vita curitiba em plena excelência

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1 www.redevita.com.br Afinal, o que é Transplante de Medula Óssea? Todo Cuidado é Pouco com o Câncer de Mama Acreditar na Excelência VITA CURITIBA Publicação Interna da Rede VITA - Ano VII - 1° Trimestre de 2007

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Afinal, o que éTransplante de

Medula Óssea?

Todo Cuidado é Poucocom o Câncer de Mama

Acreditar na Excelência

VITA CURITIBA

Publicação Interna da Rede VITA - Ano VII - 1° Trimestre de 2007

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ÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICEÍNDICE

Opinião• Editorial: Fazendo4

Negócios em Saúde5

Ping Pong10

12

Gente

Capa14

Túnel do Tempo18

19

Em Rede

20

21

Saiba Mais

22

Cida Bandeira

Ciência6

7

8

• Câncer de mama, o inimigo da mulher• Cardiotocografia monitora o bem-estar de fetos• Revolução nos diagnósticos com tomografia multislice

• O segredo do sucesso do Grupo VITA, segundo seus diretores

• O hematologista Eurípedes Ferreira explica o transplante de medula ósseaArtigo Médico

• Festas de final de ano e lançamento do VITA Doc Class

• Hospital VITA Curitiba alcança o topo da Acreditação

• Entra em cena o colesterol

• Perfil da Verinha, do Hospital VITA Curitiba• Conheça os planos da Unimed Volta Redonda• As mudanças na tecnologia da informação do VITA• Hospitais também têm locais de oração

. Como surgiu o Dia da Mulher

• A colunista social que sabe de tudo e conta todas

• A primeira rede pan-americana de hospitais

• Big Stock Foto

ÍNDICE

Imagem de Capa

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VITAL é uma publicação interna da Rede VITA.

Editor: Francisco Balestrin

Conselho Editorial: Luiz Sérgio Santana,

Marcelo Pina, Ligia Piola, Cynara Heller e

Márcia Almeida.

Produção: Headline Publicações e

Assessoria (11.3951-4478). Email:

[email protected]

Jornalista responsável: João Carlos de Brito

Mtb 21.952. Direção de arte: Alex Franco.

Diagramação: Carla Caprera Tondim.

Revisão: Ligia Piola. Tiragem: 10.000

exemplares. Impressão Gráfica Josemar

(11.3865-6308)

Email: [email protected].

Correspondência: Av Pedroso de Moraes 1788

São Paulo SP Cep 05420-002

Expediente

VITAwww.redevita.com.br

Hospital VITA Batel(41) 3883-8482;[email protected]

Hospital VITA Curitiba(41) 3315-1900;[email protected]

Hospital VITA Volta Redonda(24) 2102-0001;[email protected]

Maternidade VITA Volta Redonda(24) 3344-3333;[email protected]

Grupo VITA(11) 3817-5544;[email protected]

Presidente:Edson Santos

Vice-Presidente Executivo:Francisco Balestrin

Diretor de Operações:Luiz Sérgio Santana

Diretor Técnico:José Mauro Rezende

Diretor de Controladoria e Finanças:Ernesto Fonseca

Diretor de Relações Institucionais:Marcelo Pina

Superintendente Curitiba:Maurício Uhle

Superintendente Volta Redonda:Deumy Rabelo

Mais um ano de VITAL e de VITA! Em 2006,continuamos com nossa característica de fa-zer, com critérios técnicos e empresariais, ascoisas acontecerem em nossos Hospitais. Nãopropriamente em silêncio, porém, dando pu-blicidade apenas aos fatos com um grau derealidade já estudada e com grande possibili-dade de realização. É de extremo interessedas empresas apresentarem seus feitos à co-munidade que as acompanha ou pode, de al-gum modo, ser afetada por aquilo que aconte-ce dentro de um grupo empresarial. São os“stake holders”, jargão americano, ou seja,pessoas ou grupo de pessoas que apesar denão terem interesse empresarial ou ins-titucional direto naquela empresa (e isto valetambém para clubes, igrejas, partidos, etc.)poderão, em alguma medida, ser afetados. Porexemplo: se o hospital coloca uma nova tec-nologia diagnóstica, que poderá ser útil paramuitas pessoas, deve informá-la. Sempre ha-verá alguém que possa se beneficiar destenovo método. Não deverá fazê-lo apenas por

publicidade ou simplesmente anunciar pana-céias sem a devida comprovação técnica comobjetivos meramente comerciais.Entre outros, no nosso caso, um fato intensa-mente interessante a TODA comunidade, sejade clientes, fornecedores, funcionários, profis-sionais de saúde e autoridades de um modogeral, foi a conquista, em 2006, de Acredita-ções Nível 3 ou de Excelência que os Hospi-tais VITA Curitiba e Volta Redonda lograramobter, com muito esforço organizacional e comrelativo custo financeiro. Hoje, o padrão dequalidade de nossos Hospitais, atestado pelaONA (Organização Nacional de Acreditação)1,é compatível com o padrão de qualidade clas-se mundial, além de extremamente seguropara nossos usuários.Neste número da VITAL, damos conta da ma-ravilhosa saga do Hospital VITA Curitiba naconquista do ONA 3 (vide pg. 14). Temos, tam-bém, uma matéria na seção Negócios em Saú-de que, seguindo à risca nosso preceito deinformar adequadamente nossos clientes e

fazer para depois fa-lar, apresenta a inici-ativa da Rede VITAde compor um novomodelo empresarial, focado na atenção médi-ca mais globalizada e na formatação de umarede hospitalar pan-americana. Saudamos,ainda, as matérias de interesse médico, reali-zadas com especialistas dos Hospitais daRede VITA, que além de apresentarem seuconhecimento científico de forma didática etécnica, presenteiam o leitor com a clareza ne-cessária para seu entendimento e aproveita-mento das informações ali contidas.Com especial carinho, apresentamos na se-ção Ping-Pong a visão de mais um grupo dosgrandes responsáveis pela formatação filosó-fica e suporte empresarial ao nosso negócio:os Diretores da rede VITA Luiz Sérgio, Ernesto,Marcelo e José Mauro, que nos brindam comum diálogo inteligente e amadurecido.Para não fugir ao padrão, demos nosso melhornesta edição do VITAL. Espero que gostem.

Fazendo

“Nil est dictu facilius (nada é mais fácil que falar)” - ditado romano

1 Órgão oficial, em nosso País, que certifica a qualidadedas Instituições Hospitalares como possuidoras das me-lhores práticas organizacionais, técnicas e empresariais.

Francisco Balestrin

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A Primeira RedePan-Americana de Hospitais

Numa iniciativa inédita e que envolveu umano de planejamento intensivo e muito tra-balho, nossos parceiros da IHC – InternationalHospital Corporation lideraram o processopara criação da primeira rede Pan-America-na de Hospitais, denominada IHH – Inter-national Hospital Holding.

A Rede IHH passa a agrupar numa só empresaas redes VITA, CIMA México e CIMA AméricaCentral.

São 8 Hospitais em Operação:No México: CIMA Hermosillo, CIMA Chihuahua,CIMA Santa Engracia (Monterrey); na Costa Rica:CIMA San José; e no Brasil: VITA Curitiba, VITAVolta Redonda, VITA Batel e Maternidade VITAVolta Redonda.

São 2 Hospitais em processo de implantação:CIMA Puebla, no México, que deverá ser inau-gurado ainda neste ano e, no Brasil, VITAFlorianópolis.

do, trabalhamos, agora, no processo de uni-formização dos vários aspectos que definemuma Rede com Gestão Centralizada, sendoque cada uma delas manterá sua gestão lo-cal, que por sua vez se reportará à IHH.

Em termos operacionais, não haverá mudan-ças daquilo que praticamos atualmente. Asgrandes mudanças são no nível corporativo ede imagem corporativa de nossos Hospitais.

A criação dessa Rede faz com que o negócio,como um todo, seja mais atrativo a Investi-dores Institucionais, tanto pelo seu portequanto pela abrangência geográfica etipicidade de estratégia em cada um dosmercados de atuação, além da esperadasinergia gerada por um maior número deunidades operadoras.

Para finalizar, posso garantir que muito traba-lho já foi realizado e que há muito trabalhopela frente. É o que esperamos.

CIMA Chihuahua

CIMA San José CIMA Hermosillo

CIMA Santa Engracia

Além desses, existe o projeto de aquisição, den-tro do ano de 2007 e 2008, de mais cinco hos-pitais, sendo um no México, dois na AméricaCentral e dois no Brasil.

Com um faturamento projetado para 2007 deUS$ 170 milhões e de US$ 220 milhões para2008, essa Rede é única pelo seu alcancegeográfico e pela quantidade de investidoresque já se engajaram no projeto. Neste mo-mento, são mais de 90 e esse número devecrescer nos próximos anos.

No México e na América Central, os Hospi-tais CIMA foram construídos nos últimos 10anos, dentro das mais modernas tendênciasda arquitetura hospitalar, tendo seus projetossido desenvolvidos nos Estados Unidos.

Apresentamos, abaixo, os Hospitais das RedesCIMA México e CIMA América Central.

Concluída a operação em dezembro passa-

Edson Santos

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Mantenha-se Longe doCâncer de Mama

Vinícius Milani Budel(acima);Plínio Gasperin Jr. (esq.)

Freqüente e perigoso, o câncer de mama afetamilhares de brasileiras todos os anos

Veja se você estáem risco

Sintomas quenão devem serignoradosMostramos, a seguir, as características da população

de maior risco para câncer de mama:

• idade de 50 a 55 anos, ou ter entrado na menopausa;• ter a primeira menstruação muito cedo, antes dos 15 anos;• não ter filhos, ou ter a primeira gravidez após os 35 anos;• sedentarismo e obesidade;• fazer terapia de reposição hormonal (quem faz reposição hormonal há mais de dez anos tem maior risco);• hereditariedade (duas ou mais familiares com câncer de mama ou ovário).

Preste atenção a todos os seguintessintomas, que podem indicar um tumor:

• nódulo na mama (por auto-exame);• aumento da mama, afundamento ou retração;• mama com a pele avermelhada;• derrame papilar (saída de um líquido pelo bicodo seio; maior risco se for sanguinolento).

Ah, os seios da mulher... Cantados, idolatrados,expostos, cobiçados... Mas todo cuidado épouco com eles. Os seios, maior símbolo dafeminilidade, são, também, responsáveispelo tecido onde se desenvolve um dos ti-pos de câncer mais letais. Cerca de dez milmulheres morrem, anualmente no Brasil,vítimas de câncer de mama e aproximada-mente 50 mil novos casos são diagnosti-cados. Em uma homenagem à saúde damulher, entrevistamos cinco médicos queatendem na Rede VITA, para falar dessadoença, como preveni-la e tratá-la. Segun-do o médico João Antônio Guerreiro,oncologista do Grupo VITA, o câncer demama é o mais freqüente na mulher brasi-leira, mais até que o câncer de colo de úte-ro. Lamentavelmente, é uma doença bas-tante agressiva, que se espalha rapidamen-te. “A mortalidade é alta, porque o diagnós-tico costuma ocorrer em uma fase já avan-çada da doença”, explica Guerreiro.

A melhor maneira de se proteger do câncerde mama é obtendo o chamado “diagnósti-co precoce”, isto é, identificar a doença emseus estágios iniciais, quando a cura é certae a recuperação, rápida. Vinícius Milani Budel,médico oncologista da Rede VITA e profes-sor da Universidade Federal do Paraná, é ca-tegórico: “Sem dúvida, nada substitui o di-agnóstico precoce na prevenção do câncerde mama”, afirma. Budel diz que toda mu-lher que estiver dentro da população de ris-co (veja quadro nesta página) tem o deverde se prevenir para preservar seu corpo e aprópria vida.

DiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnóstico

Os médicos contam, hoje, com umasérie de recursos de diagnóstico paraidentificar esse inimigo silencioso. Ométodo principal é a mamografia,uma radiografia da mama, pela qualo médico identifica microcalcificações,que podem ser sinal do início de umtumor. Caso encontre indícios que gerem sus-peitas, o médico poderá prescrever um trata-mento em uma fase em que o nódulo sequerpossa ser percebido pelo tato.

Segundo Budel, outra vantagem do diagnós-tico precoce que não deve ser desprezada éque ele permite tratar o nódulo preservando amama e evitando procedimentos mais radi-cais, como a mastectomia completa. “Com issotambém se evita uma quimioterapia mais pe-sada”, acrescenta.

Uma dica de Guerreiro para tornar a mamografiamais confortável (algumas pacientes se queixamde dor, porque a mama sofre uma compressãono aparelho) é agendar o exame para uma dataa partir do quinto dia da menstruação, para quea mama esteja menos sensível.

Apesar de uma mamografia conseguir identifi-car um tumor antes que qualquer exame exter-no, o oncologista e mastologista SergioHatschbach, do Hospital VITA Curitiba, alerta quea mulher deve estar atenta a qualquer altera-ção na mama: nódulos, derrame papilar, parti-cularmente se este for sanguinolento, ou seja,secreção com sangue pelo bico do seio, lesões

que não se curam naturalmente, e, também, al-terações na forma do mamilo. Um mamilo re-traído ou voltado para dentro do seio pode sersinal de um pequeno tumor e é um sintomaque não deve ser ignorado.

Plínio Gasperin Jr., mastologista, ginecologistae oncologista do VITA Batel, explica que dife-rentes métodos de diagnóstico costumam serutilizados conforme a paciente, porque o teci-do da mama muda com a idade. Nas maisjovens, por terem o tecido mamário mais den-so, Gasperin prefere utilizar a ecografia, um exa-me por ultrassom, enquanto nas mulheres commais de 35 anos, a mamografia é preferida. “Namulher jovem, a imagem da mamografia poderesultar excessivamente esbranquiçada, o quedificulta a visualização dos indícios de tumo-res”, explica.

Gasperin recomenda que, mesmo sem sintomas,a mulher faça pelo menos uma mamografiaanualmente a partir dos 35 anos. “Ela deve guar-dar essa imagem mamográfica, para que o mé-dico possa comparar o aspecto das mamas emdiferentes momentos”, recomenda.

O homem também pode ser vítima do câncerde mama, diz Hatschbach, ainda que numaproporção de apenas 1% do número de ca-sos apresentados em mulheres. Homens adul-tos devem ficar atentos a nódulos e aumentodo tecido mamário, conhecido como gineco-mastia, que pode indicar um tumor.

PrótesePrótesePrótesePrótesePrótese

Não existe nenhuma evidência científica queaponte uma relação entre o uso de prótese desilicone e câncer de mama. Por isso, podemficar tranqüilas aquelas que querem colocaruma ou já a tem. Entretanto, Hatschbach aler-ta que, conforme a posição da prótese, elapode dificultar o diagnóstico de um tumor,

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SergioHatschbach

(acima, esq.);Alfredo Duarte(acima, dir.);João Antonio

Guerreiro(dir.)

A gestação costuma ser um período feliz para amulher, mas também repleto de preocupações:como está o meu bebê? Ele está saudável? Estáse desenvolvendo bem? Um dos diagnósticosmais importantes para garantir a tranqüilidadeda mãe e a saúde da criança é a cardiotocografia,que vem sendo utilizada com sucesso na Mater-nidade VITA Volta Redonda.

“O objetivo desse exame é verificar se o fetoestá recebendo a oxigenação adequada”, dizo médico Júlio Aragão, diretor clínico da ma-ternidade VITA Volta Redonda. Ele explica queé um exame simples, por ultra-som, sem cole-ta de material e não-invasivo. Nele, mede-se afreqüência cardíaca do feto, que indica se estárecebendo a oxigenação adequada.

A cardiotocografia é considerada padrão paraa gravidez de alto risco, caso de gestantes comhipertensão, diabetes entre outras condições.

Chega de Sofrimento

Exame decardiotocografiana MaternidadeVITA VoltaRedonda

Nessas circunstâncias, re-aliza-se o exame a partirda 32ª semana de gesta-ção. “O que pode ocorrernessas situações é identi-ficarmos uma insuficiênciaplacentária, que gere so-frimento ao feto, então vamos tomar as medi-das necessárias para corrigir o problema ou deci-dir pela antecipação do parto”, comenta Aragão.

Realizado na própria Maternidade, o exame decardiotocografia demora aproximadamente 15 a20 minutos, com a paciente deitada, e não requer autilização de contraste. Em uma gravidez normal,faz-se pelo menos uma cardiotocografia, a partirda 36ª semana de gestação. Durante o trabalhode parto o exame é utilizado para identificar a pre-sença de qualquer problema de oxigenação dacriança. Também é indicado quando a gestaçãoultrapassa 40 semanas.

A cardiotocografia é um exame por ultra-somdestinado a identificar sofrimento ao feto

Tomografia ExpressaOs tomógrafos do tipo multislice deixam os tradicionais“comendo poeira” nos quesitos velocidade e precisão

A tomografia computadorizada é um exameque revolucionou o diagnóstico por imagem,ao permitir a construção de imagenstridimensionais do interior do corpo humano.Funciona mais ou menos assim: o pacientefica deitado, enquanto um anel com equipa-mento de Raios X gira em torno dele. Depoisde cada giro, a mesa de exames se move umapequena distância à frente. O resultado é comose fossem diversas fatias de imagem do interi-or do corpo do paciente, que são transforma-das em imagens tridimensionais pelo compu-tador do tomógrafo.

A grande novidade nesse tipo de diagnóstico é osurgimento da tomografia multislice, ou seja,multicamadas. Segundo o médico Sérgio Pitaki,cardiologista e especialista em diagnóstico por ima-gem do Hospital VITA Batel, os tomógrafos multislicetêm vários detectores que giram em torno do paci-ente, em vez de apenas um. Com isso o exame setornou muito mais rápido e preciso. Tão rápido queé capaz, até, de mostrar imagens de órgãos emmovimento: do coração, por exemplo. “É, sem dúvi-da, a melhor alternativa para diagnosticar a estenosecoronariana, ou seja, a diminuição do calibre dasartérias coronárias”, garante. Segundo Pitaki, o pri-

meiro tomógrafo multislice, apresentado em 1998,tinha dois detectores. Hoje, existem modelos de 16a 64 detectores.

Segundo o médico radiologista Ricardo Laviola, res-ponsável técnico pelo serviço de rádio-diagnósticodo Hospital VITA Volta Redonda, a maior vanta-gem da tomografia multislice é, sem dúvida, o tem-po de exame: mesmo exames de áreas extensas,como o tórax, levam de cinco a dez minutos, nomáximo. Outra vantagem é que esse exame che-ga a substituir cateterismos. Laviola explica que coma tomografia não é mais necessário colocar umcatéter no paciente, para injetar contraste no cora-ção e fazer uma radiografia das coronárias. Com atomografia, na maioria dos casos é possível injetarcontraste em uma veia periférica do braço, porexemplo, e obter um diagnóstico muito menosinvasivo.

Os Hospitais VITA Volta Redonda e VITA Curitibadevem receber, ainda neste semestre, os primeirostomógrafos multislice da Rede VITA. No caso deVolta Redonda, será um equipamento Philips, com16 detectores, no Laboratório Labs D’Or, que prestaserviços de diagnóstico laboratorial e por imagemnas instalações do Hospital.

porque o silicone é uma substância opaca epode encobrir uma lesão. Ao decidir-se poruma prótese de silicone nos seios, a mulherdeve consultar um mastologista, para que eleindique exames que verificarão se ela não temqualquer indício de tumores. Segundo Hatshc-bach, tem-se utilizado a ressonância magnéti-ca para fazer exames em mulheres comprótese mamária para contornar o problemade opacidade.

ReconstruçãoReconstruçãoReconstruçãoReconstruçãoReconstrução

Que tal entrar na sala de cirurgia para tratarum tumor, sair curada e também com umaplástica de seios e barriga? Essa situação, hoje,torna-se cada vez mais comum, explica o ci-rurgião plástico Alfredo Duarte, do VITACuritiba. Segundo ele, no caso de um tumorde tamanho reduzido, pode-se na mesma in-tervenção em que se extrai o tumor, recons-truir a mama com uma técnica conhecidacomo quadrantectomia, onde se usa o tecidoda própria mama para recuperá-la. Normal-mente, os dois seios são operados, para quefiquem simétricos.

No caso de mastectomia, ou seja, uma inter-venção mais radical, o cirurgião plástico podeutilizar tecido do abdômen da paciente para areconstrução da mama e, nesse caso, ela aca-ba passando por uma cirurgia de barriga tam-bém. “Hoje em dia, temos obtido resultados es-téticos excelentes. Às vezes, existe até uma me-lhora em relação à situação anterior”, diz Duarte.Com isso, a resistência das mulheres ao trata-mento do câncer de mama tem diminuído.

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A medula óssea, também conhecida comotutano do osso, é responsável pela produçãocontínua das diferentes células do sanguecomo leucócitos, hemáceas e plaquetas, queevitam infecções, anemias e sangramentos,respectivamente.

A radiação atômica de bombas como a deHiroshima e Nagasaki fez com que muitossobreviventes desenvolvessem uma destrui-ção da medula óssea e acabassem morrendopela falência na produção das célulassangüíneas. No final da década de 40 e du-rante os anos 50, cientistas americanos reali-zaram vários experimentos em camundongose cobaias. Os camundongos, irradiados letal-mente, morreram por um quadro de falênciada medula óssea, como observado nos sobre-viventes do desastre atômico.

Entretanto, os camundongos que foram irra-diados, porém que tiveram seus baços prote-gidos, foram capazes de recuperar a medulaóssea e sobreviveram normalmente. Essa re-cuperação também foi observada em camun-dongos irradiadose que posterior-mente receberam osangue da medu-la óssea de outrocamundongo damesma linhagem,ou seja, de camun-dongos “gêmeos

Ainda na décadade 50, esses expe-rimentos foram tes-tados em humanospara o tratamentode leucemia. Utili-zando altas dosesde radioterapia, o Dr.E Donnall Thomas,de Seattle, tratou pa-cientes com leuce-mia e transfundiu

Desvendando o Transplantede Medula Óssea

sangue de medula óssea de seus irmãos gême-os univitelinos. A recuperação da função da me-dula óssea foi um sucesso, mas, infelizmente, adoença voltou e levou esses pacientes à morte.

Nessa época, ainda eram desconhecidos osantígenos HLA – Human Leukocytes Antigens– ou antígenos de transplantes, que constitu-em uma barreira extremamente grande a servencida para se obter sucesso em transplan-tes. Esses antígenos são responsáveis, tam-bém, pelo fenômeno de rejeição, que no casodo transplante de medula óssea se manifestacomo a Doença do Enxerto contra o Hospe-deiro (DECH). Paradoxalmente, a DECH tam-bém é responsável por outro fenômeno: a re-ação do enxerto versus leucemia, e esta é amaior agente na cura das leucemias.

Com os avanços nos estudos e a descoberta denovos antígenos HLA, hoje também conhecidocomo Complexo Principal de Histocompatibilidade,tornou-se possível identificar potenciais doado-res na família ou na população em geral, noschamados bancos de medula óssea ou de cor-

dão umbilical.

Em quais doen-ças há a indi-cação do trans-plante de me-dula óssea?

O transplante demedula óssea per-mite o tratamentode várias doençasnão malignas, co-mo Anemia Aplás-tica (como o ocor-rido com os sobre-viventes de Hiro-shima e Nagasa-ki), Anemia deFanconi, algumasAnemias Hereditá-rias como a Talas-

semia e Anemia Falciforme, Osteopetrose, Do-enças de Acúmulo, Imunodeficiências Con-gênitas e algumas Doenças Autoimunes.

Esse tipo de transplante é indicado, também,no tratamento de doenças malignas comoLeucemias, Linfomas, Mieloma Múltiplo e Tu-mores sólidos.

Quais são os tipos de transplantes demedula óssea?

Basicamente, são três os tipos de transplantes.

1) Alogênico - quando o doador é um irmãoHLA idêntico, familiar HLA metade idênticoou HLA parcialmente idêntico, ou ainda quan-do o doador é HLA fenotipicamente idêntico eoriundo de um banco de medula óssea ou decordão umbilical.

2) Singênico - quando o doador é um irmãogêmeo univitelino.

3) Autólogo - quando a medula óssea ou aschamadas células tronco da hematopoiese (pro-dução contínua das células do sangue) sãooriundas do próprio paciente.

Quais são as fontes de células dotransplante de medula óssea?

As células capazes de reconstituir a medulaóssea são chamadas células tronco da hemato-poiese. São multipotentes e podem ser obtidasde três maneiras. Primeira, diretamente da me-dula óssea, através de múltiplas punções noosso da bacia (pelve) e do osso esterno. Segun-do, por meio de um processo chamado deleucoaferese, que utiliza máquinas especiaispara coletar células-tronco do sangue periféri-co. Nesse caso, o doador é submetido àquimioterapia (recurso utilizado no transplanteautólogo) e/ou recebe drogas conhecidas comofatores de crescimento, que mobilizam as célu-las-tronco da medula óssea para o sangue pe-riférico. E terceiro, através de células oriundasdo sangue de cordão umbilical.

Como se prepara o paciente para otransplante de medula óssea?

Tecnicamente, o preparo para o transplantede medula óssea chama-se condicionamen-to. Dependendo da doença a ser tratada, opaciente recebe altas doses de quimioterapiae/ou radioterapia, com os objetivos de produ-

A ilustração mostra o que é a medulaóssea, e as células que ela produz

Muito se tem falado em transplante de medula óssea, e as gran-des esperanças de recuperação que esse procedimento poderepresentar para anemias graves, alguns tipos de leucemia eoutras doenças. Neste artigo, o médico hematologista e profes-sor Eurípedes Ferreira, especialista no assunto, explica o que éo transplante de medula, suas indicações e resultados.

Eurípides Ferreira

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zir espaço físico na medula óssea e induziruma imunossupressão intensa (destruição dosistema imunológico). O espaço será ocupadopelas células transplantadas e a imunos-supressão impedirá a rejeição do transplante.Estes são os chamados transplantes mielo-ablativos.

Uma nova modalidade de condicionamentovisa somente à imunossupressão e estes sãoconhecidos como transplantes não mielo-ablativos.

Como é feito o transplante de medulaóssea?

As células-tronco da hematopoiese, coletadasdas diferentes fontes acima descritas, sãotransfundidas como habitualmente se fazuma transfusão de sangue, não requerendonenhum procedimento cirúrgico.

Quais os profissionais envolvidos notransplante de medula óssea?

O transplante de medula óssea é um procedi-mento médico de alta complexidade, que exi-ge a participação da equipe de médicoshematologistas, do apoio de outras especiali-dades médicas, de nutricionistas, de psicólo-gos, de fisioterapeutas e, fundamentalmente,

da equipe de enfer-magem. Toda essaequipe multidisciplinardeve receber treina-mento especializado.

Quais são as com-plicações do trans-plante de medulaóssea?

As principais compli-cações no transplan-te podem ser resumi-das em três tópicos.Primeiro, efeitos ad-versos ocasionadospelos regimes de con-dicionamento, taiscomo mucosite (le-sões da mucosa bu-cal), lesões hepáticas,renais, pulmonares,neurológicas, cardía-cas, entre outras.

Segundo, complicações infecciosas, pois du-rante um determinado período os pacientesficam absolutamente zerados quanto à produ-ção de leucócitos - células que defendem oorganismo das infecções - e, também, incapa-zes de realizar uma resposta imunológica, porexemplo, produzir anticorpos. Esse quadro clí-nico permite a ocorrência das chamadas in-fecções oportunísticas, que normalmente nãoacometem os indivíduos normais. Essas po-dem ser ocasionadas por bactérias, fungos,protozoários e vírus, e a prevenção e o manejodessas infecções são fundamentais para o su-cesso dos transplantes.

Terceiro, a Doença do Enxerto contra o Hos-pedeiro (DECH). Quando recebemos um rim,coração ou fígado, nosso sistema imune,exercendo sua função natural, promove arejeição do órgão transplantado. No trans-plante de medula óssea ocorre o inverso.Em função de ter sido destruído o sistemaimunológico do paciente pelas altas dosesde quimioterapia e/ou radioterapia, célulasimunologicamente competentes que estãoentre as células-tronco transfundidas, rejei-tam o receptor, ou seja, o paciente.

Existem duas formas de DECH. A forma agu-da, que ocorre desde os primeiros dias até100 dias pós-transplante. Há diferentes graus

de intensidade, sendo as formas mais se-veras – graus III e IV – geralmente fatais. Afim de prevenir esses graus de DECH, utili-zam-se drogas imunosupressoras, as quais,por sua vez, retardam a recuperação imu-nológica e abrem as portas para as já men-cionadas infecções oportunísticas. Uma se-gunda forma de DECH é a chamada formacrônica, que ocorre até 400 dias após otransplante. Essa forma também requer tra-tamento imunosupressor e, muitas vezes,apesar do tratamento, pode evoluir para umamá qualidade de vida e até a morte.

Quais são os resultados do transplan-te de medula óssea?

Embora complexo e pleno de dificuldades, semrepresentar a panacéia capaz de resolver to-dos os problemas, inúmeros pacientes têm-se beneficiado do transplante de medula ós-sea, gozando de plena saúde e retornandoao convívio produtivo da comunidade.

É extremamente complicado avaliar o suces-so do transplante, já que há múltiplas vari-antes envolvidas, tais como a doença de basepara o qual foi indicado, a fase de evolução,as condições físicas do paciente no momentodo transplante, a sua idade, entre outras.

Apenas para citar, o transplante de medulaóssea provocou uma revolução no tratamen-to da Anemia Aplástica. Anteriormente, prati-camente 100% dos pacientes faleciam entreum e dois anos. Com o advento do transplan-te, particularmente em crianças, o índice decura atinge 95%, ou seja, uma virada de 180graus. Muitos pacientes com leucemias tam-bém são beneficiados, igualmente aquelescom imunodeficiência congênita (o meninoda bolha), além dos portadores de linfomas,mielomas e tumores sólidos.

Quais são as considerações finais?

O Transplante de Medula Óssea significou umgrande avanço da medicina, constituindo-seo “estado da arte” para o tratamento de inú-meras doenças. Futuramente, com o avançoda biotecnologia e da engenharia genética,talvez esse tipo de tratamento venha a serclassificado como “dinossáurico”. Novas abor-dagens no manejo dessas doenças serão re-alizadas, talvez apertando um botão. Sim, umdeterminado botão do extraordinário e com-plexo mecanismo do que se chama VIDA.

Eurípides Ferreira é Professor Adjunto de Hematologia e Oncologia daFaculdade de Medicina da UFPR; Professor Adjunto de Imunologia - EscolaPaulista de Medicina - UNIFESP; Médico Hematologista do Hospital InfantilPequeno Principe e Médico Hematologista do Hospital VITA Curitiba.

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VITAL - Como é para vocês o Grupo VITA serum grupo hospitalar, mas com uma forte visãoempresarial? O que isso muda em relação àforma tradicional de se administrar hospitais?

Marcelo Pina - A principal diferença em relaçãoa esses empreendimentos é o fato de não ter-mos um perfil filantrópico, não estarmos liga-dos a nenhuma empresa familiar e sermos umconjunto de S.A.s (sociedades anônimas). A con-seqüência disso é que a própria estrutura jurí-dica, por se tratar de S.A.s, faz com que tenha-mos um conjunto de controles e de informa-ções que os outros hospitais não têm. Por exem-plo, o Grupo é obrigado a manter seus balan-ços financeiros auditados, não pode mascararsuas atividades e tudo que fazemos precisa sermuito transparente.Esse conjunto de informações também pressu-põe uma organização diferente, pois o nível deexigência sobre a informação é muito maior.Essa é a principal diferença entre o VITA e amaioria dos hospitais.

Ernesto Fonseca – Há, também, desvantagensem não termos esse perfil filantrópico, mas queacabam nos tornando ainda mais focados e for-tes para mostrarmos resultados. A principal des-vantagem de não sermos uma instituição filan-trópica é não termos as isenções que nossosconcorrentes têm. Temos características empre-sariais, visamos o lucro para remunerar o inves-tidor e concorremos com instituições que nãotêm fins lucrativos e que, por isso, têm uma sé-rie de isenções de impostos e contribuições deque nós não nos beneficiamos. Por exemplo, isen-ção de ISS (imposto sobre serviços), PIS, Cofins,parcela empresarial do INSS e assim por diante.

Essa dificuldade maior resulta na vantagem deestarmos todos focados para a efetiva obtençãode resultados. Essa visão de hospital como ne-gócio, a forma de administrar, de buscar os resul-tados, tem um peso muito maior do que dentro deuma instituição filantrópica. Já tive oportunidadede trabalhar dentro de entidades sem fins lucrati-vos e pude testemunhar essa diferença.

VITAL - E como as fontes pagadoras, ou seja,os planos de saúde de forma geral, vêem esseperfil?

Pina - Do ponto de vista comercial, a gente per-cebe que aquilo que construímos é muito bemvisto pelas operadoras e fontes pagadoras demodo geral. Elas percebem que se trata de ummodelo empresarial baseado nas melhores prá-ticas, tanto do ponto de vista médico, quantoadministrativo e comercial. Tudo que reivindica-mos junto a uma operadora, todos os nossospedidos vêm amparados por uma série de in-formações e argumentações, que existem devi-do ao nosso modo de funcionamento. O resul-tado é que isso acaba permitindo um melhorcontato, uma melhor comunicação também. Nomomento em que negociamos, podemos argu-mentar que nossos números são auditados, quesomos uma S.A., o que dá um nível decredibilidade muito maior às nossas informa-ções. Isso é muito bem recebido pelas operado-ras, que nos vêem de forma diferenciada.

Ernesto - No meu modo de entender, as fontespagadoras vêem como uma boa condição. Portermos esse caráter empresarial, voltado ao resul-tado, com demonstração clara dos números envol-vidos, tudo é tratado de forma estritamente profis-

O Segredo do SucessoHá onze anos, ao ser fundado, o Grupo VITA tinha um hospital emCuritiba. Hoje, são quatro hospitais, dos quais dois com certificadode Acreditação em Nível de Excelência, distinção concedida aapenas 14 hospitais em todo o País, o que demonstra o sucesso domodelo de gestão adotado no Grupo. Reunimos o diretor técnicoJosé Mauro Rezende (médico intensivista), o diretor de operaçõesLuiz Sérgio Santana (engenheiro e administrador de empresas,com especialização em gestão de saúde), o diretor de controladoriae finanças Ernesto Fonseca (administrador de empresas com con-centração em finanças) e o diretor de relações institucionais Marce-lo Pina (bacharel em direito, com extensão em finanças econtroladoria e especialização em marketing), para falar sobre osucesso do modelo de gestão do Grupo e sobre os motivos quefazem com que todos se sintam tão envolvidos e responsáveispelas conquistas alcançadas. Veja o que eles dizem sobre essanova forma de prestar serviços de saúde:

sional. Assim, o diálogo com as fontes pagado-ras se torna mais fácil e mais transparente.

VITAL - E para o médico, esse perfil empresarial dealguma forma prejudica as atividades médicas?

José Mauro Rezende - Na realidade, eu consi-dero essa evolução para um perfil empresarialum movimento histórico. A assistência médicano Brasil começou pelas congregações religio-sas, depois evoluiu para um modelo assistencialbaseado no setor público, principalmente no Riode Janeiro, onde tínhamos um grande númerode hospitais ligados a sindicatos e, posterior-mente, a institutos. Depois, surgiram os hospi-tais formados por grupos de médicos. De modoque, durante muito tempo, faltou ao médico nãoligado a esse tipo de empreendimento, um lo-cal onde ele pudesse exercer a medicina, fazerparte do corpo clínico, sem precisar ser, neces-sariamente, proprietário de uma instituição.Então, a existência de um ambiente hospitalarcomo o nosso, de perfil empresarial, foi algomuito bom, porque também dá ao médico umentendimento muito claro de que se espera deleuma postura empresarial. Hoje ele precisa secomportar como um parceiro do hospital, e nãosimplesmente ignorar uma atividade que o hos-pital desenvolve. Por exemplo, no caso do VITA,nos projetos de Acreditação, o envolvimento docorpo clínico foi grande, cada médico participandoe entendendo que era importante fazer aquilo,adequando-se aos processos, para que houvesseuma melhoria global do atendimento.

VITAL - Outras instituições contestam essa ad-ministração feita por pessoas que não sãomédicos?

Luiz Sérgio Santana - Na verdade, acredito queos médicos e hospitais gostariam que suas pró-prias instituições fossem como a nossa. Em umSeminário da ANAHP (Associação Nacional deHospitais Particulares), em que foi feita uma apre-sentação de modelos e tendências, havia umpainel de votação para modelos de administra-ção hospitalar, e o modelo mais votado foi jus-tamente o do VITA. Uma administraçãoprofissionalizada e busca de investimentos, su-perando outros modelos apresentados. As pes-soas do setor vêem com bons olhos essa ques-tão de profissionalização, gestão e até mesmopropriedade dos hospitais, sendo encaradoscomo empresas. Do ponto de vista operacional,as melhorias que conquistamos são mais doque evidentes. Temos indicadores mostrando oquanto os hospitais têm evoluído, e a coroaçãodisso foi a conquista da Acreditação em nívelde Excelência nos Hospitais VITA Curitiba e VITAVolta Redonda.E a esse respeito, da aprovação do modelo, acon-

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tece uma coisa curiosa. Na área de Saúde, mui-tos profissionais trabalham em mais de umainstituição, principalmente os ligados à enfer-magem, à assistência direta ao paciente. Elestêm turnos de seis horas e, muitas vezes, aca-bam tendo mais de um emprego. Esses profissi-onais levam o método de trabalho do VITA paraoutras instituições e percebem as vantagens dotrabalho profissional, com métodos e processospadronizados.

Pina - O que a gente observa, por conta de todoesse trabalho que é feito no Grupo e que apre-sentamos na ANAHP, em encontros de federa-ções e outras oportunidades, é que servimoscada vez mais como benchmark, ou seja, comomodelo de comparação para outras instituições.Somos procurados por outros hospitais, institui-ções fortes, renomadas, que vêm nos visitar econhecer nosso trabalho, além de sermos con-vidados constantemente para palestras e apre-sentações para mostrarmos nosso modelo deadministração.

LS - Antigamente, quando se procuravam mo-delos de administração hospitalar, olhavam-seos hospitais de São Paulo, quando muito do Riode Janeiro e só. Agora, o que se vê são hospitaisaté do Rio de Janeiro procurando fazer umavisita ao VITA Volta Redonda, porque o diferen-cial que nosso hospital tem é único no Estado.Esse fenômeno acaba sendo muito positivo paraos nossos profissionais, que percebem como oesforço deles é reconhecido, e lhes dá orgulhode participar desse modelo vitorioso.

VITAL - Como os médicos vêem o VITA? Qual éa imagem que eles têm do hospital?

JM - O VITA é um hospital muito bemposicionado quando se discute a opinião domédico em relação a ele. São hospitais em queo médico claramente se sente respeitado. O queele precisa é de uma estrutura que lhe garantaqualidade e segurança, e isso o VITA claramen-te lhe fornece. Temos uma série de indicadorespara demonstrar o quanto isso é real. Outra coisade que o médico precisa é de uma relação co-mercial que seja ética, o que o VITA tambémfornece. No VITA não existe uma prática comum

em diversos hospitais, de utilizar o recurso fi-nanceiro do médico para sanar contas do hos-pital. Muitas vezes, o honorário é recebido pelainstituição, que fica postergando o pagamentoao médico. No VITA, o médico tem seu honorá-rio respeitado, o que é muito bom para a rela-ção entre médico e hospital. A visão do médicoa nosso respeito é muito boa, o que se pode verpela liderança que atingimos nos dois merca-dos em que atuamos.

Pina - Existe um esforço muito grande de nossaparte para tratar o médico como um cliente di-ferenciado, como o mais importante dentro des-sa cadeia de prestação de serviços. É um esfor-ço que envolve toda a estrutura dos hospitais. Epor isso é que temos iniciativas como o VITADoc Class, trazendo uma série de benefícios evantagens para eles.

VITAL - Percebo que existe no VITA um compro-metimento, um amor ao trabalho, por parte dosfuncionários. Como vocês conquistaram essecomprometimento?

LS - Acho que pesam muito os aspectos de va-lorização e integração de recursos humanos quepraticamos. Por exemplo, todas as promoçõesque acontecem dentro do hospital sãopriorizadas para o pessoal interno. Procura-se,inicialmente, alguém de um escalão inferior paraser promovido, fazendo com que as pessoaspercebam o valor que têm dentro da organiza-ção. Não acontece de alguém, que está espe-rando uma vaga há anos, ser ignorado porque,de repente, aparece um profissional de fora daorganização para ocupar aquele posto. A nãoser que não se tenha realmente nenhum pro-fissional pronto para a função. Mas aí, falhanossa, porque nosso trabalho tem de ser sem-pre pensando no desenvolvimento das pessoas.Essa transparência em relação aos funcionári-os gera confiança, e quando buscamos um com-prometimento maior, um sacrifício pessoal, comofoi todo esse processo de Acreditação, temossempre um retorno positivo. Por que? Porque aspessoas acreditam realmente na empresa, por-que a empresa tem feito por elas aquilo que éjusto. É uma via de mão dupla, um comprometi-mento mútuo entre os funcionários e a empresa.

Marcelo Pina Luiz Sérgio Santana José Mauro Rezende Ernesto Fonseca

Hoje, temos dentro do VITA muitos profissionaisque se formaram na própria empresa, comoMaurício Dias (gerente de logística em VoltaRedonda), Bianca Piasecki (coordenadora doEscritório da Qualidade em Curitiba), AdrianaKraft (gerente de enfermagem em Curitiba) etantos outros. Sem falar nos próprios superin-tendentes, o Deumy Rabelo (Volta Redonda) eo Maurício Uhle (Curitiba) são funcionários decarreira da empresa, que começaram em chefi-as e hoje são superintendentes. Acredito queseja uma das coisas que fazemos melhor: for-mar e desenvolver pessoas.

Ernesto - Temos funcionários que estão no VITA,em Curitiba, desde o início da sua operação,assim como temos funcionários em Volta Re-donda que estão no Hospital há mais de 20anos, antes mesmo do hospital pertencer aoGrupo VITA. Quando nós assumimos, essas pes-soas passaram a ser valorizadas pelo seu as-pecto profissional, avaliadas tecnicamente peloseu desempenho. Em minha opinião, para ofuncionário que quer desenvolver uma carreira,não existe nada melhor do que ser tratado comoprofissional. Essa atitude baseada em nossosvalores institucionais fez com que as pessoasse dedicassem ao nosso projeto de um hospitalprivado. Obviamente, isso aliado a outras van-tagens, de remuneração, condições de trabalhoe benefícios.

Pina - Naturalmente, nossa meta é alcançar re-sultados, mas não só resultados financeiros. Esseé apenas um dos aspectos. Nós buscamos re-sultados como um todo. Então, definimos me-tas em cada situação, traçamos estratégias edefinimos métodos para alcançar os objetivos.Tudo isso de forma muito transparente e trazen-do os funcionários para participarem das deci-sões. Acho que esse tipo de conduta e de pos-tura facilita atingir as metas. E uma vez quevocê atinge as metas, você se sente envaideci-do e isso vai contagiando todo mundo. Com aAcreditação foi a mesma coisa: todos ficarammuito orgulhosos, desde os que ocupam oscargos mais básicos, até a alta gerência. Essemodo de trabalhar com metas gera o clima decomprometimento. Todo mundo se sente parti-cipando, e a conquista é de todos.

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Isso é que é uma vitória. Médicos, enfermei-ros, administradores, prestadores de serviços,psicólogos, todos no Hospital VITA Curitiba es-tão andando nas nuvens, de tanto orgulho desua mais recente conquista: dois anos apóster alcançado sua primeira Acreditação da Or-ganização Nacional de Acreditação (ONA), emNível Pleno, o VITA Curitiba passou por umanova auditoria e conseguiu a Acreditação emNível de Excelência, tornando-se, assim, umdos 14 hospitais com essa distinção, entre os7,5 mil existentes no País.

“É um reconhecimento externo e uma com-provação da qualidade do nosso trabalho quenos deixa muito orgulhosos”, diz Maurício Uhle,Superintendente do VITA Curitiba. Para Uhle,esse feito só foi possível graças ao comprome-timento de todos os funcionários e colabora-dores. Segundo ele, a Acreditação da ONA nonível de Excelência atesta a qualidade da ges-tão da entidade e, portanto, não há porqueparar: “Sabemos que ainda temos muitos pon-tos a melhorar e vamos continuar nos esfor-çando para atingir o máximo de qualidadeem cada detalhe”, promete.

Outro hospital do grupo já havia recebido aAcreditação em Nível de Excelência, no anopassado: o Hospital VITA Volta Redonda. DeumyRabelo, Superintendente do VITA Volta Redon-da, ressalta que a busca por esse certificado éuma ação voluntária do Grupo, uma formaencontrada para se diferenciar. “Umacertificação é muito mais que um selo. É agarantia de que o paciente e o médico terãoserviços de qualidade, amparados em normas

VITA Curitiba em Plena ExcelênciaCom o esforço conjunto de funcionários, médicos, prestadores de serviçose administração, o Hospital VITA Curitiba conseguiu, em menos de três anos,o certificado de qualidade que apenas 14 hospitais brasileiros detêm

Localizado na BR 116, o VITA Curitiba possui mais de 18 mil metrosquadrados de área construída, 140 leitos, (sendo 37 de UTI) e realiza umamédia de 75 mil atendimentos emergenciais e 8 mil cirurgias por ano. OHospital possui convênio com mais de 50 operadoras.

legais e dentro das melhores práticas da ins-tituição”, diz Rabelo.

Carla Bianca Piasecki, coordenadora do Escri-tório da Qualidade dos Hospitais VITA Curitiba eVITA Batel, conta que o VITA Curitiba não pas-sou pelo nível mais básico de Acreditação, o desegurança (veja quadro nesta matéria), porque

nove meses após o início do projeto, já con-quistava nível Pleno. Dois anos depois, em umavisita de recertificação (que verifica, periodica-mente, se as práticas continuam sendomantidas), o Hospital conquistou Excelência.

Visibil idade

Segundo Uhle, o que caracteriza uma certi-ficação em Nível de Excelência é a avaliaçãodo modelo de gestão da empresa, ou seja,como ela trabalha, em vez de se aprofundarem detalhes de cada atividade do hospital. “Emoutras palavras, um hospital com Nível de Ex-celência também pode cometer erros, mas suagestão dispõe de mecanismos para identificaro erro e criar formas de corrigi-lo”, explica Uhle.

Assim, a Excelência é um nível dado a hospi-tais que podem comprovar que implantaramciclos de melhoria contínua, de identificaçãode erros e correção. Segundo Uhle, essa ava-liação também inclui o planejamento estraté-gico do hospital, ou seja, o VITA Curitiba tam-bém precisou demonstrar que tem estratégi-as de desenvolvimento, que elas estão emandamento, e que existem indicadores para

Acreditação em NúmerosOs números da Acreditação do Hospital VITA Curitiba são impressionantes. Conheça abaixo alguns deles:• 24 meses de dedicação• 26 Grupos de Trabalho• 200 pessoas envolvidas diretamente• Todos os serviços terceirizados inseridos no processo de Qualidade• 45 processos estruturados• 260 Indicadores de Processos, definidos / apurados / analisados• 95 Indicadores Estratégicos, definidos / apurados / analisados• 1800 Documentos formalizados e padronizados, entre normas, rotinas, protocolos e formulários• 4 Giga bytes de informações produzidas• 2644 horas-homem de treinamento para cultura da qualidade• 2139 m² obras e reformas para melhoria da estrutura física.• 5% de incremento na força de trabalho• Plano viário e de sinalização• Novas instalações de centro de estudos (auditório 70 pessoas)• Central de alarme de prevenção de incêndios

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acompanhá-las. “Uma de nossas estratégiasé, justamente, a fidelização do nosso CorpoClínico. Daí a criação do VITA Doc Class, o pro-grama de relacionamento médico do GrupoVITA”, diz Uhle. O Grupo VITA tem, aproxima-damente, 100 planos de ação em andamento.

Quem concede

Para quem não conhece, a Acreditação é umprocesso pelo qual a ONA certifica um hospi-tal, garantindo que seus processos, suas prá-ticas e gestão obedecem a critérios específicose se encaixam dentro de normas legais, ofe-recendo o máximo de qualidade e segurançaa médicos, pacientes e funcionários. A Acredita-ção pode ser concedida em três níveis: Segu-rança (nível 1), Plena (nível 2) e Excelência(nível 3). No caso do Hospital VITA Curitiba, oIQG (Instituto Qualisa de Gestão) é o institutocredenciado pela ONA responsável pela avali-ação e certificação.

Segundo Celso Fiszbeyn, gerente médico doHospital VITA Curitiba, a Acreditação é muitobem vista pelos médicos. “Primeiro, o fato determos protocolos, normas e rotinas faz comque a linha de atuação médica seja una,” co-menta Fiszbeyn. “A segunda vantagem é quetodos os médicos conhecem a Acreditação esabem que vão trabalhar com qualidade eexcelência. Terceiro, eles se sentem seguros,porque sabem que erros podem acontecer,mas que serão rápida e acuradamente resol-vidos”, conclui. Para Fiszbeyn, o fato de se tra-balhar com manuais e protocolos não é uma“camisa-de-força” para a atividade clínica, masuma diretriz, um norte a ser seguido. “AAcreditação dá uma segurança, inclusive jurí-

dica, para o médico”, acrescenta.

Num piscar de olhos

À primeira vista pode parecer que conseguira Acreditação máxima em dois anos foi umesforço estupendo. Sim, não há como negarque todos colaboraram em uma quantidadede atividades impressionante (veja quadro). Maso estilo de administração do VITA, desde suafundação, facilitou as coisas.

“Esse processo, na verdade, começou quando oVITA comprou o hospital em 2000, e colocamosnosso modelo de gestão em funcionamento”,diz Uhle. “Então, estamos implementando essemodelo de gestão há sete anos, mas agora éque convidamos uma auditoria externa paranos conceder um certificado”. Para ele, são ca-racterísticas muito arraigadas no “DNA” da em-presa, desde o início em suas atividades deadministração hospitalar. “Quando decidimos bus-car a Acreditação, já tínhamos os manuais, játrabalhávamos com rotinas e as pessoas já eramtreinadas nisso”, conta Uhle.

Outro facilitador foi o próprio perfil profissionalde Uhle, administrador acostumado a lidar como tipo de exigência que uma certificação re-quer. “Estou há dez anos no VITA, a maioriadeles na área financeira, e fazer a gestão deprocessos através da análise de indicadores éalgo muito comum nesse setor”, explica Uhle.

Comprometimento

Esse nível de qualidade em todo o hospital sópode ser alcançado quando se tem o envolvi-mento de todos os funcionários, de todos osescalões, na tarefa. “Inicialmente houve algu-ma resistência, mas fizemos um longo traba-lho de educação, explicando o que eram pro-cessos e todos começaram perceber as vanta-gens de se trabalhar da forma que a Acredita-ção exige”, conta Uhle.

Um dos maiores orgulhos do Hospital VITACuritiba é ter se livrado da cultura da “puniçãodo erro”. Ou seja, erros são encarados como“não-conformidades” que devem ser entendi-das e corrigidas. Assim, os próprios funcioná-

“É o reconhecimento externo daqualidade”, diz Maurício Uhle

“É um trabalho conjunto, todos nomesmo barco”, garante Bianca Piasecki

“Uma certificação é muito mais queum selo”, afirma Deumy Rabelo

O que é AcreditaçãoDe acordo com o superintendente médico de

acreditação do IQG (Instituto Qualisa de Gestão),Rubens José Covello, a acreditação de serviços desaúde é um sistema de avaliação externa, voluntário,periódico e reservado. “Obter um certificado é demons-trar, para a sociedade, a responsabilidade de todos osenvolvidos com a qualidade da assistência prestada”,ressalta. O IQG é o instituto credenciado pela Organi-zação Nacional de Acreditação responsável pela avali-ação e certificação do VITA Curitiba. A Acreditação podeser concedida em três níveis (veja abaixo) e é reavaliadaperiodicamente.

Nível 1 (Segurança) Foco na segurança, de risco

na prestação de serviços e desempenho dos recursoshumanos; conformidade com exigências legais e davigilância sanitária.

Nível 2 (Plena) Os itens do Nível 1, mais: foco naorganização do trabalho, suas normas, rotinas e proto-colos atualizados e aplicados. Criação de manuais derotinas e procedimentos; treinamento dos funcionáriosnessas rotinas.

Nível 3 (Excelência) Itens dos níveis 1 e 2, focona gestão da qualidade e de seus resultados.

Criação de indicadores de avaliação de desempe-nho, criação de metas de excelência, implantação deciclos de melhoria contínua.

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Muito mais Corpo ClínicoO ditado “Em time que está ganhando não se mexe” definitivamente não

parece fazer parte do ideário do Grupo VITA. Apesar de todas as conquistasrecentes, os gestores descobriram que podem melhorar o que já está bom:nos próximos três anos será colocado em andamento um programa paraaprimorar as práticas médicas e valorizar o corpo clínico.

A experiência bem-sucedida do Grupo VITA pode ser atribuída ao seu modelo de administração (vejamatéria Ping-Pong nesta edição, pág. 10), ao passo que a maior parte das instituições de saúde costumase originar de um corpo clínico de peso, que acaba funcionando como locomotiva do empreendimento.

“Agora que estamos estruturados a partir de um modelo de administração forte, nosso objetivoserá dar mais força ao corpo técnico, para que tenhamos essas duas forças impulsionando nossoshospitais”, diz Francisco Balestrin, vice-presidente executivo e diretor médico do Grupo VITA.

O corpo clínico da Rede VITA já conta com médicos e especialistas de renome, professores dasmelhores universidades, tanto em Curitiba quanto em Volta Redonda. O nível de atendimentos noshospitais é amplamente reconhecido nas duas cidades. O que se vai buscar, explica Balestrin, é umaprimoramento de práticas, equipamentos e instalações que permita elevar ainda mais o nível deatendimento oferecido.

Aconteceu nos dias 22 e 23 de março, em Penedo (RJ), o 1º Seminário de Planejamento Estratégicoda Gestão Médica da Rede VITA, um evento que reuniu os profissionais responsáveis pela áreaclínica dos hospitais, para debater metas, estratégias, indicadores de qualidade e outros fatores. Oresultado disso será um programa para os próximos três anos, visando o desenvolvimento docorpo clínico de toda a Rede VITA, nos aspectos técnicos, científicos, operacionais e indicadores.

“Além de aprimorar o atendimento, estamos criando no grupo um ambiente de desenvolvimentotécnico-científico, possibilitado principalmente pelo CEVITA em cada hospital (Centro de EstudosVITA)”, explica Balestrin. Com isso, um médico poderá ter no VITA não só um local de trabalho, masde atualização e desenvolvimento profissional.

rios se sentem à vontade para apresentar asocorrências e propor soluções. “Tudo é discuti-do abertamente, sem o peso do erro, do medoda punição, em reuniões com 30 a 40 pesso-as no Comitê da Qualidade”, conta Uhle.

“Não houve ameaças nem pressão; nós con-vidamos as pessoas a participarem”, contaBianca. Segundo ela, foi a partir de uma sé-rie de reuniões, atividades motivacionais egincanas que os funcionários começaram“adotar” a idéia de certificação. “Um fator im-portante foi a criação dos Grupos de Traba-lho, em que todos estavam no mesmo nívelpara decidir qual era a melhor solução paradeterminado processo, independente de hi-erarquia. Isso foi muito estimulante para todomundo”.

Conquistar o envolvimento dos funcionáriosfoi fundamental para a certificação. “É tudo ounada”, diz Bianca, “Na acreditação, ou todas asáreas atingem aquele mesmo nível, ou nãose consegue a certificação. É todo mundo nomesmo barco, todo mundo tem que comprara idéia. Isso é muito bonito, é muito gratifi-cante”, diz Bianca.

Vale a pena?

Por melhores que sejam as práticas de umhospital, é muito difícil demonstrar para o públi-co externo que, de fato, existe um comprometi-mento com a qualidade. “É preciso buscar umreconhecimento externo dessa excelência, e umaforma de obter isso é através de uma auditoriaindependente, como a Acreditação”, diz Uhle.

Esse “diploma” de qualidade traz uma sériede benefícios para a instituição, na busca denovos investimentos, no contato com médi-cos, junto aos pacientes e seus familiares. Se-gundo Uhle, as fontes pagadoras, ou seja, osplanos de saúde, já começam a reconhecer queo trabalho dos hospitais que buscam aAcreditação é diferenciado e por isso merecemuma remuneração também diferenciada. “Emalgumas praças do País, como Belo Horizonte eFortaleza, essa diferenciação já começa a surgir”,diz Uhle

E o próximo será.. .

Embora ainda não haja datas definidas, aomenos publicamente, o passo seguinte do Gru-po VITA deve ser buscar a Acreditação para osmais novos hospitais da rede, o VITA Batel, tam-bém em Curitiba, e a Maternidade VITA, emVolta Redonda. Com a experiência acumulada,essa deverá ser uma conquista sem sustos.

“Desde que abrimos o VITA Batel, os princípiosde gestão são os mesmos”, diz Uhle. “Já temosmanuais implantados, rotinas, formulários, to-dos os processos que ocorrem no VITA Curitibajá são automaticamente colocados no VITABatel”. O mesmo se dá na Maternidade VITA.Assim, é só uma questão de tempo para queo Grupo VITA conquiste uma nova Acreditaçãoem sua rede.

Um Breve Histórico do Projeto QAo ser lançada, em 2004, a Acreditação recebeu

um nome em código: Projeto Q, de qualidade. Veja aseqüência de auditorias internas e externasrealizadas. O projeto foi iniciado por Deumy Rabelo,que era o superintendente do Hospital VITA Curitiba,na época, e foi concluído sob a superintendência deMaurício Uhle.

Fase 1Março 2004 - Lançamento do Projeto QMaio 2004 - 1ª Auditoria Interna da QualidadeJulho 2004 - 2ª Auditoria Interna da QualidadeSetembro 2004 - 3ª Auditoria Interna da QualidadeOutubro 2004 - Pré-Auditoria Externa IQGDezembro 2004 - 4ª Auditoria Interna da Qualidade

Dezembro 2004 - Auditoria Externa IQG paraAcreditação ONA Nível 2

Fase 2Junho 2005 - 5ª Auditoria Interna da QualidadeAgosto 2005 - 6ª Auditoria Interna da QualidadeAgosto 2005 - 1ª Visita de Manutenção IQG Nível 2Abril 2006 - 7ª Auditoria Interna da QualidadeMaio 2006 - 2ª Visita de Manutenção IQG Nível 2(50% setores em Nível 3)Setembro 2006 - 8ª Auditoria Interna da QualidadeOutubro 2006 - 9ª Auditoria Interna da QualidadeNovembro 2006 - 10ª Auditoria Interna da QualidadeDezembro 2006 - Visita de Recertificação IQG eupgrade para Nível de Excelência.

“A Acreditação só dá certo quando cada funci-onário entende seu papel, entende que seutrabalho contribui para o atendimento do pa-ciente internado”, diz Rabelo. Ele também res-salta a importância do voto de confiança dapresidência, que precisa acreditar no proces-so para fazer com que as mudanças necessá-rias ocorram.

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“Meu colesterol está alto”. Hoje, uma frase comoessa, dita na hora do almoço diante de umabela picanha, parece algo trivial para todos, masa descoberta da relação do colesterol com pro-blemas cardíacos foi resultado de décadas depesquisa por cientistas no mundo todo. Atual-mente, sabe-se que a substância é responsávelpelo acúmulo de placas de gordura nas artérias,mas ainda se discute se, de fato, existe umarelação direta entre consumo de alimentos ricosem gordura e níveis altos de colesterol no sangue.

O colesterol, um lipídeo, está longe de ser umveneno. Na realidade, ele é essencial ao funcio-namento do corpo humano. Representando pertode 0,2% do peso do corpo humano, o colesterolestá espalhado em todo o organismo e desem-penha várias funções, estruturais e metabólicas.Por exemplo, nas gônadas (glândulas sexuais), ocolesterol é convertido em hormônio sexual -estradiol nas mulheres, testosterona nos homens.Não obstante, é o principal responsável pelaaterosclerose, que nada mais é que o acúmulode placas de gordura no interior das artérias,obstruindo-as e provocando ataques cardíacos.

Coelhos com colesterol

A primeira indicação de que o colesterol estavarelacionado a problemas cardíacos data de 1910,quando o químico alemão Adolph Windaus des-creveu que placas de aterosclerose da aorta hu-mana continham concentrações 20 a 26 vezesmais altas de colesterol que as aortas normais.Três anos depois, o patologista russo NikolaiAnitschkow alimentou coelhos com colesterol puro,o que produziu uma aterosclerose severa nosanimais. Foi uma primeira experiência de produ-ção artificial de aterosclerose, e a experiência deAnitschkow foi repetida milhares de vezes desdeentão, em todo tipo de animais, de pombos aseres humanos. No intenso debate sobre colesterolque aconteceu nos anos seguintes, um detalhe

da experiência de Anitschkowfoi praticamente ignorado:cães e ratos não elevaramseus níveis de colesterol nosangue, mesmo quandosubmetidos a uma dietarica em gorduras - esses ani-mais metabolizavam ocolesterol sem dificuldades.

O fator de predisposição hereditária para altastaxas de colesterol foi identificado pelo médiconorueguês Carl Müller, em 1938, que estu-dou diversas famílias com grande incidênciade níveis de colesterol elevados e enfartes.

Em 1955, o biofísico John Gofman, da Universi-dade de Berkeley, utilizou a ultracentrífuga, quehavia sido criada recentemente, para separarlipoproteínas do plasma sangüíneo. Com esseinstrumento, ele pode perceber que os ataquescardíacos estavam relacionados a elevados ní-veis de colesterol e, também, que essa subs-tância estava contida na partícula de LDL (lowdensity lipoprotein - lipoproteína de baixa densi-dade). Gofman notou, também, que os ataquesdo coração eram menos freqüentes quando osangue continha altos níveis de outralipoproteína que também contém colesterol, oHDL (high density lipoprotein - lipoproteína dealta densidade). LDL e HDL não são o própriocolesterol, mas o transportam, já que ele, emseu estado puro, não é solúvel em água.

Mr. Cholesterol

Dados epidemiológicos coletados pelo biólogofisiologista Ancel Keys, da universidade deMinnesota, mostraram que a incidência deataques do coração era linearmente proporci-onal ao nível de colesterol no sangue. Ele tam-bém foi o autor das observações que vieram adar origem à chamada “Dieta do Mediterrâ-

Em Busca do Colesterol

Representação gráfica damolécula de colesterol

neo”, ao apontar que determinadas popula-ções européias ingeriam grande quantidadede gorduras insaturadas, mas não desenvolvi-am doenças cardíacas. Muitos dos nossos con-ceitos a respeito de dieta, gasto de energia,metabolismo e saúde, foram apresentados porKeys. Conhecido em suas campanhas sobrealimentação como “Mr. Cholesterol”, Keys pu-blicou diversos livros sobre o assunto, como “EatWell, Stay Well” (coma bem, fique bem), de1959. Ele morreu em novembro de 2004, aos100 anos de idade.

Em 1974, Joseph Goldstein e Michael Brown des-cobriram que o nível de LDL no sangue é con-trolado pela atividade de uma proteína da super-fície da célula, e que o nível elevado de colesterolé causado por um defeito genético no receptor

de LDL que bloqueia a re-moção do LDL do sangue.Por esse trabalho, Goldsteine Brown receberam o Prê-mio Nobel de Medicina de1985. Em 1976, o cientistajaponês Akira Endo desco-briu um metabólito de ori-gem em fungos, que pode-ria bloquear a síntese decolesterol. Essa descoberta

levou ao desenvolvimento de medicamentos e,em 1986, os EUA aprovaram a primeira estatinapara consumo humano.

Abandono essa picanha?

Assim, cerca de um século de pesquisas foi neces-sário até que os cientistas pudessem afirmar aexistência de uma conexão entre o colesterol e aaterosclerose. Porém, o debate sobre consumo degorduras ainda não chegou a uma conclusão: afi-nal, consumir colesterol eleva ou não o nível decolesterol no sangue? A pesquisa Nurse’s HealthStudy, de 1976, acompanhou por 20 anos a ali-mentação e o desenvolvimento de enfermidadescrônicas em 50 mil enfermeiras americanas. Osresultados não apontaram relação entre o con-sumo de gordura animal e doenças cardíacas.Segundo os dados tabulados, dietas ricas em gor-duras saturadas, como a carne vermelha, aumen-tam pouco o risco de doenças coronarianas.

Na falta de resultados conclusivos, a indicaçãodos nutricionistas é ter uma alimentação balan-ceada, com muitos vegetais, e evitar o consumoexcessivo de gordura animal. Do ponto de vistamédico, uma coisa é certa: excesso de colesterol nosangue é nocivo e deve ser controlado.

Uma multidão de cientistas pesquisou durante mais de um séculoaté conseguir relacionar colesterol e ataques cardíacos

Gofman acionando uma ultracen-trífuga para separar lipoproteínas

Fontes : Priory Medical Journals; ColumbiaUniversity Press; Howard Hughes Medical Institute;Drauzio Varella; History of the Cholesterol Controversy- University Of California San Diego

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Causa espanto, a princípio, perceber o quan-to é profunda, sincera, importante e intensa arelação que Vera Lúcia Paiva Speltz, a Verinha,tem com o Grupo VITA. “É uma extensão domeu lar”, “É como se fosse a minha família”,“Aqui me sinto em casa”, são frases que eladiz durante a conversa, repete lá adiante, rei-tera de outras formas, sempre, como se qui-sesse deixar claro que não está exagerando.

Ao longo da conversa, tudo começa a fazersentido. Vera está falando da sua vida, nãode um emprego. Da construção da sua per-sonalidade, não de seu currículo. De suas re-lações pessoais mais importantes, não de co-legas de trabalho. “Foi aqui que eu encontreiapoio nas dificuldades e comemorei as con-quistas. Foi com estas pessoas que dividi osbons e os maus momentos. São tantos anosaqui que os laços são muito fortes, é muitacumplicidade”, explica Vera.

Vera é responsável por compras dos HospitaisVITA Curitiba e VITA Batel, e se tornou funcioná-ria antes mesmo que o primeiro hospital da

rede, o VITA Curitiba, fosse adquirido. Quantotempo, Vera? “Onze anos e seis meses”, respon-de, sem hesitar. Nascida em Goioerê, uma pe-quena cidade do Noroeste do Paraná, Vera mu-dou-se para Curitiba em buscade oportunidades profissionais.

Mas é como se o período ante-rior ao Grupo VITA não tivessegrande importância para Vera:ela conta que seu filho, George,nasceu logo após a inaugura-ção do hospital. “Hoje, eu olhopara o meu filho, que tem dezanos, ele é um pouco mais novoque o VITA, mas eu olho oGeorge e penso no VITA, no cres-cimento dos dois, que aconte-ceu simultaneamente, e mesinto muito orgulhosa de ter par-ticipado do princípio de um sonho”, diz Vera. “Eraum imóvel e um sonho, e hoje o Hospital VITAtem Acreditação Nível Três, conquistou o Top Hos-pitalar, a rede de hospitais cresceu, o sonho setornou realidade”, completa.

“O VITA é, também, umaescola de vida. As exigên-cias são muitas, mas tam-bém se aprende muito”, fi-losofa Vera. “Aprende-seque as mudanças são ne-cessárias e que a todo ins-tante é preciso estar abertopara novos caminhos; tudopara alcançar nossas metas”.

Muito sensível, Vera é co-nhecida por rir de tudo e

chorar com a mesma facilidade. Satisfeita comas conquistas que obteve e de que participou,cercada de amigos e trabalhando onde se sen-te em casa, ela está à vontade para dizer queo Grupo VITA é parte essencial de sua vida.

Um Imóvel e Um Sonho

Unimed lança Pró Vida

Luiz Paulo Tostes Coimbra,presidente da UNIMED Volta Redonda

Programa de prevenção de doenças e promoção dasaúde da UNIMED Volta Redonda busca elevar aqualidade de vida de seus clientes

A UNIMED Volta Redonda inicia uma novafase em sua atitude com relação aos clientes:não apenas tratar de doenças, mas ajudá-losa preveni-las. Quem fala sobre a estratégia éLuiz Paulo Tostes Coimbra, presidente daUNIMED Volta Redonda, médico pneu-mologista e professor da Faculdade de Medi-cina de Volta Redonda. “Nós continuaremosqualificando a nossa rede de atendimento,buscando excelência nesse sentido, mas va-mos procurar orientar o paciente quanto ahábitos e atitudes que promovam sua saú-de”, explica Tostes.

um fato extremamente importante, que de-monstra o nível de qualidade de atendimentoque podemos oferecer a nossos clientes”, dizTostes. O Hospital VITA Volta Redonda foi oquinto, em todo o País, a receber Acreditaçãoem nível de Excelência, em junho de 2006.

Com o programa Pró Vida, a UNIMED VoltaRedonda orientará seus clientes com relação àprevenção de doenças e promoção da saúde.Já está em funcionamento e à disposição dosclientes uma unidade do Pró Vida, com médi-cos, fisioterapeutas, nutricionistas, enfermeirose outros profissionais. Darão orientações sobrequestões como obesidade, hipertensão, reedu-cação alimentar, práticas esportivas etc. “Quere-mos, com isso, atingir um grande número depessoas, incentivando-as a levar uma vida maissaudável. Daí o nome Pró Vida”, explica Tostes.

A UNIMED Volta Redonda foi fundada em 1979.Desde o início de suas atividades ofereceuatendimento a seus clientes no antigo Hospi-tal da Companhia Siderúrgica Nacional, par-ceria que continuou quando este se tornouHospital VITA Volta Redonda. “O VITA é, hoje,responsável por quase 90% de nossos atendi-mentos”, diz Tostes. Volta Redonda tem cercade 300 mil habitantes, dos quais cerca de 50mil são clientes da UNIMED (aproximadamente1/6 da população). Cidades próximas comoBarra Mansa, Resende e Barra do Piraí têmsuas próprias UNIMED, que também enviamclientes para o Hospital VITA Volta Redonda,para casos de maior complexidade.

Ao longo dos anos, a parceria entre VITA eUNIMED Volta Redonda tem se fortalecido.“A conquista da Acreditação pelo Hospital foi

“No início, era um imóvel e um sonho”. A vida de VeraLúcia, de Curitiba, e o desenvolvimento do Grupo VITAestão unidos de forma surpreendente

PerfilPerfilPerfilPerfilPerfil

VVVVVera Lúcia Paivera Lúcia Paivera Lúcia Paivera Lúcia Paivera Lúcia Paiva Speltza Speltza Speltza Speltza Speltz

SignoSignoSignoSignoSigno: AquárioPrato predileto: CamarãoCaracterística :Extremamente sensívelHobby: Estar com os amigosFrase: “Sempre que se vê umempreendimento de sucesso éporque alguém tomou uma de-cisão destemida”

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O sistema de administração utilizado pelo Gru-po VITA é o AP7, da Microsiga, queinclui contabilidade, recursos huma-nos e ativo fixo, entre outros módulos.

No Grupo, são cerca de 500 computadores e 8servidores. A centralização das informaçõescomeçou há três anos, quando o VITA colocouo servidor da homepage da empresa e de cor-reio eletrônico em sua sede, em São Paulo.Depois disso, os sistemas também foramgradativamente transferidos. Agora, após uni-ficar as informações, o Grupo dará um passoainda mais audacioso: integrará as redes decomputadores dos quatro hospitais VITA, quefuncionarão como se fosse uma. Duas delas,as de Curitiba, já estão integradas. SegundoOliveira, o acesso através de rede virtual tam-bém está passando por ampliação. Com esserecurso, já está em testes, é possível para umfuncionário em trânsito acessar a rede comose estivesse em seu próprio computador.

A questão da comunicação por voz mereceu

Centralizaras informações

administrativas e unificar as redes de compu-tadores foi o desafio que o departamento deTecnologia da Informação do Grupo VITA en-frentou nos últimos três anos. Agora, depoisde muito esforço e investimento, os dados dosquatro hospitais do grupo já estão centraliza-dos nos servidores em São Paulo, e mais no-vidades vêm por aí: em breve, as redes decomputadores de todas as unidades funcio-narão como se fosse uma só.

Paulo Roberto Antunes de Oliveira, coordena-dor de Tecnologia da Informação e Comunica-ção do Grupo VITA, explica a importância dese reunir os sistemas. “Ter as informações cen-tralizadas é fundamental, para poder alocarmelhor os recursos do grupo”, explica Oliveira.

importantes investimentos. Há mais de doisanos as ligações entre as unidades de SãoPaulo, Curitiba e Volta Redonda acontecempor números locais, graças à tecnologia VOiP.A novidade mais recente é a disponibilidadede rede Wi-Fi para médicos, pacientes e visi-tantes no Hospital VITA Batel. Com essatecnologia, quem utiliza um notebook dentrodo Hospital pode acessar a Internet para na-vegar na Web e verificar seus e-mails. Aindaneste ano o conforto será estendido às outrasunidades.

Capela do Hospi-tal VITA Batel

Inauguração da capela doHospital VITA Volta Redon-

da, com a presença doJosé Mauro Rezende,

diretor técnico, PastorCarlos Oliveira, Sr. Izidoro

Ribeiro, Bispo D. JoãoMaria Messi, e Deumy

Rabelo, superintendente.

Locais de OraçãoAs unidades do VITA também oferecemespaços para cuidar da espiritualidade

A Rede VITA busca proporcionar a seus cli-entes, sejam pacientes, familiares ou médi-cos, um espaço onde possam viver sua reli-giosidade. No Hospital VITA Volta Redonda, acapela acolhe pessoas de todas as crençaspara proporcionar-lhes um espaço de paz econtato com Deus. A capela foi inauguradaem 18 de janeiro deste ano, com a presençado bispo D. João Maria Messi, representandoa Igreja Católica, o pastor Carlos Oliveira,representante da Igreja Evangélica BatistaCentral, e do sr. Izidoro Ribeiro, representan-do a religião Espírita.

A capela do Hospital VITA Curitiba fica em umlocal central. Nela acontecem, regularmente, ce-rimônias religiosas: quartas-feiras, uma novenae quintas-feiras, cultos evangélicos, sempre

às 13h. O Hospital VITABatel dispõe de um es-paço para oração no an-dar térreo, próximo à re-cepção. O local fica aber-to diuturnamente, para quem quiser orar,meditar ou buscar um momento de paz.

VITA... ATIV... A Tecnologiada Informação no VITAAs redes de computadores do VITA estão cada vez maisintegradas; as novidades incluem tecnologia Wi-Fi

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Ao lado,caricaturasobre omovimento das“suffragettes”pelo direito aovoto feminino eabaixo,aedição de 28de março de1911 do NewYork EveningJournal sobreo incêndio dafábricaTriangleShirtwaist, emque morreram125 mulheres

Direitos da Mulher: UmaLuta Que Não Terminou

A longa luta das mulheres pela conquista deautonomia e de direitos equivalentes aos dos ho-mens, comemorada anualmente no dia 8 demarço, o Dia Internacional da Mulher, ainda estálonge de terminar. São milênios de repressão ediscriminação que, para algumas mulheres, mu-daram de forma espetacular nos últimos 100 anos,mas que ainda estão longe de atingir todo o pla-neta e todas as classes sociais. Mesmo onde asdiferenças diminuíram, o acesso a trabalho e osníveis de salários continuam bastante desiguais.

A situação da mulher só começou a mudarno século XIX, quando começaram trabalharfora de casa, atuando como operárias, em pés-simas condições e ganhando salários irrisóri-os. Logo iniciaram movimentos operários fe-ministas e, ao mesmo tempo, passaram a rei-vindicar o direito ao voto. Em 1862, as mulhe-res suecas votaram pela primeira vez em elei-ções municipais. As “sufragistas” britânicas fi-zeram passeatas, se amarraram a trilhos, fize-ram greve de fome e conquistaram o direitode votar em 1928. No Brasil, em 1932, mulhe-res conquistaram o direito ao voto.

No século XX, após as vitórias trabalhistas epolíticas, as mulheres fizeram uma nova revo-lução: desta vez, nos costumes e no comporta-mento. A obra da francesa Simone de Beauvoir,“O Segundo Sexo”, defende que a submissãoda mulher ao homem não tem origens bioló-

gicas, mas com-portamentais e

sociais. Ou seja, elasustenta que a mulher não é

“naturalmente” inferior, passiva ou mater-nal. Mas, sim, que esses são papéis que lhessão impostos e que devem mudar.

Por que 8 de março?

Comemorado no mundo todo, o Dia Internaci-onal da Mulher tem sido relacionado a umrelato, mais ou menos assim: no dia 8 de mar-ço de 1857, as operárias de uma tecelagem deNova York entraram em greve para reivindicarmelhores condições de trabalho, e foram repri-midas de forma selvagem, tanto pelos proprietá-rios quanto pela polícia, que teria trancado asportas e ateado fogo ao prédio, resultando namorte de 129 mulheres.

Esse massacre de 1857 é um mito e na verdadenunca aconteceu, como explica a socióloga EvaAlterman Blay, da Faculdade de Filosofia, Letrase Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Existiu, defato, um incêndio: no dia 25 de março de 1911, afábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, ficouem chamas, ocasionando o pior incêndio da his-tória da cidade, com 146 vítimas fatais, das quais125 mulheres. Várias portas no interior do edifí-cio estavam trancadas, o que dificultou a evacu-ação. O desastre causou uma comoção mundial

e contribuiu para a luta das mulheres, porqueas operárias da fábrica Triangle Shirtwaist traba-lhavam de 60 a 72 horas por semana com tur-nos de 14 horas, em péssimas condições, paraganhar seis dólares por semana.

A Origem Verdadeira

Conforme dados históricos da ONU (Organi-zação das Nações Unidas), a verdadeira ori-gem da data é a seguinte:1857 Em 8 de março, as tecelãs de Nova Yorkfizeram um protesto contra condições de tra-balho desumanas e baixos salários. A políciaatacou e dispersou as manifestantes.1908 Em 8 de março, 15 mil mulheres pro-testaram, em Nova York, por menos horas detrabalho, melhor pagamento, direito ao voto efim do trabalho infantil.1909 O primeiro Dia Nacional da Mulher foicelebrado nos EUA em 28 de fevereiro (últimodomingo de fevereiro). O Partido Socialista daAmérica escolheu a data para homenagear agreve das tecelãs de 1908, em Nova York.1910 A Internacional Socialista, reunida emCopenhagen (Dinamarca), criou um Dia In-ternacional da Mulher, para homenagear omovimento pelos direitos das mulheres e con-seguir apoio para o sufrágio universal femini-no, proposta aplaudida por mais de 100 mu-lheres de 17 países. Não foi estabelecida umadata comemorativa fixa.1911 Como resultado da iniciativa emCopenhagen, o Dia Internacional da Mulherfoi celebrado pela primeira vez em 19 de mar-ço, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.(Menos de uma semana depois, ocorreu oincêndio na Triangle Shirtwaist, causando umaimensa comoção pela causa feminina).1913-1914 O Dia Internacional da Mulhertorna-se um mecanismo para protestar contraa I Guerra Mundial.1917 Durante a guerra, as mulheres na Rússiaprotestaram e fizeram greve por “Pão e Paz”,no último domingo de fevereiro (que caiu nodia 8 de março do calendário Gregoriano, oci-dental).1975 Durante o Ano Internacional da Mu-lher, as Nações Unidas passaram a celebrar oDia Internacional da

“Nós, as mulheres sufragistas, temos uma grande missão - a maiormissão que o mundo jamais teve. A de libertar metade da humani-dade e, através dessa libertação, salvar a outra metade.”

Emmeline Pankhurst, 1912

Fontes: • A história do incêndio da Triangle Shirtwaistpode ser lida, em inglês, no site da Universidade deCornell, no endereço http://www.ilr.cornell.edu/trianglefire/. • Uma entrevista com Eva Blay sobre aorigem do Dia Internacional da Mulher está disponível nosite da Agência USP, no endereço http://www.usp.br/agen/bols/2000/rede518.htm • O site da Organizaçãodas Nações Unidas para o Dia Internacional da mulher éhttp://www.un.org/events/women/iwd/2007/; ele trazum link para a história da origem da comemoração • Ahistória do “Levante das 20.000” pode ser lida, eminglês, no site da Universidade de Harvard, no endere-ço http://ocp.hul.harvard.edu/ww/events_uprising.html

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Total AnimaçãoVocalEm Volta Redonda, ocoral da UNIMEDesteve no HospitalVITA para dar “umacanja” dos seusatributos vocais parapacientes e funcioná-rios. O regente foi oprofessor Oriel

Superproduzidos!!Na festa de fim-de-ano, em Curitiba, todaa atenção era para eles. DanieleBoguslawski, Adriano Antunes, Carla Soffiattie Cynthia Salvador, do DepartamentoFinanceiro, deram uma “força na peruca”e apareceram assim, produzidíssimos.

Rumo ao PanAs ginastas mais festejadas do Brasil passaram peloVITA Curitiba para fazer um check-up, na preparaçãopara os Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, emjulho. As meninas são Daiane dos Santos, ThamiresAraújo, Laiz Souza, Daniele Hypólito, Milena MegumiMiranda e Ana Claudia da Silva.

SuperpoderososA diretoria do Grupo

VITA prestigiou, emcaráter pessoal e

intransferível, o fimde ano do HSBC no

Palácio Avenida.Ernesto Fonseca,

Luiz Sergio Santana,José Mauro

Rezende, MarceloPina e Eduardo Steil

também são conhecidos como “os meninos superpoderosos”

Maternidade faz dois aninhos!Mickey e Minie estiveram no aniversário dedois anos da Maternidade VITA VoltaRedonda, brincando com pacientes,visitantes e funcionários. Na foto, as médi-cas Alanê (esq.) e Simone com os simpáti-cos camundongos.

Solto a Voz nas

Estradas

Adriano Carvalho,responsável peloserviço de check-updo Hospital VITABatel, é conhecidopela sua voz privile-giada, afinação erepertório. Ele cantaem português,inglês e espanhol etem se apresentadonos palcos dosteatros curitibanos.

Engenheiro ou Arquiteto?O engenheiro José PauloCoimbra, do Hospital VITAVolta Redonda, tambémconhecido como “MickJagger”, tem sido responsávelpelas novidades que estãoembelezando os ambientesdo hospital, como o ClubWhite, a manutenção, odepartamento de compras, asala da diretoria e outras.

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