valentim - valentino - gnosis

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23/05/2015 Rbya DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO página 0/33 Valentim - Valentino Evangelho da Verdade Gnosis Compilação por Rbya este documento é livre para ser compartilhado, editado, alterado, dissiminado de todas as formas TODOS OS SITES DE ONDE FORAM FEITAS AS COPILAÇÕES ESTÃO CITADOS … a luz e as trevas, a vida e a morte, os da direita e os da esquerda são irmãos entre si, sendo impossível separar uns dos outros. Por isto, nem os bons são bons, nem os maus são maus, nem a vida é vida e nem a morte é morte. Assim é que cada um virá a se dissolver em sua própria origem desde o princípio; mas, os que estão além do Mundo são indissolúveis e eternos... (Evangelho de Filipe), ... os que dizem que o Senhor primeiro morreu e depois ressuscitou, enganam-se, pois primeiro Ressuscitou e depois Morreu... (Evangelho de Filipe), ... quando de dois fizerem um, vocês se tornarão filhos do homem...(Evangelho do Dídimo Judas Tomé), ... não há pecado; sois vós que os criais... (Evangelho de Maria Madalena) http://paxprofundis.org/livros/valentino/valentino.htm

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Valentim , filósofo e teólogo do começo do cristianismo, Cristianismo esotérico

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23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 0/33

Valentim - Valentino Evangelho da Verdade

Gnosis Compilação por Rbya

este documento é livre para ser compartilhado, editado, alterado, dissiminado de todas as formas

TODOS OS SITES DE ONDE FORAM FEITAS AS COPILAÇÕES ESTÃO CITADOS

… a luz e as trevas, a vida e a morte, os da direita e os

da esquerda são irmãos entre si, sendo impossível separar uns dos outros. Por isto, nem os bons são bons,

nem os maus são maus, nem a vida é vida e nem a morte é morte. Assim é que cada um virá a se dissolver em sua própria origem desde o princípio; mas, os que

estão além do Mundo são indissolúveis e eternos... (Evangelho de Filipe),

... os que dizem que o Senhor primeiro morreu e depois ressuscitou, enganam-se, pois primeiro Ressuscitou e

depois Morreu... (Evangelho de Filipe),

... quando de dois fizerem um, vocês se tornarão filhos do homem...(Evangelho do Dídimo Judas Tomé),

... não há pecado; sois vós que os criais... (Evangelho de

Maria Madalena)

http://paxprofundis.org/livros/valentino/valentino.htm

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EVANGELHO DE VALENTINO Rodolfo Domenico Pizzinga O Primeiro Mistério é o Vigésimo Quarto Introdução Segundo a Tradição Gnóstica, Jesus, o Cristo, depois do processo de crucificação, passou alguns anos ensinando diversos Princípios Gnóstico­iniciáticos aos seus discípulos, Princípios estes registrados por diversos escritores cujos nomes se perderam no tempo, assim como também se perderam, na maioria das vezes, os registros escritos no idioma original. Um destes textos é o Evangelho de Valentino, que trata das explicações dadas por Jesus a seus discípulos acerca dos mistérios do Universo, que, depois de Illustrados, estes benditos escolhidos deveriam levar, como levaram, as boas novas da Vida Eterna para todos os cantos da Terra. Nas palavras de Jesus: Regozijai­vos – Oh!, Bem­aventurados! – pois sois vós que, entre todos os homens, havereis de salvar o mundo. Este estudo é uma muito pequena coleção de alguns fragmentos (didaticamente editados, algumas vezes, para melhor compreensão) deste Evangelho (considerado apócrifo pela Igreja Católica), que parece ter sido a fonte inspiradora para o autor da obra Pistis Sophia. Em algumas passagens, interpolei algumas explicações e alguns comentários; em outras, inseri uma animação explicativa por si. Entretanto, como sempre digo, o melhor, o insubstituível, é ler a obra integralmente. Seja como for, minha mais acalentada esperança é que uma palavra que eu escreva, no caso, que eu multiplique, e uma animação que eu produza possam, de súbito, abrir uma Porta. E, se uma Porta vier a ser aberta para você, foi mérito seu. Mas, não a mantenha trancada para os outros; nosso dever é, responsavelmente, esparramar o que soubermos. Quem tiver olhos para ver verá, quem tiver ouvidos para ouvir ouvirá, quem tiver entendimento para entender entenderá. E, mesmo os que pouco disto tenham ou que nada disto tenham sempre aproveitarão alguma coisa.

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Evangelho de Valentino (Fragmentos) O Primeiro Mistério é o mesmo que o Último, desde as coisas interiores até as exteriores – que é o Vigésimo Quarto... Ele rodeia o Primeiro Preceito e os Cinco Moldes, a Grande LLuz e os Cinco Assistentes e, igualmente, todo o Tesouro da LLuz. Comentário: Será que poderemos pensar no Primeiro Mistério como sendo (ou embutindo) a manifestação doSanctum Verbum Dimissum et Inenarrabile? A Alma de Elias estava em João Batista... E quando Eu cheguei à Região dos Éons, tomei Elias e o enviei ao corpo de João, o Batista... Comentário: Naqueles tempos, a Lei da Reencarnação (ou Lei da Necessidade), que provavelmente não era conhecida com esta designação (de acordo com o Shorter Oxford English Dictionary, a palavra reincarnation foi usada pela primeira vez em 1.858, sendo definida como ato de encarnar novamente), era coisa trivial e aceita e compreendida por (quase) todos, fossem meros catecúmenos, fossem próceres de alto escalão. Por que a Lei Cósmica da Reencarnação foi excluída do cânone católico? Simplesmente por não atender aos interesses político­seculares da Igreja Católica e por temor de que seu poder fosse minguando... até sumir. Jerri Roberto Almeida, no trabalho A Reencarnação na História (Anatematizando Orígenes), explica: As diversas crises que abalaram o Império Romano, a partir do século III d.C., culminaram com a divisão do Império Romano, realizada por Teodósio em 395, em Império do Ocidente e Império do Oriente. O império romano do Oriente ficou com sua capital em Constantinopla e passou a ser conhecido também como Império Bizantino. No decorrer do medievo, o Império Bizantino procurou manter­se depositário das tradições romanas, fundadas num império universal de forte influência eclesiástica. No mundo bizantino do século VI, sob o comando autocrático do Imperador Justiniano (que reinou entre 527 – 565), a idéia das vidas sucessivas novamente estaria na pauta dos debates e das heresias a serem definitivamente combatidas pelo poder institucional. Desta vez, eram os origenistas, seguidores das idéias de Orígenes, que estavam no foco das críticas. Na prática, no entanto, os polêmicos debates religiosos refletiam a luta pela direção espiritual do mundo cristão oriental. Mas, quem era Orígenes? Orígenes nasceu em família cristã em 185 ou 186 da nossa era, provavelmente em Alexandria. Aos dezoito anos assumiu a direção da escola catequista como sucessor de Clemente, mas em 215 os massacres praticados por Caracalla obrigaram Orígenes a deixar Alexandria e fugir para Palestina, onde os bispos Alexandre de Jerusalém e Teócito de Cesaréia o acolheram com honra e o fizeram pregar nas suas igrejas. Fundou uma escola teológica em Cesaréia, tendo como discípulo San Gregório Taumaturgo, onde permaneceu até a morte, aos 69 anos, durante perseguição comandada por Décio. Considerado o membro mais eminente da escola de Alexandria e estudioso dos filósofos gregos, sustentava em seus ensinamentos que Deus é puramente espiritual, o Uno, e que transcende a verdade, a razão e o ser. Justiniano, julgando­se

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teólogo do trono imperial, tirou da obra de Orígenes 'De Principiis', nove anatematismos, encerrando com eles sua obra 'Adversus Origenem Líber ou Edictuam' (escrito entre o fim de 542 e o início de 543). Os anatematismos de Justiniano foram lidos no Sínodo de Constantinopla em 543. O principal anátema é o da condenação da preexistência da alma. O texto, no original em latim, assevera: 'Si quis dicit, aut sentit proexistere hominum animas, utpote quae antea mentes fuerint et sanctae, satietatemque cepisse divinae contemplationis, e in deterius conversas esse; atque ideirco apofixestai id este refrigisse a Dei charitate, et inde fixás graece, id est, animas esse nuncupatas, demissasque esse in corpora suplicii causa: anathema.' Na versão traduzida para o português, tem­se: Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistem, no sentido de serem anteriormente mentes e forças santas que se desgastaram da visão de divina e se voltaram para o pior, e, por isto, se esfriaram no amor a Deus, tomando daí o nome de almas e que por punição foram mandadas para os corpos embaixo, seja anátema. O Edito publicado por Justiniano em 543, combatendo as idéias de Orígenes, seria confirmado por ocasião da convocação, pelo próprio Justiniano, em 553, do Quinto Concílio Geral da Igreja, na cidade de Constantinopla, atual Istanbul, na Turquia. Para alguns estudiosos, a condenação da Doutrina da preexistência da alma estaria fortemente associada à Teodora, esposa de Justiniano, mulher de temperamento forte e ambiciosa. Ela havia sido uma cortesã, e iniciou uma rápida ascensão no Império. Buscando libertar­se de seu passado, conta­se que Teodora mandou expurgar do Império quinhentas de suas antigas colegas. Conhecedora das idéias sobre as vidas sucessivas, e com receio da idéia de ter que retornar à Terra para reparar seus feitos equivocados, Teodora teria influenciado seu marido no combate a tais idéias. Não temos como avaliar efetivamente o quanto esta possível influência de Teodora tenha contribuído para que Justiniano combatesse a Doutrina da Reencarnação. De qualquer forma, é importante notar que certamente não foi essa a questão determinante, uma vez que nos três primeiros séculos do Cristianismo a nascente Igreja Católica, através de seus bispos, havia percebido que sua sobrevivência e auto­afirmação institucional estavam condicionadas a uma teologia que fortalecesse sua importância enquanto mediadora entre os homens e Deus, sobretudo, na questão vital da salvação das almas. Neste sentido, a idéia da Reencarnação apresentava­se como uma perigosa proposta para a Igreja, pois atribuía ao homem, e não a uma instituição, a responsabilidade pessoal por sua 'salvação'. O Concílio convocado por Justiniano, em 553, excluiu até o Papa da época, Virgilius, que, segundo Carneiro, havia sido preso a mandado do próprio Imperador. Dois problemas, no entanto, parecem ter ocorrido. O primeiro, diz respeito a validade universal de um Concílio que não havia sido convocado pelo Papa. Em segundo, fica uma possível intervenção de Justiniano, no sentido de forçar o Papa Virgilius a assinar o documento oficial do Concílio e de lhe dar validade e reconhecimento. Não menos interessante, é a descrição citada por Carneiro, do início desse Concílio, constante na obra Hefele, History of the Conucils, Vol. IV, p. 289: 'De acordo com ordens do Imperador mas sem o consentimento do Papa, o Concílio foi aberto em 5 de maio de 553 da nossa era crista, na Secretaria da Igreja da Catedral em Constantinopla. Entre os presentes, achavam­se os Patriarcas Eutichis de Constantinopla, quem o presidiu, Apollinaris de Alexandria, Domnius de Antioquia, três bispos como

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representantes do Patriarca Eustochius de Jerusalém, e 145 outros bispos metropolitanos, dos quais vários vieram também em lugar de colegas ausentes.' Após uma série de discussões e debates, comandados por Justiniano, o Concílio chegou ao fim com um documento apresentado ao Papa para sua ratificação, denominado 'Os Três Capítulos – Os Cânones do II Concílio de Constantinopla (553)'. Mas, precisamente no seu Cânon 11, o documento faz referência a Orígenes e anatematiza suas idéias. Vejamos a versão em espanhol seguida de sua tradução: 'Cânon 11: Si alguno no anatematiza a Arrio, Eunomio, Macedonio, Apolinar, Nestorio, Eutiques y Origenes, juntamente con sus impíos escritos, y a todos los demás herejes, condenados por la santa Iglesia Católica y Apostólica y por los cuatro antedichos santos Concilios, y a los que han pensado o piensan como los antedichos herejes y que permanecieron hasta el fin en su impiedad, ese tal sea anatema.' Tradução: Se alguém não condena a Arrio, Eunomio, Macedonio, Apolinar, Nestorio, Eutiques e Orígenes, juntamente com seus escritos ímpios, e a todos os demais hereges, condenados pela Santa Igreja Católica e Apostólica e por todos os quatro santos concílios mencionados, e a todos os que pensam como os mencionados hereges e que permaneceram até o fim em sua impiedade, que seja condenado. Após o Concílio, os monges seguidores de Orígenes, da Palestina, foram expulsos de seus monastérios, e os textos origenistas destruídos. Com a rejeição da Lei da Reencarnação, a Igreja teve que encontrar uma outra explicação para a ocorrência de fatos negativos a pessoas boas. Sem as ações passadas para explicar as diferenças entres os destinos, restou à Igreja continuar defendendo a Doutrina do Pecado Original, aprovada no Concílio de Orange, em 529. Então, ao invés da compreensão/aceitação da Lei da Reencarnação, a Igreja passou liminarmente a rejeitá­la. Em seu lugar, esta Igreja partejou dogmas sobre dogmas absolutos, definitivos, imutáveis, infalíveis, inquestionáveis e sobre os quais não pode pairar nenhuma dúvida, dogmas estes, por exemplo, como tudo o que existe foi criado por Deus a partir do nada, o pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação, o Papa é infalível sempre que se pronuncia ex cathedra (quando delibera e define solenemente algo em matéria de fé ou de moral), a Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo, a Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação et cetera, dogmas, enfim, que apenas lançam obscuridade sobre os problemas da vida, revoltam a razão e impõem dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da razão humana e ao desenvolvimento espiritual da Humanidade. Mas, como deixou escrito Gilberto de Tournai, intelectual francês do Século XIII, jamais encontraremos a verdade se nos contentarmos com o que já foi encontrado. Os que escreveram antes de nós não são para nós como senhores, mas como guias. A verdade está aberta a todos; ela ainda não foi possuída por inteiro. E, ainda que a verdade, realmente, jamais possa vir a ser possuída por inteiro, perquiri­la é preciso. Salvo melhor juízo. E, segundo o Mandamento do Primeiro Mistério, pus em Maria, que é chamada de minha mãe carnal, a Primeira Força, que recebi do Grande Barbelon, quer dizer, o corpo que vem das regiões superiores. E, no lugar da alma, coloquei nela a Força que recebi do Grande Sabach, o Bom, que está no hemisfério da direita.

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O Mistério que está fora do mundo – e que é a causa do mundo – é toda ação e toda elevação, e projeta suas emanações e está em todas elas. E todos nós somos Seu Nome. Melquizedech – o Grande Herdeiro da LLuz. TAO – o Guardião da LLuz. ... para os que haverão de se salvar sejam prontamente purificados e levados à Regiões Superiores, e para os que não devam se salvar sejam destruídos. Comentário: Em textos anteriores, já discuti este conceito de salvação. Nesta oportunidade, desejo reiterar que nenhuma Porta se abrirá, se, primeiro, não houver arrependimento sincero das iniqüidades e dos equívocos cometidos. Todo aquele que receber o Mistério da LLuz permanecerá no lugar em que o houver recebido. Mas ninguém terá a faculdade de se elevar às regiões que estão acima dele. E o que houver recebido o Primeiro Mistério na Primeira Disposição terá a faculdade de ir aos lugares que estão abaixo dele, mas não aos que estão acima. E o que houver recebido o Mistério do Primeiro Mistério poderá ir aos lugares que estão fora do seu, mas não aos que estão acima do seu. E estes serão os que receberão os Mistérios Superiores. A fiel Sabedoria elevou um hino deste modo: LLuz das Luzes, eu creio em Ti; não me deixes para sempre nas trevas. Ajuda­me e protege­me em Teus Mistérios. Aproxima de mi Teu ouvido e me salva. Que a Força da Tua LLuz me preserve e me leve até os éons elevados. Livra­me da força da cabeça de leão e de todos os meus inimigos. Acreditei em Ti desde o começo; Tu és meu Salvador e meu Tesouro de LLuz. Minha boca está repleta de glória, para que eu cante sempre em Teu louvor e enalteça o Mistério da Tua grandeza. Não me deixes no caos e não me abandones, porque meus inimigos quiseram arrebatar toda a minha luz. Volta para mim – Oh!, LLuz! – e livra­me destes malvados. Quem quiser tirar a minha força caia – Oh!, LLuz! – nas trevas. Bem­aventurado o que se humilha porque ele desfrutará a misericórdia. Tem piedade de mim, oh!, LLuz! Pelo Mistério do Teu Nome, salva­me em Tua misericórdia. Nada há neste mundo que seja da espécie das coisas do céu. Em verdade vos digo: cada Invisível é maior do que o céu e maior do que a esfera que está abaixo Dele. Porque nada há neste mundo mais deslumbrante do que a LLuz do Sol. Mas, em verdade, em verdade vos digo: os Vinte e Quatro Invisíveis têm uma LLuz dez mil vezes mais brilhante do que a do Sol deste mundo. E a LLuz do Grande Antepassado Invisível é dez mil vezes mais brilhante do que a LLuz que Eu vos disse que têm os Vinte e Quatro Invisíveis.

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Quando, nas Regiões Superiores, virdes as formas que não têm comparação, vereis a glória em que se encontram, e olhareis o mundo que está diante de vós como a obscuridade da obscuridade. E quando mirardes o mundo em que habita o gênero humano, pela grande distância que vos separará dele, ele vos parecerá um grão de poeira. Esforçai­vos para compreender... Procurai em vosso interior a Força da LLuz... Não temais que vos seja difícil compreender os Mistérios do Inefável porque vos digo que, em verdade, este Mistério está em vós... Aquele que renunciar a este mundo e às suas atividades entrará no conhecimento deste Mistério... A emanação do Universo é o conhecimento deste Mistério... E os que houverem recebido os Mistérios Brilhantes serão reis nas Regiões Brilhantes; e os que houverem recebido os Mistérios Inferiores serão reis nas Regiões Inferiores. E todos segundo a categoria do Mistério que tiverem recebido... Portanto, não deixeis de buscar noite e dia até que houverdes encontrado os Mistérios do Reino da LLuz, porque Eles vos purificarão e vos levarão ao Reino da LLuz. Comentário: Do Plano Vibratório do Mistério recebido para baixo, tudo; do Plano Vibratório do Mistério recebido para cima, nada. Uma Iniciação abre a Porta imediatamente superior à Porta da Iniciação anterior, mas só abre esta Porta. Renunciai ao mundo e a tudo quanto há nele. Renunciai a todas as suas crueldades, renunciai a todos os seus pecados, renunciai à sua gula, renunciai a todos os seus discursos, renunciai à maledicência, renunciai à obediência, renunciai ao juramento, renunciai à língua embusteira, renunciai aos falsos testemunhos, renunciai ao orgulho e à vaidade, renunciai ao amor próprio, renunciai aos maus pensamentos, renunciai à avareza, renunciai ao amor do mundo, renunciai à rapina, renunciai às palavras más, renunciai ao erro, renunciai à cólera, renunciai ao adultério, renunciai ao homicídio, renunciai às ações perversas, renunciai à impiedade, renunciai aos envenenamentos, renunciai às blasfêmias, renunciai às más doutrinas... Renunciai ao mundo e a tudo quanto há nele para que sejais dignos dos Mistérios da LLuz e para que sejais elevados aos Mistérios da LLuz porque estes são os caminhos dos que se fazem dignos dos Mistérios da LLuz. Não há nenhum nome mais elevado do que o NOME que contém todos os nomes e todas as luzes e todas as potências. E aquele que conhecer este NOME, ao sair do seu corpo material, não poderão perturbá­lo trevas, nem arcontes, nem arcanjos, nem potências, porque se disser este NOME ao fogo, o fogo se apagará; se O disser às trevas, as trevas se dissiparão. E se O disser aos demônios e aos satélites das trevas exteriores, e aos arcontes e às potências das trevas, todos... clamarão: Santo és, Santo és, Santo de todos os Santos. Todavia, o que tiver cometido todos os pecados e todas as iniqüidades e encontrar, enfim, os Mistérios da Santa LLuz... entrará na posse de todos os Tesouros da LLuz. E as Almas justas e boas se converterão nos Mistérios da LLuz... até que sejam enviadas outra vez à busca dosMistérios da LLuz.

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Tem piedade de nós, tem piedade de nós, tem piedade de nós, ainda que tenhamos pecado... Uma Breve Reflexão O que nos ensinam os (ditos) Evangelhos Apócrifos? Simplesmente que tudo depende de nós. Não necessitamos de intermediários, quaisquer que sejam os intermediários, para que possamos ser Illuminados. Ora, isto, de modo geral, nunca interessou às religiões organizadas, muito particularmente à Religião Católica, pois um ser liberto, consciente, independe de qualquer religião. Daí, os amedrontamentos, as coisas proibidas, os dogmas, as excomungações, as instituições dedicadas à supressão da heresia, as fogueiras, o Index Librorvm Prohibithorvm(Índice dos Livros Proibidos) etc. Como, por exemplo, não entenderam ... a luz e as trevas, a vida e a morte, os da direita e os da esquerda são irmãos entre si, sendo impossível separar uns dos outros. Por isto, nem os bons são bons, nem os maus são maus, nem a vida é vida e nem a morte é morte. Assim é que cada um virá a se dissolver em sua própria origem desde o princípio; mas, os que estão além do Mundo são indissolúveis e eternos... (Evangelho de Filipe), ... os que dizem que o Senhor primeiro morreu e depois ressuscitou, enganam­se, pois primeiro Ressuscitou e depois Morreu... (Evangelho de Filipe), ... quando de dois fizerem um, vocês se tornarão filhos do homem...(Evangelho do Dídimo Judas Tomé), ... não há pecado; sois vós que os criais... (Evangelho de Maria Madalena), como, de resto, toda a Gnose Iniciática, proibiram, subverteram e apocrifaram. Enfim, se, como afirmei anteriormente, nenhuma Porta poderá ser aberta, se, primeiro, não houver arrependimento sincero das iniqüidades e dos equívocos cometidos, é necessário coragem e liberdade para, depois de aberta a Porta... Paz Profunda! Páginas da Internet consultadas: http://jerrialmeida.blogspot.com/ 2010/03/reencarnacao­na­historia­parte­ii_909.html http://www.apologiaespirita.org/ http://www.guia.heu.nom.br/ supressao_da_reencarna%C3%A7ao.htm Bibliografia:

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O EVANGELHO DE VALENTINO. In: Apócrifos IV: Os Proscritos da Bíblia. Compilação e tradução de Maria Helena de Oliveira Tricca e de Júlia Bárány. São Paulo: Mercuryo, 2001. Fundo musical: Golden Sun Sanctum Fonte: http://www.midishrine.com/index.php?id=73

http://pt.wikipedia.org/wiki/Valentim_(gn%C3%B3stico)

Valentim (ou Valentino ou Valentinius) (c.100 - c.160)

Valentim (ou Valentino ou Valentinius) (c.100 ­ c.160) foi por algum tempo o teólogo

gnóstico do período do cristianismo primitivo de maior sucesso. De acordo com

Tertuliano, Valentim foi candidato a bispo e iniciou o seu grupo quando outro candidato foi

eleito1 .

Foi muito influente na comunidade Cristã, apesar de seus trabalhos e ideias terem sido

considerados como apostasia por volta de 175, mas nunca foi considerado herético. Foi,

até à sua morte, um membro respeitado na sua comunidade.

Valentim produziu uma grande variedade de obras literárias, mas apenas fragmentos

sobreviveram, a maioria na forma de citações nas obras de seus oponentes, mas não o

suficiente para reconstruir seu sistema exceto em grandes linhas2 . Além destes relatos, o

pouco que se conhece da sua doutrina é conhecida de forma modificada e já

desenvolvida nos trabalhos por seus discípulos2 . Ele ensinou que existem três tipos de

pessoas: as espirituais, as físicas e as materiais; e que apenas aquelas com a natureza

espiritual (seus próprios seguidores) receberiam a gnosis (conhecimento) que os

permitiria retornar ao divino Pleroma, enquanto aqueles com a natureza psíquica (os

demais cristãos) obteriam uma forma inferior de salvação, enquanto os de natureza

material (pagãos e judeus) estavam condenados a perecer2 3 . O texto Tratado tripartite é

um dos textos atribuídos aos seguidores de Valentim e que expõe essa divisão da

humanidade4 .

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Valentim tinha um grande grupo de seguidores, os Valentianos2 . Posteriormente, eles se

dividiram em dois ramos: um oriental e outro ocidental (ou italiano). Os marcosianos

pertencem ao ramo ocidental2 .

Biografia

Segundo Epifânio, Valentim nasceu em Frebonis, no delta do Nilo e foi educado em

Alexandria, uma metrópole importante no início do cristianismo5 . É possível que lá ele

tenha ouvido o filósofo cristão Basilides e certamente se tornou fluente na filosofia

helenista médio platônica e na cultura dos judeus helenizados, como o grande alegorista

e filósofo judeu de Alexandria Fílon. Clemente de Alexandria relata que os seguidores de

Valentim alegavam que ele fora aluno de Teudas, um pupilo de Paulo6 . Valentim dizia

que Teudas o havia contado a sabedoria secreta que Paulo ensinara apenas ao seu

círculo interno, referido publicamente quando ele falava sobre o seu encontro visionário

com oCristo ressuscitado (veja Romanos 16:25, I Coríntios 2:7, II Coríntios 12:2­4 e Atos

9:9­10) em que ele teria recebido este conhecimento secreto diretamente Dele. Estes

ensinamentos esotéricos estavam em declínio em Roma após a segunda metade do

século II dC[carece de fontes].

Valentim ensinou primeiro em Alexandria e foi para Roma por volta de 136 dC, durante o

pontificado do Papa Higino e lá permaneceu até o pontificado do Papa Aniceto. Em sua

obra Contra os Valentianos, Tertuliano diz:

Valentim esperava se tornar Bispo, pois ele era um homem habilidoso,

tanto no intelecto quanto na eloquência. Indignado, porém, que um outro

obteve a honra por causa de uma reivindicação que um confessor havia

lhe feito, ele deixou a igreja da fé verdadeira. Assim como outros

espíritos (incansáveis) que, quando atribulados pela ambição, são

finalmente inflamados pelo desejo de vingança, ele se aplicou com todas

as suas forças em exterminar a verdade; e encontrando a pista de uma

certa opinião antiga, ele trilhou um caminho para si com a sutileza de

uma serpente

— Tertuliano, Contra os Valentianos]]1 .

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De acordo com a tradição relatada no final do século IV dC por Epifânio, ele se retirou

para Chipre, onde continuou a ensinar e atrair seguidores. Ele morreu provavelmente por

volta de 160 ou 161 dC5 .

Enquanto estava vivo, Valentim tinha muitos discípulos e seu sistema era o mais difundido

entre todas as formas de Gnosticismo, embora, como Tertuliano indicou, ele se

desenvolveu em diversas versões, nem todas reconhecendo a dependência dele ("eles

fazem questão de repudiar seu nome"). Entre os mais proeminentes discípulos de

Valentim, que, porém, não seguia cegamente todas as visões do mestre, estava

Bardesanes, invariavelmente ligado à Valentim nas referências mais recentes, assim

comoHeracleon, Ptolomeu e Marcus5 . Muitos dos escritos destes gnósticos e um grande

número de trechos das obras de Valentim existiam apenas em citações nas obras de seus

detratores, até que em 1945, um grande conjunto de obras descobertas na Biblioteca de

Nag Hammadi revelaram uma versão copta do Evangelho da Verdade, que é o título do

texto que, segundo Ireneu7 , era o mesmo que o "Evangelho de Valentim" mencionado

por Tertuliano em Contra Todas as Heresias8 .

As ideias de Valentim

A essência do pensamento Valentiniano é: A salvação está no autoconhecimento (a

gnose). Com influências, nitidamente, neoplatônicas, desenvolveu uma complexa

cosmogonia onde Deus, neste caso, Pai Inefável, está acima do Deus inferior, chamado

de Demiurgo, o Pai invisível.

Este Inefável, segundo os Gnósticos, é apresentado como um ente amórfico sendo a

combinação andrógina da Mente (ou Nous) e pensamento (ou Ennoia ou Epinoia) A

Mente é o princípio masculino e o pensamento é o princípio feminino. Na versão

Valentiana, o princípio masculino é chamado de Demiurgo e o feminino de Sophia.

O Inefável delegou ao Demiurgo o poder criador para que pudesse separar a Luz das

Trevas. Já Sophia tem a Gnosis, que o Demiurgo não possui. Em resumo, Demiurgo criou

a matéria e Sophia o espírito.

O Pleroma seria o grande palco desse jogo cósmico. O Demiurgo, com ciúme de Sophia,

tenta subjugá­la e toma­lhe a Gnosis, mas Sophia cria o Pleroma e foge para lá. Na

esperança de salvar os seus filhos (os espíritos) do julgo da matéria, envia uma parte da

Gnosis, chamada Cristo.

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Jesus Cristo, na visão gnóstica, é um ente que guia os seres para o abrigo da Pleroma,

fugindo da escravidão da matéria através da reencarnação. Lembra um pouco a visão

budista da libertação da matéria.

Principais obras

O Evangelho da Verdade

Referências 1. ↑ Ir para:a b Tertuliano. Contra os Valentianos: The Heresy Traceable to Valentinus, an Able

But Restless Man. Many Schismatical Leaders of the School Mentioned. Only One of Them

Shows Respect to the Man Whose Name Designates the Entire School (em inglês). [S.l.: s.n.].

Capítulo: 4. , vol. I.

2. ↑ Ir para:a b c d e CROSS, F. L., ed.. The Oxford Dictionary of the Christian Church: Artigo

Valentinus. Nova Iorque: Oxford University Press, 2005.

3. Ir para cima↑ Para uma fonte de um opositor, veja Ireneu. Adversus Haereses: The threefold

kind of man feigned by these heretics: good works needless for them, though necessary to

others: their abandoned morals. (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 6. , vol. I.

4. Ir para cima↑ ROBINSON, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Tripartition of

Mankind (em inglês). São Francisco: Harper Collins, 1990. ISBN 0­06­066929­2

5. ↑ Ir para:a b c "Valentinus and Valentinians" na edição de 1913 da Catholic Encyclopedia

(em inglês)., uma publicação agora em domínio público..

6. Ir para cima↑ Clemente de Alexandria. Stromata: The Tradition of the Church Prior to that of the

Heresies (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 17. , vol. VII.

7. Ir para cima↑ Ireneu. Adversus Haereses: Proofs in continuation, extracted from St. John's

Gospel. The Gospels are four in number, neither more nor less. Mystic reasons for this. (em

inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 11. , vol. III.

8. Ir para cima↑ Tertuliano. Contra Todas as Heresias: Valentinus, Ptolemy and Secundus,

Heracleon (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 4. , vol. I.

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 12/33

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_Tripartite

Tratado Tripartite

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de Tratado tripartite)

O Tratado Tripartite é um texto gnóstico do século III ou IV dC encontrado na Biblioteca de Nag

Hammadi. Ele é o quinto tratado no primeiro códice, conhecido como Codex Jung

Conteúdo

O Tratado lida primordialmente com a relação entre os Aeons e o Filho. Ele é dividido é três partes, que

tratam:

Do determinismo do Pai e o livre­arbítrio da hipóstase dos Arcontes.

A criação da humanidade, o Mal e a queda do "Anthropos" (Primeiro Homem).

Uma variedade de teologias: a tripartição da humanidade, as ações do Salvador e a

Ascensão dos salvos para a Unidade.

Ver também

Barbelo

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 13/33

Ogdóade

Ligações externas

ROBINSON, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Tripartite Tractate

(Trad. por Harold W. Attridge e Dieter Mueller) (em inglês). São Francisco: Harper Collins,

1990. ISBN 0­06­066929­2

http://pt.wikipedia.org/wiki/Barbelo

Barbelo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O termo gnóstico Barbēlō (Grego Βαρβηλώ) refere­se à primeira emanação de Deus nas diversas

formas da cosmogonia gnóstica setiana. Barbēlō é frequentemente mostrada como um princípio

feminino supremo, o único antecessor passivo da diversidade da Criação. Essa figura é também

referenciada como "Mãe­Pai" (adivinhando sua aparenteandroginia), 'Primeiro Ser Humano', 'O Triplo

Nome Andrógino' ou 'Eterno Aeon'. O seu lugar era tão proeminente entre alguns gnósticos que

algumas escolas eram denominadas como barbeliota, adoradores de Barbēlō ou Barbēlō­gnósticos

(veja Borboritas)1

.A natureza de Barbēlō

Em textos coptas

No Apócrifo de João, um tratado na Biblioteca de Nag Hammadi contendo a mais extensa versão do

mito de criação setiano, Barbēlō é descrita como "O primeiro poder, a glória, Barbēlō, a glória perfeita

nos aeons, a glória do apocalipse."2 . Todos os atos seguintes de criação dentro da esfera divina

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 14/33

(salvo, crucialmente, aqueles do mais baixoaeon, Sophia), ocorrem através de sua ação conjunta com

Deus. O texto a descreve assim:

Este é o primeiro pensamento, imagem dele; ela se tornou o útero de

tudo, pois é ela que precede a eles todos, a Mãe­Pai, o primeiro homem

(Anthropos), o Espírito Santo, o três­vezes masculino, o três­vezes

poderoso, o triplamente nomeado uno andrógino e o eterno aeon dentre

os invisíveis e o primeiro a se apresentar

— Apócrifo de João2 .

Em Pistis Sophia, Barbēlō é chamada frequentemente, mas seu lugar não está claramente definido. Ela

é um dos deuses, "um grande poder do Deus Invisível" (373), junto com Ele e as três "Triplamente

poderosas divindades" (379), a mão de Pistis Sophia (361) e dos outros seres (49); dela Jesus recebeu

Sua "vestimenta de luz" ou corpo celeste (13, 128; cf. 116, 121); a terra é aparentemente a "matéria de

Barbēlō" (128) ou o "lugar de Barbēlō" (373)3 .

Em textos da Era patrística

Ela é descrita obscuramente por Ireneu de Lyon como um "aeon que nunca envelhece e existe num

espírito virginal"4 , a quem, de acordo com certos "Gnostici", o Pai inominável desejou se manifestar a

ela, e que, quando quatro sucessivos seres ­ cujos nomes expressam pensamento e vida ­ emergiram

Dele, foi preenchida de alegria pela visão, e por si mesma, deu à luz três (ou quatro) outros seres

similares4 . Ela aparece ainda em passagens vizinhas de Epifânio de Salamis, que em parte deve ter

seguido o Compêndio de Hipólito como é demonstrado pela comparação com Philaster (c. 33), mas

também por seu conhecimento pessoal das seitas Ofitas especialmente chamadas de "Gnostici" (i. 100

f.). A primeira passagem é num artigo sobre os nicolaítas (i. 77 f.), aparentemente uma referência

profética aos seus supostos descendentes, os "Gnostici" (77 A.Philast.). De acordo com a visão deles,

Barbēlō vive "acima no oitavo céu;" ela foi 'emanada' (προβεβλῆσθαι) "do Pai;" ela era a mãe de

Yaldabaoth (ou de Sabaoth), que insolentemente tomou posse do sétimo céu e se auto­proclamou o

único Deus; e quando ela ouviu essa palavra, lamentou. Ela sempre aparecia para os Arcontes numa

forma muito bela, pois encantando­os poderia juntar novamente seu poder que fora dispersado.

Outros, Epifânio de Salamis parece dizer (78 f.), contam uma história similar de Sophia, substituindo

Caulacau por Yaldabaoth. Em seu artigo seguinte, no "Gnostici" (83 C D), a idéia de juntar novamente

os poderes dispersados de Barbēlō, "a Mãe acima", roubado dela pelo "o Arcontes que fez o mundo e

os outros deuses e anjos e demônios que estavam com ele", repete­se como foi colocada no apócrifo 'O

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 15/33

Pensamento de Norea', a lendária esposa de Noé. Em ambos, Epifânio representa a doutrina como

dando origem ao consumo ritual de fluidos sexuais.

Numa terceira passagem (91 f.), enumerando que Arcontes tem tronos em qual céu, ele menciona

como habitantes de um oitavo ­ e superior ­ céu "ela que é chamada Barbēlō" e o auto­engendrado Pai

e Senhor de todas as coisas, e o 'nascido da virgem' (αὐτολόχευτον) Cristo (evidentemente como filho

dela, pois de acordo com Ireneu sua primeira cria, "a Luz", era chamado de Cristo4 ); e de maneira

similar ele conta como a ascensão das almas através dos diferentes céus terminariam numa região

superior, "onde Barbēro ou Barbēlō é a Mãe da Vida" (Genesis 3:20)5 .

Teodoreto (H. F. f. 13) simplesmente parafraseia Ireneu, com algumas poucas palavras de Epifânio de

Salamis. Jerônimo inclui diversas vezes o nome Barbēlō em listas de nomes prodigiosos (no mau

sentido) que aparecem na heresia espanhola, ou seja, dentre os Priscilianistas; Balsamus e Leusibora

aparecendo três vezes associado com ele. (Ep. 75 c. 3, p. 453 c. Vall.; c. Vigil. p. 393 A; in Esai. lxvi. 4

p. 361 c; in Amos iii. 9 p. 257 E).

Importância

Em narrativas gnósticas sobre Deus, as noções de impenetrabilidade, stasis (do grego Greek στάσις

"imóvel, ausência de forças externas") e infalibilidade são de central importância. A emanação de

Barbēlō pode ser entendida como sendo um aspecto gerador intermediário do Divino, ou como uma

abstração do aspecto gerador do Divino através da sua Plenitude (Pleroma). O mais transcendente

Espírito invisível oculto não aparece ativamente participando da criação. Este significado é refletido

tanto na aparente androginia (reforçada por vários dos seus epítetos) quanto no nome Barbēlō.

Diversas etimologias plausíveis para o nome (em grego: Βαρβηλώ, Βαρβηρώ, Βαρβηλ, Βαρβηλώθ)

foram propostas. Pode ser uma construção ad hoc do copta significando tanto 'Grande Emissão'6

quanto 'Semente' 7 . William Wigan Harvey (escrevendo sobre Ireneu) e Richard Adelbert Lipsius8

propuseram anteriormente Barba­Elo, 'A Divindade em Quatro', com referências à tétrade que, pelos

reportes de Ireneu, procederam dela. Entretanto, a relação de Barbēlō a esta tétrade não é análoga ao

Chol­Arba de Marcus(discípulo de Valentim). A tétrade compõe o grupo mais antigo da sua progenia e é

mencionada apenas uma vez.

A raiz balbel muito usada nos Targums (Buxtorf, Lex, Rabb. 309), em hebreu bíblico balal, significando

mistura ou confusão, indicando uma derivação melhor para Barbēlō como sendo a semente caótica de

várias e distintas existências: a troca de ל para ר não é incomum e pode ser vista na forma alternativa

em grego: Βαρβηρώ.

Ver também

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 16/33

Babalon

Borboritas

Barbelo­gnósticos

Referências

1. Ir para cima↑ "Gnosticism" na edição de 1913 da Catholic Encyclopedia (em inglês)., uma

publicação agora em domínio público.

2. ↑ Ir para:a b ROBINSON, James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Apocryphon of

John (Trad. por Frederik Wisse) (em inglês). São Francisco: Harper Collins, 1990.

3. Ir para cima↑ MEAD, G.R.S.. Pistis Sophia (em inglês). [S.l.: s.n.], 1921.

4. ↑ Ir para:a b c Ireneu. Adversus Haereses (em inglês). [S.l.: s.n.]. vol. I.29.

5. Ir para cima↑ http://bibref.hebtools.com/?book=Genesis%20&verse=3:20&src=! no original em

inglês

6. Ir para cima↑ LAYTON, Bentley. The Gnostic Scriptures (em inglês). [S.l.: s.n.].

7. Ir para cima↑ BURKITT, F.C.. Church and Gnosis (em inglês). [S.l.: s.n.].

8. Ir para cima↑ Gnosticismus, p. 115; Ophit. Syst p. 445. Hilgenfeld. Zeitschrift (em alemão). [S.l.:

s.n.], 1863.

Bibliografia

DANIÉLOU, Alain. Shiva and Dionysos: The Religion of Nature and Eros (em inglês). [S.l.]:

Inner Traditions, 1984. ISBN 0892810572

Free Encyclopedia of Thelema. Barbelo. Recuperado em 5 de março de 2005.

HOELLER, Stephan A.. Jung and the Lost Gospels (em inglês). [S.l.]: Quest Books, 1989.

ISBN 0835606465

JONAS, Hans. The Gnostic Religion (em inglês). [S.l.]: Beacon Press, 2001. ISBN

0807058017

LAYTON, Bentley. The Gnostic Scriptures (em inglês). [S.l.]: SCM Press, 1987. ISBN

0334020220

The Nag Hammadi Library. The Apocryphon of John Recuperado em 21 de outubro de

2004.

RUDOLPH, Kurt. Gnosis: The Nature & History of Gnosticism (em inglês). [S.l.]: Harper & Row,

1987. ISBN 0060670185

WILLIAMS, Frank. The Panarion of Epiphanius of Salamis (em inglês). Leiden; New York;

København; Köln: E.J. Brill, 1987. 2 vol.

WOODROFFE, Sir John. Shakti and Shakta (em inglês). [S.l.]: Ganesh & Co., 1929.

Este artigo se utilizou de textos de A Dictionary of Christian Biography, Literature, Sects and

Doctrines por William Smith and Henry Wace.

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 17/33

Referências Externas[editar | editar código­fonte] Dark Mirrors of Heaven: Gnostic Cosmogony (em inglês)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ogd%C3%B3ade_(gnosticismo)

Ogdóade (gnosticismo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A palavra Ogdóade vem do grego "ογδοάς" e significa "Óctuplo". O conceito apareceu no Gnosticismo

durante o Cristianismo primitivo e foi depois trabalhado também pelo teólogo Valentim (cerca de 160

dC).

Conceito

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 18/33

A Ogdóade descrita pelo GnósticoValentim no 2º século dC (com os primeiros dois chamados de Propatorand Ennoia)

O número oito tem um importante papel nos sistemas gnósticos e é necessário distinguir três diferentes

formas no qual ele apareceu nos diferentes estágios de desenvolvimento do Gnosticismo.

7 + 1

O sistemas gnósticos mais primitivos (como os Ofitas) incluem uma teoria de sete céus e uma região

supracelestial chamada 'Ogdóade'. A antiga astronomia ensinava que acima das sete esferas

planetárias estava uma oitava, a esfera das estrelas fixas1 .

Quando o sistema Valentiniano firmou seu conceito de um lugar ainda mais alto, o espaço

supracelestial foi chamado de região intermediária (Mesotes); Mas Ogdóade era claramente seu nome

inicial.

6 + 2

No sistema de Valentim, os sete céus e mesmo a região acima deles eram considerados como

simplesmente o mais baixo e o último estágio do poder criativo. Acima deles estava o Pleroma, onde

eram exibidas as primeiras manifestações de evolução da existência subordinada ao grande Primeiro

Princípio. Nos estágios iniciais desta evolução2 aparecem oito Aeons primários que constituem a

Ogdóade.

A concepção final de Deus, chamado Pai Inefável e que existe desde antes do começo, é descrita como

'Profundidade' (Bythos). À volta de ele existe um poder feminino que foi chamado de 'Silêncio' (Sige) .

Essas duas divindades, Profundidade e Silêncio, se tornaram a causa, através do processo de

emanação, dos outros seres arquetípicos ouAeons. Os Aeons sempre nascem em pares

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 19/33

masculino­feminino (sizígias), cada uma é em si mesma um princípio divino e ao mesmo tempo

representa um aspecto do Pai Inefável, que de outra forma não poderia ser descrito ou compreendido

pois está acima de todos os nomes. A emanação aconteceu da seguinte forma: Profundidade e Silêncio

geraram Mente e Verdade (Nous e Aletheia), que por sua vez geraram Verbo e Vida (Logos e Zoë), que

geraram Homem e Igreja (Anthropos e Ecclesia). Nestes pares eônicosconsiste a Plenitude de Deus

(Pleroma) e os primeiros oito Aeons explicados aqui são os que compõem a Ogdóade Valentiniana.3

Embora este Ogdóade seja o primeiro na ordem evolutiva caso seja verdadeira a teoria Valentiniana,

para os que seguem a história do desenvolvimento deste sistema o Ogdóade inferior deve claramente

ser pronunciado primeiro e o superior apenas como uma extensão subsequente do que era previamente

aceito como Ogdóade. Possivelmente a doutrina egípcia dos oito deuses primários (veja Ogdóade)

contribuiu com a formação de uma teoria que foi formulada no próprio Egito (Valentim nasceu em

Phrebonis, no delta do Nilo, e foi educado em Alexandria). De qualquer maneira, um Ogdóade 7 + 1

teria sido inconsistente com a teoria, cujo cerne era o acoplamento dos personagens em pares,

masculino­feminino4 conecta o sistema de Valentim com o de Simão Mago, para quem a origem de

tudo segue de um princípio inicial central e de seis "raízes". Se substituirmos este princípio central por

um princípio masculino e feminino, o 6 + 1 de Simão se torna o 6 + 2 de Valentim. Esta mesma questão,

porém, se o primeiro princípio seria Uno ou Duo era uma em que os próprios Valentinianos discordavam

entre si; e suas diferenças sobre como contar os números do primeiro Ogdóade confirma o que já foi

dito sobre a origem tardia desta doutrina.

4 + 4

A doutrina de um Ogdóade de um princípio de existência finita tendo sido estabelecida por Valentim,

aqueles dentre os seus seguidores que estavam imbuídos da filosofia pitagórica introduziram uma

modificação. Nela, a filosofia da Tétrade foi considerada com peculiar veneração e aceita como

fundação do mundo sensível5 .

Ver também

Pensamento de Norea ­ um dos livros gnósticos encontrados na Biblioteca de Nag

Hammadi

Norea

Arcontes

Referências

1. Ir para cima↑ Clemente de Alexandria. Stromata (em inglês). [S.l.: s.n.]. vol. IV.25.xxv.

2. Ir para cima↑ Ireneu. Adversus Haereses (em inglês). [S.l.: s.n.]. vol. I.

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 20/33

3. Ir para cima↑ DAVID, Fideler. Jesus Christ, Sun of God: Ancient Cosmology and Early Christian

Symbolism. [S.l.]: Quest Books, 1993. isbn 9780835606967, página 128

4. Ir para cima↑ Hipólito de Roma. Refutação de todas as heresias (em inglês). [S.l.: s.n.]..

5. Ir para cima↑ MEURSIUS, Johannes. 'Denarius Pythagoricus': Gronovs Jacob Thesaurus

Graecarum antiquitatum. [S.l.: s.n.]. vol. 9., capítulo 7; ao qual pode ser adicionado Hipólito de

Roma. Refutação de todas as heresias (em inglês). [S.l.: s.n.].

Bibliografia

VAN REETH, Dr. A. Tirion. 'Encyclopedie van de Mythologie'. [S.l.]: Baarn, 1994. ISBN 9051213042

Este artigo usa fontes do "A Dictionary of Christian Biography, Literature, Sects and Doctrines" de

William Smith (lexicógrafo) e Henry Wace

http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelho_da_Verdade

Evangelho da Verdade

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

(Redirecionado de O Evangelho da Verdade)

O Evangelho da Verdade é um dos textos gnósticos dentre os livros apócrifos encontrados nos

códices da Biblioteca de Nag Hammadi ("BNH"). Ele existe em duas traduçõescoptas, uma no dialeto

"lycopolitano" que sobreviveu quase inteira no Codex I (o chamado Codex Jung) e outra no dialeto

sahídico em fragmentos no Codex XII.

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 21/33

História

O Evangelho da Verdade provavelmente foi escrito em grego entre 140 e 180 da era cristã por

gnósticos. O texto já era conhecido por Ireneu de Lyon, que argumentou contra o seu conteúdo e o

declarou herético. Ele afirmava ainda que ele era uma das obras dos discípulos de Valentim1 e que era

o mesmo "Evangelho de Valentim" mencionado por Tertuliano em Contra Todas as Heresias2 . A

similaridade deste com outros trabalhos que se imagina serem dele e de seus seguidores fazem com

que muitos especialistas concordem com Ireneu neste ponto.

Então os seguidores de Valentim, livres de todo medo, apresentam suas

próprias composições e se vangloriam de ter mais Evangelhos do que os

que de fato existem. A sua audácia foi tão longe que eles intitulam a sua

mais recente composição "O Evangelho da Verdade", embora ele se

pareça em nada com osEvangelhos dos Apóstolos, e assim nenhum

Evangelho deles está livre da blasfêmia. Pois se o que eles produzem é

o Evangelho da Verdade, e é tão diferente daquele que os apóstolos nos

deixaram, aqueles que quiserem podem entender como se pode

demonstrar pelas próprias Escrituras que aquilo que nos é deixado pelos

apóstolos não é o Evangelho da Verdade.1

— Ireneu de Lyon, Adversus Haereses.

Após suas traduções coptas serem enterradas em Nag Hammadi, o Evangelho da Verdade ficou

perdido até sua descoberta em 1945.

Estilo

A grande qualidade poética do texto é percebida mesmo na tradução e percebe­se uma forte tendência

cíclica na apresentação dos temas. Não é só um Evangelho, no sentido de um reporte da vida e obra de

Jesus de Nazaré, mas é melhor entendido como uma homilia. O texto é considerado pelos especialistas

como um dos que foram melhor escrito dentre todos os textos da coleção de Nag Hammadi,

considerando seu alto valor não apenas como uma grande obra literária, mas também como uma

exegese gnóstica sobre diversos Evangelhos, canônicos ou não.

O texto cita Epístola aos Gálatas, Evangelho segundo João, Primeira Epístola de João, Apocalipse,

Evangelho segundo Mateus, Primeira Epístola aos Coríntios, Segunda Epístola aos Coríntios, Epístola

aos Colossenses e Epístola aos Hebreus do Novo Testamento. Destas, o Evangelho segundo João é o

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 22/33

mais citado. Também é influenciado porTomé, citando­o (Tomé 283 ) ao lado de João 3:8 em um ponto

(22.13­19)4 .

Conteúdo

O texto descreve uma teoria sobre a emergência do Erro personificado em forma feminina. Sua

ignorância e sua vontade de ver o Pai geraram medo, que se apresentou numa nuvem pela qual o Erro

ganhou poder.

Em seguida, descreve Jesus sendo enviado por Deus para remover a ignorância. Jesus era visto como

um doutor embaraçando os outros escribas e doutores e afirmando que eles eram tolos por tentarem

entender o mundo analisando a lei. Mas o Erro ficou furioso com isso e pregou Jesus numa árvore. O

texto prossegue descrevendo o conhecimento que leva à salvação, que constitui o eterno descanso e a

ignorância como um pesadelo.

Tendo descrito a parábola do Bom Pastor (João 10:1­42) de maneira esotérica, continua descrevendo

como alimentar os famintos e dar repouso aos exaustos deve ser entendido como alimento à fome

espiritual e repouso aos exaustos deste mundo.

Segue então uma parábola sobre a unção, cujo significado é obscuro, mas pode estar relacionado à

forma como uma ânfora lacrada significa que ela está cheia, uma metáfora para conhecimento ­

obtenha o "lacre" final no quebra­cabeças e você entenderá, mas sem ele, as migalhas de

compreensão que você possui podem ainda ser facilmente desmontadas:

Mas aqueles quem ele ungiu são os únicos que se tornaram perfeitos.

Pois jarros cheios são aqueles que são ungidos. Mas quando a unção de

um jarro [lacre] é dissolvida, ele esvazia, e pela razão de haver uma

deficiência é aquela pela qual o óleo da unção se vai. Pois naquele

momento um sopro o leva, uno pelo poder daquele dentro dele. Mas

daquele que não tem deficiência, nenhum lacre é removido e nada se

esvazia. Então o que lhe falta o Pai Perfeito repõe4

— Desconhecido, Evangelho da Verdade.

Exceto por uma descrição final sobre como adquirir paz pela Gnose, o resto do texto contém tratados

relacionados à conexão entre o Filho e o Pai. Um exemplo disto é a frase utilizada o nome do Pai é o do

Filho, que deve ser entendido na maneira esotérica de que o Filho é o nome, ao invés de significando

que Filho é um nome para o Pai.

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 23/33

Ver também

Valentim

Gnosticismo

Valentianismo

Referências

1. ↑ Ir para:a b Ireneu. Adversus Haereses: Proofs in continuation, extracted from St. John's

Gospel. The Gospels are four in number, neither more nor less. Mystic reasons for this. (em

inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 11. , vol. III.

2. Ir para cima↑ Tertuliano. Contra Todas as Heresias: Valentinus, Ptolemy and Secundus,

Heracleon (em inglês). [S.l.: s.n.]. Capítulo: 4. , vol. I.

3. Ir para cima↑ ROBINSON, ED., James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Gospel of

Thomas (Trad. de Thomas O. Lambdin) (em inglês). San Francisco: Harper Collins, 1990. ISBN

0­06­066929­2

4. ↑ Ir para:a b ROBINSON, ED., James M.. The Nag Hammadi Library, revised edition: The Gospel of

Truth (Trad. de Robert M. Grant) (em inglês). San Francisco: Harper Collins, 1990. ISBN

0­06­066929­2

Bibliografia

LAYTON, Bentley. The Anchor Bible Reference Library: The Gnostic Scriptures (em inglês).

NY: Doubleday, 1987.

http://anubysp.blogspot.com.br/2013/07/a­doutrina­gnostica­de­valentino.html

Gnose, tem por origem etimológica o termo grego "gnosis", que significa "conhecimento". Mas não um conhecimento racional, científico, filosófico, teórico e empírico (a "episteme" dos gregos), mas de caráter intuitivo e transcendental. A palavra "Gnosis" geralmente é traduzida por "conhecimento", mas a Gnose não é, primordialmente, um conhecimento racional; a língua grega distingue entre o conhecimento científico (ele conhece matemática) e, reflexivo (ele se conhece), experiência que é Gnose, percepção direta daquilo que é, percepção interior, um processo intuitivo de conhecer­se a si mesmo. A Sabedoria ultrapassa o intelecto, através da intuição, contempla. A Sabedoria faz com que a Verdade seja inteligível. O intelecto usa a razão e o conhecimento discursivo.

23/05/2015 ­ Rbya ­ DOCUMENTO DE LIVRE COMPARTILHAMENTO ­ página 24/33

Gnose é usada para designar um conhecimento profundo e superior do mundo e do homem, que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua Essência Eterna, maravilhosa, pela via do coração. Gnose é uma realidade vivente sempre ativa, que apenas é compreendida quando experimentada e vivenciada. Assim sendo jamais pode ser assimilada de forma abstrata, intelectual e discursiva. Nós Gnósticos usamos de explicações metafísicas e 'mitologicas' para falar da criação do universo e dos planos espirituais, mas nunca deixamos de relacionar esse mundo externo e mitologico a processos internos que ocorrem no homem. Hoje a palavra mito, significa alguma coisa inveridica, irreal ou ficticia. Entretanto ela deriva do vocábulo grego mythos, que em seu uso original significa uma explicação da realidade que lhe confere significado. GNOSTICISMO: Movimento que provavelmente se originou­se na Ásia Menor. Tem como base elementos das filosofias pagãs que floresciam na Babilônia, Índia, Antigo Egito, Síria e Grécia Antiga, combinando elementos do Helenismo, Zoroastrismo, do Hermetismo, do Hinduísmo, do Budismo Tibetano, do Sufismo, do Judaísmo e do Cristianismo primitivo. Possuíam uma linguagem técnica característica e ênfase na busca da sintonia interior com essa Gnosis, essa Sabedoria Divina, sem intermediários, um conhecimento do Divino por experiência própria. Enquanto existir uma luz na individualidade mais recôndita da natureza humana, enquanto existirem homens e mulheres que se sintam semelhantes a essa luz, sempre haverá Gnósticos no mundo http://anubysp.blogspot.com.br/2013/04/a­falsa­gnose­de­samael.html Budismo é a tradição formada a partir das práticas ensinadas por Sidarta Gautama 563 ou 623 a.C. em Lumbini, Nepal, na época Índia, conhecido como Buda Shakyamuni "sábio dos Shakyas", é a figura­chave do budismo há pelo menos 2.500 anos. De acordo com a Tradição Hindu, Buda é um Avatar de Vishnu (Deus Supremo), baseados nas escrituras Upanishads, Vishnu e Bhagavad Purana. A palavra Buda vem de Bodh, que significa despertar. Ao despertar, se iluminar Buda pensa que isso não poderia ser compartilhado, porém Brahma teria solicitado que ele ensinasse o que havia conquistado, porque alguns seres poderiam reconhecer o que ele reconheceu. Os ensinamentos atribuídos a Gautama foram repassados através da tradição oral, ensina as Quatro Nobres Verdades e o Nobre Caminho Óctuplo. A prática central de quase todas as linhas budistas é a meditação, método e resultado para uma familiarização e entendimento sobre a própria mente, práticas para controle do ego, e o despertar para iluminação. Buda dizia que seu ensinamento ia contra o sistema, ao contrariar os infinitos desejos egoístas do homem, "Atingi esta Verdade que é profunda, difícil de ver, difícil de compreender, compreensível somente aos sábios, os homens submetidos pelas paixões e cegos pela obscuridade não podem ver essa Verdade, que vai contra o sistema, porque é sublime,

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profunda, sútil e difícil de compreender". A filosofia sobre o caminho e os resultados variam conforme a escola. A transmissão do Dharma do Buddha no Tibet ocorreu em dois períodos principais. Houve a primeira difusão do Dharma, por volta de 600 d.C, que foi imensamente potencializada, pelo Guru Rinpoche Padmasambhava. Essa primeira propagação do Dharma no Tibet, das traduções das escrituras em sânscrito para a língua tibetana, e ensinamentos e transmissões dadas por Guru Rinpoche, veio a formar a “Antiga Tradição” (tib. nyingma), Escola Nyingma. Outros Mestres da Índia como o Pandita Atisha e o tibetano Tsongkapha vieram posteriormente ensinar no Tibet e formaram os pilares da segunda propagação do Dharma no Tibet, e que deu origem a “Nova Tradição” (tib. sar ma) através das Escolas Gelug. As escolas do budismo tibetano, baseadas nas transmissões das escrituras indianas para o platô tibetano, são achadas tradicionalmente no Tibet, Butão, norte da Índia, Nepal, Mongólia. A maioria dos praticantes nesses países podem ser classificados como vajrayanas, que é um conjunto de escolas budistas esotéricas. A Tradição Vajrayana, é a melhor fonte conhecida para se praticar o budismo original indiano, que foi praticamente erradicado de onde se originou, utiliza meios hábeis como o caminho acelerado possibilitando a iluminação. O nome vem do sânscrito e significa "veículo de diamante", possuem como modelo principal a figura do Lama. O objetivo da prática é se tornar um Bodhisattva. "Não escrevo para aqueles que estão imbuídos de preconceitos, que compreendem e sabem tudo, mas que no entanto não Sabem nada, pois eles já estão satisfeitos e ricos, mas sim para os simples como eu, e assim me alegro com meus semelhantes." Jacob Boehme

QUARTA-FEIRA, 3 DE JULHO DE 2013

A DOUTRINA GNÓSTICA DE VALENTINO

Valentino, Valentim ou Valentinius c.100 ­ c.160, surge como o mais importante dos gnósticos cristãos do início de nossa era. Ele nasceu em Alexandria, fez seus estudos primeiro no Egito, depois em Roma, on...de trabalhou de 135 a 160. A ele é atribuída a autoria do Evangelho da Verdade e também do Evangelho de Felipe, encontrados em Nag Hammadi, e onde tirou sua doutrina? Ele próprio disse que, em uma visão havia contemplado um recém­nascido que lhe mostrava o

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Logos. Estimulado por esta experiência, ele partiu em busca da Verdade. Ele desenvolveu sua doutrina e criou uma escola que cresceu rapidamente, atraindo muitos alunos. A essência do pensamento Valentiniano é: A salvação está no autoconhecimento, Sabedoria (a gnose). Com influências, nitidamente, neoplatônicas, desenvolveu uma complexa cosmogonia onde Deus, neste caso, Pai Inefável, está acima do Deus inferior, chamado de Demiurgo. Este Inefável, segundo os Gnósticos, é apresentado como um ente amórfico sendo a combinação andrógina de Nous e Ennoia ou Epinoia. A Mente é o princípio masculino e o pensamento é o princípio feminino. Na versão Valentiana, o princípio masculino é chamado de Demiurgo e o feminino de Sophia. Sophia tem a Gnosis, que o Demiurgo não possui. Em resumo, Demiurgo criou a matéria e Sophia o espírito. O Pleroma seria o grande palco desse jogo cósmico. Na esperança de salvar os seus filhos (os espíritos) do julgo da matéria, o Pai Inefável envia o Aéon da Salvação, chamado Cristo. O Cristo, na visão gnóstica, é um Aéon que guia os seres para o abrigo do Pleroma, o Reino da Luz, fugindo da escravidão da matéria. Ele ensinou que existem três tipos de pessoas: No nível mais elevado estão aqueles que eram chamados eleitos, ainda que sem um sentido elitista de exclusão. Entre os gnósticos, eles eram conhecidos como pneumáticos, que significa espirituais. O grupo seguinte, os intermediários, são os psíquicos ou religiosos. E, finalmente, os homens comuns, os muitos, na linguagem de Jesus, eram chamados pelos gnósticos, de ílicos ou materiais, pois aqueles que só estão voltados para os prazeres da vida material imediata, sem nenhum interesse pelo objetivo último da vida. Assim, o ensinamento do Mestre Jesus, o Cristo foi estruturado para atender as necessidades desses três grupos de pessoas. O texto Tratado tripartite é um dos textos atribuídos aos seguidores de Valentim e que expõe essa divisão da humanidade. Não se sabe se o Evangelho de Felipe é realmente de sua autoria, mas é certo que Valentino passou por uma evolução interior semelhante à de qualquer pessoa que

percorre a senda libertadora; e é este caminho que é descrito no Evangelho de Felipe. O Evangelho de Felipe comporta 127 versículos que explicam de modo detalhado o restabelecimento da ligação com Deus.

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Os momentos mais importantes deste caminho são “o batismo pela água, a santa ceia, o batismo de fogo, ou unção do Espírito, e o grande mistério do esposo e da esposa na câmara nupcial”. O batismo pela água religa o ser que aspira à Verdade, à força da Gnosis. Ele reage a este batismo pela convicção interior de que agora o caminho de libertação está­se abrindo para ele e que ele pode percorrê­lo com a força da Gnosis. Esta convicção também lhe dá, entretanto, a sofrida sensação de que o homem terrestre está fundamentalmente separado de Deus, o que faz crescer seu desejo de unir­se a ele. Sobre esta base, durante a Santa Ceia, ele recebe as forças da nova esperança e torna­se capaz de seguir a lei interior e de conformar sua vida ao apelo da Gnosis. Pelo fato de ser assim ungido pela força do Espírito Santo, ele tem a capacidade de religar a outros homens com o Espírito de Deus. Todos os que são receptivos a ela adquirem esta convicção; eles devolvem à humanidade tudo o que receberam de Deus e recebem um conhecimento crescente do mistério do Espírito. Na “câmara nupcial”, a sala das núpcias, a esposa, a alma purificada, espera por seu esposo, o Espírito. Ela é tocada e penetrada pelo Conhecimento divino. Ela é conhecida como ela conhece a si mesma. A Luz divina a faz sair das trevas e lhe revela sua atividade. A parte do cérebro que permite a visão espiritual é, para os gnósticos atuais, os “thalami optici”. “Thalamos”, em grego, significa “câmara nupcial”. Segundo Valentino, é neste local que acontece o grande mistério da união com Deus. Por este fato, sua doutrina vai ao encontro dos mais antigos mistérios egípcios, que utilizavam os templos como representações do santuário da cabeça. Todo o gnóstico deve realizar interiormente esta ressurreição. Um dos rituais de Valentino descreve esta fase importante da seguinte forma: “Devemo­nos encontrar no Único. Que a graça venha sobre vós, primeiro de mim e por mim. Trajai­vos como a esposa que aguarda seu esposo, a fim de que vos torneis eu e eu me torne vós. Que a semente de Luz penetre na câmara nupcial. Recebei o esposo: fazei­o entrar e deixai que ele vos tome!“

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Tais rituais representavam um auxílio poderoso, pois, quando bem utilizados, liberavam forças e estimulavam os que buscavam a verdade na senda. No Evangelho de Felipe, as forças e os processos essenciais do caminho libertador da alma são descritos da seguinte maneira: “A colaboração de quatro forças é necessária para recolher os frutos deste mundo. É somente pela colaboração da água, da terra, do ar e da luz que a colheita pode ser guardada no celeiro. Assim, o fruto divino consiste em quatro forças: a fé, a esperança, o amor e o conhecimento. A terra é a fé onde nos enraizamos; a água é a esperança que nos alimenta; o ar é o amor pelo qual nós crescemos; e a luz é o conhecimento, que permite o amadurecimento”. Em sua visão, Valentino percebeu o Logos, que é o começo e o fim, como uma unidade. Ele considerou como sua missão revestir estas experiências e estas forças com palavras e imagens compreensíveis para as outras pessoas. A força que emana destes escritos são testemunho da realidade e da claridade destas experiências. Existe um princípio gnóstico segundo o qual aquele que foi tocado uma vez pelo Espírito dele deve testemunhar. Desta visão nasceu uma ligação indissolúvel que lhe permitiu conduzir seus alunos do batismo de água até o mistério da câmara nupcial. A vida e as obras de Valentino mostram que ele seguiu este caminho de auto­iniciação. Imaginamos que sua época, em que proliferavam os sistemas filosóficos e crenças muito diversos, não lhe facilitou muito as coisas. Mas suas palavras deixaram um rastro luminoso através dos séculos, e ainda hoje transmitem uma imagem fiel da verdade ao buscador que está a caminho. Elas estão sempre prontas a conduzir, a guiar e a sustentar este buscador, para que ele aprenda a compreender suas próprias experiências, a fim de que o homem atual também consiga, realmente, conquistar a libertação da alma. Sobre a ressurreição da alma, Valentino diz: “Aqueles que dizem que, antes de tudo, é preciso morrer para em seguida ressuscitar, estão enganados. Se não conseguirmos ressuscitar durante a vida, não conseguiremos fazê­lo depois da morte”.

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http://www.autoresespiritasclassicos.com/evangelhos%20apocrifos/Apocrifos/Evangelhos%20Apocrifos.htm

OS EVANGELHOS APÓCRIFOS GRÁTIS

Apresentação do tema: Os Evangelhos Apócrifos mostram uma versão diferente das enunciadas pela Igreja Católica na questão sobre Jesus Cristo em sua vida é nos seus ensinamentos. E ao ler os Evangelhos Apócrifos percebi que são grandes patrimônios históricos da humanidade e que foram frutos das primeiras comunidades Cristãs e possuem influências gregas, egípcias, judaicas. E que em alguns Evangelhos Apócrifos que citam Jesus de Nazaré e a sua doutrina são fantasiosos e outros Evangelhos Apócrifos até ultrapassam os Evangelhos Oficiais e que vem somar aos ensinamentos de Jesus Cristo e completando grandes lacunas que existem atualmente. Os Evangelhos Apócrifos eram aceitos por diversas comunidades católicas de todo o Império Romano e a definição dos evangelhos que seriam verdadeiros e os tidos

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apócrifos começaram com o Imperador Constantino (272­337) e terminaram com o Decreto Gelasiano (492­496). O Fundamentalismo religioso da Igreja Católica através da Santa Inquisição varreu e queimou grande parte destes evangelhos tidos como apócrifos e perseguiu implacavelmente no decorrer dos séculos os ensinamentos que eram contra a Cúria Romana. Acredito que as palavras do Nazareno foram sufocadas pelo imediatismo ou pela política dos poderosos de todas épocas, aonde a bíblia e os seus escritos tinham que se amoldar a Teologia dominante da Igreja Católica, mais os ecos da verdade que são representados pelo Sermão da Montanha, representam a essência das palavras de Jesus Cristo de Nazaré.

Irmãos W.

O site para facilitar o tema dos Evangelhos Apócrifos disponibilizou todos os artigos postados em um único arquivo para abaixarem e facilitar ao estudo deste tema. E pedimos que se alguém tiver algum artigo que não consta nesta lista nos [email protected]

Baixar arquivo completo (Evangelhos Apócrifos e Bíblias)

A História dos Evangelhos Apócrifos: Pequena localidade no Alto Egito em Nag Hammadi, aonde em 1945, o camponês Muhamad Ali Salmman, encontrou um grande pote vermelho de cerâmica, contendo treze livros de papiro encadernados em couro. No total descobriram cinqüenta e dois textos naquele sítio.

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Caverna de Nag Hammadi

Na primeira análise, para surpresa do Dr. Quispel, a primeira linha traduzida do copta foi: "Essas são as palavras secretas que Jesus, O Vivo, proferiu, e que seu gêmeo, Judas Tomé, anotou". Os manuscritos, hoje conhecidos como Evangelhos Gnósticos, ou Apócrifos (Apocryphom literalmente livro secreto), revelam ensinamentos, apresentados segundo perspectivas bastante diversas daquelas dos Evangelhos Oficiais da Igreja Romana; como por exemplo este trecho atribuído a Jesus, O Vivo: "Se manifestarem aquilo que têm em si, isso que manifestarem os salvará. Se não manifestarem o que têm em si, isso que não manifestarem os destruirá." Além dos Evangelhos (ensinamentos atribuídos a Jesus Cristo através de seus apóstolos) outros textos compõe o legado de Nag Hammadi, de cunho teológico e filosófico. Os papiros encontrados em Nag Hammadi, tinham cerca de 1.500 anos, e eram traduções em copta de manuscritos ainda mais antigos feitos em grego e na língua do Novo Testamento, como constatou­se, ao verificar que parte destes manuscritos tinham sido encontrados em outros locais, como por exemplo alguns fragmentos do chamado Evangelho de Tomé. As datas dos textos originais estão estimadas entre os anos 50 e 180, pois em 180, Irineu o bispo ortodoxo de Lyon, declarou que os hereges "dizem possuir mais evangelhos do que os que realmente existem".

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Manuscritos de Nag Hammadi Acredita­se que os manuscritos foram enterrados por volta do século IV, quando na época da conversão do imperador Constantino, os bispos cristãos, passaram ao poder e desencadearam uma campanha contra as heresias. Então, algum monge do mosteiro de São Pacômio, nas cercanias de Nag Hammadi, tomou os livros proibidos e os escondeu no pote de barro, onde permaneceram enterrados por 1.600 anos! Fontes: Biblioteca de Early Christian Writings (Coleções de Apócrifos) Fontes: Portal Mucheroni (Portal Brasileiro de Apócrifos) Fontes: Filosofia e Tecnologia (A História da Bíblia ­ Evangelhos Apócrifos e Adulterações)