vôlei sentado

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA BAHIA DEPARTAMENTO DE ELETRO-ELETRÔNICA COORDENAÇÃO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL JASON LEVY REIS MATEUS BARBOSA VICTOR SAID VICTÓRIA CABRAL VÔLEI SENTADO

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A inclusão de pessoas com deficiências na prática de esportes, proporciona além de benefícios ao corpo, um sentimento de superação de limites e maior autoestima, prevenção de doenças, e uma maior integração social. No vôlei sentado, participam pessoas amputadas, com lesões na coluna, deficiências de locomoção e paralisia cerebral, promovendo, portanto uma grande inclusão dessas pessoas na vida esportiva. Então a pratica de atividades físicas em pessoas com necessidades especiais é até mais importante que em pessoas normais, porque transforma o psicológico contribuindo para uma melhor qualidade de vida, além de ser um forte estimulo pela vontade de viver. O vôlei sentado surgiu a partir da união de dois outros esportes e atualmente é um dos principais esportes nas paraolimpíadas, possuindo regras algumas diferentes do vôlei normal e diversas classes de pessoas com necessidades especiais que participam serão apresentadas nesse trabalho. Em fim, a importância do esporte é extrema em relação a inclusão social dessas pessoas.

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Page 1: Vôlei sentado

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA BAHIADEPARTAMENTO DE ELETRO-ELETRÔNICA

COORDENAÇÃO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

JASON LEVY REIS MATEUS BARBOSA

VICTOR SAID VICTÓRIA CABRAL

VÔLEI SENTADO

Salvador2013

Page 2: Vôlei sentado

JASON LEVY REIS MATEUS BARBOSA

VICTOR SAID VICTÓRIA CABRAL

VÔLEI SENTADO

Relatório solicitado como objeto de avaliação parcial da II Unidade pelo Professor Enobaldo Athaíde da disciplina de Educação Física no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia, Coordenação de Automação e Controle Industrial. Sobre docência do professor Doutor Cláudio Reynaldo Barbosa.

Salvador 2013

Page 3: Vôlei sentado

1. INTRODUÇÃO

A inclusão de pessoas com deficiências na prática de esportes, proporciona

além de benefícios ao corpo, um sentimento de superação de limites e maior

autoestima, prevenção de doenças, e uma maior integração social. No vôlei sentado,

participam pessoas amputadas, com lesões na coluna, deficiências de locomoção e

paralisia cerebral, promovendo, portanto uma grande inclusão dessas pessoas na

vida esportiva.

Então a pratica de atividades físicas em pessoas com necessidades especiais

é até mais importante que em pessoas normais, porque transforma o psicológico

contribuindo para uma melhor qualidade de vida, além de ser um forte estimulo pela

vontade de viver.

O vôlei sentado surgiu a partir da união de dois outros esportes e atualmente

é um dos principais esportes nas paraolimpíadas, possuindo regras algumas

diferentes do vôlei normal e diversas classes de pessoas com necessidades

especiais que participam serão apresentadas nesse trabalho. Em fim, a importância

do esporte é extrema em relação a inclusão social dessas pessoas.

Page 4: Vôlei sentado

2. VOLEI SENTADO

O vôlei sentado é o resultado da combinação entre o sitzball e o vôlei

tradicional. O sitzball, que em tradução literal é bola sentado, era uma das

modalidades das paraolimpíadas, porém por este ser demasiadamente passivo teve

que ser reformulado, para que pessoas com necessidades especiais pudessem

jogar de forma não tão passiva, como seria o sitzball.

A primeira vez na qual se viu o vôlei sentado foi em 1967, quando ocorreram

algumas competições internacionais, todavia esse esporte somente foi incluído na

lista de jogos oficiais das paraolimpíadas em 1980 na Holanda, em versão masculina

e desde aqueles jogos passou a ter vôlei em pé e sentado até que nas

paraolimpíadas de Atenas em 2004 o vôlei sentado prevaleceu sobre o vôlei em pé

que foi cortado da lista de jogos. Junto com o fim do vôlei em pé nas paraolimpíadas

iniciou-se a modalidade feminina de competição. Atualmente as equipes de vôlei

sentado podem ser formadas de homens e mulheres.

No Brasil o vôlei sentado iniciou com o professor Ronaldo Gonçalves de

Oliveira que em 2002 começou com um projeto em Mogi das Cruzes (SP) que era

similar ao vôlei sentado, visando à integração de portadores de poliomielite, sendo

que somente em 2007 que a seleção brasileira se apresentou no torneio Banco do

Brasil de vôlei, para depois participar de sua primeira olimpíada em Pequim no ano

de 2008.

Atualmente o vôlei sentado é regulamentado no Brasil pela Associação

Brasileira de Voleibol Paralímpico (ABVP), e está ocorrendo a popularização de

outro tipo de vôlei sentado, que é o vôlei sentado de praia, que por ser mais novo

que o próprio vôlei sentado no Brasil, ainda não possui suas regras e dimensões

definidas, todavia foi inaugurada em 2010 uma escolinha de vôlei sentado de praia,

a primeira do Brasil, que se localiza na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, porém

o vôlei de praia sentado ainda não é considerado uma modalidade paraolímpica,

todavia já existem pessoas lutando para que um dia esse esporte possa se tornar

mais uma modalidade na qual portadores de necessidades especiais possam

competir.

Page 5: Vôlei sentado

3. AS PARAOLIMPIADAS E A ASSOCIAÇÃO DE ESPORTES DO BRASIL

A pratica de atividades físicas com finalidade terapêuticas é cultivado desde a

antiguidade, porém só foi concretizado como esporte para pessoas com deficiência

em 1944 pelo Dr. Ludwing Guttmann, este fundou um centro de reabilitação, tendo

por objetivo atender os ex-soldados da segunda guerra mundial que sofreram lesões

medulares, isto porque havia percebido que os esportes além de serem benéficos na

restauração psicológica e social, porquanto estes indivíduos poderiam se sentir

incluído na sociedade, mesmo após perder seus membros e outros.

Os diversos esportes sofreram adaptações ao decorrer do processo de

assimilação do mesmo pela sociedade, tendo como consequência mudança de

organização, parâmetros esportivos, número de participantes e outros, este foi

denominado esporte adaptado. Conforme afirma CARVALHO, 2010 em citação de

Brazuna e Maauerberg (2002) pode-se afirmar:

O esporte adaptado, conforme afirma Brazuna e Mauerberg (2002) em citação de Castro (2005), pode ser terapêutico, recreacional e de alto rendimento, contribuindo com o desenvolvimento da autoestima, da autoconfiança, das condições e capacidades físicas, atuando como um estímulo positivo em relação à auto-imagem, independência, superação e ainda prevenindo deficiências secundárias.

Entre os diversos tipos de esportes adaptados encontra-se o vôlei sentado,

destinados a indivíduos impossibilitados, por algum motivo, de exercer a pratica

deste esporte em sua modalidade convencional, suas regras são bem semelhantes

ao convencional, porém existem determinadas adaptações como o deslocamento,

tendo de equivalente os seus fundamentos.

Segundo alguns dados o esporte surgiu por volta de 1956 na Holanda pelos

criadores T. van der Scheer e A. Albers que uniram o Sitzball e o vôlei, o primeiro é

realizado sentado e não era considerado um esporte por ser passivo, ou seja,

possuir poucos movimentos. Para atender as necessidades dessa criação e

organização foi criado o Comitê de Esportes da Holanda.

No Brasil o processo de construções de esportes adaptados já era pensado

desde década de 50, porém a concretização da formação de uma orgazição

responsável por estes se deu mais tarde com os criadores Robson Sampaio de

Page 6: Vôlei sentado

Almeida e Sérgio Serafim Del Grande, portadores de deficiência física. Após estes

ao decorrer dos anos foram criados medidas para inclusão destes no Brasil.

Todavia o vôlei sentado é bem recente no país, tendo seu inicio em 2002,

através de um jogo realizado pelo professor Ronaldo Gonçalves, onde houve a

participação de três times em Mogi das Cruzes. O ano de 2003 foi marcante para o

voleibol sentado brasileiro, pois foi criado a Associação Brasileira de Vôlei

Paraolímpico (ABVP) e neste mesmo ano o do país nos jogos pan-americanos e

conquista a segunda colocação nas modalidades feminina e masculina.

O processo de conquista para o vôlei paraolímpico continua em 2004 com a

realização do 2º Campeonato de vôlei sentado, onde participaram um maior numero

de equipes e dentre estas estava a feminina, que até então não havia. No ano

seguinte em 2005 além da organização do 3º Campeonato houve a participação do I

Mundial Junior, na Eslovênia, tendo como conquista o bronze.

No ano de 2006 o país conseguiu classificar-se nas equipes masculinas e

femininas no Campeonato mundial de Voleibol sentado em Roermond, na Holanda.

Este é de função pré-classificatória para as Paraolimpíadas que aconteceria em

Pequim em 2008, neste ano ocorreu o IV campeonato brasileiro. Já em 2007, o

Brasil tornou-se campeão dos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro e no mesmo

ano foi sede do II Campeonato Mundial de Voleibol Sentado. Obteve em 2008 a

sexta posição com uma equipe masculina nas paraolimpíadas de Pequim

Segundo CARVALHO,2010 temos que:

Atualmente, de acordo com o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), o Voleibol Paraolímpico é organizado no Brasil pela Associação Brasileira de Voleibol Paraolímpico (ABVP), presidida desde 2009 por Amauri Ribeiro, e internacionalmente pela World Organization Volleyball for the Disabled (WOVD) – Organização Mundial de Voleibol para Deficientes.

Este esporte é considerado um dos mais inclusivos, permitindo a pratica de

pessoas com deficiências e lesões medulares, além de atender pessoas, que por

algum motivo são impossibilitadas de praticar o vôlei convencional.

Page 7: Vôlei sentado

4. CLASSIFICAÇÃO

No vôlei sentado, os jogadores podem ser classificados de acordo com o tipo

de deficiência física do jogador. Existem, de acordo com CPB (2013), dois tipos de

classificações: amputados e les autres. A primeira classificação divide-se, como

ilustra o quadro 01, entre Classe A1 e Classe A9, em que cada uma dessas classes

designa um tipo de amputação dos jogadores. Enquanto a segunda divide-se a partir

dos diversos tipos de deficiências locomotoras.

Quadro 01 – Classificação por amputação

Fonte: Adaptações de CPB, 2013.

Classe A1: refere-se aos jogadores com dupla amputação acima ou através das articulações do Joelho (Duplo AK, do inglês “Above Knee”, que significa “acima do joelho”);

Classe A2: assim como a classificação anterior, refere-se a uma amputação acima ou através das articulações do joelho, entretanto uma amputação simples e não dupla;

Classe A3: são aqueles com dupla amputação abaixo do joelho (Below Knee, BK), ou através ou acima da articulação tálus-calcanear;

Classe A4: o mesmo que os anteriores, mas com amputação simples; Classe A5: refere-se aos atletas que possuem dupla amputação acima ou

através da articulação do cotovelo (above elbow, AE); Classe A6: as características da amputação são as mesmas do anterior,

porém, esta é simples; Classe A7: caracteriza os jogadores com dupla amputação abaixo do

cotovelo (below elbow, BE) ou através/acima das articulações do pulso; Classe A8: como o anterior, todavia há apenas uma amputação simples; Classe A9: ACMIS refere-se a amputações combinadas de membros

inferiores e superiores.

Além da classe dos amputados, há a Les Autres. De acordo com o CPB (2013),

“em les autres são enquadradas pessoas com alguma deficiência locomotora”. Que pode

ser proveniente de um: Acidente vascular cerebral; Lesão na medula espinhal; Paralisia

cerebral ou de alguma lesão cerebral.

Page 8: Vôlei sentado

5. COMPARATIVO DAS REGRAS

Vôlei Sentado Voleibol Clássico

O tamanho da quadra de jogo mede 10m x

6m

O tamanho da quadra de jogo mede 18m

x 9m

As linhas de ataque são desenhadas a 2m de

distância do eixo da linha central.

As linhas de ataque são desenhadas a 3m

de distância do eixo da linha central.

A rede tem 6.50 a 7.00m de comprimento e

0.80 de largura

A rede tem. 9,50 a 10.00m de

comprimento e 1m de largura.

A altura da rede é de 1.15m para homens e

1.05m para mulheres. As antenas estendem-

se 100cm acima do bordo superior da rede.

A altura da rede é de 2.43 para homens e

2.24 para mulheres. As antenas estendem-

se 0.80cm

O equipamento dos jogadores no Voleibol

Paraolímpico pode incluir calças compridas.

Não é permitido sentar sobre material

espesso. Não é necessário ter número nos

calções ou calças.

Sem especificação.

Uma equipe consiste de no máximo 12

jogadores incluindo de no máximo 2

jogadores classificados como “inabilidade

mínima”, um técnico, um assistente técnico,

um preparador físico, e um médico.

Os seis jogadores em quadra podem incluir

no máximo um jogador com “inabilidade

mínima”.

Uma equipe consiste de no máximo 12

jogadores, um técnico, um assistente

técnico, um preparador físico, e um doutor

médico.

As posições dos jogadores em quadra são

determinadas e controladas pelas posições

dos seus glúteos. Isto significa que a(s)

mão(s) e / ou perna(s) dos jogadores podem

estender-se na zona de ataque (jogador da

linha de fundo no golpe de ataque), na

quadra (sacador durante o golpe do saque),

ou na zona livre do lado de fora da quadra

(qualquer jogador durante o golpe de saque).

As posições dos jogadores em quadra são

determinadas e controladas pelas

posições dos seus pés em contato com o

solo.

No momento do(a) sacador(a) golpear a bola,

ele/ela deve estar na zona de saque e seus

glúteos não devem tocar a quadra (linha final

inclusive).

No momento do(a) sacador(a) golpear a

bola no saque ou decolar (para saque em

suspensão), o(s) seus pé(s) não devem

tocar a quadra (linha de fundo inclusive).

Após este golpe, o sacador pode pisar ou

aterrissar fora da zona de saque ou dentro

Page 9: Vôlei sentado

da quadra.

Tocar a quadra adversária com pé(s)/pernas

é permitido em qualquer momento durante o

jogo, desde que o jogador não interfira com a

jogada do oponente. O jogador deverá

retornar com o(s) pé(s)/pernas diretamente

para sua própria quadra.

- Contatar a quadra adversária com qualquer

outra parte do corpo é proibido.

Tocar a quadra adversária com a mão ou

pé(s) é permitido desde que alguma parte

de suas mãos e pés permaneçam em

contato ou diretamente acima da linha

central.

- Contatar a quadra adversária com

qualquer outra parte do corpo é proibido.

Aos jogadores da linha de ataque é permitido

completar um golpe de ataque do saque ao

adversário, quando a bola estiver na zona de

ataque e completamente acima do topo da

rede.

Completar um golpe de ataque do saque

do adversário é falta, quando a bola estiver

na zona de ataque e completamente acima

do topo da rede.

Um jogador de defesa pode realizar qualquer

tipo de golpe de ataque de qualquer altura,

desde que no momento do golpe os glúteos

do jogador não toque ou cruzem sobre a

linha de ataque.

Um jogador de defesa pode realizar um

golpe de ataque, exceto: a) os seus pés

contatem ou ultrapassem a linha de ataque

na decolagem e, b) no momento do golpe

a bola esteja inteiramente acima do topo

da rede.

Jogadores da linha de frente estão permitidos

de bloquear o saque adversário.

Bloquear o saque adversário é uma falta

de bloqueio.

O jogador deve ter contato com a quadra

com a parte do corpo entre o ombro e os

glúteos em todos os momentos quando tocar

a bola. É proibido erguer-se, pôr-se de pé ou

dar assadas. Uma pequena perda de contato

com a quadra é permitida para jogar a bola,

excluindo-se o saque, o bloqueio e golpe de

ataque, quando a bola estiver completamente

mais alta que o topo da rede.

Sem especificações.

O primeiro árbitro realiza suas funções de pé

no solo no poste em uma das extremidades

da rede.

O primeiro árbitro realiza suas funções

sentado ou de pé na plataforma de árbitro

localizada em uma das extremidades da

rede Sua visão deve estar

aproximadamente 50 cm acima da rede.

Fonte: GIOIA, SILVA e PEREIRA, 2008.

Page 10: Vôlei sentado

6. MOVIMENTOS E PASSES

No Vôlei sentado todos os movimentos devem ser realizados com o glúteo

fixo ao chão, exceto na defesa, onde é necessário um maior nível de movimentação

para evitar que a bola caia no chão. Os movimentos são similares ao do vôlei

convencional, mas o que muda são as jogadas principalmente no saque. A seguir

estão os movimentos do vôlei sentado:

Saque: Este movimento, ilustrado na figura 1, dará inicio a disputa de pontos

e durante o movimento, os glúteos não devem tocar na linha de fundo. O saque

deve lançar a bola pelo espaço aéreo acima da quadra percorrendo passando acima

da rede e pelo espaço delimitado pelas antenas até a quadra adversaria e dificultar a

recepção dos oponentes o máximo possível.

Recepção: é o primeiro contato com a bola do time que não realizou o saque

e deve impedir que a bola toque na quadra (para evitar que o ponto seja marcado) e

fazer com que ela cheque em boas condições ao levantador.

Figura 1 – Saque No Voleibol sentado

Fonte: STAUDT, 2013.

Toque: é uma forma de passe de bola que consiste em manipular a mesma

com os dedos.

Manchete: é uma forma de receber e passar a bola, que consiste em unir as

mãos e estender o braço e é indicado pra bolas que vem em baixa altura e com alta

Page 11: Vôlei sentado

velocidade, ou seja, bolas típicas de ataques adversários, por isso é um movimento

bastante utilizado na defesa.

Figura 2 – Movimento Manchete

Fonte: STAUDT, 2013.

Levantamento: o objetivo é posicionar bola de forma estratégica e ofensiva

para outra pessoa realizar o ataque, pode ser feito por toque ou manchete. Sendo

que pelo primeiro há um maior controle da bola e por isso a manchete é utilizada

quando a bola vem muito baixa. O levantamento é o segundo contato do time com a

bola.

Ataque: é o terceiro contato do time com a bola e consiste em lançar na

quadra adversaria com o objetivo de tocar no chão e se conquistar o ponto. No vôlei

sentado o movimento fundamental é a Cortada, que consiste em um levantamento e

batida para a quadra adversaria. A figura abaixo mostra o ataque sendo realizado no

vôlei sentado:

Figura 3: Jogadora atacando no vôlei sentado.

Fonte: STAUDT, 2013.

Page 12: Vôlei sentado

Bloqueio: No voleibol sentado o bloqueio pode ser realizado durante o saque

do adversário, o que é uma diferença em relação ao vôlei convencional ou normal. O

movimento é feito pelos jogadores de frente e tem o objetivo de atrapalhar ou evitar

o ataque do time adversário e funciona estendendo-se os braços para mudar a

trajetória da bola. O bloqueio pode funcionar como uma forma de ataque ou defesa.

Será uma forma de ataque se o bloqueio rebater a bola para a quadra adversaria e

será uma forma de defesa se ele apenas reduzir a velocidade da bola e facilitar a

recepção e defesa pelos jogadores encarregados dessa função. A figura a seguir

mostra um bloqueio sendo realizado em uma paraolimpíada:

Figura 4: Bloqueio no vôlei sentado nas paraolimpíadas de Londres

Fonte: STAUDT, 2013.

Defesa: tem o objetivo de impedir que a bola proveniente do ataque

adversário toque na quadra e o ponto seja marcado. Geralmente a defesa é fita

utilizando-se a manchete.

Page 13: Vôlei sentado

7. CONCLUSÃO

O vôlei sentado possibilita um mundo de oportunidades para pessoas com

deficiências, contribuindo para sua independência social. A sociedade cria padrões

estéticos e a inclusão através do esporte é uma prova de aceitação social o que

contribui para o aumento da autoestima. O professor de Educação Física tem um

papel fundamental no Vôlei Sentado promovendo a auto aceitação e o ganho de

confiança o que possibilitar aos deficientes o desenvolvimento de habilidades que

compensam em parte suas deficiências.

Os efeitos psicológicos sociais causados nos deficientes são devastadores,

até mesmo pior que sua própria deficiência. Então, a possibilidade de fazer esportes

como as pessoas ditas “normais”, é fundamental para a socialização e saúde do

deficiente.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

STAUDT, M. Voleibol sentado. Disponível em: <http://goo.gl/Wx3mTW>.

Acesso em: 05 de set de 2013.

CPB – Comitê Brasileiro Paraolímpico. Voleibol Sentado. Disponível em:

<http://goo.gl/qg2CzI>. Acesso em: 31 de ago de 2013.

TV SERGIPE. Regulamento de voleibol sentado. Sergipe, 1994.

GIOIA, F. M.; SILVA, P. F. R.; PEREIRA, E. G. B. O voleibol sentado: uma

reflexão bibliográfica e histórica. Revista Digital - Buenos Aires , Ano 13, N° 125,

Out de 2008.