transformacao de fases

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Transformação de Fases

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Apresentacao sobre transformacao de fases

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Page 1: Transformacao de Fases

Transformação de Fases

Page 2: Transformacao de Fases

Transformação de fase é a alteração no números de fases e/ou na natureza da fase que envolve

alguma alteração na microestrutura

Page 3: Transformacao de Fases

Tipos de transformações de fases

Aquelas que dependem de difusão, onde não há alteração no número nem na composição das fases presentes. (Solidificação, transformações alotrópicas, recristalização e crescimento de grão)

Aquelas que dependem de difusão, envolvendo, entretanto, alguma alteração na composição das fases e, freqüentemente, no número de fases também. (Reações eutetóide, eutética e peritética)

Aquelas que não dependem da ocorrência de difusão, resultando numa fase metaestável. (Transformação martensítica)

Page 4: Transformacao de Fases

Do ponto de vista microestrutural, o primeiro processo a acompanhar uma transformação

de fases é a nucleação, que consiste na formação de embriões, seguidos de núcleos

da nova fase, que podem agregar mais volume e área superficial (crescimento)

Page 5: Transformacao de Fases

Para transformações em estado sólido que exibem o comportamento cinético, a fração da transformação é uma

função do tempo:

)exp(1 nkty

Onde:

k e n são constantes independentes do tempo.

Equação de Avrami

Page 6: Transformacao de Fases

Por convenção, a taxa de deformação, r, é tomada como sendo o inverso do tempo necessário para que a transformação

prossiga até a metade da sua conclusão (t0,5)

5,0

1

tr

Page 7: Transformacao de Fases

A temperatura é uma das variáveis que está sujeita a controle e ela pode ter uma influência profunda sobre a cinética e, portanto, sobre a taxa de

transformação

Cobre puro

RTQAer /

Onde:

R= a constante dos gases;

T= temperatura absoluta;

A= constante independente da temperatura;

Q= energia de ativação específica para a reação em questão.

Page 8: Transformacao de Fases

Transformações Multifásicas

As transformações de fases podem ser forjadas em sistemas de ligas metálicas pela variação da

temperatura, da composição e da pressão externa; entretanto, as alterações de temperatura através de tratamentos térmicos são mais convenientemente utilizadas para induzir as transformações de fases.

Page 9: Transformacao de Fases

Uma limitação dos diagramas de fase consiste na sua incapacidade de indicar o tempo que é necessário para

que o equilíbrio seja atingido. Nenhuma informação sobre as taxas de transformação de fases é dada no

diagrama de fases.

A taxa de aproximação do equilíbrio para sistemas sólidos é tão lenta, que ele quase nunca é atingido.

Page 10: Transformacao de Fases

Para mudanças de fases que ocorrem durante o resfriamento em condições de equilíbrio, as

transformações são deslocadas para temperaturas mais baixas do que aquelas indicadas pelo diagrama de

fases.Para mudanças de fases que ocorrem durante o

aquecimento, as transformações são deslocadas para temperaturas mais elevadas.

Esses fenômenos são chamados de super-resfriamento e sobreaquecimento, respectivamente.

Page 11: Transformacao de Fases

Transformações isotérmicas

Transformação de austenita em perlita de uma liga ferro-carbono de composição eutetóide.

Os dados da curva foram coletados para uma amostra composta inicialmente de 100% de austenita e resfriada até a temperatura indicada no gráfico, na qual se processou a transformação.

Na Temperatura Eutetóide:

γ(0,76%p C) → α(0,022%p C) + Fe3C (6,70%p C)

Page 12: Transformacao de Fases

Essa é a maneira mais conveniente de

representar transformações de

fases difusionais, i.e, dependentes do

tempo e da temperatura.

Diagrama de Transformação Isotérmica

Page 13: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide, mostrando a superposição da curva para

um tratamento térmico isotérmico (ABCD)

A transformação da austenita

em perlita começa no ponto C e termina no ponto D.

Page 14: Transformacao de Fases

A perlita grosseira é formada por lamelas espessas de ferrita e

cementita.

A perlita fina é formada por

lamelas finas, que nucleiam-se

progressivamente com a diminuição da temperatura e

como conseqüência da

diminuição na taxa de difusão.

Page 15: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono com 1.13%p C.

Onde:

A= austenita;

C= cementita;

P= perlita.

Page 16: Transformacao de Fases

Bainita

A bainita é o produto de uma transformação autenítica em alguns aços e ferros fundidos . Ela se forma em

temperaturas entre aquelas nas quais ocorrem as transformações perlíticas (mais elevadas) e

martensíticas (mais baixas). A microestrutura consiste em uma fina dispersão de cementita na ferrita-α.

Page 17: Transformacao de Fases
Page 18: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide, incluindo as transformações da austenita

em perlita e da austenita em bainita.

Page 19: Transformacao de Fases

Cementita globulizada

A cementita globulizada é uma microestrutura que se forma a partir de uma liga de aço que possui

microestrutura perlítica ou bainítica e que tenha sido aquecida a uma temperatura abaixo da eutetóide

durante um período suficientemente longo.

Page 20: Transformacao de Fases

1000x

Fotomicrografia de um aço que possui uma microestrutura de cementita globulizada. As partículas pequenas são de cementita e

a fase contínua consiste em ferrita α.

Page 21: Transformacao de Fases

Martensita

A martensita pode estar presente em ligas ferrosas ou não, induzida por resfriamento rápido e/ou por deformação através do cisalhamento da rede cristalina ao longo de planos e direções cristalográficas específicas.

Em aços austenitizados, a martensita é formada através de

resfriamento rápido (têmpera) até uma temperatura inferior à Mi (temperatura de início de transformação martensítica) ou por deformação abaixo da temperatura Md (temperatura de início de transformação martensítica por deformação).

A martensita, que é resultante de uma transformação adifusional da austenita, não é uma fase de equilíbrio.

Qualquer difusão que venha porventura ocorrer em tratamentos posteriores à transformação martensítica, resultará na formação das fases ferrita e cementita.

Page 22: Transformacao de Fases

Na transformação martensítica existe apenas um pequeno deslocamento de cada átomo em relação ao seu vizinho.

A austenita do aço comum ao carbono e alguns outros, CFC, quando temperada, sofre uma transformação polimórfica em martensita

tetragonal de corpo centrado (TCC)

Page 23: Transformacao de Fases

Para ligas que contêm menos do que cerca de 0,6%p C

A transformação martensítica também é conhecida como transformação atérmica

Page 24: Transformacao de Fases

Para todos os fins práticos a

transformação martensítica é

independente do tempo.

Para aços comuns ao carbono que contêm concentrações de carbono superiores a

aproximadamente 0,6%p C

Page 25: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação

isotérmica completo para uma liga ferro-

carbono com composição

eutetóide, onde:

A= austenita;

B= bainita;

M= martensita;

P= perlita.

Page 26: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação isotérmica para um aço-liga, onde:

A= austenita;

B=bainita;

M=martensita;

F= ferrita proeutetóide.

Page 27: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação por resfriamento contínuo

Page 28: Transformacao de Fases

Curvas de resfriamento

moderadamente rápido e de

resfriamento lento sobrepostas a um

diagrama de transformação

por resfriamento contínuo para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide.

Page 29: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação por

resfriamento contínuo para uma liga ferro-

carbono com composição eutetóide e a

superposição das curvas de resfriamento, demonstrando a dependência da

microestrutura final em relação às

transformações que ocorrem durante o

resfriamento.

Page 30: Transformacao de Fases

Diagrama de transformação por

resfriamento contínuo para um aço-liga (AISI 4340) e a superposição

de várias curvas de resfriamento,

demonstrando a dependência da

microestrutura final dessa liga em relação às

transformações que ocorrem durante o

resfriamento.

Austenita → Maretensita

Page 31: Transformacao de Fases

Comportamento Mecânico de Ligas Ferro-Carbono

Page 32: Transformacao de Fases

Perlita

Page 33: Transformacao de Fases

Cementita globulizada

Page 34: Transformacao de Fases

Bainita

Page 35: Transformacao de Fases

Martensita

Page 36: Transformacao de Fases

Martensita revenida

A martensita temperada é muito dura e muito frágil. Assim, para aumentar a ductilidade e a tenacidade da

martensita e aliviar as tensões é utilizado o tratamento térmico de revenimento, que dá nome à nova martensita

formada: martensita revenida.

Page 37: Transformacao de Fases

Martensita → Martensita revenida (TCC, monofásica) (fases α + Fe3C)

A martensita revenida pode

guardar porcentagem importante da

dureza da martensita como

temperada, porém, tem ductilidade e tenacidade

substancialmente aprimoradas

Fe3C

Ferrita α

Page 38: Transformacao de Fases

Os limites de resistência à tração e de escoamento e

a ductilidade (%RA) em função da temperatura de revenimento para um aço-liga (AISI 4340) temperado

em óleo.

Page 39: Transformacao de Fases

A dureza em função do tempo de revenimento para um aço comum ao carbono (AISI 1080)

com composição eutetóide, que foi temperado em água.

Page 40: Transformacao de Fases

Fragilização por revenimento

A fragilização de algumas ligas de aço ocorre quando elementos específicos de liga (Mn,Ni,Cr) e impurezas

(Sb, P, As e Sn) estão presentes e mediante o revenido dentro de uma faixa de temperatura definida (375-

575°C), ou acima de 575°C, seguido de resfriamento lento.

Page 41: Transformacao de Fases

Perlita( + Fe3C) +

fase próeutetóide

Bainita( + Fe3C)

Martensita(fase tetragonal)

Martensita Revenida( + Fe3C)

Austenita

Ferrita ou cementita

Resfriamento lento

Resfriamento moderado

Resfriamento rápido (têmpera)

Reaquecimento