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B O L E T I M 02/02/2015 188 NÚMERO DO DIA US$ 500 mi é o quanto se estima o impacto econômico no estado do Arizona, sede do Super Bowl OFERECIMENTO ESPN fecha com Globosat e terá Copa do Brasil até 2016 POR ADALBERTO LEISTER FILHO A ESPN irá transmitir a Copa do Brasil de 2015 e 2016. O acordo foi acertado na tarde da última sexta-feira com a Globo- sat, detentora dos direitos de TV fechada da competição. O torneio também conta com transmissão de Globo, Sportv e Fox Sports. Os valores do acor- do não foram divulgados. No contrato com a Globo- sat, a ESPN também comprou os melhores momentos dos quatro principais Estaduais do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), bem como das Séries A e B pelos próximos dois anos. Pelo acordo, os melhores momentos e os gols da roda- da já estarão disponíveis para serem exibidos na programação da ESPN logo após o final dos jogos. A estreia do material ocorreu no último fim de sema- na, com o início dos Estaduais. A primeira fase da Copa do Brasil tem início no fim do mês. O torneio conta com a partici- pação de 87 equipes de todos os Estados do país. O campeão do evento ganha vaga direta na Copa Libertadores de 2016. A renovação do contrato de transmissão da competição na- cional é um alento para a ESPN, que recentemente perdeu os direitos de transmissão da Liga dos Campeões, que tem sido o principal evento de futebol da emissora há alguns anos. O Esporte Interativo, que teve a compra pela Turner foi anun- ciada semana passada, assumirá a transmissão da principal com- petição europeia de clubes a partir de agosto até 2017-2018. Com a aquisição da Copa do Brasil, a ESPN ganha um ponto na concorrência cada vez mais acirrada com Sportv e Fox. As duas emissoras, porém, ainda têm os direitos das duas principais competições que envolvem os times brasileiros. A Sportv transmite o Bra- sileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores. Já a Fox detém os direitos da Libertadores. A ESPN decidiu levar à rua os momentos finais de transmissão que a emissora terá da Liga dos Campeões da Europa no Brasil. A emissora fez uma ação em par- ques de São Paulo para promover um “teste de olhos” com o torce- dor. Em vez das tradicionais letras e imagens de um teste oftalmo- lógico comum, a ESPN promoveu um teste com imagens de atletas e escudos de times participantes da Liga dos Campeões. A Africa, agên- cia publicitária que detém a conta da emissora, fez um vídeo com o teste para promover o retorno da transmissão da liga, no dia 17. Emissora cria ação para ativar liga

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B O L E T I M

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188 N Ú M E R O D O D I A

US$ 500 mi é o quanto se estima o impacto

econômico no estado do Arizona, sede do Super Bowl

O F E R E C I M E N T O

ESPN fecha com Globosat e terá Copa do Brasil até 2016

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

A ESPN irá transmitir a Copa do Brasil de 2015 e 2016. O acordo foi acertado na tarde da última sexta-feira com a Globo-sat, detentora dos direitos de TV fechada da competição.

O torneio também conta com transmissão de Globo, Sportv e Fox Sports. Os valores do acor-do não foram divulgados.

No contrato com a Globo-sat, a ESPN também comprou os melhores momentos dos quatro principais Estaduais do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), bem como das Séries A e B pelos próximos dois anos.

Pelo acordo, os melhores momentos e os gols da roda-da já estarão disponíveis para serem exibidos na programação da ESPN logo após o final dos jogos. A estreia do material ocorreu no último fim de sema-na, com o início dos Estaduais.

A primeira fase da Copa do Brasil tem início no fim do mês. O torneio conta com a partici-

pação de 87 equipes de todos os Estados do país. O campeão do evento ganha vaga direta na Copa Libertadores de 2016.

A renovação do contrato de transmissão da competição na-cional é um alento para a ESPN, que recentemente perdeu os direitos de transmissão da Liga dos Campeões, que tem sido o principal evento de futebol da emissora há alguns anos.

O Esporte Interativo, que teve a compra pela Turner foi anun-ciada semana passada, assumirá a transmissão da principal com-petição europeia de clubes a partir de agosto até 2017-2018.

Com a aquisição da Copa do Brasil, a ESPN ganha um ponto na concorrência cada vez mais acirrada com Sportv e Fox. As duas emissoras, porém, ainda têm os direitos das duas principais competições que envolvem os times brasileiros.

A Sportv transmite o Bra-sileiro, a Copa do Brasil e a Libertadores. Já a Fox detém os direitos da Libertadores.

A ESPN decidiu levar à rua os

momentos finais de transmissão

que a emissora terá da Liga dos

Campeões da Europa no Brasil.

A emissora fez uma ação em par-

ques de São Paulo para promover

um “teste de olhos” com o torce-

dor. Em vez das tradicionais letras

e imagens de um teste oftalmo-

lógico comum, a ESPN promoveu

um teste com imagens de atletas e

escudos de times participantes da

Liga dos Campeões. A Africa, agên-

cia publicitária que detém a conta

da emissora, fez um vídeo com o

teste para promover o retorno da

transmissão da liga, no dia 17.

Emissora cria ação para ativar liga

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POR DUDA LOPES

Vitor Belfort terá mais um par-ceiro para buscar novos acordos comerciais. A OTB Fight, criada por sua mulher para cuidar da imagem lutador, fechou com a 9ine, agência que fazia o geren-ciamento de Anderson Silva.

No próximo dia 28 de fevereiro, Belfort estará em evidência. Ele disputará o cinturão dos pesos médios contra Chris Weidman. Foi justamente ele o algoz de que Silva, antigo dono do cinturão.

Por isso, a 9ine entrará para fazer relacionamento com empre-sas interessadas em publicidade com o atleta, repetindo parte da fórmula que deu certo com Silva.

“Temos certeza de que com essa parceria com a OTB Fight

poderemos desenvolver um gran-de trabalho com os maiores anun-ciantes do Brasil”, disse Marcus Buaiz, sócio da 9ine, em nota.

Vitor Belfort não é uma figura desconhecida do meio publicitá-rio. O atleta já esteve exposto ao lado de marcas como Sky, Gillette e BMG. A OTB Fight, que fecha os acordos para Belfort, foi funda-da apenas em 2014, com foco na promoção de eventos de lutas.

Já a 9ine terá a oportunidade de um novo caso envolvendo o UFC. Com Anderson Silva, a agência foi uma das responsáveis por transformá-lo em um ídolo. A grande quantidade de pequenos contratos foram substituídos por parceiras com grandes empresas, como Nike, Burguer King e até

mesmo com o Corinthians, mui-tas delas calcadas nas relações de Ronaldo. Após três anos de parceira, Silva e 9ine encerraram o contrato. Hoje, o brasileiro tem uma agência própria, a Spider, que surgiu após uma parceria com a americana ICM Partners.

9ine volta ao MMA com acordo para agenciar contratos de Vitor Belfort

Erich Beting é diretor da Máquina do Esporte

De que forma promover o esporte para o público? A melhor resposta talvez esteja em analisar o que é fei-to pelos americanos no Super Bowl.

A transformação do jogo decisivo da temporada do futebol americano num evento de uma semana é o que existe de melhor exemplo de como o esporte precisa ser visto como uma plataforma de entretenimento.

O NFL Experience existe desde 1992. Ele foi o desenvolvimento na-tural de uma liga que já tinha per-cebido que o torcedor precisava ter mais chance de ter contato com o

esporte além de ver o jogo pela TV.“Torcedores de todos os times vão

ao Super Bowl. As pessoas andam pelos lugares com a camisa dos seus times. É uma festa de celebração do esporte”, explicou Ricardo Fort, head de marketing global da Visa.

A partir do momento que a NFL decide transformar seu produto no mais interessante evento para o la-zer das pessoas, ela consegue mudar de patamar a relação do esporte com público, mídia e patrocinadores.

Mais do que a final da NFL, o Su-per Bowl representa o amor da pes-

soa por aquele esporte. E esse é o ponto em que tratar o esporte como entretenimento faz total diferença.

A NFL não apenas olha o fanático e oferece a ele um evento. Ela se pre-ocupa em falar com toda a família ao promover um evento. E essa talvez seja a grande chave que o restante das modalidades ainda não tenha percebido. Para o evento crescer, ele precisa deixar de ser só um jogo.

Só assim ele é capaz de gerar mais engajamento das pessoas e, assim, aumentar o valor percebido pelas marcas dos benefícios de se investir.

Final do futebol americano prova o quanto esporte é entretenimento

DA REDAÇÃO

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POR ERICH BETING

Usar o Super Bowl para apre-sentar produtos e aumentar as vendas não costuma ser a estra-tégia das marcas na decisão do futebol americano. Por isso mes-mo, a ação que a Visa decidiu fazer na semana que mobilizou o esporte nos EUA foi diferente.

A marca concentrou os esforços de ativação do patrocínio à NFL na cidade de Phoenix, pratica-mente “ignorando” o potencial de repercussão que teria no intervalo da transmissão pela TV.

“Nos Estados Unidos, é a primeira vez que fazemos uma ação assim. O Super Bowl é um evento que tem uma mobilização das pessoas que é comparável à final da Copa do Mundo no Brasil”, disse Ricardo Fort, head global de marketing da Visa.

A empresa usou principalmen-te o NFL Experience, centro de entretenimento montado em

Phoenix, para apre-sentar os sistemas de pagamento Apple Pay e Visa Checkout. Ambas ferramentas são meios de pagamentos online e são relativa-mente novas até para o mercado americano.

“Temos dois novos produtos que esta-mos mostrando para o público. A ideia é aumentar o conhecimento das pessoas. A gente traz atletas, então quem demonstra o produto não é uma caixa de supermercado, mas um atleta da NFL”, exemplificou.

As ações foram feitas para os torcedores que se deslocaram até Phoenix para acompanhar a final que consagrou o título do New England Patriots. A ideia foi aproveitar o público com a temática do futebol americano para estimular o uso do produto.

“Phoenix é relativamente pe-quena, então as ações são aces-síveis a todos. Os patrocinadores tentaram mostrar ao máximo suas marcas e produtos”, contou Fort.

Segundo o executivo, o uso institucional da NFL para a Visa já foi feito ao longo do ano, com o objetivo de aproveitar o Natal.

“Nossa campanha começa em setembro e pega um período importante do fim de ano. Pelos resultados que tivemos no tri-mestre, dá para ver que ela foi bem-sucedida”, completou.

Visa vê novo foco no Super Bowl com apresentação de produtos

A crise hídrica pela qual atravessa o estado de São Paulo motivou a Seguros Unimed a fazer uma ação para os seus funcionários no sábado, no jogo entre Audax e Palmeiras, na abertura do Paulistão.

A empresa, que detém um camarote no estádio Allianz Parque, criou uma ação que premiou fun-cionários que mais economizassem água. Aqueles que apresentaram maior redução de consumo nas

contas de água de suas residências dos meses de dezembro e janeiro, receberam um par de ingres-sos para assistir ao jogo no camarote.

Segundo a empresa, a iniciativa faz parte de uma série de outras ações que buscam incenti-var a redução no consumo de água e que já são tomadas há alguns anos pela seguradora, além, é claro, de ativar a propriedade no estádio.

Seguros Unimed usa crise da água para ativar camarote