teste de portugues maias

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    Teste de portugues

    Personagens:

    Carlos da Maia o protagonista, segundo flho de Pedro e M Monorte. Apso suicdio do pai vai viver co o av! para "anta #l$via, sendo educado %inglesa pelo preceptor, o ingl&s 'ro(n. "air$ de "anta #l$via para tirarMedicina e Coi)ra. *escrito coo u )elo +ove da enascen-a coolhos negros e luidos prprios dos Maias, alto, )e eito, de o)roslargos, co ua testa de $rore so) os anis dos ca)elos pretos, )ar)auito fna, castanho escura, rente na ace, agu-ada no uei/o e co u)onito )igode arueado aos cantos da )oca, era adirado pelas ulheres,elegante na sua toilette e nos carros ue guia. *epois do curso aca)ado,via+a pela 0uropa. egressando a 1is)oa tra2 planos grandiosos de pesuisae curas dicas, ue a)andona ao sucu)ir % inactividade, pois, ePortugal, u aristocrata da sua estirpe n3o suposto ser dico. Apesar doentusiaso e das )oas inten-4es fca se ualuer ocupa-3o e aca)a porser a)sorvido por ua vida social e aorosa ue levar$ ao racasso dassuas capacidades e % perda das suas otiva-4es. 5 u diletante ue seinteressa por iensas coisas, deonstrando u coportaento dispersivo.Carlos transora6se nua vtia da hereditariedade 7visvel na sua )ele2ae no seu gosto e/agerado pelo lu/o, herdados da 3e e pela tend&ncia parao sentientaliso, herdada do pai8 e do eio e ue se insere, esoapesar da sua educa-3o % inglesa e da sua cultura, ue o torna superiorao conte/to sociocultural portugu&s. "er$ a)sorvido pela inrcia do pas,assuir$ o culto da iage, nua atitude de d9ndi. A sua superioridade e

    dist9ncia e rela-3o ao eio lis)oeta tradu2ida pela ironia e pelacondescend&ncia. # dandiso revela6se e Carlos nu narcisiso ue sealia ao gosto e/agerado pelo lu/o e ta) na auto6arginali2a-3ovolunt$ria e rela-3o % sociedade, otivada pelo cepticiso e pelaconsci&ncia do a)surdo e do va2io ue governa o undo daueles ue orodeia. A sua verdadeira pai/3o nascer$ e rela-3o a M 0duarda, uecopara a ua deusa e +aais esuecer$. Por ela disp4e6se a renunciar apreconceitos e a colocar o aor no prieiro plano. Ao sa)er da verdadeiraidentidade de M 0duarda consuar$ o incesto voluntariaente por n3o sercapa2 de resistir % intensa atrac-3o ue M 0duarda e/erce so)re ele. Aca)a

    por assuir ue alhou na vida, tal coo 0ga, pois a ociosidade dosportugueses aca)aria por contagi$6lo, levando6o a viver para a satisa-3o dopra2er dos sentidos e a renunciar ao tra)alho e %s ideias prag$ticas ue odoinava uando chegou a 1is)oa, vindo do estrangeiro. "i)oli2a aincapacidade de regenera-3o do pas a ue se propusera a prpria era-3ode ;va de Macreen, sa)ia apenas ue a sua 3e a)andonara 1is)oa, levando6a consigopara ?iena. Tivera ua flha de Mac ren, osa. @ sua perei-3o sica alia6

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    se a aceta oral e social ue tanto deslu)ra Carlos. A sua dignidade, asensate2, o euil)rio e a santidade s3o caractersticas undaentais da suapersonage, %s uais se +unta ua orte consci&ncia oral e socialaliadas a ua ideologia progressista e prag$tica, a2endo ressaltar a suadualidade aristocr$tica e )urguesa. "alienta6se ainda a sua aceta

    huanit$ria e a copai/3o pelos socialente desavorecidos. A s>)itarevela-3o da verdadeira identidade de M 0duarda, vai provocar e Carlosestupeac-3o e copai/3o, posteriorente o incesto consciente, e depoisdeste, a repugn9ncia. A separa-3o a >nica solu-3o para esta situa-3ocatica a ue se +unta a orte de Aonso, consuando as predi-4es de?ila-a. A sua apresenta-3o cupre os odelos realista e naturalista, oe/eplo de ue o indivduo u produto do eio, pelo ue coincide noseu car$cter e no espa-o sico ue ela ocupa duas vertentes distintas dasua educa-3o: a diens3o culta e oral, construda auando da sua estadiae educa-3o nu convento, e a sua aceta deasiado vulgar, a)sorvida

    durante o convvio co sua 3e. 0la o >ltio eleento einino daalia Maia e si)oli2a, tal coo as outras ulheres da alia, a desgra-ae a atalidade. a ulher surge na o)ra coo u actor de transora-3o doundo asculino, condu2indo % esterilidade e % estagna-3o. 5 de uaenore dignidade, principalente uando n3o uer gastar o dinheiro deCastro oes por estar ligada a Carlos. Adivinha6se )ondosa e terna, culta ereuintada no gosto. =o fnal da o)ra, parte para Paris onde ais tarde desaca co Mr. de Trelain, casaento considerado por Carlos o de dois seresdesiludidos. 5 ua personage6tipoB.

    Aonso da Maia: sicaD: aci-o, E t alto, o)ros uadrados e ortes, decara larga, nari2 auilino, pele corada, ca)elo )ranco, )ar)a coprida e)ranca. PsicolgicaD: duro, cl$ssico, ultrapassado, paciente, caridoso 7a+udaos Fpo)res e Fracos8, no)re, esprito s3o, rgido, austero, risonho eindividualista. ")olo deGli)eraliso 7na +uventude8, integridade oral erectid3o de car$cter, eco e reHe/o do passado glorioso, Portugal integro,associado a I passado herico, incapacidade de regenera-3o do pas,odelo de autodonio. Morre de apople/ia, no +ardi do aalhete, naseu&ncia do incesto dos netos, Carlos e M 0duarda. 5 o F sip$tico e o F

    valori2ado pD0-a.

    Jo3o da 0ga: Aut&ntica pro+ec-3o de 0-a de Kueirs pela ideologia liter$ria,usando ta) u vidro entalado no olho direitoB e co a sua fguraesgrouviada e secaB, era considerado coo o aior ateu e deagogoB.Mefsteles de Celorico, e/c&ntrico, cnico, o denunciador de vcios, odeolidor energtico da poltica e da sociedade, o hoe L possui asca,

    rasgo, estilo e cora-3oB, , no undo, u ro9ntico e u sentientalB.Tornou6se aigo insepar$vel e confdente de Carlos. nstalou6se no

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    aalhete, e a sua grande pai/3o ser$ auel Cohen. Coo Carlos, tegrandes pro+ectos 7a revista, o livro, a pe-a8 ue nunca chega a reali2ar. 5ta) u alhado, inHuenciado pela sociedade lis)oeta decadente ecorrupta. 5 ua personage plana, caricatural, 7s)olo dorealisoDnaturaliso8 e)ora nos >ltios N Cap. ganhe ua certa

    densidade psicolgica e passa a desepenhar I papel ulcral na intriga,sendo ele o prieiro a conhecer a verdadeira identidade de M 0duarda. 50ga ue a2 a revela-3o tr$gica a ?ila-a, Carlos 7ue contar$ ao av! Aonso8e, por f, a M 0duarda. A sua vida psicolgica aniesta6se ta) aonvel da reHe/3o interiori2ada atravs de onlogos interiores, so)retudodepois do encontro co o "r. uiar3es, no captulo O?.

    Pedro da Maia: sicaD: peueno, de rosto oval, olhos dos aias, urcho,aarelo, te corpo r$gil capa2 de reHectir a ragilidade da ala, e/treaDsensvel. Prottipo: do heri ro9ntico e personage6tipo. PsicologicaD:teperaento nervoso, crises de elancolia, sentientos e/agerados,intavel eocionalente 7co a 3e8. 0duca-3o: tradicional portuguesa ro9ntica eori2a-3o, cateciso, versos ro9nticos, criado pelascraidas e 3e, estudava lnguas ortas, se gin$stica ne regras, cochantagens eocionais. "ente u aor uase doentio pela 3e, pelo ueuando esta orre ergulha nu estado pr/io da loucura, as, uandoreage adopta ua vida devassa e vulgar, a ual a)andona pouco depois,regressando % sua vida soturna e a ler livros religiosos. *ei/ou6se encadearpor u aor % prieira vista ue o condu2iu a u casaento, de estilo

    ro9ntico, co M Monorte. 0ste enlace precipitado lev$6lo6ia ais tardeao suicdio aps a uga da ulher por carecer de slidos princpiosorais e de or-a de vontade ue o deveria levar % aceita-3o da realidadee % supera-3o dauele contratepo.

    M Monorte: sicaD: alta, ca)elos louros, testa curta e cl$ssica, olhos a2uise carna-3o de $rore, copar$vel %s deusas. PsicolgicaD: personalidade>til as ria, caprichosa, cruel e interesseira. Prottipo: da cortes3: levianae aora, se preocupa-4es culturais ou sociais. 5 flha do Monorte, e conhecida e 1is)oa por a negreiraB, porue seu pai enriueceutransportando negros e arrancando a riue2a da pele do aricanoB. Contraa vontade de Aonso, Pedro da Maia apai/ona6se e casa co ela. =asceraCarlos e M 0duarda. M Monorte vir$ a ugir co o italiano Tancredo,levando M 0duarda consigo e a)andonando Carlos e provocando o suicdiode Pedro. 0ntretanto, o italiano orto nu duelo e M levar$ ua vidadissoluta. 0ntregar$ a uiar3es u core co docuentos pD aidentifca-3o da flha.

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    Alencar: Personage6tipoB, o s)olo do roantiso. epresenta aincapacidade de adapta-3o % ideia novaB 7realiso8, tornando6se paladinoda Moral e gendare dos 'ons CostuesB.

    *9aso "alcede: representa a podrid3o das sociedades, o raeiroB deCarlos, anda sepre atr$s dele e iita6o e tudo. Costua ser consideradoo representante do novo riuiso e a s>ula dos vcios e utilidades da1is)oa dos fns do sec.OO.

    Conde de ouvarinho: inistro, e representa o poder polticoincopetente.

    Condessa de ouvarinho e auel Cohen: ulheres adulteras, seprincpios orais.

    "ousa =eto: #fcial superior do inistrio da instru-3o pu)lica, representa aediocridade intelectual, d$ o espelho da adinistra-3o portuguesa.

    Pala caval3o: *irector do +ornal A corneta do dia)o, representa o+ornaliso corrupto, sensacionalista e escandaloso ue vive da cal>nia e dosu)orno.

    Crat: inglese, representa a ora-3o e entalidade )rit9nicas, sendo Crato +ove ais parecido co Carlos

    Jaco) Cohen: +udeu )anueiro, representante da alta fnan-a, podereconico.

    "tein)roLen: )o )artono, inistro da inl9ndia, insuportavelentea-ador e inoperanteB pL representa ua diploacia in>til nuns pais cooPortugal.

    0use)io2inho: representa a educa-3o tradicionalente portuguesa,ro9ntica, ua educa-3o se valores orais.

    uiar3es: personifca-3o do destino.

    Cruges: dos poucos ue oralente correcto, representa a e/cep-3o naediocridade da sociedade portuguesa, idealista. ?ila-a: procurador dosMaias, acredita no progresso.

    Taveira: epregado p>)licoB, uncion$rio do Tri)unal de Contas, representaa ediocridade.

    ufno: deputado, orador )aloo, ala uito as n3o di2 nada.

    =eves: director dQBA TardeB, deputado e poltico, s)olo do +ornalisopoltico e parcial.

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    0spa-o:

    0spa-o sico: "3o variados os espa-os geogr$fcos e, est3o relacionadosco o percurso da personage principal. Assi os espa-os privilegiadoss3o "ta #l$via 7in9ncia e educa-3o de Carlos8, Coi)ra 7seus estudos, e

    prieiras aventuras aorosas8 e 1is)oa, onde ir$ desenrolar6se toda aac-3o aps a sua oratura e regresso da sua longa viage pela 0uropaB."intra e #livais s3o espa-os ta)e uito reeridos, as onde n3o sepassa ualuer ac-3o de relevo no roance. #s espa-os interiores s3odescritos e/actaente de acordo co as personagens. #s espa-osinteriores ais destacados s3o # aalhete, o uarto da Toca, a ?ila 'al2ace o consultrio de Carlos.

    0spa-o "ocial: a )urguesia e a alta aristocracia decadentes e corruptas.

    Cupre u papel einenteente crtico. # Jantar no Rotel Central onde oheri, Carlos, contacta pela prieira / co o eio social lis)oeta, e e ue dada ua vis3o orteente critica das liita-4es da entalidade dasociedade portuguesa. As corridas de cavalos onde h$ a denuncia daentalidade provinciana. # +antar e casa dos ouvarinho e L se critica aediocridade ental e a superfcialidade das classes dirigentes. # episdiodo +ornal A Tarde e L se desascara o parcialiso, o clientelisopartid$rio, a venalidade e a incopet&ncia dos +ornalistas da poca. "arauliter$rio do teatro da Trindade, e ue se critica a superfcialidade e aignor9ncia da classe dirigente. # Passeio fnal de Carlos e 0ga e 1is)oa,

    tradu2 o sentido de degrada-3o progressiva e irreedi$vel da sociedadeportuguesa, para a ual n3o visuali2ada ualuer sada airosa.

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    0spa-o psicolgico: representa as eo-4es, aectividades e intio daspersonagens, revela e desencadeia estados de esprito, intiaenterelacionados co a su)+ectividade. 5 ua ora de penetrar nas 2onas de

    viv&ncia intia 7sonhos, eo-4es, reHe/4es8 de deterinadaspersonagensB ue desepenha papeis ais relevantes na ac-3o, cooCarlos 7reHe/4es so)re o parentesco ue o liga a M 0duarda, vis3o doraalhete e do avo aps o incesto e a contepla-3o de Carlos a Aonso, +$orto, Cap. O?8 e 0ga 7reHe/4es e inuieta-3o aps a desco)erta daidentidade de M 0duarda, Cap. O?8.

    Aspectos relevantes da prosa ueirosiana: *iscurso indirecto livre: evita oa)uso e/cessivo dos ver)os introdutores do di$logo, contri)ui para o to

    orali2ante, e conunde o leitor, propositadaente, para tornar as crticaseitas pelas personagens ais convincentes e persuasivasS criticas essasue s3o )e ais do ue isso: s3o coent$rios do prprio 0-aS roniaSRip$lages, et$oras, onoatopeias, sinestesias, grada-4es,personifca-4es, repeti-4es, copara-4esS Ad+ectiva-3oS *iinutivoS=eologisos, estrangeirisosS =oe 7u cansa-o, ua inrcia...B noea)stracto, co v$rios signifcados8S ?er)o 7ele rosnou...B8 preer&ncia pelarula ger>ndioFcon+uga-3o perir$stica para dar ua ideia decontinuidade e uitas ve2es, de arrastaento, no sentido de a)orrecidoSAdvr)io de odo

    "i)oliso:

    A Toca o noe dado % ha)ita-3o de certos aniais, apontando desde logopara o car$cter anialesco do relacionaento aoroso entre Carlos e M0duarda, e L o pra2er se so)rep4e $ racionalidade e aos valores orais.#s aposentos de M 0duarda si)oli2a a tragdia da rela-3o, aproana-3o das leis cristas e huanas, a sensualidade pag3 e e/cessivaonde n3o e/iste atitudes de respeito pelos outros.

    # aalhete est$ si)olicaente ligado % decad&ncia oral do Portugal daegenera-3o. # percurso da alia #s Maias, est$ relacionado co asodifca-4es e/istentes no aalhete. Kuando Aonso vive e "ta #l$via,aps a orte de Pedro, est$ desa)itado. Kuando Aonso e Carlos se udapara # raalhete, este ganha vida, sendo agora s)olo de esperan-a e devida. 5 no +ardi da ans3o ue se encontra dois grandes s)olos ueao longo da o)ra se transora: a cascata, uando deita $gua si)oli2a avida, e uando est$ seca representa orteS a est$tua da ?nus Citereia,si)oli2a uando lu2idia, a vida, e uando co erruge, a orte. *entrodo aalhete ta) te uita carga si)lica, coo os panos )rancose cia dos veis do escritrio de Aonso, a2endo le)rar as ortalhase L se e)rulha os ortos. Todo o historial do aalhete est$ carregado

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    de s)olos tr$gicos 7por e/eplo, o enorcaento, aps loucura, de ucunhado de Aonso8 tendo ?ila-a logo avisado ue era sepre atais aosMaias as paredes do aalheteB7Cap. .8, confrando esse aviso no Cap.O?, uando +$ consuada a cat$stroe, R$ tr&s anosG# "r. Aonso daMaia riu6se de agouros e lendasGpois atais oraB

    U proli/o cro$tico povoa #s Maias, cuprindo n3o s os postulados doipressioniso, as ta) os do si)oliso. # verelho te na o)rau car$cter duplo: ora einina e nocturna, centrpeto, ora asculina e depoder centrugo. M Monorte e M 0duarda s3o portadoras de uverelho einino, ogo ue desencadeia a li)ido e a sensi)ilidade,espalha a orte provocando o suicdio de Pedro, a orte sica de Aonsoe a orte psicolgica de Carlos. # aareloDdourado indica o car$cterardente da pai/3o, tendo u signifcado duplo: cor do ouro de ess&nciadivinaS cor da terra si)oli2ando o ?er3o e o #utono, anunciando a velhice,

    o #utono e a pro/iidade da orte. M Monorte e M 0duarda con+uga overelho 7leue negro Vnegro conotado co orte e lutoW pintado coHores verelhas, so)rinha escarlateB8 co o negro 7olhos negrosB8 e,co o aareloDdourado 7ca)elos de ouroB8, pelo ue, tanto si)oli2a avida coo a orte, o divino e o huano, a apar&ncia e a realidade, a or-aue se torna raue2a. # press$gio do sangue pode ser visto % lu2 dos netosde Aonso ue, sendo do eso sangue, se v3o envolver nua rela-3oincestuosa, anchando a honra ailiar dos Maias.

    Aonso si)oli2a os valores orais e o li)eraliso. "endo assi, co aorte de Aonso da Maia, todos os princpios orais, ue ainda e/istia e

    Portugal, aca)a. A orte instala6se no pas.

    A ei-3o tr$gica de os Maias: # tea do incesto X A presen-a dodestinoDataliso X #s press$gios X A estrutura da $)ula tr$gica dividida eY oentos. A peripcia, s>)ita uta-3o dos sucessos, verifca6se uandouiar3es v& M 0duarda e revela, a identidade desta, a 0ga, e uando M0duarda desco)re o terrvel segredo. # reconheciento, progressivo,desenrola6se e Z captulos e entre as revela-4es passa6se dias. 0ga aosa)er do parentesco dos netos de Aonso fca desorientado e vai alar co?ila-a, ue aca)a por revelar a Carlos, e este a Aonso. A cat$stroe d$6seco a orte de Aonso, vtia inocente, e co a separa-3o defnitiva dosaantes. *estino: # destino, enuanto or-a de destrui-3o, personifcadopor uiar3es ue ir$ desencadear a anagnrise 7reconheciento8 econseuente tragdia. Praticaente desde o inicio da o)ra, su)til asreuenteente, se v& a2endo reer&ncias ao destino 7Cap. o noeCarlos 0duardoS Cap. O seelhan-a de noesS uso, t reuente, depalavras da alia de adoDdestino: catalise, atalente, atais8.

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    ntriga[[[ 0-a serve6se da histria de ua alia para narrar asdesventuras de ua sociedade. Assi, o roance acopanha dois nveis deac-4es distintos, u decorrente do ttulo #s MaiasB , te por personagecentral Carlos e se su)divide nua intriga principal e nua intrigasecund$ria, outro decorrente do su)ttulo 0pisdios da vida ro9nticaB

    oca a descri-3o de eventos recreativos da sociedade portuguesa daegenera-3o, constituindo a crnica da costues. XX # nvel de ac-3odecorrente do ttulo d$6nos a conhecer a histria da alia Maia ao longodas gera-4es de Caetano, Aonso, Pedro e Carlos da Maia. A intriga principal constituda pelo roance entre Carlos e Maria 0duardaS a intrigasecund$ria dos aores de Pedro e Maria Monorte necess$ria paraconstruir a intriga central. A ac-3o das intrigas echada porue n3o h$possi)ilidade de continua-3o: Pedro suicida6se, Maria Monorte +$ orreu,Maria 0duarda e Carlos suicida6se psicologicaente perdendo acapacidade de aar, e Aonso orre. A te$tica do incesto desencadeia

    toda a intriga. XX A crnica de costues englo)a os a)iente sociais, osfgurantes e seus coportaentos, )e coo as rela-4es do protagonistaCarlos, uer co o a)iente, uer co as personagens, pelo ue osepisdios s3o ac-4es ainda ue co dura-3o liitada, ua ac-3o a)ertaporue cada episdio pode continuar. 5 undaentalente ao nvel daintriga principal ue surge a crnica de costues, pelo ue a)as sedesenvolve e paralelo.

    # Jantar no Rotel Central proporcionou a Carlos a prieira vis3o de M

    0duarda e o contacto co a sociedade de elite. 0ste +antar a radiografade 1is)oa no ue respeita % literatura, % fnan-a e % poltica. A entalidaderetrgrada de Alencar e o calculiso e ciniso co ue Cohen coenta adeteriora-3o fnanceira s3o eleentos arcantes da crise de ua gera-3o edo prprio Pas. Atravs desta reuni3o da sociedade, 0-a retrata ua cidadenu esor-o para ser civili2ada, as ue n3o resiste e aca)a por ostrar asua ipress3o, a sua alta de civili2a-3o. As liita-4es ideolgicas eculturais aca)a por estalar o verni2 das apar&ncias uando 0ga e Alencardepois de usare todos os arguentos possveis parte para atauespessoais ue culina nua cena de pancadaria, ostrando o tipo de

    educa-3o desta altaB sociedade lis)oeta ue tanto se esor-a por ser 7ouparecer8 digna e reuintada, as ue no undo grosseira.

    As corridas de cavalos s3o ua s$tira ao esor-o de cosopolitiso ue seespelha no dese+o de iitar o ue se a2 no estrangeiro e era consideradosinal de progresso, e ao provincianiso do aconteciento. Apreciaos deora irnica e caricatural ua sociedade )urguesa ue vive de apar&ncias,co destaue para a assist&ncia einina. # tra+e escolhido pela aioria daassist&ncia n3o se adeuava % ocasi3o, da alguns cavalheiros se sentiree)ara-ados co o seu chiue, e uitas senhoras tra2ere vestidos

    srios de issaB, acopanhados por grandes chapus epluados da>ltia oda, as ue n3o se adeuava ne ao evento, ne % restante

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    toilette. Critica6se ainda a alta de %6vontade das senhoras da tri)una uen3o alava uas co as outras e ue para n3o deso)edecere %s regrasde etiueta peranecia no seu posto, as constrangidas. #s hoenssurge desotivados nua pasaceira tristonhaB. A assist&ncia n3orevela ualuer entusiaso pelo aconteciento e coparece soente

    por dese+ar aparecer no Righ 1ieB dos +ornais eDou para ostrar ae/travag9ncia do vestu$rio. isicaente o espa-o degradado: o recintoparece ua uintarola, as )ancadas s3o iprovisadas, )esuntadas de tintaco palanues de arraial. # )uete fca de)ai/o da tri)una se so)rado,se u ornatoB, onde os epregados su+os achatava sanduches co as3os h>idas de cerve+a. A prpria tri)una real est$ eneitada co upano reles de esa de reparti-3o.

    # +antar e casa do Conde ouvarinho perite atravs da alas daspersonagens, o)servar a degrada-3o dos valores sociais, o atraso

    intelectual do pas, a ediocridade ental de alguas fguras da alta)urguesia e da aristocracia, dando especial aten-3o ao Conde deouvarinho e so)retudo a "ousa =eto. As personagens eite duasdierentes concep-4es so)re a educa-3o da ulher. "ousa =eto, orepresentante da adinistra-3o p>)lica, deonstra6se superfcial nas suasinterven-4es. "ousa =eto, serve a 0-a para ostrar coo se encontra acultura dos altos uncion$rios do 0stado. 0ga perce)e ue "ousa =eto nadasa)e so)re o socialiso utpico de Proudhon e ue ne capa2 de anteru di$logo conseuente, reatando co a )rilhante rase Proudhon erau autor de uita noeadaB, as n3o sa)ia ue esse flsoo tivesse

    escrito so)re assuntos esca)rososB coo o aor. Posteriorenteperguntar$ a Carlos se e nglaterra h$ literatura, revelando6se ainda aisignorante. "ousa =eto aniesta ainda a sua curiosidade e rela-3o aospases estrangeiros, interrogando Carlos, ostrando o seu aprisionaentocultural confnado %s terras portuguesas. =o aspecto e/terior le)ra oepisdio do Rotel Central, persiste as eentas rancesas, a esaeneitada de Hores, o lu/o e o aparato.

    #s episdios dos +ornais critica a decad&ncia do +ornaliso portugu&s ue sedei/a corroper, otivado por interesses econicos 7A Corneta do *ia)o8ou evidencia ua parcialidade coproetedora de ei-4es polticas. =o

    +ornal A Corneta do *ia)o havia sido pu)licada ua carta escrita por*9aso ue insultava Carlos e e/punha, e teros degradantes, a suarela-3o co Maria 0duardaS Pala Caval3o revela o noe do autor da cartae ostra aos dois aigos o original, escrito pela letra de *9aso, a troco dece il risB. A parcialidade do +ornaliso da poca surge uando =eves,director do +ornal A Tarde, aceita pu)licar a carta na ual *9aso seretracta, depois da sua recusa inicial por conundir *9aso "alcede co oseu aigo poltico *9aso uedes. A esa parcialidade surge naredac-3o de ua notcia so)re o livro do poeta Craveiro, por pertencer c$ao partidoB e ais ainda uando on-alo, u dos redactores insulta o

    Conde de ouvarinho, as logo depois di2 ue 5 necess$rio, hoea24es de disciplina e de solidariedade partid$ria.

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    A superfcialidade das conversas, a insensi)ilidade artstica, a ignor9nciados dirigentes, a oratria oca dos polticos e os e/cessos do Ultra6oantiso constitue os o)+ectivos crticos do episdio do sarau liter$riodo Teatro da Trindade. essalta a alta de sensi)ilidade perante a arteusical de Cruges, ue tocou 'eethoven e representa aueles poucos ue

    se distinguia e Portugal pelo verdadeiro aor % arte e ue, tocando a"onata Pattica, surgiu coo alvo de risos al disar-ados, depois de aaruesa de "outal di2er ue se tratava da "onata PatetaB, tornando6o ofascoB da noite. =ota6se ue o p>)lico alto6)urgu&s e aristocrata ueassistia ao sarau pouco culto, e/altando a oratria de ufno, u )achareltransontano, ue a2 u discurso )anal cheio de iagens do doniocou para agradecer ua o)ra de caridade de ua princesa, recorrendoainda a artifciosisos )arrocos e ultra6ro9nticos de pouca originalidade,as no fnal as ova-4es s3o calorosas deonstrando a alta de sensi)ilidadedo povo portugu&s.