válvulas hidráulicas de controle de vazão e...
TRANSCRIPT
Válvulas hidráulicas de controle de vazão
e direcionais
Aula 3
Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva
Prof. Dr. Rafael Traldi Moura
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 2
Regime
permanente
𝑄 = 𝑐𝑑𝐴0
2Δ𝑝
𝜌
• Controle de vazão resistivo:
controla resistencia de
escoamento (perda de carga)
através de orifícios de secção
fixa ou variável;
• Em regime constante, a vazão
varia de acordo com a área do
orifício e com a variação da
perda de pressão;
Válvulas redutoras de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 2
• As vávulas abaixo não podem ser
classificadas como de controle de
vazão, pois se a variação da
pressão na entrada e saída implicam
na mudança de vazão;
• Estas são chamadas válvulas
redutoras de vazão;
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
• Válvula de controle de vazão terá então uma válvula
compensadora de pressão, chamada balança de pressão,
para manter a queda de pressão constante no orifício;
• Balança de pressão pode estar em série (antes ou depois)
ou em paralelo com a válvula redutora de vazão;
• Controle unidirecional implica em uma válvula de retenção
para escoamento inverso livre;
Δ𝑝 = 𝑝𝑖 − 𝑝𝑐= 𝑐𝑡𝑒
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
1. R1 fechada, sem escoamento, implica
em 𝑝𝑐 = 𝑝𝑖 = 𝑝𝑠 = 𝑝𝑟 e compensador
totalmente aberto com 𝐴𝑟;
2. A medida que abre-se R1, aumenta
vazão e 𝑝𝑖 vai se diferenciando de 𝑝𝑐. Enquanto 𝑝𝑖 − 𝑝𝑐 é menor que 𝑝0, força
da mola, não se controla a vazão;
Regime permanente
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
3. Quando Δ𝑝 = 𝑝𝑖 − 𝑝𝑐 = 𝑝0, o compensador
entra em equilíbrio instável;
• ↓ 𝑝𝑐 ⇒ ↓ 𝑥 ⇒↓ 𝐴𝑟 ⇒ ↓ 𝑝𝑖 até 𝑝𝑖 − 𝑝𝑐 = 𝑝0.
• Em geral, 𝑝𝑖 − 𝑝𝑐 varia entre 2 e 7 bar;
Regime permanente
Válvulas de Controle de Vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 4
Curvas Q x Δpt para
diversas aberturas da
válvula de controle de
vazão
Válvulas de Controle de Vazão
Válvula de Controle de Vazão de Duas Vias.
Compensação de pressão em série a montante
Válvulas HidráulicasAula 3 7
𝑄 = 𝑐𝑑𝐴𝑟
2Δ𝑝𝑟𝜌
⟹𝐴𝑟 = 𝐺𝑟𝑥
𝑥1 = 𝑥𝑚𝑎𝑥 − 𝑥
Válvulas de Controle de Vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 7
• Se 𝐺𝑟 é muito alto, variação elevada na queda de pressão Δ𝑝produz pequena variação em 𝑥;
• Ou, a pressão é sensível a pequenas variações do
deslocamento. Como o deslocamento vem de desiquilíbrios,
temos uma alta resposta em frequência no sentido do
equilíbrio.
• Se 𝐾 é baixo e 𝐴𝑝 baixo:
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
• Boa resposta em regime permanente;
• Se submetidas a variação brusca de pressão, são
incapazes de controlar a vazão;
• Situações possíveis:
– Alteração da pressão em torno do regime permanente,
como no caso de um aumento brusco de carga durante
o avanço de um cilindro;
– Início de operação, ou salto de partída, quando ocorre
acionamento de uma válvula direcional ligada em série
com a válvula de controle de vazão;
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
• Alteração da pressão em torno do regime
permanente, como no caso de um aumento brusco
de carga durante o avanço de um cilindro;
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
• Início de operação, ou salto de partída, quando ocorre
acionamento de uma válvula direcional ligada em série
com a válvula de controle de vazão;
Válvulas de controle de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 3
• Compensador de em paralelo, desviando excedente e vazão;
1. Se 𝑄𝑐2 está bloqueada, 𝑝𝑐 = 𝑝𝑠 = 𝑝𝑚𝑎𝑥e compensador totalmente fechado com 𝑄𝑐2 = 𝑄𝑐1 = 𝑄𝑅 = 0. Não subsitui válvula de alívio;
2. A medida que a vazão 𝑄𝑐2 aumenta, 𝑝𝑠vai se diferenciando de 𝑝𝑐. Enquanto 𝑝𝑠 − 𝑝𝑐 é menor que 𝑝0, força da mola, não se controla a vazão;
3. Quando Δ𝑝 = 𝑝𝑠 − 𝑝𝑐 = 𝑝0, o compensador entra em equilíbrio instável e temos 𝑄𝑐2 = 𝑄𝑐1 − 𝑄𝑅;
• ↓ 𝑝𝑐 ⇒↑ 𝐴𝑟 ⇒ ↓ 𝑝𝑠 até 𝑝𝑠 − 𝑝𝑐 = 𝑝0;
Válvulas difusora de vazão
Válvulas HidráulicasAula 3 9
• Divisão de vazão constante para quaisquer pressões nas linhas e pressão na entrada cte;
• Δ𝑝 constante para R1 e R2, dividindo fluxo pelas Áreas;
• Por causa da inércia e atritos, a velocidade de variação de 𝑝1 e 𝑝2não devem ser elevadas;
Exemplo:
• ↓ 𝑝2 ⇒ ↑ 𝑝𝑠 − 𝑝2 ⇒ ↑ 𝑄2
↓ 𝑝𝑖1 ⇒ ↓ 𝐴𝑅𝑉2 ⇒↓ 𝑄2
17
Controle de Vazão
Métodos de Controle de vazão com uso de Válvulas de Controle de
Vazão. Direção das forças considerada para o avanço do cilindro.
Válvulas HidráulicasAula 3
18
Controle de Vazão
Controle de vazão na entrada.
Válvulas HidráulicasAula 3
• Controle independente de vazão no avanço e retorno;
• Apenas carregamento resistivo;
• Para qualquer pressão de carga (saída de CV), a pressão da entrada, e consequentemente da bomba, é máxima (limitada pela válvula de alívio), ou seja, potencia de acionamento sempre máxima;
19
Controle de Vazão
Controle de vazão na saída.
Válvulas HidráulicasAula 3
• Controle independente de vazão no avanço e retorno;
• Permite carregamentos tanto no sentido do pistão quanto no outro;
• Para qualquer pressão de carga (saída de CV), a pressão da entrada, e consequentemente da bomba, é máxima (limitada pela válvula de alívio), ou seja, potencia de acionamento sempre máxima;
20
Controle de Vazão
Controle de vazão por sangria.
Válvulas HidráulicasAula 3
• Controle independente de vazão no avanço e retorno;
• Apenas carregamento resistivo (deve haver no mínimo Δ𝑝0);
• Perda de cargas apenas na VD e canalizações implica no estado fechado da VA e consequente baixa pressão, ou seja, a pressão na saída da bomba é dependente da carga e a bomba não opera na potência máxima o tempo todo;
Válvulas de Retenção
Válvula de Retenção Simples
Válvulas HidráulicasAula 3 21
• Permite escoamento em apenas um sentido;
• Usos:– Amortecimento do fim de curso
de cilindro;
– Descarregamento de bomba de baixa pressão em sistema dual;
– Etc;
Válvulas de Retenção
Válvula de Retenção Pilotada
Válvulas HidráulicasAula 3 22
• Permite bloquear o escoamento sem vazamentos em apenas uma fase do ciclo de operação;
• Exemplo: manter uma carga em posição invariável ao se utilizar um VD de carretel;
• 𝑅𝑎 é a Relação de aberturas ou Relação de válvulas, vai de 2,6 a 3,5;
• 𝐶 =𝐹𝑚
𝐴𝑝varia entre 0,6 e 5 bar;
• Pressão de pilotagem entre 30 e 40% da pressão de bloqueio 𝑝𝑏;
23
Sistema de Prensa com
Válvula de Sucção
Válvulas HidráulicasAula 3
1. Cilindros 1 e 2 servem para aproximar
a mesa e também para auxiliar o
pistão 3 na prensagem;
2. Ao acionar S1, pilota-se RP1, com o
escoamento para as bases dos pistões
1 e 2. Carga baixa nesta fase não abre
VS, com cilindro 3 puxando fluido do
reservatório;
3. Ao começar a prensagem, abre-se a
VS e a velocidade se reduz, pois o
fluido preenche os 3 cilindros;
4. Com a válvula comutada para a
posição cruzada, VS abre e o cilindro 3
faz resistência até aumentar a pressão
dos cilindros 1 e 3, pilotando RP2;
24
Válvulas de Retenção
Elevador com posicionamento obtido por retenção
pilotada
Válvulas HidráulicasAula 3
• Manter a mesa fixa por longo período de
tempo, enquanto suporta uma carga;
• Retorno sem flutuações, com velocidade
controlada;
Válvulas de Retenção
Válvula de retenção pilotada com descompressão
Válvulas HidráulicasAula 3 25
• Usado, por exemplo, em prensas de grande porte;
• Possui sistema de descompressão gradual para efeitos de ondas de choque (golpe de aríete);
• Primeiro estágio: abertura do cone com ranhuras e alta perda de carga, criando conexão altamente restritiva entre A e B, reduzindo 𝑝𝑏 para 𝑝𝑏´ .
26
Válvulas de Retenção
Sistema de Prensa com Retenções Pilotadas
Válvulas HidráulicasAula 3
• RP1 é utilizado para sustentar o
conjunto pistão/haste/ferramenta;
• RP2 é usado para manter o sistema
carregado mesmo com a válvula
direcional desacionada, durante a
prensagem;
27
Válvulas de Retenção
Válvulas HidráulicasAula 3
• Calcular 𝑝1 e 𝑝2 utilizando-se as equações do
sistema e das válvulas em dois cenários:
– RP1 e RP2 são válvulas de retenção pilotada;
– RP1 e RP2 são vávulas de retenção pilotada mas
RP2 possui sistema de descompressão;
• Cilindro 𝐴1 = 314,16 𝑐𝑚2, 𝐴2 = 250,50 𝑐𝑚2,
𝐴2/𝐴1 = 0,797, 𝐺 = 5𝑘𝑁
• Força prensagem: 𝐹𝑈 = 500𝑘𝑁
• RP1: 𝐴0 = 3,14 𝑐𝑚2, 𝐴𝑝 = 9,62 𝑐𝑚2, 𝐶 = 5 𝑏𝑎𝑟
• RP2: mesmos 𝐴0, 𝐴𝑝 e 𝐶 de RP1 e assento do
obturador de descompressão 𝐴𝑑 = 0,78𝑐𝑚2