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2 Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira

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Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira 1

Sumário

Prefácio ................................................................. 3

O importante e o excelente degrau do ministério ... 5

O ministério do diácono .....................................29

O ministério dos presbíteros..............................57

O obreiro e a evangelização ...............................83

O obreiro e a arte de preparar sermões.......... 101

O obreiro e a fidelidade .................................... 117

Referências Bibliográficas ............................... 128

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2 Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira

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Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira 3

PrefácioA você que está inscrito neste curso, meus

parabéns! Espero que aprenda a usar todos osensinamentos aqui colocados da melhor formapossível.

Este não é um curso de cunho teológico, masum curso de cunho prático. O curso teológico émuito mais demorado e também importante, maso curso prático é muito mais rápido e eficaz noimediato da Igreja.

Estaremos utilizando a passagem de 1ºTimóteo 3:1 “Esta é uma palavra fiel: Se alguémdeseja o episcopado, excelente obra deseja,” comobase para nosso curso. Sugiro leitura detalhada ecuidadosa a fim de se verificar a preocupação dePaulo ao instruir o jovem obreiro chamadoTimóteo.

Portanto, minha palavra de agradecimento aDeus a todos, esperando com sinceridade que vocêspossam aprender da Palavra de Deus, para quesejais bons ministros de Jesus Cristo criados com

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4 Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira

a Palavra da Fé e da Boa Doutrina, conforme aPalavra de Deus descreve em I Timóteo 4.6.

O obreiro eficaz procura sempre reconhecer otrabalho de seus lideres, honrando-os e estandosempre pronto para ajudá-los no desenvolvimento,e aperfeiçoamento de caráter, procurando alcançara estatura de varão perfeito.

Nas próximas páginas estaremos vendoalgumas particularidades importantes para todosos obreiros e obreiras da Seara do Bom Mestre.

Bons estudos. Que o Espírito de Deus a todosilumine.

PASTOR ABNER FERREIRAPASTOR PRESIDENTE

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Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira 5

01

O importante e o excelente

degrau do ministério

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Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira 7

1. A CONDUTA DO OBREIRO

1. O OBREIRO E SUA VIDA PESSOALCOMO MINISTRO

a) O obreiro deve entender o ministério comovocação divina e a atividade humana maisexcelente (1Tm 3:1 – At 3.2);

b) A Bíblia para o obreiro deve ser consideradacomo instrumento indispensável no seu ministérioe deverá usá-la como única regra de fé e prática(2Tm 2:15 – 4:1-5);

c) O obreiro deve ser estudioso, mantendo-seem dia com o pensamento teológico, com aliteratura bíblica e a cultura geral (2Tm 3:15-16,3:2);

d) O obreiro deve ser um modelo de boa condutaem todos os sentidos e um exemplo de pureza emsuas conversações e atitudes como líder moral eespiritual do povo de Deus (1Pe 5:3; 1Tm 4:12);

e) O obreiro deve zelar ao máximo, pelo bomnome do ministério, da Palavra e do Senhor JesusCristo (Rm 11:3; 1Co 1:1; 4:1-2).

f) O obreiro deve ser prudente ao se relacionar

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com as pessoas, principalmente as do sexo oposto(1 Tm 5:1-2);

g) O obreiro deve ter a sua vida submetida aoEspírito Santo para que o fruto do Espírito sejamanifesto em sua vida no dia a dia (Gl. 5:22; Rm12:17-21; Is 42:1-5)

h) O obreiro deve ser DIZIMISTA fiel.- Sua Coragem. Exige-se do obreiro intrepidez

e ousadia.- Sua dignidade. Ter uma vida decente e

respeitosa no trato com as pessoas e com valoresespirituais. A dignidade de um obreiro se revelaatravés:

- Da sua linguagem. O obreiro deve evitarlinguagem imprópria ao seu ofício (piadasobscenas);

- Da sua reverência no trato com as coisassagradas e respeitosas;

- Do seu relacionamento decoroso com o sexooposto.

- Sua discrição. O obreiro deve ser moderado,agindo sempre com discernimento em relação àposição que ocupa.

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Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira 9

- Deve ter cuidado no trajar, vestindo semprecondignamente com a função em que ocupa.

- Deve ter cuidado com os gestos.- Deve evitar cenas patéticas que chamem as

atenções para si.- Deve ter modos e costumes que coadunem

com a posição que ocupa.- Sua polidez. Um obreiro polido é aquele que,

no trato com as pessoas, principalmentesubalternas, demonstra cortesia e civilidade. Sãoas boas maneiras do tratamento, tais como:

- Saber dar ordens. Não esquecer das duaspalavras chaves do relacionamento social: obri-gado e por favor.

- Saber corrigir. Ao fazê-lo não se esqueça doamor.

- Saber relacionar-se com os colegas deministério, não esquecer as boas formas detratamento. Mesmo, apenas, ao se referir ao colega,é preciso demonstrar respeito.

- Saber vigiar as palavras, elas tanto curamquanto matam.

- Sua liderança. Segundo Gangel “liderança é

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o exercício de dons espirituais sob o chamado deDeus para servir a determinado grupo de pessoas,para que este atinja os alvos que Deus lhes deu,com o fim de que glorifiquem a Cristo”.

1. Ele deve ser o exemplo para os seus liderados( I Pe 5.3b );

2. Nunca deve agir de forma ditatorial. Essemodelo não funciona mais (I Pe 5.3b);

3. Deve ter motivação para alcançar osliderados;

4. Nunca deve agir como dominador, pois orebanho não é sua propriedade particular. Ele é,apenas, confiado a homens chamados por Deus;

5. Deve avaliar sempre o perfil de sua liderança,se ela está enquadrada no modelo bíblico.

2. A VIDA ESPIRITUAL DO OBREIROO obreiro e a sua vida devocional. Um obreiro

que quer lograr êxito no seu ministério deveprocurar cultuar um relacionamento sadio comDeus, através da oração e meditação da SuaPalavra.

a) Uma vida de oração

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1. Um obreiro, que não ora, jamais poderácobrar esse hábito dos fiéis. Em nenhum outrosetor, o líder deveria estar mais à frente de seusliderados, do que nesse.

2. Cristo costumava passar noites inteiras emoração ( Lc 6.12 ).

3. Como saber a vontade de Deus para nossasvidas e para Sua obra se não orarmos?

4. A oração é uma via de mão dupla: leva ohomem a Deus, e traz Deus ao homem.

b) Uma vida de amor à Palavra1. Por que temos de ler? Responde Harold J.

Ockenoa: - Leia a fim de alimentar os poços dainspiração.

2. Ler para alimentar a própria alma.3. Ler para compreender. O obreiro que não

procura profundidade bíblica deixará o rebanhocom fome. Rebanho faminto acaba procurandooutras pastagens.

c) O obreiro e a santidade1. Uma característica principal, exigida por

Deus, na vida do obreiro, é a sua pureza interior.2. O obreiro deve ter a vida santificada para o

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bem da sua própria vida espiritual.3. A santidade na vida não é uma opção, é uma

ordem: “Mas, como é santo aquele que vos chamou,sede também santos em toda vossa maneira deviver” (I Pe 1.15).

4. O obreiro cuja vida é separada para o Senhortem um impacto poderoso ao redor.

5. O obreiro que cultiva a pureza interior setorna uma fonte de inspiração e um modelo a serseguido.

d) O obreiro e a humildade“Nada façais por partidarismo, ou vanglória,

mas por humildade, considerando cada um osoutros superiores a si mesmo. Não tenha cada umem vista o que é propriamente seu, senão cadaqual o que é dos outros” (Fp 2.3-4).

Embora a humildade não seja uma carac-terística muito apreciada e recomendada pelomundo, ela é a marca registrada da pessoa usadapor Deus.

1. Não confiar em si mesmo. O orgulho é umadas primeiras ferramentas do diabo para manternossos olhos em nós mesmos e desviá-los dos

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Curso de Preparação de Obreiros da Assembléia de Deus em Madureira 13

outros.2. Não menosprezar os companheiros por não

possuir os seus talentos e dons.3. Não rejeitar a instrução. Ter uma vida aberta

à ministração de pessoas diferentes de você.

3. O OBREIRO E SUA FAMÍLIAa) O obreiro aspira a excelente obra do

episcopado. Isso sugere que ele deve ter comocompanheira uma mulher em condições de ajudá-lo no ministério (1Tm 3:3-11);

b) O obreiro casado deve tratar a esposa e osfilhos como estabelece a Palavra de Deus,tornando-se exemplo para o rebanho a partir desua própria casa. (Ef 5:24-33; 6:4, 1Tm 3:4-5)

c) O obreiro deve também ser dedicado a suafamília esforçando-se para lhe dar o sustentoadequado (o vestuário – a educação – a assistênciamédica e o tempo necessário = 1Pe 3:7; 1Tm 3:4-5; Tt 1:6; Lc 11:11-13).

d) O obreiro deve evitar comentários napresença dos filhos menores, dos problemas,aflições ou frustrações que por ventura possam

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acontecer no seu ministério (1Co 4:1-4).e) O obreiro deve reconhecer a ação de sua

esposa junto à família como algo essencial, não aenvolvendo no ministério ou em tarefaseclesiásticas se ela não se achar vocacionada, eassim comprometer o seu bom desempenhofamiliar (1Pe 3:7, Ef 5:22-33).

4. O OBREIRO E SUA IGREJAa) O obreiro não deve deixar seu ofício

ministerial sem prévio conhecimento de sua Igreja;b) A renúncia só deve ser apresentada à Igreja

quando o obreiro estiver realmente convencido deque deve afastar-se do ministério;

c) O obreiro não deve assumir compromissosfinanceiros pela Igreja sem sua prévia autorização;

d) O obreiro deve tratar a Igreja com toda aconsideração e estima sendo consciente que elapertence a Cristo (Ef 5:23-25; 1Pe 5:2).

e) Quando plenamente mantido pela Igreja, ouinterinamente sustentado por ela, o obreiro deveconsiderar uma questão de honra: dedicar-se aoministério não aceitando qualquer outra incum-

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bência, mesmo na causa, sem o consentimento daIgreja (1Tm 5:7);

f) O ministério pastoral deve constituir aatividade da vida do obreiro e só com oconhecimento de sua Igreja poderá exercer outraatividade para garantir sua subsistência, porémnunca com o objetivo de prosperidade material(enriquecimento) (1Tm 5:18, 6:9-11);

g) Deve haver prudência por parte do obreiro,em relação à aceitação de convites para outrasfunções, não se oferecendo ou se insinuando, masbuscando a orientação e a direção do EspíritoSanto (At 13:1-2).

h) O obreiro não deve insistir em permanecerem uma Igreja quando perceber que seuministério não está contribuindo para a edificaçãodela e o seu crescimento em Deus (Fl 1:24-26).

i) Manobras políticas para manter-se em seucargo ou para obter posição denominacional, nãodevem ser promovidas pelo obreiro ou aprovadaspor ele. Pelo contrário, ele deve, antes de tudo,colocar-se exclusivamente nas mãos de Deus parafazer o que lhe aprouver (1Co 10:23-31, 9:7).

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j) O obreiro deve respeitar as decisões da Igrejacom prudência e amor, ajudando e esclarecendonas tomadas de decisões administrativas.

5. O OBREIRO E SEU MINISTÉRIOa) O obreiro deve exercer o seu ministério com

dedicação e fidelidade a Cristo (1Co 4:1,3 ; 9:27).b) O obreiro deve zelar pelo decoro do púlpito,

por seu preparo e fidelidade na comunicação damensagem divina a seu povo, como pela suaapresentação pessoal (Jr 48: 10; Lv 21).

c) Quando usar sermões ou sugestões de outros,na pregação ou na escrita, mencionar as fontes,pois a autenticidade deve ser característicamarcante na ação do obreiro.

d) O obreiro deve ter grande respeito pelo larque o recebe e pelas pessoas com quem dialoga.(1Tm 5: 1 – 15; Pv. 27: 22 – 27).

e) O obreiro deve guardar sigilo absoluto sobreo que conversa ou saiba em relação de aconselha-mento, atendimento e problemas daqueles que oprocuram para orientação. Jamais deverá usar asexperiências da conversação pastoral como fontes

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de ilustrações para suas mensagens ou conversas(2Tm 3:1–6)

f) O obreiro como líder do povo de Deus deveter consciência de que não pode saber todas ascoisas, e por isso, deve ser assessorado por pessoasidôneas, e capazes, que possam ajudá-lo naformulação e execução de planos, tomada dedecisão e zelo pela causa (Ne 7. 2).

g) O obreiro deve se mostrar pronto a receberconselho e ser repreendido tanto por seus colegasde ministério como por irmãos não ministros,quando sua conduta for julgada repreensível (2Cr10:8 – 11).

h) O obreiro deve respeitar as horas e o localde trabalho dos membros de sua Igreja, evitandoprocurá-los ou incomodá-los em seu ambiente detrabalho.

i) O obreiro não aceitará convite para falar ondesabe que a sua presença causará constrangimentoou atrito.

j) O obreiro deve ser franco com os colegas (Rm12: 9, 10, 18; Pv 9:8, 9).

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6. O OBREIRO E SUA DENOMINAÇÃOa) O obreiro deve manter-se leal a sua deno-

minação;b) A cooperação do obreiro com sua deno-

minação não deve comprometer a eficiência de seuministério na Igreja local;

7. O OBREIRO E A COMUNIDADEa) O obreiro deve ser partícipe da vida da

comunidade em que sua Igreja estiver localizada,identificando-se com a sua causa e solidarizando-se com os anseios de seus moradores, procurandoapoiá-los, quanto possível, nos esforços para o bemde todos.

b) Através de exemplos de vida, o obreiro deveimprimir em sua comunidade o espírito de altruís-mo e participação. Não se limitar a serviços ecle-siásticos.

c) O obreiro deve procurar conhecer as auto-ridades de sua comunidade, honrando-as e incen-tivando-as no desempenho de sua missão (Rm 13).

d) O obreiro deve estar presente às comemo-rações e celebrações cívicas que ocorrerem na sua

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comunidade ou cidade.e) O obreiro não deve fazer proselitismo com

membros de outras Igrejas.

8. O OBREIRO E SEUS COLEGAS DEMINISTÉRIO

a) O obreiro não deve se intrometer nem tomarpartido em problemas que surgirem nas Igrejasde colegas (Mt 7:12; Jo 15: 17; 1 Pe 4: 15 – 17 );

b) O obreiro não deve passar adiante qualquernotícia desabonadora de seu colega, nem divulgá-la;

c) O obreiro deve ter modos cristãos quanto aospredecessores aposentados que permaneçam emsuas antigas Igrejas (jubilados e eméritos);

d) O obreiro não deve aceitar convites parapregar, realizar casamentos, ou dirigir qualquercerimônia na Igreja de um colega, ou de membrosde Igreja do outro obreiro, em sua Igreja, sem aaprovação prévia do colega;

f) O obreiro que assume uma nova função devehonrar e valorizar o trabalho do seu antecessor,não fazendo nem permitindo comentáriosdesairosos a seu respeito (Pv. 12: 14; Hb 13: 7;

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Rm 13: 7; Mt 7: 12).h) O obreiro deve considerar todos os colegas

como cooperadores na causa e não menosprezarninguém (Mt 23: 8; Fl 2: 3; 1 Co 3: 5, 7, 9).

9. O OBREIRO E AS VISÍTAS PASTORAISA visitação é parte integrante do ministério

pastoral, e pode ser relacionada com o trabalhode aconselhamento, pois durante as visitas oobreiro terá necessidade de aconselhar. O serviçoda visitação não só é necessário como proveitoso,no que diz respeito ao cuidado do rebanho de Deus,e é ainda, útil ao ministério do obreiro.

9.1 - PRECAUÇÕES A TOMAR NAS VISITASO obreiro designado que não faz visitas está

sujeito a fracassar no seu próprio ministério. Avisitação pode ser considerada sob dois aspectos:

a) Aos enfermos, a os órfãos, às viúvas, e a todosque se encontram em estado de necessidades (Mt25.35,36; Tg 1.27).

Este tipo de visita é de grande utilidade e podeser considerado o mais importante, embora hajamuitos obreiros e crentes de modo geral que dela

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não fazem uso, não sabendo que causam mal a sipróprio. Não existe nada que possa beneficiar maisum enfermo do que uma visita de um obreirodesignado para esta função; faz bem para a suasaúde, mais do que muitos medicamentos, e podeaté ocasionar a cura. Uma palavra de consolaçãodada a um enfermo, uma oração feita, são coisasde valor inestimável. Jesus recebe isso como sefosse feito a Ele próprio e Tiago diz que isso fazparte da verdadeira religião (2 Co 1.3,4).

b) O segundo aspecto da visitação é quandoela é feita com caráter social ou de amizade.

Esse tipo também é bom, mas não é tãoimportante e necessário como o primeiro. É atéperigoso quando as visitas sem necessidades sãomuito freqüentes, podem tomar rumos diferentes.Não havendo cuidado necessário, esse trabalhopode degenerar-se e atrair pecados e perdição. Asvisitas muito freqüentes não são mesmoaconselháveis. Jesus recomendou aos discípulosque não andassem de casa em casa. Salomão faza seguinte recomendação: “Retira o teu pé da casado teu próximo, para que não se enfade de ti e te

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aborreça” (Pv 25.17; Lc 10.7).c) A visita não deve ser muito freqüente, nem

muito demorada.Não pode haver coisa mais importuna que uma

pessoa ficar muito tempo numa visita, impedindoque a dona da casa cuide dos seus afazeres. Muitosexemplos negativos poderiam ser citados, como ode um obreiro que costuma fazer visitas desacom-panhadas de sua esposa e com muita freqüênciapelas casas; depois passou a almoçar nas visitas;depois a pousar, deixando a esposa sozinha emcasa; e depois caiu em pecado. O obreiro precisater muito cuidado com os seus contatos pessoais,para não cair no laço do diabo.

d) Se for convidado a fazer uma visitadoméstica deverá se precaver:

1) Se a pessoa for mulher, nunca ir sozinho,mas levar consigo a sua esposa.

2) Se for homem, levar mais um ou doisobreiros acompanhantes.

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10. O OBREIRO E O ACONSELHAMENTOCRISTÃO

O aconselhamento é parte integrante doministério. O obreiro precisa aconselhar, nãosomente os crentes, mas também os descrentes.

A Palavra de Deus é a fonte principal doaconselhamento.

O púlpito da igreja é o melhor lugar para oaconselhamento. Do púlpito atingem-se pessoasque muitas vezes não procurariam um aconselha-mento particular isolado.

Ouvindo do púlpito, as pessoas sentem que oconselho veio de Deus, porque seu caso não éconhecido do pastor que deu a mensagem (Hb 12:12,13). Esse trabalho deve ser feito nos cultos paramembros e de doutrina, onde todos são crentes.Aí é o melhor lugar para o aconselhamento.

O trabalho de aconselhamento também podeser feito no gabinete. Sem dizer que é errado, digoque não é muito produtivo, pelas seguintes razões:

a) No gabinete muitas pessoas carentes deixamde comparecer para não exporem seus problemase ficarem desmoralizadas diante do pastor que as

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considera pessoas boas e sem defeitos.b) Uns comparecem apenas para conversar com

o pastor, roubando o seu tempo.c) Outros comparecem apenas para expor

situações, não sérias, com objetivo de se projetar.d) Há ainda aqueles que comparecem para

apresentar problemas de outras pessoas.10.1 – MÉTODO DO ACONSELHAMENTO1) Manejar bem a Palavra de Deus - A Bíblia é

a ferramenta principal e indispensável do obreiro,ele precisa aprender a manejá-la;

2) O obreiro precisa ter cautela no aconselha-mento;

3) Nunca fazer acepção de pessoas (Dt. 10.17;At 10.34,35; Tg 2.9);

4) Nunca tratar alguém com dureza e rigor;5) Demonstrar interesse na solução do pro-

blema apresentado;6) Nunca acusar as pessoas, fazer com que elas

próprias confessem as suas faltas (2 Sm 12. 1-6);7) Ter cuidado de não desanimar a pessoa, mas

dar-lhe esperança de, pela fé em Deus, alcançar avitória (Sl 40, Rm 8.35-39, Hb 11);

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8) Jamais mostrar interesse no sentido de tirarproveito próprio da situação do aconselhado.Atente-se para Gl 6.1.2.

11. ACONSELHAMENTOS PRÁTICOSPARA O DIA A DIA DOS OBREIROS

1) Asseio Corporala) Banho - Uso de sabonete;b) Uso de desodorante;c) Perfume, colônia;d) Cabelos (limpos em ordem sempre pente-

ados);e) Dentes (escová-los pelo menos 03 vezes ao

dia, depois das refeições);f) Barba (bem feita);g) Orelhas (limpas).2) Apresentação pessoala) Vestir-se adequadamente, aparência é muito

importante.- A primeira impressão é a que fica. Uma pessoa

não precisa estar ricamente trajada para estar bemvestida.

- O importante é estar bem cuidado.

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- Trajes sóbrios- Decentes (não usar roupas extravagantes)

combinados com bom gosto. A roupa simples e até“usada”, porém lavada.

- Roupa passada compõe bem a veste.- Fique atento para não usar nada que chame

muito a atenção das pessoas. Jesus é quem deveser exaltado. O importante é demonstrar umaaparência natural, descontraída, mas, sobretudodiscreta.

b) Evite:- Comer alho ou cebola em certas ocasiões; falar

muito em cima das pessoas; mascar chicletes;- Cacoetes como: roer unhas, coçar a cabeça,

expressões como: “tá”, “né?”, “ta entendendo?” etc.A postura - Essencialmente nos púlpitos e em

outros momentos, onde as atenções estão voltadaspara ele. O obreiro nunca deve esquecer de suapostura, pois está a todo momento sendo obser-vado e tido como modelo para os homens;

- Os gestos - Muitos são ridicularizados por nãoobservarem o proceder de suas mãos e corpo,enquanto pregam a Palavra. Todo excesso é

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notado, bem como todo gesto de aparência obscena;- Os arrotos - Necessitamos ter cuidado com o

que comemos e bebemos, essencialmente quandoestamos indo para as reuniões sociais, e muitomais se soubermos que deveremos pronunciar oudirigir a reunião. Há comidas e bebidas que nostraem, sem esperarmos arrotamos, deixando-nosem um estado de muita penúria e acanhamento;

- Espirro sem proteção - Ao espirrarmosdevemos proteger a boca e o nariz, bem como evitaro alarde que muitos fazem. As vezes somosbanhados por pessoas desse tipo que, inadvertida-mente espirram em nossa direção, ou ainda sobrea mesa de alimentos, ou da Santa Ceia.

- Os cacoetes - A limpeza do nariz, os ouvidos,coçar lugares íntimos em público. Todas estascoisas devem ser impreterivelmente banidas davida pública e diária do obreiro.

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3) Preparo Intelectual:a) Ter conhecimento secular, estar atualizado

em relação a situação do mundo;b) Conhecer o local, a cidade, o país, onda

resiste, suas necessidades, cultura, etc.

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02

O ministério do diácono

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O MINISTÉRIO DO DIÁCONO

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MINISTÉRIODE DIÁCONO

INTRODUÇÃOA intenção deste curso é qualificar tanto os

candidatos ao diaconato bem como aqueles que jáexercitam e desempenham com seriedade essafunção tão maravilhosa que é servir na obra dosenhor.

Ser diácono é desfrutar do maior dom oferecidopela graça que é servir na casa do Senhor. Este foium dos principais motivos da vinda de Jesus aeste mundo. “Bem como o Filho do Homem nãoveio para ser servido, mas para servir e dar a suavida em resgate de muitos” (Mt 20:28).

Com este trabalho, procuraremos dar aosobreiros e futuros obreiros uma síntese do modelodesenhado na Bíblia para aqueles que militam oupretendem militar na obra do Mestre. Faz-senecessário, mediante o crescimento da obra,separarmos obreiros para o trabalho, porém é

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necessário também que esses servos e servas doSenhor tenham uma base qualificadora para nãoincorremos no risco de consagrarmos pessoasdespreparadas. Certamente Deus, O Dono daObra, não nos aprovará se fizermos o seu trabalhorelaxadamente.

1 - HITÓRICOO diaconato foi instituído na Igreja pelos

Apóstolos após o evento de Pentecostes. O fatohistórico da instituição do diaconato é narrado emAtos dos Apóstolos, quando Pedro solicitou àComunidade de Jerusalém a indicação de setehomens exemplares “de boa reputação, cheios desabedoria e do Espírito Santo” (At 6:3). Forameleitos e escolhidos sete homens de “boa reputa-ção, repletos do Espírito e de sabedoria”, sobre osquais os Apóstolos “orando, lhes impuseram asmãos” (At 6, 5-6).

A primeira missão dos diáconos foi “o serviçodas mesas”, atendimento social com primazia noque tange o atendimento dos necessitados e viúvasda igreja, além de atender na ministração da Ceia,

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servindo a Igreja, deixando os Apóstolos livres paraa proclamação da Palavra e a oração (At 6:2).

O Diácono Estevão, pela força de sua palavra,veio a tornar-se o primeiro mártir do cristianismo,tendo sido apedrejado antes do ano cinqüenta daera cristã (At 7:1-60).

Depois de sua instituição, o diaconato genera-lizou-se por toda a Igreja, de Jerusalém, por todaa Grécia e Roma. (veja que o nome dos setediáconos escolhisdos pelos Apóstolos eram nomesgregos, At 6:5).

Após a instituição dos diáconos, alguns delespassaram a exercer, posteriormente, também oministério da Palavra e da comunhão. Comoexemplo disso temos a figura de Estevão, acimamencionado, e Filipe, que foi um corajoso obreiro,cheio do Espírito, poderosamente usado por Deus.Outros diáconos também, usados por Deus, cresce-ram em importância nos primeiros séculos dahistória da Igreja Cristã.

2. ETIMOLOGIA2.1- A palavra “diácono” em sentido geral:

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A palavra “diácono” vem de uma palavra grega(diáconos) que é encontrada cerca de 30 vezes noNovo Testamento. Palavras semelhantes sãodiakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo(servir ou ministrar). “diácono” quer dizer“atendente” ou “servente”. A mesma palavradescreve escravos, empregados e obreirosvoluntários. A ênfase não está na posição dapessoa, mas no servo em relação ao seu trabalho.

Os diáconos, ou servos, na Bíblia incluemservos domésticos (Jo 2:5,9), e governantes, (Rm13:4), mas os usos mais comuns são de servos deCristo e da igreja. Jesus usou a palavra paradescrever seus discípulos, um em relação aosoutros (Mt 23:11), e Paulo usou a mesma palavrafreqüentemente para descrever evangelistas oupregadores da palavra (1° Co 3:5; Ef 6:21). Estestermos, nos usos gerais, descrevem tanto homenscomo mulheres (Lc 10:40; Rm 16:1).

2.2 - A palavra “diácono” em sentido específico:Em 1 Tm 3:8, Paulo começa a lista de qualifi-

cações de alguns servos especiais escolhidos naigreja. É claro que ele não está falando sobre

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servos no sentido geral (todos os cristãos) porqueas qualificações definem um grupo limitado dehomens (1º Tm 3 8-13 e Fp 1:1). Os mesmos textosmostram que esses servos são distintos dos pas-tores ou presbíteros. Eles servem no trabalho doSenhor sob a supervisão e direção dos pastores epresbíteros, auxiliando em diversos aspectos dotrabalho da igreja (At 6:1-7).

2.3 - A palavra “diácono” usado para especificaro trabalho das mulheres:

Romanos 16:1-2. “Recomendo-vos, pois, Febe,nossa irmã, a qual serve na igreja que está emCencréia, para que a recebais no Senhor, comoconvém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisaque de vós necessitar; porque tem hospedado amuitos, como também a mim mesmo”.

Febe era uma senhora, membro da igreja emCencréia e Paulo a chama aqui de serva, que étraduzida da palavra grega “diakonos”. É a mesmapalavra traduzida como diácono (Fp 1:1). Paulochama Febe de serva da igreja em Cencréia, nestesversículos. Romanos 16:1-2 diz que Febe eradiaconisa e, portanto, a Bíblia defende que elas

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podem ser ordenadas para este ofício.Prosseguindo na leitura de Romanos 16, vamos

encontrar vária irmãs que trabalhavam incansa-velmente na obra de Deus, obreiras valorosas quePaulo faz questão de mencioná-las pela corageme destemor em enfrentar as adversidades e opreconceito, expondo as suas vidas por amor a obrade Deus.

3. O QUE NÃO É SER DIÁCONO?Há muito tempo a função de diácono limitou-

se apenas a portaria e no máximo ao serviço daSanta Ceia do Senhor. Um diácono deve estarpronto para entrar em ação quando houvernecessidade. Expulsar demônios não é tarefasomente do pastor, um diácono também deve serum homem de oração. A autoridade para expulsardemônios, curar os enfermos, evangelizar e fazermaravilhas foi dada a todos os crentes. Issoindependente de ser um obreiro ou não. Porém, odiácono não se limita somente a uma portaria deigreja, mas deve estar atento a necessidade que omomento lhe proporcionar.

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Quando assumimos determinada responsa-bilidade diante de Deus devemos ser humildespara cumpri-las. É bom conhecer o que nos esperaem relação aquilo que professamos ser diante deDeus, para não fazer de modo relaxado um serviçono qual outros precisam de nossa contribuição.

Algo que muito nos constrange é saber queconfiamos uma tarefa nas mãos de um profissionalrelaxado, sem compromisso com sua função e quesomente visa os lucros. Assim também é oministério. Ninguém ficará feliz ao observar queem determinada igreja os obreiros são desquali-ficados, sem amor ao que fazem e nem dão atençãopara a qualidade do serviço. “É horrível estar numlugar onde não se quer estar, fazendo aquilo quenão se gosta de fazer”. Um profissional quetrabalha somente pelo dinheiro e não ama a suaprofissão não passa de um mercenário. Umcandidato a diácono que usa a função comotrampolim jamais será um bom obreiro. Paulo falaque existe uma recompensa para aqueles queservirem bem como diáconos. “Porque os queservirem bem como diáconos adquirirão para si

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uma boa posição e muita confiança que há na féem Cristo Jesus” (1Tm 3.13); ser diácono é tantohonroso quanto gratificante.

4. O QUE É SER DIÁCONO“Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões

de boa reputação, cheios do Espírito Santo e desabedoria, aos quais constituamos sobre esteimportante negócio” (At 6.3). O ministério diaconalsurgiu de uma necessidade enfrentada nosprimórdios da igreja primitiva. Os judeus deorigem hebraica falavam hebraico; os judeushelenistas falavam grego; outros judeus, dealgumas partes do mundo, provavelmente seconverteram ao cristianismo no Pentecostes. Oscristãos que falavam grego reclamaram que suasviúvas não eram tratadas de forma justa. Talvezesse favoritismo não fosse intencional; a causaseria a barreira causada pelo idioma. Para corrigira situação os apóstolos constituíram sete homensrespeitáveis, que falavam grego, como respon-sáveis pelo programa de distribuição de alimentos.Isto resolveu o problema e permitiu que os

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apóstolos mantivessem seu foco no ensino e napregação das Boas Novas de Jesus.

À medida que a igreja primitiva crescia, suasnecessidades aumentavam. Uma delas eraorganizar a distribuição de alimentos para ospobres. Os apóstolos precisavam concentrar-se napregação da Palavra; então escolheram diáconospara administrar o programa alimentar. Cadacristão tinha uma função vital a desempenhar naigreja. O que mais nos chama a atenção é que emnossa atualidade esse programa alimentar nãoexigiria de nenhum cristão o que foi exigidonaquela época. Para distribuir alimentos eranecessário ter boa reputação, ser cheio do EspíritoSanto e ser cheio de sabedoria. Um diácono eraum homem de respeito, era um homem qualificadoe não poderia ser qualquer um. Que Deus nosajude a resgatar essa essência.

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5. O DIÁCONO E O TRABALHO DAIGREJA

a) Precisa ser assíduo e pontual no cumpri-mento de seus deveres priorizando sempre a obrade Deus.

b) Precisa ser constante dizimista e ofertante,demonstrando assim, exemplo para os demaisirmãos da fé.

c) Precisa ser um assíduo freqüentador doscultos, aluno da Escola Bíblica Dominical, estarpresente nas reuniões de oração, culto de liber-tação, culto de ensino da Palavra, e as reuniõesadministrativas, além de quaisquer atividadesrealizadas na igreja, com especial atenção ao cultoda Ceia, onde atuará na distribuição do Pão e doCálice do Senhor.

d) Zelar pela boa aparência da sua igreja.e) Procurar manter tudo organizado e limpo

para que todos tenham uma boa impressão de zelopara com todos os objetos e utensílios no templo.

f) Ele deve procurar cudar de tudo o que a igrejapossui.

g) Impedir que alguém contribua para a

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desordem.h) Deve ser sempre o primeiro a chegar e o

último a sair dos cultos.i) Abrir o templo e organizar tudo para a

reunião ou culto. Se o templo necessitar servarrido, os bancos serem limpos e as cadeirasserem arrumadas, não devem se esquivar de fazê-lo, sempre glorificando a Deus pela oportunidadede servi-lo neste importante ministério.

j) Estar sempre alegre e cheio do Espírito Santopara recepcionar aos irmãos e visitantes noscultos; ficando à porta recepcionando-os à medidaque forem chegando.

l) Orar ao Senhor, pedindo-Lhe orientação ebênçãos para o trabalho que será realizado.

m) Pedir e fazer sinal de silêncio às pessoasque chegarem ou permanecerem conversandodurante as realizações dos cultos.

n) Permanecer à porta, posicionado de forma ater uma boa visão da rua e do templo. Estarsempre observando a qualquer sinal que seja feitopelo pastor ministrante, inclusive observando sehá necessidade de servir água no Púlpito.

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o) Recolher as ofertas e dízimos entregandotudo na tesouraria da igreja na mesma forma emque lhe fora entregue.

p) Observar e advertir a pessoa que se portecom descompostura dentro ou fora (área externa)do templo.

q) Após o culto, recolher hinários, harpas,pastas e papéis que ficarem sobre os bancos,deixando-os organizados para os próximos cultosou trabalhos na igreja.

r) Apagar as luzes dentro e fora da igreja.s) Fechar o templo corretamente depois que

todos saíremt) Estar sempre pronto para atender a qualquer

solicitação especial determinada pelo Pastor daIgreja ou outro obreiro designado para liderança.

u) Promover a assistência social aos crentes.Devem cuidar dos membros da igreja. As obrasassistenciais aos carentes, idosos, deficientesfísicos, enfermos. Visitar as viúvas e os neces-sitados, levando a Ceia do Senhor para aquelesque por motivo de enfermidade, não puder compa-recer ao culto da Ceia.

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v) Promover a paz e a união entre os membrosda igreja. Os diáconos devem se opor as murmu-rações e partidarismos, sem buscar seus interessespessoais.

6. QUALIDADES EXIGIDAS AO DIÁCONOa) QUE SEJAM PRIMEIRAMENTE PRO-

VADOS (1 Tm 3:10). A conduta do diácono deveser tão boa que ninguém tenha do que o acusar.Este reconhecimento deve ser por parte da igrejae também da sociedade.

b) DEVE CONSERVAR O MINISTÉRIO DAFÉ COM A CONSCIÊNCIA LIMPA (1 Tm 3:9).Paulo se refere ao evangelho como “o mistério dafé” (Ef 3:3-5. 1:9-10). O diácono deve ser alguémque tenha a consciência limpa com respeito aoevangelho, o que é próprio de uma pessoa cheiado Espírito Santo, ou seja, um servo fiel de acordocom a Palavra de Cristo (1 Co 4:1-2).

c) NÃO COBIÇOSOS DE SÓRDIDA GA-NÂNCIA: O diácono não pode ser alguém quelucra desonestamente. O lucro em si não épecaminoso, contudo ele pode se tornar vergonhoso

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se sua obtenção passa a ser o objetivo primário,em detrimento da glória de Deus.

d) IRREPRENSÍVEIS: Não ter nada de quepossa ser acusado, como resultado de investigação.Caso ocorra uma acusação, a mesma deve serinfundada, pois a conduta do diácono deve sersempre correta. Não pode ser motivo de comentárioou censura por quem quer que seja. Seu trata-mento com as pessoas é correto, cordial e respei-toso. Por isso há a necessidade de correção naspalavras, ser justo nas ações, ter boas intençõesnos pensamentos porque o que fizer, mesmoinconscientemente, resultará em benefício ouprejuízo para a Causa do Senhor, e glória do SeuNome.

e) RESPEITADOR: O diácono deve ser umapessoa respeitadora. O dever de respeitar se fazpresente em toda a Bíblia e os diáconos são líderesna igreja do Senhor, “o ancião e o homem derespeito são a cabeça” (Pv 9.15a, Rm 13.7), ensinaque “a quem honra, honra”. Quem é respeitadorserá honrado por Deus, “Se alguém me serve, siga-me, e, onde Eu estou, ali estará também o Meu

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servo”. E, se alguém me servi, o Pai o honrará (Jo12:26).

f) UM EXEMPLO NA FAMÍLIA. Que sejamarido de uma só mulher, que governe bem a suacasa, ao dedicar-se ao bem da sua esposa e filhos,separando bastante tempo para ouvi-los, culti-vando o amor e o bom relacionamento, expres-sando seus sentimentos, compartilhando alegriase tristezas. O progresso espiritual do homem deDeus se refletirá no seu lar, em relações cada vezmais profundas e gratificantes. Os benefíciosespirituais e o bom governo do crente devemestender-se a todos os que trabalham com ele, oumoram na sua casa (1º Tm 3:12).

g) DE UMA SÓ PALAVRA: O diácono não podeser uma pessoa que diz e depois desdiz, que falaimpensadamente. Deve pensar para falar paradepois não ter que voltar atrás quanto aquilo quedisse. Também não pode ser um maldizente,reclamador e inconstante, deve ser temperante enão temperamental.

h) NÃO DADO AO VINHO (não se deve beberem hipótese alguma qualquer tipo de bebida

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alcoólica), não pode ser uma pessoa agressiva,espancador(a), dever ser uma pessoa moderada,equilibrada, temperante e amável, ser uma pessoainimiga de contendas (1º Tm 3:3).

7. A RECOMPENSA TEMPORAL DE UMDIÁCONO

O verso 13 de 1º Timótio 3, dá-nos a recom-pensa de um diácono. Se ele bem servir como umdiácono, ele adquire um bom grau e grandeousadia na fé. O Novo Testamento retrata odiaconato como um ofício exaltado. Aquele queexerce o ministério de diácono conforme o queensina a Palavra de Deus, adquire uma posiçãode preminência na Igreja, uma posição de respeitoe consideração. O diácono está sempre junto aosirmãos, ele atua lado de cada membro da Igreja e,de acordo com o seu procedimento e maneira deagir, há de transmitir a todos um exemplo dignode ser seguido. Evidentemente, há pessoas quenão gostam de ser corrigidas e orientadas pelosdiáconos da Igreja, por isso, algumas vezes elessão até tratados com descortesia, mas como todo

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cristão, o diácono não deve entristecer-se com taisatitudes, pois há um números expressivo de fiéisque estarão orando e louvando a Deus pelotrabalho realizado por estes servos valorosos.

Como o diácono é o primeiro posto na escalaministerial em nosso ministério; partimos doprincípio que aquele que exerce bem o diaconatoserá um bom presbítero, um bom evangelista, umbom missionário ou missionária e até mesmo umbom pastor, sabendo, primeiramente, que cadapessoa recebeu de Deus um dom. Há pessoa queserão sempre bons diáconos, mas não têmchamada de Deus para serem presbíteros oupastores. O que importa é exercer com perfeiçãobem o ministério que Deus confiou e a recompensafinal virá do dEle, que é o dono da obra, aqueleque chama e capacita cada um para o que for útil.

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LEMBRE-SE SEMPRE, O DIÁCONO ÉO CARTÃO-POSTAL DA IGREJA

Que Deus possa abençoar a sua vida, sejafiel até a morte: “Ao vencedor fá-lo-ei colunano santuário do meu Deus e daí jamais sairá”(Ap. 3:11).

CUIDADOS PESSOAIS:

- Use roupas sóbrias. Evite cores fortes eespalhafatosas;

- Ao servir o pão ou o cálice, certifique-se queseu paletó esteja fechado para que a sua gravatanão esteja tocando o pão ou o vinho;

- Apresente-se devidamente banhado e bembarbeado. Evite usar perfumes demasiadamentefortes;

- A higiene das mãos é algo imprescindível,porém não deverá estar perfumada para nãoimpregnar nos elementos da Santa Ceia ou nasvasilhas;

- Se estiver gripado, não sirva a Santa Ceia;- As diaconisas deverão estar com os cabelos

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presos.- Ao servir o Pão e o Suco de Uvas:- O responsável pelos diáconos deve

previamente organizar a distribuição (quem vaipara a galeria, coral, orquestra, mocidade e etc);

- Estando de posse da bandeja de pão ou decálices, não cante evitando-se que gotículas desalivas caiam sobre os elementos;

- Tenha sempre uma palavra para aquele queserá servido, como por exemplo: “Este é meu corpoque é partido por vós. Fazei isto em memória deMim disse o Senhor” ou “Este cálice é o novotestamento no meu Sangue. Fazei isto emmemória de Mim disse o Senhor;”

- Quando restarem três ou quatro pedaços nabandeja de pão ou do cálice, volte à mesa da SantaCeia para apanhar mais pão ou suco de uvas econtinue a partir de onde parou;

- Eventualmente se algum pedaço de pão cairno chão, apanhe-o e leve-o para a mesa informandoao obreiro que está a postos que o pão foi recolhidodo chão;

- Se derramar suco de uvas é necessário que

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outro diácono tome providências para que oprecioso líquido derramado seja absorvido comguardanapo ou pano apropriado;

- Ajudar o pastor na celebração do batismo naságuas;

- Ajudar o pastor na coleta dos dízimos eofertas;

- Ao recolher as ofertas e dízimos para a casado Senhor, tenha sempre uma palavra de bênçãopara aqueles que estão ofertando. Exemplo: “QueDeus o abençoe!” ou “Que o Senhor multipliqueseu pão!” etc.;

- Esta atividade deve ser realizada de maneiraalegre, porém reverente e santa;

- Se você se deparar com alguém queeventualmente não possa contribuir, não oconstranja. Ore para que em outra oportunidadeeste o possa fazer;

- Se o banco for muito grande, cerque-se decuidados para não estar “entrando” entre aspernas das pessoas (principalmente de moças esenhoras);

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- A prudência recomenda que não se conte asofertas e dízimos sozinhos. O ideal é que estejamem três ou quatro pessoas;

- Enquanto uma parte dos diáconos recolhe asofertas e dízimos a outra estará de prontidão,observando as portas e corredores se não existemelementos estranhos com atitudes consideradassuspeitas;

- Ajudar a recepcionar e acomodar os membrose visitantes da igreja (porteiro/introdutor/recepcionista);

- Porteiro é aquele que guarda a porta. Cabeao porteiro estar apto para vigiar as portas dotemplo, recepcionar os adoradores de Deus,mantendo a boa ordem na casa de Deus;

- Sua função é um tanto delicada, pois estaráatuando com pessoas de todos os tipos detemperamentos. Esteja pronto para enfrentar asmais diversas situações;

- Esteja vestido apropriadamente, afinal decontas você será o cartão de visitas da igreja, tantona sua maneira de vestir como na sua maneira detratar as pessoas;

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- Esteja sempre com a barba bem feita ecabelos penteados. As diaconisas devem estar comos cabelos presos;

- Ao recepcionar um visitante, anote: Nome, seé convidado de algum membro da Igreja, se éevangélico, de que denominação/bairro;

- Saiba de antemão onde estão os lugares quepoderão ser ocupados pelos visitantes. Evite estarandando com o visitante pelo templo sem saberonde poderá acomodá-lo;

- Enquanto a congregação estiver orando,esteja bem atento; não feche os olhos;

- Nunca dê as costas para a rua. O ideal é quevocê esteja de lado de maneira que possa ver oque está acontecendo dentro e fora do templo;

- Ajudar na limpeza do templo, conservaçãodo prédio e instalações;

- Fiscalizar e acompanhar o bom funciona-mento das salas, dos sanitários, da aparelhagemde som e outros;

- Cooperar para manter a ordem do culto;- Lembre-se, sua função é a base para o

desenvolvimento de qualquer trabalho na igreja.

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- A falta de ordem durante os cultos são motivosde grandes perdas, tanto para os crentes como paraos não crentes;

- Visitar e levantar as necessidades dosmembros da igreja;

- Fazer levantamento de locais paraevangelização;

- Acompanhar junto com o pastor asnecessidades do trabalho;

- Fiscalizar, durante o horário de reuniões ecultos, a segurança do templo, veículos estaci-onados nas imediações, pertencentes aos membrosda igreja;

- Zelar do templo e prédios anexos, quandohouver;

- Assessoramento geral ao pastor ou dirigenteescalado para dirigir o culto;

- Zelar pela segurança pessoal do pastor emsuas atividades eclesiásticas;

- Atender às convocações do pastor ou dirigentelocal para os trabalhos da igreja;

- Dedicar-se a uma vida espiritual digna quelhe oferecerá possibilidade de crescer na confiança

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e conquista de outros cargos.

AS DIACONISASA única passagem bíblica que dá a entender a

existência de diaconisa é 1º Timóteo 3:11 – “Damesma sorte as mulheres sejam honestas, nãomaldizentes, sóbrias, e fiéis em tudo”, estapassagem dá a entender, também, tratar-se deesposas de presbíteros e diáconos, visando umcomportamento digno, a fim de que seus maridos,obreiros, não encontrem empecilhos no desem-penho de suas funções.

A mulher como cooperadora:a) Paulo menciona vários nomes de irmãs

cooperadoras na obra – Romanos 16:1, 6 e 12 – “1Recomendo-vos a nossa irmã Febe, que é servada igreja que está em Cencréia; 6 Saudai a Maria,que muito trabalhou por vós. 12 Saudai a Trifenae a Trifosa, que trabalham no Senhor. Saudai aamada Pérside, que muito trabalhou no Senhor.”

b) Hoje, na igreja, há grande número de irmãscooperadoras:

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- Coordenam Depto. Feminino- Dirigem Círculos de Oração- Visitam enfermos nas casas, hospitais- Visitam os fracos na fé, novos convertidos- Trabalham na evangelização, dirigem corais,

orquestras, conjuntos de mocidade- São professoras da EBD- Secretariam igrejas- Etc...

As funções das diaconisas são basicamente asmesmas dos diáconos e estão relatadas acima.

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O ministério dos presbíteros

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O MINISTÉRIO DOS PRESBÍTEROS

INTRODUÇÃOEstamos vivendo em nossa atualidade os

chamados dias trabalhosos registrados peloApóstolo São Paulo. Passamos por uma época defrieza, ganância, descrédito e banalização docristianismo. A igreja precisa de um retorno a seusprimórdios, rever velhos conceitos e descobrir ondecaiu o machado. Homens amantes de si mesmos,fraudulentos e de dura cerviz, estão infiltrados noseio da igreja disseminando heresias e causandomistura. E neste tão trágico momento, Deus temlevantado homens tementes e cheios de seuEspírito para combater tais armadilhas. Opropósito de nosso estudo é fazer com que oscandidatos ao santo ministério, sejam enqua-drados na essência de suas funções e passem adesenvolvê-las com afinco, verdade e seriedadediante de Deus, dos homens e de si mesmos. Nossomaior desejo é que através deste estudo, a igrejacrie raízes e cresça, não como a torre de Pisa, nemconfusiva como Babel, mas como a nova Jerusalém

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que é a esposa do Cordeiro, linda, ataviada, semmácula e sem rugas. Que nossos obreiros se tornemespelhos para a posteridade e que seus frutossejam aos milhares.

1. ETMOLOGIAUm presbítero (do grego antigo “ ”

de “ ”, “ancião”), nas igrejas cristãsprimitivas, era cada um dos anciãos aos quais eraconfiado o governo da comunidade cristã. Apalavra hebraica equivalente é “za·qen” eidentificava os líderes da antiga Israel, quer emnível de uma cidade, da tribo, ou em nível nacional.No Cristianismo, era originalmente um dirigentede uma igreja (comunidade) local, (At 20:17, 28;I Pe 5:1-3; Tt 1:5-7; II Tm 3:1-5).

a) OUTROS USOS DO TERMOFoi no segundo século depois de Cristo que os

teólogos entenderam que “ ”,vertido por presbítero, e “ ”, vertido porbispo, seriam dois cargos religiosos distintos.

Na Igreja Católica, o presbítero (vulgarmentevertido por padre ou sacerdote) é aquele que

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recebe o Sacramento da Ordem em seu segundograu (sendo o primeiro grau, o de diácono, e oterceiro grau, o de bispo), sendo, portanto, umestágio intermediário na hierarquia do clerocatólico. Usa o título religioso de padre, do latimpater, que significa “pai (num sentido religioso)”.Dependendo da sua função em uma paróquia (casoesteja funcionando em uma), pode ser um pároco,se é a autoridade religiosa máxima na paróquia,ou vigário, caso se encontre subordinado a outropadre na mesma paróquia.

Outras denominações cristãs, defendem quepresbítero (ou ancião, também chamado de pastor)é a qualificação religiosa reconhecida a um cristãodirigente de uma igreja local, e bispo, designa ocargo que exerce. Em alguns casos, o presbíterocom uma jurisdição regional é chamado de bispo.Em muitos dos casos, cada igreja local é governadapor um presbitério (isto é, por uma comissão depresbíteros ou um corpo de anciãos) e não por umahieraquia episcopal. Em alguns casos, o presidentedo presbitério é chamado de pastor na igreja local.

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2. QUAL É A DIFERENÇA ENTREPASTOR, BISPO E PRESBÍTERO?

No Novo Testamento, as palavras pastor, bispoe presbítero descrevem os mesmos homens (At20:17,28; 1 Pe 5:1-3; Tt 1:5-7). Eles servem emcongregações locais, cuidando do rebanho de Deus.As várias palavras identificam os mesmos servos,mas cada palavra tem seu próprio significado.Essas variações de sentido ajudam para mostraraspectos diferentes do trabalho dos homens quecuidam de uma congregação.

a) PASTORESPastor é uma palavra comum na Bíblia.

Freqüentemente se refere aos pastores de ovelhas,pessoas responsáveis pelos rebanhos. Taishomens protegiam, guiavam e alimentavam asovelhas. O Espírito Santo usou esta palavra váriasvezes no Antigo Testamento num sentido figura-tivo, descrevendo guias espirituais. Deus é cha-mado de Pastor desde a época dos patriarcas (Gn49.24,25). O Salmo 23 descreve o Senhor como:Pastor do seu servo fiel. O autor, um pastor deovelhas na sua juventude, descreve o carinho e a

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proteção de Deus para com seus seguidores.Moisés descreveu o homem escolhido para guiar opovo como pastor (Nm 27.17). Infelizmente, nemtodos os pastores são bons. Deus condenoufortemente os pastores egoístas que devoravam orebanho de Israel (Ez. 34:1-10). No Novo Testa-mento, homens qualificados devem pastorear orebanho, a congregação do Senhor (1Tm. 3.1-7; At20.28-35; 1Pe 5:1-3).

b) BISPOSBispo vem da palavra grega episkopos, que

quer dizer supervisor ou superintendente. Na 1ªEpístola do Apóstolo São Pedro 2.25, se refere aoSenhor. Várias outras passagens empregam essapalavra para descrever a responsabilidade dehomens escolhidos para guiar os discípulos deCristo no seu trabalho na igreja (At 20.28; Fp 1.1;1Tm 3.2; Tt 1.7).

c) PRESBÍTEROSPresbítero (ancião em algumas versões da

Bíblia) descreve alguém de idade mais avançada.A palavra é usada na Bíblia para identificaralguns dos líderes entre os judeus. No livro de Atos

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e nas Epístolas, os homens que pastoreavam esupervisionavam as igrejas locais foram freqüente-mente chamados de presbíteros (At 11.30; 14:23;15. 2,4,6,22,23; 16.4; 20.17; 21.18; 1Tm 5:17,19;Tt 1.5; Tg 5.14; 1 Pe 5.1; 2 Jo 1, 3 Jo 1). São homensde idade suficiente que tenham filhos crentes.Necessariamente,são alguns dos mais madurosdos cristãos na congregação. Usam seu conheci-mento e experiência para servir como modelos eensinar o povo de Deus.

OBS: Pastores, bispos e presbíteros não sãotrês ofícios diferentes, e sim três palavras quedescrevem aspectos diferentes dos mesmoshomens.

3. A ORIGEM DO OFÍCIO DE PRESBÍTERO(Rudolf Bultmann)

A palavra “presbítero” é uma transliteração dogrego presbyterós, que significa literalmente“ancião”. No sentido do Novo Testamento, quandose refere à liderança da Igreja Cristã, indica umapessoa que possui um ofício de autoridade, masem outros contextos do grego coinê, pode-se referir

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simplesmente a um homem idoso. A palavrapresbyterion (Lc 22.66; At 22.5; 1Tm 4.14) significa“concílio de anciãos”. Herman Ridderbos observaque o ofício de presbítero “certamente possuiantecedentes patriarcais e se originou no ju-daísmo, onde é a designação de uma classe social”.Então, não era necessariamente a liderança reali-zada somente por homens idosos, mas idôneos. Apalavra indica no Novo Testamento não a matu-ridade biológica, mas a espiritual, ou seja, nãoespecificamente a sua idade, mas a transformaçãoque o discípulo de Cristo alcançou sobressaindoaos demais, deixando de ser considerado neófito(1Tm 3:6).

Desde o Antigo Testamento o sistema de go-verno é exercido através de anciãos (presbíteros).Tanto Moisés, como os sacerdotes e levitas, osjuízes e os reis de Israel, eram auxiliados pelos“anciãos de Israel” (Ex 3.16-18; 4.39; 17.5,6; 18.13-17; 19.7; 24.1, 9-11; Lv 4.15; 9.1,2; Nm 11.14-25;Dt 5.23; 22.15-17; 27.1; Js 7.6; 8.33; Jz 21.16; 1Rs8.1-3; 1Cr 21.16; Sl 107.32; Ez 8.1). Este era oexercício comum de governo do povo de Deus na

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antiga Aliança.A prática do povo de Israel de ser governado

pelos anciãos (presbíteros) continuou no NovoTestamento. O julgamento de Jesus foi realizadoao amanhecer, quando “reuniu-se à assembléiados anciãos do povo, tanto os principais sacerdotescomo os escribas, e o conduziram ao Sinédrio...”(Lc 22:66; At 22:5). O sistema de governo pelosanciãos (presbíteros) foi mantido num processonatural de continuidade da antiga para a novaAliança na Igreja Cristã. Paulo não inventou umnovo sistema de governo para as igrejas queimplantou, apenas o adaptou para uma perspec-tiva e necessidade cristã. A pluralidade de anciãos(presbíteros) em cada igreja local era o padrãoestipulado para que aquela comunidade pudesseser governada. Esta era a prática de Paulo (At14.23), e foi assim que ele instruiu os pastores quelhe sucederam (2Tm 2.2; Tt 1:5).

Rudolf Bultmann conclui que: um conselho dos“presbíteros” é por excelência uma instituição naqual se unem a validade de autoridade, ex-ofício;e justamente por meio dele as de lideranças

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puderam ser fortalecidas. A formação de umcolégio de presbíteros também não foi algo extraor-dinário, pois a comunidade cristã também pro-cedeu nesse ponto, conforme o modelo das comuni-dades sinagogais judaicas. Quanto à sua forma, acomunidade primitiva apresentava-se inicial-mente como uma sinagoga dentro do judaísmo. Ospresbíteros sucederam aos apóstolos como lide-rança da Igreja. Enquanto os apóstolos aindaeram vivos, os presbíteros simultaneamenteexerciam o governo ao seu lado (At 11:30; 15:2;20:17-35; Tg 5:14; 1 Pe 5:1-4). Todavia, com a mortedos apóstolos, os presbíteros continuaram, epassaram a liderar a igreja através dos tempos.

Houve uma transferência de autoridade dosapóstolos para os presbíteros. Quando o ofícioapostólico desapareceu permaneceram apenas ospresbíteros que foram instituídos, ordenados eestabelecidos em todas as igrejas. Esta transiçãopode ser verificada através de documentos nosprimeiros séculos da Igreja. Clemente de Roma,(entre 95 a 98 d.C.), afirma que os apóstolospregavam pelos campos e cidades, e aí produziam

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suas primícias, provando-as pelo Espírito, a fimde instituir com elas bispos e diáconos dos futurosfiéis.

OBS: Na época de Pedro os despenseiros locaistornavam-se lideres naturais do grupo que sereuniam em suas casas, sendo assim uma extensãoda liderança já exercida no dia-a-dia. O termo“presbíteros” na época de Pedro era designadopara aqueles que exerciam liderança na comuni-dade, o termo pode também significar “anciãos”.“Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu,que sou também presbítero com eles, e teste-munha das aflições de Cristo, e participante daglória que se há de revelar: apascentai o rebanhode Deus que está entre vós, tendo cuidado dele,não por força, mas voluntariamente; nem por torpeganância, mas de ânimo pronto; nem como tendodomínio sobre a herança de Deus, mas servindode exemplo ao rebanho. E, quando aparecer oSumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa deglória” (1Pe 5 1-4).

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4. OS PRESBÍTEROS NA IGREJA PRIMITIVAEmbora se argumente que existiriam diferen-

tes formas de governo da Igreja no Novo Tes-tamento, o contrário é que é verdade. O NovoTestamento fala de apenas uma forma de governoeclesiástico que são vários presbíteros compondoo ministério de cada igreja local. Já em Atos 11:30,logo no início da Igreja, podemos ler sobre ospresbíteros da igreja em Jerusalém. Paulo eBarnabé, em sua primeira viagem missionária,promoveram a eleição de presbíteros em todas asigrejas que haviam fundado. “E, promovendo-lhes,em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois deorar com jejuns, os encomendaram ao Senhor emquem haviam crido” (At 14.23).

Isso indica que o procedimento normal dePaulo era estabelecer um grupo de presbíteros emcada igreja que fundava. Ficamos sabendo que,também, em Éfeso Paulo deve ter estabelecidopresbíteros, pois “De Mileto, mandou a Éfesochamar os presbíteros da igreja” (At 20.17). Alémdisso, vemos Paulo enviando seu assistente Titoa Ilha de Creta com um objetivo o qual é: “Por

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esta causa, te deixei em Creta, para que pusessesem ordem as coisas restantes, bem como, em cadacidade, constituísses presbíteros, conforme teprescrevi” (Tt 1.5). Também vemos Paulo lem-brando a Timóteo que este havia recebido aimposição de mãos do presbitério: “Não te façasnegligente para com o dom que há em ti, o qual tefoi concedido mediante profecia, com a imposiçãodas mãos do presbitério” (1Tm 4:14).

Há também em outras epístolas a mênção aospresbíteros. Tiago escreve: “Está alguém entre vósdoente? Chame os presbíteros da igreja, e estesfaçam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, emnome do Senhor” (Tg 5.14). A importância destetexto se deve ao fato da epístola de Tiago ter sidouma carta geral escrita para muitas igrejas ecrentes a quem ele chama de “as doze tribos quese encontram na dispersão” (Tg 1.1). Isto nosmostra que Tiago esperava que em cada igreja,onde sua carta fosse lida, existisse um presbitérioconstituído.

De Pedro podemos inferir a mesma coisa, poissua carta foi dirigida a várias igrejas que estavam

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espalhadas nas províncias romanas da ÁsiaMenor: Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia(1Pe 1:1). Ele escreveu: “Rogo, pois, aos presbíterosque há entre vós, eu, presbítero como eles...” (1Pe5:1). Ele também esperava que em cada umadaquelas dezenas de igrejas houvesse presbíteros.Já em Hebreus, embora não apareça a palavrapresbítero, vemos que na congregação, a qual acarta foi dirigida, havia uma pluralidade delíderes. “Obedecei aos vossos guias e sedesubmissos para com eles; pois velam por vossaalma, como quem deve prestar contas...” (Hb 13:17)

De todos estes textos não podemos deixarescapar, pelo menos duas verdades. Em primeirolugar, nunca vimos nenhuma sugestão em quequalquer igreja, por menor ou mais isolada quefosse, tivesse apenas um presbítero. O padrão doNovo Testamento é pluralidade de presbíteros.Em segundo lugar, não vemos no Novo Testamentomais de uma forma de governo e sim uma únicaforma que é a existência de presbíteros em cadaigreja local, pastoreando, dirigindo, zelando ecuidando dela.

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A própria Palavra de Deus nos diz que desejaro episcopado é desejar uma tarefa excelente (1Tm3:1). A palavra episcopo (bispo) significa super-visor. Ela aparece apenas cinco vezes no NovoTestamento, e em quatro ocasiões se referindo aoslíderes da comunidade (At 20:28; Fp 1.1; 1Tm 3:2).Já em 1Pedro 2:25 refere-se a Jesus como Aqueleque protege as almas dos salvos.

As palavras presbítero (ancião) e bisposignificam basicamente a mesma coisa. Em At20:17, 28 vemos Paulo se dirigindo aos presbíterosonde também os chama de bispos. Aqueles homenstinham a incumbência de pastorear a igreja. Erameles que deveriam protegê-la dos “lobos” (falsosmestres) que nela penetram com o intuito dearrebanhar adeptos para si mesmo através deensinamentos errados. Também deveriam estaratentos com os de dentro, pois mesmo entre elespodem se levantar pessoas assim.

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5. AS QUALIFICAÇÕES BÍBLICASPARA AQUELES QUE ALMEJAM AFUNÇÃO DE PRESBÍTEROS:

a) EM TIMÓTEO“Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível,

marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho,não espancador, não cobiçoso de torpe ganância,mas moderado, não contencioso, não avarento;que governe bem a sua própria casa, tendo seusfilhos em sujeição, com toda modéstia (porque, sealguém não sabe governar a sua própria casa, terácuidado da Igreja de Deus?); não neófito, para que,ensoberbecendo-se, não caia na condenação dodiabo. Convém, também, que tenha bomtestemunho dos que estão de fora, para que nãocaia em afronta e no laço do diabo” (1Tm 3. 2-7).

1) Irrepreensível: impassível de reprovação. Apalavra não implica somente que o homem deveter boa fama, mas que ele também possa serreservado. Não deve ter nenhum defeito de caráterou de conduta.

2) Marido de uma mulher: existem as seguintes

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posições:a) O presbítero não pode ser polígamo;b) deve ser marido de uma só mulher .3) Temperante: de mente limpa, equilibrado.4) Sóbrio: auto controlado, moderado.5) Modesto: implica em um comportamento

ordeiro, mas também no cumprimento dos deverese de uma vida interior também ordenada, poisdesta surge o comportamento exterior.

6) Hospitaleiro: tem o dever de manter a casaaberta para receber os irmãos.

7) Capaz de ensinar: hábil para ensinar aPalavra de Deus. O que se espera de um bompresbítero é que ele se dedique a Palavra (I Tm5:17).

8) Não dado ao vinho: inimigo da bebida. Indicaalguém que se negue ao uso de bebida alcoólica.

9) Não violento: não dado à violência, não briguento, espancador. Literalmente: “não prontopara bater em seu oponente” ou “não alguém quedê murros”.

10) Cordato: não contencioso, não lutador.11) Não avarento: não amante do dinheiro, li-

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vre do apego ao dinheiro. Originalmente eram ospresbíteros que cuidavam dos fundos financeirosda comunidade. Por isso a recomendação.

12) Saber governar bem a sua casa (família):“pois, se alguém não sabe governar a própria casa,como cuidará da igreja de Deus?”

13) Não seja neófito: recém-plantado, novoconvertido. Era uma palavra usada no sentidoliteral de árvore recém plantada. Como neófitocertamente se encheria de orgulho e soberba eseria vítima do mesmo pecado que derrubouSatanás: a soberba e o orgulho.

14) Deve ter um bom testemunho dos de fora:não basta ter um bom testemunho na igreja local,mas é necessário ter um bom testemunho no meiodos incrédulos, no meio das diversas classes dedescrentes com as quais nos relacionamos etambém com parentes, amigos,vizinhos, escola,trabalho, etc.

b) EM TITO“Aquele que for irrepreensível, marido de uma

mulher, que tenha filhos fiéis, que não possamser acusados de dissolução nem são desobedientes.

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Porque convém que o bispo seja irrepreensívelcomo despenseiro da casa de Deus, não soberbo,nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espan-cador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dadoà hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo,santo, temperante, retendo firme a fiel Palavra,que é conforme a doutrina, para que seja poderoso,tanto para admoestar com a sã doutrina como paraconvencer os contradizentes” (Tt 1. 6-9).

OBS: Omitiremos aqui as palavras que jávimos em I Timóteo e veremos apenas as que nãovemos lá.

15) Irrepreensível como despenseiro: mordomo,administrador (de Deus). A palavra enfatiza aentrega de uma tarefa a alguém e a responsa-bilidade envolvida.

16) Não pode ser arrogante: teimoso, obstinadoem sua própria opinião, alguém que se recusa aobedecer outras pessoas. É o homem que mantémobstinadamente sua própria opinião, ou asseguraseus próprios direitos não levando em consideraçãoos direitos e sentimentos de outras pessoas.

17) Não irascível: inclinado à ira, de tempera-

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mento “quente”. Palavras com esta terminaçãofreqüentemente denotam “hábito”, “costume”. Otrabalho pastoral requer paciência e uma pessoacom um temperamento assim traria muitosproblemas.

18) Não cobiçoso de torpe ganância: cobiçosode lucro vergonhoso; isto é, alguém que lucradesonestamente. Também pode ser aplicado apregadores que adaptam o seu ensino aos ouvintesa fim de não perderem a oferta ou salário.

DEVE SER:19) Amigo do bem: denota a devoção a tudo

aquilo que é excelente.20) Piedoso: que tenha um relacionamento

exemplar tanto com Deus quanto com o próximo.Pessoa agradável a Deus.

21) Tenha domínio de si: autocontrole. Signi-fica o completo autodomínio. Aquele que consegue controlar os impulsos apaixonados e mantém suavontade leal à vontade de Deus.

22) Ao escolhermos presbíteros faremos bemem observar estas qualificações bíblicas. É atravésdelas que os candidatos devem ser analisados.

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A FUNÇÃO DOS PRESBÍTEROS“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós,

eu, presbítero como eles, e testemunha dossofrimentos de Cristo, e ainda co-participante daglória que há de ser revelada: pastoreai o rebanhode Deus que há entre vós, não por constrangi-mento, mas espontaneamente, como Deus quer;nem por sórdida ganância, mas de boa vontade;nem como dominadores dos que vos foramconfiados, antes, tornando-vos modelos do re-banho” (1Pe 5:2,3)

Fica claro que os presbíteros devem serexemplos, modelos para o rebanho. O compor-tamento deles deve refletir as marcas de uma vidapautada na Palavra de Deus. Os presbíteros nãodevem ser dominadores, mas devem conduzir aIgreja através de um excelente exemplo de vida.Assim os demais serão levados a imitar o compor-tamento deles e eles, pelo seu testemunho, ganha-rão o respeito de todos os irmãos espirituais.

Outro fato a ressaltar é que não há na Bíblianenhuma distinção de classes dentro da igreja,

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nenhum tipo de hierarquia. A cabeça da igreja éJesus Cristo, todos os demais são corpo. Contudo,devemos obediência e respeito para com aquelesque Deus colocou como nossos guias, pois sãoresponsáveis perante o Senhor pelo bem estar daIgreja.

Ao presbítero cabe a função de pastorear orebanho local. Eles devem zelar para que orebanho receba um bom alimento espiritual.Devem empenhar-se pessoalmente no ensino daigreja, a responsabilidade é deles. Isto nãosignifica que só eles pregarão, mas que estarãoatentos ao que estará sendo pregado na igrejalocal.

Resumindo, a função dos presbíteros é exercera liderança da igreja, esforçando-se para pastoreá-la de forma que o rebanho cresça tanto qualitativa-mente como numericamente. Eles não devem ser“mandões” e “donos da verdade”, não devemliderar pela força como opressores, mas devem terum tipo de vida que dignifique a Deus e sirva demodelo para os outros irmãos, de forma que estesse sintam atraídos a imitá-los.

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PRINCIPAIS FUNÇÕES DOS PRESBÍTEROS:- Auxiliar o pastor na ministração da Santa

Ceia do Senhor;- Dirigir cultos públicos, de oração, etc., quando

solicitado;- Ungir os enfermos;- Apresentar crianças, quando solicitado;- Realizar cerimônias de casamentos, quando

solicitado;- Realizar batismos de novos crentes, quando

solicitado;- Realizar cerimônias fúnebres, quando

solicitado;- Auxiliar o pastor na coordenação dos diáconos

e nos serviços do templo;- Auxiliar o pastor na visitação pastoral;- Auxiliar o pastor no suprimento das

necessidades do rebanho, principalmente asespirituais;

- Auxiliar o pastor na ministração da Palavrade Deus;

- Auxiliar o pastor na supervisão dos diversos

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departamentos da Igreja;

CONSIDERAÇÕES FINAISNa época apostólica os presbíteros trabalhavam

em conjunto com os apóstolos. Eram submissos asuas autoridades e supervisionados por eles. Ainstituição social da “oikos” (comunidade domés-tica) fazia com que os donos da casa (oiketes)fossem líderes naturais do grupo que se reunianas suas casas. Sendo assim uma extensão daliderança que já exerciam no dia-a-dia. Parece quenão havia regras, e que a organização dascomunidades era bem mais solta do que geral-mente acontece hoje. O presbítero possuía umaresponsabilidade restrita ao grupo local decristãos, enquanto os apóstolos faziam a super-visão, dando o suporte necessário.

Nos dias atuais os presbíteros tornaram-seauxiliares de culto e muitos desconhecem aessência espiritual de suas atribuições. O cargopassou a ser um trampolim para se tornarevangelista e posteriormente um pastor local.Dada a necessidade da obra e a falta de candidatos,

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muitos pastores tem consagrado candidatos, quesequer possuem um chamado. E por desconheceras atribuições reais de um presbitério, muitos têmfeito relaxada e vergonhosamente a obra de Deus.A pergunta é: Como cobrar algo se tal pessoadesconhece as responsabilidades de sua função?O presbitério e chamado de excelente. “Sealguém deseja o episcopado, excelente obradeseja” (1Tm 3.1).

Que o Senhor nos ilumine e nos ajude nesta tãoimportante tarefa!

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O obreiro e a evangelização

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O OBREIRO E A EVANGELIZAÇÃO

Como, pois, invocarão aquele em que nãocreram? E como creram naquele de que nãoouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?“E como pregarão, se não forem enviados? Comoestá escrito: Quão formosos os pés dos queanunciam a paz, dos que anunciam coisas boas”!!!(Rm. 10; 14 – 15)

Definição de evangelismo:1. Evangelizar é a obra de apresentar Jesus

Cristo aos perdidos individualmente.2. Evangelizar é a exposição do Evangelho de

tal maneira que o ouvinte possa tomar umadecisão consciente a favor ou contra Jesus Cristocomo seu Senhor e Salvador.

3. Evangelizar é a apresentação do Evangelhoseguida da conversão do ouvinte. Cada um de nósfomos chamados por Deus para ser seus discípulos,pois fazemos parte do corpo de Cristo.

Só há uma maneira de combatermos ou pelomenos restringirmos o crescimento das heresias.É chegar antes delas através do evangelismo

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pessoal.A igreja primitiva usava a alavanca do

evangelismo pessoal como método natural decrescimento. Naquela época, não havia aviões,televisão, rádio, internet ou quaisquer meiosmodernos e rápidos de comunicação, mas o escritorapostólico registrava que: “...a multidão dos quecriam no Senhor,tanto homens como mulhe-res,crescia cada vez mais” (At 5:14).

Devemos então perguntar: Porque um métodotão importante como esse foi esquecido pela Igrejadurante tanto tempo?

Todos nós esperamos que o pecador venha noscultos de domingo a noite, para então Deus de umamaneira miraculosa, o tocar e ele se converter. Nãoqueremos ir atrás das almas, queremos que elasvenham até nossos templos; lembra do que Jesusdisse? Ele disse: “Ide e pregai” e não, “deixe queeles venham e então você pregue”!

1. MÉTODOS E TIPOS DE EVANGE-LIZAÇÃO

a) O método de Cristo

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Jesus sempre usava o evangelismo pessoal,lançando mão de termos como: pescar e semear(algo que só podemos fazer pessoalmente). Eleenviou os doze (Mc 3.13,14); depois os setenta (Lc10.1); e, por fim, todos os discípulos (Mc 16.15).

b) O método da igreja primitivaOs apóstolos e todos os crentes primitivos, não

deixaram de usar o evangelismo pessoal: “ Mas osque andavam dispersos iam por toda a parte,anunciando a Palavra. E, descendo Filipe à cidadede Samaria, lhes pregava a Cristo” (At 8.4,5);“Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar,e ensinar publicamente e pelas casas” (At 20.20).

2. A NECESSIDADE DO PREPARO PARAO EVANGELISMO

a) Através do arrependimentoPara que haja evangelização é necessário

arrependimento de pecados “...deixemos todo oembaraço, e o pecado que tão de perto nosrodeia...” (Hb 12.1). Todo grande avivamento naBíblia começou com arrependimento: Ezequias(2Rs 18); Josias (2Rs 22 e 23); Neemias (Ne 9).

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b) Através da conversãoSó o crente que possui uma conversão autên-

tica, de que Cristo levou nossos pecados em Seucorpo na cruz, libertando-nos do poder do pecadoe dando-nos a certeza da salvação, pode ganharalmas para Jesus.

c) Através da vitória sobre o pecadoViver aquilo que se prega é essencial na vida

de um evangelista, devemos representar Cristofielmente, pois Ele nos dá vitória sobre o pecado,e é através de nossa experiência vitoriosa quepoderemos pregar com autoridade e ensinar orecém-convertido a também obter estas vitórias.

d) Através da convicçãoÉ preciso ter total convicção na mensagem de

Cristo, crendo que estamos ensinando a verdadeà humanidade e que o único caminho que levapara Deus é através de Cristo, sabendo que todaalma fora de Cristo esta perdida.

e) Através da compaixão pelas pessoasperdidas

A compaixão motivou Jesus Cristo a percorrervárias cidades e povoados, ensinando, pregando e

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curando o povo aflito (Mt 9.35-36). Somente assimpoderemos enxergar as almas perdidas, e atravésdo amor seremos motivados a agir no sentido deajudá-las.

f) Através da oraçãoA oração é essencial e indispensável na vida

do cristão, é a respiração espiritual da alma, sema qual, esta morrerá.

Se quisermos ser ganhadores de alma teremosque pagar o preço, negar a nossa própria vida praviver a de Cristo em nós (Gl 2.20). Somente ocrente cheio do Espírito Santo poderá levar almasa Cristo com eficácia.

Deus procura pessoas para essa tarefa, ouça oque Ele diz: “A quem enviarei, e quem há de ir pornos ?” (Is 6.8).

Segundo Jorge Muller existem 5 (cinco) razõespara que nossas orações pelos perdidos sejamrespondidas.

1. É a vontade de Deus salvar os homens (1Tm 2.4).

2. Não vivermos na prática do pecado (Sl 66.18).3. Permanência na oração até obter a resposta

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(Lc 18.7).4. Estar cheio do Espirito Santo, é ele que

convence o perdido (Jo 16.8).5. Transmitir mensagens dirigidas pelo Es-

pirito Santo.g) Através do preparo individual do evan-

gelizador.“Tem cuidado de ti mesmo (a pessoa) e da

doutrina” (o trabalho); e mais adiante: “Procuraapresentar-te aprovado perante Deus, comoobreiro que não tem de que se envergonhar (oindivíduo) e que maneja bem a Palavra daverdade”, (a ação) (I Tm 3:16 e II Tm 2:15).

A preparação física: A primeira impressão é aque fica. Por que nós, servos de Deus, temos queser diferentes? Pense nisso: “eu e você somos oscartões postais de nossas igrejas”. Não podemosdescuidar de nossa aparência pessoal. A boacondição do organismo; a saúde equilibrada.Nunca devemos exagerar na alimentação. Oexercício também é muito importante para quemquer servir ao Senhor. Longas caminhadas eoutras atividades que “desemperram” os músculos

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são indispensáveis na vida do servo do Senhor. A preparação intelectual: É natural que o

obreiro seja apreciador dos bons livros. O obreirosábio se dedicará ao tipo de estudo mais proveitosopara o seu ministério. Não perderá os seusmomentos preciosos com leituras supérfluas ouque nada edificam. Além da Bíblia, que é oprimordial, a língua portuguesa deve merecer suaatenção perene. Como é lamentável o obreiro, equanto é prejudicial à mensagem, cometer graveserros de português. O obreiro precisa conhecerbem a cultura de seu tempo: suas idéias, costumes,problemas, recursos, personalidade e sua psico-logia. Paulo, o apóstolo aos gentios, não esqueciado seu preparo intelectual, e isto se nota quandoele pediu ao seu colega Timóteo, os livros epergaminhos (2 Tm 4.13).

A preparação espiritual: O obreiro deve,prioritariamente, buscar a qualidade espiritual.(1 Tm 4.13). O obreiro deve levar a sério o estudodas Sagradas Escrituras: “Não se aparte de suaboca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite,para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo

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quanto nele está escrito; porque então farásproseperar o teu caminho, e serás bem sucedido”(Js 1:8). As Santas Escrituras são instrumentospoderosíssimos na vida de quem quer se dedicarna causa do Evangelho. Paulo disse: “Porque nãome envergonho do Evangelho, pois é o poder deDeus para salvação de todo aquele que crê;primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16).Também, como já dissemos, a oração é um fatorsem igual para o progresso espiritual do obreiro.O obreiro que não se dedica à oração, não podeser bem sucedido em seu ministério.

3. O OBREIRO PRECISA ESTAR TOTAL-MENTE COMPROMETIDO COM A EVAN-GELIZAÇÃO

“Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, tevefome; e, vendo uma figueira à beira do caminho,aproximou-se dela; e, não tendo achado senãofolhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! Ea figueira secou imediatamente” (Mt 21.18,19).

O texto de Mateus traz uma denúncia relativaà improdutividade, a falta de “frutuosidade” da

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religião judaica, por diversas vezes referida aoNovo Testamento, e associada à figura da árvore.

1. Jesus teve fome (V.18). A mesma fome quetemos quando acordamos, e cedinho nos envol-vemos logo em várias atividades.

2. A figueira era generosa em folhas, frondosa,larga, exuberante, porém infrutífera.

3. A árvore foi amaldiçoada por não dar fruto.Não encontrando um único fruto naquela árvore,ele diz algo fortíssimo “nunca mais nasça fruto deti”. E a reação foi imediata “e a figueira secouimediatamente”.

CONCLUSÃOJesus está dizendo, deste modo, que a religião

judaica é como aquela figueira: Está cheia defolhas, cheia de aparatos, cheia de gestuais, cheiade liturgias, cheia de legalismos, cheia deaparências, cheia de maquiagem, cheia de faz deconta, cheia de visibilidade, mas não há nada nelaque alimente a fome de Deus.

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ALGUMAS PRECISAS LIÇÕES DO TEXTO

1. O texto está trazendo uma lição para todosnós. “tudo o que vive, vive para se reproduzir”ninguém é um fim em si mesmo.

2. Tudo aquilo que está vivo “tem que ter umafinalidade para além de sí próprio”, é impres-cindível que produza algo.

3. Todos têm algo a dar. Não há ninguém tãoestúpido, que não tenha algo a dar; ninguém, quepor mais ignorante que seja, não ofereça algo; quepor mais alienado que pareça, não possacontribuir e que por mais idoso que se apresentena vida, possa ser um aposentado da produ-tividade.

4. A grande finalidade de nossa vida não é anossa própria vida. Nossa vida tem que apontarpara uma finalidade, tem que apontar para umadireção.

5. A produtividade desvia a maldição. Afigueira foi amaldiçoada por não dar frutos. Temosresponsabilidades e fomos chamados não paraocupar posições, mas para cumprir a grande

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comissão.6. Precisamos procurar saber que tipo de

árvores somos nós. Porque nossos frutos serãorequeridos em algum momento de nossas vidas.

7. A figueira nos alerta que assim como Israelfoi cortado por não dar os frutos requeridos porDeus, nenhum de nós está isento da mesmasentença.

OBS: Não há nenhum ser humano, por maispobre que seja, que não possa compartilhar algocom o próximo. Independente da faixa etária, dacondição social e do nível intelectual, não há, nomundo, e neste universo criado por Deus, ninguémque não tenha algo a dar. Qualquer alma humanaou espírito humano tem alguma coisa para Deuse para seu próximo.

5. A IMPORTÂNCIA DE CONSCIENTIZARE MOBILIZAR

“Livra os que estão destinados à morte e salvaos que são levados para a matança, se os puderesretirar” (Pv 24.11).

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1. É dever de todo obreiro conscientizar seusliderados. Evangelismo não é dever apenas de umgrupo, ou de um departamento específico de umaigreja, evangelismo é dever de todos.

2. Evangelismo não é somente um meio deatrair pessoas a Cristo,mas é o testemunho do quesomos, do que cristo realizou em nossas vidas.

3. Para evangelizar é necessário sentir-se vivo,ter no peito a alegria da salvação. Comopoderemos ser testemunhas daquilo que nuncaexperimentamos? Como oferecer o que nuncaconquistamos? Como dar aquilo que nuncasentimos? Como dar vida se estivermos mortos?

4. É dever do obreiro conduzir seus lideradosa uma pratica de oração, leitura e ação (Tg 1.22-24).

OBS: Fomos salvos para salvar e não há outrafinalidade para a qual fomos salvos. Não fomossalvos para encher templos, ficar famosos, ricos,donos de grandes possessões ou viver de festas.Fomos salvos para apresentar o Cristo vivo aosnecessitados e para cumprir a grande missão.

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A VISÃO DE BILLY GRAHAMConsiderado o maior evangelista do mundo, o

Reverendo Billy Graham, investe o dinheiro queseu ministério arrecada em Campanhas Evange-lísticas e Cruzadas ao redor do mundo. É deconhecimento mundial que seus investimentosestão concentrados em canais de tv a cabo em maisde 28 paises. Milhares de pessoas estão sendosalvas através de seu programa, que conta com acolaboração de pessoas simples que convidamvizinhos em suas casas e após o programa fazemo apelo. As almas não são de Billy Graham, sãodas Igrejas locais. Mas uma coisa é certa, sua visãoé de quem deseja livrar os que se destinam a mortee todos os dias correm risco de ir para o inferno.Na Argentina em um só dia foram batizadas27.000 pessoas. Glória seja dada ao Deus de todasas nações, e quanto a nós, que possamos sercontagiados com essa visão maravilhosa e com essaunção que despedaça o jugo.

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6. VINTE SUGESTÕES PARA UMAEFICIENTE ATUAÇÃO NO EVANGELISMO:

1. Nunca fale de braços cruzados, mãos nosbolsos ou escondendo as mãos.

2. Fale como você falaria normalmente e nãocomo quem está fazendo um discurso político.

3. Não queira usar palavras difíceis e nemutilize palavras “evangélicas”. Você está falandocom incrédulos.

4. Use um vocabulário que seu públicoentenda. Quando disser “A Palavra diz...”, será queeles sabem que “Palavra” é essa?

5. Não pregue uma organização ou Igreja,porque nenhuma delas pode salvar.

6. Na pregação o menos é mais. Não queira irde Gênesis a Apocalipse porque basta ao pecadorsaber apenas uma coisa para ser salvo. Pregueisso.

7. Não queira parecer o que você não é.8. Não fique acusando as pessoas como se você

fosse perfeito e elas um lixo.9. Não fique fazendo comparações entre os

salvos e os incrédulos, entre pessoas que vão à

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igreja e as que não vão, que se vestem de umdeterminado modo ou não. É a Cristo que deveapresentar a eles.

10. Fale pausadamente de modo que aspessoas entendam o que você está dizendo. Use osilêncio de vez em quando para sublinhar o queacabou de dizer.

11. Seja normal. Não faça parecer que para sersalvo é preciso ficar pulando, urrando e dandomurros numa Bíblia.

12. Não tente imitar a voz de algum obreiro dorádio.

13. Seja simples.14. Se a pessoa demonstrar interesse em saber

mais do evangelho, ou tirar dúvidas, pergunte segostaria de receber uma visita especial para umaconversa mais demorada. Anote dia e hora maisconveniente. Lembre-se de ser pontual, casocontrário, cairá em descrédito.

15. Não demore muito na visita, fique nomáximo 10 minutos.

16. Demonstre sempre cortesia, mesmo diantede um tratamento hostil.

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17. Evite piadas, brincadeiras, anedotas, poisisto não é aconselhavel para o trabalho que vocêestará realizando.

18. Nunca ofenda as pessoas, direta ouindiretamente, no que concerne a procedência,raça, nacionalidade, posição social, religião, etc..

19. Nunca se envolva em qüestões que desviama atenção do propósito da sua visita. comoqüestões familiares.

O evangelista deve lembrar sempre de orarantes de começar o seu trabalho e quandoterminar.

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O obreiro e a arte de

preparar sermões

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HOMILÉTICA

A ARTE DE PREPARAR SERMÕES EENTREGÁ-LOS DE FORMA BELA E SIMPLES

Para compreender melhor o que é homiléticatemos de pensar em sua origem na Grécia Antigaquando o discurso, como arte, nasceu com osprimeiros filósofos gregos. Eles usavam a retórica,a arte de falar bem, para convencer os ouvintes,assim como fazem hoje os advogados. Os sofistasse utilizavam muito da retórica, eram gregoshabilidosos, que persuadiam o público porquetinham um bom discurso. Eles não tinham umcompromisso com a verdade, defendiam aquilo quelhes era proposto, tanto que num mesmo assuntodois ou mais sofistas podiam defendê-lo,mostrando duas faces que pareceriam verdadeiras.

No cristianismo, a arte de pregar era chamadade oratória sacra quando, no século XII, asdisciplinas teológicas ganharam nomes gregoscomo, por exemplo, hermenêutica e apologética, ea oratória sacra passou a ser denominadahomilética.

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O termo é derivado do substantivo gregohomilia que significa, associação, companhia, e doverbo grego homileo, que significa falar, conversar.

No dicionário de Língua Portuguesa Aurélio,homilética é a arte de pregar sermões religiosos.

Como arte, a homilética deve ser usada paradar beleza e forma aos sermões sem, no entanto,esquecer o artista (pregador) da pesquisa científicaque lhe dará os fundamentos, e nem da técnicapara sua execução, além e principalmente debuscar, pela oração, a orientação do Espírito Santo.

OS BENEFÍCIOS DA HOMILÉTICAA homilética auxilia o pregador na coordenação

das idéias para conduzir-se dentro do assunto,levando em conta o tempo de pregação sabendo oque e como, irá fazer sentindo-se seguro, sem medode surpresas desagradáveis.

ALGUNS PERIGOS DA HOMILÉTICAUsar técnicas para preparar e pregar um

sermão pode levar o pregador a acomodar-se e nãobuscar: a inspiração divina, esta deve ser procu-

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rada por meio da oração.A palavra pura e simples, a técnica, o estudo

por si só, mata. O que faz com que as pregaçõessejam eficazes, transformadoras, animadoras é oEspírito que vivifica (2 Co 3.6).

Outro perigo é a vaidade. Pregadores técnicospreparam sermões bonitos e são impecáveis na suaapresentação, mas o foco principal pode serdesviado que é a transmissão de boas novas,novidades, boas e novas notícias que tornam amensagem da Bíblia compreensível colocandoDeus em primeiro lugar. Em uma pregação, oprincipal não é o pregador, mas a mensagem.

O PREPARO DO PREGADORa) O preparo Espiritual – significa, em primeiro

plano, amar a Deus e a sua obra; ter intimidadecom Ele, o que é alcançada por meio de conversasamigáveis e diárias como a oração contínua comadoração, arrependimento, gratidão, submissão,amor, cumplicidade. Quando amamos a alguémtemos uma enorme vontade de fazer tudo o queagrada a tal pessoa. Assim mesmo com Deus, quem

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o ama faz todas as suas vontades, não peca. É essaoutra característica espiritual do pregadoreficiente, perfeita comunhão com Deus e, por isso,cheio do Espírito Santo porque na medida em quebuscamos comunhão com Ele, recebemos, emtroca, a mesma dose de intimidade. É puraamizade, como era com Davi. Esse amorincondicional faz com que o obreiro tenha umtestemunho irrepreensível indispensável para quetenha crédito diante daqueles que o ouvem.

b) O preparo Social – tem de ser exemplar emtoda o seu modo de vida. Evitar ser devedor, saberse relacionar bem, como ensina a Bíblia, com osmembros da igreja, com vizinhos, no trabalho, nafamília. Ser bem educado e não constrangerpessoas ou citar casos e palavras constrangedoras.

c) O preparo Pessoal – Já ouviu a fraseinvestimento pessoal? Em economia, investir éaplicar o dinheiro em alguma coisa para adquirirlucro. Investimento pessoal é tudo o que podemosacrescentar para sermos mais valorizados. E tudoo que demonstra valor é mais cobiçado para outrosinvestimentos. O pregador precisa investir em si

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mesmo.Algumas atitudes exemplares:- Limpeza de corpo e de roupas que devem ser

atuais;- Ter o material organizado;- Ser cuidadoso ao manusear a Bíblia (lembre-

se que para os que amam a Deus, sua Palavranão é um livro qualquer);

- Procurar falar bem, sendo claro e objetivo eaprimorando sempre o uso do português;

- Sempre que possível, levar a família, tambémbem cuidada, quando for pregar em outrospúlpitos;

- Ser cuidadoso para não agir de formadiferente dos costumes da igreja local e não tomara frente do dirigente, com atitudes impetuosas;

- Olhar os ouvintes nos olhos;- Controlar bem o tempo da mensagem que não

deve ser longa ou curta demais.E outras não tão exemplares:- Exagerar nos adereços - porque o exagero em

enfeites pode parecer que o pregador é vaidosodemais. Isto não condiz com a devida humildade

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que é requerida pela Palavra de Deus e tambémpara demonstrar o fruto do Espírito que é tertemperança, o mesmo que equilíbrio, moderação;

- Conversar no púlpito;- Sentar com maus modos;- Ler a Bíblia ou fazer anotações (isto deve ser

feito antecipadamente);- Ficar pedindo desculpas (diminui a autori-

dade);- Falar de olhos fechados ou falar muito baixo;- Exagerar nos gestos, fazendo parecer uma

peça teatral;- Fazer imitações de bichos ou de pessoas;- Ler um texto na Bíblia e pregar sobre outro;- Contar fatos engraçados ou fábulas, como

ilustrações;- Exagerar nas ilustrações que não devem

tomar tempo maior do que o tempo da explanaçãoda palavra lida, além de outros pontos negativosque identificará pela sua própria experiência.

d) O preparo Intelectual – O pregador tem comoum dos principais versículos para seu preparo, oque está em Rm 12.2; “Não vos conformeis com

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este século, mas transformai-vos pela renovaçãoda vossa mente”. Para não estar conformado opregador precisa saber o que acontece no mundocontemporâneo, renovando o seu entendimentopara os assuntos que hoje em dia tem umsignificado diferente de alguns anos atrás. Isso nãoquer dizer que tenha de aceitar o que é pecado,pois este deve ser repudiado em qualquercircunstância.

É necessário também, ter conhecimento dahistória da sua Igreja o que pode ajudar a tomaruma posição em assuntos polêmicos. A pesquisa éum instrumento importante para a atualização dopregador. Como ferramentas de pesquisas po-demos citar, entre outras: boas revistas seculares,literatura cristã, internet, jornais, ter conhe-cimento do que se passa em programas de rádioou televisão, para repudiar o que está errado eenfatizar o que é importante para ser enfatizado,participar de seminários e congressos de interesse,ouvir outros pregadores.

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Preparando o sermãoPara começar a preparar um sermão é

indispensável oração, escolha de material depesquisa e a Bíblia como fonte de onde se retira otexto principal, lembre-se que a pregação é sobrea Palavra de Deus.

Durante a pesquisa separam-se as anotaçõesprocurando compreender o texto, somente depoisse faz o desenvolvimento porque as idéias devemser próprias do pregador depois das conclusões queretirou do estudo.

É necessário compreender para explicar o textobíblico. Pregar a Palavra de Deus é explicá-la, paraque os ouvintes compreendam com o fim de teremsuas vidas transformadas. Por isto a oração e oestudo são extremamente importantes. Aexplicação deve ser clara, resumida e com palavrasque facilitem a compreensão. Quando Jesuspregava, até suas ilustrações eram diferentes paracada grupo de ouvintes, por exemplo: quandofalava para pescadores dizia que o reino dos céusse parecia com uma rede lançada ao mar e queapanhava todo tipo de peixes e quando falava para

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agricultores ele ilustrava dizendo que o reino deDeus era semelhante a um semeador que saía asemear boas sementes. Seu linguajar era perfeita-mente entendido por quem o ouvia. Esse é um dosmotivos pelo qual multidões ficavam muitas horaslhe ouvindo. Usar palavras difíceis ou citá-las nalíngua original, além de dificultar a compreensãodo público pode passar a idéia de que o pregadorquer mostrar que é um homem erudito e superiora quem o ouve.

Usando ilustraçõesEscolher bem e não usar muitas em um

sermão. A ilustração é apenas um meio paraexplicar a idéia. Precisam ser variadas, mas nãolongas para não tirar a atenção dos ouvintes dotexto principal.

Interpretando o textoProcurar compreender o que o texto relata e

estudar todo o contexto, sua importância nomomento que foi escrito e sua aplicação no mundoatual. Não dar sentido espiritual a textos que tem

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somente conotação histórica. Não torcer ainterpretação da mensagem colocando sua própriaidéia, mas desvendar com os estudos o que o textodiz, passando para o ouvinte a mensagem divina.

As diversas partes do sermãoIntrodução - serve para preparar o ouvinte para

receber a mensagem, estabelece um ponto decontato entre o pregador e o público, deve ser brevepara atrair o interesse de quem ouve.

Corpo - o sermão é dividido em aproximada-mente três partes e nelas poderá haver tópicos,por exemplo: o sermão sobre os dois caminhos teráseu corpo dividido em duas partes e cada umadelas com tópicos.

Conclusão - é a parte final e encerra o objetivofinal. Nela pode estar uma retrospectiva breve damensagem pregada, mas não deve ser longa e nemincluir um assunto novo.

Tipos de sermãoTemático – neste tipo de sermão o foco do

pregador está sobre o assunto escolhido. A análise

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vem do assunto e não do texto. Os apóstolosusaram esse tipo de sermão, mas não esqueciamde usar abundantemente citações do AntigoTestamento.

Exemplo: Tema – Amor (Rm 13.10).1. Amor ao nível da carne (do grego Eros)2. Amor ao nível humano (do grego Philia)3. Amor ao nível divino (do grego Ágape)Textual – é o texto bíblico que é dividido em

partes e seu sucesso depende do desempenho naanálise do texto escolhido. Para se analisar umtexto é preciso estudar cada frase, sua significaçãohistórica e todo o contexto que o envolve.

Exemplo: O Evangelho de Cristo (Rm 1.16).1. “Não me envergonho do evangelho de Cristo”2. “Pois é o poder de Deus”3. “Para Salvação”4. “De todo aquele que crê”Expositivo – é composto de argumentos

demonstrados por meio de textos bíblicos. Exemplo; Davi, homem segundo o coração de

Deus, At 13.22.1. Porque era temente a Deus (1 Sm 24.10, 26.8-10);

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2. Porque buscava fazer o melhor para Deus(2 Cr 6.8);

3. Porque sabia humilhar-se diante de Deus(2 Sm 12.13; Sl 51).

CONCLUSÃO“Pois não me envergonho do evangelho, porque

é o poder de Deus para a salvação de todo aqueleque crê, primeiro do judeu e também do grego”(Rm 1.16).

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, comoobreiro que não tem de que se envergonhar, quemaneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15).

Somente o evangelho é poderoso para salvarao que crê e somente se houver pessoas dispostasa pregar, explicando com amor, unção einteligência aqueles que estão prontos a ouvir éque essa Palavra será conhecida em todo mundo.Ainda que alguns tenham alcançado sucesso napregação da Palavra de Deus sem conhecer ahomilética porque eram cheios do Espírito Santo,não se pode desprezá-la. Ser cheio do EspíritoSanto como primeiro requisito e ter uma boa

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experiência intelectual será de maior proveito.Manejar bem a Palavra é como usar umaferramenta que se conhece muito bem. Comomanejar bem essa Palavra sem conhecer astécnicas para o seu melhor aproveitamento?

Deixamos aqui de modo extremamentesimplificado, alguns pensamentos sobre homilé-tica desejando que este estudo facilite aos homenscheios do Espírito Santo na pregação da Palavrade Deus.

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O obreiro e a fidelidade

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O OBREIRO E A FIDELIDADE

1. A FIDELIDADE COM DEUSUm obreiro deve acima de tudo ter consciência

de seu chamado. Um profissional que ama o quefaz, é mais feliz realizando seu trabalho do quesendo pago pelo que faz. Um obreiro que conheceseu chamado é obediente, é temente, é zeloso, ésolidário, é pacífico, não se abala com injustiças,nem questiona suas autoridades porque nelereside a essência do caráter divino. Deus está emprimeiro lugar em sua vida. Ele sofre, mas a obranão. Ele perde em detrimento da obra. Ele nãomurmura, busca forças naquele que o alistou. Umobreiro fiel a Deus, é um homem que Deus podecontar e comissionar a qualquer instante. Ser fielé nunca trair a confiança daquele que nos chamoudas trevas para sua maravilhosa luz.

2. A FIDELIDADE COM A FAMÍLIAO sucesso ministerial será o reflexo do sucesso

obtido em seu lar. Não existe obreiro bem sucedidose em casa está mal resolvido. “Porque, se alguém

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não sabe governar a sua própria casa, terá cuidadoda igreja de Deus?” (1Tm3.5). Paulo está dizendoque se a pessoa não cuida bem do que é seu, comocuidará do que é alheio? Como é subir num púlpitodescontrolado? Como será administrar a vida dasovelhas se não se consegue administrar nem aprópria casa?

1 - Casamento em conflito é marido ou mulherpela metade.

2 - Casal brigado é casal desligado da comu-nhão com Deus (1Pe 3.7b).

3 - Como será pregar a verdade se a vida é umagrande mentira?

4 - Como ensinar sobre perdão, amor etransformação se nada disso faz parte da vidadiária?

3. A FIDELIDADE COM A IGREJAO obreiro deve ter responsabilidades, pois é

uma pessoa pública. E sendo uma pessoa públicavive rodeado de uma grande nuvem de teste-munhas. Deve saber que nem tudo lhe é lícito enem tudo lhe convém. É muito ruim quando um

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obreiro é repreendido por má conduta, por desviode caráter ou por negligenciar suas responsabili-dades. Deveria ter visto tudo isso antes de ingres-sar no ministério. Ser ministro é conduzir a arca ea arca não se conduz de qualquer maneira. Deveexistir ordem e decência. Jesus disse que é precisocalcular antes construir, para que construindo nãopare, e deixe a construção inacabada. O queresultará em escárnios por parte daqueles que nosobservam (Lc 14 28-30).

4. A FIDELIDADE E O EXEMPLO (1Tm 4.12)É comum em nossos dias ouvir falar de obreiros

que não tem palavra, que compram e não pagam,e que são exímios fariseus. Uma das qualificaçõesmais importantes para o obreiro ou dirigenteeclesiástico é que ele seja um exemplo para osdemais crentes. A palavra grega traduzida por“exemplo” é tupos, que significa “modelo”.“imagem”, “ideal” ou “padrão”. O obreiro ou pastor,antes de qualquer coisa, deve ser um modelo defidelidade, de pureza, e de perseverança no viverreligioso. Sua conduta perante os que estão

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próximos e os que estão de fora deve ser umaconduta digna de ser imitada (1Tm 3.7;1Co 11.1).

5. A FIDELIDADE E A HUMILDADE(Jo 13 14-15)

O que nos trouxe a comunhão com Deus foium perdão imerecido, que força alguma fizemospara obtê-lo. Esse perdão deve gerar em cada umde nós a convicção de que, o que somos, é um méritoexclusivo de Deus. O ato de lavar os pés era paraos mais inferiores. Os discípulos eram quem deve-riam lavar os pés de Jesus, por ser Ele um rabinoe um mestre. A atitude de Jesus apresenta Seupróprio caráter. Servir é um dom supremo. Oexemplo de Jesus ultrapassa os limites da humil-dade e do amor. Ele lavou até os pés de seu traidor,lavou os pés daquele que o negaria por três vezes,lavou os pés dos filhos de Zebedeu que desejavamsentar a seu lado em sua glória, lavou os pés deTomé o discípulo incrédulo. Jesus deixou claro queem Seu coração não havia espaços para rancores,Ele poderia ter inimigos mas não era inimigo deninguém. Ele nos ensinou que ser humilde é ser

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como se não fosse e ter como se não tivesse. Umapessoa vale do que o que ela faz. Seu gestoapresenta um perdão futuro, que foi oferecidoantes mesmo de eles errarem. Lavar os pés signifi-cava preparar o caminho de volta para aquelesque errariam posteriormente.

OBS: Grandes homens de Deus são conhecidosporque construíram pontes em lugar de muros.Jesus deu o exemplo, se quisermos ser grandeslíderes devemos aprender a dar segundas equantas oportunidades forem necessárias. Maistarde, eles puderam entender a grandeza daquelemomento.

6. A FIDELIDADE E A INTEGRIDADE“Integridade significa mais do que dizer a

verdade, significa fazer a coisa certa”. A palavravem do latim integritas e quer dizer “inteirezafísica”, “inteireza moral”, “retidão”. A integridadeestá para o caráter do individuo como a saúde estápara o corpo ou como a visão perfeita está para osolhos. Uma pessoa íntegra não é dividida o que éduplicidade, nem fingida o que é hipocrisia,

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“inteira”, a vida é harmoniosa e todas as coisasoperam em harmonia. Pessoas íntegras nada têma esconder, nada temem, suas vidas são livrosabertos. São inteiras. Jesus tornou claro que aintegridade envolve toda a pessoa interior: ocoração, a mente e a vontade. O integro não amaa Deus e o mundo ao mesmo tempo. Seu coraçãoestá no céu, pois é lá que se encontra o seu tesouro(Mt 22.37;1Jo 2.15).

7. A FIDELIDADE E O DÍZIMOSer um obreiro dizimista é estar enquadrado

na submissão a Deus e a seus líderes. Como podeum obreiro ou dirigente exigir que seus lideradossejam dizimistas se ele próprio não é exemplo? Odizimo não é uma obrigação religiosa, mas um atode fidelidade para com Deus. Ele não nos pertence,mas fica em nosso poder. Deus espera quevenhamos devolvê-lo por uma sã consciência. Nãoé a obrigação ou a religiosidade do dizimo que nostransportarão a prosperidade prometida. Mas sim,a entrega consciente daquilo que eu sei que alémde não me pertencer, suprirá a expectativa divina.

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O único lugar na Bíblia que Deus manda fazerprova dele é nos dízimos e nas ofertas, por que? Odizimo é um ato de confiança do homem para comDeus e de Deus para com o homem.

8. A FIDELIDADE E A OFERTASA oferta também é parte integrante do culto e

da adoração. O bom obreiro deve ser ofertante edeve conduzir seus liderados a experimentar asbênçãos divinas através do exercício de ofertar. Éhorrível quando passa a salva pelo púlpito e osobreiros além de não ofertar ainda colocam a mãovazia como se nela houvesse alguma coisa. O bomobreiro deve ministrar a oferta e orar pela bênçãode seu povo. Perdemos tempo com tantas coisasque não edificam durante o culto e tal ato ficaobscuro e sem sentido. Por que se oferta tão pouco?A resposta é: Como vou ofertar se não souestimulado a fazê-lo? O segredo de ter é dar, etemos porque damos (2 Co 9.6).

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CONSIDERAÇÕES FINAISExistem duas coisas que são imprescindíveis

à vida de qualquer obreiro. Comunhão e matu-ridade. Essas duas qualidades não podem serconfundidas, mas devem ser combinadas para queo obreiro avance e salte os grandes obstáculos deseu ministério. A comunhão nasce da busca, dadevoção, do temor e da aplicação pessoal eindividual de cada crente. A comunhão nos con-duzirá a uma certa intimidade com Deus que noscapacitará a grandes feitos em seu nome. Mas acomunhão não nos isenta das provações e doaperfeiçoamento divino. A comunhão com Deusnos levará a conhecer os caminhos de Deus. Masa maturidade nos levará a conhecer a nós mesmos.A Comunhão pode chegar a qualquer instante,mas a maturidade só virá com o tempo. Asexperiências do dia-a-dia nos conduzirão amomentos cruciais em nossas vidas. O tempo diráse ainda percorreremos o mesmo caminho e nãonos distanciaremos do alvo.

Existem excelentes obreiros com muitacomunhão diante de Deus, que acreditam que por

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Deus usá-los, outros homens estão sem visão ouimpedindo seus ministérios. A maturidade vaidizer no futuro que para cada Davi existe um Saul.Embora haja certa incompreensão a algunsministérios, Deus está no controle de cadachamado e aperfeiçoa segundo o seu querer.Quando José, já transformado pelo dor e pelotempo encontrou seus irmãos, lhes confessou algoque só aprendemos com a maturidade. “E disseJosé a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. Echegaram-se. Então, disse ele: Eu sou José, vossoirmão, a quem vendestes para o Egito. Agora, pois,não vos entristeçais, nem vos pese aos vossos olhospor me haverdes vendido para cá; porque, paraconservação da vida, Deus me enviou diante davossa face” (Gn 45 4-5). José está dizendoliteralmente: Vocês me afligiram, mas foi Deusquem causou tudo isto. O bom obreiro não deveguardar inimigos em seu coração e deve entenderos tempos divinos que Deus estabelece para seuaperfeiçoamento.

Que o Senhor no ilumine e nos ajude nesta tãoimportante tarefa.

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Referências Bibliográficas

1) Biblia Sagrada – Edição Revista e Corrigida

- Sociedade Biblica do Brasil.

2) Silva, Ealtensir Leocádio da, A arte de

pregar, conselho de educação cristã, RJ.

3) Ferreira, Manoel e Abner Ferreira - Apostilas de

homilética I e II do Instituto Bíblico Ebenézer.

4) Elias, o Exterminador de Baal - Pr Abner

Ferreira.

Colaboradores:

- Pr Orivaldo Aparecido Prattis;- Pr Samuel Rabelo.

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