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11ºano

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Page 1: William Turner

WILLIAM TURNER

Março 2010

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IntroduçãoJoshep Mallord William Turner foi um dos poucos artistas que conseguiu,

em muitas das obras que produziu ao longo da sua prolífica carreira, ultrapassar a fronteira entre o esteticamente belo e o sublime.

Nas suas visões românticas das paisagens bucólicas ou marítimas da velha Bretanha e nas tentativas de recriação plástica das terríveis forças da natureza, Turner conseguiu na limitação bi-dimensional de uma tela e na exíguoa materialidade das pinceladas, reproduzir a imensidade do mundo real e o poder destrutivo da natureza, despertando nas nossas mentes a consciência da dimensão efémera e finita da nossa existência.

O objectivo deste trabalho é dar a conhecer um pouco da vida de William Turner e das suas obras e associar o seu trabalho ao conceito de Romantismo.

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BiografiaJoseph Mallord William Turner nasceu a 23 de Abril de 1773, em Londres

e faleceu a 19 de Dezembro de 1851 em Chelsea e foium pintor romântico, considerados um dos precursores do Impressionismo, em função dos seus estudos sobre cor e luz. Aos 14 anos entrou para a Real Academia de Londres, onde se iniciou a sua paixão por pintar paisagens, principalmente marinhas.

Turner dedicou-se à pintura da paisagem com paixão, interpretando os seus temas de forma épica. Os seus trabalhos trabalhos transmitem uma emoção extrema e é considerado o ponto culminante da paisagem romântica. William Turner era um homem solitário, sem amigos e quando pintava não permitia a presença de pessoas, mesmo que fossem outros artistas.

Com Turner a pintura romântica adquiriu um carácter poético. Os princípios baseados no desenho são completamente rejeitados por este pintor obcecado com a fixação da luz e a captação de atmosferas.

Uma das suas maiores preocupações foi a aplicação da luz e a sua incidência sobre as cores de maneira a ficar o mais natural possível. Para tal, dedicou-se intensamente ao estudo dos paisagistas holandeses do século XVIII. Nas suas obras os motivos eram, no geral, paisagens, e o mar era uma constante nos seus quadros.

Com o tempo, desenvolveu o seu próprio estilo e completou mais de 20.000 obras. O que mais gostava de pintar era o mar, os rios, as cascatas e os abismos, pois eram belos e perigosos.

O modo com Turner tratava a água, o céu e a atmosfera afastava-se, de todo, do realismo natural.

A sua última exposição foi em 1850. No ano seguinte faleceu doente e solitário, como sempre viveu. As suas obras mais importantes estão na National Gallery e na Tate Gallery, ambas em Londres.

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TécnicaTurner começou como aguarelista e a utilização de tons translúcidos sobre

papel branco ajuda a explicar a sua preocupação pela cor da luz. Fez numerosos estudos do natural, escolhendo cenários que satisfaziam o gosto romântico por tudo o que fosse pitoresco ou sublime, como as montanhas, o mar, ou sítios ligados a acontecimentos históricos. Porém, muitas vezes alterava tão livremente essas paisagens que elas ficavam irreconhecíveis.

São numerosas as que estão ligadas a temas literários, ostentando títulos como A Destruição de Sodoma, Tempestade de Neve: Aníbal Atravessando os Alpes ou A Peregrinação de Childe Harold: Itália. Quando expunha os seus quadros, Turner acrescentava citações de autores antigos ou modernos e, algumas vezes, compôs ele próprio alguns versos, declarando estar a “citar” o seu poema As Ilusões da Esperança.

Mesmo em termos de valores que ele próprio reconheceu, Turner aparece-nos como um “virtuoso do Sublime”, transviado pela sua própria exuberância. Ruskin elogiou-o, afirmando que via no Navio Negreiro (1840) “o verdadeiro, o belo e o intelectual”, tudo qualidades que elevavam Turner acima dos paisagistas anteriores.

Navio Negreiro, por William Turner (1840)

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Obras

Tempestade de Neve, por William Turner (1842)

É um quadro que pretende transportar o observador para o interior daquela tempestade, as pinceladas vigorosas e rápidas, dispostas em camadas sucessivas, criam uma textura que confere à tela uma espécie de terceira dimensão, o que acentua a ideia da nossa presença naquela paisagem.

Curvas de cor que chocam umas com as outras, brancos contra azuis e negros dão-nos a impressão da desonrientação visual que é sentida no interior de uma intempérie desta dimensão e os tons de vermelho e laranja do fumo, espiralam ao sabor do balanço violento a que o navio está sujeito pelas ondulações do mar.

As manchas negras e a opacidade desta atmosfera de neve e neblina não nos permitem descortinar totalmente aquilo que está a acontecer, o navio quase só é reconhecido pelo vapor que sai da sua chaminé e pelo mastro que se ergue por entre as ondas.

Aquilo que Turner tentou com toda esta plasticidade emotivamente forte foi transmitir-nos o poder de uma tempestade, em outras obras ele centrou-se mais na ideia de obscuridade e incerteza. Numa das suas primeiras obras expostas na Royal Academy of Art em Londres, e numa plasticidade mais de

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acordo com o gosto do seu tempo, pinta uma cena em plena lua cheia, onde um pequeno barco de pescadores navega ao largo de uma costa escarpada.

Obras

Fisherman at Sea, por William Turner (1796)

Aqui aquilo que importa mais nesta pintura é o peso do negro, que augura o perigo do desconhecido, a luz reveladora da lua sobrepõe-se à frágil efemeridade do lanternim do barco, que praticamente nada ilumina, simbolizando a fragilidade humana face ao poder e dimensão aterradora dos elementos.

O quadro nocturno Fishermen at Sea consegue reunir numa só pintura, o temor do mar e o terror do vazio. A mancha negra que obscurece toda a tela dá-nos a impressão do infinito, que está além daquilo que a luz do luar nos permite vislumbrar, ameça-nos com a ausência de limites sensíveis caso saiamos fora da confortável materialidade do elemento.

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RomantismoO Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico que

surgiu inicialmente na Grã-Bretanha e na Alemanha durante o século XVIII. Surgiu como reacção ao culto da razão do Iluminismo, um pouco mais tarde em França, nos países do sul e na Escandinávia espalhando-se depois por toda a Europa e Estados Unidos da América.

Foi originalmente um movimento revolucionário que adoptou as ideias políticas e filosóficas elaboradas pelo século das Luzes: livre expressão da sensibilidade e afirmação dos direitos do indivíduo. Mas o romantismo queria revelar a parte do homem oculta pelas convenções estéticas e sociais.

Esta corrente sustentava-se filosoficamente em três pilares: o individualismo – tendência para se libertar de toda a obrigação de

solidariedade para pensar só em si; o subjectivismo – tendência para afirmar a prioridade do subjectivo sobre

o objectivo; a intensidade.

Contra a ordem e a rigidez intelectual clássica, os artistas românticos imprimiram maior importância à imaginação, à originalidade e à expressão individual, através das quais poderiam alcançar o sublime e o genial.

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Pintura Romântica

A pintura romântica dependia menos da aceitação pública e acomodava-se mais ao individualismo do artista romântico e também às ideias e aos temas literários dominantes. Embora a pintura romântica não fosse essencialmente ilustrativa, a literatura do passado e do presente tornou-se numa importante fonte de inspiração para os pintores, proporcionando-lhes novos assuntos, emoções e atitudes.

A pintura romântica começou como uma reacção, em nome da Razão e da Natureza, contra a “artificialidade” barroca. O primeiro a formular esta opinião foi Johann Winckelmann na sua obra Considerações sobre a Imitação de Obras Gregas. As ideias aí expostas impressionaram dois pintores que viviam em Roma, que, fortemente atraídos pela arqueologia, aceitaram a doutrina de Winckelmann. Para estes artistas, regressar aos clássicos significava adoptar o estilo e a teoria “académica” de Poussin, conjugando-os com o maior número possível de pormenores arqueológicos acabados de colher na escultura antiga e nas escavações de Pompeia.

Chuva, Vapor e Velocidade, por William Turner (1844)

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ConclusãoAo imitar a natureza, Turner vai, não só recriá-la de acordo com o seu

vasto universo de referências internas, mas acaba também por fazer referência a um universo mais vasto que a sua própria imaginação, ao universo de valores que cada um de nós evocará no seu âmago, ao apreciar a fidelidade da recriação artística do mundo.

Do mesmo modo, ao tentar recriar a noção de infinito, ao tentar pintar a imensidade do universo, no espaço rectangularmente limitado de uma tela, Turner tem de recorrer a uma colecção de símbolos, que pretendem despertar nas nossas mentes, a nossa concepção interna de ilimitação.

Sabendo que a natureza e os elementos são os temas mais sublimes, Turner dedicou a sua vida a estudar formas de representá-los o mais fielmente possível, não apenas quanto á sua plasticidade, mas caminhando por uma linha que é por muitos considerada uma percurssão do impressionismo, ele descobriu aquilo que os seus precessores impressionistas, iriam redescobrir baseados nos estudos científicos sobre a luz e a visão, para ele aquilo que é mais imporante numa obra é a reprodução dos efeitos que a luz e a atmosfera têem no mundo e nas coisas.

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Bibliografia

JANSON, Horst Waldemar - História da Arte. Nova Iorque: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986

Nome: WikipédiaLink: http://pt.wikipedia.org/wiki/RomantismoData: 31 de Março de 2011

Nome: Nota PositivaLink: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/portugues/portugues_trabalhos/romantismo.htmData: 31 de Março de 2011

Nome: InfopédiaLink: http://www.infopedia.pt/$romantismoData: 31 de Março de 2011

Nome: WikipédiaLink: http://pt.wikipedia.org/wiki/William_TurnerData: 31 de Março de 2011

Nome: InfopédiaLink: http://www.infopedia.pt/$william-turnerData: 31 de Março de 2011

Nome: Art Prints On DemandLink:

http://www.art-prints-on-demand.com/kunst/joseph_mallord_william_turner_746/self_portrait_xir169622_hi.jpg

Data: 31 de Março de 2011

Nome: ArtistoriaLink: http://artistoria.files.wordpress.com/2010/05/turner.jpgData: 31 de Março de 2011

Nome: InfopédiaLink: http://www.infopedia.pt/mostra_imagem.jsp?recid=5923Data: 31 de Março de 2011

Nome: ABC GalleryLink: http://www.abcgallery.com/T/turner/turner1.JPGData: 31 de Março de 2011

Page 11: William Turner

Nome: Menos Ke TiagoLink: http://www.menosketiago.com/FBAUL/fbaul_maisqueTurner.pdfData: 21 de Março de 2011