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A importância da reforma íntima para a regeneração do planeta. ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 06 | NÚMERO 28 | ABRIL/MAIO 2016 CORRUPÇÃO NOSSA DE CADA DIA Visão Espírita A lei da evolução e a convivência pacífica com o próximo. Bem Coletivo Conflito de interesses e opiniões, ou trabalho no bem? Palavra Espírita O transformador poder da mente no dia a dia. Atualidade Página 03 Página 07 Página 08 Página 06 O ser humano aspira justiça e luta pelos direitos do País, mas muitas vezes, é incoerente com a maneira que vive em sociedade. Pequenos desvios de conduta podem causar muitos problemas, inclusive de ordem espiritual. É fundamental agir de acordo com os desígnios do Mestre Jesus, deixando a hipocrisia de lado, como exemplo vivo de beneficência e boa vontade. A dignidade precisa partir de homens e mulheres que desejam fazer parte de um exército de paz, que não labuta em causa própria, mas que corre atrás do prejuízo em prol do bem coletivo. Página 05 Mais Distribuição GRATUITA Não jogue este jornal em vias públicas Verdade e Vida Jornal LEIA TAMBÉM Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje. Página 04 HOMENAGEM ÀS MÃES Mãe, por Maria Dolores - Francisco Cândido Xavier Página 02

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A importância da reforma íntima para a regeneração do planeta.

ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 06 | NÚMERO 28 | ABRIL/MAIO 2016

CORRUPÇÃO NOSSA DE CADA DIA

Visão Espírita

A lei da evolução e a convivência pacíf ica com o próximo.

Bem Coletivo

Confl i to de interesses e opiniões , ou t rabalho no bem?

Palavra Espírita

O transformador poder da mente no dia a dia .

Atualidade

Página 03 Página 07 Página 08 Página 06

O ser humano aspira justiça e luta pelos direitos do País, mas muitas vezes, é incoerente com a maneira que vive em sociedade. Pequenos desvios de conduta podem causar muitos problemas, inclusive de ordem espiritual. É fundamental agir de acordo com os desígnios do Mestre Jesus, deixando a

hipocrisia de lado, como exemplo vivo de beneficência e boa vontade. A dignidade precisa partir de homens e mulheres que desejam fazer parte de um exército de paz, que não labuta em causa própria, mas que corre atrás do prejuízo em prol do bem coletivo.

Página 05

Mai

s

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Não jogue este jornal em vias públicas

Verdade e VidaJornal

LEIA TAMBÉMNão deixe para amanhã o que pode

ser feito hoje.Página 04

HOMENAGEM ÀS MÃESMãe, por Maria Dolores - Francisco Cândido

XavierPágina 02

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EditorialVamos desviar por alguns ins-

tantes a pauta da crise econômica e política do Brasil para lembrar-mos daquelas que nos deram a oportunidade da vida.

Já é sabido que no mês de maio as homenagens são voltadas para as mães. Muito além da data comercial, nossas genitoras me-recem festa todos os dias.

Mulheres fortes, abnegadas, que se anulam desde o momento que descobrem que estão grávi-das. Mudam os hábitos, os pensa-mentos, a vibração, a aura.

Preparam-se para receber um novo ser. São meses de incerte-zas, dúvidas e medos.

Que se transformam em prote-ção, coragem e garra, muito antes do momento do primeiro choro

do bebê.

Guerreiras, múltiplas fun-ções: enfermeiras, motoristas, faxineiras, professoras. Só Deus para dar tantos talentos.

Mães profissionais, sem fé-rias remuneradas, sem descanso.

Trabalho em tempo integral.

Neste mundo ou no espiritu-al, as mães serão sempre anjos enviados por Deus.

E devem ser lembradas com carinho.

Parabéns a todas as mamães!

São os votos da equipe do Jornal Verdade e Vida.

Se você estuda a Doutrina Espírita e tem facilidade para escrever, envie-nos um artigo inédito e ele poderá ser publicado aqui no jornal.*

Envie para: [email protected]* os textos estarão sujeitos a análise prévia

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MãeProcurei ansiosamenteUm símbolo do amor de Deus no mundo,Carinho permanente,Amor que nada mais pedisse à vida,A fim de estar contente,Que o dom de ser amor sublimado e profundo. Vi o Sol trabalhando sem cansaçoDoando-se sem pausa, alto e bendito,O astro imenso, porém, pedia espaço,De maneira a brilhar nas telas do Infinito. Iulguei achar na fonte esse traço perfeito,Fitando-lhe a corrente a servir sem parar,Mas a fonte exigia a hospedagem do leitoA fim de prosseguir à procura do mar.

Fui à árvore amiga e anotei-lhe a lição:Conquanto a se entregar tanto aos bons quanto aos brutos,Precisava defesa e vínculos no chãoAo fornecer, sem paga, a riqueza dos frutos. Vi a abelha no favo a pedir mel às flores,Nuvens para servir solicitando alturas,Escolas sem função buscando professoresE o lar para ser lar exigindo estruturas. Toda força do bem que ao bem se entregueEm bondade constante e em contínua grandeza,Assegura-se, vive, auxilia e prossegue,Algo requisitando ao Mundo e à Natureza, Em ti, unicamente, Mãe querida,Encontro o amor que nasce e cresce, em suma,No sacrifício puro, acalentando a vida,Sem reclamar da Terra cousa alguma.

Eis porque sobre todo amor que existeAs Mães são guias, anjos, cireneus,Cujo brilho por si nos protege e persisteEm ser somente amor, no excelso amor de Deus. Estrela, Deus te guarde em teu fulgor celeste!...Agradeço-te a luz, o carinho e o perdão...Bendita sejas, Mãe, porque me desteA presença de Deus no coração.

Mensagem do espírito Maria Dolores ao Médium Francisco Cândido Xavier - do Livro Somente Amor.

ExpedienteEste jornal é uma publicação da ADDE – Associação de Divulgação da Doutrina Espírita (CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP. Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Diagramação: Junior Pinheiro - [email protected]

Jornalista Resp: Renata Girodo - [email protected] - MTB 67369/SP

Comercial: Anízio Junior - [email protected]

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C O L A B O R E

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CONVIVER COM OS DIfERENTES é MOLEzA...Vivemos em uma época em que

a aceitação pelo diferente é muito difundida. Campanhas contra o preconceito ganham espaço e, com justiça, tenta-se estabelecer a relação de igualdade entre os seres humanos.

Se fizermos uma viagem que nem precisa ser muito longa, mas que nos desembarca no século XIX constataremos como as coisas no quesito igualdade avançaram.

Poderia ficar aqui horas falando sobre a ditadura masculina, por exemplo, mas citarei apenas um caso.

A mulher naquela época, século XIX, tinha de ser virgem, caso contrário era devolvida à família como uma mercadoria.

Para constatar a virgindade olhava-se o lençol da noite nupcial, caso manchado de sangue, tudo tranquilo e favorável, caso o sangue não viesse, bem provável a moça não ser mais virgem e, portanto, desonrada, logo seria devolvida à família.

Esse exemplo foi apenas para demonstrar o quanto éramos intransigentes e ignorantes, a levar uma vida repleta de preconceitos.

Engraçado que no mesmo século XIX o Espiritismo mostrava que homens e mulheres são seres em evolução e que o fato de “estar” homem ou mulher em nada aumentava ou diminuía os direitos e deveres, sendo, pois, igual para ambos.

Demorou um pouco para que se começasse a assimilar, mesmo que timidamente, essa ideia de igualdade entre as partes.

No início tudo dói, dói muito mudar, mas depois a gente acostuma. Percebe que não tem jeito, que a evolução é inexorável e não resta saída a não ser a de aceitar que o diferente também ocupe o seu espaço.

Pois bem, como dizia antes, o diferente neste início de século XXI vem ganhando algum destaque. Mas não é bem do diferente que quero falar, porque com diferente é até moleza de lidar.

Como assim? Você indagará.

Sim, é isso mesmo, moleza lidar com o diferente.

O problema é compreender o semelhante.

Os grandes entraves ocorrem

não com os diferentes, mas sim, com os semelhantes que agem de forma semelhante.

Por que brigas acontecem?

Porque ninguém sabe ceder. Um fala alto, o outro mais alto ainda, o primeiro revida e por ai vai...

São iguais, ou melhor, seme-lhantes, embora com pontos de vista contrários, os opostos, são iguais nas atitudes de incompreensão, na falta de educação, que não raro levam as vias de fato.

Por isso que muitas amizades desfazem-se, muitas relações vão a pique, muitos amores naufragam...

É que as pessoas são iguais, agem apaixonadamente para defender seu ponto de vista.

Dizem os espíritos que a paixão deve ser dominada, pois se nos deixarmos dominar por ela causaremos prejuízos a nós e aos outros.

Por isso que disse ser moleza entender e conviver com o diferente, por conta da paixão que deixamos nos dominar.

Dois apaixonados não se beijam... Ops... dois bicudos não se beijam, não é mesmo?

Então...

Por isso que estar com o diferente é mais tranquilo do que com o semelhante...

Enquanto ele está calmo você fica nervoso...

Quando ele se aborrece você entende...

No dia em que ele quer falar você está disposto a ouvir e vice versa...

O problema de nosso mundo não são os diferentes, mas os iguais, os semelhantes, os que se equivalem...

Por isso que quando encontro alguém que é meu oposto suspiro aliviado! Ah, que bom, ela não é igual a mim...

Entretanto, o progresso é lei da vida, dia chegará em que com os semelhantes ou não semelhantes usaremos sempre a educação e o respeito.

Pensemos nisto.

Visão Espírita por: Wellington Balbo

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VIDA NOVAAmanhã cedo quando todos

nós acordarmos e colocarmos o pé no chinelo pela manhã, haverá uma coincidência a dividir. Será o primeiro dia do restante da nossa encarnação.

Como no primeiro dia tudo parece novo.

O novo nos dá uma opor-tunidade de um planejamento mais for-talecido. Mas, a gente gosta de olhar para trás, por que será?

Se tivéssemos que saber do passado, nosso cérebro não seria tão minúsculo e poderíamos lembrar-nos de vidas anteriores.

O que serve para nossa evolução no campo do esquecimento do passado deve servir para encaminharmos a vida daqui pra frente sem ligar muito para aquilo que passou.

Temos alguns pesos para nos libertar?

Sim, mas vamos fazê-lo ainda hoje antes de anoitecer.

Dar um abraço nos parentes difíceis.

Dar um telefonema para um amigo distante.

Passar e-mail para quem tem alguma diferença com a gente.

Perdoar quem nos feriu.Pedir perdão àqueles que

ferimos.

Fazer uma prece aos doentes e necessitados.

Então, mais leves, começaremos a caminhada na nova vida. Vamos orar pela manhã e ter um dia produtivo, de respeito ao próximo, de alegria no coração. Mas, de nada

vale orar pela manhã e viver o resto do dia como um bárbaro.

Agora estaremos com um livro com páginas em branco à nossa disposição e, vamos escrever em suas linhas aquilo que queremos. Como diz o saudoso Chico Xavier,

“embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo. Qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.

por: Wilson Focássio

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acessando o site da ADDE.

Pontos de Luz

JUSTIÇA CEGA, SURDA E MUDA?

Em tempos de crise, a população luta por dias melhores e mais justos. A mídia noticia rombos nas contas públicas e expõe personalidades políticas. Muitos são citados em grandes desfalques e desvio de milhões de Reais. Uma coisa é fato: é de interesse do cidadão, clareza dos governantes na direção e condução da política do Brasil, assim como o julgamento dos crimes de colarinho branco. Mas além dos julgamentos e manifestações, o que estamos fazendo para melhorar a crise do País?

Esta é a pergunta que não quer calar. O famoso jeitinho brasileiro, infelizmente toma corpo e torna-se parte integrante dos dias de muitos que dizem ser patriotas, mas não respeitam o espaço do outro.

O “gato” na TV a cabo, no relógio de energia, a carteirinha de estudante falsificada, o troco que veio errado e não foi devolvido, a conta que deixou de ser paga, a vaga reservada para idoso e deficiente físico ocupada

irregularmente. Estas também são maneiras de corromper e burlar as leis civis, morais e do bom senso.

Como então cobrar justiça?

Roubar milhões ou um cho-colate no supermercado tem o mesmo peso. Para Jesus, não existe “pecadinho” ou “pecadão”.

Precisamos deixar a hipocrisia de lado e vigiar as nossas ações. A passagem de O Evangelho Segundo o Espiritismo ilustra bem o fato. “Daí, pois a César o

que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Os Judeus não queriam pagar o tributo que era cobrado pelos Romanos e, tornaram este

fato uma questão religiosa. Jesus mais uma vez, com sabedoria suprema deu lições de justiça, pedindo para que fosse restituído a cada um o que era de direito. O Mestre de Nazaré condena todo o prejuízo material e moral que possa atingir o próximo, as famílias, as autoridades e a sociedade de forma geral.

Vamos começar a corrigir a nossa animosidade e os nossos instintos primitivos, fazendo a nossa parte para construção de um mundo melhor. Só assim, poderemos ter condições de cobrar de frente aqueles que estão responsáveis pelo Brasil e nos engajar na luta política de cabeça erguida.

Capa por: Renata Girodo

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Atualidade por: Lívia C. Poli

REDESENhANDO NOSSA hISTóRIA

“Dai e vos será dado; darão para o vosso regaço boa medida, compactada, sacudida, transbordante; pois com a medida com que medis sereis medido de volta.” Lucas 6:38

Ao observarmos nosso co-tidiano, sentimos um chamamento especial que a vida nos lança, convidando-nos à reflexão sobre como está o nosso dia a dia.

Os aprendizados sempre chegam, banhados pelo amor ou pela dor, sem nunca cessar. E então nos colocamos a pensar sobre qual nossa responsabilidade e possibilidades que temos para direcionarmos a seta da nossa bússola, orientando qual seria o nosso norte: o amor, ou a dor?

Sobre isso Emmanuel nos ensina no livro Pão Nosso: “Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será sempre em tua apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que aplicares à natureza, obra viva de Deus, a natureza igualmente te medirá”.

No periódico Reformador, datado de agosto de 1969, o benfeitor ainda nos diz:

“Pacifiquemos e seremos paci-ficados. Auxilia e colherás auxílio. Tudo o que espiritualmente verte de nós, regressa a nós”. E ainda

acrescenta: “certifiquemos de que não somente as pessoas, mas os ambientes também respondem. Queiramos ou não, somos constrangidos a viver no

clima espiritual que nós mesmos formamos.”

Com todos esses ensinamentos

trazidos à nossa reflexão, percebemos que o “vigiai e orai” ensinado pelo Mestre Jesus permanece sempre atual, servindo como antídoto se quisermos pautar

nosso crescimento no amor, força maior que rege todo o cosmos!

Tiremos o ensinamento do papel

e busquemos vivencia-lo a cada instante, auxiliando nossa jornada rumo à regeneração!

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Bem coletivo por: Orson Peter Carrara

TENSÃO OU hARMONIA? Da preciosa coleção da Revista

Espírita (editada por Kardec no período de 1858 a 1869), extraímos para o leitor pequeno trecho do texto “Organização do Espiritismo” – publicado na edição de dezembro de 1861 – cuja atualidade impressiona face aos desafios sempre encontrados pelas instituições e grupos no que se refere aos relacionamentos entre seus integrantes.

A velha questão dos melindres de suscetibilidades, dos conflitos de opinião e daí os desdobramentos próprios da desorganização das ideias diferentes, leva muitas iniciativas ao fracasso, interrompe bênçãos de trabalho, afasta valorosos cooperadores, com prejuízos evidentes à proposta espírita.

Como o fim do Espiritismo é essencialmente moral, espera-se que busquemos nesse esforço do autoaprimoramento as bases de nossa atuação individual e coletiva, para não ocorrência dos prejuízos bem próprios de nossa condição humana.

Acompanhemos o pequeno trecho selecionado, que se refere aos grupos:

“(...) Se eles forem formados de bons elementos, serão tantas boas raízes que darão bons rebentos.

Se, ao contrário, são formados de elementos heterogêneos e antipáticos, de espíritas duvidosos, se ocupando mais da forma que do fundo, considerando a moral como a parte acessória e secundária, é preciso se prever polêmicas irritantes e sem desfecho,

melindres de suscetibilidades, seguido de conflitos precursores da desorganização. Entre verdadeiros espíritas, tais como os havemos definido, vendo o propósito essencial do Espiritismo na moral, que é a mesma para todos, haverá sempre abnegação da

personalidade, condescendência e benevolência, e, por consequência, certeza e estabilidade nos rela-cionamentos. Eis porque in-sistimos tanto nas qualidades fundamentais. (...)”

A sempre constante questão dos conflitos ou da harmonia está

no comportamento individual que se reflete diretamente nos grupos. Exatamente aquele comportamento de boa vontade que busca superar e egoísmo e a vaidade para o bem coletivo. Quando nos fechamos em pontos

de vistas, quando nos achamos melhores que os demais, quando pensamos que nossa opinião é a melhor, quando não valorizamos o esforço alheio ou quando optamos pelos tristes caminhos do orgulho, serão nossos acompanhantes a irritação, a intolerância e seus desdobramentos próprios.

Quando, todavia, optamos pelo caráter solidário dos relacionamentos, quando desejamos sinceramente o bem de todos ou direcionamos nossas ações para a permanência da harmonia, os frutos de nossas realizações conjuntas serão doces e sempre com benefícios gerais que extrapolam os limites do próprio grupo, pois que se irradiam de si mesmo em favor de muitos.

É que o afeto é capaz desses prodígios. O afeto é construído, valorizando, conquistando, esti-mulando, vivendo e cultivando.

Será de muito oportunismo uma releitura do texto “Organização do Espiritismo”, especificamente voltado à formação ou manutenção de grupos espíritas.

(17) 3218-1917 / 3218-3233 Av. Treze de Maio, 4140 Pq. Res. Cambuí - Rio Preto

Palavra Espírita por: Michele Cristina Corradi Leme

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QUEM é O DONO DOS SEUS PENSAMENTOS?

“Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo”. Buda

Encontramo-nos na era da mente, em nenhuma outra época da história o homem se interessou tanto pelo “poder da mente” com profundidade científica.

Masaru Emoto, fotógrafo e pesquisador japonês, em pesquisa intitulada “A Mensagem da Água” demonstra que os pensamentos influenciam diretamente nas moléculas de água.

A física quântica já não mais indaga a existência de uma “energia” que altera o teor dos corpos físicos, uma célula separada por quilômetros de seu corpo matriz, responde da mesma forma aos estímulos. Eis o poder mental, ainda parcialmente compreendido.

Os espíritas, por sua vez, também conhecem muito bem esse “poder”. Jesus nos deixou esta mensagem em diversos pontos de sua vida, sempre rogando a seus discípulos que confiassem em si mesmos, pois eram capazes de fazer tudo que Ele fazia e muito mais. A fé que transporta montanhas, a fé raciocinada, o poder da prece, não seriam então uma maneira sutil de reconhecermos o grandioso poder de nossas mentes?

Mas será que pelo menos aqueles que creem nisso estão se utilizando adequadamente de seus

pensamentos? Quem será o dono de nossos pensamentos?

Nos últimos dias temos presenciado diversas manifestações

de crise e caos, brasileiros que se unem em lados opostos para bradar por justiça, para lutar por suas razões, para lamentar que suas escolhas não tenham sido aceitas pelo outro lado.

E vemos milhares, milhões de pensamentos limitados a apenas duas possibilidades: se o que acho certo acontecer tudo ficará bem,

senão é crise, caos, é o fim. Em um mundo de infinitas possibilidades, curiosamente, escolhemos apenas duas, iniciando um processo de oposição ferrenha a tudo aquilo que

não aceitamos como certo e isso, obviamente, gera pensamento, gera energia, gera realidade.

Será mesmo que dependemos de alguns homens reunidos em um Congresso para criar a nossa realidade de mundo melhor? Será que nossos pensamentos não atuam diretamente nessa crise em que vivemos? Será que, mesmo imbuídos da melhor das

intenções, não estamos colaborando para esse caos?

É bom que prestemos mais atenção ao que temos gerado em torno

de nosso mundo físico, a aceitação e a prece que a espiritualidade maior nos roga diariamente não são simples posturas omissas, pois quem conhece o poder da mente sabe que a realidade é criada em silêncio, no momento certo, já a ilusão do caos pode ser criada com apenas um pensamento desconectado de Deus.