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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS Projeto: TOPOGRAFIA SIMPLIFICADA Prof. Dr. Alexandre José Soares Miná 1 Bananeiras PB 2008

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Page 1: Topografia Simplificada - Manufatura de equipamentos topográficos alternativos para simples trabalhos topográficos agrícolas

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, SOCIAIS E AGRÁRIAS

Projeto: TOPOGRAFIA SIMPLIFICADA

Prof. Dr. Alexandre José Soares Miná1

Bananeiras – PB

2008

Page 2: Topografia Simplificada - Manufatura de equipamentos topográficos alternativos para simples trabalhos topográficos agrícolas

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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias

Setor de Agricultura

Laboratório de Topografia

APOSTILA:

Manufatura de equipamentos

topográficos alternativos para simples

trabalhos topográficos agrícolas

Bolsista: Jacob Soares Pereira Neto2

Autores:

1 - Departamento de Tecnologia Rural, Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias

/ Campus III / UFPB.

2 - Bolsista do CNPq (2006-2008) pelo Projeto Topografia Simplificada, Técnico

Agrícola (CAVN-CCHSA-UFPB), Licenciado em Ciências Agrárias – CCHSA-UFPB.

Bananeiras – PB

2008

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MINÁ. A. J. S. & NETO. J. S. P. Apostila –“ Manufatura de equipamentos topográficos alternativos para

simples trabalhos topográficos agrícolas” – CCHSA-UFPB-2008.

Resumo: A topografia também já foi definida como geometria aplicada e, sendo a

geometria uma ciência de raciocínio, transmitiu à topografia esse caráter. Sendo assim, o estudo

da topografia cumpre a importante função de estimular a criatividade e a inteligência dos alunos

por meio de problemas, cujas soluções exigem a associação da prática com a teoria. Nos últimos

anos a ciência revolucionou a técnica, tornando obsoletos muitos processos e instrumentos.

Mas, freqüentemente, esses novos equipamentos e processos substituíram os antigos apenas nos

trabalhos grandes e complicados. Nos menores e mais simples, o passado subsistiu. Assim

aconteceu com a topografia. A topografia apresentada nos cursos de graduação e técnico do

Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA), em Bananeiras, é a topografia

clássica, voltada para aplicações na agricultura. A clientela desses cursos é formada em sua

maioria, por alunos da região circunvizinha da cidade de Bananeiras. Em contatos com ex-

alunos têm-se constatado que as grandes maiorias dos problemas práticas por eles enfrentados

poderiam ser resolvidas rapidamente com o uso de equipamentos simples. No entanto, na região

de atuação desses profissionais, a existência de instrumentos topográficos é rara. O

desenvolvimento de procedimentos simplificados e de equipamentos topográficos simples e de

fácil fabricação seria de grande importância para os profissionais mencionados, auxiliando-os na

resolução dos problemas topográficos por eles encontrados. Esse projeto desenvolve processos

simplificados de levantamentos topográficos e o desenvolvimento de equipamentos topográficos

simples, fabricados ou adaptados com o uso de materiais facilmente encontrados em nossa

região. Equipamentos como o Esquadro Agrimensor, Pantômetro, Mesa do Norte Geográfico,

esquadro de Curval de Nível, o Nível de Borracha e o Teodolito Caseiro, todos construídos com

materiais recicláveis, alternativos e complementares, são de suma importância para trabalhos

topográficos em uma propriedade rural. Esses equipamentos foram testados através de

comparações feitas com os equipamentos sofisticados como o teodolito, a bússola e a mira

(estádia) tendo uma boa precisão em distâncias de até 100m entre o equipamento e a baliza. A

estatística utilizada para identificar a precisão destes equipamentos foi a T pareada, ou seja,

comparação entre duas médias, onde foi observado o T critico e o T observado, constatando o

percentual de erro entre um e outro.

Bananeiras – PB

2008

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SUMÁRIO

1. PROJETO TOPOGRAFIA SIMPLIFICADA

2. INTRODUÇÃO

3. TOPOGRAFIA APLICADA NAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS

4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA TOPOGRAFIA

4.1. Goniômetros

4.2. Estádia

4.3. Estação Total

4.4. GPS

5. EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS ALTERNATIVOS

5.1. Equipamentos aplicados em trabalhos de Planimetria

5.1.1. Esquadro Agrimensor Alternativo

5.1.2. Pantômetro de Garrafa

5.1.3. Pantômetro de Lata

5.1.4. Mesa de Determinação do Norte Geográfico

5.2. Equipamentos aplicados em trabalhos de Altimetria

5.2.1. Esquadro de curva de nível

5.2.1.1. Em forma de “Trave”

5.2.1.2. Em forma de “A”

5.2.2. Nível de Borracha

5.3. Equipamento aplicado em trabalhos Planialtimétricos

5.3.1. Teodolito Alternativo

6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bananeiras – PB

2008

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1. PROJETO TOPOGRAFIA SIMPLIFICADA

Criado pelo Professor Doutor do Departamento de Tecnologia Rural do Centro de

Ciências Humanas, Social e Agrárias da Universidade Federal da Paraíba Alexandre José Soares

Miná com o intuito de desenvolver pesquisa na área de Topografia relacionada às necessidades

dos trabalhos topográficos simples aplicados a produção agropecuária. Projeto aprovado pelo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) em agosto de 2006 e

concluído em agosto de 2008. Teve como objetivo estudar e fabricar equipamentos topográficos

alternativo para aplicações em simples trabalhos agrícolas, com o uso de materiais reciclados ou

facilmente encontrados em nossa região, e posteriormente compará-los com equipamentos

topográficos mais sofisticados, como a Bússola, o Teodolito Óptico e a Estádia. A eficiência nos

equipamentos para trabalhos na Planimetria em áreas de ate 1 ha são bastantes satisfatórias. Em

trabalhos na Altimetria os resultados mostraram desempenho semelhante aos equipamentos

sofisticados. Trabalhos como nivelamento topográfico, diferença de nível, traçado de curva de

nível e medir tamanho de árvores. Varias pesquisas foram realizadas de diferentes métodos para

obter esses resultados que comprova essa eficiência.

2. INTRODUÇÃO

A topografia é uma ciência com aplicação nas mais variadas áreas, como por exemplo:

no projeto, locação, e execução de obras de engenharia, na locação de máquinas, na

determinação da forma de terrenos e da forma e posição de detalhes neles contidos, no cálculo

da área de terrenos e volumes de escavações, na divisão de terrenos, e na medição e preparo de

áreas para cultivo.

A topografia também já foi definida como geometria aplicada, e sendo a geometria uma

ciência de raciocínio, transmitiu à topografia esse caráter. Assim, o estudo da topografia cumpre

a importante função de estimular a criatividade e a inteligência dos alunos por meio de

problemas, cujas soluções exigem a associação da prática com a teoria (BORGES, 1989).

Os trabalhos topográficos quanto mais precisos, tanto mais trabalhosos e mais demorados são.

Em topografia, não se deve buscar a precisão máxima, mas a precisão mínima aceitável para o

fim a que o trabalho se destina. É importante selecionar, judiciosamente, instrumentos e

processos para se chegar ao fim desejado com o mínimo de trabalho e despesas. (RODRIGUES,

1979).

O avanço tecnológico das últimas décadas, principalmente nas áreas da eletrônica e da

informática, tem influenciado quase que todas as áreas do conhecimento, e a topografia não é

exceção. O desenvolvimento de instrumentos de medida sofisticados, como estações totais e

receptores de sinais transmitidos por satélites, tem feito com que a aquisição, tratamento e

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análise de dados topográficos sejam realizados de maneira mais rápida e, na maioria das vezes,

mais precisa. Depois os dados podem ser transferidos para o computador e processados por

programas computacionais específicos aplicados à topografia, que também podem fazer a

descrição gráfica do objeto estudado.

No entanto, segundo RODRIGUES (1979), nos últimos anos a ciência revolucionou a

técnica, tornando obsoletos muitos processos e instrumentos. Mas, freqüentemente, esses novos

equipamentos e processos substituíram os antigos apenas nos trabalhos grandes e complicados.

Nos menores e mais simples, o passado subsistiu. Assim aconteceu com a topografia.

A grande maioria dos trabalhos topográficos aplicados à agricultura é de natureza

simples, em que a precisão das medições não é das mais exigentes. Nesses casos, o uso de

equipamentos simples seria suficiente para desenvolver as tarefas necessárias em trabalhos

topográficos.

A topografia é uma das habilitações dos graduados em Licenciatura em Ciências

Agrárias, assim como dos técnicos em Agropecuária, ambos formados no Campus III da UFPB,

em Bananeiras. No campo de atuação desses profissionais não estão disponíveis equipamentos

topográficos sofisticados, na grande maioria dos casos. Para esses profissionais seria de grande

importância a possibilidade de construir os próprios equipamentos e solucionar os problemas

práticos por eles encontrados. Além disso, os mais beneficiados com esse trabalho de pesquisa

serão os agricultores que praticam a agricultura familiar, por não poder pagar pelos trabalhos ou

comprar equipamentos topográficos para realizar estes trabalhos em sua propriedade.

3. TOPOGRAFIA APLICADA NAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS

Dentre outras atividades, a topografia pode delimitar áreas agrícolas para cultivo de

plantas e para criações de animais. Técnicas agropecuárias, auxiliadas pela topografia,

aproveitam melhor as áreas agrícolas, proporcionando maior produtividade. Em algumas dessas

técnicas, que podem ser auxiliadas pela topografia são: divisões de grandes áreas em piquetes;

execução de plantações em curvas de níveis para conservação do solo, fator importante para

sustentabilidade do solo; demarcação de áreas para rotação de culturas na agricultura, e na

pecuária rotação de pastagens. Além disso, a topografia proporciona a confecção de plantas de

propriedades para registrar em cartório, autenticando a posse da terra.

A maioria dos trabalhos topográficos aplicados às ciências agrárias é de natureza

simples, e equipamentos sofisticados não são, em geral, necessários, nem estão disponíveis. O

desenvolvimento de procedimentos simplificados e de equipamentos topográficos simples e de

fácil fabricação tem grande importância para quem precisa desenvolver pequenos trabalhos

topográficos, seja no campo ou na cidade.

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4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA TOPOGRAFIA

4.1. Goniômetros

Os instrumentos topográficos usados para medida de ângulos são denominados,

genericamente, de goniômetros. Teodolito é um goniômetro que pode medir, simultaneamente,

ângulos horizontais e verticais. Os teodolitos variam na sua forma, estrutura, processos de

leitura de ângulos, bem como na maior ou menor precisão de suas medidas, no entanto os

conceitos fundamentais, em que se baseiam, são os mesmos para todos eles (ESPARTEL,

1965). Além de medir diretamente ângulos horizontais e verticais, o teodolito também é usado

na medição indireta de distâncias, e na determinação de cotas, isto é, a altura de um determinado

ponto do terreno em relação a uma referência de nível. Nesses casos o teodolito é usado em

conjunto com uma régua graduada em centímetros, geralmente com 4 metros de comprimento,

denominada mira ou estádia.

Outros tipos de goniômetros, mais simples, usados na medição de ângulos horizontais são o

esquadro de agrimensor, o pantômetro, e a bússola. O esquadro de agrimensor é um aparelho

usado no estabelecimento de alinhamentos com ângulos múltiplos de 45º. Apresenta-se na

forma de um prisma de base octogonal, na forma de um cilindro, ou mesmo na forma de uma

esfera. As dimensões variam de 6cm a 8cm de diâmetro e de 10cm a 12cm de altura. Nas

paredes do equipamento existem aberturas denominadas pínulas. Uma pínula é composta de

uma parte mais larga que recebe o nome de janela e uma parte mais estreita, chamada de fresta.

Fazendo-se a coincidência de duas pínulas determina-se a direção desejada. O esquadro de

agrimensor é o mais simples dos instrumentos de pínulas. O Pantômetro é formado por 2

cilindros que se assentam um sobre o outro, sendo que o cilindro inferior é graduado. Ambos os

cilindros possuem pínulas para pontaria. O pantômetro tem as mesmas dimensões, e é usado da

mesma forma, que o esquadro de agrimensor, mas permite o estabelecimento de alinhamentos

com um ângulo qualquer (ESPARTEL, 1965).

A topografia é usada em quase todas as obras de engenharia. Os terrenos, edificações e

outros detalhes projetados em um plano poderão ocupar diversas posições no espaço, assim é de

grande importância uma direção, de certo modo imutável, a qual as plantas possam ser

referenciadas. A linha imaginária, que passa pelos da Terra é escolhida como essa direção, a

qual pode ser obtida, aproximadamente, com o uso de uma bússola (CARDÃO, 1961).

Segundo RODRIGUES (1979) bússola é um goniômetro constituído, basicamente, de uma

agulha magnética e um círculo graduado. Tendo a Terra as propriedades de um grande magneto,

as extremidades da agulha são atraídas por duas forças, atuando em pontos diametralmente

opostos, que são os pólos magnéticos da Terra (norte e sul magnéticos), e que não coincidem

com os pólos geográficos (norte e sul geográficos ou norte e sul verdadeiros). A linha

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imaginária que une os pólos magnéticos é denominada meridiano magnético, o qual forma, com

o meridiano que passa pelos pólos verdadeiros, um ângulo denominado declinação magnética.

Quando o meridiano magnético fica à direita do meridiano verdadeiro, a declinação é oriental, e

quando fica à esquerda é ocidental. A declinação magnética é variável ao longo do tempo, e

também depende do local na superfície terrestre, isto é, lugares de latitude e longitude diferentes

têm, também, declinações magnéticas diferentes. Essas variações podem ser obtidas por meio de

mapas denominados mapas isogônico-isopórico. Nesses mapas as curvas isopóricas representam

o lugar geométrico das regiões que têm a mesma variação anual da declinação magnética, e as

curvas isogônicas, o lugar geométrico dos pontos de uma região, que têm a mesma declinação

magnética. (ESPARTEL, 1965). Mas atualmente existem “sites” na internet, em que a

declinação magnética pode ser obtida diretamente, a partir da informação da latitude e longitude

do lugar, e da data para qual se deseja determinar a declinação. Um processo fácil e simples

para determinação do norte geográfico (e conseqüentemente da declinação magnética, com o

uso simultâneo de uma bússola) é o processo do estilete vertical. Em uma mesa horizontal,

coloca-se um estilete vertical, a partir do qual, traçam-se vários círculos concêntricos. Coloca-se

a mesa exposta ao sol, antes do meio-dia. No momento em que a sombra da extremidade do

estilete encontra um círculo, marca-se um ponto. Faz-se o mesmo quando o sol estiver do outro

lado, após o meio-dia. Dessa forma podem ser traçados diversos ângulos, todos com o vértice

no estilete e lados passando pelos pontos opostos de uma mesma circunferência. A bissetriz

comum a todos esses ângulos representa a interseção do meridiano geográfico com o plano

horizontal. (CARDÃO, 1961). Logo abaixo visualizamos exemplos de Bússola e Teodolito

Óptico.

Goniômetros

Bússola Teodolito Óptico

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4.2. Estádia

As estádias são miras graduadas pelo Sistema Métrico Decimal e aplicadas em Topografia

para medir distâncias horizontais e verticais com auxilio do Teodolito. Costuma-se construí-las

de madeira e com 3 a 4 metros de comprimento por 8 centímetro de largura. Os modelos mais

encontrados são as miras de encaixe e de dobradiça. As de encaixe são muito leves e torna-se de

tamanho reduzido quando fechadas, o que facilita o seu transporte. Com o uso intensivo podem

adquirir jogo e descolar se forem muito molhadas. Já as de articulações deixam de sobrepor-se

corretamente, motivo pelo qual se recomenda aferi-las em seu comprimento total com a trena de

aço, antes de serem postas em uso. Tratadas com cuidado são boas e duráveis. As estádias são

graduadas em metros, decímetros e centímetros. Os metros são definidos por algarismos

romanos (I, II, III), que, após completos, passam a ser representadas por 1, 2 ou 3 pontos

vermelhos ao lado dos decímetros. Os centímetros são representados por divisões e brancas e

pretas. Os milímetros são avaliados por estimativa (GARCIA & PIEDADE, 1984). Logo abaixo

visualizamos exemplo de Estádia articulada.

Estádia Articulada de 4 metros

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4.3. Estação Total

Estação Total ou Taqueômetro é um instrumento eletrônico utilizado na medida de

ângulos e distâncias. A evolução dos instrumentos de medida de ângulos e distâncias trouxe

como conseqüência o surgimento deste novo instrumento, que pode ser explicado como a

junção do teodolito eletrônico digital com o distanciômetro eletrônico, montados num só bloco.

A estação total é capaz de inclusive armazenar os dados recolhidos e executar alguns cálculos

mesmo em campo. Com uma estação total é possível determinar ângulos e distâncias do

instrumento até pontos a serem examinados. Com o auxílio de trigonometria, os ângulos e

distâncias podem ser usados para calcular as coordenadas das posições atuais (X, Y e Z) dos

pontos examinados, ou a posição do instrumento com relação a pontos conhecidos, em termos

absolutos. A informação pode ser enviada do teodolito para um computador e um software

aplicativo irá gerar um mapa da área estudada. Algumas estações totais também têm uma

interface de GPS que combina essas duas tecnologias para fazer uso das vantagens de ambas

(GPS - não necessita que os pontos a serem estudados estejam na linha de visão; Estação Total

tradicional - medição de alta precisão especialmente no eixo vertical comparado ao GPS) e

reduz as conseqüências das desvantagens de cada tecnologia (GPS - baixa precisão no eixo

vertical e menor precisão sem longos períodos de ocupação; Estação Total - requer observações

no campo de visão e deve ser feita sobre um ponto conhecido ou dentro do campo de visão de 2

ou mais pontos conhecidos).

Prisma reflector. A maioria dos instrumentos das Estações Totais mede ângulos através

de scanner eletro-óptico de extrema precisão de códigos de barra digitais atados em cilindros ou

discos de vidro rotativos dentro do instrumento. “As Estações Totais de melhor qualidade são

capazes de medir ângulos abaixo de 0,5”. A típica Estação Total EDM pode medir distâncias

com precisão de cerca de 0,1 milímetros, mas a maioria das aplicações requer precisão de 1,0

milímetro. Essas estações totais usam um prisma de vidro como refletor para o sinal EDM, e

pode medir distâncias de até quilômetros, mas alguns instrumentos não possuem refletores e

podem medir distâncias de objetos que estão distintos por cor, limitando-se a poucas centenas

de metros. Alguns modelos modernos são robotizados permitindo ao operador controlar a

máquina à distância via controle remoto. Isso elimina a necessidade de um assistente a segurar o

prisma refletor sobre o ponto a ser estudado. O próprio operador segura o refletor e controla a

máquina a partir do ponto observado. As figuras a seguir são exemplos de Prisma e Estação

Total.

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Estação Total Nikon DTM-A20LG 450px-Prisme-02

4.4. GPS

Os aparelhos GPS são divididos de acordo com as suas capacidades de recepção de sinais.

Cada satélite transmite continuamente sinais em duas ondas portadoras, L1 e L2, que possuem

diferentes freqüências e comprimentos de onda. Sobre essas ondas portadoras são modulados

dois códigos, denominados códigos pseudo-aleatórios. A medida de código é baseada no tempo

que o sinal leva para percorrer a distância entre os satélites e o receptor. Este tempo é calculado

quando o receptor reproduz em sincronia com o satélite, os códigos gerados por este,

correlacionando as informações recebidas com as reproduzidas. Os aparelhos GPS de

Navegação, também conhecidos como portáteis ou autônomos, recebem apenas um tipo de

código. No caso dos aparelhos GPS Geodésicos, o processo de medição conta com as medidas

das ondas portadoras L1 e L2, que não são usadas pelos GPS de Navegação. Medindo-se, a cada

instante, a diferença de fase entre a onda emitida pelo satélite e a sua reprodução pelo receptor,

obtém-se um modo de medida mais preciso, conhecido por medida de fase (ROCHA, 2004). Os

aparelhos GPS de navegação são os mais simples, de menor precisão e por isso mesmo de preço

mais acessível, podendo-se encontrar atualmente aparelhos com preços em torno de US$ 300.

Os GPS geodésicos são os mais precisos, com preços que podem chegar a US$ 50.000! Um dos

mais recentes e mais importantes avanços na área de topografia foi o desenvolvimento do

sistema de navegação baseado em satélites, conhecido como GPS. A sigla GPS significa

“Global Positioning System” em inglês, que pode ser traduzido como Sistema de

Posicionamento Global. Esse sistema foi desenvolvido na década de 1970 pelo MIT para o

Departamento de Defesa dos EUA, e pode ser definido como um sistema de rádio navegação

por intermédio do uso de satélites. Inicialmente os sinais desse sistema só eram disponíveis para

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o Departamento de Defesa dos EUA, mas depois de alguns anos foi liberado, parcialmente, para

uso civil. A partir do ano 2000 foi liberado quase que sem restrições. O sistema fornece ao

usuário, munido de um receptor de sinais de GPS, coordenadas de posicionamento

tridimensional e informações de navegação e tempo. Os receptores de GPS variam dos mais

simples aos mais sofisticados e precisos. Os receptores mais simples são os chamados de GPS

de navegação ou de mão; possuem preços mais acessíveis, são fáceis de usar, e apesar de não

apresentarem uma ótima precisão podem ser usados em trabalhos topográficos simples. Abaixo

mostra as figuras de dois GPS portáteis, um de navegação e o outro geodésico.

GPS de Navegação GPS Geodésico

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5. EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS

ALTERNATIVOS

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5.1. EQUIPAMENTOS APLICADOS EM TRABALHOS DE PLANIMETRIA

ESQUADRO DE AGRIMENSOR

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Materiais usados na confecção:

1 Garrafa “pet” de 2L de cor verde, por proporcionar uma visada clara e correta;

1 Cabo de vassoura de madeira;

2 pedaços de mangueira transparente de 5cm de comprimento e o diâmetro de uma rolha;

4 rolhas;

Uma fotocópia de transferidor, reduzida ao tamanho do diâmetro de uma garrafa;

Alfinetes;

Cola branca;

Isopor;

E canetas “Pincel Atômico”

Ferramentas usadas na confecção:

Martelo

Faca

Tesoura

Modo de fazer:

1º Passo – Cortar o fundo da garrafa com uma faca aquecida, para um corte preciso, retirando o

fundo da garrafa.

2º Passo – Marcar a lateral da garrafa com um traço vertical, e fazer outro traço a 180º. Com a

faca aquecida fazer um corte a direita dos riscos e outro à esquerda, deixando um espaço entre

um corte e outro de 2 cm. O comprimento do corte deve ser de 5cm. Então se retira a parte de

maior proporção feita pelo corte, deixando-se as partes menores, que serão usadas como apoios

para fixar os níveis de bolha com os alfinetes.

Figura – apoios para os níveis de bolhas

3º Passo – Fazer os cortes das visadas. Maior atenção nesta parte, pois os cortes devem ser

precisos, para que não ocorra erro de ângulo na fabricação do equipamento. Recortar a fotocópia

do transferidor e colar sobre o isopor. Com a faca aquecida retirar a parte do isopor que não

esteja colada, deixando o isopor arredondado, para determinar na garrafa os ângulos a serem

feitos e conseqüentemente as visadas. Introduzir na garrafa o isopor com a fotocópia colada,

encaixando-o na garrafa. Com a caneta determinar com traços verticais os ângulos de 0º, 45º,

90º, 135º, 180º, 225º, 270º e 315º para em seguida, com a faca aquecida, fazer os cortes nessas

partes marcadas. Para uma melhor identificação das visadas, usar canetas de mesma cor para

contornar pares de corte, defasadas de 180º.

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Figura – Determinando os ângulos para os cortes Figura – Realizando os cortes das visadas

4º Passo – Níveis de bolha. São feitos dois níveis um que fique nas “antenas” e outro

posicionado a 45º das pontas do nível das “antenas”, para determinar tanto o nivelamento para

frente como para trás ou o lado direito ou o esquerdo. Com o pedaço da mangueira, introduzir

uma rolha em um dos orifícios, encher de água e fechar o outro orifício com outra rolha.

Obs: Os níveis devem ser comparados com um nível de bolha de pedreiro para melhor

visualização da bolha em posição de nivelamento.

5º Passo – Colocar os níveis de bolha nas posições com os alfinetes e a boca da garrafa

introduzir no cabo de vassoura, que por sinal, se encaixa perfeitamente. E com outra garrafa,

retirar a boca através de um corte e encher com areia, que servirá como um pé para o

equipamento, no caso de uso em locais em que não se consiga cravar o cabo de vassoura.

Como usar:

1º Passo – Fixar o equipamento e nivelar.

2º Passo – Alinhar a visada no alinhamento desejado.

3º Passo – Determinar o ângulo desejado para o outro alinhamento

4º Passo – Construir o outro alinhamento com balizas

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PANTÔMETRO DE GARRAFA

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Materiais usados:

1 garrafa pet de 1 litro,verde, para determinar a visada com nitidez;

1 raio de aro de bicicleta, do tipo fino;

4 rolhas;

2 pedaços de mangueira transparente com 5 cm de comprimento;

1 folha de compensado de 20 cm x 20 cm.

1 fotocópia de transferidor;

1 pedaço de isopor no diâmetro da fotocópia do transferidor.

Alfinetes.

Cola branca.

1 prego.

Modo de fazer:

1º Passo – Retirar o fundo da garrafa com a faca aquecida e com a própria faca aquecida igualar

o corte, fazendo com que a garrafa fique em posição centrada, se posta no chão com a parte do

corte para baixo.

2º Passo – Fazer dois cortes nas verticais na garrafa com 180º de um para o outro,

proporcionando assim a visada. Lembrar sempre de usar a faca bem quente. Colocar o raio da

bicicleta entre os cortes e colar, de preferência com cola de encanador para ficar bem fixado. O

raio tem que estar bem colado e acima da espessura do isopor.

3º Passo – Com a fotocópia do transferidor, recortar por dentro e por fora, deixando só as

indicações dos ângulos. Colar com cola branca no isopor e com a faca aquecida retirar a porção

de dentro e de fora do isopor onde está colada a fotocópia. Depois colar no centro da folha do

compensado com cola branca. Determinar o centro da folha de compensado e pregá-la com um

prego no cabo de vassoura. No ponto zero introduzir um alfinete na fotocópia, que está por cima

do isopor.

4º Passo – São feitos dois níveis que ficam perpendiculares um ao outro, colados na superfície

da folha do compensado, para determinar tanto o nivelamento para frente como para trás ou o

lado direito ou o esquerdo. Com o pedaço da mangueira, introduzir uma rolha em um dos

orifícios, encher de água e fechar o outro orifício com outra rolha. Os níveis devem ser

comparados com um nível de bolha de pedreiro para melhor visualização da bolha em posição

de nivelamento.

5º Passo – Coloca-se a garrafa na porção de dentro da fotocópia do transferidor, colada no

isopor. E com outra garrafa, retirar a boca através de um corte e encher com areia, que servirá

como um pé para o equipamento, no caso de uso em locais em que não se consiga cravar o cabo

de vassoura.

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Observação:

Cuidados que devem ser tomados na fabricação do equipamento:

No momento de colar a fotocópia do transferidor no isopor deve-se evitar usar muita

cola pois isso fará papel mudar sua forma, proporcionando um erro angular. Deve-se colocar a

cola branca sobre o dedo e ir espalhando aos poucos.

Como usar:

1º Passo – Fixar o equipamento e nivelar.

2º Passo – Determinar os pontos do terreno através de balizas ou piquetes para começar o

levantamento dos ângulos e distâncias do terreno.

3º Passo – Alinhar a visada e o 0º do transferidor na baliza ou ponto desejado.

4º Passo – Depois de zerado, realizar o levantamento.

Observação:

Cuidados que devem ser tomados na fabricação durante as medições:

Fixar bem o equipamento antes de começar a medição zerada na baliza escolhida; e

retirar sempre a garrafa depois da determinação da visada da baliza para que o vento não a

derrube, danificando o equipamento.

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PANTÔMETRO DE LATA

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Materiais usados:

1 lata de 200g.;

1 folha de compensado de 20 cm x 20 cm;

1 cabo de vassoura;

4 rolhas;

2 pedaços de mangueira transparente de 05 cm de comprimento e diâmetro proporcional à

rolha;

1 transferidor;

1 cola de encanador e 1 branca escolar;

1 prego;

1 raio de bicicleta do fino;

Caneta estereográfica.

Modo de Fazer:

1º Passo – Marcar com a caneta, na lata, os cortes que serão feitos para determinar a visada.

Uma marca deve estar precisamente a 180º da outra para determinar a visada correta. Colar o

raio da bicicleta entre os cortes com cola de cano.

2º Passo – No compensado colar, usando cola branca, o papel oficio já cortado do tamanho da

folha de compensado. Retirar a parte central do transferidor com a faca aquecida deixando

arredondado por dentro, para que a lata possa se encaixar no seu meio. Colar o transferidor por

cima do compensado do lado que está colado o papel. Deixar o transferidor bem localizado no

centro da folha de compensado. Determinar o centro da folha de compensado para pregar com o

martelo o cabo de vassoura.

3º Passo – São feitos dois níveis que ficam perpendiculares um ao outro, colados na superfície

da folha do compensado, para determinar tanto o nivelamento para frente como para trás ou o

lado direito ou o esquerdo. Com o pedaço da mangueira, introduzir uma rolha em um dos

orifícios, encher de água e fechar o outro orifício com outra rolha. Os níveis devem ser

comparados com um nível de bolha de pedreiro para melhor visualização da bolha em posição

de nivelamento.

4º Passo – Final. Coloca-se a lata sobre a base feita e pregada no cabo de vassoura. E com outra

garrafa, retirar a boca através de um corte e encher com areia, que servirá como um pé para o

equipamento, no caso de uso em locais em que não se consiga cravar o cabo de vassoura.

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Como usar:

1º Passo – Fixar o equipamento e nivelar.

2º Passo – Determinar os pontos do terreno através de balizas ou piquetes para começar o

levantamento dos ângulos e distâncias do terreno.

3º Passo – Alinhar a visada e o 0º do transferidor na baliza ou ponto desejado.

4º Passo – Depois de zerado, realizar o levantamento.

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MESA DE DETERMINAÇÃO DO NORTE GEOGRÁFICO

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Materiais:

1 folha de isopor;

Cola Branca

5 folhas de cores diferentes de cartolina;

1 raio de aro de bicicleta;

Compasso;

Tesoura;

4 rolhas;

2 pedaços de mangueira transparente de 05 cm de comprimento e diâmetro proporcional à

rolha;

Cola plástica;

Modo de fazer:

1º Passo – Cortar a folha de isopor com a faca aquecida nas dimensões 60 cm x 60 cm.

2º Passo – Recortar uma folha de cartolina nas dimensões 60 cm x 60 cm e colar no isopor com

cola branca. Com o compasso, em outra folha de cartolina, fazer um círculo de 40 cm de raio, e

recortar o círculo com a tesoura. Repetir esse procedimento em cartolinas de cores diferentes,

construindo círculos de 35 cm, 30 cm, 25 cm e 20 cm.

3º Passo – Na folha de isopor, em que está colada a folha de cartolina de 60 cm x 60 cm,

determinar o centro, e colar os círculos construídos, concentricamente, do maior ao menor.

4º Passo – Com a cola plástica fixar o raio de bicicleta no centro dos círculos.

Como usar:

1º Passo – Fixar o equipamento e nivelar.

2º Passo – Determinar os pontos causados pela sombra do raio de bicicleta.

3º Passo – Cada vez q a sombra do raio interceptar um circulo marcar um ponto.

4º Passo – Logo após dos pontos marcados, traça uma reta de cada ponto ao raio de bicicleta.

5º Passo – Traça a bissetriz dos ângulos formados pelas retas e então a identificação do Norte

Geográfico.

Observação:

Cuidado que deve ser tomado durante as medições:

A mesa deve estar nivelada, quando exposta ao sol, além disso, a posição exata da mesa deve ser marcada no solo.

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Logo abaixo as figuras mostraram a seqüência:

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5.2. EQUIPAMENTOS APLICADOS EM TRABALHOS DE ALTIMETRIA

ESQUADRO DE CURVA DE NÍVEL

Em forma de “Trave”

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Materiais:

5 lastros de cama;

9 Parafusos;

1 lata 200g;

1 fio de náilon;

100g de cimento;

Modo de Fazer:

1°Passo – Serrar os lastros. As pernas do esquadro deveram apresentar as mesmas medidas, de

preferência 1m, e são fixadas nas peças transversais, uma em cima e outra no meio, que deverão

ter 1,5m ou 2m.

2°Passo – Parafusar as pernas do esquadro sobre a base, onde uma das pontas da perna deve ser

fixada na parte de cima do lastro usado como base, e a outra por baixo. Do mesma forma deve-

se fazer com a base do meio,, a 50cm das medidas das pernas. Além de parafusar as bases nas

pernas, deve-se parafusar nos cantos do esquadro, ripas de 25cm de comprimento para que o

esquadro não fique instável.

3°Passo – Na base de cima do esquadro determinar o meio e então fixar um prego. Encher a lata

com cimento e colocar um parafuso no meio e esperar secar.

4°Passo – Amarrar o fio de náilon no prego e no parafuso fixado na lata com cimento e então o

esquadro de curva de nível estará pronto.

Observações:

O tamanho das bases do esquadro de curva de nível

devera ser proporcional ao tamanho da área a ser nivelada, se forem grandes áreas você

poderá aumentar chegando a 3m.

Cuidados que devem ser tomados na fabricação do equipamento:

As pernas do esquadro devem ter o mesmo tamanho, e da mesma forma as bases.

Não se esquecer de fixar bem as ripas nos cantos do equipamento.

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Ripas fixadas nos cantos do equipamento

Como usar:

1º Passo – Fixar os piquetes que servirão de Referência de Nível (RN) para as curvas de níveis.

2º Passo – Colocar uma das pernas do equipamento no piquete (RN) e nivelar o equipamento.

3º Passo – Depois de nivelado, coloca-se outro piquete na outra perna do equipamento que

servirá de referência para o outro nivelamento do equipamento.

4º Passo – Toda vez que nivelar o equipamento colocar um piquete.

Cuidados que devem ter durante os nivelamentos:

Ao ser determinado um ponto de mesmo nível, esse ponto deverá ser marcado no

terreno com um piquete.

Logo abaixo as figuras mostram o procedimento.

Determinando os pontos com o equipamento e fixação de piquetes

Curva de nível pronta

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ESQUADRO DE CURVA DE NÍVEL

Em forma de “A”

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Materiais:

3 ripas de madeira de 1,40 metros de comprimento, 0,8 centímetro de largura e 0,1

centímetro de espessura.;

3 Parafusos;

1 lata 200g;

1 fio de náilon;

100g de cimento;

Modo de Fazer:

1°Passo – Serrar as ripas. As pernas do esquadro deveram apresentar as mesmas medidas, de

preferência 1,40m, e a outra no meio, que deverá ter 1,07m.

2°Passo – Furar as duas ripas, ao meio de sua extensão e na suas extremidades para parafusar as

pernas do esquadro, onde as duas pontas das ripas devem ser fixadas. Da mesma forma deve-se

fazer com a base do meio.

3°Passo – Amarrar o fio de náilon no prego e no parafuso fixado na lata com cimento e então o

esquadro de curva de nível estará pronto.

Observações:

O tamanho das bases do esquadro de curva de nível

devera ser proporcional ao tamanho da área a ser nivelada, se forem grandes áreas você

poderá aumentar chegando a 3m.

Cuidados que devem ser tomados na fabricação do equipamento:

As pernas do esquadro devem ter o mesmo tamanho, e da mesma forma as bases.

Como usar:

1º Passo – Fixar os piquetes que servirão de Referência de Nível (RN) para as curvas de níveis.

2º Passo – Colocar uma das pernas do equipamento no piquete (RN) e nivelar o equipamento.

3º Passo – Depois de nivelado, coloca-se outro piquete na outra perna do equipamento que

servirá de referência para o outro nivelamento do equipamento.

4º Passo – Toda vez que nivelar o equipamento colocar um piquete.

Cuidados que devem ter durante os nivelamentos:

Ao ser determinado um ponto de mesmo nível, esse ponto deverá ser marcado no

terreno com um piquete.

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Logo abaixo veremos o movimento realizado com o equipamento:

Fixar em um piquete (RN)

Girando e nivelando o equipamento

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NÍVEL DE BORRACHA

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Materiais:

10 grampos de cerca, do tipo grande;

1 mangueira transparente de 10m, com 1cm de diâmetro;

2 peças de madeira de 2m de comprimento, com 15cm de largura e 2cm de espessura;

1 régua;

1 funil;

1 regador.

Modo de Fazer:

1°Passo – Determinar o meio no comprimento da peça de madeira e marcar com um lápis.

Colocar a mangueira por cima da marca e grampear ao longo do comprimento da peça, sendo a

distância de um grampo para outro de 10cm. A mangueira deve ficar cerca de 3 a 5cm passando

na parte de cima da madeira. Deve-se fazer o mesmo com a outra peça de madeira.

2°Passo – Com o auxílio de uma régua fazer marcas de centímetro em centímetro ao longo das

peças de madeira, fazendo coincidir o zero com a parte inferior da peça ou colar uma fita

métrica no comprimento da ripa.

3°Passo – Depois é só encher a mangueira com água, com a ajuda do funil e do regador.

Cuidados que devem ser tomados na fabricação do equipamento:

Deve-se ter cuidado no momento de se fixar a mangueira com o grampo para não furá-

la.

Como usar:

1º Passo – Encher a mangueira de água.

2º Passo – Fixar o piquete que servirá de Referência de Nível (RN) para traça o perfil

topográfico.

3º Passo – Colocar uma das pernas do equipamento no piquete (RN) e traça o perfil desejado. A

outra perna do equipamento servirá de referência para o outro movimento do equipamento.

4º Passo – Anotar as alturas na mangueira conforme a posição da água.

5º Passo – Realizar os cálculos das cotas obtidas.

Cuidados que devem ser durante os nivelamentos:

Não colocar muita água para não escorrer da mangueira;

Em declive muito alto diminuir as distancias entre as peças de madeira, para maior

precisão e também para que a água não escorra da mangueira.

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Logo abaixo visualizaram alguns processos:

Posição inicial

Leitura das cotas

Perfil topográfico

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5.3. EQUIPAMENTO APLICADO EM TRABALHOS PLANIALTIMÉTRICOS

TEODOLITO CASEIRO

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Materiais:

Uma unidade de cano de 20mm de diâmetro e 15cm de comprimento, servira de luneta;

Um transferidor; marcará ângulos horizontais.

Uma folha de compensado; a base inferior do equipamento.

Uma folha de isopor, utilizada para a confecção dos ângulos verticais;

Uma fotocópia reduzida do transferidor, junto com o isopor servirá como marcador de

ângulos verticais;

Dois raios de aro bicicleta;

Dois pedaços de madeira de 12 cm de comprimento e seção transversal quadrada com 2

cm de lado;

Um tubo de cola de alta adesividade;

Cinco pregos, sendo dois do tipo pequeno, dois do médio e um do grande;

Um fio de arame liso com 50 cm de comprimento;

Uma folha de papel sulfite.

Cabo de vassoura.

Nível de bolha de pedreiro.

Modo de fazer:

1º Passo – Processamento dos materiais. Corte do compensando em círculos, um com o

diâmetro do transferidor e outro do diâmetro da porção de dentro do transferidor. Corte do cano

que servirá de visada para o equipamento, deverá ter 15 cm de comprimento. Furos no cano da

visada, um para fixá-lo nos pedaços de madeira, outro para um prego que identificará o ângulo

vertical do equipamento e o ultimo que servirá de mira e ficará na extremidade do cano.

2º Passo – No compensado colar, usando cola branca, o papel oficio já cortado do tamanho da

folha de compensado. Retirar a parte central do transferidor com a faca aquecida deixando

arredondado por dentro, para que a base do equipamento possa se encaixar no seu meio. Colar o

transferidor por cima do compensado do lado que está colado o papel. Deixar o transferidor bem

localizado no centro da folha de compensado. Determinar o centro da folha de compensado para

pregar com o martelo o cabo de vassoura.

3º Passo – Encaixe dos materiais. Nos furos feitos no cano colocar o prego e os dois raios, sendo

que um será fixado junto com os pedaços de madeiras. Fixar os pedaços de madeiras no circulo

de compensado menor com pregos pequenos ao modo que fiquem paralelos. Coloca-se o raio

entre os canos e os furos na madeira para fixar o cano da visada. Logo após coloca-se as rolhas

para dar aderência no movimento da luneta (cano) para então colocar a xérox do transferidor

colado no isopor que determinará os ângulos verticais do equipamento.

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4º Passo – Final. Coloca-se base superior sobre a base inferior do equipamento e prega no cabo

de vassoura.

Como usar:

Trabalhos de Planimetria:

1º Passo – Fixar o equipamento e nivelar.

2º Passo – Determinar os pontos do terreno através de balizas ou piquetes para começar o

levantamento dos ângulos e distâncias do terreno.

3º Passo – Alinhar a visada e o 0º do transferidor na baliza ou ponto desejado.

4º Passo – Depois de zerado, realizar o levantamento.

Trabalhos de Altimetria:

1º Passo – Fixar o equipamento e nivelar.

2º Passo – Determinar os pontos a serem medidos.

3º Passo – Medir a distância do equipamento ao ponto escolhido.

4º Passo – Medir a altura do equipamento.

5º Passo – Determinar o ângulo através da visada no equipamento ao ponto escolhido.

6º Passo – Realizar os cálculos.

Logo abaixo a figura mostra determinando os ângulos verticais:

Determinando os ângulos verticais em trabalhos de medições de árvores

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6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APOLO 11.COM – Coordenadas geográficas das cidades brasileiras.

<http://www.apolo11.com/latlon.php > (Acesso em 21/08/2007).

BORGES, A. C. Exercícios de Topografia. Edgard Blücher. São Paulo, 1989.

CARDÃO, C. Topografia. Edições Arquitetura e Engenharia. 2ª ed. Belo Horizonte,

1961.

ESPARTEL, L. Curso de Topografia. Editora Globo. Porto Alegre, 1965.

GARCIA, G. J.; PIEDADE, G. C. R. Topografia aplicada às ciências agrárias. Nobel.

5ª ed. São Paulo, 1989.

GSC – Geomagnetism – Magnetic Declination Calculator. <

http://www.geolab.nrcan.gc.ca> (Acesso em 21/08/2007).

MAGALHÃES, M. N.; LIMA, A.C.P. Noções de Probabilidade e Estatística. Edusp. 4ª

ed. São Paulo, 2002.

ROCHA. C. H. B. Uso eficiente do GPS de Navegação no Cadastro de Feições

Lineares. In COBRAC 2004 · Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico

Multifinalitário - UFSC Florianópolis, 10 a 14 de Outubro de 2004.

RODRIGUES, J. C. Topografia. Livros Técnicos e Científicos Editora. Rio de Janeiro,

1979.