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HINOPORTUNA TUNA ACADÉMICA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO CANCIONEIRO 2006/2007

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Page 1: Tuna Cancioneiro

HINOPORTUNA TUNA ACADÉMICA DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE

VIANA DO CASTELO

CANCIONEIRO

2006/2007

Page 2: Tuna Cancioneiro

Hinoportuna - Tuna Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo

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Indice: Indice: ........................................................................................................................................... 1

Hinoportuna (hino à saudade) ....................................................................................................... 2

Cantigas de maio .......................................................................................................................... 3

Havemos de ir a viana .................................................................................................................. 4

Maio Maduro Maio ........................................................................................................................ 5

As sete mulheres do Minho........................................................................................................... 6

Santa Luzia ................................................................................................................................... 7

Milho Verde .................................................................................................................................. 8

Loucos de Lisboa .......................................................................................................................... 9

Sonho meu ................................................................................................................................. 10

Outras musicas:

Menina estás a janela ................................................................................................................. 11

Tango do Bandido ...................................................................................................................... 12

Carraspana ................................................................................................................................. 13

Amores de estudante .................................................................................................................. 14

Serenata há meia-noite ............................................................................................................... 15

Madalena .................................................................................................................................... 16

Yo sin ti ....................................................................................................................................... 17

Vira Do Vinho ............................................................................................................................. 18

Amélia dos Olhos Doces ............................................................................................................. 19

Que amor não me engana .......................................................................................................... 20

Versos de amor .......................................................................................................................... 21

Encontro Às Dez ......................................................................................................................... 22

Sardinhada à Portuguesa ........................................................................................................... 23

Queda do Império ....................................................................................................................... 24

Capas Negras ............................................................................................................................. 25

À Meia Noite ao Luar .................................................................................................................. 26

Fado do Super Zé ....................................................................................................................... 27

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Hinoportuna (hino à saudade) Sol Hinoportuna de festa Mi Lám É paródia riso mocidade. Ré Sol Brincam guitarras com velhas cantigas Luzia cidade. Mi Sonhos encanto são Vozes soando Lám Acordes de emoção, Dóm Sol Nossas cantidas Ré Sol Belas raparigas são de coração. (instrumental) Dóm – Sol – Ré – Solm

Dóm – Sol – Ré – Sol – Fá# – Sol É uma cantida esta nossa vida Um hino a saudade Viver estudante Momentos instantes De uma mocidade Sonhos encanto são Vozes soando Acordes de emoção, Nossas cantidas Belas raparigas são de coração. Guarda os segredos Escritos a negro capa que tracei. Levo a saudade Menina cidade de amores que deixei. Sonhos encanto são Vozes soando Acordes de emoção, Nossas cantidas Belas raparigas são de coração. Acordes: Sol Mi Lám Ré Dóm

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Cantigas de maio (José Afonso) Eu fui ver a minha amada Lá p'rós baixos dum jardim Dei-lhe uma rosa encarnada Para se lembrar de mim Eu fui ver uma donzela Numa barquinha a dormir Dei-lhe uma colcha de seda Para nela se cobrir Eu fui ver a minha amada Lá nos campos eu fui ver Dei-lhe uma rosa encarnada Para de mim se prender Verdes prados, verdes campos Onde está minha paixão As andorinhas não param Umas voltam outras não Minha mãe quando eu morrer Ai chore por quem muito amargou Para então dizer ao mundo Ai Deus mo deu Ai Deus mo levou

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Havemos de ir a viana (Pedro Homem de Mello) Introdução: Fá-Dó-Sol-Dó7 Dó Lá7 Rém Entre sombras misteriosas Sol Sol7 Do em rompendo ao longe estrelas Lá7 Rém trocaremos nossas rosas

Sol/Sol7 Dó para depois esquecê-las. Refrão: Dó Lá7 Se o meu sangue não me engana Rém como engana a fantasia La7 Rém havemos de ir a Viana

Sol/Sol7 Dó ó meu amor de algum dia Dó Dó7 Fá ó meu amor de algum dia Sol/Sol7 Dó havemos de ir a Viana La7 Rem se o meu sangue não me engana Sol Sol7 Dó havemos de ir a Viana. Partamos de flor ao peito que o amor é como o vento quem pára perde-lhe o jeito e morre a todo o momento. Refrão Ciganos, verdes ciganos deixai-me com esta crença os pecados têm vinte anos os remorços têm oitenta.

Refrão

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Maio Maduro Maio (José Afonso) Ré9 Maio maduro Maio Dó9 Quem te pintou Ré9 Quem te quebrou o encanto Dó9 Nunca te amou Ré9 Sim Mim Raiava o sol já no sul Sim/ Mim/ Sol/ Ré9 Ré9 Dó9 E uma falua vinha Ré9 Lá de Istambul. Sempre depois da sesta Chamando as flores Era o dia da festa Maio de amores Era o dia de cantar E uma falua andava Ao longe a varar. Maio com meu amigo Quem dera já Sempre no mês do trigo Se cantará Qu'importa a fúria do mar Que a voz não te esmoreça Vamos lutar Numa rua comprida El rei-pastor Vende o soro da vida Que mata a dor Anda ver, Maio nasceu Que a voz não te esmoreça A turba rompeu.

Ré9 Dó9 Sim Mim Sol Mi Lá

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As sete mulheres do Minho (Tradicional do minho) Intro( Re, la) Ré la As sete mulheres do Minho Sol la Mulheres de grande valor Re la Armadas de fuso e roca Sol la Correram com o regedor. Essa mulher lá do Minho Que da foice fez espada Há-de ter na lusa história Uma página doirada. Re la variação ( mi si7) Viva a Maria da Fonte x 2 La si7 Com as pistolas na mão Mi si7 Para matar os Cabrais La si7 Que são falsos à nação.

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Santa Luzia Intro ( la mi) x 4 Lam rem Hei de cantar com paixão Mi lam Viana linda princesa Lam mi A quem dei o coração lam Num acto de gentileza rem E com minha alma a vibrar Mi lam Num roubo de melodias mi Engrandecer a cantar A cidade o rio e o mar Lam La O monte de Sta. Luzia Refrão: la Sta. Luzia Tem encantos de magia mi Com beleza sem igual Linda Viana Formosura de tricana La Num sorriso Virginal Instrumental La mi x4 Viana guarda em segredo As noites de melodia Amores que embalei no negro Junto da doce Luzia Viana com coração Palpita com alegria Engrandecer a cantar A cidade o rio o mar O monte Santa Luzia. Sta. Luzia Tem encantos de magia Com beleza sem igual Linda Viana Formosura de tricana Num sorriso Virginal

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Milho Verde (José Afonso) Milho verde, milho verde Milho verde maçaroca À sombra do milho verde Namorei uma cachopa Milho verde, milho verde Milho verde miudinho À sombra do milho verde Namorei um rapazinho Milho verde, milho verde Milho verde folha larga À sombra do milho verde Namorei uma casada Mondadeiras do meu milho Mondai o meu milho bem Não olhais para o caminho Que a merenda já lá vem Sol Dó Ré

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Loucos de Lisboa (Ala dos Namorados) intro: re9, do9, sol, la re sol Parava no café quando eu lá estava Re la Na voz tinha o talento dos pedintes Re mi Entre um cigarro e outro lá cravava a bica, La sol re Ao melhor dos seus ouvintes As mãos e o olhar da mesma cor Cinzenta como a roupa que trazia Num gesto que podia ser de amor sorria, E ao partir agradecia. Refrão: Re sol São os loucos de Lisboa re Que nos fazem recordar Mi A Terra gira ao contrário La sol re E os rios correm para o mar Um dia numa sala do quarteto Passou um filme lá do hospital Onde o esquecido filmado no gueto entrava Como artista principal Compramos a entrada p'ra sessão Pra ver tal personagem no écran O rosto maltratado era a razão De ele não aparecer pela manhã refrão Mudamos muita vez de calendário Como o café mudou de freguesia Deixamos de tributo a quem lá pára um louco A fazer-lhe companhia. E sempre a mesma posse o mesmo olhar De quem não mede os dias que vagueam Sentado la continua a cravar beijinhos As meninas que passeiam.

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Sonho meu Corou essa lua Que brilha no céu Por ser testemunha De um beijo teu Teus olhos disseram O que a voz escondeu Despertar de um amor que adormeceu Sonho meu Que a alma guardou E a noite escondeu De flores o sabor Momentos de amor Que me deu E ao ver-te é um sonho Que não quero acordar Na ilusão de o teu sim escutar

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Menina estás a janela Sol Menina estás à janela Lá Fá#m Com o teu cabelo à lua Sim Mim Não me vou daqui embora Lá Ré Rém Sem levar uma prenda tua. Sem levar uma prenda tua Sem levar uma prenda dela Com o teu cabelo à lua Menina estás à janela. Os olhos requerem olhos E os corações, corações E os meus requerem os teus Em todas as ocasiões Sol Lá Fá#m Sim Mim Ré Ré7

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Tango do Bandido (Antunia) Se tens a vida destroçada Sem o whisky não és nada Se a tua namorada te trata abaixo de cão Se o dinheiro para os cigarros Conseguiste a arrumar carros Se o clube do teu bairro Vai descer de divisão Se és no mínimo cretino Se falhares é o teu destino Dos otários és o rei Temos solução para os teus anseios Olha o fim Esquece os meios Torna-te um fora da lei Se és ignóbil ao volante Se atropelaste um restaurante Se agora a tua amante te quer em tribunal Porque o sangue do "garçon" Suja o casaco de vison Em que tinhas gasto todo o teu subsídio de natal

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Carraspana Estava uma Noite Linda Mas eu estava à Rasca Tinha a Garganta Seca Precisava de ir à Tasca Lá encontrei o que Queria Numa ruela Afastada Sentei-me lá numa Mesa E pedi uma Rodada Já não sei como Apanhei Semelhante Carraspana Vou continuar a beber Ao quartilho em Viana Estava sentado num Banco A ver o tempo Passar Quando se foi tudo Embora Nem consegui Levantar Estava perdido na Rua A contar as pedras do Chão A cabeça era um Circo Estômago a Revolução Já não sei como Apanhei Semelhante Carraspana Vou continuar a beber Ao quartilho em Viana Até que encontrei a Porta Da minha casa Antiguinha Mas por obra do Demónio Acordei na minha Vizinha Já não sei como Apanhei Semelhante Carraspana Vou continuar a beber Ao quartilho em Viana Bis

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Amores de estudante (Hino academico)

São como as rosas de um dia, Os amores de um estudante Que o vento logo levou. Pétalas emurchecidas Deixam no ar um perfume, De um sonho que se sonhou. Capas negras de estudante, São como asas de andorinha Enquanto dura o Verão. Palpitam sonhos distantes, Alinhados nos beirais No palácio da ilusão. Quero Ficar sempre estudante, P'ra eternizar A ilusão de um instante. E sendo assim, O meu sonho de Amor Será sempre rezado, Baixinho dentro de mim. Os amores de um estudante São frágeis ondas do mar, Que os ventos logo varreram. Pairam na vida um instante Logo descem, depois morrem Mal se sabe se nasceram. Mocidade, Oh! Mocidade, Louca, ingénua e generosa E faminta de ilusão Que nunca sabe os motivos De quanto queira o capricho Ou lhe diga o coração.

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Serenata há meia-noite (Antunia) Eu hei-de ir p’ra cantar Ao juntar os dois ponteiros Doze sons hão-de soar Doze serão os primeiros. Trago uma rosa encarnada Que colhi no meu jardim Um rosa envergonhada Diante beleza assim As palavras que trocamos ao ouvido Morrem lentas no meu coração ferido Da metade que ainda resta do meu peito Dá metade que te dou para ser eleito Meu amor p’ra te encantar Cantarei p’la noite fora Com a benção do luar E a censura da aurora.

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Madalena (Popular Brasileira) Introdução: Solm-Rém-Lá#-Lá-Rém-Ré7 Rém Solm Chorar, como eu chorava Lá Rém Ninguém pode chorar Ré7 Solm Amar, como eu amava Lá Rém Ninguém deve amar Ré7 La, la, la, la, la, la, la, la, la, la Solm Dó Chorava que dava pena Fá Por amor da Madalena Rém Solm Mas ela me abandonou E assim murchou Rém Em meu jardim Lá#- Lá- Rém -Ré7 Essa linda flôr Solm-Rém-Lá#-Lá-Rém-Ré7 La, la, la, la Solm Dó E Madalena foi Fá Como um anjo salvador Lá Rém-Ré7 Que eu adorava com fé Solm Dó Um barco sem timão Fá Perdido em alto mar Lá Rém-Ré7 Sou, Madalena, sem ti, amor! Solm-Rém-Lá#-Lá-Rém-Ré7 La, la, la, la

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Yo sin ti (Tuna de Segreles) Cada vez, que estoy a solas Triste estoy y me doy cuenta Que sin ti, no hay ilusión de amor Veo el mar, de imensas holas Veo un sin fin, lleno de estrellas Que sin ti, pierden su intensidad (oh, oh, oh, oh) Faltas tu, a cada instante, en la luz del sol brillante Yo sin ti, no volveré a sonrir, como antes Por favor (Vén a mi) Vén que te estraño (Vén por favor) Vén a mi, toma mis manos (No) No me dejes tu, morir de amor (Morir de amor) Cada vez, que estoy a solas Triste estoy y me doy cuenta Que sin ti, no hay ilusión de amor Veo el mar, de imensas holas Veo un sin fin, lleno de estrellas Que sin ti, pierden su intensidad (oh, oh, oh, oh) Faltas tu, a cada instante, en la luz del sol brillante Yo sin ti, no volveré a sonrir, como antes

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Vira Do Vinho Do sol Quem quiser que eu cante bem do Dê-me uma pinga de vinho Fa do Que o vinho é coisa boa Fa sol Faz o cantar delgadinho Fa do Que o vinho é coisa boa Sol do Faz o cantar delgadinho Fá Refrão: Olh’ó verdinho Dó Ó Sr. Manel sol Encha o copinho do Do seu tonel Quem quiser que eu cante bem Dê-me vinho ou dinheiro ( Bis ) Que esta minha gargantinha Não é fole de ferreiro ( Bis ) Olh’ó verdinho Ó Sr. Manel Encha o copinho Do seu tonel Para cantar dói-me um dente Para dançar uma perna (Bis) Pra beber copos de vinho Valha-me a santa taberna (Bis)

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Amélia dos Olhos Doces Amélia dos olhos doces Quem é que te trouxe grávida de esperança Um gosto de flôr na boca Na pele e na roupa perfumes de França Cabelos côr de viu va Cabelos de chuva, sapato de tiras e pões Quantas vezes não queres e não amas Os homens que dormem Os homens que dormem contigo na cama Amélia dos olhos doces Quem dera que fosses apenas mulher Amélia dos olhos doces Se ao menos tivesses direito a viver Cabelos côr de viu va Cabelos de chuva, sapato de tiras e pões Quantas vezes não queres e não amas Os homens que dormem Os homens que dormem contigo na cama Amélia gaivota, amante, Poeta, rosa de café Amélia gaiata, do bairro da lata Do cais do sodré Tens um nome de navio Teu corpo é um rio Onde a sede corre Olhos doces, quem diria Que o amor nascia onde a manhã morre Cabelos côr de viu va Cabelos de chuva, sapato de tiras e pões Quantas vezes não queres e não amas Os homens que dormem Os homens que dormem contigo na cama Amélia gaivota, amante, Poeta, rosa de café Amélia gaiata, do bairro da lapa Do cais do sodré

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Que amor não me engana

Rém Dó Rém Que amor não me engana Rém Dó Rém com sua brandura Solm Lám se da antiga chama Rém Dó Rém mal vive a amargura Duma chama negra duma pedra fria que amor não se entrega na noite vazia? Refrão: Rém Dó Sol E as vozes embarcam Rém Dó Sol num silêncio aflito Solm Lám quanto mais se apartam Rém Dó Rém mais se ouve o seu grito Muito à flôr das águas noite marinheira vem devagarinho para a minha beira Em novas coutadas junto de uma hera nascem flores vermelhas pela Primavera Assim tu souberas irmã cotovia dizer-me se esperas pelo nascer do dia

Refrão

Rém Dó Solm Lám Sol

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Versos de amor Às onze e meia, saiu prá rua Com o seu fato domingueiro Dormindo aldeia, brilhando a lua Num céu de estrelas conselheiro Coração quente, timidamente E à sua porta então chamou E abriu-se a janela E só pra ela triste cantou Versos de amor Lindos esses versos de amor Que fizera em segredo a sonhar quase a medo vivendo essa dor A sua vida por uns versos de amor Lindos esses versos de amor A mais terna amargura o silencio murmura uma historia de amor A noite imensa foi mais rainha quando uma lágrima caiu Na recompensa de o amor que tinha ela também corou sorriu Foi tão bonito tinham lhe dito que amar às vezes faz doer mas a dor que sentia não lhe doía dava prazer Versos de amor Lindos esses versos de amor Que fizera em segredo a sonhar quase a medo vivendo essa dor A sua vida por uns versos de amor Lindos esses versos de amor A mais terna amargura o silencio murmura uma historia de amor

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Encontro Às Dez Às dez, como te pedi, esperarei por ti, tu não faltarás Virás, e depois talvez pela primeira vez, tu me beijarás. Às dez, espero por ti, quando a luz do luar nos espreitar de rua em rua, Às dez, tu, eu e a lua, tu o amor e eu.

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Sardinhada à Portuguesa Estava a assar sardinhas com o lume a arder Queimei a pilinha sem ninguém saber Se fosse outra coisa eu não me importava Mas era a pilinha que eu tanto estimava Quando eu era pequeninho Minha mãe disse vai vai Vai depressa assar sardinhas Para o jantar do teu pai Bis Refrão Menina da saia curta Andas aí a dançar Eu não quero a pilinha Para contigo casar Bis Refrão Passei-lhe a mão pelas pernas Para as comparar com as minhas Ela disse ó sequined Vai mas é assar sardinhas Bis Refrão Oh filha não digas isso Entala lá a sardinha Se queres ver um sequined Olha pra minha pilinha Bis Refrão São Gonçalo de Amarante Tu pra mim foste um ladrão Das três pernas que me destes só duas chegam ao chão Bis Refrão Tia Maria mamuda Ai foi comprar duas camas Uma pra se deitar nela Outra pra deitar as mamas Bis Refrão As muidas lá do meu bairro Puseram uma tabuleta Quem tem dinheiro é que fode Quem não tem toca à punheta Bis Refrão As miúdas lá do meu bairro Já não vão lá pra piscina Porque dizem que lá anda Uma pissa submarina Bis Refrão

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Queda do Império Perguntei ao Vento Onde foi Encontrar Mago sopro Encanto Nau da Vela em Cruz Foi nas Ondas do Mar Do Mundo Inteiro Terras de Perdição Parco Império mil Almas Por pau de canela e Marzagão Pátria de Negreiros Tira e foge à Morte Que a sorte é de Quem A terra Amou E no peito Guardou Cheiro a mata Eterna Laranja Luanda sempre em Flor Refrão

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Capas Negras (Música - Armindo Maia / Letra - Fausto Feio) Capas Negras são o simbolo do amor Gosto delas porque exprimem minha dor Velhas, ainda têm a mesma côr Negras, elas guardam meu amor. Velhas, ainda têm a mesma côr Negras, elas guardam meu amor. Refrão As nossas capas, são negras como andorinhas São negras, negras mas tão rotas e velhinhas Soltas ao vento, as nossas capas pretinhas Voando leves, mais leves do que andorinhas. Sombras negras numa noite de luar Escondem peitos, corações a palpitar Elas, soltas ao vento a voar Capas nunca mais hão de acabar.

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À Meia Noite ao Luar (Estudantina de Coimbra) Á meia-noite ao luar Vai pelas ruas a cantar Um boémio sonhador. E a recatada donzela De mansinho abre a janela À doce canção de amor. Ai como é belo à luz da lua Ouvir-se um fado em plena rua E o cantador apaixonado Trinando as cordas a cantar o fado. Dão as doze badaladas E ao ouvir as guitarradas Surge o luar que é de prata. E a recatada donzela De mansinho abre a janela Vem ouvir a serenata. Refrão

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Fado do Super Zé Ré Lá É d’um rapaz a história que eu vou contar Ré Fez directa p’ra estudar nas vésperas de um exame Lá Não acordou e o atraso foi brutal Ré Chegou tarde, o que é normal por muito que a mãe reclame Fá# sim Isto são horas perguntou-lhe o doutor Lá Ré Conhecido p’lo rigor e pelo seu tom altivo Sol Ré Com toda a calma respondeu que estava escrito. Lá Ré Einstein tinha dito que o tempo é relativo. (bis) Refrão: Lá Ré Toma cuidado Zé, não te atrapalhes Lá Ré Tens um passado histórico a honrar Sol Ré Todos sabemos que esta vida está agreste Lá Ré Mas o Português é mestre na arte de desenrascar (bis) Fá#, sim, Lá, Ré, Sol, Ré, Lá, Ré, Sol, Ré, Lá, Ré Ohh, ohh... Mas nesse dia estava em maré de azar Aconteceu a desgraça O assistente já se tinha apercebido E perguntou-lhe ofendido Afinal o que se passa Quis saber logo p’ra que era o papelinho Muito bem enroladinho Do tamanho de um cigarro E o nosso Zé com toda a calma deste mundo Respondeu com ar profundo “Ó doutor é só um charro!” Refrão Mas o doutor não quis comer aquela história E disse-lhe com ar de glória tem o exame anulado E José lixado com isto tudo Deu por mal empregue o estudo E foi p’ra casa chateado O pai ao vê-lo assim tão entristecido Quis saber o sucedido Com uma cara muito má

Ele engasgou-se, mas com todo o seu carisma Respondeu-he com um sofisma Mas que lindo dia está Refrão Mas nesse dia tudo estava p’lo pior Um azar num vem só E a tragédia aconteceu Tinha marcado um rendez-vous com a namorada Mas com a cabeça marada Até isso ele esqueceu Ela ligou-lhe e deu-lhe um belo d’um sermão E quis saber a razão P’ró que estava a acontecer Ele não gostou e perdeu as estribeiras Respondeu sem maneiras Porque é que não vais comer Comer aonde? No restaurante, na cantina, ou na messe Come aonde te apetece Que eu tenho mais do que fazer

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