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Optimizao de Rotas de Transporte de Doentes Programados:
O Caso da Cruz Vermelha Portuguesa Amadora Sintra
Marta dArbus Moreira Rodrigues Loureiro
Dissertao para obteno do Grau de Mestre em
Engenharia e Gesto Industrial
Jri Presidente: Accio Manuel de Oliveira Porta Nova
Orientadora: Maria Isabel Azevedo Rodrigues Gomes
Co-Orientadora: Ana Paula Ferreira Dias Barbosa Pvoa
Vogais: Ana Isabel Cerqueira de Sousa Gouveia Carvalho
Miguel Fragoso Constantino
Outubro 2010
i
Agradecimentos
Professora Isabel Salema, orientadora desta tese, pela sua exemplar orientao e
disponibilidade ao longo de todo o trabalho, e em especial, na fase da implementao do
modelo matemtico em GAMS.
Professora Ana Pvoa, co-orientadora desta tese, pela sua orientao e apoio desde a fase
inicial, e pela sua disponibilidade e preocupao at ao fim desta dissertao.
Ao Eng. Manuel Norton, director logstico do Banco Alimentar Contra a Fome, pela sua
simpatia, pelo seu tempo e pela informao extremamente til e enriquecedora.
Dr. Isabel Jonet, directora do Banco Alimentar Contra a Fome, pela sua disponibilidade e
vontade de ajudar.
Ao Comandante Armando Batista, meu orientador na Cruz Vermelha Portuguesa, por fornecer
toda a informao indispensvel realizao deste trabalho. E ao Fernando Dias, chefe da
equipa de socorro e de transporte, da unidade de socorro da delegao da CVP da Amadora
Sintra, pela sua incansvel disposio para ajudar na fase mais complicada da recolha de
dados.
Ao meu av Eduardo Arbus Moreira, sem o qual esta dissertao no seria possvel, pelos
seus contactos e pelo seu interesse e disponibilidade inesgotvel.
minha av Christa Arbus Moreira, pela sua motivao, apoio e ajuda preciosa nas
tradues.
Ao Andr e aos meus pais, pela compreenso e apoio, especialmente em alguns momentos de
menor motivao.
Obrigada!
ii
Resumo
As organizaes no governamentais, como o caso da Cruz Vermelha Portuguesa, objecto
de estudo desta dissertao, ainda tm bastante dificuldade em mobilizar recursos para as
suas actividades. Desta forma, uma gesto eficaz dos recursos pode ser essencial para o
correcto funcionamento das suas actividades.
Este trabalho surge com principal intuito de propor uma melhoria nos processos de
identificao de rotas para os doentes programados da delegao de Amadora Sintra da
Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), para que seja possvel atender um maior nmero de
pedidos de transporte com os recursos actualmente disponveis. Os doentes programados so
utentes com horrios muito pouco flexveis e que necessitam de transporte (de e para o
tratamento) com periodicidade regular.
Aps a recolha dos dados necessrios definio deste problema, foi definido um modelo
matemtico baseado no Dial-a-Ride Problem (DARP) que uma variante do Problema de
Planeamento de Rotas de Veculos ou Vehicle Routing Problem (VRP). Neste modelo, o
transporte pode ser partilhado por mais de um utente, desde que seja respeitada a capacidade
mxima da ambulncia de transporte, assim como as restries temporais de cada utente
impostas pela respectiva entidade de tratamento.
Foram analisados quatro dias de trabalho distintos e representativos da operao da CVP.
Com esta anlise, pode-se concluir que o modelo implementado permite CVP obter rotas que
minimizam os custos logsticos e, simultaneamente, melhoram a qualidade do servio prestado,
quando comparadas com as actuais rotas praticadas por esta ONG.
Palavras-chave: Problema de Planeamento de Rotas, Logstica Humanitria, Optimizao,
Transporte Partilhado, Janelas Temporais.
iii
Abstract
Non-governmental organizations such as the Portuguese Red Cross (PRC), the study-object of
the present work, still find it difficult to mobilize resources for their own activities. Therefore,
effective management of the resources may be essential for proper functioning of its activities.
This work aims mainly to propose an improvement on route identification processes for
scheduled patients of the PRC Amadora - Sintra branch, allowing them to accept and meet a
higher number of transport requests using the resources currently available. These scheduled
patients are patients with fairly inflexible schedules who need transport (to and from the
treatment) on a regular periodic basis.
After gathering the data required to define this problem, a mathematical model was produced
based on the Dial-a-Ride Problem (DARP), which is a variant of the Vehicle Routing Problem
(VRP). According to this model, transport can be shared by more than one user, as long as the
maximum capacity of the ambulance transport and the time restrictions established by the
treatment entity for each user are respected.
Four distinct and representative working-days of the PRC operations were analyzed. With this
analysis, we can conclude that the model implemented allows the PRC to obtain routes that
minimize logistic costs and simultaneously improve the quality of the service rendered, in
comparison with the current routes developed by this non-governmental organization.
Keywords: Vehicle Routing Problem, Humanitarian Logistics, Scheduled Patients,
Optimization, Shared Transport, Time Windows.
iv
ndice
Captulo 1 Introduo ............................................................................................................. 1
1.1. Caracterizao do caso de estudo Motivao ......................................................... 1
1.2. Estrutura da dissertao ............................................................................................ 3
Captulo 2 O problema da Cruz Vermelha Portuguesa Amadora - Sintra ................................ 4
2.1. Cruz Vermelha Portuguesa ........................................................................................ 4
2.2. Veculos de transporte ............................................................................................... 6
2.3. Entidades com acordos.............................................................................................. 7
2.4. Descrio da operao .............................................................................................. 9
Captulo 3 Reviso bibliogrfica: Logstica Humanitria e Planeamento de Rotas ................. 11
3.1. Logstica Humanitria .............................................................................................. 11
3.1.1. Exemplos de centros logsticos internacionais ................................................ 20
3.1.2. Exemplos de organizaes humanitrias portuguesas .................................... 21
3.1.2.1. Banco Alimentar Contra a Fome ..................................................................... 21
3.1.2.2. Assistncia Mdica Internacional - AMI ........................................................... 22
3.1.2.3. Cruz Vermelha Portuguesa - CVP .................................................................. 23
3.1.3. A Logstica Humanitria do dia a dia ............................................................... 23
3.2. Planeamento de Rotas (Vehicle Routing Problem, VRP) .......................................... 24
3.2.1. Diferentes tipos de VRP ................................................................................. 25
3.2.1.1. Capacitate Vehicle Routing Problem (CVRP) .................................................. 26
3.2.1.2. Vehicle Routing Problem Time Window (VRPTW) .......................................... 26
3.2.1.3. Vehicle Routing Problem with Pick-Up and Delivering (VRPPD) ...................... 27
3.2.1.4. Dynamic Vehicle Routing Problem (DVRP) ..................................................... 27
3.2.1.5. Split Delivery Vehicle Routing Problem (VRPSD) ............................................ 29
3.2.1.6. Dial-a-Ride Problem ....................................................................................... 29
Captulo 4 Definio do Modelo Matemtico ......................................................................... 32
4.1. Metodologia de desenvolvimento ............................................................................. 32
4.2. Recolha de Dados ................................................................................................... 33
4.3. O Modelo ................................................................................................................. 37
4.3.1. Formulao Matemtica ................................................................................. 37
4.3.2. Validao e Modificao do Modelo ................................................................ 42
4.3.3. Aplicao ....................................................................................................... 49
4.4. Concluso ............................................................................................................... 50
Captulo 5 Resoluo do Caso de Estudo ............................................................................ 51
5.1. Dia 1 ........................................................................................................................ 51
5.2. Dia 2 .......................................................................................................