tipo de secadores

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA TIPOS DE SECADORES Prof. Dr. Carlos Alberto Ubirajara Gontarski Disciplina de Operações Unitárias II Aluna: Thera de Estefano e Albuquerque

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UNIVERSIDADE Federal do Paran

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA qumica

curso de engenharia qumica

TIPos de secadores

Prof. Dr.CarlosAlberto UbirajaraGontarski

Disciplina de Operaes Unitrias II

Aluna: Thera de Estefano e Albuquerque

Curitiba, Dezembro de 2011

SUMRIO

31INTRODUO

42EQUIPAMENTOS DE SECAGEM

42.1Secadores de Esteira Contnuos

42.2Secador Rotativo

62.2.1Secador Rotativo com Aquecimento Direto

72.2.2Secador Rotativo com Aquecimento Indireto

72.3Secador de Tnel

82.4Secadores do Tipo Cabine

82.4.1Bandejas Fixas

102.4.2Bandejas Apoiadas sobre uma Base Mvel

102.5Secador de Tambor

112.6Secador em Leito Fluidizado

122.7Secador por Atomizao

132.8Secador Pneumtico

162.9Secador Microondas e Infravermelho

162.10Secadores centrfugos

182.11Liofilizao ou Freeze-Drying

182.12Turbo-secador de pratos

192.13Secador Solar

213REFERNCIAS

1 INTRODUO

Chama-se de secagem o processo de transferncia de gua do interior de um produto para a sua superfcie, de onde se evapora para o ambiente por evaporao, com transferncia de calor e massa. necessrio fornecimento de calor para evaporar a umidade do produto e um meio de transporte para remover o vapor de gua formado na superfcie do produto a ser seco.

O processo de secagem pode envolver trs meios de transferncia de calor: conveco, conduo e radiao. A transferncia de calor por conveco o meio mais utilizado na secagem comercial, em que um fluxo de ar aquecido passa atravs da camada do produto.

A etapa de secagem em processos industriais costumeiramente a ltima, tratando-se, portanto de uma finalizao ou acabamento do produto. uma etapa de grande valia por possibilitar reduzir o custo de transporte do produto, devido menor massa presente que em um produto mido, proporcionar determinadas propriedades para o material, como no caso de alimentos em p, e principalmente evitar a presena de umidade que pode provocar corroso e degradao do produto por ao microbiana.

Existem vrios mtodos de secagem e a escolha do equipamento correto varia, por exemplo, de acordo com:

O tipo de material a ser seco,

A quantidade de material no processo,

O rendimento necessrio,

O tempo de secagem

entre outros fatores.

Por ser de ampla utilizao nos processos industriais, a operao de secagem de suma importncia seja com o objetivo de elevar o nvel de qualidade final do produto, proporcionando-o uma determinada caracterstica ou at mesmo, priorizando o fator econmico, diminuir seus custos com transportes ou cuidados operacionais necessrios a fim de inibir a degradao do produto e conseqentes perdas.

Alm destes fatores, sabe-se que a remoo de lquidos dos slidos um dos processos de maior consumo de energia na indstria; logo, uma boa avaliao das condies dos produtos e necessidades de secagem deve ser realizada a fim de selecionar e dimensionar o secador mais adequado para o processo.

2 EQUIPAMENTOS DE SECAGEM

2.1 Secadores de Esteira Contnuos

So secadores construdos de forma a permitir o transporte contnuo de produto a ser desidratado. Os secadores de esteira contnuos apresentam a vantagem de podermos controlar a temperatura, a umidade relativa, a velocidade e a recirculao do ar, independentemente em cada mdulo, melhorando seu desempenho e reduzindo os custos. Na desidratao de produtos com elevada umidade inicial, como a maioria dos vegetais, pode-se utilizar no primeiro mdulo temperaturas elevadas (100 a 130C) e velocidade do ar de 0,8 a 1,2 m/s, sem contudo comprometer a qualidade do produto e conseguindo-se uma capacidade de secagem extremamente alta.

2.2 Secador Rotativo

Para a secagem contnua de materiais em grande escala, na ordem de 0.3kg/s, recomenda-se a utilizao de um secador rotatrio que consiste num cilindro relativamente longo aderido a rolos movimentado a uma baixa velocidade. Este tipo de secador inclinado, de modo que os slidos avanam gradualmente desde o bocal da alimentao at o bocal de sada. Um dos dois tipos de aquecimentos, citados abaixo, utilizado.

O invlucro de um secador rotatrio geralmente construdo pela soldagem de uma placa cilndrica, com espessura suficiente para proporcionar a transmisso do torque necessrio para ocorrer a rotao e para suportar o seu prprio peso e o peso do material dentro do equipamento. O invlucro freqentemente suportado por grandes pneus que correm em estreitos rolos. Embora, ao macio seja o material usualmente empregado na construo desse tipo de secador, ligas de ao tambm so usadas. Caso seja necessrio o invlucro pode ser revestido com material plstico para evitar a contaminao do produto.

Na operao em contra corrente, tendo em vista que os gases so geralmente eliminados por um exaustor, existe um pequeno vcuo no secador, o que evita o escape de gases contendo partculas.

O secador rotativo um cilindro comprido dimensionado de forma que todo o material gire dentro dele. O secador montado com um certo ngulo horizontal para que a montante seja levemente mais elevada que a jusante e, assim, a alimentao percorrer a tubulao devido diferena de energia potencial.

A razo entre o comprimento e o dimetro dos secadores rotativos varia desde 12/1 at 2/1. Para aumentar a transferncia de calor no secador, haletas (flights) paralelas ou espirais so colocadas no interior do tubo (Figura 2.1).

Figura 2.1 - Secador Rotativo

Esses secadores so muito utilizados para secagem em grande escala e existem vrios tipos. A tabela 2.1 apresenta os tipos de secadores rotativos e suas respectivas eficincias.

Tabela 2.1 - Eficincia dos Secadores Rotativos

Secador Rotativo

Eficincia

Com aquecimento direto com correntes paralelas

65%

Com ar morno com correntes paralelas

50%

Com aquecimento direto em contra-corrente

60%

Com ar morno em contra-corrente

45%

De tubos de vapor

85%

Com aquecimento indireto

25%

Os secadores rotativos apresentam, tambm, as seguintes vantagens:

Baixo capital de investimento;

Apresentam alta eficincia;

Duram anos sem problemas de manuteno.

O casco do secador rotativo fabricado soldando chapas laminadas e sua espessura tem que ser suficiente para transmitir o binrio necessrio para provocar a rotao e para suportar seu prprio peso e o peso do material.

Mesmo que geralmente o casco seja fabricado em ao macio, usam-se aos ligados e, se necessrio, para evitar a contaminao do produto, o casco pode ser revestido por um material plstico.

2.2.1 Secador Rotativo com Aquecimento Direto

No secador rotativo com aquecimento direto os gases ou ar quente passam atravs do material. Eles podem ser projetados em contra-corrente ou com correntes paralelas. Em contra-corrente o secador ser menor do que o secador com correntes paralelas (isso se os fatores determinantes sejam as transferncias de calor e de massa), enquanto os secadores com correntes paralelas normalmente so mais econmicos.

2.2.2 Secador Rotativo com Aquecimento Indireto

Assim como no caso acima, podem ser dispostos em contra-corrente ou com correntes paralelas. Porm, nesse caso o material no entra em contato com o fluido quente. Quando os tubos esto situados dentro do secador, ele classificado como secador de tubos. O mais comum entre esses o secador de tubos de vapor e sua eficincia trmica pode chegar a 85%.

Figura 2.2 - Secador Rotativo de Tubos de Vapor

2.3 Secador de Tnel

No secador por tnel, uma srie de tabuleiros movida atravs de um longo tnel e a secagem se da por uma passagem de ar quente. O tubo pode ser aquecido ou no.

Os materiais que comumente so secos em um secador de tnel so: Tabuleiros de cera de parafina, gelatina ou sabo e para secagem de artigos de cermica e para o caso em que no h uma grande demanda.

Figura 2.3 - Secador de Tnel com Transportador Mltiplo

2.4 Secadores do Tipo Cabine

Os secadores do tipo cabine apresentam duas variaes a saber:

a) Com bandejas fixas e,

b) Com bandejas apoiadas sobre uma base mvel.

Em ambos os casos, so secadores onde a transferncia de calor se d por conveco forada de ar quente.

2.4.1 Bandejas Fixas

So secadores que operam em bateladas, ou seja, preciso desidratar um lote de produto de cada vez. So de construo simples e de custo relativamente baixo.

Basicamente, consiste de uma cabine com parede dupla e isolamento trmico entre elas. A cmara de secagem possui apoios para as bandejas onde os alimentos previamente preparados so desidratados. A distncia entre uma bandeja e outra, a dimenso das bandejas e a quantidade de produto a ser colocada, dependem do tipo de produto a ser desidratado.

So dotados de ventiladores centrfugos ou axiais para realizar a circulao do ar que pode ser sobre as bandejas ou atravs delas.

Figura 2.4 - Secador de Bandejas

A velocidade do ar aquecido pode variar (0,5 a 3 m/s) conforme o seu sentido de movimentao em relao s bandejas. Velocidades mais baixas podem ser empregadas sem prejuzo ao processo de desidratao quando o ar quente atravessa a camada de produto disposta sobre a bandeja.

Os secadores de cabine com bandejas fixas so muito utilizados para a desidratao de frutas, legumes e hortalias, em pequena escala, pois possibilitam maior flexibilidade na operao conforme maior ou menor disponibilidade das diferentes matrias-primas.

Produtos como cebola fatiada, cenoura em cubos ou em forma de raspas, batata em cubos, ma em cubinhos, entre muitos outros alimentos desidratam rapidamente por este processo, devido ao contato mais ntimo do ar quente com o produto.

Na desidratao, principalmente de frutas inteiras ou em pedaos maiores, onde a distribuio do produto sobre a bandeja feita em uma nica camada, o sentido de movimentao do ar adotado sobre as bandejas ou paralelo a elas.

Bananas inteiras, ameixas, abacaxi em pedaos ou rodelas, manga em fatias, entre outros so tradicionalmente desidratados nesse sistema. Sendo assim, o tempo de secagem mais longo e a velocidade do ar empregada deve ser maior.

2.4.2 Bandejas Apoiadas sobre uma Base Mvel

Todas as consideraes feitas para os secadores de bandejas fixas podem ser aplicadas ao estudo dos secadores com bandejas apoiadas sobre uma base mvel, uma vez que so apenas uma variao do primeiro caso.

2.5 Secador de Tambor

Os secadores de tambor tradicional consistem em um cilindro ou tambor que gira em torno de seu eixo longitudinal. O tambor aquecido em seu interior e o material alimentado na parte de fora do tambor. Eles podem ser operados das mais diversas formas possveis, escolhidas, obviamente devido as condies do problema.

Figura 2.5 - Secadores de Tambor

O mecanismo de alimentao pode ser do tipo mergulhante, panela ou de chapinhagem. Um agitador localizado abaixo do tambor pode ser necessrio para evitar a sedimentao de qualquer partcula e um espalhador produz um revestimento uniforme sobre o tambor. Emprega-se uma faca para remover o material seco de maneira semelhante lmina de corte no filtro rotativo.

Sua grande vantagem em relao aos outros secadores que os secadores de tambor podem operar das mais diversas formas e, assim, manter a qualidade do produto. Por isso so largamente utilizados em processos que exigem condies bem especficas como o caso da indstria farmacutica e alimentcia.

Os materiais utilizados para a construo dos tambores geralmente so de ferro fundido, mais havendo tambm a utilizao de ao cromado ou liga de ao quando tiver que evitar a contaminao do produto.

Para produtos que devem ser trabalhados em baixas temperaturas utilizado um tipo especfico de secador de tambor, o secador de tambor a vcuo que trabalha exatamente como os secadores de tambor comum. Sua nica diferena que trabalha sob o efeito de um leve vcuo fazendo com que o produto sofra uma menor variao de temperatura.

Figura 2.6 - Secador de Tambor Vcuo

Na secagem em tambor ou cilindro rotativo, alimentos lquidos, purs, pastas massas so aplicados em uma fina camada sobre a superfcie aquecida do cilindro rotativo.

2.6 Secador em Leito Fluidizado

Sistema onde o ar quente passa por dentro de uma cmara com enchimento e de uma placa difusora, para o interior do leito fluidizado de material, onde depois passa em um separador de poeira. A placa difusora tem a finalidade de evitar o fluxo retroscedente de slidos. feita uma alimentao contnua de material mido com a retirada subseqente do material seco passando pelo separador de poeira.

A aplicao de secador em leito fluidizado tem grande aplicao na industria de adubos (figura 2.9), materiais plsticos, areia de fundio, sais inorgnicos, secagem de granulados na industria farmacutica (figura 2.10) entre outros.

Figura 2.7 - Secador em Leito Fluidizado

2.7 Secador por Atomizao

O mais importante tipo de secador que funciona com conveco forada de ar conhecido como torre de atomizao e um esquema deste secador apresentado na Figura 2.7.

Secagem por atomizao recomendada para a secagem de solues concentradas e pastas. Secadores por atomizao so utilizados para secar detergentes, sulfato de zinco, lignina, cloreto de magnsio, sulfato de mangans, sulfato de alumnio, uria entre outros.

No secador por atomizao, a alimentao reduzida em partculas muito pequenas (spray) e esta misturada com uma corrente de gs (vapor) quente. O contato entre as correntes, que varia de 5 a 30 segundos na maioria dos casos, seca o material alimentado devido transferncia de calor e massa.

Algumas vantagens desse tipo de secador:

Baixo custo de manuteno, uma vez que no apresenta peas mveis;

Preserva as propriedades dos materiais uma vez que a secagem rpida;

Pode variar largamente suas condies de operao para obter diferentes propriedades do produto;

Apresenta pouca corroso.

Apesar de suas vantagens, seu custo de instalao elevado e, mesmo com a obteno de dados em secadores piloto, o scale up para o dimensionamento complicado.

Figura 2.8 - Esquema de Torre de Atomizao

Existem vrios tipos de torres de atomizao projetados para produtos alimentcios especficos. So limitados a alimentos que possam ser atomizados, como por exemplo, lquidos e purs de baixa viscosidade.

2.8 Secador Pneumtico

Em secadores pneumticos, o material a ser secado mantido em um estado de diviso fina, de modo que a superfcie por unidade de volume alta e elevadas taxas de transferncia de calor so obtidas. Slidos so introduzidos no secador atravs de algum meio mecnico, como uma roda estrela rotatria, por exemplo, ou por uma mquina de extruso equipada com uma guilhotina de alta velocidade para diminuir o tamanho do material at 5-10 milmetros. Gases quentes provindos de uma fornalha, ou mais frequentemente vindos da queima de leo, passam no fundo do secador de modo a carregar as partculas coluna acima. A corrente de partculas deixa o secador atravs de um ciclone e os gases quentes saem do sistema. Em alguns casos, a coleta final de partculas feita atravs de uma srie de filtros. O tempo de contato das partculas com os gases pequeno, prximo de 5 segundos, mesmo quando se tem um duto longo e a temperatura da partcula no atinge a temperatura da corrente de gs quente. Algumas vezes o material reciclado, especialmente quando se tem uma mistura mida envolvida. As capacidades evaporativas, geralmente altas, so fortemente afetadas pela relao slido-ar. As necessidades trmicas e energticas tpicas so dadas atravs de QUINN(43) como sendo 4.5 MJ/kg de umidade evaporada e 0.2 MJ/kg, respectivamente.

Figura 2.9 - Secador pneumtico com moinho integral.

Uma instalao tpica com o equipamento em questo mostrada na Figura 2.9. A alimentao mida enviada um leito com material previamente seco num misturador de ps duplas a fim de formar uma mistura frgil. Essa mistura passa, ento, para um moinho de martelo, onde entra em contato os gases quentes vindos da fornalha. A umidade da superfcie, assim como alguma umidade inerente, so evaporadas imediatamente por flash. O moinho gaiola quebra qualquer aglomerado existente para garantir a secagem uniforme de cada partcula individualmente. Os gases e o produto so direcionados coluna acima, onde a umidade inerente continua a ser evaporada, antes de passar pelo ciclone coletor. Os slidos separados so enviados para uma cmara fechada de ar que ajustada para reciclar uma parcela adequada dos slidos para condicionamento da nova alimentao mida no misturados de ps duplas. Os gases do ciclone so enviados atmosfera atravs de um apropriado coletor de poeira ou limpador de umidade. O sistema opera a vcuo e a poeira ento reduzida a teores mnimos. Uma fornalha direta de gs ou leo geralmente empregada e a entrada de calor controlada de acordo com a temperatura do gs nas ventanas. Aquecimento indireto pode ser utilizado em casos nos quais se deseja evitar a contaminao do produto. Os materiais usualmente secados so alimentos, carvo, giz, produtos qumicos orgnicos, argilas, borras de caf, lodo do esgoto e esterco de galinha. Em casos em que os gases emitidos apresentam odor desagradvel, podem-se utilizar ps queimadores para aumentar a temperatura de modo a queimar as partculas e os constituintes orgnicos que esto causando o problema.

Secadores convexos so secadores pneumticos de operao contnua com uma ao inerente de classificao na cmara de secagem que fornece diferentes tempos de residncia da partcula no seu interior de acordo com seu tamanho e com a composio da mistura. Essas unidades apresentam a vantagem de serem secadores rpidos e simultneos e so usados primeiramente para a secagem de produtos at o estgio em que eles possam ser transportados pneumaticamente sem tenderem a formar bolos novamente. Devido capacidade de classificao, esses secadores so tambm bastante aplicados secagem de materiais termosensveis, pois a diferenciao entre o tamanho das partculas permite que grnulos maiores sejam secos mais efetivamente sem que haja superaquecimento das partculas menores. Basicamente, essa forma de secador pneumtico consiste num ciclone curto cujo fundo atua como classificador e secador.

2.9 Secador Microondas e Infravermelho

Esses tipos de secadores so muito especficos e so utilizados para finalizar a secagem de algum produto. A aplicao desses mtodos limitada devido ao elevado custo desse tipo de energia.

Algumas vantagens do secador microondas:

O calor gerado nas regies midas e no ocorre superaquecimento nas regies secas;

Curto tempo de secagem;

O produto final apresenta uma composio razoavelmente uniforme;

O equipamento ocupa pouco espao;

Baixo custo de operao.

Secadores infravermelhos so utilizados em casos muito especficos como: xido de alumnio, nitrato de prata em espelhos, papis especiais, grafite entre outros.

Figura 2.10 Secador de Infravermelho

2.10 Secadores centrfugos

Quando se deseja um produto de alta qualidade e pureza, pode-se, em muitos casos, lavar os slidos durante um processo de centrifugao com o objetivo de remover resduos da soluo me ou dissolver cristais de sais. Os cristais lavados so normalmente secos em uma outro unidade fsica de operao, que envolve outros equipamentos, e pode-se ter contaminao devido exposio da torta mida atmosfera na hora de se transportar o material de um equipamento para outro. Esses problemas podem ser eliminados com o uso do chamado secador centrfugo, que apresenta as seguintes vantagens:

a) hermticamente fechado;

b) No h contato humano com o produto durante todo o processo e nenhum material estranho pode ser introduzido no produto;

c) O manuseio do produto simples e suave;

d) Tempos de secagem podem ser reduzidos usando-se a tcnica de secagem do leito jet-pulsed;

e) A unidade pode ser completamente esvaziada, sem torta residual na cesta ou na parede do tanque.

Todas essas vantagens so apresentadas no secador centrfugo TZT da FIMA, cuja operao a seguir descrita.

A suspensa de alimentao introduzida na centrfuga atravs de um tnel oco, e o lquido e os cristais so separados. O lquido descartado e qualquer contaminante ento removido atravs da lavagem com gua, seguida de uma outra centrifugao. Essa operao pode ser repetida quantas vezes forem necessrias. Uma vantagem do sistem TZT que, devido ausncia de dutos ou estruturas que podem acumular slidos sem lavar, todos os slidos fazem contato com a gua de lavagem. O anel de slidos separados ento removido da parede da centrfuga atravs da entrada de gs a alta presso sob o meio filtrante, e os slidos se acumulam na base do tanque de filtrao. O processo de secagem feito atravs da rotao do tanque a baixas velocidades e com a injeo de gs de secagem aquecido na cmara da centrfuga. O gs saturado passa pelo meio filtrante antes de deixar a cmara, de modo que os slidos ficam retidos na cesta. Tal processo extremamente suave para os slidos e promove a secagem a baixas temperaturas, mesmo quando gases quentes so utilizados, devido ao efeito refrigerante da umidade da superfcie de evaporao. O p seco descartado da unidade atravs da abertura da vedao da centrfuga e da fluidizao do slidos que, ento, entram num sistema de transporte. Nesse sistema, o gs utilizado para a secagem pode ser reciclado ou enviado para a atmosfera.

Unidades desse tipo apresentam uma capacidade de 20 a 400kg em termos de tamanho, reas de filtrao de 0,37 a 2,4m e dimetro do tanque de 400 a 1300mm, com profundidades de 300 a 600mm.

Embora essa seja, em essncia, uma operao em batelada, a reprodutibilidade da qualidade dos slidos e a possibilidade de serem empregadas vrias centrifugas superam em muito os problemas associados ao processo de secagem atravs de equipamentos convencionais.

2.11 Liofilizao ou Freeze-Drying

A liofilizao ou secagem pelo frio foi amplamente estudada, atingindo um nvel altamente avanado. Os trabalhos de desenvolvimento visaram a otimizao do processo e dos equipamentos para reduzir os custos da desidratao. Comparado aos outros mtodos de secagem, o custo para se remover 1 kg de gua por liofilizao de 2 a 5 vezes mais caro.

A liofilizao um processo onde a gua retirada dos alimentos sem submet-los a altas temperaturas.

2.12 Turbo-secador de pratos

O manuseio de materiais aglomerados pode ser difcil, e o tipo de secador que se adequa a esse caso o turbo-secador. Como mostrado na Figura 2.10, o slido mido alimentado numa fina camada no topo se uma srie de prateleiras anulares, cada uma composta por um nmero de pratos com separaes entre si. Essas prateleiras podem ser rotacionadas e, atravs de braos convenientemente posicionados, o material empurrado atravs de um espao para um prato abaixo. Aps diversas repeties dessa seqncia, o slido chega base do secador. Os pratos so aquecidos indiretamente por vapor que flui atravs de fileiras de dutos no interior do secador, e no centro h trs ou mais exaustores que sugam o ar quente sobre o material e o removem pelo topo do secador.

Figura 2.11 Turbo-secador de pratos.

A secagem acelerada induzida pelo deslocamento do material entre os pratos fornece capacidades evaporativas de 0,0002 a 0,0014kg/s.m de rea do prato, que so comparveis quelas obtidas atravs da circulao em esteiras perfuradas. A rea dos pratos varia de 0,7 a 200m numa nica unidade e o secador pode facilmente ser convertido uma operao em circuito fechado, tanto para prevenir a emisso de fumaas quanto para recuperar solventes caros. A velocidade tpica do ar varia de 0,6 a 2,5m/s, e os pratos mais baixos so utilizados para resfriar os slidos secos. Um turbo-secador combina a secagem por circulao cruzada, como num secador de pratos, com a secagem atravs do derramamento das partculas atravs do ar quente, uma vez que elas caem de um prato para o outro.

2.13 Secador Solar

O secador solar funciona por intermdio da radiao solar e ventilao natural.

A ttulo de exemplo, em um secador da Embrapa, aps vrios testes verificou-se que, no perodo das 8 s 15 horas, a temperatura interna atingiu valores de 28C a 37C, enquanto a umidade ficou entre 50% e 88%. Observou-se que um perodo de 96 horas suficiente para a biomassa de pimenta longa reduzir a umidade de 65% a 67% para 50% a 55%, sem perdas de rendimento de leo essencial e safrol. Com essa faixa de umidade da biomassa, obtm-se excelentes resultados de eficincia de destilao em escala comercial (80%). O secador, que deve ser construdo no sentido leste-oeste para homogeneizar a passagem da luz solar, possui no teto um lanternim e em seu piso de madeira uma cobertura com sombrite permitindo 50% de passagem de luz (Figura 2.12).

Figura 2.12 Secador Solar de biomassa de pimenta longa (Embrapa).

Na tabela 2.2 constam os dados para construo de um secador com capacidade para 9.000 kg de biomassa fresca triturada de pimenta longa.

Tabela 2.2 - Caracterizao de um secador solar.

Descrio

Dimenses (m)

Largura

10

Comprimento

15

Beiral da cobertura

0,5

Altura do piso

0,5

Tamanho dos ps

1,0

Altura da proteo telada lateral

1,0

Orifcios de ventilao

0,05

Largura do lanternim

2,2

Altura do lanternim

0,3

Altura lateral a partir do piso

2,5

Altura central a partir do piso

3,5

Cortina plstica lateral

15 x 2,5

Cortina plstica frontal

10 x 2,5

3 REFERNCIAS

COULSON, J. M.; RICHARDSON, J. F. Tecnologia Qumica, Operaes Unitrias. 2 ed. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 1968.

PERRY, Robert H., GREEN, Don W.. Perrys Chemical Enginners Handbook, McGraw Hill, 6 Edio. New York, 1984.

FOUST, Alan S., Princpios das Operaes Unitrias LTC Editora, 2 Edio. Rio de Janeiro, 1982.

www.bcbsl.com (acesso dia 26/11/11)

inventabrasilnet.t5.com.br (acesso dia 26/11/11)

www.molpasta.com (acesso dia 26/11/11)

www.labortecnic.com (acesso dia 26/11/11)