas as variáveis que podem infl uenciar o projeto.

Caminho 7 – plano de negócio

Criação e revisão de metas e prazos.

Caminho 8 – capacidade de negociar

Formação de parcerias e alianças com objetivo de alcançar benesses para todos.

Esses caminhos são apenas o começo do longo percurso que o empreendedor terá que percorre ao optar por ter o próprio negócio.

Sobre a decisão de qual direcionamento dar à carreira, Micheletti afi r-ma no site http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/040603-career_empreendedorismo_marilia.shtm que:

Para quem está indeciso de que carreira seguir, antes de mais nada é preciso conscientizar-se de que o mercado de trabalho mudou muito nos úl-timos anos. Hoje, além do curso superior, é imprescindível desenvolver ou-tras habilidades como possuir uma boa bagagem emocional, suporte para trabalhar com decisões, assumir riscos e liderar pessoas. É necessário acima de tudo se preparar para a vida e não apenas para a carreira escolhida.

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Atividade Complementar

Destaque as principais características e analise a importância de cada uma delas na formação do 1. espírito empreendedor.

O que signifi ca risco no contexto empresarial? Como o empreendedor pode se proteger dos 2. possíveis riscos que venham a ameaçar o seu empreendimento?

Qual a diferença existente entre o empresário e o empreendedor?3.

Em muitos casos, empreendedorismo é encarado como uma opção de carreira. Como tudo na vida, 4. essa escolha trará benefícios e barreiras para o futuro empreendedor. Analise as vantagens e desvantagens de se tornar o empreendedor e dê sua opinião se, nessa situação, prevalece os benefícios ou as difi culdades.

Qual a importância do empreendedor possuir a habilidade de enxergar oportunidades? Como a 5. criatividade e a predisposição podem auxiliar o gestor na constante busca por oportunidades?

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De que forma o empreendedorismo pode infl uenciar na gestão? Cite alguns exemplos de como 6. a atitude empreendedora pode refl etir, positivamente, na administração de um negócio.

Analise as principais variáveis que podem infl uenciar no cenário empresarial.7.

Analise os caminhos que uma pessoa que optar pelo empreendedorismo, como opção de car-8. reira, deve percorrer.

Cite exemplos de empreendedores de sucesso.9.

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Glossário

BALANÇA COMERCIAL – É um item do balanço de pagamentos. Demonstra a relação entre as ▄▄exportações e as importações de um país. Quando o valor das exportações supera o das importa-ções, o pais apresenta um superávit. Caso contrário, apresenta défi cit.

BANCO CENTRAL – Instituição fi nanceira federal criada pela lei 4.595 de 31/12/1964. É o ▄▄representante do governo brasileiro perante os organismos fi nanceiros internacionais. É uma au-toridade monetária.

BENS DE CONSUMO – Bens destinados diretamente ao atendimento das necessidades humanas. Podem ser ▄▄classifi cados em duráveis (fogões, automóveis) ou não-duráveis (alimentos, produtos de higiene e limpeza).

COETERIS PARIBUS – Expressão latina que signifi ca “tudo o mais constante”. Na microecono- ▄▄mia, analisa-se um dado mercado, isolado dos demais. É a análise do equilíbrio parcial.

CONCORRÊNCIA PERFEITA – Estrutura de mercado com número expressivo de fi rmas, com ▄▄produto homogênea, não existindo barreiras à entrada ou à saída de fi rmas.

CURVA (fronteira) DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO (CPP) – Fronteira máxima daquilo ▄▄que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados.

CUSTO DE OPORTUNIDADE – Grau de sacrifício que se faz ao optar pela produção de um ▄▄bem, em termos da produção alternativa sacrifi cada. Também chamado de custo alternativo ou custo implícito (por não envolver desembolso monetário).

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – Conceito que pertence ao campo da ecologia da ▄▄administração e que se refere ao desenvolvimento sem esgotar os recursos naturais.

ECONOMIA – Pode ser defi nida como ciência social que estuda a maneira pela qual os homens de- ▄▄cidem empregar recursos escassos a fi m de produzir diferentes bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos de sociedades, a fi m de satisfazer as necessidades humanas.

ECONOMIA A DOIS SETORES – Numa economia simplifi cada, supõe-se que os únicos agen- ▄▄tes são as empresas (que produzem bens e serviços) e as famílias (que auferem rendimentos pela prestação de serviços).

ECONOMIA A QUATRO SETORES – Uma economia completa, com os quatro agentes: famí- ▄▄lias, empresas e setor externo.

ECONOMIA A TRÊS SETORES – Uma economia hipotética, fechada, com três agentes: famí- ▄▄lias, empresas e setor público.

ELASTICIDADE – Alteração percentual em uma variação, dada uma variação percentual em ou- ▄▄tra, coeteris paribus.

EMPREENDEDOR - Termo utilizado para qualifi car a pessoas que possui uma forma especial e ▄▄inovadora de se dedicar as atividades, é o profi ssional que modifi ca com sua forma de agir, diversas áreas do conhecimento humano.

EMPREENDEDORISMO – Designa os estudos relativos ao empreendedor. A palavra refere-se ▄▄a uma pessoa criativa capaz de inovações.

EMPRESÁRIO – pessoa ou grupo de pessoas que inicia e /ou administra uma empresa, assumin- ▄▄do a responsabilidade por seu funcionamento e efi ciência.

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ESCAMBO – Troca de bens e serviços sem a intermediação do dinheiro. É o estágio mais primiti- ▄▄vo nas relações de troca e caracteriza as sociedades de economia natural.

GLOBALIZAÇÃO-Termo relacionado a integração cada vez maior dos mercados, dos meios de ▄▄comunicação e dos transportes.

INFLAÇÃO - Aumento continuo e generalizado do nível geral dos preços. ▄▄MACROECONOMIA – parte da ciência econômica que focaliza o comportamento do sistema ▄▄econômico como um todo.

MOEDA - É um objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços. Sua aceitação é ▄▄garantida por lei.

OPEN MARKET – Ou mercado aberto: mercado de compra e venda de títulos públicos. ▄▄PERSUASÃO – Poder de convencer pessoas com relação a uma idéia ▄▄PLENO EMPREGO DOS RECURSOS – Ocorre quando todos os recursos produtivos da economia ▄▄estão totalmente utilizados, ou seja, não existe capacidade ociosa nem trabalhadores desempregados.

POLITICA FISCAL – Refere-se aos instrumentos de que o governo dispõe para arrecadação de ▄▄tributos (política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos).

POLÍTICA MONETÁRIA - Conjunto de medidas adotadas pelo governo visando adequar os ▄▄meios pagamento disponíveis ás necessidades da economia do país.

REDESCONTO BANCÁRIO – É o empréstimo do Banco Central aos Bancos comerciais, nor- ▄▄malmente para cobrir problemas de liquidez.

RECOLHIMENTO COMPULSÓRIO – É a parcela dos depósitos a vista que os bancos comer- ▄▄ciais são obrigados legalmente a reter no Banco Central. Também chamadas depósitos ou encaixes compulsórios.

VIABILIDADE DO NEGÓCIO – Refere-se ao negócio possível, com chances de sucesso. ▄▄

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Referências Bibliográficas

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MANKIW, Gregoryn. Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macro. São Paulo: Campus. 2001.

MAXIMIANO, A. Administração para empreendedores. São Paulo .2006.

ROSSETTI, J.P. Introdução à Economia. 20ª Ed. São Paulo: Atlas. 2003.

SANDRONI, P. Novíssimo dicionário de economia. 2ª Ed. São Paulo: Best seller.1999.

SILVA, A. Iniciação a economia. 2ª Ed. São Paulo.2006.

SILVA, Adelfi no Teixeira da, Iniciação à economia. São Paulo, Atlas, 2000.

SOUZA, Nali de Jesus. Curso de Economia. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval de. Garcia, Manuel Enriquez garcia. Fundamentos da economia. – São Paulo: Saraiva, 2000.

VASCONCELOS, Marco Antônio Sandoval de. Oliveira Roberno Guena de. Manual de microeco-nomia. 2. ed. – São Paulo: Atlas, 2000.

VASCONCELOS Marco Antonio (org).EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Eco-nomia. São Paulo: Saraiva. 2003.

VASCONCELOS Marco Antonio. Economia Micro e Macro. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006.

SITES

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Marina Ceccato Mendes. Disponível no site:

http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html

Jorge Alberto dos Santos. Disponível no site:

http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/mat_18.

Micheletti. Disponível no site:

http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/noticias/040603-

Mansur. Disponível no site:

http://www.empreenderparatodos.adm.br/tema/emp/menu.htm

Sebrae disponível no site: http://www.empreenderparatodos.adm.br/empre/cce.htm

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