toxicologia ocupacional - ufrgs - ucpel 2011

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TOXICOLOGIA OCUPACIONALCelso Felipe DexheimerToxicologista e Higienista Ocupacional Certificado HOC 0028/ABHO

Fone: (51) 3219-4000 [email protected]

Toxicologia OcupacionalI. Introduo- Toxicologia Ocupacional (ou Industrial) - Toxicologia Ambiental - Agente Qumico ou Toxicante - Xenobitico - Riscos Ocupacionais: Qumicos Fsicos Biolgicos Ergonmicos

- Interao: Trabalhador x Ambiente x Agente Qumico - Controle Preventivo:

Admissional Exames Peridico Demissional

II. Agentes Qumicos1. Estado Fsico a) Lquido: volatilidade densidade b) Slido: granulometria densidade c) Gasoso: solubilidade densidade

2. Formas de Apresentao Substncias Isoladas Formulaes Qumicas

3. Condies de Trabalho Fixos Volteis Arrastes Fumos

III. Vias de PenetraoAgente Qumico: Estado Fsico Polaridade Volatilidade Sublimao Viscosidade Densidade

RespiratriaAerosol, gs, vapores e fumos Fatores: Solubilidade em gua Granulometria Volatilidade Densidade Ar Inalado: Repouso 5 - 6 L/min Esforo 15 - 30 L/min Absoro: Agente Qumico

Pulmes

Corao

Capilares

Envenenamento Rpido e Perigoso

Cutnea - Pele - Estado Fsico do Agente Qumico Fatores: Solubilidade em gua e lipdios Tamanho da molcula pH da pele Comportamentos: Contato Pele-Txico a) Pele como barreira de proteo b) Reao com a superfcie irritao primaria c) Penetra e combina-se sensibilizao d) Penetra Corrente Ao Geral Organoclorados e Organofosforados

Digestiva - Boca - Estado Fsico do Agente Qumico Agente: Solubilidade no pH cido Veculo Estabilidade / Medicamento Estmago: Velocidade do Esvaziamento pH: Reao / Destruio Alimentos presentes Absoro: Estmago Fgado Ble Intestino

IV. Ao dos Agentes Qumicos1. Ao Local cidos lcalis Oxidantes Desengraxantes

cidos:

- Sulfrico

- Clordrico

- Ntrico

lcalis:

- Hidrxido de Sdio (Soda custica)

- Carbonato de Sdio (Soda Barrilha)

- Hipoclorito de Sdio (gua sanitria)

Oxidantes: - Hipoclorito de Sdio (gua sanitria)- Perxido de Hidrognio

Desengraxantes:- Alcalinos: - Silicatos - Soda - Hidrocarbonetos: - Querosene - Thinner - Aguarrz - Hidrocarbonetos Policlorados: - Percloroetileno - Tricloroetileno

2. Ao SistmicaFase de Exposio - via de introduo - durao da exposio - intensidade - susceptibilidade individual Fase de Toxicocintica - absoro - distribuio - armazenamento - biotransformao

Fase de Toxicodinmica - interao toxicante - stios de ao Fase de Clnica - sinais e sintomas - alteraes patolgicas

V. Biotransformao Importncia Enzimas inespecficas Principais Reaes: - Oxidao - Reduo - Conjugao - Hidrlise

Comportamento dos Agentes Qumicos(1) No Lipossolvel Polares e ionizveis. Dificuldade de atravessamento de membranas orgnicas Fcil excreo renal (2) Lipossolvel Apolares / pouco polares Fcil atravessamento de membranas Filtrao glomerular seguido de reabsoro tubular e permanncia no organismo Biotransformao Produtos polares excrees renal, biliar, ar expirado. Toxicidade do metablito

Excreo1. Urina Toxicante e/ou xenobitico hidrossolvel Mecanismos: - Filtrao glomerular - Reabsoro tubular - Secreo tubular pH urinrio

2. Fezes Absoro pelo trato digestivo e atividades sobre rgos-alvo Parte no absorvida excretada pelas fezes Encontrados toxicante, xenobitico, e/ou produto de biotransformao Difuso passiva: sangue intestino

3. Pulmes Substncias gasosas e volteis Excreo de gases inversamente proporcional solubilizao: - Baixa no sangue: rpida excreo - Alta no sangue: lenta excreo Ventilao

VI. Monitoramento Biolgico1. Conceito: (CCE/NIOSH/OSHA) comit misto de 1980 O monitoramento biolgico a medida e avaliao de agentes qumicos e/ou de seus produtos de biotransformao em tecidos, secrees, ar exalado ou alguma combinao destes, para estimar a exposio ou riscos sade quando comparado a uma referncia apropriada.

2. Objetivos: Prevenir a exposio excessiva a agentes qumicos nocivos Completar a avaliao ambiental e fornecer dados para o desenvolvimento dos limites de tolerncia Verificar e comparar as caractersticas de exposio e individuais de cada trabalhador Contribuir na elaborao de medidas preventivas

3. Limitaes:- Ausncia de indicadores biolgicos para certos agentes qumicos - Fatores interferentes na biodisponibilidade ao agente qumico - O dado biolgico o somatrio da absoro de todas as vias: respiratria, cutnea e digestiva - Variveis individuais

4. Fatores Pessoais: Tabaco pode veicular agentes qumicos, como: Pb, Cd, CO, CN Bebidas Alcolicas podem alterar a absoro, distribuio e principalmente a biotransformao de toxicantes Dieta pode ser responsvel pelo aumento de alguns indicadores biolgicos

5. Fatores Fisiolgicos: Idade: idosos eliminam maior quantidade de Cdmio e Fluoretos na urina Sexo: no existem estudos completos quanto s diferenas Obesidade: afeta na distribuio de toxicantes lipossolveis (maior reteno e menor eliminao no ar exalado) Alimentao: a alimentao rica em lipdios pode alterar a distribuio de agentes lipoflicos Individuais: anemia, leucopenia, hipertenso, funcionamentos heptico e renal

Indicadores Biolgicos de Exposio (IBE)Conceito: Compreende todo e qualquer xenobitico ou seu produto de biotransformao, assim como qualquer alterao bioqumica precoce cuja determinao nos fluidos biolgicos, tecidos, ou ar exalado avalie a intensidade de exposio ao agente qumico contaminante ambiental.

Dividem-se em dois grupos: A) Indicadores de dose interna (absoro) Refletem a dose real da substncia ou o produto da biotransformao no material biolgico, correlacionado com o grau de exposio Exemplo: cido Hiprico, Chumbo, Acetona

B) Indicadores de Efeito Revelam alteraes orgnicas resultantes da ao do agente qumico. Exemplo: Carboxihemoglobina; ALA-U

Tais indicadores permitem avaliar diretamente o risco sade e prevenir a manifestao dos efeitos nocivos.

N R - 7 - QUADRO I (Portaria n. 24, de 29.12.94)Parmetros para Controle Biolgico da Exposio Ocupacional a Alguns Agentes QumicosAgente Qumico Anilina Arsnico Cdmio Chumbo Inorgnico Chumbo Tetraetila Cromo HexavalenteDiclorometano

Indicador BiolgicoMaterial Biolgico Urina Sangue Urina Urina Sangue Urina Sangue Urina Urina Sangue Urina

Anlisep-aminofenol e/ou Metahemoglobina Arsnico Cdmio Chumbo e cido Delta Amno Levulnico ou Zincoprotoporfirina Chumbo

Valor Referencial---at 2% at10 g/g creat. at 2 g/g creat. at 40 g/dL at 4,5 mg/g creat. at 40 g/dL at 50 g/g creat.

ndice Biolgico Mximo Permitido50 mg/g creat. 5% 50 g/g creat. 5 g/g creat. 60 g/dL 10 mg/g creat. 100 g/dL 100 g/g creat.

Mtodo AnalticoCG E E ou EAA EAA EAA E HF EAA

AmostragemFJ FJ 0-1 FS+T-6 NCT-6 NC T-1 NC T-1 NC T-1 FJ 0-1

InterpretaoEE SC+ EE SC SC SC SC EE

Cromo

at 5g/g creat. at 1% Fuman. ---No

30 g/g creat. 3,5% No Fuman. 40 mg/g creat.

EAA

FS

EE

Carboxihemoglobina

E CG ou CLAD

FJ 0-1 FJ

SC+ EE

Dimetilforma mida

N-metilformamida

Indicador Biolgico Agente Qumico Dissulfeto de Carbono Esteres Organofosforados e Carbamatos Estireno Etil-benzeno Fenol Fluor e Fluoretos Mercrio inorgnico Metanol Metil-etilcetona (MEK)Material Biolgico Urina

AnliseAc. 2-TioTiazolidina

Valor Referencial----

ndice Biolgico Mximo Permitido5 mg/g creat. 50% de depresso da atividade inicial

Mtodo AnalticoCG ou CLAD ----------

AmostragemFJ

InterpretaoEE SC SC SC

Sangue

Colinesterase Plasmtica ou Acetil colinesterase Eritrocitria ou Colinesterase Eritrocitaria e plasmtica (sangue total) cido Mandlico e/ou cido Fenilglioxlico cido Mandlico Fenol

-

Determinar a atividade pr-ocupacional

NC NC NC FJ FJ FS FJ 0-1

30% de depresso da atividade inicial 25% de depresso da atividade inicial 0,8 g/g creat.

Urina Urina Urina Urina Urina

----

CG ou CLAD CG ou CLAD

EE EE EE EE

240 mg/g creat. 1,5 g/g creat. 250 mg/g creat. 3 mg/g creat. no incio da jornada e 10 mg/g creat. no final da jornada 35 g/g creat. 15 mg/L

---20 mg/g creat.

CG ou CLAD

CG ou CLAD

Fluoreto

at 0,5 mg/g creat.

IS

PP+

EE

Urina Urina Urina

Mercrio

at 5 g/g creat. at 5 mg/L

EAA CG

PUT-12 FJ 0-1

EE EE

Metanol

Metil-etil-cetona

----

2 mg/L

CG

FJ

EE

Agente Qumico Monxido de Carbono N-hexano NitrobenzenoPentaclorofenol

Indicador BiolgicoMaterial Biolgico Sangue Urina Sangue Urina Urina Urina Urina Urina Urina

AnliseCarboxihemoglobina

Valor Referencialat 1% No Fuman. ---at 2% ------at 1,5 g/g creat. -------

ndice Biolgico Mximo Permitido3,5% No Fuman. 5 mg/g creat. 5% 2 mg/g creat. 3,5 mg/L 2,5 g/g creat. 40 mg/g creat. 300 mg/g creat.

Mtodo Analtic oE CG ECG ou CLAD

AmostragemFJ 0-1 FJ FJ 0-1 FS+ FS+ FJ 0-1 FS FS

InterpretaoSC+ EE SC+ EE EE EE EE EE EE

2,5 hexanodiona Metahemoglobina Pentaclorofenol cido Tricloroactico cido Hiprico Triclorocompostos Totais Triclorocompostos Totais cido Metil Hiprico

Tetracloroetil eno Tolueno Tricloroetano Tricloroetileno Xileno

ECG ou CLAD

E E

----

1,5 g/g creat.

CG ou CLAD

FJ

CONDIES DE AMOSTRAGEM:FJ FS FS+ PP+ PU NC Final de Jornada de Trabalho (recomenda-se evitar a primeira jornada da semana) Final do ltimo dia de jornada da semana Incio da ltima jornada da semana Pr e Ps a 4 jornada de trabalho da semana Primeira urina da manh Momento de amostragem "no crtico": pode ser feita em qualquer dia e horrio, desde que o trabalhador esteja em trabalho contnuo nas ltimas 4 semanas sem afastamento maior que 4 dias Recomenda-se iniciar a monitorizao aps 1 ms de exposio Recomenda-se iniciar a monitorizao aps 6 meses de exposio Recomenda-se iniciar a monitorizao aps 12 meses de exposio Pode -se fazer a diferena entre Pr e Ps-Jornada

T-1 T-6 T-12 O-1

INTERPRETAO:O indicador biolgico capaz de indicar uma exposio ambiental acima do Limite de Tolerncia, mas no possui, isoladamente, significado clnico ou toxicolgico prprio, ou seja, no indica doena, nem est associada a um efeito ou uma disfuno de qualquer sistema biolgico. Alm de mostrar uma exposio excessiva, o Indicador Biolgico tem tambm significado clnico ou toxicolgico prprio, ou seja, pode indicar doena, estar associado a um efeito ou uma disfuno do sistema biolgico avaliado. O Indicador Biolgico possui significado clnico ou Toxicolgico prprio, mas, na prtica, devido sua meia-vida biolgica, deve ser considerado como EE.

EE

SC

SC+

METODO ANALTICO RECOMENDADO:E EAA CG CLAD IS HF Espectrofotometria Ultravioleta/Visvel Espectrofotometria de Absoro Atmica Cromatografia em Fase Gasosa Cromatografia Lquida de Alto Desempenho Eletrodo on Seletivo Hematofluormetro

RECOMENDAO: Recomenda-se executar a monitorizao biolgica no coletivo, ou seja, monitorizando os resultados de grupos de trabalhadores expostos a riscos quantitativos semelhantes.

VII. INDICADORES BIOLGICOS DE EXPOSIO A AGENTES QUMICOS:

SOLVENTES

BENZENO1. Caractersticas Geraisy Imiscvel em gua y Densidade a 15 C: 0,87 g/mL y Ponto de ebulio: 80,1 C

2. Usos 3. Exposio OcupacionalBENZENO

CIDO MERCAPTRICO

BENZENO EPXIDO

FENOL

HIDROQUINONA e CATECOL

CIDO FENILMERCAPTRICO

CIDO MUCNICO

Exposies ocupacionais ao benzeno produzem excrees urinrias mdias dos metablitos: % fenol .............................................. hidroquinona e catecol .................. cido mucnico ............................. cido fenilmercaptrico ................ benzeno no transformado ............ 25 4 2 1,5 < 0,3

4. Risco Toxicolgico Hematotxico. Irritante da pele e mucosas4.1 Intoxicaes Agudas Nveis baixos: embriaguez, cefalia, tonturas e tremores Nveis mais elevados: nuseas, vmitos, viso turva, sonolncia, inconscincia, convulso, arritmia cardaca, falha respiratria e morte Sintomas agudos sistmicos: edema pulmonar e hemorragias locais

4.2.

Intoxicaes Crnicas

Sintomas iniciais: fadiga, palidez, cefalia, perda do apetite, irritabilidade.

Evoluo da hematotoxicidade: trombocitopenia, com hemorragias diversas (epistaxes, menorragia, hemorragia gengival), leucopenia e anemia

5. Biomarcador: CIDO trans, trans-MUCNICO (ttMA) - cido mucnico: mais sensvel e especfico - Correlao com benzeno ambiental a baixas concentraes: 1 a 3 ppm - Valor de Referncia Tecnolgico (VRT)/Benzeno ambiental: 1 ppm - Excreo urinria: entre 6 e 18 h/total em 24 h - Amostra urinria: final de jornada/aps o 3 dia

A NR-7 exige tb. o Exame Hemograma completo e Plaquetas no Admissional e Semestral

6. Limites de Exposio6.1. Ambiental - NR-15-Anexo 13 A: VRT 1,0 ppm - Siderrgicas: VRT 2,5 ppm - ACGIH2010: TWA= 0,5 ppm; A1; pele STEL= 2,5 ppm A1: Carcinognico Humano Confirmado >> Leucemia 6.2. Biolgico - VR: at 0,5 mg/g creatinina - IBMP: 0,5 mg/g creatinina - Portaria n 34 (dez.2001) Min. Trabalho e Emprego

TOLUENO1. Caractersticas GeraisLquido, imiscvel em gua Densidade a 20 C: 0,86 Ponto de ebulio 110 - 111 C

2. Usos 3. Mecanismo de Ao3.1. Absoro: Inalao 40-60%Cutnea: Contato Direto

3.2. MetabolismoTOLUENO CIDO BENZICO CIDO HIPRICO 60 80% AR EXPIRADO 20% SEM TRASFORMAO URINA < 0,1%

3.3. Eliminao: Urina: Completa em 24 h Ar Expirado 4. Risco Toxicolgico- Tempo e intensidade de exposio - Propriedades narcticas e neurotxicas - Reduo da capacidade auditiva - Sincronismo: pensamento/fala - Comprometimento da viso - Risco de interferncia na gravidez - No hematotxico

4. Risco Toxicolgico- Sintomatologia: Cefalia Nusea Falta de coordenao Perda de memria Confuso mental

5. Limites de Exposio5.1. Limites AmbientaisNR-15 (anexo 11): Limite de Tolerncia = 78 ppm (absoro tambm pela pele) ACGIH-2010: TWA = 20 ppm, A4; pele A4 = No classificvel como carcinognico humano

5.2. Controle Biolgico - Dosagem de cido hiprico em urina coletada no final da jornada de trabalho a partir de quarta-feira - Valor fixado pela NR-7 (dez/94): Valores Referenciais: at 1,50 g/g creatinina ndice Biolgico Mximo Permitido (IBMP): 2,50 g/g creatinina- Suspeita de cido Hiprico endgeno elevado: colher duas amostras urinrias no mesmo dia, para diferenciar entre a pr e ps-jornada

- ACGIH 2011: ((NOVO INDICADOR) o-Cresol na urina: final de jornada BEI: 0,3 mg/g creat. (Novo limite) Tolueno na urina: final de jornada BEI: 0,02 mg/L Tolueno no sangue: coletar antes da ltima jornada da semana BEI: 0,02 mg/L

XILENO (Xilol)1. Caractersticas Gerais Lquido, imiscvel em gua Densidade a 20 C: 0,86 Ponto de ebulio entre 137 e 140 C Menos voltil que o tolueno Comercialmente: mistura de 3 ismeros, predomnio do meta

2. Usos Componente de tintas, vernizes, thiners, limpadoras, desengraxantes, resinas e parafinas Matria-prima de sntese

solues

3. Exposio Ocupacional Xileno

Ar exalado (5%)

cido Metilbenzico

cido Metilhiprico (95%)

4. Riscos ToxicolgicosSintomas:(a) Locais: Irritao da pele podendo ocorrer fissuras e dermatites, dos olhos e das mucosas das vias respiratrias (b) Exposio crnica: cefalia, anorexia, estado de fadiga, nuseas, vmitos, confuso mental, irritao nervosa, podendo aparecer quadro de anemia moderada (c) Exposio aguda: efeito narctico, podendo produzir dispnia, perda dos sentidos, coma, parada respiratria e morte

5. Limites de Exposio5.1. Limites AmbientaisNR-15 (anexo 11): Limite de Tolerncia = 78 ppm, 340 mg/m3 (absoro tambm pela pele) ACGIH-2010: TWA = 100 ppm, A4 STEL = 150 ppm, A4 A4 = No classificvel como carcinognico humano

5.2. Controle Biolgico - Dosagem de cido metilhiprico em urina coletada no final da jornada de trabalho a partir de quarta-feira - Valor fixado pela NR-7 (dez/94): ndice Biolgico Mximo Permitido (IBMP): 1,5 g/g creatinina

HEXANO1. Caractersticas Geraisy Lquido, imiscvel em gua y Densidade a 20 C: 0,66 y Ponto de ebulio: 69 C

2. Usos 3. Exposio Ocupacionaly Volatilidade acentuada y Via de penetrao: respiratria (e cutnea) y Biotransformao heptica: 5 produtos y IBE: 2,5-hexanodiona

4. Riscos ToxicolgicosExposio Aguda Vapores do hexano: - anestsicos com baixo poder de narcose - concentraes em torno de 5.000 ppm: tontura, vertigem, nuseas, cefalia, irritao dos olhos e da garganta - irritantes das vias areas superiores Contato com a pele: irritante Ingesto: nuseas, tonturas, irritao brnquica e intestinal

4. Riscos ToxicolgicosExposio Crnica Ao sobre SNP: - neuropatia perifrica

- degenerao das fibras nervosas por desmielinizao e intumescncia dos axnios Sintomatologia: - deficincia motora de membros inferiores (incio) - deficincia motora de membros superiores (com a evoluo) - irritao dos olhos e da pele - raramente ocorrem parestesias distais

5. Limites de Exposio5.1. AmbientalACGIH 2010: 50 ppm, 176 mg/m3 (Pele; BEI)

5.2. Biolgico- Urina de final de jornada, evitando o 1 dia de exposio - IBMP (NR-7): 5 mg/g creatinina - ACGIH 2010: 0,4 mg/L (final de jornada da semana=FS))

METANOL1. Caractersticas Geraisy Miscvel em gua y Densidade a 20 C: 0,791 g/mL y Ponto de ebulio: 64,5 C

2. Usos 3. Exposio Ocupacionaly Volatilidade acentuada y Via de penetrao: respiratria e cutnea y Biotransformao Heptica:60 % do metanol formaldedo cido frmico

y Pulmes: 20 % sem transformao y Urina: 3 % de metanol

4. Riscos Toxicolgicos Acmulo de cido frmico: acidose metablica e toxicidade ocular Exposio Ocupacional: cefalia, nusea, fadiga, comprometimento da viso e narcose Contato com a pele: irritao, coceira, dermatite e eczema Antdoto: Etanol

5. Limites de Exposio 5.1. Controle Ambiental NR-15/Anexo 11: 156 ppm, 200 mg/m3 (absoro pela pele) 5.2. Controle Biolgico - Urina de final de jornada, evitando o 1 dia da semana - NR-7: Metanol urinrio (mg/L) VR : 5,0 IBMP : 15,0

PERCLOROETILENO (Tetracloroetileno)1. Caractersticas Geraisy Imiscvel em gua y Densidade a 20 C: 1,623 g/mL y Ponto de ebulio: 121,0 C

2. Usos 3. Exposio Ocupacional Vias de penetrao: respiratria (60 a 75% eliminado pelo ar expirado sem transformao) e cutnea Metablitos Urinrios: cido tricloroactico e tricloroetanol

4. Riscos Toxicolgicos Exposio ocupacional: - irritao aos olhos e s mucosas nasal e bucal - nusea - cefalia, - sonolncia - eritema drmico - neuropatias perifricas - hepatite qumica - danos renais e ao bao

5. Limites de Exposio5.1. Ambiental NR-15/Anexo 11: 78 ppm, 525 mg/m3 ACGIH 2010: TWA 25 ppm, 170 mg/m3 STEL 100 ppm A3 carcinognico animal confirmado 5.2. Biolgico - Urina coletada no incio da ltima jornada da semana - NR-7/cido tricloroactico - IBMP : 3,5 mg/L

ETANOL1. Caractersticas Gerais- Lquido miscvel em gua - Ponto de Ebulio: 78,3 C - Densidade a 20C: 0,79 g/ml

2. Usos 3. Exposio Ocupacional- Ingesto oral - Via respiratria - Biotransformao: lcool ---> acetaldedo ---> cido actico

4. Riscos Toxicolgicos- Depressor do SNC - Irritante dos olhos - Nas intoxicaes agudas (por ingesto e inalao) ---> quadro clssico do brio: . perodo de euforia . diminuio da atividade mental e falta de auto-controle . perodo comatoso: arreflexia, atonia, midrase pulso lento, hipotenso, hipotermia, etc.- Nas intoxicaes crnicas (por ingesto): . transtornos digestivos . hepticos . cardiovasculares . endcrinos . psquicos

5. Limites de Exposio 5.1 Ambiental- Limite de Tolerncia: 780 ppm ou 1.480 mg/m3 (Portaria nr 3214 - MTE) - ACGIH 2010: STEL:1.000 ppm - A3 Carcinognico Animal confirmado - Base do TLV: Irritao do Tr. Respiratrio Superior

5.2 BiolgicoEtanol urinrio: - Limite de deteco: 1,0 mg/L - Valores referenciais: Pessoas no expostas: No detectado Pessoas expostas e/ou com ingesto: clinicamente significativo acima de 200 mg/L Etanol sanguneo: Lei 9503/1997: at 6 dg/L Lei 11705/2008(Lei Seca): ausncia

VIII. EXPOSIO OCUPACIONAL A METAIS

CHUMBO1. Caractersticas GeraisChumbo metlico: densidade 11,35 g/cm3 ponto de fuso 327,5 C

Formas de apresentao: y xidos y cromatos y sulfatos y acetatos

2. UsosMetal no-ferroso mais utilizado; Reciclagem: 60 a 80% Riscos ocupacionais x Usos:2.1. de alto risco: fuso e refino de chumbo; produo de pigmentos de chumbo; produo de baterias; mistura de sais de chumbo na fabricao de plsticos PVC; manufatura de chumbo-tetraetila. 2.2. de risco moderado: pinturas sob forma de spray com tintas a base de pigmentos de chumbo; soldas; implantao de redes de cabos; montagens e reparos de automveis; produo de vidros; cermicas. 2.3. de baixo risco: fabricao de borrachas; linotipia.

3. Exposio Ocupacional

Poeiras/Fumos

Via Respiratria

Sangue: 95% Pb-eritrcitos

rgos parenquimatosos/35 d Tecidos moles/40 d Ossos/at 20 anos

Urina 80%

Cabelo Unhas Suor 5% Fezes 15%

4. Riscos Toxicolgicos4.1 Exposies Ocupacionais Exposiy dores abdominais y perda de peso y distrbios gastrointestinais y fraqueza motora y anemia y paralisia muscular y insnia y nefropatia

4.2 Exposies Txicas Exposi4.2.1 SN PerifricoProvoca a desmielinizao e a degenerao dos axnios, comprometendo as funes psicomotora e neuromuscular.

4.2.2 Sndrome HematolgicaAnemia hipocrmica com microcitose, reticulocitose, e aumento de pontuaes basfilas nos eritrcitos.

4.2.3 Sndrome RenalNefropatia no especfica, proteinria, aminoacidria, uricosria, e diminuies de depuraes.

4.2.4 Sndrome GastrointestinalClicas satrnicas (espasmo muscular + irritao vagal); anorexia, diarria. Linha de Burton na gengiva (PBS-azul escura).

6. Controle Ambiental / ACGIH 2010:Chumbo e compostos inorgnicos, como Pb 0,05 mg/m3 ; BEI A3 = Carcinognico animal confirmado Base do TLV: comprometimento do SNC e SNP; efeito hematolgico. TLV: SNP; hematolgico.

5. Controle Biolgico5.1 ndice de ExposioPlumbemia (Qg/100 ml) ACGIH 2010 (Qg/100 ml) VR 40 -IBMP 60 30

Grvidas: inferior a 10 Qg/100 mL (risco de dficit cognitivo RN) Coleta de sangue: NC = momento no crtico

5.2 ndice de Efeitocido delta-aminolevulnico (ALA-U) (mg/g creat.) Coleta de urina: NC VR 4,5 IBMP 10,0

CROMO1. Caractersticas GeraisCromo metlico: densidade 7,20 g/cm3 ponto de fuso 1857 C Formas de Apresentao: y Cromo III: xido, sulfato bsico y Cromo VI: trixido, cromatos, dicromatos

2. UsosFonte: minrio CROMITA (xido de Cr VI+Fe) Empregos industriais:y galvanoplastia y ligas ferro-cromo y ligas ao inox y solda TIG y pigmentos metlicos y corantes complexos metlicos y cromatos e bicromatos y curtente para couros

3. Exposio Ocupacional

Poeiras

Via respiratria

Partculas 0,5-2,0 Q

Partculas < 0,5 Q

Ar expirado80%

Pulmes 7-30 d

>%

Eritrcitos/Cl. epiteliais

Cr-protenas (siderofilina) Cr-HbO2

Bao, Rins, Fgado

urina80% .h . 15-30 d . 5 anos

fezes

4. Riscos ToxicolgicosA ao txica varia de acordo com a: - capacidade de atravessar membranas (Cr VI>III); - solubilidade do Cromo; - Cromo VI>> Cromo III. - Exposies:Ocupacionais y Efeitos cutneos irritao no dorso das mos e dedos quadro irritativo inflamatrio Txicos lceras

y Efeitos nasais

perfurao do septo comprometimento da funo respiratria e aumento da asma brnquica

y Efeitos bronco-pulmonares irritao brnquica

y Efeitos gastrointestinais

lceras gastroduodenais

5. Controle BiolgicoCromo Total (Qg/g creat.) VR 5 IBMP 30

Coleta de urina: final de jornada do ltimo dia da semana

ACGIH 2010: Cromo total na urina - Final da jornada e da semana: 25 Qg/L - Aumento durante a jornada: 10 Qg/L

6. Controle Ambiental / ACGIH 2010:Cromo e compostos inorgnicos, como Cr: Cr: - compostos de Cr III 0,5mg/m3 A4 - compostos de Cr VI solveis 0,05 mg/m3 A1 - compostos de Cr VI insolveis 0,01 mg/m3 A1 A4 = No classificvel como Carcinognico humano A1= Carcinognico humano confirmado

CDMIO1. Caractersticas GeraisCdmio metlico: densidade 8,65 g/cm3 ponto de fuso 321 C Formas de apresentao: y insolveis: xido, carbonato, e sulfeto; y solveis: nitrato, cloreto, e sulfato.

2. UsosFonte: minrios de Cd Zn (1:100) Empregos industriais: y y y y y y galvanoplastia soldagens baterias Ni-Cd esmaltes e tintas txteis estabilizante de plsticos fotografia e litografia

3. Exposio OcupacionalPoeiras/Fumos/Aerossis

Trato gastrointestinal

Sangue: eritrcitos/protenas: metalotionena e albumina

Fgado e Rins ~ 80% Urina/(fezes)

Msculos 20%

* Meia-vida biolgica: 10 a 30 dias.

4. Riscos Toxicolgicos4.1. Exposies Ocupacionais alimentos envenenados nusea vmitos dor abdominal diarria

4.2. Exposies Txicas - edema pulmonar - dano renal/proteinria do tipo tubular:- reduo da capacidade de reabsoro tubular - incremento na excreo da F2- microglobulina - reduo da filtrao glomerular/uremia

5. Controle Biolgico5.1 ndice de ExposioCdmio (Qg/g creat.) Coleta de sangue: NC VR 2 IBMP 5

5.2 ndice de EfeitoF2- microglobulina urinria: inferior a 0,15 mg/L Enzimaimunoensaio com deteco final por fluorescncia (ELFA).

6. Controle Ambiental / ACGIH 2010:- Cdmio 0,01 mg/m3 A2 - Compostos de Cdmio 0,002 mg/m3 (Resp). A2 (Resp).

A2 = Carcinognico humano suspeito Base do TLV: Dano renal TLV:

MERCRIO1. Caractersticas Gerais- Mercrio metlico: densidade 13,5 g/cm3 ponto de ebulio 38,8 C - Fomas de apresentao: (a) minerais: cloretos, nitratos e cianetos; (b) orgnicos: cloretos, acetatos e cianetos de alquil e dialquilmercrio

2. UsosFonte: minrio de sulfeto de mercrio II Empregos industriais:y equipamentos para controle de temperatura e presso y equipamentos eltricos e eletrnicos y processos eletrolticos cloro/soda y catalisadores de reaes qumicas y lmpadas de mercrio y extrao de ouro y obturaes odontolgicas y pigmentos, fungicidas, produtos farmacuticos, reagentes.

3. Exposio Ocupacional

Vapor

Via respiratria

Pulmes 80%

Sangue: 95% eritrcitos/Hg+2

crebro

fgado

rins

urina

fezes

* Meia-vida biolgica: 40 a 60 dias.

4. Riscos Toxicolgicos y Salivao y Gengivite y Estomatite y Tremor y Febre y Diminuio da viso y Alteraes Psicolgicas: - insnia - instabilidade emocional - timidez acentuada

5. Controle BiolgicoMercrio inorgnico (Qg/g creatinina) VR 5 IBMP 35

Momento da Coleta: primeira urina da manh (PU)

6. Controle Ambiental / ACGIH 2010:- Compostos alqudicos 0,01 mg/m3 STEL 0,03 mg/m3 - Compostos arlicos 0,1 mg/m3 - Formas inorgnicas incluindo o Hg0 0,025 mg/m3 ; A4; BEI

A4 = No classificvel como Carcinognico humano

MANGANS1. Caractersticas Gerais- Mangans metlico: densidade 7,4 g/cm3 ponto de fuso 1260 C Formas de apresentao:y y y y xidos Carbonatos Silicatos Ciclopentadienila tricarbonila de Mangans

2. UsosFonte: minrio pirolmita 40 a 80% MnO2 Empregos industriais:y fabricao do ao: ligas Fe/Mn e Fe/Si/Mn y fabricao de fsforos y pilhas secas y ligas no-ferrosas: Cu e Ni y fertilizantes/raes y eletrodos para solda y fungicidas y vidros e cermicas

3. Exposio Ocupacional

Fumos/Poeiras

Via respiratria

Sangue: eritrcitos Mn-Porfirina

Fgado: conjugado aos cidos biliares

Pulmes

Rins

Excreo Biliar

urina 1,3%

fezes 98%

*Meia-Vida Biolgica: 37 dias (ossos e crebro)

4. Exposies Ocupacionaisrgos Crticos: SNC e pulmes 4.1 SNC

Estgios da neurotoxicidade: Sub-clnico: sintomatologia vaga: astenia, insnia, dores musculares, excitabilidade mental, movimentos desajeitados; Clnico inicial: sintomas psquicos e neurolgicos (comprometimentos da marcha, fala, reflexos, tremor e sintomas extrapiramidais). Clnico: doena afetiva bipolar e parkinsonismo (manganismo).4.2 Pulmes

y Bronquite aguda y Asma brnquica y Pneumonia

5. Controle Biolgico - Alternativas: Mangans urinrio (Qg/L) Coleta em final de jornada Teste de mobilizao: quelantes Mangans urinrio: 40-60 Qg/L VR 10 IBMP 50

6. Controle Ambiental / ACGIH 2010:

- Mangans e compostos inorgnicos 0,2 mg/m3 - Mangans ciclopentadieniltricarbonila 0,1mg/m3

IX. INDICADORES BIOLGICOS DE EXPOSIO A SUBSTNCIAS DE GRANDE CONSUMO

AGROQUMICOS1. Caractersticas Fsicasy Reduzida solubilidade em gua y Solveis em solventes orgnicos: querosene, tolueno, metanol e acetona y Altamente lipossolveis

2. Usosy Mercado atual: 200 organofosforados 25 carbamatos y Agrcola e domstico

3. Exposio Ocupacionaly Vias de penetrao: respiratria e cutnea (oral) y Absoro favorecida por solventes e temperatura y Biotransformao heptica: (1) Organofosforados - Vrias enzimas - ligao P=S p P=O: metablitos mais txicos - Desalquilao: metablitos polares (2) Carbamatos - Produtos menos txicos - Produtos mais polares y Eliminao: - 80 a 90% da dose absorvida p 48 horas - Vias: urina e fezes

4. Riscos Toxicolgicos Organofosforados e Carbamatos: inibio enzimtica tecido nervoso juno neuromuscular eritrcitos

Esterases p Acetilcolinesterase

Inibio determina acmulo de Acetilcolina nas terminaes nervosas, no realizando a hidrlise a colina e cido actico

4. Riscos Toxicolgicos Funes da Acetilcolina: (1) mediador qumico necessrio transmisso do impulso nervoso em todas as fibras do SN autnomo: - pr-ganglionares - parassimpticas ps-ganglionares - simpticas ps-ganglionares (2) transmissor do nervo motor do msculo estriado e algumas sinapses no SNC (3) propagao do impulso nervoso Aps suas atividades, a Acetilcolina hidrolisada pela acetilcolinesterase

4. Riscos Toxicolgicos Sintomatologia: - sintomas aparecem de 15 minutos at 12 horas - efeitos so conseqncia do acmulo de acetilcolina nas terminaes nervosas - midrase, lacrimejamento, viso turva e fotofobia - rinorria e hipersalivao - manifestaes da intoxicao relacionadas ao SNC: - cefalia - tremores - tontura - dificuldade de concentrao - desconforto - torpor - agitao - ataxia - ansiedade - confuso mental

5. Controle BiolgicoColinesterase plasmtica: 4.500 a 9.000 U/LVR: atividade pr-ocupacional IBMP: 50% da atividade inicial Coleta de sangue: NC

FORMALDEDO1. Caractersticas Gerais- Gs - Formol em soluo aquosa com 5 15% de metanol

2. Usos- Resinas com fenol, uria, e melanina; - Adesivos para papel e madeira; - Preservante de peas de bipsia e anatmicas.

3. Exposio Ocupacional- Via respiratria: inalao do gs; - Reage com a pele, mucosa, e tecidos; - Eritrcitos e Fgado: oxidao a cido frmico.

4. Riscos ToxicolgicosOs efeitos txicos variam de acordo com a concentrao ambiental de formaldedo: (a) concentraes entre 2-3 ppm: o vapor causa irritao aos olhos e s mucosas nasais; (b) concentraes entre 10-30 ppm: severa irritao em poucos minutos, dos tipos lacrimejamento, inflamao brnquica e edema pulmonar; (c) concentraes acima de 100 ppm: pode ser letal. O contato da pele com a soluo de formaldedo produz dermatite.

5. Limites Ambientais e Biolgicos5.1 AmbientaisNR-15-Anexo 11: LT = 1,6 ppm, 2,3 mg/m3 (Valor Teto) ACGIH-2010: LTV-TWA = no estabelecido STEL = 0,3 ppm; A2 A2 = Carcinognico Humano Suspeito

5.2 BiolgicosNo existem indicadores biolgicos estabelecidos para o Formaldedo tanto na Legislao Brasileira, como na americana (ACGIH).

CIANETO1. Caractersticas Gerais- HCN, NaCN e KCN: lquidos e slidos;- Cianetos: solveis em gua e fortemente alcalinos; - Pontos de fuso: Na .......... 563 C K ............ 634 C

2. UsosExtrao de Au e Ag de minrios; Banhos de eletrodeposio de metais; Extermnio de roedores e insetos; Sais produzem HCN.

3. Exposio Ocupacional- Via respiratria; - Transformao heptica: 80 % p tiocianato; - Excreo urinria; - Via cutnea: importante ingresso/evitar contato.

4. Riscos Toxicolgicos- Exposio crnica: tonturas, desmaios, debilidade mental permanente, e prejuzo motor. Hipxia.

5. Limites Ambientais e Biolgicos5.1 AmbientaisNR-15-Anexo 11: cido ciandrico = 8,0 ppm ou 9,0 mg/m3 (Absoro pela pele) Cianetos = No estabelecido ACGIH-2010: cido ciandrico (pele) Valor Teto (C) = 4,7 ppm Sais de Cianeto (pele) Valor Teto (C) = 5,0 mg/m3 Obs: os sais podem ser de Sdio, Potssio ou Clcio.

Pele = Significa que esta substncia absorvida tambm pela pele, contribuindo significativamente para a exposio total.

5.2 Biolgicos No estabelecidos. No h indicador biolgico especfico.

ACRILONITRILA1. Caractersticas GeraisDensidade a 20 C: 0,806 g/ml; Ponto de Ebulio: 77,3 C; Flash point: 0 C Explosivo no ar: 3,05 a 17 %

2. UsosProduo de borracha butadieno-acrilonitrila (Buna N); Fibras acrlicas, plsticos, adesivos; Pesticida fumigante; Sntese de antioxidantes, corantes, frmacos e tensoativos.

3. Exposio OcupacionalAcrilonitrila

Pulmes

Fgado

Ar Expirado

Cianeto

Tiocianato

Urina

4. Riscos ToxicolgicosExposio suave: irritao dos olhos, cefalia, nuseas e fraqueza;comprometimento do SNC; irritao do TR Inferior Exposio severa: asfixia e morte

5. Limites Ambientais e Biolgicos5.1 AmbientaisACGIH 2010: 2 ppm; A3; Pele A3: Carcinognico Animal confirmado

5.2 BiolgicosTiocianato urinrio: 6,0 mg/L (No est na NR-7)

MONXIDO DE CARBONO (CO)1. Caractersticas Geraisy Gs incolor, inodoro e sem gosto y Muito inflamvel, queimando no ar com chama azul y Densidade (0,968) prxima a do ar (1,0) y Origens: - motores a combusto - caldeiras e reatores - gases emitidos por fumantes

2. Usos y Matria prima para produo de metanol y Matria prima para produo de formol e cido frmico y Recuperao de nquel y Agente redutor em operaes metalrgicas3. Exposio Ocupacional HbO2 CO COHb (5 h)

4. Riscos Toxicolgicos Correlaes publicadas pela FUNDACENTRO (1999)Concentrao de CO no ar inalado (ppm) % de COHb 0,3-0,7 20 2-3 Efeitos Valores normais Nenhum efeito aparente Compensao na reduo do transporte de O2 por aumento seletivo do fluxo sanguneo para rgos vitais Alteraes no SNC: diminuio da percepo visual e temporal Cefalia e alteraes cardacas e funcionais Nuseas, vmitos e reduo da destreza manual Sncope, convulses, coma e morte

50 100 250-500 1000

5-9 16-20 20-40 50-70

5. Limites de Exposio 5.1 Ambientais NR-15 Anexo 11: LT = 39 ppm ACGIH-2010: TWA= 25 ppm; BEI 5.2 Biolgicos NR-7 (PCMSO) indica: Carboxihemoglobina (%): VR 1,0 % NF IBMP 3,5% NF NF= No Fumante Obs: para FUMANTES a COHb. est aumentada, proporcional ao nmero de cigarros fumados por dia.

FENOL1. Caractersticas Gerais Slido cristalizado, incolor a levemente rseo Forte poder cido, custico Dose letal: adultos 3 10g/ crianas 0,4 1g

2. Usos Poderoso antissptico Matria prima para hidroquinona, pentaclorofenol,... Matria prima para medicamentos, corantes, tensoativos, recurtentes de couro

3. Exposio Ocupacional Penetrao: respiratria (e cutnea)

FENOL

Pirocatecol + Hidroquinona (< %)

Fenol-Glicurnico + Fenol-Sulfato (>%)

4. Riscos Toxicolgicos - SNC: cefalias, obnubilao, vertigens, delrios e insensibilidade - Fgado: ictercia e hepatite - Renal: oligria, hematria e hemoglobinria - Exposio aguda: fraqueza muscular, convulso e coma

5. Limites de Exposio 5.1 Ambiental NR 15 / ACGIH 2010: 5 ppm, A4 A4: No-classificvel como Carcinognico Humano 5.2 Biolgico Urina de final da jornada NR 7 e ACGIH 2010: 250mg/g creatinina

CIDO SULFDRICO1. Caractersticas Gerais a) b) Gs incolor, odor ftido Densidade: 1,14g/mL Produzido atravs da: - reao de cidos com os sais sulfetos - decomposio de matria orgnica rica em enxofre

2. Usos Sulfeto de sdio Hidrogenosulfeto de sdio Sulfeto ferroso Produo de dissulfeto de carbono

3. Exposio Ocupacional Via nica: inalao cido Sulfdrico

Hemoglobina

Sulfohemoglobina

Tiossulfato (urina) Odor perceptvel no ambiente de 1mg/m3

4. Riscos Toxicolgicos Veneno sistmico SNC: incio excitao e aps depresso Anxia, pela diminuio da capacidade de transporte do oxignio pelo sangue Parada respiratria seguida de parada cardaca

5. Limites de Exposio 5.1 Ambiental ACGIH 2010: TWA (1 ppm) STEL (5 ppm) Base do TLV: Irrit. TRS; comprometimento SNC 5.2 Biolgico - No h IBE

X. SIGNIFICADO DOS RESULTADOS I.B.E.

VARIVEIS CONSIDERADAS IBE refletem o ambiente e a postura laboral Qualidade ambiental: Tipos e concentraes de agentes qumicos Emisses continuadas/eventuais Exposies durante a atividade: uniforme e controlada aguda x perodo de tempo

RESULTADOSInferiores ou iguais ao VR

PROVIDNCIASManter situao

prximos ou iguais ao IBMP Contatar trabalhador Superiores ao IBMP Contatar trabalhador Avaliar ambiente Repetir IBE: E/S Afastamento se ocorreu intoxicao.

CONCLUSES: - Exposio controlada - Exposio excessiva - Intoxicao ocupacional

AGENTES QUMICOS QUE PODEM ESTAR PRESENTES EM SETORES INDUSTRIAIS E SEUS INDICADORES BIOLGICOS SETORES INDUSTRIAISACIARIA AGRICULTURA Sementes Plantaes BATERIAS/ACUMULA DORES BATERIAS NQUELCDMIO BORRACHAS

AGENTES QUMICOSxidos metlicos, silicatos Pesticidas Organofosforados e Carbamatos Chumbo, xido de Chumbo Cdmio Solventes orgnicos, estireno, etilbenzeno

INDICADORES BIOLGICOSChumbo (s), Mangans (u) Colinesterase Plasmtica

Chumbo (s) e cido DeltaAminolevulnico (u) Cdmio (u)

cido mandlico (u), 2,5-hexanodiona (u)

CALADOS

Colas, solues limpadoras, tintas Poeiras contendo Silica, Chumbo Cromo, solventes orgnicos na pintura Mercrio

2,5-hexanodiona (u), cido hiprico (u), cido metilhiprico (u), MEK (u)

CERMICAS COUROSCONSULTRIO DENTRIO

Chumbo (s) e cido DeltaAminolevulnico (u) Cromo (u),cido hiprico (u), cido metilhiprico (u). Mercrio (u)

Preparao de Amlgama DESENGRAXE COM HIDROCARBONETOS DESENGRAXE COM HIDROCARBONETOS CLORADOS FERTILIZANTES Materiais Biolgicos: (s) sangue Hidrocarbonetos diversosConsultar FISPQTetracloroetileno (=Percloroetileno)

cido hiprico (u), cido metilhiprico (u), 2,5-hexanodiona (u) cido tricloroactico (u) Triclorocompostos totais (u) Triclorocompostos totais (u)

Tricloroetano (=Clorothene) Tricloroetileno

Flor e Fluoretos(u) urina

Fluoreto (u)

AGENTES QUMICOS QUE PODEM ESTAR PRESENTES EM SETORES INDUSTRIAIS E SEUS INDICADORES BIOLGICOS SETORES INDUSTRIAISFIBRA DE VIDRO (APLICAO DE GEL)

AGENTES QUMICOSTolueno, Estireno, Acetona, MEK Poeira com SlicaPoliol + Isocianatos (TDI ou MDI)

INDICADORES BIOLGICOScido Mandlico (u) Acetona (u) cido Hiprico (u) Cromo (u) cido Hiprico (u), cido metilhiprico (u), MEK (u) cido Hiprico (u), cido metilhiprico (u), cido mandlico (u),

GALVANOPLASTIA FOSFATIZAO GRFICAS e SERIGRFICAS INJETADOS

cido Crmico Nquel, Zinco Hidrocarbonetos, Tintas, e Pigmentos Borrachas, TR, Polivinilcloreto (PVC), Poliestireno, Poliuretano Pintura Solventes

INSTRUMENTAO

Mercrio, cido Fluordrico, Hidrocarbonetos Pentaclorofenol, solventes presentes no revestimento e na pintura, conservantes de origem metlica Monxido de carbono Metais diversos Hidrocarbonetos alifticos e aromticosTINTAS Acetona, Tolueno, lcoois, Acetato de Etila, Xileno, Metiletilcetona(MEK) COMPLEXOS METLICOS Chumbo e Cromatos Tinta com zarco

Mercrio(u),Fluoreto(u), cido Hiprico (u), cido metilhiprico (u), 2,5-hexanodiona (u)Pentaclorofenol (u), cido hiprico (u), cido metil-hiprico (u), metanol (u), Metil-etilcetona - MEK (u), arsnio (u), cromo (u), cobre (u)

MADEIRA E BENEFICIAMENTO

METALURGIA/SOLDA

SIDERURGIA PETROQUMICA

Carboxihemoglobina (s) Metais diversos (u) / (s)cido hiprico (u), cido metilhiprico (u), cido mandlico (u), 2,5-hexanodiona (u) cido Hiprico (u) cido Metilhiprico (u) MetilEtilCetona (u) Chumbo (s), Cromo (u) Metais: Verificar os presentes

PINTURA, TINTAS E VERNIZES

Materiais Biolgicos: (s) sangue

(u) urina

AGENTES QUMICOS QUE PODEM ESTAR PRESENTES EM SETORES INDUSTRIAIS E SEUS INDICADORES BIOLGICOS SETORES INDUSTRIAISPLSTICOS

AGENTES QUMICOSACRLICOS steres dos cidos acrlico e meta-acrlico AMNICOS Uria, Anilina, Melamina FENLICOS Fenol-formaldedo, Fenol-furfural ESTIRENO Poliestireno e modificados solventes orgnicos ETILENO E PROPILENO VINLICOS Acetato de vinila, cloreto de vinila, e associaes.

INDICADORES BIOLGICOS

Metahemoglobina (s) Fenol (u)

cido Mandlico (u) -----

SETORES INDUSTRIAISPVC RGIDO (Tubos, Conexes, Divisrias e Forros) TECIDOS VIDRO

AGENTES QUMICOSxidos de Chumbo, Poeiras com Slica Anilina (solvente) Slica Chumbo

INDICADORES BIOLGICOSChumbo (s), e cido DeltaAminolevulnico (u) Metahemoglobina (s) Chumbo (s) e cido Deltaaminolevulnico(u)

Materiais Biolgicos: (s) sangue

(u) urina

Celso Felipe DexheimerFone: (51) 3219-4000 [email protected]