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Teste do regulador de tensão eletrônico na bancada A troca do componente é a prática mais comum para tirar a dúvida quanto ao estado de funcionamento do regulador de tensão. Em certos casos, como aqueles em que o acesso ao componente é restrito ou não se dispõe de um alternador para realizar o teste, sua comprovação isolada é aconselhável. Com uma fonte de tensão regulável e uma lâmpada com potencia máxima de 10 W pode ser testado vários modelos de reguladores eletrônicos Bosch, Delco, Nippon, Denso e outros similares. Temos como principio a propriedade do regulador em desligar o campo (rotor) ao atingir sua tensão de regulagem, isto é, um regulador do sistema de 12 V vai interromper a corrente do campo com tensão entre 13,5 e 15 V. Abaixo desta tensão o regulador manterá em estado de condução, alimentado o rotor. Para o teste na bancada de serviço colocamos o positivo da fonte conectada no borne D+ e o negativo da fonte ao borne D-, e os fios da lâmpada ligamos aos bornes que correspondem à conexão com o rotor, vide fotos que seguem. Da mesma maneira, em um regulador em bom estado a lâmpada estará acesa enquanto a tensão da fonte for inferior ao limiar de regulagem e se apagará na faixa de trabalho referenciada.

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Teste do regulador de tenso eletrnico na bancada A troca do componente a prtica mais comum para tirar a dvida quanto ao estado de funcionamento do regulador de tenso. Em certos casos, como aqueles em que o acesso ao componente restrito ou no se dispe de um alternador para realizar o teste, sua comprovao isolada aconselhvel.

Com uma fonte de tenso regulvel e uma lmpada com potencia mxima de 10 W pode ser testado vrios modelos de reguladores eletrnicos Bosch, Delco, Nippon, Denso e outros similares.

Temos como principio a propriedade do regulador em desligar o campo (rotor) ao atingir sua tenso de regulagem, isto , um regulador do sistema de 12 V vai interromper a corrente do campo com tenso entre 13,5 e 15 V. Abaixo desta tenso o regulador manter em estado de conduo, alimentado o rotor.

Para o teste na bancada de servio colocamos o positivo da fonte conectada no borne D+ e o negativo da fonte ao borne D-, e os fios da lmpada ligamos aos bornes que correspondem conexo com o rotor, vide fotos que seguem.

Da mesma maneira, em um regulador em bom estado a lmpada estar acesa enquanto a tenso da fonte for inferior ao limiar de regulagem e se apagar na faixa de trabalho referenciada.

A foto ao lado ilustra a ligao correspondente ao regulador eletrnico externo. Para outros modelos de reguladores identifique os terminais e faa as conexes de forma anloga s apresentadas aqui.

A avaliao do resultado bem simples, se a lmpada no acende com tenso abaixo do limiar de regulagem significa que o regulador est interrompido. Se a lmpada no apaga com tenso acima de 15 V significa que o regulador est em curto circuito. Tambm estar defeituoso o regulador cuja lmpada apaga com tenso abaixo ou acima da tolerncia referenciada para o mesmo.Lembrem-se estes componentes esto sujeitos falhas intermitentes.

Para testar o regulador de 24 V basta usar uma lmpada de 24 V e obviamente uma fonte que possa alcanar pelo menos 30 V.

Com mais esta matria o leitor pode avaliar a importncia que tem uma fonte de tenso e corrente regulvel na oficina, pois alm de alimentar possvel testar muitos componentes com esta.

Teste o alternador e bateria em 4 passos A verificao da alimentao eltrica uma regra bsica para qualquer diagnstico eltrico ou eletrnico. O alternador a fonte de alimentao principal do carro, responsvel por manter a carga da bateria e fornecer energia para todos os consumidores. A bateria armazena energia para alimentar o motor de partida e os consumidores, temporariamente, na falta do alternador. Usando apenas um voltmetro, conectado a bateria, possvel testar o alternador e a bateria, as duas fontes de energia que garantem o bom funcionamento do sistema eltrico do veculo.

Roteiro:1 - Com o motor parado e todos os consumidores desligados.

Objetivo: Checar a carga da bateria. 12,3 a 12,8 V Ok

2 - Durante uma partida de 15 segundos (impedir o funcionamento do motor).

Objetivo: Checar a capacidade da bateria. Acima de 9 V Ok

3 - Com o motor funcionando em marcha lenta e a 2000 rpm, consumidores desligados.

Objetivo: Checar o regulador de tenso. De 13,8 a 15 V Ok4 - Com o motor funcionando em marcha lenta. Ligar o mximo de consumidores

Objetivo: Checar a capacidade do alternador. Acima de 13 VOk

Caso haja divergncia, faa um teste minucioso para encontrar a causa.

Por dentro do alternador A curva de gerao do alternador uma preocupao constante do tcnico que vai testar-lo, porm com as consideraes abaixo a informao constante na placa deste suficiente para este fim.

A foto ao lado mostra a placa do alternador compacto Bosch.

De acordo com atecnologia do alternador, na rotao de marcha lenta do motor, e com uma relao de polias adequada ele pode fornecer de 60 a 80% da corrente mxima indicada na sua placa.

O alternador alto limitador de corrente, ou seja, a queda de tenso imposta pela sobrecarga faz com que a corrente excedente seja fornecida pela bateria enquanto carregada.

Portanto as condies anteriores ditam que a corrente til mxima do alternador alcanada quando a tenso cai para aproximadamente 12,8 V, pois abaixo deste valor se inicia a descarga da bateria.

A foto acimailustrao teste do alternador compacto com o motor em marcha lenta, a corrente mxima de 62 A sob umatenso de aproximadamente 12,8 V. A condio normal para esta tecnologia, j que a corrente nominal de 75 A.Teste do sistema de carga Alternador, bateria e consumidores devem estar perfeitamente harmonizados.O equilbrio de carga ocorre quando o consumo mximo est ajustado com a capacidade mnima de gerao do alternador, determinado pela rotao de marcha lenta do motor.A foto abaixo mostra o ampermetro conectado na sada do alternador e o voltmetro na bateria. Nesta condio se coleta informaes importantes do sistema de carga.

O teste deve ser feito preferencialmente com o motor a temperatura de trabalho.Nota: A potncia real do alternador no foi informada propositalmente.

Com o motor funcionando em marcha lenta med umconsumode 8,5 A, geralmente causado pelo sistema de ignio, injeo e carga residual da bateria.Na maioria dos casos o consumo no deve exceder a 15 A e a tenso na bateria a 14,5 V. Coma correnteacima de 15 A e a tenso inferior ao valor mximo, possivelmente tenha se esquecido de desligar algum consumidor, a bateria pode estar descarregada ou com defeito, h sobrecarga na bomba de combustvel, bobina de ignio ou outro componente. Tenso acima de 15 V e corrente alta indica curto circuito no regulador de tenso.Corrente abaixo de 15 A e tenso abaixo de 13V, verifique quanto queda de tenso nos cabos, regulador de tenso ou alternador defeituoso. Continue com o teste.

Ainda em marcha lenta, ligue todos os consumidores possveis.

No meu casoo consumo chegou a 49,5 A e a tenso na bateria caiu para 13,55 V. Isto indica que a capacidade do alternador superior a 50 A e mesmo com todos os consumidores ligados h reserva suficiente para carregar a bateria, senecessrio.A potencia mxima do alternador atingida quando a tenso cai para aproximadamente 13 V, pois abaixo deste valor se inicia a descarga da bateria.

Abaixo desta tenso temos um possvel excesso de consumo, alternador ou regulador de tenso defeituoso, potencia do alternador insuficiente, rotao do alternador abaixo do normal.Os parmetros foram generalizados, porm se mostram eficientes para praticamente todos os sistemas. Se aplica ao sistema de 24V, basta dobrar a tenso.Em caso de divergncia gritante, consulte manuais especficos.

Manuteno e teste de baterias uuhm...uuhm... uuuuhm...uuuuuhooo. Pois , com as baixas temperaturas se tornam mais evidentes as falhas de partidas por desgastes ou possveis defeitos da bateria.

Numamanh friao motor no girava, ao testar a bateria pude ver que a tenso durante a partida caia para 4 Volts e a corrente era de 50 Amperes. Algo esperado para uma a bateria com mais de 5 anos de uso (fabricada em 2004).

Removida do veculo para avaliao, cortei a proteo que cobre as tampas, verifiquei e completei o nvel de gua de todos os vasos, um consumo de aproximadamente 200 ml. Aps uma cargade 10 A por 1 hora a recoloquei no lugar e realizei os testes novamente.

Surpreendentemente a bateria funcionou bem. Apesar disso,por estar nos limites mnimos exigidos podemos afirmar que o uso mais severo como por exemplo:um engarrafamento durante a noite ou em dias chuvosos, necessidades de partidas constantes em curto espao de tempo, poder causar o seu esgotamento. Melhor substituir-la antes, no .

Abaixo podemos apreciar a medio da corrente do motor de partida e tenso entre o positivo e negativo da bateria Moura 14FPS no respectivo veculo aps a manuteno.

No grfico a tenso de curto circuito (motor partida ainda parado) cai para aproximadamente 7 Volts e a corrente de pico do motor de partida atinge uns 300 A. Em seguida, com o giro do motor de partida a corrente baixa para um valor mdio de 90 A e a tenso da bateria se mantm em torno de 9,5 V durante o teste (15 segundos).

Como comparativo, a prxima imagem mostra o mesmo teste realizado em outro veculo cuja bateria de 12V60Ah est em timas condies.

Veja que a corrente de curto circuito ultrapassa a 600 A e a tenso da bateria cai para uns 9 Volts neste momento.

Com o giro do motor de partida a corrente oscila em torno de 130 A e a tenso da bateria, agora mais estvel, se mantm prximo a 11 V.

Concluso:

Os testes apresentados so excelentes referenciais para avaliar preventivamente a bateria e o motor de partida fazendo uso de um recurso muitas vezes disponvel e no usados nas oficinas, o osciloscpio.

Notem que na bateria desgastada as oscilaes da tenso mais acentuada, declinando com o aumento da corrente.

difcil dar um valor de referencia exato, pois depende do tipo de bateria e motor de partida usado. Em termos gerais, tenses superiores a 9,5 V e correntes de partida entre 2,5 e 3,5 vezes a capacidade (Ah) da bateria so aceitveis. A rotao do motor do veculo deve ficarentre 250 a 400 rpm na partida.

Dificuldades de partidas com corrente muito alta pode significar defeito mecnico ou eltrico no motor de partida, ou sobrecarga causada pelo motor do veculo.

Corrente muito baixa, sem queda significativa de tenso pode indicar mau contato nas conexes ou queda de tenso na fiao.

Queda de tenso inferior a 9,5 V indica bateria com defeito, descarregada, desgastada, ou de baixa capacidade.

Enfim, esta prtica de checagem da bateria pode evitar grandes incmodos para o proprietrio do veculo e impulsionar ainda mais as vendas de produtos e servios.

Bateria descarregando Muitos pensam que o alternador carrega a bateria e esta alimenta o sistema eltrico, um grande engano.

Veja este caso, um trator trabalhava toda noite e ao fim do turno a bateria estava descarregada. Conferido o alternador cuja capacidade era de 45 A e a carga instalada no passava de 20 A, o eletricista decidiu fazer a manuteno do alternador e tambm substituir a bateria. Como a situao continuou igual, resolveu aumentar a capacidade da bateria para 140Ah. Dois dias depois se repetiu o problema e ao ser indagado pelo engenheiro civil, responsvel pela obra, este recomendou aumentar a capacidade do alternador para 105A.

Ao ser consultado pelo incrdulo engenheiro, diante dos fatos acima, ficou esclarecidoque a capacidade do alternador era suficiente e a troca da bateria foi um erro.

Ento, qual seria a soluo?

Se o alternador est eletricamente em ordem, no h excesso de consumo, a mquina trabalha sem interrupo, resta uma pergunta: A rotao do alternador est correta?

Seria este o causador da falha? Conferido a rotao do alternador e do trator em marcha lenta, a do alternador se encontrava abaixo do normal (1200rpm).

Soluo: Substituir a polia do alternador que estava errada para esta aplicao.

Exemplo da curva caracterstica do alternador de 45 A.

Como regra geral, a rotao para o alternador usado deve ser de aproximadamente trs vezes a rotao do motor Diesel, onde a capacidade de gerao (30 A) cobre a demanda da carga mesmo na marcha lenta, veja a figura acima.

Dvidas frequentes sobre alternadores Considerando as inmeras consultas que tenho recebido sobre o sistema de carga resolvi fazer um resumo para esclarecer o assunto.

1 Se usarmos um regulador de tenso de um alternador de maior ou menor amperagem altera a sua capacidade de corrente, ou seja, aumenta ou diminui a sua gerao.

Errado. O regulador do alternador no influi na corrente, somente regula a tenso. Aplicam-se diferentes tipos de reguladores em funo do consumo de corrente do rotor, dos picos de tenso que devem suportar, do tipo de proteo contra sujeiras, do tipo de escova, conexo, etc.

2 O alternador carrega a bateria e esta alimenta os componentes eltricos do veculo.

Errado. O alternador alimenta todos os componentes eltricos do veculo e inclusive carrega a bateria caso haja condies favorveis.

3 Quanto maior a potncia de consumidores maior deve ser a capacidade da bateria.

Errado. A capacidade da bateria relacionada diretamente com a potencia do motor de partida, isto , quanto maior a corrente do motor de partida maior dever ser a capacidade de corrente fornecida pela bateria nesta condio.

4 - Se uma bateria nova est descarregando necessrio aumentar a sua capacidade.

Errado. Veja tambm o item 3. As causas freqentes de descarga da bateria so: fuga de corrente excessiva, uso prolongado de acessrios eltricos com o motor do carro parado, excesso de consumo ou falta de potncia do alternador, defeitos eltricos em geral.

5 O regulador de tenso do alternador regula a amperagem (corrente) produzida pelo alternador.

Errado. A corrente produzida pelo alternador depende do dimensionamento do estator/rotor e da velocidade do alternador.

6 O alternador tambm serve para carregar a bateria.

Certo. Porm necessrio que a tenso regulada se mantenha aproximadamente 2 V acima da tenso nominal da bateria para que haja fluxo de corrente de carga. Se tivssemos a tenso do alternador regulada de 12,3 V este poderia alimentar todos os consumidores, entretanto no carregaria a bateria.

7 Diminuir o dimetro da polia do alternador aumenta sua capacidade de gerao (corrente).

Somente h aumento de capacidade geradora na faixa de rotao mais baixa do motor, porm o alternador autolimitador de corrente e nunca ultrapassar sua capacidade de gerao ou a corrente mxima indicada na placa. importante ressaltar que este recurso no deve ser empregado, pois o excesso de rotao danifica os rolamentos, mancais, correias e aumenta os rudos do alternador.

8 Quando instalamos componentes eltricos alm do previsto como: lmpadas mais potentes, amplificador de som, ar condicionado, entre outros, necessrio aumentar a capacidade da bateria.

Errado. Veja itens 2 e 3. Ao aumentar o consumo necessrio aumentar a potncia do alternador.

Corrente de fuga e descarga da bateria

A corrente consumida pelo sistema eltrico ativo em um veculo em seu estado de repouso (veculo desligado e fechado) conhecido popularmente como corrente de fuga.Esta corrente deve ser a mais baixa possvel para evitar que a bateria se descarregue rapidamente e preserve sua expectativa de vida til. Porm, qual deve ser o limite desta corrente de fuga?

Segundo o manual de baterias Bosch, a corrente de fuga deve ser inferior a 0,05% vezes a capacidade da bateria, ou seja:

Calculando este limite para uma bateria de (60 Ah) x 0,05/100, teremos 0,03 A ou 30 mA

Isso mesmo, alarmes, unidades eletrnicas, relgio, rdios, etc. somados seus consumos individuais, no dever ultrapassar este limite quando todos os consumidores esto desligados e o carro fechado, caso contrrio ocorrer descargas eventuais da bateria que impedem a partida do veculo e a sua constncia reduzir a vida til da mesma.

O que voc deve saber para medir a corrente de fuga:

Fique atento s tecnologias empregadas no veculo para no tirar concluses precipitadas. Ideal seria contar com pinas amperimtricas de 20 ou 30 A para evitar a desconexo da bateria, j que em muitos veculos isso acarreta na desprogramao dos sistemas eletrnicos, grava erros e at mesmo bloqueia o funcionamento do motor. Desejvel, os medidores grficos facilitam bastante o trabalho, j que os testes podem ser demorados. Ao usar o ampermetro em srie conecte-o entre o cabo negativo da bateria, e antes de tudo, avalie seus recursos tcnicos e conhecimentos para restabelecer todas as funes do veiculo que sero afetadas pela interrupo da bateria como: programao de vidros eltricos, alarmes, erros armazenados nas UCEs, codificao de rdios, etc. Quando necessrio, somente desconecte a bateria aps: retirar a chave da ignio, fechar todos os vidros e portas, finalizar o power latch e o CAN bus de dados. Isso ir minimizar os inconvenientes.

Por que os alternadores queimam Muitas vezes no basta reparar um alternador queimado, para evitar que se repita o problema necessrio encontrar o porqu da sua queima.

Estator queimado por problemas mecnicos

O alternador a principal fonte de energia do veculo, abastece os componentes eltricos e mantm a bateria carregada. Alm de ter a capacidade adequada importante que o alternador suporte altas temperaturas. De qualquer maneira a queima pode ocorrer por sobrecarga eltrica ou trmica decorrentes do excesso de consumo, da falta de ventilao, irradiao inadequada de calor no local da instalao, componentes defeituosos no alternador ou no sistema eltrico.

Para encontrar e corrigir o que causa a queima do alternador leve em considerao os detalhes que seguem. O mais comum a sobrecarga por excesso de consumo, onde a potncia instalada maior que a capacidade til do alternador. Os principais fatores so: o uso de lmpadas de maior potncia, instalao descontrolada de acessrios, sobrecarga nos componentes instalados. Faa o teste do equilbrio de carga, compatibilizando o consumo ou aumentando a capacidade do alternador. Repare ou troque componentes defeituosos. Baterias defeituosas so incapazes de absorver carga. A alta corrente solicitada por elas torna indisponvel o seu uso para outros consumidores. Como conseqncia o alternador est sempre com carga mxima que associado baixa rotao acaba queimando. Uso inadequado da bateria com o motor parado. A descarga acentuada da bateria com o uso contnuo de aparelhos de som, faris, etc. com o carro desligado e o excesso de corrente de fuga submete o alternador a cargas altas e prolongadas ao funcionar o motor, podendo at causar a sua queima. Baixa rotao do alternador. O uso de polias inadequadas no motor ou alternador que reduzam a rotao do alternador, certamente ir reduzir a sua potncia til e sua ventilao. Nesta condio pode ser danificado o regulador de tenso e o rotor que sofrem em demasia. Adaptao do alternador para instalar outro de maior potncia ou substituir o original do qual no h reposio ou muito caro. Embora sejam freqentes, nas adaptaes no recomendadas pelos fabricantes geralmente no se leva em considerao a temperatura suportada pelo alternador. A alta temperatura no local de montagem somado a temperatura desenvolvida pela carga pode ser fatal para o alternador. Lembrem-se, alguns alternadores tem sentido de giro certo para efeito de ventilao. Outro fator condenvel em adaptaes a compatibilidade do regulador de tenso e diodos em relao aos picos de tenso (load dump) que estes devero suportar. Refrigerao do alternador. Em algumas montagens so necessrios defletores de calor e ventilao forada. Assegure que a circulao de lquido refrigerante ou ar estejam desobstrudos. Componentes do alternador. O regulador de tenso defeituoso representa um srio risco para o alternador, tenso de regulagem alta sobrecarrega o alternador e tambm a bateria. Rotores e estatores de baixa qualidade no duram o suficiente e tambm podem ser os causadores da sobrecarga. Diodos em curto circuito ou abertos geralmente queimam uma fase do estator. Danos mecnicos. A contaminao por gua, leo, p danifica os rolamentos fazendo o rotor roar com o estator colocando as bobinas em curto circuito. Falha idntica acontece devido ao excesso de tensionamento da correia.

Cuidado na hora de substituir o retificador do alternador

Os alternadores automotivos so trifsicos, portanto admitem que seus enrolamentos sejam conectados em estrela ou tringulo.

Em uma ligao estrela a extremidade final de cada um dos enrolamentos so unidas, e na ligao tringulo so fechadas aos pares, final de um enrolamento com o incio do seguinte.

O critrio usado para escolher um ou outro tipo de conexo depende de imposies na fabricao ou de critrios tcnicos que visam melhor eficincia do gerador.

As conexes eram soldadas no prprio estator como ilustrado na foto acima. Com o advento dos alternadores compactos a Bosch passou a realizar estas conexes no conjunto retificador atravs de pontes de fio entre os terminais que ancoram as pontas do estator. Outra novidade foi a padronizao de tamanho do conjunto retificador, segundo o tipo de alternador.

Estas medidas trouxeram algumas complicaes, pois as pontes que formam a ligao estrela (X, Y, Z) ou tringulo (UZ, XV, YW) so fundidas na base que suporta os componentes, tornando-se impossvel o seu reconhecimento visual, veja a figura anterior.

Portanto para evitar enganos danosos ao alternador, use somente componentes indicados nos catlogos dos fabricantes e em caso de dvida faa a continuidade entre os terminais do retificador comparando-o com a pea original.

Dvidas sobre o regulador tenso multifuno

Regulador multifuno ref. Bosch F 00M 145 203

Se o tamanho padronizado dos reguladores de tenso multifuno trazvantagens, por outro lado, tambm facilita aplicaes indevidas.

que na hora de substituir-lo, frente s dificuldades de encontrar o regulador recomendado para o alternador ou mesmo por questo de custo, o aplicador, contrariando as restries tcnicas do fabricante, acaba usando uma pea parecida com funes diferentes da original.

Para maior compreenso vou citar um caso recente que tive conhecimento, o tcnico montou um regulador parecido (como o da foto), porm com a referncia F 00M 145 257, em um veculo MBB Sprinter 311 CDI, cuja pea original o F 00M 145 248.

Quais as conseqncias? Segundo catlogos Bosch pude obter as informaes transcritas a seguir:Numero de pedido: original F 00M 145 248 pea de reposio F 00M 145 358

Conexes e identificao do regulador multifuno F 00M 145 248/257/358

Tabela comparativa:

Nmero de pedidoTenso reguladaTemperatura mxima na carcaaCaractersticasModelo

F 00M 145 24814,5135 C- LRS- LRFBR14-M3

F 00M 145 25714,5150 C- LRS- LRFBR14-T3

LRS - (Load Response Start) Resposta de carga na partida. Atrasa o fornecimento de corrente aoiniciar a gerao.LRF - (Load Response Fahrt) Resposta de corrente durante o funcionamento (marcha). Acoplamento de carga suave, evitando o freio motor.

Anlise segundo informaes disponveis para este caso: 1 - Pela tabela e a figura em destaque, acima, se nota a diferena na temperatura mxima, fator que influencia a tenso regulada a fim de proteger termicamente o alternador. Conseqncia: O uso do regulador citado fixa uma temperatura mais alta expondo o alternador a uma sobrecarga trmica.

2 - Embora ambos tenham as funes LRS e LRF no se sabe qual o parmetro de tempo inserido nestes controles, porm pela distino do modelo possvel que sejam diferentes, assim como outros detalhes tcnicos.

Infelizmente, as funes detalhadas inseridas nos reguladores muntifuno no esto disponveis, portanto difcil prever as conseqncias ao utilizar um modelo diferente, ainda que sejam idnticos fisicamente. Para evitar qualquer prejuzo para o sistema do veculo e para o alternador, o tcnico deve aplicar unicamente a pea de reposio recomendada pelo fabricante.

Diagnstico: Motor afogando, mistura rica, excesso de consumo

Motor ciclo Otto injetado

Motores de ciclo Otto injetados frequentemente apresentam falhas relacionadas com o enriquecimento da mistura. Um diagnstico dos componentes, potenciais causadores desta deficincia, certamente indicaro as medidas a serem tomadas para eliminar o mau funcionamento.

A seguir temos uma lista dos elementos que devem ser investigados.

1 Medidor de massa de ar, MAP ou medidor de fluxo de ar com defeito.Afetados pela carbonizao, leo proveniente do blow by, poeira ou danos no componente, afeta a medio da carga do motor e consequentemente a mistura ar/combustvel.

2 Sonda Lambda defeituosa. Lembre-se, o sinal da sonda influenciado por outras falhas como: entrada falsa de ar no coletor de escape ou admisso, mau contato nos conectores, aquecimento da sonda, condio geral do sistema e motor. Portanto, faa uma avaliao geral antes de substituir a sonda.

3 Sensor de temperatura defeituoso ou mau contato nas suas conexes.O tempo de injeo pode aumentar drasticamente por uma falha de contato ou tolerncia inadequada na resistncia do componente, porm leve em conta tambm as deficincias do sistema de arrefecimento.

4 Presso de combustvel alta. A presso alta geralmente causada pelo entupimento da mangueira de retorno ou regulador defeituoso, desajustado, aplicao errada.

5 Fuga de combustvel no regulador de presso.

Regulador de presso VW-Polo

Retire a mangueira da cmara de vcuo do regulador, no pode haver vestgio de combustvel a.

6 Vlvula de injeo gotejando. Remova o tubo distribuidor sem desmontar os injetores. Com o sistema de combustvel pressurizado observe a estanqueidade dos injetores por cerca de um minuto. Caso haja falha, faa a manuteno das vlvulas com um equipamento de ultrassom, se persistir o defeito substitua a vlvula.

7 Vlvula de injeo incorreta, maior vazo. Confira a aplicao, teste a vazo da vlvula com um equipamento apropriado.

8 Entrada falsa de ar no coletor. Isto provoca uma adaptao distorcendo a relao da mistura. Verifique as mangueiras, conexes e demais componentes ligados ao coletor como: vlvulas do canister, EGR, da partida a frio, etc.

9 Falha de ignio. Vela, bobina, cabo de ignio defeituosos tambm provocam adaptao irregular da mistura. O funcionamento do motor com mistura rica tende a carbonizar e acentuar a formao de fuligens nas velas. Portanto, seja cauteloso ao determinar se a vela a causadora da falha ou a sua inoperncia causada por outros elementos como: baixa combusto, ponto de ignio inadequado, sistema de arrefecimento, e outros aqui citados.

10 Defeito do motor.Um exame das velas e do vcuo no coletor dar uma impresso geral sobre as condies de funcionamento do motor, porm no deixe de verificar a compresso e vazamento de cilindro, correia dentada, sistema de arrefecimento do motor.

11 Mau contato das conexes massa da unidade de comando. Esta falha bastante comum e pode alterar o acionamento do injetor,a carga da bobina de ignio, sinal da sonda lambda, etc.Revise e teste todas as conexes a massa. Limpe as superfcies de contatos e reaperte os parafusos.

12 - Qualidade de combustvel.Teste o combustvel e se necessrio esgote tanque e reabastea com combustvel normalizado.

13 Verifique tambm a tenso de alimentao da unidade de comando e dos sensores. Tenso baixa provoca distores nos sinais e no funcionamento dos atuadores.

E o mais importante de tudo!Todas as vezes que ocorrerem defeitos como estes o combustvel no queimado acumula no leo do crter, e se vaporiza ao aquecer o motor. Aspirados atravs da mangueira de respiro, conhecida como blow by, em excesso enriquece a mistura e faz o motor falhar. Neste caso conveniente desconectar a mangueira do blow by no coletor (no se esquea de colocar um tampo no orifcio deixado no coletor) durante o diagnstico e aps eliminar a falha troque o leo do motor.

Gerenciamento de carga do alternador

Alternador compacto Bosch - VW 15.180

Com a finalidade de melhorar a eficincia energtica no carro muitos veculos contam com um sistema de gerenciamento da carga do alternador. Isto possibilita a aplicao de um alternador menor e mais leve, perfeitamente ajustado aos consumidores eltricos e voltado para evitar a descarga da bateria.

Economia de combustvel, racionalizao do espao, maior aproveitamento de energia e uso dos alternadores existentes (afasta a necessidade de desenvolver alternadores mais potentes no momento), so algumas das vantagens proporcionadas pelo gerenciamento de cargas.

O sistema consiste em aumentar a rotao de marcha lenta e/ou desligar consumidores menos importantes, como aquecedores do vidro, espelhos, ar condicionado, etc.para restabelecer a capacidade geradora do alternador.

Dois mtodos so conhecidos: 1 Supervisoda tenso do alternadorA unidade de comando do motor aumenta a rotao de marcha lenta se a tenso cair abaixo de 12,7 Volts, aumentando assim a capacidade geradora do alternador. Se cair abaixo de 12,2 V, a unidade de comando central de bordo realiza um desligamento seqencial de consumidores, at restabelecer acapacidadede gerao. Conforme referncia VW aplicao veculo Plo.

2 Superviso da carga do alternador atravs da funo DFM. Monitora o campo do alternador (rotor), pela largura do pulso presente no DFM do regulador de tenso multifuno.A durao do perodo (duty cycle) do sinal transmitido unidade de comando do motor e unidade da rede de bordo reflete o grau de carga do alternador com base na temperatura e rotao do mesmo. Largura de pulso baixo estreito significa carga baixa e vice versa, veja figura.

Sinal DFM do regulador de tenso multifuno

Nesta segunda opo, possvel ler via scanner conectado na UCM, a carga do alternador em Amperes e inclusive obter diagnstico de falhas do rotor, conforme constatado no VW Golf motor AZH/AZJ.

Para testar o sinalDFM doalternador na bancada, insira um resistor de 10 kOhm entre o terminal DFM e o positivo da bateria. O teste pode ser feito com o osciloscpio ou multmetro automotivo selecionado para duty cycle.

Concluso:O sistema do primeiro caso mais flexvel substituio do alternador sem levar em conta sua potncia. J o outro requer uma adaptao no sistema eletrnico para mudar a potncia do alternador, caso contrario teremos controles inadequados e indicao errnea da sua capacidade.

Voc sabe tudo sobre multmetros? Apesar da popularidade e preo accessvel, os multmetros digitais ainda causam certo temor a muitos profissionais do setor automotivo. Sua necessidade reconhecida, ms no comum ver-los em uso, s vezes so guardados como ltimo recurso. E muitas das suas funes so frequentemente ignoradas por seus usurios.

Encontrar o modelo ideal no to simples, talvez seja conveniente adquirir mais de um modelo para satisfazer todas as necessidades.

Vamos conhecer aqui como a funo registro de max/min (mximo e mnimo), presente em muitos modelos de multmetros, pode aumentar o poder de diagnstico na tradicional medio de tenso, corrente e resistncia.

O objetivo registrar variaes de leitura esperada em uma dada ao ou constatar a sua estabilidade, quando esta deve ser conservada.

Operar este modo de registro no multmetro muito simples, o segredo mesmo : Onde aplicar esta modalidade de medio no veculo!

Veja oexemplo a seguir:

Medio de queda de tenso -

Na foto temos o registro da queda de tenso no cabo positivo do motor de partida. Como foi feito? Positivo do multmetro conectado no positivo da bateria e o negativo do multmetro conectado no borne positivo do motor de partida. Selecione (1) medio de tenso DC, depois (2) escala milivolts manual, e por ultimo o modo de registro (3) max/min. Agora s dar a partida no motor. Pronto, pressione o boto max/min e comprove, a queda de tenso ficou registrada como max. O que diferente em relao medio simples? Desta maneira a queda de tenso retida no valor de pico, reduzindo os erros causados pela inrcia (velocidade de amostragem) no uso normal.

Experimente usar tambm para:

1 - Identificar mau contato em cabos e conexes com voltmetro ou medio de resistncia. Ao mover os cabos variaes repentinas indicaria instabilidade e seria registrado. Muito cmodo, pois no temos que olhar para o display o tempo todo.2 Queda de tenso na bateria durante a partida.3 Variao de tenso de carga. Ajuda a detectar falha no regulador de tenso.4 Queda de tenso em geral como exemplificado, basta mudar as conexes para o ponto desejado. 5- Falhas no sinal dos sensores: sensor de temperatura, potencimetro da borboleta aceleradora, medidor de fluxo de ar, etc.6 Corrente eltrica da bomba de combustvel, faris, etc.

A ordem exata pode ser diferente, segundo o multmetro usado, em geral basta mudar para a opo de registro aps conectar e iniciar a medio. Siga as recomendaes no manual do seu equipamento.

Espero que esta dica seja de grande proveito. Oportunamente retomarei outros temas relacionados.

Diodos positivos e negativos do alternador

Diodos positivos e negativos do alternador

Soa estranho dizer que existem diodos positivos e negativos, afinal o diodopossui apenas dois eletrodos.

O diodo formado pela juno de dois semicondutores de silcio ou germnio do tipo P e N. O semicondutor P, tambm chamado de nodo positivo e o semicondutor tipo N (ctodo) negativo, detalhe 1 da figura abaixo.O diodo do alternador, um quadrado de aproximadamente 3 a 5milmetros de lado e espessura de alguns dcimos de milmetros, tem umaface semicondutora soldada na carcaae a outrasoldada no rabicho.

Diodo positivo e diodo negativo so denominaes dadas para diferenciar as duas montagens possveis em seu invlucro. Assim, qualifica-se como diodo positivo quele cuja face semicondutora N est soldada a carcaa e diodo negativo quele cuja face P est soldada na carcaa, detalhe 2 e 3 da figura.

Construo do diodo

Desta maneira teremos ligaescomuns no retificador do alternador, sendo a placa positivaformada por um conjunto de diodos positivos e a placa negativa formada por outro conjunto de diodos negativos, simplificando a construo das mesmas.

Caso haja dificuldade para identificar-los, use o teste de diodo do multmetro. Se o diodo conduz ao conectar o positivo do multmetro no rabicho e o negativo na carcaa, se trata de um diodo positivo.Defeito eltrico: causa natural ou provocado? Ningum melhor do que ningum etodo mundo bom em alguma coisa (desconheo o autor desta sabiafrase), contudo o mercado sofre uma grande escassez de eletricistas competentes. Penso que a banalizao desta profisso levou a isto, qualquer um "sabe" emendar um fio ou prensar um terminal.

Prensagem de terminal inadequada, sem o uso de ferramenta: causa mau contato e defeitos intermitentes.

Prensagem inadequada e entrada de gua no conector: causa mau contato.

Alm disso, constrangedor o comentrio do proprietrio do veculo ao ser cobrado pelo tempo necessrio para encontrar o defeito eltrico e reparar-lo como se deve.Se demora porque o profissional no conhece o trabalho, se rpido no vale nada!

No ramo automotivo se vivencia a cultura da mo de obra barata ou grtis, e somente se agregavalor ao servio com troca de peas. Ser isto a contramedida para combaterdonos de carros sem conscincia docusto da mo de obra ou pura falta de profissionalismo?

Fios desprotegidos roando nas partes metlicas: causa a queima de componentes ou parada do carro.

As conseqncias por reparos inadequadosso:Queima de componentes e paradas repentinas causada por defeitos intermitentes ou no ecusto total elevado do servio devido a necessidade derefazer o trabalho. Culpa dos profissionais cujo objetivo ouvir o ronco do motor sem se importar como?

Fios danificados provocando curto circuito devido macomodao por ocasio demanuteno.

Chicote eltrico e conectores originais so responsveis pela maioria dos defeitos no carro, junte-se a estes aquelesprovocados pelo mau profissional e teremos situaes inusitadas.

Me surpreendo com oficinas usando ferro de solda machadinha de 400 W,estanho e pasta (indicado para calheiros) para soldarfios e terminais, e piorainda,as emendas mau feitase sem solda ou terminais de juno. No podemos esquecer as instalaes de alarmes ou dispositivoscontra roubo mau instalados e de baixa qualidade.Na minha opinio a mo de obra deve ter o preo justo e a qualidade do servio precisa melhorar muito.

Teste do regulador de tenso multifuno Ao substituir o regulador de tenso de um Renault Mster cuja tenso do alternador variava entre 12,9 a 14,0 Volts e mantinha a lmpada piloto (bateria) acesa, aproveitei a oportunidade para testar-lo fora do alternador. Creio que isto responder algumas perguntas dos seguidores do blog sobre o teste deste componente separado do alternador.

Como j comentei este regulador possui inmeras funes, muitas difceis de serem percebidas, outras podem ser facilmente observadas, como por exemplo: o monitoramento do campo (DFM) e a pr-excitao pulsada (caracterstica comum neste regulador de tenso).

Diagrama do regulador de tenso multifuno acoplado ao alternador

Funcionamento do regulador de tenso F00M144181:O CI de controle central do regulador inicializado atravs da lmpada piloto ao ligar a chave de ignio. Aps comuta o transistor T3 que leva o terminal L ao negativo acendendo a lmpada piloto e ao mesmo tempo ativa a pr-excitao pulsada do campo por meio de T1 - Vide diagrama acima. Em regime normal de trabalho o transistor T3 levado ao corte e T2 comuta o terminal L ao positivo (B+), apagando a lmpada piloto.O transistor T1 desliga o campo quando o borne B+ do alternador atinge o limiar de tenso superior e volta a ligar no limiar inferior, de maneira que a tenso entregue pelo alternador fique estvel em uma ampla faixa de carga e rotao. O chaveamento do transistor T4 acompanha a pulsao do campo via transistor (T1) e serve para monitorar a carga do alternador atravs do borne DFM.

Testando o regulador na bancada de trabalho:A figura a seguir ilustra a conexo do regulador para teste. Para a sinalizao, uma caneta LED foi ligada ao borne L, no DFM foi montado um resistor de 10 KOhm, e a lmpada incandescente 12V-2W simula o campo.

Diagrama de teste do regulador de tenso multifuno do alternador.

A tenso DC da fonte aplicada entre os bornes B- e B+ respeitando a devida polaridade. Neste teste o borne W permanece desconectado e a tenso da fonte aumentada gradativamente. O chaveamento do campo (lmpada conectada no par de escovas) se d normal, recebe alimentao pulsada com ciclo ativo de 20% e interrompida ao atingir 14,9 V.O borne DFM, conectado ao B+ atravs de um resistor, registra uma imagem exata do controle aplicado executado no campo.

sinal do campo e do borne DFM o regulador de tenso multifuno

O LED sinalizador conectado no borne L no se apagou, indicando falha no regulador, apesar do funcionamento normal do campo.

No segundo teste, usando o gerador de sinal, foi aplicado um sinal de corrente alternada de tenso e freqncia varivel no terminal W do regulador e a tenso do borne B+ foi mantida em 12,5V. Com a freqncia do sinal entre 6 a 75 Hz a pr-excitao pulsada se iniciou com aproximadamente 4,5 Vpp e se manteve mesmo elevando a tenso acima de 14 VAC.

Sinal do campo versos sinal terminal W de baixa frequncia

A pulsao falhada pode ser notada pela luminosidade oscilante da lmpada (campo), possivelmente se deve ao mau funcionamento do regulador.

Com freqncia acima de 75 Hz a excitao pulsada com tenso em torno de 3,2 VAC e se torna contnua e mxima acima deste valor. Ao atingir 12,2 Vpp a excitao cortada, como mostra a figura abaixo.

Sinal do campo versos sinal terminal W de alta frequncia

Concluso:O teste demonstrou os seguintes defeitos no regulador: lmpada sinalizadora no apaga e h irregularidades nos pulsos de excitao ao alimentar o borne W.

V-se que o terminal W do regulador influencia a gerao do alternador, portanto ignorar-lo em um teste certamente levaria a um diagnstico equivocado. Alm disso, no alternador a alimentao (B+ e W) est sincronizada, pois a fonte o estator do alternador, e o teste separado pode ser ruim. Por outro lado isso evidencia que a tenso e freqncia no terminal W, imposto pelo magnetismo residual ao girar o alternador, pode levar-lo a gerao plena na falta da lmpada piloto.

Conhecendo as funes detalhadas possvel elaborar formas mais adequada de testes. Testar este tipo de regulador com o prprio alternador ainda a melhor opo, entretanto vemos aqui que possvel obter algum resultado ao usar esta tcnica.

Enfim, fazendo se aprende, este exerccio vlido para desmistificar e disseminar o conhecimento deste componente.

Cuidado ao aplicar rel automotivo Unidades de controle eletrnico do automvel utilizam etapas de potncia para acionar dispositivos conhecidos como atuadores: lmpada, LEDs, rel, motor, eletrovlvula, etc.Estas etapas so desenvolvidas considerando os componentes envolvidos de maneira a proteger os dispositivos excitadores. Qualquer alterao no elemento atuador pode causar a queima do excitador ou registrar erros de funo inesperados.

No caso de rels em particular, o tcnico deve estar atento ao aplicar ou inserir rel, cuidando para no trocar-los de lugar, pois existe uma variedade bastante grande de tipos que visam proteger o driver contra picos de tenso que so induzidos pela bobina ao desligar estes componentes.

A proteo pode ser feita com diodo comum (fig. a, b) ou resistor (fig. d,e) ligado em paralelo com a bobina ou por diodo zener (fig. c) montado internamente na unidade de controle.

O diodo tambm utilizado em alguns rels para polarizao, com a finalidade de evitar que a bobina seja energizada com a polaridade invertida, fig. e.

Por exemplo: O rel da fig. c no pode ser utilizado nos demais circuitos ilustrado aqui, pois no possui proteo, e ao desligar sua bobina poderia gerar picos de tenso de 200Volts ou mais. O grfico a seguir ilustra que a tenso limitada a 50 Volts pelo diodo zener da fig. c.

Pico de tenso na bobina do rel fig. c limitado pelo diodo zener

Fique ligado! Rel imprprio para o sistema pode causar dano ao driver ou erro de funcionamento difcil de identificar.

Meu carro falha. O que pode ser?

Consultas em busca de uma luz para sanar a falha do carro chegam com freqncia. Nem preciso dizer como desesperante quando o problema parece no ter fim.Entender o que est mal e esclarecer a causa pode ser um processo extremamente longo, digamos que comea quando o motorista percebe o primeiro sintoma de mau funcionamento.

Elogivel o proprietrio de veculo que toma a frente deste penoso trabalho, graas a isto acabei nesta rea ao comprar meu primeiro carro um Gordini 62. De l pra c a tecnologia avanou muito, e hoje em dia, confiar o servio a uma oficina especializada a deciso mais acertada. utopia pensar que algum saiba qual a soluo para todos os problemas possveis somente ao relatar o inconveniente, certo mesmo que o tcnico sabe o que fazer. Falhas recorrentes - que ocorrem sistematicamente tm soluo definida, fora isso quase sempre necessrio realizar uma bateria de testes que aparecem em uma lista de soluo de problemas troubleshooting. Alm disso, a experincia do dia a dia tambm contribui para identificar falhas causadas por prticas imprprias, geralmente por falta de conhecimento ou erro simplesmente.Ferramentas adequadas, documentao tcnica, experincia e conhecimento so fatores determinantes para obter sucesso no diagnstico. Mesmo assim, nem sempre os ensaios so conclusivos, limitaes diversas foram a optar por substituir o componente suspeito - observando-se critrios rgidos, claro.

Em geral se espera solues prontas e execuo rpida dos servios. Seria timo se tudo se resumisse apenas em substituir peas. Numa viso modesta estima-se que somente no Brasil existam centenas de modelos de veculos, que somam milhares de sistemas, uma imensido de tecnologia que muda com muita rapidez, incontveis variantes de motores e componentes eletroeletrnicos. Imaginem a complexidade disto para uma oficina. Muitos casos exigem trabalho intensivo s para determinar o que est falhando ou deve ser consertado. Trocar peas relativamente simples e de fcil domnio, muitos lanam mo deste recurso para resolver uma bronca, apesar da dificuldade de encontrar peas e do alto preo. Um risco que muitas vezes eleva o custo da reparao e pode resultar em prejuzo tanto para a oficina como para o dono do veculo.

O veculo moderno complexo, somente os grandes centros automotivos so capazes de atender a quase todas as expectativas relacionadas reparao total do veculo. Pequenas oficinas optam por especializar-se em alguma modalidade de servio para ser eficiente.

Em geral h Uma infinidade de componentes pode causar um mesmo sintoma de mau funcionamento no veculo. Para ser eficaz preciso investigar cada uma das partes suspeitas executando medies apropriadas.

Decidir pela troca da pea pelo mtodo do achmetro no uma prtica aceitvel, diante de uma lista com vrias possibilidades. Realize sempre os ensaios pertinentes que permitam diagnosticar a falncia do componente, circuito ou sistema suspeito.

Para amenizar os problemas o dono do carro deve fazermanuteno preventiva e a troca peridica de velas, cabo de ignio, leo do motor, filtros, controle nvel de gua do arrefecimento, lquido de freio, etc.Sempre procure orientao profissional ao constatar um problema. Tentar reparar o veculo sem conhecimento pode agravar a situao e aumentar seus gastos.

Para o tcnico da rea resta manter-se atualizado, a estrada do conhecimento no tem fim, sempre h coisas novas para aprender e conceitos antigos que ainda no se concretizaram.