wlardson chaves dantas

55
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENDO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS DCEN BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA WLARDSON CHAVES DANTAS AVALIAÇÃO DE METODOLOGIAS DE LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO PARA TRABALHOS DE TERRAPLENAGEM MOSSORÓ 2013

Upload: builiem

Post on 10-Jan-2017

254 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: WLARDSON CHAVES DANTAS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENDO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS –DCEN

BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

WLARDSON CHAVES DANTAS

AVALIAÇÃO DE METODOLOGIAS DE LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO

PARA TRABALHOS DE TERRAPLENAGEM

MOSSORÓ

2013

Page 2: WLARDSON CHAVES DANTAS

WLARDSON CHAVES DANTAS

AVALIAÇÃO DE METODOLOGIAS DE LEVANTAMENTOS

PLANIALTIMÉTRICOS PARA TRABALHOS DE TERRAPLENAGEM

Monografia apresentada a Universidade Federal

Rural do Semi - Árido - UFERSA, Departamento de

Ciências Exatas e Naturais para a obtenção do título

de Bacharel em Ciência e Tecnologia.

Orientador: Prof. Dr. Francisco de Assis de Oliveira

- UFERSA

MOSSORÓ

2013

Page 3: WLARDSON CHAVES DANTAS

WLARDSON CHAVES DANTAS

AVALIAÇÃO DE METODOLOGIAS DE LEVANTAMENTOS

PLANIALTIMÉTRICOS PARA TRABALHOS DE TERRAPLENAGEM

Monografia apresentada ao Departamento de

Ciências Exatas e Naturais para obtenção do título

de Bacharel em Ciência e Tecnologia.

Aprovada em ____/____/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________

Prof. Dr. Francisco de Assis de Oliveira

(Orientador)

_______________________________________

Prof. Francisco Praxedes de Aquino

(Membro)

Eng. Agr. José Flaviano Barbosa de Lira

(Membro)

Page 4: WLARDSON CHAVES DANTAS

AGRADECIMENTO

Primeiramente quero agradece a Deus por me dar o Don da vida e por ter iluminado meu caminho durante esta

caminhada, se fazendo presente na minha vida dando força, sabedoria e inspiração para chegar à conclusão do

presente trabalho. Sem ele nada sou.

A minha família, avós paternos e maternos, tios e tias, primos e em especial meu pai e minha mão que sempre

fizeram o maior esforço para que a realização deste sonho se tornasse possível. Meu pai sempre será meu

exemplo de força e garra e nunca desistir dos tombos que a vida costuma nos dar. Minha mão será sempre a

primeira pessoa de que lembro quando penso em amor, carinho, dedicação e paciência. Os maiores sucessos que

possa alcançar nessa vida, devo a vocês pais. Minha formação como cidadão e ser humano sempre esteve

montada nos valores que vocês me passaram, dessa forma minha gratidão por vocês nunca poderá ser medida em

palavras escritas.

A minha namorada Thayna Deyz, que sempre esteve presente nos momentos difíceis da minha vida, muitas

vezes se pondo a disposição de escutar lamúrias e problemas de um namorado que muitas vezes acha que tem

uma conselheira ao invés de namorada. TE AMO gata.

Ao meu orientador Francisco de Assis de Oliveira, com quem aprendi muito nesse período em que trabalhamos

juntos. Thikão, a quem me ponho na intimidade de assim chamá-lo, foi uma pessoa que nunca mediu esforços na

hora de repassar os conhecimentos, aliás pouquíssimas pessoas se colocariam a disposição de ir a campo

juntamente com o aluno, coletar dados de baixo de um sol escaldante como ele fez, sempre se colocando nos

mesmo patamar do aluno para repassar as lições. Agradeço, além da parte técnica e dos conhecimentos

adquiridos, pelas lições de vida que pude aprender com você Thikão.

Agradeço aos colaboradores do deste trabalho, Daniel, Cássia, Mardones e Ismael (pagodeiro), que não se

importaram reservar um tempo para nos ajudar principalmente no momento dos levantamentos de campo.

Aos meus amigos que sempre me apoiaram torcendo por mim e pelo meu sucesso, Ticiane, Ailton, Talita,

Lincon, Marilia (que tal uma janta), Gabriela Coelho entre muitos outros. Não posso esquecer nesse momento de

três parceiros que vou levar para vida toda, Douglas Nogueira (o mestre), Renan Duarte (cabeça), Sebastião.

Aprendi muito com esses três caras

Agradeço também de uma forma especial as pessoas que moram ou moraram comigo, por me proporcionarem

momento únicos na minha vida, Daniel Lucas (Irmão, thirigo, caparildo e por ai vai), Madson Rodrigo, Bruno

Noronha (cabeça), Carlito de Charles. Vocês são pessoas que para sempre estarão marcada nos momentos bons

da minha vida.

A todos serei sempre grato.

Page 5: WLARDSON CHAVES DANTAS

A Geovana Chaves Dantas (in memoriam), que

foi minha irmã, onde apesar do pouquíssimo

tempo que passamos um ao lado do outro, pode

me ensinar o valor da família mesmo sem a

oportunidade de podermos ter cometido erros,

acertos, ou simplesmente ter sido irmãos. Mesmo

que tenha sido rápido, a sua passagem por este

mundo simboliza muito na minha vida.

OFEREÇO

A minha família, e de uma forma muito especial aos

meus pais; Valdeli Rodrigues Dantas e Evaneide

Chaves de Lima Dantas, que nunca mediram

esforços para a realização deste sonho que se realiza.

DEDICO

Page 6: WLARDSON CHAVES DANTAS

RESUMO

A topografia é uma ciência muito importante para a execução de projetos, onde se determina

medições de áreas de volumes, bem como o comportamento dos relevos para fins de

sistematização de terras. A evolução dos equipamentos e softwares nesta área propiciou um

ganho considerável em produtividade e qualidade da confecção de modelos digitais que

servem de base para projetos de engenharia. O propósito deste trabalho é a analise

comparativa dos dados de altimetria obtidos por três diferentes tipos de equipamentos com

grande utilidade no mercado atualmente, ou seja, Nível de Precisão, Teodolito e GPS de

Navegação. A fim de se poder avaliar o desempenho desses dois últimos equipamentos na

substituição do Nível de Precisão tido como padrão para sistematização de terras. Para esse

estudo foram selecionadas duas áreas que se encontram no Campus Mossoró da Universidade

Federal Rural do Semi-Árido. Para avaliar melhor o desempenho dos equipamentos de

levantamento altimétrico em relação ao Nível de Precisão, foram escolhidas áreas que

apresentam uma grande irregularidade dos relevos, reportando assim dados mais

significativos, onde se analisaram dados como volumes de corte e aterro, as variações entre

cotas obtidas com cada aparelho, os perfis longitudinais das duas áreas para cada método, as

curvas de nível e as imagens tridimensionais geradas pelos dados coletados nos três aparelhos,

reportando modelos digitais completos. De acordo com a metodologia empregada os

resultados mostraram que o Teodolito se torna viável para realização de praticas de

terraplenagem, sendo capaz de otimizar o tempo de trabalho e apresentando dados e modelos

relativamente semelhantes aos do Nível de precisão . Enquanto que o GPS de Navegação se

mostrou completamente inviável para a prática de determinação de cotas para sistematização

de terras, apresentando perfis longitudinais completamente distorcidas, sendo infiéis também

quanto aos volumes de corte e aterro para determinado greide, além de apresentar falsas

modelagens das curvas de nível para o contorno das duas áreas.

Palavras chave: Nivelamento Planialtimétrico. Nível de Precisão. Teodolito. GPS de

Navegação.

Page 7: WLARDSON CHAVES DANTAS

ABSTRACT

The topography is very important for a science project execution, which determines measurements

of areas volumes, as well as the behavior of reliefs for the purposes of classification of land. The

evolution of the equipment and software in this area led to a considerable gain in productivity and

quality of production of digital models that underpin engineering projects. The purpose of this work

is the comparative analysis of altimetry data obtained by three different types of equipment with a

large utility in the market today, ie, Level of Accuracy, Theodolite and GPS Navigation. In order to

be able to assess the performance of these devices in the last two replacement level of accuracy as a

standard for systematization of land. For this study we selected two areas that are on Campus

Mossoró Federal Rural University of the Semi-Arid. To better evaluate the performance of

equipment altimetric survey regarding the level of accuracy, were chosen areas with a large

irregularity of the reliefs, thus reporting more meaningful data, which analyzed data as volumes of

cut and fill, the variations between assessments obtained with each device, the longitudinal profiles

of the two areas for each method, the contour and three-dimensional images generated by the data

collected in the three devices, reporting complete digital models. According to the methodology the

results showed that the Theodolite becomes feasible to perform earthwork practices, being able to

optimize the working time and presenting data and models to relatively similar level of accuracy.

While GPS Navigation proved completely impractical for the practice of determining quotas for

systematization of land, showing longitudinal profiles completely distorted, being unfaithful also on

the volumes of cut and fill for certain greide, besides presenting false modeling curves level to the

contour of the two areas.

Keywords: Leveling planialtimetric. Level of Accuracy. Theodolite. GPS Navigation.

Page 8: WLARDSON CHAVES DANTAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Régua de leituras (A) e Tripé de sustentação (B)__________________________ 18

Figura 2. Nível de Precisão __________________________________________________ 19

Figura 3. Representação de nivelamento geométrico simples________________________ 20

Figura 4. Representação de nivelamento geométrico composto _______ Erro! Indicador não

definido.

Figura 5. Teodolito coletando leitura inclinada para um terreno com declividade ascendente

________________________________________________________________________ 22

Figura 6. Teodolito utilizado em nivelamento trigonométrico _______________________ 23

Figura 7. Disposição dos satélites que estão à disposição do sistema GPS na orbita terrestre 24

Figura 8. GPS de Navegação _________________________________________________ 25

Figura 9. GPS geodésico ou topográfico ________________________________________ 25

Figura 10. Localização da ÁREA 1 ____________________________________________ 32

Figura 11. Localização da ÁREA 2 ____________________________________________ 33

Figura 12. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao nivelamento

geométrico da Área 1 _______________________________________________________ 39

Figura 13- Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao levantamento

trigonométrico da Área 1. ____________________________________________________ 40

Figura 14. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes as elevações

coletadas com GPS de Navegação na Área 1 _____________________________________ 41

Figura 15. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao nivelamento

geométrico da Área 2 _______________________________________________________ 45

Figura 16. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao nivelamento

trigonométrico da Área 2. ____________________________________________________ 46

Figura 17. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes as elevações

coletadas com GPS de Navegação na Área 2 _____________________________________ 47

Page 9: WLARDSON CHAVES DANTAS

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Representação da comparação dos perfis longitudinais gerados com os dados dos

três aparelhos para Área 1 ___________________________________________________ 42

Gráfico 2. Representação da comparação dos perfis longitudinais gerados com os dados dos

três aparelhos para Área 2 ___________________________________________________ 48

Page 10: WLARDSON CHAVES DANTAS

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Valores limites de classes de precisão aceitáveis __________________________ 28

Tabela 2. Volume de corte e de aterro para ÁREA 1 a partir de dados coletados por diferentes

aparelhos topográficos, considerando diferentes greides de acordo com cada aparelho ____ 43

Tabela 3. Volumes de corte e aterro para ÁREA2 a partir de dados coletados por diferentes

aparelhos topográficos, considerando diferentes greides de acordo com cada aparelho. ____ 50

Page 11: WLARDSON CHAVES DANTAS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO _________________________________________________________ 11

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ____________________________________________ 13

2.1 IMPORTÂNCIA DA TOPOGRAFIA PARA PROJETOS DE ENGENHARIA _____ 13

2.2 EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS _____________________ 13

2.3 MÉTODOS DE LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO_________________________ 16

2.3.1 Levantamento Geométrico __________________________________________ 17

2.3.2 Levantamento trigonométrico _______________________________________ 21

2.3.3. Levantamento altimétrico com GPS (Sistema de Posicionamento Global) __ 24

2.4 PRECISÃO DOS LEVANTAMENTOS ALTIMÉTRICOS _____________________ 26

2.5 USO DO GPS EM LEVANTAMENTOS ALTIMÉTRICOS ____________________ 29

3. MATERIAL E MÉTODOS _______________________________________________ 32

3.1 CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ____________ 32

3.2. LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICOS ______________________________ 34

3.2.1 Nivelamento Geométrico ___________________________________________ 34

3.2.2 Nivelamento Trigonométrico ________________________________________ 34

3.2.3 Nivelamento com GPS de navegação _________________________________ 36

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ____________________________________________ 38

4.1 ÁREA 1 _____________________________________________________________ 38

4.2 ÁREA 2 _____________________________________________________________ 44

5 CONCLUSÕES _________________________________________________________ 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ________________________________________ 53

Page 12: WLARDSON CHAVES DANTAS

11

1 INTRODUÇÃO

A topografia é uma ciência muito utilizada para determinar medidas de área e

perímetro, orientações, variações em relevo e outras aplicações dessa natureza. Sendo assim,

tem fundamental importância em vários ramos que necessitem da sistematização de terrenos

para a realização de seus projetos, como é o caso da engenharia civil, que utiliza as

ferramentas topográficas para levantamentos planialtimétricos e determinação dos volumes de

corte e aterro para realizarem a terraplenagem nos projetos de construção.

O trabalho topográfico é a base para qualquer projeto e de qualquer obra realizada por

engenheiros ou arquitetos. Assim, é fundamental o conhecimento pormenorizado do terreno

no qual será construído tal obra, podendo esta fazer parte de construções na cidade, como

edificações ou pavimentações, e no campo, como é o caso dos projetos de irrigação e plantios

em curva de nível. A Topografia fornece os métodos e os instrumentos que permitam o

conhecimento do terreno e assegurem uma correta implantação da obra ou serviço.

As técnicas de aquisição de dados altimétricos mais utilizados na topografia

tradicional são os nivelamentos topográficos através dos métodos geométrico e

trigonométrico (DIAS et al., 2010).

Alguns dos equipamentos mais utilizados para se fazer levantamentos

planialtimétricos, e que serão analisados nessa pesquisa, para projetos de engenharia são:

nível, teodolito e GPS. O equipamento mais convencional para essa prática é o Nível de

Precisão, utilizado para a realização do nivelamento geométrico, pois como o próprio nome já

sugere apresenta uma precisão muito boa quando se fala em sistematização de terras. O

Teodolito, utilizado na realização de nivelamento trigonométrico, e o GPS de Navegação,

serão os aparelhos analisados como alvo de pesquisa no presente trabalho, onde se deseja

determinar a precisão aliada a facilidade e otimização do tempo desses aparelhos na pratica de

sistematização de terras.

O sistema de posicionamento global (GPS) foi criado pelo governo dos Estados

Unidos com o objetivo principal de localizar suas tropas em qualquer lugar da terra. É

constituído de 24 satélites, dos quais 21 são de uso corrente e três em “stand-by”. Eles

orbitam a uma altura de 20.200 km em seis órbitas distintas, igualmente espaçadas de 60

graus, com quatro satélites por órbita. Em relação aos satélites artificiais, a órbita é um

conjunto de fatores com base em alguns parâmetros, como raio de inclinação, inclinação do

Page 13: WLARDSON CHAVES DANTAS

12

plano da órbita, período de revolução (tempo gasto para completar a volta em torno da Terra

ou de outro corpo celeste), finalidade com que foi construído, entre outros fatores (SILVA

JUNIOR et al., 2009).

Os sinais são emitidos em duas bandas (L1 e L2) com dois códigos diferentes: o Y

(Precision Code) e o C/A (Coarse Acquisition Code); assim sendo, o sistema teoricamente

permite uma visão de cinco a oito satélites constantemente, em qualquer lugar do globo

terrestre (BRAGA, 2010). O GPS de navegação fornece o posicionamento em tempo real,

baseado no código C/A a precisão destes equipamentos é de ordem de 5 a 15 metros

(BRAGA, 2010).

O GPS representa atualmente uma nova alternativa de posicionamento para a

Geodésia, Cartografia e Topografia, tendo o seu uso crescido significativamente em

aplicações na Engenharia e os seus diversos ramos, e também Geografia, Geologia e

Navegação (terrestre, marítima, aérea, e orbital). Os EUA têm se destacado pelo pioneirismo e

pelos múltiplos tipos de emprego do sistema nessas áreas, sendo que no Brasil, face a

extensão territorial e a escassez de informações georreferenciadas, o GPS mostra-se um

recurso particularmente promissor (COELHO, 2003)

O estudo da eficiência dos equipamentos de levantamento planialtimétrico é de grande

importância para que se possa reduzir ao máximo o erro na elaboração de projetos,

principalmente na área da engenharia, onde se necessita da sistematização de terras. Então se

viu a necessidade de analisar a precisão desses equipamentos, principalmente o GPS, pois

segundo Azambuja e Matsuoka (2007), atualmente o uso do GPS em aplicações topográficas

é algo que está se tornando cada vez mais comum.

Outro fator relevante que leva a realização desta pesquisa, é que não existe um grande

número de trabalhos nessa área, que comparem a eficiência desses equipamentos para fins de

sistematização de terras para terraplenagem em levantamentos planialtimétricos, visto que a

grande maioria dos trabalhos encontrados nesse sentido está quase sempre relacionada

somente a planimetria, ou seja, medição de áreas.

Este trabalho teve como objetivo geral a análise comparativa dos dados de altimetria

obtidos por três diferentes equipamentos de grande uso em levantamentos topográficos para

sistematização de terras. Além de contribuir com um trabalho que possa servir de base para

pessoas que queiram trabalhar com levantamentos topográficos utilizando os equipamentos

analisados, fazer um estudo sobre equipamentos utilizados em levantamentos topográficos e

descrever a eficiência do Teodolito e GPS de navegação para projetos de terraplenagem, e até

onde o seu erro é aceitável.

Page 14: WLARDSON CHAVES DANTAS

13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 IMPORTÂNCIA DA TOPOGRAFIA PARA PROJETOS DE ENGENHARIA

A topografia é uma ciência muito importante em várias áreas, principalmente quando

se fala em sistematização de terras, medições de terrenos, nivelamento de terraplenagem, ou

seja, é uma ferramenta imprescindível na execução de vários projetos, seja em terra ou não. A

topografia conta com o auxílio de equipamentos que vem evoluindo cada vez mais, para que

se obtenha uma maior produtividade, manipulando dados mais precisos em um menor espaço

de tempo e com maior facilidade, visando à melhoria dos projetos.

Segundo Pinto (2000), a topografia, através de levantamentos, tem por finalidade

determinar o contorno, dimensão e posição relativa de uma porção limitada da superfície da

terra, sem levar em consideração a sua curvatura. Trata-se de uma ciência aplicada, baseada

na Geometria e na Trigonometria, de âmbito restrito e se incumbe da representação, por meio

de uma projeção ortogonal dos detalhes da configuração do terreno, sejam eles naturais ou

artificiais.

2.2 EVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS

A topografia é uma arte que já é utilizada pelo homem há muito tempo, mesmo que na

sua forma mais rudimentar. Utilizando mecanismos específicos de medição, os egípcios a

aproximadamente 2000 A.C, já desenvolviam técnicas de medida para descobrir dimensões de

terrenos, bem como desníveis, pois necessitavam disso para delimitar suas áreas.

De acordo com Espartel (1965), os egípcios, os gregos, os árabes e os romanos nos

legaram instrumentos e processos que, embora primitivos, serviram para descrever, delimitar

e avaliar propriedades rurais, com finalidades cadastrais.

Ainda de acordo com Espartel (1965), os aperfeiçoamentos da mecânica de precisão

introduzidos nos instrumentos topográficos e o progresso realizado na parte óptica dos

instrumentos deram a topografia o valor que realmente tem como ciência e como técnica no

levantamento topométrico preciso do terreno e na representação gráfica equivalente, servindo

como apoio de qualquer trabalho de Engenharia e Agrimensura.

Page 15: WLARDSON CHAVES DANTAS

14

De acordo com dados extraídos do Museu da Topografia (2008), a evolução dos

instrumentos topográficos aconteceu ao passo em que o homem sentia necessidade de

aperfeiçoar suas técnicas para obter informações sobre os terrenos, como área, altitudes,

perímetro e informações dessa natureza.

Ainda de acordo com informações do Museu da Topografia (2008), a 3000 A.C., os

babilônicos e egípcios utilizavam cordas para a medida de distância, esse passou por muito

tempo sendo o método de medida até que Anaximandro de Mileto introduziu o “Gnomon”,

que era um instrumento constituído apenas de uma estaca enfiada no chão que produzia uma

sombra sobre o solo, e através da analise dessa sombra foi possível determinar a direção do

norte além do calculo da circunferência da terra.

Seguindo a mesma referência, com a evolução surgiu a Diopra que tinha seu principio

em um tubo em forma de “U” com água, que servia para medir ângulos e o nivelamento do

terreno. Com o tempo começaram a ser utilizados equipamentos chamados de “Chorobates”,

ou primeira aproximação de um nível, mas consistia de uma régua horizontal com sapatas nas

quatro pontas, na parte superior da régua havia um sulco aonde se vertia água para usá-la

como nível. A partir dai surgiram mais aparelhos que eram utilizados para a medição de

ângulos como é o caso do Quadrante, descrito por Ptolomeu, ainda antes de Cristo.

Seguindo os dados históricos do Museu de Topografia (2008), os romanos foram os

portadores dos conhecimentos gregos para a Europa, e usaram a “Groma”, que consta de uma

cruz excêntrica, com prumadas em seus extremos, fixadas a uma barra vertical, a esse

instrumento se atribuiu a medição de distância através de voltas. Mais tarde, os Árabes

apoiando-se nos conhecimentos dos gregos e romanos usaram um instrumento chamado de

“astrolábios”, divididos em cinco minutos de arco.

No ano de 1300, se conhece um mecanismo para medida indireta da distância,

mediante o movimento de uma barra perpendicular (Balestilha) e outra principal graduada.

Então finalmente a bussola, que passou por melhoria após ser inventada pelos chineses em

1187, chega a ser a precursora do Teodolito. Dessa forma no ano de 1576 com a aplicação da

bussola a um semi-circulo grudado com duas alidades, um fixa e outra móvel, Josua Habernel

cria o Teodolito-Bussola. Anterior a Galileu existe notícias de que um óptico holandês, Hans

Lippershey, idealizou uma espécie de óculos, sem contudo chegar a montá-los; seguindo esta

linha de trabalho, Galileu montou seu telescópio, continuando com o telescópio de Kepler e

deste, com uma melhora introduzida por Christian Huygens, o qual colocou um retículo para

realizar as pontarias, com o avanço que este apresentou nos trabalhos sobre a alidade de

Page 16: WLARDSON CHAVES DANTAS

15

pínulas, usada desde a época. William Gascoigne ajuntou o parafuso micrométrico nos

teodolitos.

Com tudo em 1610 aparece a Corrente de Agrimensor, utilizada para medidas de

distância. E finalmente em 1710 se constrói o primeiro teodolito como tal, provido com

parafusos niveladores. E já no ano de 1839 surge o taqueômetro dando passo a taqueometria.

Na década de 1970, chegaram ao mercado os famosos Distanciômetros Eletrônicos

112 e, posteriormente 119. Não havia mais necessidade de medir pelo processo de trena, nem

a leitura da mira falante (taqueometria). O Distanciômetro é um instrumento eletrônico capaz

de realizar medidas de distância através de um laser infravermelho disparado a um prisma

refratário que se localizava no ponto topográfico. Porem esse equipamento tinha suas

inconveniências, a bateria que alimentava o Distanciômetro pesava mais de quarenta quilos e

precisava de um veículo para transportá-lo. Além de ser necessário um conjunto gerador para

carregá-lo periodicamente, visto que sua autonomia de carga era somente para um dia de

trabalho. Com um tempo esses equipamentos foram sendo substituídos por outros de firmas

suíças, japonesas, alemãs e outras nacionalidades, como por exemplo, o DKM 2.000, DKM

5.000 e DC 4. Esses tinham maior aceitação, boa precisão e tinham maior autonomia de carga

(RODRIGUES, 2003a).

As informações do Museu da Topografia mostram que, a partir dai vieram surgindo,

teodolitos cada vez mais modernos e inovadores, assim como os níveis, que contaram com o

avanço da automatização e tecnologias envolvidas, até chegar a Estação Total que

conhecemos hoje, onde a tecnologia permite à transmissão de dados por meio de um

“modem” a linha telefônica ou de satélite, estando o coletor a centenas de kilometros do

ordenador que recebe os dados.

A modernidade chegou à topografia de forma rápida, veio para ajudar, pois é uma área

onde a informação tem que ser exata. De acordo com Rodrigues (2003b), muitos projetos

podem ser de grandes empreendimentos, que necessitam rapidez, assim a informação colhida

em campo tem que ser detalhadas, hoje tem muitos aparelhos que dão informação direta á

uma coletora de dados inserida no aparelho topógrafo, que podem ser descarregadas no

computador, através de cabo serial.

Com isso pode-se constatar que a informatização pode contribuir de uma forma

favorável para a obtenção de dados topográficos, tanto aperfeiçoando os equipamentos já

existentes quanto criando programas que auxiliem e facilitem muito o trabalho dos

topógrafos.

Page 17: WLARDSON CHAVES DANTAS

16

Para Coelho (2003), a constante evolução dos equipamentos e softwares na área de

topografia propiciou um ganho considerável em produtividade e qualidade na confecção dos

mapas que servem de base aos projetos de engenharia.

De acordo com Braga (2010), visando suprir as necessidades de orientação sobre o

globo terrestre, no fim da década de 1950, foi idealizado o sistema de posicionamento global

(GPS), criado pelo governo dos Estados Unidos, tinha por objetivo, localizar as tropas em

qualquer lugar do globo terrestre. Esse sistema também veio passando por evoluções, ate

chegar no que conhecemos hoje, que é um sistema altamente eficiente e preciso, dependendo

da finalidade.

2.3 MÉTODOS DE LEVANTAMENTO ALTIMÉTRICO

Para Uzêda (1963), levantamento topográfico é o conjunto de operações por meio das

quais obtemos os dados necessários para o desenho de determinado trecho do terreno. Para

que alcancemos esse objetivo com maior precisão de detalhes, lançamos mão de duas

operações bem distintas: planimetria e altimetria.

Para a maioria dos projetos de engenharia é muito importante que se tenha

conhecimento da planta topográfica para tornar possível a sua implantação e execução. Sendo

assim é imprescindível que se tenha o conhecimento, das técnicas de levantamento

topográfico.

De acordo com Espartel (1965), a altimetria ou hipsometria tem por fim a medida da

distância vertical ou diferença de nível entre diversos pontos. Quando as distâncias verticais

são referidas a superfície média dos mares, tomam o nome de taludes; recebem o nome de

cotas quando se referem a uma superfície de nível fictícia, situada a cima ou a baixo da

superfície dos mares.

É perceptível a importância de se obter dados que caracterizem a representação do

relevo de um terreno para fim de implantação de projetos e execução de projetos.

Segundo Comastri e Tuler (2010), o estudo do relevo de um aterro, planimetricamente

conhecido, consiste na determinação das alturas de seus pontos característicos e definidores

da altimetria, relacionados com a superfície de nível que se toma como elemento de

comparação.

Para se conhecer os métodos de levantamento altimétrico, é importante que se tenha o

conhecimento do que se trata tal prática. Para Coelho (2003), da-se o nome de levantamento

Page 18: WLARDSON CHAVES DANTAS

17

altimétrico ou nivelamento a determinação das cotas de um terreno, obtendo-se por meio de

processos específicos, as altitudes as cotas ou as diferenças de altitudes ou de cotas, dos

diversos pontos desse terreno. Nos levantamentos de precisão define-se altitude ou cota

ortométrica de um ponto como sendo a distância vertical desse ponto ao nível do mar e, cota

de um ponto, a distância vertical entre esse ponto e uma distância equipotencial, diferente da

superfície de nível zero, tomada como referência.

As técnicas de aquisição de dados altimétricos mais utilizados na topografia

tradicional são os nivelamentos topográficos através dos métodos geométrico e

trigonométrico (DIAS et al., 2010).

Os levantamentos com finalidade de implantar ou estender o controle altimétrico

através de técnicas convencionais dividem-se basicamente em: Nivelamento Trigonométrico;

Nivelamento Geométrico e nivelamento diferencial com GPS (COELHO, 2003).

2.3.1 Levantamento Geométrico

O levantamento geométrico é um tipo de nivelamento utilizado para se descobrir as

cotas de um determinado terreno, fornecendo assim as informações do relevo da área. É o

método mais utilizado quando se quer fazer trabalhos de terraplenagem em relevos irregulares

(ESPARTEL, 1965).

Segundo o IBGE, é o método utilizado nos levantamentos altimétricos de alta precisão

que se desenvolvem ao longo de rodovias e ferrovias. Utilizados para fins topográficos e

geodésicos, a diferença entre estas duas finalidades de nivelamento geométrico está na

precisão (maior no caso do nivelamento para fins geodésicos) e no instrumento utilizado.

De acordo Comastri e Tuler (2010), no nivelamento geométrico ou também

denominado direto, as diferenças de nível são determinadas com o emprego de instrumentos

que nos dão retas no plano horizontal. A interseção deste plano com a mira, colocada

sucessivamente nos pontos topográficos em estudo, permite determinar as alturas de leituras,

nos respectivos pontos, e por diferença entre os valores encontrados, é possível encontrar as

diferenças de nível procuradas.

Segundo Pinto (1988), o nivelamento geométrico é baseado no conhecido princípio da

geometria: “planos ou superfícies esféricas paralelas são equidistantes”. A aplicação deste

princípio, no nivelamento, exige que os planos sejam horizontais e que as equidistâncias

sejam medidas na vertical.

Page 19: WLARDSON CHAVES DANTAS

18

Para Pinto (1988), a execução de um nivelamento geométrico, o instrumental a ser

empregado necessita estabelecer uma linha de visada horizontal e permitir a medida de

distancias vertical. Esse instrumento é o Nível de precisão que é auxiliado por outros

equipamentos para se realizar o levantamento geométrico como as réguas e as miras, além do

tripé suporte do Nível, que estão apresentados na Figura 1.

Figura 1. Régua de leituras (A) e Tripé de sustentação (B)

A

B

Para se compreender bem como funciona o levantamento geométrico, é importante

conhecer o Nível, que é o instrumento utilizado para se fazer à coleta de dados em campo

nesse tipo de levantamento. Pinto (1988) mostra que os Níveis podem ser classificados,

segundo o órgão visor de que são dotados, em Nível de luneta, Níveis de visor em pínulas e

Níveis sem órgão visor. Porem os nivelamentos mais rigorosos são executados,

obrigatoriamente, com os Níveis de luneta, enquanto os Níveis sem órgão visor são usados

apenas para nivelamentos sem responsabilidade de obtenção de maior precisão.

Neste trabalho será enfatizado o uso do Nível com lunetas. Nesse contexto, Gonçalves

(2012) define o Nível de precisão como sendo um aparelho topográfico munido de uma luneta

astronômica, nivelas esféricas e/ou tóricas e ainda parafusos nivelantes de base. Esse tipo de

elemento também é comum aos taqueômetros e estações totais. No entanto, o Nível tem uma

particularidade que o torna especialmente apto a medição de desníveis.

Na Figura 2 é apresenta o nível óptico de precisão e a mira (régua), uma régua que é

utilizada no levantamento geométrico para a coleta de dados, o dado que interessa neste caso

é a leitura média (Lm), referente ao ponto topográfico do relevo no qual está se realizando o

nivelamento.

Page 20: WLARDSON CHAVES DANTAS

19

Figura 2. Nível de Precisão

Antes de realizar um nivelamento geométrico é fundamental garantir que sejam

respeitadas todas as condições que levam ao correto funcionamento do método. Em termos de

material, como já foi visto, necessitamos de um tripé, de um nível e de uma ou duas miras

(réguas graduadas).

Desta forma Gonçalves (2012), diz que a preparação para as observações com nível

desenrola-se em quatro etapas:

1. Colocar o tripé no local desejado: Ao realizar esta operação dever-se-á assegurar

que a base fica numa posição aproximadamente horizontal. Os pés deverão, sempre que o

terreno o permita ser fixados ao solo, pressionando com o pé sobre o dispositivo apropriado.

Teoricamente, este ponto (estação) pode ser qualquer um, normalmente o que permite melhor

visibilidade dos pontos a observar. Veremos mais adiante que existem algumas condicionantes

que limitam a escolha deste ponto.

2. Apertar o nível sobre a base do tripé: Posicionar o nível no centro da base fixando-o

a esta, sem forçar demasiado, por intermédio do parafuso que pode ser acedido pela parte

inferior da base.

3. Calar a(s) nivela(s): Por norma, os níveis possuem uma nivela esférica, a qual deve

ser calada apenas no momento em que se coloca o nível no tripé. Por ser um tipo de nivela de

baixa resolução, esta não mais se desretificará durante o trabalho nessa estação (até porque a

nivela esférica horizontaliza o plano ao qual se associa). Se tratar de um nível bloco então

sempre que se faz uma observação é necessário calar a nivela tórica, normalmente por

intermédio de um parafuso de inclinação. Recorde-se que a nivela tórica apenas horizontaliza

o eixo ao qual se associa, neste caso o eixo ótico, não havendo garantia de manutenção da

horizontalidade ao rodar o nível para visar outro ponto. No caso de um nível de

horizontalização automática, mais nenhum cuidado especial será necessário.

Page 21: WLARDSON CHAVES DANTAS

20

4. Realizar as observações sobre a mira: Depois de ultrapassadas as etapas anteriores,

pode-se começar a efetuar as leituras sobre a mira, devendo, antes de tudo, focarem a imagem

e os fios do retículo usando os parafusos apropriados.

Sabendo como se proceder para realizar um levantamento geométrico com o Nível,

Castro Junior (1998) afirma que existem dois tipos de nivelamento geométrico: o nivelamento

geométrico simples e o nivelamento geométrico composto.

Ainda segundo Castro Junior (1998), o nivelamento geométrico é um processo

utilizado quando não há mudança de estação, ou seja, quando uma estação é suficiente para

visar todos os pontos desejados para o projeto a ser executado. Por diferença de leituras da

mira, obtém-se as diferenças de nível entre os pontos visados. Este método é executado

estacionando-se o nível num ponto conveniente, de preferência, em um ponto equidistante dos

extremos, mas que pode ser dentro ou fora da linha a ser nivelada. As diferenças de nível

(DN) em um nivelamento geométrico simples podem ser obtidas por duas maneiras: por

diferença de leitura da mira e por diferença de cotas.

Um exemplo de nivelamento geométrico simples é a própria irradiação que também

pode ser feita em projetos de planimetria. Nessa situação uma única estação irradia todos os

pontos topográficos que se deseja ler para realizar o nivelamento (Figura 3).

Figura 3. Representação de nivelamento geométrico simples

Ainda de acordo com a Castro Junior (1998), O nivelamento geométrico composto é

formado por trechos de nivelamento geométrico simples, usado quando as áreas são

relativamente acidentadas ou grandes, de forma a impedir que de uma estação se consiga visar

à mira em todas as estacas. Cada estação corresponde a um nivelamento simples. Como os

trechos têm que estar "amarrados" uns aos outros, atribui-se uma cota arbitrária a um dos

pontos, tendo os demais as cotas calculadas, relacionadas a esta cota atribuída. Forma-se,

então, um sistema homogêneo. Em geral, atribui-se um número inteiro à essa cota arbitrária

por facilidade de cálculo (100,00m ; 500,00m), tendo-se o cuidado de se evitar cotas negativas

no decorrer do levantamento.

Page 22: WLARDSON CHAVES DANTAS

21

Como se percebe na Figura 4, a primeira visada após se instalar convenientemente o

nível, é chamada visada de RÉ (isso não quer dizer que a visada se encontra atrás do nível). E

como no nivelamento geométrico simples as demais visadas são chamadas de VANTE. Assim

para cada trecho de uma estação tem-se uma visada de RÉ, e pelo menos uma de VANTE.

Figura 4. Representação de nivelamento geométrico composto

É importante ressaltar que a altura do instrumento será sempre o valor de uma cota

conhecida somada a leitura de RÉ, visada neste ponto de cota conhecida. Sendo assim para

cada trecho de um nivelamento geométrico existe uma nova altura de instrumento. A altura do

instrumento é utilizada para se determinar todas as cotas

De acordo com Coelho (2003), o uso do nivelamento geométrico embora seja o mais

preciso, tem como fatores limitantes para seu uso, o tempo de trabalho e seu custo, sendo

portanto em grandes áreas utilizado o método de levantamento trigonométrico pela sua

facilidade de execução e agilidade na execução.

2.3.2 Levantamento trigonométrico

O levantamento trigonométrico também é um método de nivelamento de se obter as

cotas de um terreno, a fim de se obter informações significativas sobre o relevo da área.

De acordo com Comastri e Tuler (2010), levantamento trigonométrico, é aquele

nivelamento que trabalha com visadas inclinadas, sendo as DNs (diferenças de nível)

determinadas pela resolução de triângulos retângulos, conhecendo-se a base e o angulo

(inclinação/zenital).

Page 23: WLARDSON CHAVES DANTAS

22

Já para Antunes (1995), levantamento trigonométrico é um tipo de medição indireta,

onde o desnível é determinado a custa de observação de um ângulo vertical (altura ou

distância vertical) e da distância linear que une os pontos, medidos sobre o plano vertical da

estação a que contem o ponto visado.

Na NBR 13133/1994, que trata da Execução de levantamentos topográficos, o

nivelamento trigonométrico é definido como sendo o “nivelamento que realiza a medição da

diferença de nível entre dois pontos de um terreno, indiretamente, a partir da determinação do

ângulo vertical da direção que os une e da distância entre estes, fundamentando-se na relação

trigonométrica entre o ângulo e a distância medidos, levando em consideração a altura do

centro do limbo vertical do teodolito ao terreno e a altura sobre o terreno do sinal visado.

O nivelamento trigonométrico pode ser de pequeno alcance (visada até 150 m) ou de

grande alcance (visada acima de 150m). Quando as visadas são maiores que 150 m, devem ser

consideradas a influência da curvatura da terra e refração atmosférica, através da inserção de

uma correção.

A representação do nivelamento com ângulo zenital sendo menor que 90°, é dada na

figura a seguir:

Figura 5. Teodolito coletando leitura inclinada para um terreno com declividade ascendente

Onde:

Dinc = Distância inclinada

hi = altura do instrumento

ha = altura do sinal (mira prisma)

dHAB = desnivel entre os pontos A e B

Z = ângulo zenital (menor do que 90° neste caso)

E ainda existe uma distância horizontal entre o ponto A e B que deve ser encontrada

para que seja possível determinar as cotas dos pontos topográficos.

Page 24: WLARDSON CHAVES DANTAS

23

Alem desses equipamentos citados são utilizados também: miras, prismas, balizas,

bastões, suporte para baliza/bastões, tripés, piquetes, marreta, pregos, prancheta, entre outros.

A Figura 6 se trata de um teodolito DT-104 precisão e leitura10” a prova d‟água

(marca Topcom).

Figura 6. Teodolito utilizado em nivelamento trigonométrico

O procedimento correto que se deve segui para realizar um nivelamento

trigonométrico é:

1. Reconhecimento dos pontos a serem nivelados;

2. Confecção do croqui;

3. Definição do ponto de estação e instalação do equipamento;

4. Medição e anotação da altura do instrumento;

5. Verticalização da baliza, prisma ou mira no ponto a ser nivelado;

6. Medição e anotação da distância horizontal e da altura do sinal na mira, baliza ou prisma;

Segundo Comastri e Tuler (2010), o nivelamento trigonométrico substitui o

nivelamento geométrico quando for se levantar áreas extensas e onde existam grandes

desníveis ou ainda quando é necessário nivelar diversas linhas de visada em diferentes

direções para estudo de vales, por exemplo. Aplica-se para a determinação de alturas de

morros, torres, prédios etc.

Page 25: WLARDSON CHAVES DANTAS

24

2.3.3. Levantamento altimétrico com GPS (Sistema de Posicionamento Global)

De acordo com Antunes (1995), o GPS (Global Positioning System) é um sistema de

posicionamento de cobertura global, isto é, possível de ser utilizado em qualquer ponto à

superfície da Terra ou nas suas imediações atmosféricas, e que se baseia na medição de

distâncias através de tempos de percurso e diferença de fase de sinais eletromagnéticos

emitidos por uma constelação de satélites artificiais.

Segundo Silva Júnior et al. (2009), o sistema de posicionamento global (GPS) foi

criado pelo governo dos Estados Unidos com o objetivo principal de localizar suas tropas em

qualquer lugar da terra. É constituído de 24 satélites, dos quais 21 são de uso corrente e três

em “stand-by”. Eles orbitam a uma altura de 20.200 km em seis órbitas distintas, igualmente

espaçadas de 60 graus, com quatro satélites por órbita. Em relação aos satélites artificiais, a

órbita é um conjunto de fatores com base em alguns parâmetros, como raio de inclinação,

inclinação do plano da órbita, período de revolução (tempo gasto para completar a volta em

torno da Terra ou de outro corpo celeste), finalidade com que foi construído etc.

Na Figura 7 é mostrada a constelação GPS, com 24 satélites; 6 planos orbitais com 60°

de inclinação 20.200 Km de altitude; Órbita de 12 horas.

Figura 7. Disposição dos satélites que estão à disposição do sistema GPS na orbita terrestre

Coelho (2003) mostra que os sinais são emitidos em duas bandas (L1 e L2) com dois

códigos diferentes: o Y (precision code) e o C/A (Coarse Aquisition Code); assim sendo, o

sistema teoricamente permite uma visão de cinco a oito satélites constantemente, em qualquer

lugar do globo.

Existem alguns tipos de receptores GPS que pode ser utilizados para encontrar as

coordenadas, de um determinado ponto no globo terrestre. Dois desses receptores são: o GPS

de navegação, que segundo o site de compra GPS GUIA.com é o mais comum na utilização

Page 26: WLARDSON CHAVES DANTAS

25

rotineira. A sua precisão não é a mais exata. A falta de precisão destes receptores, também

chamados de recreacionais, é proporcionada pelo não armazenamento dos dados de forma

bruta, para posterior processamento, e falta de filtros que determinam a qualidade dos dados

coletados. E o GPS geodésico, também conhecido como de levantamento, são os

recomendados para o levantamento de dados para atividades profissionais. A precisão destes

aparelhos é amplamente maior a dos GPS de navegação, e é proporcionada pela forma de

armazenamento de dados, bruto, para posterior processamento, e da presença de filtros que

garantem a sua qualidade de precisão. Para utilizar esse GPS, também chamado de GPS

diferencial, é necessário um receptor capaz de captar os dados vindos de uma estação. As

estações podem ser rádio-farois, bases virtuais e base de rastreamento contínuo.

A Figura 8 mostra um GPS de navegação, GARMIM, série etrex vista. Já a Figura 9

mostra um GPS geodésico, TECH GEO, modelo GTR-A.

Figura 8. GPS de Navegação

Figura 9. GPS geodésico ou topográfico

O sistema GPS vem sendo cada dia mais encontrado nos levantamentos topográficos,

e principalmente em levantamentos altimétricos para fim de sistematização de terras. Segundo

Corseuil e Robaina (2003), o sistema de posicionamento global vem sendo muito utilizado

nos levantamentos geodésicos para fins topográficos, pois oferece uma série de vantagens em

Page 27: WLARDSON CHAVES DANTAS

26

relação aos métodos convencionais usados em topografia. Estas vantagens estão relacionadas

a eficiência na coleta e automação dos dados, à dispensa de intervisibilidade entre vértices

(pontos), ao transporte simultâneos de coordenadas tridimensionais (x,y,z), em qualquer hora

do dia e sob qualquer condição atmosférica.

Para que se entenda como são feitos os levantamentos topográficos com GPS, é

importante que se compreenda qual é sua forma de funcionamento para que seja possível a

coleta de dados em relação a posição de um ponto no globo terrestre.

Segundo Rodrigues (2003b), os fundamentos básicos do GPS baseiam-se na

determinação da distância entre um ponto, o receptor, a outros de referência, os satélites.

Sabendo a distância que nos separa de três pontos podemos determinar a nossa posição

relativa a esses mesmos três pontos através da interseção de três circunferências cujos raios

são as distâncias medidas entre o receptor e os satélites.

O método de levanta altimétrico através de GPS é bastante simples. Caso se esteja

trabalhando com o GPS de navegação basta marcar os pontos topográficos que se deseja

coletar as cotas, e em cada ponto demarcado coletar a cota registrada pelo GPS. De posse dos

dados armazenados no GPS, eles podem ser transferidos para um computador e ser

manipulados por meio de softwares específicos, com isso pode-se encontrar as curvas de

nível, volumes de corte e aterro, entre outras informações.

2.4 PRECISÃO DOS LEVANTAMENTOS ALTIMÉTRICOS

Os levantamentos altimétricos para fins de sistematização de terrenos requerem cada

vez mais eficiência nos métodos de nivelamento. Essa eficiência deve ser garantida pela

precisão dos equipamentos envolvidos nos levantamentos altimétricos.

De acordo com Pinto (1988), o método mais eficiente para se fazer um nivelamento

altimétrico, é o nivelamento geométrico, por trabalhar apenas com visadas horizontais,

dispensando a preocupação com as angulações verticais. Porem esse tipo de metodologia pode

se tornar muito demorada, e dependendo da área podendo até ser inviável de certa forma.

De posse dessas vantagens e contratempos descritos anteriormente, Coelho (2003) diz

que a precisão, tolerância ou erro médio de um nivelamento é função do perímetro percorrido

com o nível (em km) e, segundo Castro Junior (1998), a sua classificação segundo a precisão

se ocorre da seguinte forma:

Page 28: WLARDSON CHAVES DANTAS

27

1º) De alta precisão:

O erro médio admitido é da ordem de mais ou menos 1,5 mm/Km percorrido. É uma

classe especial.

2º) De primeira ordem ou nivelamento de precisão:

O erro médio admitido é da ordem de mais ou menos 2,5 mm/Km percorrido.

3º) De segunda ordem:

O erro médio admitido é da ordem de mais ou menos 1,0 cm/Km percorrido

4º) De terceira ordem:

O erro médio admitido é da ordem de mais ou menos 3,0 cm/Km percorrido

5º) De quarta ordem:

O erro médio admitido é da ordem de mais ou menos 10,0 cm/Km percorrido.

Ainda segundo Castro Junior (1998), os nivelamentos geométricos com erros maiores

do que os citados são desclassificados ou inaceitáveis.

Em topografia, exige-se uma precisão da segunda ordem = 1,0 cm/Km percorrido.

Para poligonais fechadas: é a soma algébrica das diferenças de nível parciais (entre

todos os pontos).

Para poligonais abetas: é a soma algébrica das diferenças de nível parciais (entre todos

os pontos) no nivelamento (ida), e no contranivelamento (volta).

Ainda segundo Coelho (2003) este erro, ao ser processado, poderá resultar em valores

diferentes de zero, para mais ou para menos, e deverá ser distribuído proporcionalmente entre

as estações da poligonal, caso esteja abaixo do erro médio total temível.

Assim para Espartel (1965), o erro médio total temível em um nivelamento para um

perímetro „P‟ percorrido em quilômetros, deverá ser:

€m = 5mm

E erro máximo admissível, segundo o mesmo autor, deverá ser:

€ = 2,5 * €m

De acordo com a ABNT (1994), os valores limites de classes aceitáveis são os

descritos na tabela abaixo 1.

Page 29: WLARDSON CHAVES DANTAS

28

Tabela 1. Valores limites de classes de precisão aceitáveis

O nivelamento trigonométrico, muitas vezes é utilizado por conta de sua agilidade no

processo do levantamento topográfico, uma vez que consegue ler um número bem maior de

pontos do terreno sem que seja preciso trocar de estação. Desta forma é aconselhado para

levantamentos em áreas muito grandes, ou terrenos bem irregulares. Porém sua precisão é

considerada inferior a do nivelamento geométrico, pelo fato de trabalhar com ângulos zenitais

e a altura do instrumento ser determinada na maioria das vezes através de trenas, o que facilita

a ocorrência de erros por parte do topógrafo.

Além do que já foi citado acima, de acordo com Silva (pela Universidade Federal do

Rio Grande do Sul), a curvatura terrestre e a refração atmosférica podem influenciar

significativamente nos levantamentos trigonométricos. A curvatura terrestre e as diferentes

densidades nas camadas da atmosfera afetam os nivelamentos principalmente quando as

visadas são extensas.

Porém esse mesmo autor concluiu em seu trabalho que o nivelamento trigonométrico

com todo o rigor no levantamento pode ser executado sem prejuízos na precisão das cotas e é

comparável ao nivelamento geométrico quando se executam visadas zenitais recíprocas para

as devidas correções da refração.

Dessa forma Gonçalves et al. (2007) concluíram que no nivelamento trigonométrico

com distâncias iguais não é necessário realizar correções atmosféricas nem de curvatura, pois

os efeitos produzidos são anulados, sendo o mesmo em ambas direções, embora o efeito

atmosférico não é teoricamente o mesmo, na prática considera-se igual, pois a diferença é

mínima.

Page 30: WLARDSON CHAVES DANTAS

29

2.5 USO DO GPS EM LEVANTAMENTOS ALTIMÉTRICOS

O sistema GPS também vem sendo muito utilizado em levantamentos topográficos

para sistematização de terreno através de nivelamentos altimétricos. De acordo com Braga

(2010), os equipamentos de GPS de navegação podem ter uma precisão de 5 a 15 metros,

enquanto que os equipamentos receptores do GPS geodésico podem alcançar precisões bem

melhores em relação ao anterior. Por esse motivo o GPS geodésico é o mais recomendado

para levantamentos topográficos.

Segundo Coelho (2003), utilizando modelos geoidais precisos o GPS tem o potencial

para substituir grandes partes das operações convencionais de nivelamento geométrico em

muitas aplicações.

Apesar da boa aceitação do sistema GPS para a realização de nivelamentos

altimétricos, alguns fatores podem influenciar de forma significativa a sua precisão. Segundo

Timbó (2000), alguns dos elementos que podem influenciar no levantamento altimétrico com

GPS são:

Disposição geométrica da constelação: a disposição de satélites no instante das

observações tem muita influência na qualidade das posições e na propagação de erros.

Técnica utilizada e sinal observado na medição: de um modo geral, a fase dá melhor

precisão que o código e as aplicações estáticas dão melhor resultado que as cinemáticas.

Modelagem ou eliminação dos efeitos atmosféricos: com o afastamento da estação base os

efeitos da inosfera na estação móvel tornam-se diferentes, não podendo ser eliminados por

combinação linear, afetando a precisão relativa

Precisão das efemérides: efemérides precisas são os elementos keplerianos das orbitas dos

satélites medidos com precisão através de redes de monitoramento. Estas efemérides

permitem calcular as coordenadas dos satélites com grande precisão e consequentemente

fornecendo posições terrestres altamente precisas.

Efeito de multicaminhamento na onda: as ondas que não atingem diretamente o receptor,

podem atingir objetos próximos e sofrendo reflexão atingi-lo indiretamente, causando

pequenos erros, principalmente próximo a superfícies refletoras.

Angulo de elevação do satélite: de modo geral, quanto mais elevado o angulo melhor o

resultado. Quando o angulo acima do horizonte é muito baixo o calculo da posição não

produz bons resultados, para ter resultados aceitáveis o angulo deve estar acima de 15°

Page 31: WLARDSON CHAVES DANTAS

30

Rotação da terra: ao deixarem os satélites, os sinais levam alguns centésimos de segundos

para atingir o receptor, enquanto isto, dependendo da latitude do receptor, a terra já se

movimentou mais de 20 m. Alem disso o movimento da terra não é rigorosamente regular,

sofrendo variações de longo e curto prazo que devem ser considerados com muita precisão.

Dessa forma pode-se perceber que existe muitas variáveis que devem ser consideradas

para se ter uma boa precisão do sistema GPS para seu uso no nivelamento altimétrico, assim

como as outras metodologias de levantamento topográfico para fim de sistematização de

terrenos.

As determinações altimétricas feitas a partir do sistema GPS apresentam certas

restrições, uma vez que as altitudes obtidas são referenciadas ao elipsóide WGS-84 (World

Geodetic System 1984). Segundo Teixeira et al. (2000), as altitudes referidas ao WGS-84

(altitudes geométricas) não têm um significado físico e sim geométrico o que vem a ser uma

limitação para aplicações nas Engenharias.

No entanto, alguns estudos já desenvolvidos têm demonstrado a viabilidade desta

tecnologia em levantamentos planialtimétricos. Corseuil e Robaina (2003) avaliaram o tempo

de coleta de dados com GPS em trabalhos de altimetria, comparando os resultados com o

nivelamento trigonométrico, e constataram a possibilidade da utilização do sistema de

posicionamento global de forma precisa, no entanto, os autores reforçam a necessidade de

efetuar a modelagem da ondulação geoidal.

Em estudos a fim de determinar a precisão do sistema GPS, Rodrigues et al. (2006),

comparou cotas de vértices de uma poligonal, considerando dados coletados por três

diferentes receptores GPS, usando como testemunha uma estação total, e com o auxílio de um

software especifico para confrontar os dados das cotas, constatou que as mesmas foram

satisfatórias para o equipamento GPS Trimble® 4600 LS. Para o equipamento GPS Trimble

®

modelo PRO XR, as cotas não foram totalmente satisfatórias, mas possíveis de serem

consideradas em anteprojetos. Para equipamentos GPS Garmin® de navegação 12 XS, as

cotas mostraram-se inaceitáveis para a finalidade estudada.

Com a premissa de que a constante evolução dos equipamentos e softwares na área de

topografia propiciou um ganho considerável em produtividade e qualidade na confecção dos

mapas que servem de base aos projetos de engenharia. Coelho (2003) realizou, através de

trabalho, uma análise comparativa dos dados de altimetria obtidos por três diferentes

equipamentos de grande uso no mercado nacional, ou seja, estação total, GPS geodésico e

GPS de navegação. Seu objetivo também foi avaliar a possibilidade do uso de equipamentos

Page 32: WLARDSON CHAVES DANTAS

31

rastreadores GPS para a elaboração de hipsometria terrestre. De acordo com a metodologia

adotada, o autor avaliou o erro cometido pelos equipamentos descritos, confirmando assim a

possibilidade do uso de GPS geodésico e descartando o uso GPS de navegação para fins de

sistematização de terras.

Como o sistema GPS tem ganhado cada vez mais espaço nos levantamentos

topográficos, é importante avaliar sua precisão nos mais diversos trabalhos realizados em

campo. Em vista disso Braga (2010) avaliou o desempenho dos aparelhos GPS de navegação

em levantamentos topográficos planimétricos, utilizando como testemunha um receptor GPS

geodésico, que é bastante preciso para fins de levantamentos topográficos. Os resultados do

trabalho demonstraram que os receptores de GPS denominados de navegação não se mostram

adequados para levantamentos planimétricos ocasionando erros na ordem de 1,395m a -

2,395m e 1,618 a 2,385m para longitude e latitude respectivamente.

Page 33: WLARDSON CHAVES DANTAS

32

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O trabalho foi realizado no campus da Universidade Federal Rural do Semi-Árido

(UFERSA), localizado em Mossoró, RN. Para realização do trabalhos foram utilizadas duas

áreas com características de relevo distintas entre si. Uma das áreas (ÁREA 1) é localizada em

um bosque, no lado oeste do campus da UFERSA Mossoró, entre os prédios de Fitossanidade

o Central, com coordenadas UTM 685625,80 m E e 9424739,26 S (Figura 10).

Figura 10. Localização da ÁREA 1

A segunda área (ÁREA 2) que se localiza no lado leste do campus da UFERSA

Mossoró, em frente ao setor de Bovinocultura, se situa a uma posição de coordenadas UTM

686452,90 m E e 9423833,34 m S (Figura 11).

Page 34: WLARDSON CHAVES DANTAS

33

Figura 11. Localização da ÁREA 2

Para a avaliação do desempenho, foram selecionadas essas duas áreas, devido ao fato de

as mesmas conterem situações distintas no que diz respeito às irregularidades do relevo.

O experimento visou fazer uma análise comparativa dos resultados de mapas

construídos a partir das curvas de nível e pontos altimétricos, formando assim os modelos

digitais de cada um dos terrenos em questão (MDTs).

Esses mapas elaborados a partir de dados de campo coletados com os seguintes

equipamentos: Nível Óptico (levantamento geométrico), que foi tomado como testemunha por

ser o mais convencional; Teodolito (levantamento trigonométrico) e utilizando as informações

coletadas pelos receptores de GPS de navegação, comparando assim os volumes de corte e

aterro dos modelos digitais em relação a uma cota previamente estabelecida para todas as

áreas.

Os dados analisados foram obtidos em 35 pontos, em malhas quadradas com distâncias

de 10 m entre os piquetes, distribuídos em 5 colunas e 7 linhas, na quadriculação da ÁREA 1.

Na quadriculação da ÁREA 2, foi adotada uma distância de 20 m entre piquetes, num total e

56 pontos, distribuídos em 6 colunas e 7 linhas. Feito dessa forma os modelos digitais das

áreas 1 e 2 forneceram uma representação real e apresentando mais informações a cerca do

seu relevo.

A variável de interesse foi a diferença das altitudes ortométricas obtidas entre os dados

coletados pelo Nível Óptico e os dados coletados pelo Teodolito e o receptor de GPS de

navegação.

Page 35: WLARDSON CHAVES DANTAS

34

3.2. LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICOS

3.2.1 Nivelamento Geométrico

Utilizou-se o aparelho da Marca CST/Berger, Modelo SAL24, com aumento de 24x,

abertura da objetiva de 30 mm e precisão de 2,0 mm.

Para os nivelamentos Geométricos e Trigonométricos utilizaram-se os seguintes

acessórios: tripé e mira telescópica de encaixe de alumínio de 5 m de comprimento, graduada

miletricamente na face traseira.

O instrumento foi instalado em um local estratégico que possibilitasse o máximo

número de visadas, a fim de reduzir possíveis erros decorrentes da mudança de estação.

Após o nivelamento do aparelho iniciou-se a coleta de dados, visando a linha do

retículo médio na mira, posicionada sobre o ponto demarcado pelo piquete.

As cotas foram determinadas a partir da leitura média na mira, da cota atribuída ao

nível de referência e do plano de referência adotado, utilizando a equação 1:

Ai = Cota (RN) + Leitura de Ré (RN) (1)

Cota = Ai – Leitura de vante (2)

Em que:

Ai – Altura do Instrumento, atribuindo-se um plano de referência sob a estação (m);

Cota (RN) – cota inicial do nivelamento, para o ponto referencial (m);

Leitura de Ré (RN) – leitura do retículo médio na mira posicionada sobre o ponto RN (m).

3.2.2 Nivelamento Trigonométrico

O teodolito usado foi um Teodolito Eletrônico da marca FOIF® – Série DT200. O

aparelho apresenta abertura da objetiva de 42 mm, capacidade de aumento da imagem de até

30X, prumo óptico laser, campo de visão 1º20”, leitura mínima de 1”, foco mínimo de 1 m,

imagem direta, precisão angular 5”.

Para o inicio do Levantamento Trigonométrico, a definição segura e confiável de um

RN (Referência de Nível) é elemento fundamental para que os resultados sejam também

seguros e confiáveis. Definido o RN, deu-se início ao levantamento topográfico, medindo-se,

Page 36: WLARDSON CHAVES DANTAS

35

com o teodolito, os ângulos Zenitais e os retículos inferior e superior, para o cálculo das

distâncias horizontais e verticais.

O Nivelamento trigonométrico seguiu as normas da ABNT (1994) que realiza a

medição da diferença de nível entre pontos do terreno, indiretamente, a partir da determinação

do ângulo vertical da direção que os une e da distância entre estes, fundamentando-se na

relação trigonométrica entre o ângulo e a distância medidos, levando em consideração a altura

do centro do limbo vertical do teodolito ao terreno e a altura sobre o terreno do sinal visado.

Para determinação das distancias horizontais (DH) utilizou-se a equação 3.

DH = 100x(Ls - Li)xCos2α (3)

Em que:

DH – Distância horizontal (m);

Ls – Leitura do retículo superior da mira (m);

Li – Leitura do retículo inferior da mira (m);

α – Ângulo de inclinação do eixo da luneta em relação ao horizonte (Ângulo zenital – 90°)

Quando a visada era realizada com ângulo zenital era menor do que 90° obtinha-se

visadas ascendentes, caso fosse realizada com ângulo zenital maior do que 90° obtinha-se

visadas descendentes.

A partir da definição do DH entre a estação e o ponto visado, determinou-se o desnível

entre estes utilizando as Equações 4 e 5, para visadas ascendentes e descendentes

respectivamente.

DN = DHxTgα + I – Lm (4)

DN = DHxTgα – I + Lm (5)

Em que:

DN – Diferença de Nível (m);

DH – Distância Horizontal (m);

α – Ângulo de inclinação do eixo da luneta em relação ao horizonte (Ângulo zenital – 90°)

I – Altura do Instrumento, medida com a trena, entre o eixo da luneta na posição horizontal à

superfície do solo (m)

Page 37: WLARDSON CHAVES DANTAS

36

Lm – Leitura média, obtida pela média aritmética entre a Leitura do retículo superior (Ls) e a

Leitura do retículo inferior (Li).

A partir do desnível entre a estação e o ponto visado determinou-se a cota do ponto

visado, utilizando a equação 6:

Cota (P) = Cota(E) + DN (E-P) (6)

Em que:

Cota (P) – Cota do ponto visado (m);

Cota (E) – Cota da estação (m);

DN (E-P) – Desnível entre a estação e o ponto visado (m).

3.2.3 Nivelamento com GPS de navegação

Neste nivelamento foi utilizado o receptor GPS de navegação Garmin Etrex Vista H,

configurado em coordenadas UTM e no sistema WGS 84 (World Geodetic System, 1984). É

importante ressaltar que cada ponto foi marcado seguindo a mesma altura com relação ao solo

onde o operador se encontrava, permanecendo de quatro a cinco minutos em cada ponto.

O Sistema GPS realiza cálculos considerando o sistema elipsoide enquanto que a terra

possui a forma de um geoide. Diante destas irregularidades de superfície e das definições

explicadas, as altitudes possuem dois tipos de descrições: a altitude geométrica (ou elipsoidal

ou geodésica) e a altitude ortométrica (ou geográfica ou geioidal) (SALVADOR, 2008). A

altura ortométrica é definida pelo nível médio dos mares, enquanto a altitude elipsoidal por

sua vez está ligada ao elipsoide que é uma superfície matemática com a forma e dimensões

próximas ao geoide e utilizado nos levantamentos geodésicos com uma superfície de

referência no posicionamento horizontal (ARANA, 2005).

O Sistema GPS trabalha com altitude elipsoidal, assim, os dados obtidos precisão ser

transformados para altitude ortomética, fazendo-se a correção com a ondulação geoidal, que é

a diferença entre essas duas altitudes, utilizando a equação 7.

Page 38: WLARDSON CHAVES DANTAS

37

H = h – N (7)

Em que:

H – Altitude ortométrica (m);

h – altitude elipsoidal ou geométrica (m);

N– Ondulação Geoidal (m).

Desta forma, utilizou-se o modelo geoidal MAPGEO2010 do IBGE, verificou-se uma

ondulação geoidal de -7,16 m nos 4 pontos extremos do terreno, desta forma não foi

necessário utilizar a correção, provavelmente em decorrência do tamanho da área.

Os dados coletados pelos Levantamentos Geométrico, Trigonométrico e GPS de

navegação foram tabelados de forma a serem feitas as manipulações necessárias com os

softwares EXCEL®, SURFER

®, Easy GPS

® e GPS Trackmaker

®.

Com auxilio do software EXCEL(R)

, foram calculadas as cotas de todos os pontos da

área para o Nivelamento Geométrico e Trigonométrico. O Processamento dos dados obtidos

pelo GPS de Navegação foi realizado com o auxílio do software Easy GPS a qual expressa os

valores de cotas sem aproximações de casas decimais, diminuindo o erro na medição das

alturas. O sofware SURFER®

foi utilizado na delimitação das curvas de nível, representação

tridimensional do terreno e na estimativa da capacidade de água para cada tipo de

Nivelamento.

Page 39: WLARDSON CHAVES DANTAS

38

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos com os levantamentos topográficos realizados através do método

convencional (levantamento geométrico) e os dados obtidos com os levantamentos

trigonométricos e pelo GPS de navegação, estão representados a baixo dividido por áreas.

4.1 ÁREA 1

Nas Figuras 12A e 12B são apresentadas as imagens, tridimensional e em curva de

nível do terreno, obtida a partir de dados coletados no levantamento geométrico, na qual

verificou-se uma imagem realística da área, podendo-se observar que o terreno apresenta

relevo relativamente plano com três zonas em destaque, apresentando um trecho com pequena

declividade entre as linhas 1 e 2, seguida de um trecho relativamente plano entre as linhas 2 e

6, e finalizando com um trecho de maior declividade entre as linhas 6 e 7. O esboço

tridimensional deste terreno está representado na figura abaixo.

Analisando as curvas de nível da figura 12B, é possível visualizar uma maior

proximidade destas curvas entre as linhas 1 e 2 e também entre as linhas 5 e 7, onde estão as

zonas de maior declividade, ao passo que se apresentam mais distanciadas entre as linhas 2 e

7 demonstrando o aspecto plano mostrado na Figura 10A.

Page 40: WLARDSON CHAVES DANTAS

39

Figura 12. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao nivelamento geométrico da Área 1

0 10 20 30 40

C olunas

0

10

20

30

40

50

60

Lin

ha

s

7 .6

7 .8

8 .0

8 .2

8 .4

8 .6

8 .8

9 .0

9 .2

9 .4

9 .6

9 .8

10 .0

10 .2

B.

A.

Nas Figuras 13A e 13B são apresentadas as imagens, tridimensional e curva de nível,

obtidas através dos dados coletados no levantamento trigonométrico. Pode-se observar a

presença de três zonas de destaque no relevo, uma entre as linhas 1 e 3 onde percebe-se

depressões no terreno, seguida por uma área plana entre as linhas 3 e 6, completando com

uma zona de relevo acidentado na ultima seção (linhas 6 e 7), conforme mostrado na Figura

13A.

Page 41: WLARDSON CHAVES DANTAS

40

Figura 13- Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao levantamento trigonométrico da

Área 1.

0 10 20 30 40

Colunas

0

10

20

30

40

50

60

Lin

ha

s

8

9

9

10

10

11

11

12

12

13

B.

A.

Analisando as curvas de nível (Figura 13B), pode-se visualizar as depressões indicadas

anteriormente, bem como a área central com relevo mais plano, no qual constata-se uma

maior distância entre as curvas de nível, representando seções com terreno mais plano.

Com relação às imagens obtidas a partir dos dados coletados com GPS (Figuras 14A e

14B), é possível observar uma grande variação no relevo do terreno, principalmente

comparando-se com as imagens obtidas com os métodos geométricos e trigonométricos.

Ainda na Figura 14A pode-se observar uma variação brusca no relevo em todas as linhas,

havendo zonas planas apenas considerando o ponto de vista das colunas.

Page 42: WLARDSON CHAVES DANTAS

41

Na Figura 14B são apresentadas as curvas de nível da área analisada, na qual pode-se

observar que houve uma maior proximidade nas curvas de nível entre as linhas 3 e 4 ao longo

das colunas, e nas colunas 1 e 2 entre as linhas 1 e 4, demonstrando maior declividade nestas

zonas, conforme mostrado também na Figura 14A.

Figura 14. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes as elevações coletadas com GPS de

Navegação na Área 1

19

19

20

20

21

21

22

22

23

23

24

24

25

25

26

0 10 20 30 40

C olunas

0

10

20

30

40

50

60

Lin

ha

s

B.

A.

No Gráfico 1 são apresentados os perfis longitudinais, no sentido das colunas adotadas

na quadriculação, resultando em sete perfis, sendo um para cada linha. De forma geral pode-

se observar que para a maioria dos perfis o teodolito apresenta grande semelhança com os

perfis obtidos com o nível. Esses resultados reforçam que a aquisição de dados altimétricos,

pode ser realizada com o nivelamento trigonométrico, conforme sugerido por Dias et al.

(2010), com vantagens como rapidez, praticidade e precisão que essa metodologia apresenta.

Page 43: WLARDSON CHAVES DANTAS

42

Gráfico 1. Representação da comparação dos perfis longitudinais gerados com os dados dos três aparelhos para

Área 1

5

7

9

11

13

15

17

19

21

23

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 1

5

7

9

11

13

15

17

19

21

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 2

5

7

9

11

13

15

17

19

21

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 3

5

7

9

11

13

15

17

19

21

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 4

5

7

9

11

13

15

17

19

21

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 5

5

7

9

11

13

15

17

19

21

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 6

5

7

9

11

13

15

17

19

21

0 10 20 30 40

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 7

NÍVEL

TEODOLITO

GPS

Page 44: WLARDSON CHAVES DANTAS

43

Em contra partida, verifica-se ainda que os dados obtidos com o GPS de navegação

apresentam perfis bastante diferenciados. Analisando esses dados, percebe-se que o GPS de

Navegação apresentou comportamento muito discrepante no relevo do terreno em

comparação com o nivelamento geométrico, sendo inadequado para levantamentos

altimétricos. Resultados semelhantes foram observados por Melo et al. (2012), que avaliando

o uso de GPS de Navegação para determinação de desnível, observaram, para o mesmo

terreno, o desnível variando de 93 a 132 m.

Com relação às cotas encontradas nos levantamentos, verifica-se na Tabela 2 que as

cotas obtidas a partir do nivelamento geométrico apresentaram variação de 7,77 a 10,32 m,

resultando em um desnível de 2,55 m entre as cotas extremas e proporcionando três contas

inteiras neste intervalo (8, 9 e 10 m).

Tabela 2. Volume de corte e de aterro para ÁREA 1 a partir de dados coletados por diferentes aparelhos

topográficos, considerando diferentes greides de acordo com cada aparelho

COTA (m) CORTE (m3) ATERRO (m

3)

NÍVEL DE PRECISÃO

7,77 3021,30 0,00

8,00 2480,16 10,86

9,00 606,63 573,33

10,00 12,69 2343,39

10,32 0,00 3098,7

TEODOLITO

8,28 6790,65 0,00

9,00 5063,68 1,02

10,00 2679,34 16,69

11,00 591,60 328,95

12,00 47,76 2185,11

12,79 0,00 4033,35

GPS DE NAVEGAÇÃO

18,87 7660.94 0,00

19,00 7352,12 0,78

20,00 5195,89 244,55

21,00 3463,1 911,76

22,00 2007,48 1856,14

23,00 788,61 3037,27

24,00 109,05 4757,71

25,00 0,37 7049,03

25,60 0,00 8491.06

Realizando a mesma análise para as cotas obtidas através do nivelamento

trigonométrico, observa-se que há um maior intervalo variando de 8,28 a 12,79 m, dessa

forma resultando em um desnível de 4,51 m entre as cotas extremas e proporcionando assim

quatro cotas inteiras no intervalo especificado (9, 10, 11 e 12 m).

Ainda na Tabela 2, verifica-se uma grande variação entre as cotas obtidas com o GPS

de Navegação, onde o intervalo varia de 18,87 a 25,60 m, resultando assim em um desnível de

Page 45: WLARDSON CHAVES DANTAS

44

6,73 m, configurando dessa forma sete cotas inteiras determinadas neste intervalo (19, 20, 21,

22, 23, 24 e 25).

Os dados referentes ao volume de corte e aterro são apresentados na Tabela 2.

Considerando a terraplenagem com a menor cota obtida através de cada método (7,77 m

(nível de precisão); 8,28 m (teodolito) e 18,88 m (GPS de Navegação)), obtendo-se volumes

apenas de corte, verifica-se que os maiores volumes ocorreram para o GPS de Navegação

(7660,94 m3) seguido pelo Teodolito (6790,65 m

3), sendo superiores ao Nível de Precisão em

3769,35 m3 para Teodolito e 4639,64 m

3 para GPS de Navegação, correspondendo a

superestimativa de 124,76 e 153,56%, respectivamente.

Considerando a terraplenagem par um greide final de acordo com a maior cota obtida

através de cada método (10,32 m (nível de precisão); 12,79 m (teodolito) e 25,60 m (GPS de

Navegação), obtendo-se assim volumes apenas de aterro, verifica-se que os maiores valores

ocorreram para o GPS de Navegação (8491,06 m3) seguido pelo Teodolito (4033,35 m

3),

sendo superiores ao Nível de Precisão em 934,65 m3 para o Teodolito e 5392,36 m

3 para GPS

de Navegação, correspondendo a superestimativa de 30,16 e 174,02%, respectivamente.

A diferença entre os volumes obtidos com o nivelamento trigonométrico em relação ao

nível de precisão (30,16%) foram bem maiores que a diferença encontrada por Dias et al.

(2010), os quais constataram diferença de apenas 0,02%. No entanto, vale salientar que esses

autores trabalharam com estação total, que, por características próprias do aparelho possibilita

a redução de possíveis erros, principalmente erros grosseiros, como a simples anotação dos

dados.

4.2 ÁREA 2

Nas Figuras 15A e 15B estão dispostas as imagens, tridimensional e em curva de nível,

obtidas a parti de dados coletados no levantamento realizado com o Nível de precisão

(nivelamento geométrico), que foi utilizado como referencia para a análise dos outros

métodos. Na Figura 15A é possível observar que o relevo é bastante irregular apresentando

depressões mais acentuadas ao longo das colunas 1 e 2 no trecho compreendido entre as

linhas 3 e 5, alem disso é possível notar que o terreno segue uma tendência ascendente entre

as linhas 3 e 5.

Analisando as curvas de nível apresentadas na Figura 15B, percebe-se uma

proximidade maior entre as curvas que estão compreendidas entre as linhas 1 e 2,

Page 46: WLARDSON CHAVES DANTAS

45

demonstrando o desnível nessa zona do relevo, o afastamento dessas curvas na parte mais

central do terreno representa um aspecto mais plano que também é possível de observar na

Figura 15A. Verifica-se também a presença de uma depressão na cola 7 entre as linhas 4 e 5.

Figura 15. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao nivelamento geométrico da Área 2

0 20 40 60 80 100 120 140

C olunas

0

20

40

60

80

100

Lin

as

A.

B.

Da mesma forma nas Figuras 16A e 16B estão apresentadas as imagens,

tridimensional e em curva de nível, obtidas levando-se em consideração os dados do

levantamento realizado com o Teodolito (nivelamento trigonométrico). Na Figura 16A nota-se

uma maior irregularidade no terreno com poucas zonas planas. Porém, verifica-se também a

depressão existente entre as linhas 2 e 5, outras duas zonas de destaque representadas nas

figuras são a depressão existente ao longo das colunas 3 e 5 e entre as linhas 2 e 4, e a

declividade acentuada presente ao longo da coluna 8 entre as linhas 5 e 6.

As curvas de nível presentes na Figura 16B, mostram bem como estão dispostas estas

declividades ao passo que as curvas se aproximam, demonstrando também as depressões nas

zonas onde as colorações se apresentam mais escuras, como na região compreendida entre as

linhas 3 e 6.

Page 47: WLARDSON CHAVES DANTAS

46

Analisando as Figuras 15B e 16B, assim como observado na ÁREA 1 (Figuras 12B e

13B), referentes as curvas de nível obtidas com nível e precisão e teodolito, respectivamente,

percebe-se grande semelhança entre as figuras. Resultados semelhantes foram observados por

Gomes e Cardoso (2008), os quais avaliaram o uso de três tipos de teodolito e o nível de

precisão, e verificaram variações muito pequenas entre os equipamentos, assim, esses autores

sugerem a substituição do nivelamento geométrico composto pelo nivelamento

trigonométrico.

Figura 16. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes ao nivelamento trigonométrico da

Área 2.

0 20 40 60 80 100 120 140

C olunas

0

20

40

60

80

100

Lin

ha

s

4 .5

5 .0

5 .5

6 .0

6 .5

7 .0

7 .5

8 .0

8 .5

9 .0

9 .5

10 .0

10 .5

11 .0

11 .5

12 .0

12 .5

A.

B.

As Figuras 17A e 17B, mostram as imagens, tridimensional e curvas de nível, obtidas

através dos dados levantados com o GPS de Navegação, na qual verificou-se que o relevo se

apresenta com ondulações mais suaves, porem com algumas zonas de destaque, observando-

se uma depressão acentuada na região delimitada ao longo das colunas 1 e 2 entre as linha 1 e

Page 48: WLARDSON CHAVES DANTAS

47

3. Através da imagem 17A é possível perceber que o relevo desta área apresenta uma

declividade ascendente no sentido de crescimento das colunas.

Analisando as curvas de nível da Figura 17B, é possível visualizar uma maior

proximidade destas curvas ao longo das colunas 1 e 2 e também entre as colunas 5 e 6, onde

estão as zonas de maior declividade. Como visto na Figura 17A algumas regiões se

apresentam com um aspecto mais plano, coincidindo assim com as zonas onde as curvas de

nível se encontram mais separadas, como é o caso da região compreendida ao longo das

colunas 3 e 5 entre as linhas 2 e 5.

Figura 17. Imagem tridimensional (A) e em curvas de nível (B) referentes as elevações coletadas com GPS de

Navegação na Área 2

0 20 40 60 80 100 120 140

C olunas

0

20

40

60

80

100

Lin

ha

s

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

A.

B.

Os perfis longitudinais que representam cortes no plano vertical estão apresentados no

Gráfico 2. Esses perfis estão disposto no sentido das colunas adotadas na quadriculação,

resultando em 8 perfis, sendo uma para cada linha. Através de uma observação visual pode-se

perceber que para a grande maioria dos perfis o teodolito demonstra uma semelhança

considerável com os perfis obtidos com o nivelamento geométrico (Nível de precisão).

Page 49: WLARDSON CHAVES DANTAS

48

Gráfico 2. Representação da comparação dos perfis longitudinais gerados com os dados dos três aparelhos para

Área 2

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 1

NÍVEL TEODOLITO GPS

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 2

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 3

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 4

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 5

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 6

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 7

0

5

10

15

20

25

30

35

0 20 40 60 80 100

Co

tas

ou

ele

va

çõ

es

(m)

Distâncias entre colunas (m)

Perfil Linha 8

Page 50: WLARDSON CHAVES DANTAS

49

Porém verifica-se também que os dados obtidos através do levantamento realizado

com GPS de Navegação apresentam a disposição dos perfis bem mais diferenciados, embora

tenha seguido um padrão mais lógico do que o levantamento realizado com GPS de

Navegação na Área 1 em relação ao método de nivelamento convencional. Analisando esses

dados constata-se a imprecisão do GPS de Navegação para fins de levantamentos altimétricos.

Porém estes erros na caracterização dos perfis pode ser considerado menor quando se

trata de terrenos mais irregulares, mas apesar disso ainda se mostra inviável para as duas

situações. Coelho (2003), através de trabalho realizado em áreas com declividades diferentes

(0 a 2%, 2 a 5% e 5 a 8%), constatou a inviabilidade do GPS de Navegação se apresenta

inviável para qualquer levantamento altimétrico.

No nivelamento geométrico constatou-se uma variação de 4,87 a 12,96 m entre cotas,

resultando em um desnível de 8,09 m entre os valores extremos encontrados no levantamento

e com isso proporcionando oito cotas inteiras neste intervalo (5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12m).

De forma análoga as cotas encontradas através do nivelamento trigonométrico

apresentam um intervalo de cotas variando de 4,86 e 12,52 m, dessa forma resultando em um

desnível de 7,66 m entre os valores extremos obtidos nesse levantamento, e com isso

proporcionando também oito cotas inteiras neste intervalo (5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 m).

Fazendo uma analise ainda da Tabela 3, contata-se a grande variação entre as cotas

encontradas com o GPS de Navegação, apresentado um intervalo que varia de 18,39 a 34,49

m, retornando um resultado de 16,1 m de diferença de nível entre as cotas extremas,

configurando dezesseis cotas inteiras no intervalo especificado (19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26,

27, 28, 29, 30, 31, 32, 33 e 34 m).

Na Tabela 3 também estão apresentados os dados referentes ao volume de corte e de

aterro da Área 2. Levando-se em consideração a terraplenagem tendo como greide a menor

cota obtida através de cada método (4,87 m (Nível de Precisão); 4,89 m (Teodolito) e 18,39

m(GPS de Navegação)), dessa forma se obtém apenas volumes de corte, e com isso verifica-

se que os maiores volumes ocorreram para o GPS de Navegação (127407 m3), sendo seguido

pelo Teodolito (52056,70 m3). Comparando-se esses valores aos encontrados com o nível de

previsão, pode-se constatar que o GPS foi superior em 80079,9 m3 (169,20%), enquanto o

Teodolito proporcionou valor superior ao nível Precisão em 4729,6 m3 (9,99%).

Page 51: WLARDSON CHAVES DANTAS

50

Tabela 3. Volumes de corte e aterro para ÁREA2 a partir de dados coletados por diferentes aparelhos

topográficos, considerando diferentes greides de acordo com cada aparelho.

COTAS (m) CORTE (m3) ATERRO (m

3)

NÍVEL DE PRECISÃO

4,87 47327,10 0,00

5,00 45507,10 0,03

6,00 31922,20 415,09

7,00 19798,20 2291,16

8,00 10539,60 7032,53

9,00 5189,80 15682,70

10,00 2154,86 26647,80

11,00 718,98 39211,90

12,00 116,02 52609,00

12,96 0,00 59507,10

TEODOLITO

4,89 52056,70 0,00

5,00 50516,70 0,01

6,00 36548,10 67,35

7,00 23953,50 1436,82

8,00 13302,30 4785,58

9,00 6024,89 11508,20

10,00 2277,48 21760,80

11,00 580,67 34064,00

12,00 35,47 47518,80

12,52 0,00 54763,30

GPS DE NAVEGAÇÃO

18,39 127407 0,00

19,00 118869 1,49

20,00 104946 78,85

21,00 91175,7 308,25

22,00 77623,8 756,39

23,00 64368,5 1501,08

24,00 51445,6 2578,14

25,00 38978,5 4111,07

26,00 27930,3 7062,91

27,00 19558 12690,60

28,00 12563,4 19695,90

29,00 6949,44 28082,00

30,00 3291,34 38423,90

31,00 1447,1 50579,70

32,00 545,31 63677,90

33,00 111,41 77244,00

34,00 3,6348 91136,20

34.49 0,00 97992,60

Page 52: WLARDSON CHAVES DANTAS

51

Por outro lado considerando apenas a terraplenagem tendo como greide a maior cota

obtida através de cada método (12,96 m (Nível de precisão); 12,52 m (Teodolito) e 34,49 m

(GPS de Navegação), considerando esta situação obtêm-se volumes de aterro, e dessa forma é

fácil perceber na Tabela 3 que os maiores volumes ocorreram para o GPS de Navegação

(97992,60 m3), seguido o Nível de precisão (59507,10 m

3) e do Teodolito (54763,30 m

3).

De acordo com os dados, o GPS de Navegação mostrou volume total de aterro

superior ao do Nível de precisão em 38485,5 m3, enquanto que o volume de aterro total obtido

com o Teodolito apresentou resultado inferior ao do Nível em 4743,8 m3, dessa forma

correspondem para este caso a uma superestimativa de 64,67% para o GPS. Enquanto que

para o Teodolito se observou uma baixa estimativa de 8,6%.

Analisando as diferenças entre os resultados obtidos com o GPS de navegação e o

nível de precisão nas duas áreas estudadas, verificou-se que a discrepância encontrada nos

dados obtidos com o GPS de navegação foi maior na ÁREA 1, que apresenta relevo mais

plano do que a ÁREA 2. Tais resultados assemelham-se em parte, aos obtidos por Coelho

(2003), que também verificou maior erro nas leituras realizadas para terrenos com menor

declividade. Esse mesmo autor, encontrou erros de até 10 m de altitude, e erros volumétricos

variando de até 329,4%, e afirma a impossibilidade de se desenvolver cálculos de volumes

com os dados coletados com GPS de navegação.

Outro provável fator que influenciou no maior erro nos dados coletados com o GPS de

navegação na ÁREA 1, pode ter sido a presença de plantas arbóreas dentro e próximo do

terreno estudado, além do mesmo está localizado próximo a edificações, o que poderá

provocar multicaminhamento no sinal.

Os sinais GPS podem ser refletidos por superfícies inclinadas, verticais ou horizontais:

ruas, árvores, lagos, veículos. Dependendo da localização dos receptores durante a coleta de

dados, especialmente em estações de referência, devido às reflexões tais sinais percorrem

caminhos mais longos e chegam atrasados comparados aos sinais diretos o que ocasionam

erros nas leituras e se caracteriza o efeito do multicaminhamento (ÂNGULO FILHO et al.

2002; NOGUEIRA, 2009).

Page 53: WLARDSON CHAVES DANTAS

52

5 CONCLUSÕES

De acordo com a metodologia empregada e os resultados obtidos, as principais

conclusões foram:

O uso do Teodolito para execução de levantamento altimétrico mostrou-se viável,

quando se deseja ganhar tempo na execução de terraplenagem do terreno, sendo que os dados

obtidos pelo método convencional com o Nível de Precisão.

O uso do GPS de Navegação para a execução de levantamento altimétrico quando

adotado a metodologia deste trabalho mostrou-se inviável.

Page 54: WLARDSON CHAVES DANTAS

53

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13133 – Norma de

Execução de Levantamento Topográfico. Rio de Janeiro: 1994. 35 p.

ANGULO FILHO, R.; VETTORAZZI, C. A.; SARRIES, G. A. Avaliação da exatidão de

posicionamento planimétrico de um receptor GPS operando sob diferentes condições de

cobertura vegetal. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina

Grande, v.6, n.2, p.325-331, 2002.

ANTUNES, C. Levantamentos topográficos: Apontamentos de topografia. Engenharia

Geográfica, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa. Lisboa, 1995, 130p.

ARANA, J. M. Estratégia para Determinação da Ondulação do Geóide com o Uso do

GPS/Nivelamento. In UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. As ciências geodésicas

nas políticas de desenvolvimento. Curitiba: 2005. p. 111-123. v. 5 (Série em Ciências

Geodésicas).

AZAMBUJA, J. L. F.; MATSUOKA, M. T. Topografia e GPS - Conquistas e Desafios. In:

SOUZA, S. F., MATSUOKA, M.T.. (Org.). Série em Geomática: II Seminário Anual de

Pesquisas em Geodésia na UFRGS. 1 ed. Porto Alegre/RS: Instituto de Geociências-UFRGS,

v. 1, 09-12. 2007.

BRAGA, J. O. F. Avaliação de receptores GPS em levantamento topográfico

planimétrico. 2010. 49 p. Monografia (Graduação em Engenharia Agronômica) -

Universidade Federal do Pará, Altamira, 2010.

CASTRO JÚNIOR, R. M. Topografia – Curso de Engenharia Civil, Universidade Federal do

Espírito Santo, Vitoria, 1998, 97p. (Apostila)

COELHO, A. C. S. Avaliação do desempenho de receptores GPS em levantamentos

altimétricos, para fim de sistematização de terras. 2003. 128 p. Dissertação (Mestrado em

Irrigação e Drenagem) – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de

São Paulo, Piracicaba, 2003.

COMASTRI, J. A.; TULER, J. C. Topografia: altimetria. 3. ed. Viçosa, UFV, 2010. 200p.

CORSEUIL, C. W.; ROBAINA, A. D. Determinação altimétrica através do sistema de

posicionamento global. Ciência Rural, Santa Maria, v. 33, n. 4, p. 673-678, 2003.

DIAS, A. L.; SARAIVA, A. G. S.; GADELHA, A. G.; SOUZA, R. F.; GUIMARÃES, C. L.

Utilização de estação total para a execução de levantamentos altimétricos compatíveis com a

classe IIN da NBR 13133. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS GEODÉSICAS E

TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAÇÃO, 3. 2010. Anais... Recife, p.1-6.

ESPARTEL, L. Curso de Topografia. 9ª Edição. Editora Globo. Rio de Janeiro, 1987.

ESPARTEL, L. Curso de Topografia. Editora Globo. Porto Alegre, 1965, 655p.

Page 55: WLARDSON CHAVES DANTAS

54

GOMES, L. N. CARDOSO, L. G. Modelagem numérica da superfície na geração da

planimetria segundo dados de quatro equipamentos topográficos. Irriga, Botucatu, v. 13, n. 1,

p. 81-91, 2008.

GONÇALVES, J, A. Livros Topografia: Conceitos e Aplicações - 3ª Ed. Lidel-Zamboni.

Lisboa. 2012. 344p.

MELO, A. S.; MINÁ, A. J. S.; AQUINO, I. S.; OLIVEIRA, A. G.; ASSIS, V. H. S. O uso do

GPS de navegação em pequenas áreas agrícolas. Revista Verde, Mossoró, v. 6, n. 4, p. 137-

141 2011.

NOGUEIRA, E. D. Observáveis GPS: Características e Erros. Universidade do Estado de

Mato Grosso. Departamento de Engenharia civil. Topografia II - Aula 10, 2009.

PINTO, J. R. M. Potencialidade do uso do GPS em obras de Engenharia, 2000. 161 p.

Dissertação (Mestrado em Ciências Cartográficas) – Faculdade de Ciências e Tecnologia de

Presidente Prudente, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - UNESP,

Presidente Prudente 2000.

PINTO, L. E. K. Curso de Topografia. UFBA. Salvador, 1988, 344 p.

RODRIGUES, D. A. Evolução dos equipamentos topográficos aliados a qualidade na

construção civil. 2003. 66 p. Monografia (Graduação em Engenharia Civil com Ênfase

Ambiental) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2003a.

RODRIGUES, V. A. Uso do sistema de posicionamento global na caracterização

planialtimétrica para projetos de irrigação e drenagem. 2003. 95 f. Dissertação (Mestrado

Irrigação e Drenagem)-Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista,

Botucatu, 2003b.

RODRIGUES, V. A.; CARDOSO, L. G.; GOMES, L. N.; BARROS, Z. X.; CAMPOS, S.

Receptores GPS de três precisões e estação total na caracterização de cotas básicas para

projetos rurais. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 26, n. 1, p. 208-214, 2006.

SALVADOR, D. F. Topografia: Geodésica: Georreferenciamento. Blumenau: Ed. Do Autor,

2008. 56 p.

SILVA JÚNIOR, C. A.; MEURER, I.; CARVALHO, L. A. Análise da precisão de receptores

GPS de navegação em planimetria territorial. Agrarian, v. 2, n. 5, p. 21-31, 2009.

TEIXEIRA, N. N.; FERREIRA, L. D. D.; GARNÉS, S., J. A. Carta geoidal de Belo

Horizonte: fase preliminar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CADASTRO TÉCNICO

MULTIFINALITÁRIO, 5., 2000, Florianópolis. Anais... Florianópolis : CIASC, 2000. p.1-7.

TIMBÒ, M. A. Levantamentos através do sistema GPS. Departamento de Cartografia,

UFMG. 2000, 36 p.

UZÊDA, O. G. Topografia, Rio de Janeiro: Ao livro Técnico S. A, 1963. 414p.