terminal de passageiros multimodal interestadual de lapão - bahia

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trabalho de conclusão de curso I giovanne lopes vilela morais terminal de passageiros multimodal interestadual de lapão - bahia Orientador: Prof° me. tiago duarte rézio anápolis, 09 de junho de 2016

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Trabalho de Conclusão de curso de graduação apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de curso 1, do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade Metropolitana de Anápolis – FAMA Orientador: Prof. Me. Tiago Duarte Rézio

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Page 1: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

trabalho de conclusão de curso I

giovanne lopes vilela morais

terminal de passageiros multimodal interestadual de lapão - bahia

Orientador: Prof° me. tiago duarte rézioanápolis, 09 de junho de 2016

Page 2: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

GIOVANNE LOPES VILELA MORAIS

TERMINAL DE PASSAGEIROS MULTIMODAL INTERESTADUAL DE LAPÃO - BAHIA

Trabalho de Conclusão de Curso de

Graduação apresentado à disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso 1, do curso de

Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade

Metropolitana de Anápolis – FAMA

Orientador: Prof. Me. Tiago Duarte Rézio

ANÁPOLIS 2016

Page 3: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

O sonho é que leva a gente para a frente. Se a gente for seguir a razão, fica aquietado, acomodado.

Ariano Suassuna.‘‘

‘‘

Page 4: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

resumo

O presente trabalho visa dar embasamento teórico para o desenvolvimento de um projeto arquitetônico de um terminal intermodal de passageiros para a cidade de Lapão. Os Terminais de passageiros, sejam eles urbanos ou interurbanos tem uma importância significativa na composição de um município, já que o transporte é uma parte crucial da organização das grandes cidades. (GIMENES, 2005)

A cidade escolhida para esse trabalho é Lapão, cidade que conta com variados fluxos de pessoas e cargas na região de Irecê, na Bahia, sendo uma das principais cidades da região. Lapão no momento não conta com nenhum equipamento que dê suporte para todos esses tipos de usuários. O que dificulta e eficiência de uma estrutura que atenda sua demanda, criando um terminal eficaz ajudando a estrutura para essa população. O terminal por sua vez terá a função de contribuir para o desenvolvimento social e econômico para a cidade.

Palavras chave: Terminal rodoviário, Lapão-BA, transporte urbano, análise territorial.

Page 5: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

sumárioIntrodução ............................................................................................................................. 5 Leitura do território ............................................................................................................... 7

1.1. Histórico e evolução urbana ........................................................................................ 8

1.2. Lapão no contexto regional ....................................................................................... 12

1.2.1. Localização de Lapão macrorregional e sua potencialidade nodal ....................... 15

Classificação dos terminais rodoviários de passageiros. ........................................................ 17

2.1. O transporte interurbano e sua relação com o município de Lapão.............................. 19

2.2. Análise e diagnóstico do transporte interurbano ......................................................... 20

2.3.Definição dos usuários ................................................................................................ 23

Leitura do Sítio .................................................................................................................... 24

3.1. Avaliação do terreno de implantação .......................................................................... 25

3.1.1. Condicionantes legais ........................................................................................ 25

3.1.2. Condicionantes geográficos e ambientais .......................................................... 26

3.1.2. Polos geradores de Transito e Medidas mitigadoras ........................................... 26

Propostas projetuais ............................................................................................................ 28

4.1. Estudos de caso ........................................................................................................... 28

4.1.1. Dart Central Station / Substance Architecture .................................................... 29

4.1.2. Terminal Rodoviário Consórcio Novo Terminal ................................................ 29

4.1.3. Expo 1967 (Montreal): Pavilhão da Alemanha, Frei Otto .................................. 31

4.1.4. Bus Rapid Transit, Porto Alegre ........................................................................ 31

4.1.5. Terminal de ônibus Nevsehir / Bahadil Kul architects ........................................ 32

4.1.6. Marrakech Central Bus Terminal ....................................................................... 33

4.1.7.Síntese dos estudos de casos e prognoses ........................................................... 34

4.2. Diretrizes Projetuais .................................................................................................... 35

4.2.1. Conceito Arquitetônico ...................................................................................... 35

4.2.2. Partido Arquitetônico ........................................................................................ 36

4.2.3. Programa e Pré-dimensionamento...................................................................... 37

4.2.4. Fluxogramas ...................................................................................................... 38

4.2.5. Proposta preliminar ........................................................................................... 39

Considerações Finais ............................................................................................................ 43

Referências bibliográficas .................................................................................................... 44

Anexos ................................................................................................................................. 46

Page 6: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

introduçãoLapão é uma cidade localizada na microrregião de Irecê (Território de Identidade de

Irecê), Chapada Diamantina Setentrional, no estado da Bahia, sendo a segunda cidade mais

populosa dessa região. Porém, sofre bastante influência da principal cidade da região que é

Irecê, cidade polo. Lapão é definida como cidade local, (SANTOS, 1982) define cidade local

“[...] entende-se como cidade local, um organismo urbano que atende as necessidades

primárias e imediatas das populações locais, abrangendo organismos de tamanhos diversos,

fornecedores de diferentes serviços, conforme a época e o onde se situam”.

A base econômica de Lapão é o agronegócio e a agricultura familiar, tendo forte

relação histórica com o desenvolvimento econômico e urbano da cidade. Recentemente outros

setores tem ganhado força no cenário econômico da cidade, sendo eles: construção civil,

serviços, comércio e indústrias. Segundo estudos de Leitão, (2011) todo ano Lapão tem

crescimento populacional no período de plantio e colheita (sazonal) - culturas principalmente

de cenoura, mamona e cebola - especificamente no período de chuvas, entre os meses de

novembro a março. Essa atração gera fluxos de pessoas a procura de emprego em especial na

zona rural.

Irecê, tem grande influência nas cidades adjacentes e segundo as definições de Santos,

(1982), possui características de cidade primacial. A cidade primacial por sua vez tem

características de monopolizar todos os processos essenciais da cidade, e a amplificação dessa

localidade acontece por meio dos outros organismos urbanos vizinhos, o que tende a crescer

cada vez mais num ritmo acelerado.

A cidade é cortada pela BA-432, que liga a parte superior do Nordeste a outras regiões

do Brasil, principalmente a Sudeste. Consequentemente, toda a população que está se

deslocando, obrigatoriamente passam por Lapão. Esse fluxo já é aproveitado por algumas

empresas de Lapão lindeiras da rodovia, em especial postos de gasolina, pontos de apoio para

caminhoneiros e hotéis/pousadas

Outro gerador de fluxos é o deslocamento de pessoas que moram na zona urbana e

rural de Lapão para a cidade primacial da região (Irecê), na procura de serviços mais

especializados. Nesse contexto de cidade nodal, uma das questões que ganham força no

diálogo entre os governantes é o transporte público urbano e interurbano realizado

prioritariamente por rodovias.

5

Page 7: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Em relação ao transporte rodoviário, ele é o sistema de transporte interurbano de

passageiros mais utilizado no Brasil, devido à grande abrangência da malha rodoviária, pela

regularidade dos serviços oferecidos, bem como das tarifas mais acessíveis em relação a

outros sistemas, como o transporte aéreo Freitas (et al 2011). Ainda segundo os autores o

transporte rodoviário, é fundamental para o deslocamento de pessoas pelos municípios em um

país com as dimensões do Brasil, e se apresenta como uma atividade significativa na

construção social e econômica de uma nação.

Para Soares (2006), os terminais rodoviários de passageiros atuam como fatores de

integração nacional, constituindo um importante componente da infraestrutura de transporte e

contribuem para a acessibilidade, mobilidade, geração de serviços e desenvolvimento urbano.

A interligação entre transporte e mobilidade se dá, à medida que embora eles não

signifiquem a mesma coisa, o segundo é consequência da eficiência do primeiro, sendo que a

mobilidade é um direito inerente à condição de cidadão e seu reconhecimento é uma

conquista social. (HERCE, 2009, Apud. CASTRO, 2013, p.03)

O desenvolvimento do trabalho terá suporte em uma bibliografia referente ao tema

para a conceituação teórica e em estudos de caso de terminais rodoviários de passageiros e

terminais intermodais de referência, focando nas consequências de sua implantação e nos

equipamentos necessários para sua perfeita.

A metodologia de pesquisa utilizada para a realização desse trabalho se baseará em

três etapas:

Pesquisa bibliográfica: Para os estudos teóricos pesquisar e analisar a bibliografia

publicada relacionada ao tema e a partir dela montar a conceituação teórica e histórica do

trabalho. Essa pesquisa será feita nas bibliotecas das universidades pessoalmente, em órgãos

públicos responsáveis pelo setor de transporte e pela internet.

A pesquisa será desenvolvida na investigação de Estudos de caso. Pesquisar e estudar

pelo menos dois projetos de Terminal rodoviário de passageiros/Terminal intermodal,

buscando entender o impacto gerado por estes equipamentos em seu local de implantação e

sua influência na vida urbana, bem como sua funcionalidade e acessibilidade espacial.

Levantamento: Levantar dados focado na avaliação do transporte público da cidade de

Lapão com base nos estudos de Ferraz com o método (SERVQUAL), para entender a real

necessidade e a opinião dos usuários.

6

Page 8: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

1. leitura do território

7

Page 9: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

1.1. histórico e evolução urbana

O município de Lapão está localizado na Zona Fisiográfica da Chapada Diamantina

Setentrional, no oeste baiano. Apresenta uma extensão territorial de 605 KM² ficando distante

da capital do estado (Salvador) 478 Km. De acordo com dados do IBGE relativos ao censo de

2010 a população é de 25.646 habitantes. Desse total 10.050 são residentes urbanos e 15.596

residem na zona rural. A densidade demográfica é de 42,38 habitantes / Km². Baseados em

dados estimados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2015 a

população absoluta é de 27.521 habitantes e a densidade demográfica é de 45,48 hab/ Km²

MG

ES

SE

PE

Irecê

200 250KMN

GO

PI

TO

salvador

0 50 100 150

Figura 01: Mapa do estado da Bahia, em destaque região de Irecê

Fonte: IBGE, adaptado pelo Autor.

8

Page 10: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

O processo de povoamento territorial da cidade se deu nos primeiros anos do século

XIX, onde fora descoberta uma caverna que armazenava água vinda das chuvas. Após a

descoberta dessa falha geográfica pessoas começaram a povoar aquele entorno. Logo o

povoado teve crescimento contínuo, devido a sua posição estratégica. Segundo Panerai,

O crescimento continuo caracteriza-se pelo fato de que, a cada estágio do processo,

as extensões se fazem pelo prolongamento direto de porções urbanas já construídas.

A aglomeração apresenta-se como um todo cujo centro antigo constitui o polo

principal. (PANERAI, PHILIPPE, 2006 p.55.)

O crescimento da vila ao redor dessa falha geológica, tem características muitos

similares ao polo de crescimento definido por Panerai, (2006), em que é, ao mesmo tempo a

origem, ou seja, a aglomeração a partir de qual se dá o crescimento.

Na década de 40, a pequena vila já era uma das principais localidades da região,

devido ao comércio forte com a principal feira livre da região. Esse crescimento é explicado

pela facilidade de chegar na cidade e assim vinham pessoas de todas povoados das regiões

próximas. A partir desse período foram criadas várias estradas que ligavam a vila até a vila.

Na década 1940 foi construída a BA-432 que ligava diretamente a Vila Lapão até a

cidade Irecê. Com isso, a partir desse período o crescimento da cidade se dá em direção a

Irecê.

LAPÃOTANQUINHOLAGOA DOS PATOSAGUADA NOVA

BELO CAMPOVILAS

ESTRADAS TERRABA’S / BR’SLIMITE DISTRITALLIMITE MUNICIPALPERÍMETRO SEDE

RODAGEM

LEGEADO DEPAU D’ARCO

N

Belo Campo (Imagem 1) é o mais importante deles em termo de economia. Chegou a ser o maior produtor de feijão do município de Lapão.Aguada Nova (Imagem 2) é o maior distrito em termo de população, e de muitos irrigantes. Tanquinho (Imagem 3) conta com o único colégio estadual, além do localizado na sede do município.FONTE: IBGE

belo campoIMAGEM 1

aguada novaIMAGEM 2

tanquinhoIMAGEM 3

LAPÃO: DIVISÃO TERRITÓRIAL MUNICIpAL, VIAS E PRINCIPAIS DISTRITOS

Figura 02: Lapão (2016): Divisão Territorial municipal, vias e principais distritos.

Fonte: Autor do Trabalho

Linha do tempo cidade de Lapão

Descoberta fonte do Lapão

1900Criação da BA-432

1960Renovação

Infra-Estrutura urbana

2000

formação da paisagem urbana da cidade

1940Emancipação de

Lapão

1986Lapão atualmente

2016 Figura 03: Linha do tempo Lapão Bahia.

Fonte: Autor do trabalho

9

Page 11: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Na década de 80, quando foi emancipada, a cidade de Lapão começou a crescer para

nordeste, onde existe hoje as Zonas de Expansão de Interesse Social. Nesses locais existem

conjuntos habitacionais de pessoas com menor poder econômico.

Em 2006 a cidade criou o Plano Diretor participativo, vários pontos são importantes

nesse documento. Um dos pontos principais foi a criação de zonas específicas de interesse, onde

cada zona tem suas características e peculiaridades.

Abaixo temos o mapa de cheios e vazios baseada em imagens de satélites do Google

Earth datada no ano de 2014. Nota-se nas regiões periféricas com quantidade numerosa de

residências, resultado do Plano Diretor, que norteou todo crescimento de Zonas de Interesse

Social para aquele ponto.

Com base nas informações do plano diretor participativo, mapas importantes para maior

entendimento da cidade foram inseridos no trabalho. São os mapas de setores e o mapa Noli

(cheios e vazios). A demarcação dos setores teve como objetivo identificar as principais

características do entorno imediato.

No centro temos os principais vazios das cidades, as praças Bráulio Cardoso e Praça da

fonte e Sociedade Cultural Lapoense. Locais importantes para desenvolvimento econômico e

cultural da cidade.

As regiões que circundam o centro, em grande maioria são de residências que foram

construídas a mais tempo. Tempo em que a cidade ainda era Vila de Irecê, nota-se a cultura dos

quintais, onde grande parte das quadras não existem construções.

N

Mapa de Cheios e Vazios

Figura 04: Mapa de cheios e vazios de Lapão

Fonte: Autor do trabalho

Figura 05: Mapa de evolução territorial sede de Lapão

Fonte: Autor do trabalho

ANO 1940

N N

Esc 1:10000ANO 1900 Esc 1:10000

ANO 1980 Esc 1:10000ANO 1960 Esc 1:10000

ANO 2015 Esc 1:10000ANO 2000 Esc 1:10000

N N

N N

10

Page 12: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

ZPA

N

Figura 08: Mapa de setores e áreas de influência

Fonte: Autor do trabalho.

SETORES E BAIRROSA demarcação dos setores teve como objetivo identificar as principais características do entorno imediato.

SETOR CENTRAL

SETOR INSTITUCIONAL

SETOR DA FEIRA LIVRE

SETOR HABITAÇÕES SOCIAIS

SETOR ESPORTIVO

SETOR MORADIA RAREFEITA

SETOR DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

SETOR DO ENTORNO À RODOVIA

MAPA DE SETORES E BAIRROS

MAPA DE divisão territorial DE LAPÃO-BA

ZCSZCS

ZRC

ZRC

ZOR

ZUPZEP

ZEIS

ZEIS

ZEIS

ZDE

ZPA

ZPA

ZPA

SETORES, ZONEAMENTO E OPERAÇÃO URBANAZCS - ZONA COMERCIAL E DE SERVIÇOSZRC - ZONA RESIDENCIAL CENTRAL ZUP - ZONA DE URBANIZAÇÃO PRIORITÁRIA

ZEP - ZONA DE EXPANSÃO PRIORITÁRIAZEIS - ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL

ZDE -ZONA DE DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICOZPA - ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

ZOR - ZONA DE OCUPAÇÃO RAREFEITA

MAPA zoneamento

Figura 06: Mapa de divisão territorial de Lapão

Fonte: Autor do trabalho

Figura 07: Mapa de Zoneamento de LapãoFonte: Plano Diretor Participativo de Lapão, adaptado pelo autor.

11

N

zona urbana (sede)

zona rural (cinza)

LAPÃOTANQUINHOLAGOA DOS PATOSAGUADA NOVA

BELO CAMPORODAGEM

LEGEADO DEPAU D’ARCO

Page 13: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

1.2. lapão no contexto regional

MUNICÍPIOS DO TERRITÓRIO DE IRECÊ

MAPA DE RODOVIAS DO ESTADO DA BAHIA

N

lapão

Irecê

xique-xique

itaguaçu dabahia

jussara

centralSão gabriel

joão douradoirecêuibaí

presidentedutra

lapão américa dourada

ibititá

ibipeba

barra domendes

barro alto

canarana cafarnaum

mulungu do morro

ipupiara

valores abusolutos

limite território de identidade

9.285 > 12.241

12.241 >15.197

15.197 > 18.154

18.154 > 21.110

22.110 > 66.191

gentio do ouro

Lapão

SALVADOR

CAPITAIS REGIONAIS

LAPÃO

Segundo o Plano Diretor Participativo (PDP) da cidade de Lapão, a história da ocupação do município de Lapão está diretamente ligada à do município de Irecê, de onde foi desmembrado, Lapão eleva-se à categoria de Município, em Nove de Maio de 1985, pelo

Decreto Lei Estadual n° 4.445. A partir daí, com uma extensão territorial de 605km², limitando-se com os municípios de América Dourada, Ibititá, Canarana e Irecê. Lapão começa a desenvolver como um Município indepedendente política e administrativamente.

Figura 09: Mapa Região de Irecê em destaque Lapão

Fonte: IBGE, adaptado pelo autor do trabalho.

Figura 10: Censo Demográfico, região de Irecê

Fonte: IBGE, 2010

Segundo a SEI, (Superintendência de estudos econômicos e sociais da Bahia), a

economia da cidade de Lapão em 2014 comparado aos outros municípios da região foi a

terceira cidade que mais criou postos de trabalho. Os principais setores de crescimento neste

ano, foram os setores da construção civil, comércio e serviços e indústria de transformação.

As indústrias de transformação têm ganhado força nos últimos anos, em especial a Industria de Beneficiamento da Mamona e Girassol, onde é retirado o óleo da mamona para criação de biocombustíveis. Dados da SEPLAN-BA (Secretaria de Planejamento) indicam que Lapão responde por 100% da produção de girassol no estado da Bahia e é a maior

produtora de mamona do estado com produção de 67,10%. O beneficiamento desses itens, gera uma relação de troca com o campo, o que faz com que exista um desenvolvimento sustentável e econômico na cidade.

Figura 11: Mapa de rodovias no estado da Bahia, em destaque região de Irecê.

Fonte: Ministério dos transportes, adaptado pelo autor

12

Page 14: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

O municipio se tornou emancipado politicamente e administrativamente somente há

30 anos. Porem, Lapão ainda depende da cidade vizinha, pois tem carência em vários serviços

que há uma necessidade de especialização como comércio, saúde, lazer, educação entre

outros.

Vários fatores encontrados na Cidade de Lapão demonstram que a mesma ter

características de cidade passagem, dentre elas: a carência no setor de serviços da cidade de

Lapão gera inúmeros deslocamentos para a cidade principal, somada a população que vem da

zona rural do município a procura dos variados tipos de serviços que só é encontrado em

Irecê. Outro fator que aumenta o deslocamento são as pessoas que residem na área urbana de

Lapão e trabalham em Irecê

A demanda de viagens por trabalho engloba os atores que necessitam morar em uma cidade e vender sua força de trabalho em outra configurando o efeito conhecido popularmente como “cidade dormitório” versus cidade industrial. São deslocamentos feitos basicamente em um raio de 100 (cem) quilômetros da cidade polo (SILVA, ANTONIO 2009 p 09).

Outras pessoas se deslocam para vender ou comprar seus produtos em outros centros urbanos e o deslocamento é feito também pelo sistema de transporte. Assim se enquadram os pequenos produtores rurais que diariamente vão colocar seu excedente nas feiras livres das cidades e os representantes comerciais que fazem à intermediação empresa-empresa, garantindo o abastecimento dos pequenos empreendimentos no interior do estado baiano. É comum também as pessoas buscarem em centros urbanos maiores os serviços de saúde, e manutenção de equipamentos físicos, a exemplo de conserto e reparos de motores, veículos, computadores, etc. Sabe-se que essas redes de prestadores de serviço se aglutinam em cidades de porte médio e grande devido à operacionalização de seus custos (SILVA, ANTONIO 2009, p 09).

Ainda de acordo com Gaudemar (1977, p. 192), “[...] a mobilidade da força de

trabalho surge então como uma condição necessária, se não suficiente da gênese do capitalismo e como um índice do seu desenvolvimento”.

Segundo Andrade temos as definições dos tipos de cidades médias e o que isso influi

no crescimento econômico das mesmas:

a) cidades de atração (que combinam alta imigração com baixa emigração, alta imigração com média emigração e média imigração e baixa emigração) b) cidades de repulsão (que combinam alta emigração com baixa imigração, alta emigração com média imigração e média emigração com baixa imigração); c) cidades de passagem (que combinam alta imigração com alta Emigração.); ANDRADE, THOPSOM, (1999. p.266)

Seguindo as suas observações sobre as cidades de médio porte, Andrade discorre de

forma mais detalhada sobre a influência que as cidades de atração causam nas cidades de

passagem vizinhas.

Irecê Lapão Distritos de Lapão

13

Page 15: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

[...]. Com base nessas duas observações, verifica-se que as cidades de atração apresentaram na década de 80 um papel importante para o processo de desconcentração populacional, na medida em que atraíram um fluxo imigratório relativamente maior do que aquele das regiões metropolitanas, e ainda permaneceram ocupando a melhor posição (entre os demais agrupamentos) em termos do nível de pobreza vigente ao final da década[...] ANDRADE, THOPSOM, 1999. p.267).

Logo depois Andrade define o que são cidade de passagem

Mas nas cidades de passagem (agrupamento formado por aquelas cidades que combinam altas taxas de imigração com altas taxas de emigração) o patamar inicial da pobreza foi o mais elevado. Essas cidades provavelmente funcionaram como “etapa” de trajetórias migratórias rumo a centros urbanos cujo leque de oportunidades de trabalho e renda para os imigrantes fosse maior. [...] (ANDRADE, THOPSOM, 1999. p.268).

galpõesuso e ocupação - influência da rodovia

oficinasrestaurantesposto combustível estacionamentospousadavias de acessoinstitucional

irecê

zona rural

zona rural

local de implantaçãodo terminal

centro de lapão N

Figura 12: Uso e ocupação – Influência da BA 432

Fonte: Autor do trabalho

14

Page 16: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Figura 13: Mapa de fluxos dos deslocamentos entre rodoviárias no Brasil

Sem escala: Fonte: Anuário estatístico dos transportes terrestres, 2005. ANTP

1.2.1. LOCALIZAÇÃO MACROREGIONAL E SUA POTENCIALIDADE NODAL.

Localizada entre fluxos migratórios Lapão além de ter característica de cidade

dormitório e nodal microrregional, tem potencial de se tornar uma localidade conectada à rede

de transportes macrorregional. Irecê atualmente cresce descontroladamente e sem

planejamento, ocasionando inchaço populacional, causando congestionamentos, o que limita a

fluidez de transportes de grande porte no centro da cidade (onde é localizada sua rodoviária

atualmente saturada).

O avanço da divisão técnica e territorial do trabalho e as transformações

decorrentes das novas formas de comunicação ampliaram a organização em redes de produção e distribuição, de prestação de serviços, de gestão política e econômica - cujos nós são constituídos pelas cidades. Nesse contexto, “a ideia de rede [...] chama a atenção para a complexidade das interações espaciais, resultantes do conjunto de ações desencadeadas em lugares mais ou menos longínquos” (DIAS, 2005, p. 23).

LAPÃO

15

Page 17: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Região de Influência, destaca-se a estrutura da rede, indicando conexões diretas ao centro principal e conexões mediadas por um centro secundário. No mesmo mapa está representada a hierarquia dos centros pertencentes a rede e daqueles a ela adjacentes. Além disto, estão apresentadas, em cinza, todas as ligações dos centros - acima do nível local - relativas à busca por bens e serviços, informadas no questionário da pesquisa. A presença de uma ligação indica que o centro foi apontado como opção (de primeira, segunda, terceira ou quarta ordem) para algum (s) dos itens pesquisados. O segundo mapa é o de conexões externas. Neste, são apresentadas as quatro principais ligações de cada um dos centros da rede acima do nível local. Neste caso, as l igações representam o conjunto da intensidade de ligações empresariais ( A p ê n d i c e ) e d a s u b o r d i n a ç ã o d a administração pública federal. Só estão representados no mapa– com a sua hierarquia na rede – aqueles centros que possuem alguma conexão.Fonte: IBGE

LAPÃOTANQUINHOLAGOA DOS PATOSAGUADA NOVA

BELO CAMPORODAGEM

LEGEADO DEPAU D’ARCO

N

N

0 10 20 40 60 80

conexões região Irecê conexões município de lapão

lapão

Irecê

KM

Figura 16: Mapa de fluxos dos deslocamentos na região de

Irecê

Fonte: Autor do Trabalho

Figura 17: Mapa de fluxos dos deslocamentos de Lapão e

interior

Sem escala: Fonte: Autor do Trabalho

Figura 15: Mapa de conexões externas Nordeste.

Fonte: Anuário estatístico dos transportes terrestres, 2005.

ANTP

Figura 14: Mapa de regiões de influência de deslocamentos da Bahia

Fonte: Anuário estatístico dos transportes terrestres, 2005. ANTP

16

Recife

Goiânia

Salvador

Brasília

Maceió

Ilhéus - Itabuna

Palmas

Caruaru

Aracaju

Petrolina - Juazeiro

Barreiras

AraguaínaJoão Pessoa

Montes Claros

Campina Grande

Feira de Santana

Juazeiro do Norte

Vitória da Conquista

Irecê

JequiéBrumado

Jacobina

Guanambi

Eunápolis

Paulo Afonso

Senhor do Bonfim

Bom Jesus da Lapa

-35°-40°-45° -50°

0 95 19047.5Km

Região de Influência-30°

Recife

VitóriaUberaba

Capanema

Brasília

Arapiraca

Salvador

Barreiras

Salgueiro

São Paulo

Castanhal

Serra Talhada

Montes Claros

Rio de Janeiro

Belo HorizonteTeixeira de Freitas

Conselheiro Lafaiete

Pará

Bahia

Mato Grosso

Goiás

Piauí

Minas Gerais

Maranhão

Tocantins

Ceará

São Paulo

Paraná

Mato Grosso do Sul

Paraíba

Espírito Santo

Rio de Janeiro

Rio Grande do Norte

-40°-50°

-10°

-20°

0 260 520130Km

Conexões Externas

Lapão Lapão

Conexões externas

Hierarquia dos centros

Metrópole Nacional

Metrópole

Capital Regional A

Capital Regional B

Capital Regional C

Capital Subregional A

Capital Subregional B

Centro de Zona A

Centro de Zona B

Centros da rede

Grande Metrópole Nacional

Centros externosa rede

Ligações dos centros da rede

Primeira (ligação mais intensa)

Segunda

Terceira

Quarta

Hierarquia dos centros

Metrópole Nacional

Metrópole

Capital Regional A

Capital Regional B

Capital Regional C

Capital Subregional A

Capital Subregional B

Centro de Zona A

Centro de Zona B

Centro Local

Grande Metrópole Nacional

Região de Influência

Estrutura da rede

Vínculo direto aocentro principal

Vínculo a centrossecundários

Intensidade de ligações(Busca por bens e serviços)

Maior

Menor

Page 18: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

2. classificação dos terminais de passageiros

17

Page 19: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Comumente chamados de rodoviárias, os Terminais Rodoviários de passageiros são

caracterizados como importantes componentes na infraestrutura urbana. Além de

contribuírem para a mobilidade e acessibilidade, se constituem como um importante fator de

integração nacional, e geradores de empregos de mão-de-obra, serviços e impostos. Desse

modo, impulsionam o desenvolvimento urbano, regional e nacional (SOARES, 2006).

Segundo Soares (2006), o terminal rodoviário de passageiros consiste numa estrutura

física e operacional, especialmente construída para esse fim, na qual são desenvolvidas as

atividades que possibilitam deslocamentos internos e a transferência eficiente, eficaz e segura

do passageiro do modal de transporte utilizado até o ponto destinado ao embarque no ônibus

na rodoviária e vice-versa.

Vuchic (1986) apud Soares, (2006) define que um terminal, sob o ponto de vista

estrito, é o ponto final de uma ou mais linhas de ônibus, mas de qualquer forma, o termo é

muitas vezes usado para amplas estações com comodidades para os passageiros, com salas de

espera, box para a venda de bilhetes e outros. De acordo com Gouvêa,

Um terminal de passageiros se caracteriza como um elemento de apoio ao sistema de

transportes através do qual se processa a interação entre indivíduo e serviço de

transporte. Este elemento pode representar o ponto final de uma viagem ou um

ponto intermediário para transferência a outro modo de transporte, durante uma

viagem. Assume aspectos mais variados, desde um simples ponto de parada de

ônibus, até um terminal multimodal e cada um possui características próprias que

condicionam a sua operação e localização (GOUVÊA, 1980, p. 16)..

Pode-se dizer que o terminal, como um elemento de apoio, é capaz de promover uma

maior eficiência do sistema de transportes, contribuindo para sua melhor utilização. Se a

capacidade não for adequada, poderá trazer transtornos ao mesmo.

Um Terminal Rodoviário de passageiros caracteriza-se por ser um ambiente onde

pessoas e veículos devem transitar com o máximo de conforto e eficiência, estimulando

continuamente sua utilização para locomoção coletiva, e fortalecendo o desenvolvimento

econômico e social da população (ARRUDA, 2013).

De acordo com Gouvêa (1980), os terminais rodoviários de passageiros classificam-se

quanto ao modo de transporte e quanto à organização política administrativa da origem e

destino das viagens. Quanto ao modo de transporte, classificam-se em unimodais e

multimodais,

18

Page 20: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Terminal uni modal: é aquele que presta serviços a um único modo de transporte. - Terminal multimodal: serve a mais de uma modalidade de transporte integrado e na maioria das vezes representa um ponto de transbordo necessário para se atingir o destino final. É um tipo de terminal mais característico dos grandes centros urbanos

(GOUVÊA, 1980, p.19).

A classificação quanto à organização política administrativa da origem e destino das

viagens, é definida em: terminais urbanos, interurbanos, interestaduais e internacionais:

- Terminais urbanos: quanto os pontos extremos da viagem, ou seja, os terminais, estão localizados numa mesma cidade ou área metropolitana. Visando atender aos transportes urbanos, suburbanos e intermunicipais de pequena distância, quando existe uma dependência socioeconômica entre os núcleos servidos, provocando um movimento diário de pessoas de um a outro núcleo urbano. Os usuários dos terminais urbanos, normalmente, se caracterizam pela ausência de bagagens, pequena permanência no terminal, e grande parte deles realizam viagens pendulares

de frequência diária.

Terminal interurbano: quando os pontos extremos da viagem estão localizados em núcleos urbanos socioeconômicos independentes, origens e destinos das linhas de transporte interurbano. Estes terminais poderão atender às condições de serviço e transporte de média e longa distância entre os núcleos urbanos. Os usuários deste terminal poderão ter um tempo de permanência maior e portarem bagagens, o que

exige uma infraestrutura maior de serviços para o seu atendimento. –

Terminal interestadual: para serviço às linhas de transporte entre núcleos situados em unidades diferentes de federação. Estes terminais poderão, do ponto de vista dos

usuários, assumir as características dos terminais urbanos e interurbanos.

Terminal internacional: apresenta as mesmas características citadas para os terminais interurbanos e interestaduais, com a diferença de que são geralmente, de maior porte e possuem uma maior gama de serviços e comércio (GOUVÊA, 1980, p.

20 e 21).

2.2. o transporte interurbano e sua relação com lapãoA falta de um terminal rodoviário na cidade de Lapão causa inúmeros problemas para a

cidade, principalmente em horários de pico.

O centro da cidade é tomado por ônibus que chegam das redondezas. A centralidade da

cidade não comporta essa quantidade de ônibus, o que acaba por gerar tumultos,

congestionamentos (principalmente na Rua Antônio Dourado Sobrinho), onde ficam os ônibus

dos alunos da zona rural, que estudam no Colégio Estadual Justiniano de Castro Dourado.

Outro problema é o uso do espaço público indevido nas vias da Praça Bráulio Cardoso,

para benefício particular. Pessoas com seus automóveis não podem estacionar no local, onde os

ônibus de uma empresa privada estacionam seus veículos, local esse que não há nenhuma

sinalização que delimite o uso do espaço para veículos particulares eu dê prioridade para os

ônibus naquele local.

19

Page 21: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

2.3 ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DO TRANSPORTE INTERURBANO Ferraz (2004) cria padrões e métodos avaliativos da qualidade do transporte público

municipal. A partir desses padrões (tabela 1) foram obtidas respostas dos usuários do transporte

coletivo, sendo apresentados a seguir os principais gargalos enfrentados pelos usuários dessa

localidade. O levantamento de dados utilizado foi feito com o uso da internet onde a população

respondeu um questionário estruturado, conforme o modelo da tabela abaixo:

20

Page 22: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

A pesquisa foi realizada entre os dias 10/09/2015 a 10/10/2015, e antes de responder o

questionário a pessoa devia ter uma conta no site hospedeiro, o que dificulta uma pessoa votar

duas vezes ou mais na enquete. Apenas pessoas acima de 18 anos poderiam deixar sua

opinião. A pesquisa teve a opinião de 75 pessoas, aproximadamente 1,25% da população da

cidade. Mais detalhes da pesquisa no Anexo (1).

21

Page 23: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO DE LAPÃO

Quadro 1: Avaliação da população sobre o transporte urbano

A insatisfação da população é nítida. A partir dos resultados das entrevistas realizadas

76,5% das perguntas realizadas obtiveram resultado ruim. A única opção que obteve resultado

“bom” não depende da empresa de ônibus, pois a declividade é um condicionante natural da

geografia do local.

22

Page 24: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

2.3 Definição do usuário

A implantação de uma rodoviária interfere na vida da cidade e, claro de muitas

pessoas. Não somente na vida das pessoas que se beneficiam com o serviço prestado na

mesma, mas, também de todos os que iram exercer alguma atividade prestando serviço.

O público que mais necessita desse serviço, são as pessoas da zona rural da cidade de

Lapão (cerca de 16 mil habitantes segundo o IBGE que se deslocam para a sede do município

ou precisam ir para a cidade polo da região (Irecê). A maior demanda é de estudantes, donas

de casa e agricultores, pois são os que mais usam o transporte coletivo na cidade, por questões

econômicas e de único meio de transporte público ofertado naquela região. Entretanto, as

pessoas que moram na sede do município também vão usufruir dessa estrutura, para fazer

viagens para zona rural, viagens intermunicipais (Lapão/Irecê, Lapão/Feira de Santana,

Lapão/Jacobina, Lapão/Salvador, Lapão/Barreiras) e interestaduais. (O que hoje depende da

cidade vizinha para conseguir fazer esse tipo de viagem.)

Contudo, outra faixa da população que usará esse empreendimento serão as pessoas

que fazem viagens com distancias maiores. Sendo um ponto de apoio e parada para essa

população transitória, pois a rodovia que corta a cidade de Lapão (BA-432) é uma via que faz

ligação entre as regiões nordeste/sudeste do Brasil.

Figura 18: Os retirantes

Fonte: Candido Portinari, 1944

23

Page 25: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

3. leitura do sítioO estudo do lugar foi dividido em duas partes, pois a legislação básica para inserção

de um terminal rodoviário segue um manual (MITERP - manual de implantação de

rodoviárias) que padroniza, define e auxilia futuros empreendimentos desse tipo.

O manual de implantação de rodoviárias (MITERP) conta com uma ficha para

avaliação de terrenos de implantação (ANEXO 2), após o preenchimento desse questionário o

empreendedor terá pleno conhecimento do local onde ele pretende instalar o terminal

rodoviário. A segunda parte é relacionada ao estudo do lugar, em especial as condicionantes

geográficas e ambientais existentes no local de implantação do terminal rodoviário

(topografia, ventos dominantes, insolação, agentes externos.

24

Page 26: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

3.1.1. condicionantes legaisO Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de passageiros - MITERP (1986),

em Diretrizes para Avaliação, cita que a escolha da localização de terminal deve atender a

determinados parâmetros específicos, conforme descritos a seguir:

Considera-se como solução mais conveniente para localização do terminal aquela que, harmonizada com o planejamento urbano da cidade e com o sistema viário local, de forma a atender satisfatoriamente aos interesses do passageiro e das transportadoras que irão operar no terminal. A conciliação da localização do terminal com o interesse de planejamento urbano da cidade será avaliada em conformidade com os planos ou tendências de uso do solo e de desenvolvimento do sistema viário ( MITERP (1986,

p.31).

Ainda segundo o MITERP (1986, p31) “A escolha da localização deve ser feita pela

avaliação das alternativas previamente julgadas viáveis, inclusive quanto à disponibilidade de

área suficiente para a capacidade requerida para o terminal”.

O Manual de Implantação de terminais rodoviários cita todas as condicionantes

pertinentes as características básicas próprias da área. Dividindo em duas seguimentos, e logo

após os subitens. A primeira ótica compreende os seguintes fatores: dimensões, área, forma,

topografia, solo, condições de aquisição. O segundo enfoque considerado na avaliação é quanto

aos aspectos urbanísticos locais, tais como: infraestrutura, posição geográfica, sistema viário de

entorno, grau de interferência dos equipamentos urbanos próximos, vias de acesso ao sistema

rodoviário, grau de harmonia com o planejamento.

Área estratégica na cidade e de propriedade da Prefeitura de Lapão, esse local é bastante

especulado sobre o que será implantado. Conta com topografia simples com declividade de

0,60cm e área extensa. O local é confronta com a BA-432 na nascente, ao norte é vizinho de

terreno da maçonaria, poente confronta com fazendas e à sul fica chácara particular e a Rua

Bahia.

Figura 24: Mapa do Lote de implantação do terminal

Sem escala, Fonte: Fonte: Autor do Trabalho

Figura 23: Corte da Principal via de acesso do terminal (BA-432

Sem escala, Fonte: Fonte: Autor do Trabalho

ba-432 asfalto ba-432 pedra passeioba-432 pedralote

Toda essa área conta com a infraestrutura básica para o funcionamento de uma

rodoviária. O sítio dispõe de energia elétrica, estação de esgoto, linhas de telefonia,

rede de água e internet.

O sistema viário é outro condicionante que é apropriado, pois as duas rodovias

que confrontam o local são rodovias do estado (BA-432 e BA 433). Além de contar

com a via estadual, a cidade também dispõe de duas ruas adjacentes da BA-432.

Ruas bem iluminadas, calçadas e de larguras viáveis.

Posição geográfica é outro fator que agrada, principalmente em questões

climáticas (sol/vento). No momento não há nenhum equipamento que possa sentir

interferência com o fluxo de ônibus e passageiros.

De acordo o plano diretor, o local onde o terreno é localizado fica na área ZUP

(Zona de Urbanização Prioritária). Com a inserção de rodoviária possivelmente,

chamaria novos investidores para essas terras.

N

BA

- 4

32

Rua

Ant

ônio

D. S

obrin

ho

Rua Bahia

215m

220m

91m

57,5m

120m

Área Total29,195 m²

Figura 18: Corte esquemático via principal de acesso.Sem escala. Fonte: Autor do trabalho.

Figura 19: Análise de vias de acesso e Terreno Sem escala. Fonte: Autor do trabalho.

25

Page 27: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

3.1.2. condicionantes géograficos e ambientais

As condicionantes ambientais num projeto arquitetônico são de grande importância

para tomada de decisões. As principais condicionantes ambientais que causam interferência

no projeto são: topografia, incidência solar e ventos dominantes.

A topografia do sítio estudado tem pouco desnível em relação ao seu comprimento,

causando a impressão do mesmo ser plano. O levantamento topográfico confirma as

afirmações acima, porém fica em evidencia uma leve depressão no meio do terreno. A parte

mais baixa do terreno é de -0,50m.

A fachada principal do rodoviária ficará no Leste, local que recebe sol pelas manhãs. Na parte sul do projeto ficarão as lojas e escritórios que serão implantados. Na parte oeste ficarão os restaurantes, sendo o local que irá necessitar de cuidados para que não ocorra excesso de temperatura devido a incidência dos raios solares e cozimento de alimentos. Na parte oeste ficará todo aparato para funcionamento do empreendimento, outro local que medidas deverão ser tomadas para bom desemprenho térmico no recinto

0,00m

0,00m

1,00m1,00m

1,00m

1,00m

3.1.3. polos geradores de tráfego e medidas mitigadoras

Figura 20: Perspectiva do Lote de implantação do terminal

Sem escala, Fonte: Autor do Trabalho

Segundo Portugal e Goldner (2003) consideram-se pólos geradores de tráfego as

edificações que exercem grande atratividade sobre a população, mediante a oferta de bens e

serviços, gerando elevado número de viagens, com substanciais interferências no tráfego do

entorno e a necessidade de grandes espaços para estacionamento ou carga e descarga.

O terminal rodoviário de Lapão trará benefícios para toda a população da cidade,

porém aos arredores o tráfego de veículos irá crescer progressivamente com o tempo.

Causando impactos indesejados ao seu entorno, a partir disso, medidas preventivas deverão

ser tomadas. Diminuindo a ocorrência total ou parcial do impacto causado pelo

empreendimento

O roteiro básico elaborado pelo DENATRAN- Departamento Nacional de Trânsito

(2001), sugere ainda que o empreendedor recomende, no relatório de impacto, as medidas

mitigadoras internas e externas, que sejam capazes de reparar, atenuar, controlar ou eliminar

os efeitos indesejáveis da implantação do polo, no que se refere à circulação viária.

Abaixo temos as medidas mitigadoras que se encaixam no Terminal Rodoviário de

Lapão, que certamente farão parte do projeto final no interior da rodoviária e no entorno da

mesma.

As Medidas Mitigadoras internas ao empreendimento são:

•adequação dos acessos de veículos e pedestres;

•distribuição de áreas de carga e descarga e docas;

•dimensionamento e localização de áreas de embarque e desembarque de veículos privados;

•dimensionamento e localização de pontos de táxi;

Figura 21: Estratégias de Resfriamento

Fonte: ProjetEEE, UFSC.

26

Page 28: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4. propostas projetuaisA partir de agora serão descritas as propostas e análises projetais da Rodoviária

Multimodal Interestadual de Lapão. No início dessa parte do trabalho serão descritas as análises dos estudos de caso, que irão auxiliar a tomada decisão e escolhas no projeto

posteriormente.

Após as análises dos estudos de caso, serão descritas todas as diretrizes projetais. Seguindo uma sequência lógica. O conceito arquitetônico e sua evolução formal, em seguida o partido arquitetônico, programa e pré-dimensionamento contendo a tabela síntese dos ambientes existentes no Terminal, e posteriormente chegar às propostas preliminares.

27

Page 29: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.1. estudos de casoOs edifícios escolhidos para os estudos de caso são; O terminal rodoviário Dart

Central Station do escritório Substance Archtecture localizado na capital do estado do Iowa nos EUA. Em seguida será apresentado o Terminal Rodoviário Consórcio Novo Terminal do

escritório Reis Arquitetura localizado em Brasília. Após será descrito a obra do arquiteto alemão Frei Otto e seu projeto da Expo 1967 em Montreal. A seguir será descrita o Bus Rapid Transit em Porto Alegre. Depois o terminal de ônibus de Nevsehir do escritório Bahadil Kul architects localizado na Turquia. Por último temos Marrakesh Central terminal.

Localização dos estudos de caso

Figura 22: Localização dos estudos de caso Mapa Mundi

Fonte: Autor do trabalho

28

Page 30: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.1.1. dart central station/substance architecture

Figura 23: Perspectiva Dart Central Station

Fonte: ArchDaily

Em relação à estética, segurança aos usuários, disposição de um núcleo para espera, e

materiais aplicados no interior foi selecionado o Terminal Dart Central Station, localizado em

Des Moines, EUA.

Projetado pelo escritório Substante Architecture o projeto foi construído em 2012 e

tem 2040m² de área construída. A forma do empreendimento foi projetada afim de maximizar

o trafego de pessoas e veículos da forma mais segura possível. A zona do pedestre é

claramente estabelecida na entrada do prédio administrativo na área de espera, e se estende as

plataformas de transferência. Toda cobertura fornece segurança aos pedestres e também

estabelece uma imagem reconhecível e poderosa para o terminal.

O terminal foi projetado para receber 15

ônibus simultaneamente, passarelas para

os clientes cobertas, lugar seguro para

clientes e funcionários da rodoviária, no

interior a área de espera de veículos é

climatizada, a rodoviária conta com

escritórios para atendimento ao público,

melhorando o nível de serviço, dispõe de

escritórios administrativos para toda a

equipe do terminal, projetado para

maximizar a eficiência energética.

O quesito energético é um ponto importante. A cobertura do terminal tem claraboias

de usam vidros fotovoltaica que permitem que a luz do dia para iluminar as áreas e geram

eletricidade para o terminal.

Os materiais utilizados no interior – madeira, vidro e revestimento metálico, de

natureza e aplicação simples, aliados à arquitetura de traços retos e marcantes, caracterizam os

referenciais plásticos a serem utilizados no Terminal Rodoviário de Lapão.

4.1.2.terminal rodoviário consórcio novo terminal

Inaugurado em 25 de julho de 2010, com cerca de 20 mil metros quadrados de área

construída, o empreendimento integra a inovação do conceito de arquitetura sustentável

(SOCICAM, 2015). O projeto é assinado pelo escritório Reis Arquitetura, tendo a SOCICAM

como administradora do edifício.

29

Page 31: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

O novo terminal rodoviário interestadual de Brasília tem personalidade definida pela

grande cobertura metálica de forma paraboloide hiperbólica, que protege quase 20.000 m² de

área (ARCOWEB, 2012).

O partido do projeto é a grande cobertura de formato paraboloide hiperbólico, com lados

de 112,5 metros. Montada totalmente com peças retas para facilitar a execução, ela forma um

quadrado de dupla curvatura na diagonal e estabelece pés-direitos variados em suas áreas

internas - a altura chega a sete metros no grande saguão central e a 13 nos pontos mais elevados.

"Em uma região de clima quente e seco, como Brasília, ter sombra ventilada é fundamental para

garantir o conforto térmico", diz Reis apud CBCA.

A edificação preserva a vegetação nativa e favorece a iluminação natural, que alcança

toda área interna do projeto, e reduz o consumo de energia. O uso de ar-condicionado deu lugar

a climatizadores que possibilitam o menor gasto de energia. Além disso, a água utilizada nos

banheiros, na limpeza de todo o terminal e na irrigação é proveniente da chuva captada pelo

telhado inclinado (Figura 6) de 10 mil metros quadrados (UNB – Universidade de Brasília,

2015).

O projeto foi escolhido como precedente tecnológico, por apresentar o título de

Eficiência Energética. Concedido pelo Instituto Nacional de Metrologia - Inmetro,

Normalização e Qualidade Industrial, este só foi concedido para outros 10 prédios no Brasil

(SOCICAM, 2015).

O terminal respeita os padrões de acessibilidade: possui rampas de inclinação adequada,

telefones e sanitários adaptados, piso tátil, balcões na altura apropriada para atendimento e

central de informações com atendimento especial (SOCICAM, 2015).

Como referencial funcional, o projeto representa bem a tipologia arquitetônica

rodoviária, através do programa arquitetônico, setorização e fluxos bem resolvidos, como é

possível observar através da

Figura 28

Figura 24: Distribuição

Rodoviária Consórcio Novo

de Brasília Fonte: Reis

arquitetura 2011

30

Page 32: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.1.3. expo 1967. pavilhão da alemanha, Frei ottoEm relação à

variabilidade das formas e peso

final da obra, foi selecionado

como referencial conceitual,

estrutural, tecnológico, e

sustentável o uso da

tensoestrutura para coberturas.

Arquitetos de todo mundo

tentam desbravar essa

tecnologia, mas o que mais se destacou nesse

aspecto foi o arquiteto alemão Frei Otto, muita obra

dispõe dessas características. A partir disso foi

escolhida a obra do Pavilhão de Música da

Alemanha na Expo 1967 em Montreal.

Otto foi o primeiro pesquisador a estudar o sistema estrutural e propor seu estudo por meio de modelos físicos, criando formas complexas de grande beleza. Otto propõe uma metodologia para projetar as superfícies, com auxílio de modelos físicos. As estruturas são formadas por uma rede de cabo de aço e/ou tecido de alta resistência, associadas à dupla curvatura e protensão, de tal forma a composição final ficar estável por meio de esforços de tração, chamados de tensão de membrana. (MEIRELLES, CÉLIA. 2012)

São características relevantes das tensas estruturas em membrana: facilidade de

desmontar, apesar da existência de modelos fixos; iluminação garantida por meio do material

translúcido que permite a entrada de luz natural difusa, vencimento de grandes vãos, baixo

peso, pluralidade de formas. (VITRUVIUS, 2015)

Figura 25: Fotografia expo 1967.

Fonte: Vitruvius, 2015

4.1.4. bus rapid transit, porto alegreO material da membrana detém alta tecnologia. “Leve e resistente, o PTFE (politetra

fluoretileno) pode se adaptar a qualquer desenho orgânico”, explica Jorge Debiagi. Outra

vantagem da cobertura –

formada por treliças de aço

galvanizado – é o tecido

translúcido autolimpante,

importado, com um sistema

ionizado que repele a sujeira.

Figura 26: Terminal BRT, Porto Alegre

Fonte: Galeria da Arquitetura

31

Page 33: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

Para suportar o conjunto, foram construídos pilares de concreto armado de diferentes

alturas. Já, Elias, (MANOEL 2015) privilegiou o caráter industrial, com método construtivo

racionalizado, que prevê a montagem de peças pré-fabricadas. A superfície coberta abriga sete

plataformas com 66 metros de extensão e seis metros de largura, todas acopladas umas às

outras.

4.1.5.terminal de ônibus de nevsehirO terminal de ônibus interurbano foi projetado no caminho para Aksaray a 5 km do

centro da cidade, devido à incompatibilidade do terminal de ônibus já existente para manejar

as necessidades da cidade. A conveniência de vincular a rodovia local de Nigde e o centro da

cidade foi a razão pela qual se preferiu esta área para sua

construção (ARCHDAILY, 2015).

A textura da pedra natural, sua configuração, as

aberturas amorfas e isoladas, e o pedido de brindar refúgio

compõem o ponto de partida da estrutura dentro da

complicada topografia da Capadócia. A proteção e a

necessidade de refúgio para os passageiros em condições

de chuva durante as horas de espera são proporcionadas

pelas aberturas amorfas dentro da estrutura.

(ARCHDAILY, 2015)

As características das aberturas amorfas na

estrutura da cobertura melhoram por estarem num formato

retangular. Uma segunda fachada foi configurada 5 m fora

desta forma, a qual é composta pela estrutura de cobertura

exterior que dá para as plataformas dos ônibus. A área de

espera semiaberta foi criada com o fim de proteger os passageiros em condições de mal

tempo. A relação visual da estrutura entre o vestíbulo, as salas de espera e as cafeterias foi

reforçada pelas superfícies transparentes que se adicionam a esta área. (ARCHDAILY, 2015)

Imagem 27: Terminal Nevsehir, Interior

Fonte: ArchDaily

32

Page 34: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.1.6.marrakech central bus terminalO projeto de reforma do terminal rodoviário de Marrakech foi divido em dois

escritórios de arquitetura, juntos, os arquitetos descobriram que as infraestruturas

eram obsoletas, a orientação clara, a densidade de tráfego gerava riscos aos

pedestres, a poluição desenfreada, os deslocamentos entre pedestres e veículos

eram confusos. Foram fatores que contribuem para a ineficiência do

terminal. (ARCHDAILY, 2014.)

Assim, com a intenção de criar um ambiente atemporal que poderia florescer

em desenvolvimentos futuros em Marrakech. A proposta aprovada tinha uma

estratégia para abordar

cuidadosamente cada questão

individual. (ARCHDAILY, 2014.)

O projeto prioriza a

eficiência e a ordem, colocando

o foco sobre o seguinte: a

independência de todos os

fluxos de transporte, a

continuidade espacial e

independência de todos os

edifícios, a fragmentação

programática para reduzir a

escala global do equipamento,

e criação de um percurso

pedestre verde vibrante que liga

os vários compostos de

infraestrutura.

Imagem 28: Esquema de circulação de

pedestres

Fonte: ArchDaily

33

Page 35: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

A análise de projetos foi de grande importância para moldar uma primeira ideia, e,

a partir disso, tomar partido de projetos que já foram implantados e deram certo de acordo as suas necessidades e peculiaridades.

Os principais pontos observados nos estudos de casos auxiliam a criar um projeto seguro para os pedestres, agradável esteticamente, um projeto funcional que crie independência a cada setor, porém que sejam interligados.

O ponto mais importante estudado foi relacionado a tecnologia. A inovação no uso dos materiais aplicados, minimizando gastos energéticos. Os usos de novos métodos construtivos serão adotados.

Além de não esquecer a escala humana,

criando ambientes agradáveis, que auxiliem o

bem-estar do usuário.

01

02

03

04

05

06

Dart Central Station

estética núcleo de espera para usuarios materiais de acabamento estrutura mista (concreto/aço) Segurança para pedestre

funcionalidadetecnologia

parabolóide hiperbólicaclimatização

acessibilidade aproveitamento recursos naturais

tensoestruturaconceitodiminuição de cargasustentabilidadetecnologiaeficiência energética

materiais especificostecnologiaestrutura

métodos construtivos

Terminal Rodoviário Consórcio Novo Terminal

Expo 1967 (Montreal): Pavilhão da Alemanha, Frei Otto

Bus Rapid Transit, porto Alegre

Marrakech Central Bus Terminal

Terminal de Ônibus Nevsehir

síntese PROGNOSEESTUDOS DE CASO

aberturas(conceito e funcionalidade)uso de materiais da regiãoproteção, refúgio aos usuários

eficiência entre ambientesconceito-ordem

independência de setoresespaços abertos (escala humana)

espaços públicos com vegetaçãoescoamento de gás carbônico

4.1.7.sintese estudo de caso e prognoses

Figura 29: Síntese dos estudos de caso e prognose.Fonte: Autor do trabalho.

34

Page 36: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2. diretrizes projetuais

A definição de conceito do projeto parte da ideia de conexões e tempo. A ideia da

inserção do terminal depende de conexões, conexões essas que trazem os usuários para

rodoviária. A ideia secundária em relação do tempo tem a definição do tempo ser algo

democrático e não depende se classe social, algo que deve ser acessível para toda população.

Desse modo, o conceito norteador é a criação de conexões atemporais. Conexões podem

variar com o tempo, porém o destino sempre vai existir.

Tomando partido da volumetria da cobertura fica subjetiva a forma da ampulheta,

onde os lados da cobertura se comunicam entre si através de um vértice no plano horizontal.

O emprego dos ambientes conectados e dinâmicos, a fim de levar a algum lugar.

Maximizando o espaço usado criando um projeto que tenha movimento, conectando pessoas a

vários lugares.

Ao lado temos todo o processo criativo da forma final do projeto. No início temos as

setas que indicam os fluxos de veículos e pessoas (Figura 01-02). A partir da união desses

fluxos são criadas massas populosas (indicado na figura 3), com o passar dos tempos essas

conexões criam força, porém dependem das forças de fora para ter existência (figura 04). Na

figura 5 temos uma simbologia de um ambiente independente onde os fluxos ficam no

interior.

A partir da figura (06) os fluxos são ocultados por um tempo para a forma de a cidade

evoluir de plano, alcançando leveza com objetivo transmitir fluidez. Na figura 7, as conexões

evoluem visualmente e harmonicamente. Por final temos a junção da cidade com as conexões

(fluxos) gerando uma figura simétrica, proporcional e com equilíbrio.

4.2.1. conceito

Figura 30: Desenho esquemático forma final conceito.Fonte: Autor do trabalho.

Figura 31: Evolução foral do conceito.Fonte: Autor do trabalho.

35

Page 37: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2.2. programa de necessidades

O programa de necessidades desenvolvido para a elaboração desse projeto leva em

conta a criação de espaços que garantam a funcionalidade do edifício e abrange os principais

setores observados nos estudos de caso. A relação de ambientes descritos no programa de

necessidades, bem como a setorização principal foi estabelecida a partir das diretrizes básicas

fixadas pelo MITERP, e seu dimensionamento será realizado baseando-se no mesmo manual

(Anexo 2). O Terminal Rodoviário de Lapão possui uma média de 150 partidas diárias.

Segundo o MITERP, esse dado coloca a cidade na classe “F” para dimensionamento do

Terminal Rodoviário. A partir dessa classificação, pode-se dimensionar basicamente os

principais setores seguindo as tabelas do MITERP que estão em anexo neste trabalho. Assim,

foram elaborados programa e pré-dimensionamento básicos, como segue:

informaçõesachados e perdidos

guarda volumes posto telefônico

juizado de menoresposto antt

posto derposto socorro de urgência

fraldário

instalações de embarquesanitários masculinossanitários femininosestacionamento particularestacionamento táxisestacionamento carga/desgargaestacionamento bicicletas

chefiasala reuniãoescritório geralalmoxarifado geralofinicadepósitolavanderiavestiário masculino vestiário femininodeposito de lixocopa

área destinada embarque (ônibus)área destinada embarque (pedestre)

área de espera (via ônibus)acesso (via ônibus)

bilheterialanchonetesrestaurante praça de alimentaçãolotéricacaixas de bancosescritórioslojas culturais

setor uso público

setor serviçospúblicos

setor administrativo

setor operacional

42%

37%

17%

4%

Figura 32: Proporcionalidade de Setores Fonte: Autor do trabalho.

36

Page 38: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2.3. programa e pré dimensionamento37

Page 39: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2.4. funcionograma

Acesso Funcionários

UsuáriosVeículosFuncionários

38

Guarita Carga/Desgarga

Sala reunião

Acesso PrincipalPedestre

Acesso FuncionáriosCarga/Descarga

Setor Comercial

Setor UsoPúblico

Setor ServiçosPúblicos

Setor de Administração

Informações

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

Sanitários Sanitários

Cozinha

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Área de espera(onibus)

Área de espera(onibus)

Instalações de embarque

Sanitário Masculino

Sanitário Feminino

EstacionamentoParticular

EstacionamentoParticular

EstacionamentoTaxis

EstacionamentoTaxis

EstacionamentoBicicletas

Achados e Perdidos

Guarda Vol.

Posto Telefônico

Posto PM

Juizado de Menores

Posto ANTT

Posto DER

Posto Socorro de urgência

Fraldário

Bilheteria

Bilheteria

Bilheteria

Bilheteria

Lanchonete Lanchonete

Restaurante

Praça de Alimentação

Lotérica Caixas Eletrônicos

Escritórios

Escritórios

Escritórios

Lojas

Lojas

Guarita (ônibus)

Acesso Principal(ônibus)

Saída Principal(ônibus)

Saída B(Horario de pico)

Chea

Escritório Geral

Almox.

Ocina

Deposito

Lavanderia

Vestiário Vestiário

Depósito de Lixo

Copa

Hall

EstacionamentoCarga/ Desc.

EstacionamentoFuncionários

EstacionamentoFuncionários

Saída deescape (ônibus)

Figura 33: Fisiofuncionograma.Fonte: Autor do trabalho.

4.2.4. funcionograma

UsuáriosVeículosFuncionários

Sala reunião

Acesso PrincipalPedestre

Setor Comercial

Setor UsoPúblico

Setor ServiçosPúblicos

Setor de Administração

Informações

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

Sanitários Sanitários

Cozinha

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Área de espera(onibus)

Área de espera(onibus)

Instalações de embarque

Sanitário Masculino

Sanitário Feminino

EstacionamentoParticular

EstacionamentoParticular

EstacionamentoTaxis

EstacionamentoTaxis

EstacionamentoBicicletas

Achados e Perdidos Guarda Vol.

Posto Telefônico

Posto PM

Juizado de Menores

Posto ANTT

Posto DER

Posto Socorro de urgência

Fraldário

Bilheteria

Bilheteria

Bilheteria

Bilheteria

Lanchonete Lanchonete

Restaurante

Praça de Alimentação

Lotérica Caixas Eletrônicos

Escritórios

Escritórios

Escritórios

Lojas

Lojas

Guarita (ônibus)

Acesso Principal(ônibus)

Saída Principal(ônibus)

Chea

Escritório Geral

Almox.Vestiário

38

Page 40: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2.4. funcionograma

Acesso Funcionários

UsuáriosVeículosFuncionários

38

Guarita Carga/Desgarga

Sala reunião

Acesso PrincipalPedestre

Acesso FuncionáriosCarga/Descarga

Setor Comercial

Setor UsoPúblico

Setor ServiçosPúblicos

Setor de Administração

Informações

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

wc

Sanitários Sanitários

Cozinha

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (ônibus)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Embarque (Pedestre)

Área de espera(onibus)

Área de espera(onibus)

Instalações de embarque

Sanitário Masculino

Sanitário Feminino

EstacionamentoParticular

EstacionamentoParticular

EstacionamentoTaxis

EstacionamentoTaxis

EstacionamentoBicicletas

Achados e Perdidos

Guarda Vol.

Posto Telefônico

Posto PM

Juizado de Menores

Posto ANTT

Posto DER

Posto Socorro de urgência

Fraldário

Bilheteria

Bilheteria

Bilheteria

Bilheteria

Lanchonete Lanchonete

Restaurante

Praça de Alimentação

Lotérica Caixas Eletrônicos

Escritórios

Escritórios

Escritórios

Lojas

Lojas

Guarita (ônibus)

Acesso Principal(ônibus)

Saída Principal(ônibus)

Saída B(Horario de pico)

Chea

Escritório Geral

Almox.

Ocina

Deposito

Lavanderia

Vestiário Vestiário

Depósito de Lixo

Copa

Hall

EstacionamentoCarga/ Desc.

EstacionamentoFuncionários

EstacionamentoFuncionários

Saída deescape (ônibus)

Figura 33: Fisiofuncionograma.Fonte: Autor do trabalho.

Acesso Funcionários

Guarita Carga/Desgarga

Sala reunião

Acesso FuncionáriosCarga/Descarga

wc

wc

wc

wc

wc

wc

Sanitários

Sanitário Masculino

Sanitário Feminino

EstacionamentoParticular

EstacionamentoTaxis

Posto PM

Juizado de Menores

Posto ANTT

Posto DER

Posto Socorro de urgência

Fraldário

Lanchonete

Saída B(Horario de pico)

Chea

Escritório Geral

Almox.

Ocina

Deposito

Lavanderia

Vestiário Vestiário

Depósito de Lixo

Copa

Hall

EstacionamentoCarga/ Desc.

EstacionamentoFuncionários

EstacionamentoFuncionários

Saída deescape (ônibus)

39

Page 41: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2.5. propostas preliminares

Figura 34: Uso do conceito na forma prévia no projetoFonte: Autor do trabalho.

40

plano da cobertura

plano de ambientes

plano de veículos

plano de vegetação

Page 42: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

bicicletário

pontos táxiparques

estacionamentoparticular

acesso ônibus

guarita

acesso pedestres

área p/ futura expansão

Figura 35: Setorização de ambientes internos e externos Fonte: Autor do trabalho.

41

Page 43: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

escritórios

co²ventos dominantes

escritóriosescritórios

Bilheteria

BilheteriaBilheteria

serviços

serviçosserviços

manutenção (adm)

mapa de maior incidência solar durante as tardes

ambientes quentes

ambientes amenos

brisesparede verdeproteção solarventilação cruzada

manutenção (adm)manutenção (adm)

Wc’s

Wc’sWc’s

restaurantes

restaurantesrestaurantes

pilares/vegetação

ambientes de transiçãoventilação cruzada

16:00

8:00

22 DE JUNHO

9:00

9:00

9:00

17:30

17:30

8:00

8:00

8:00

22 DE JUNHO

22 DE DEZEMBRO

22 DE DEZEMBRO

17:30

CORTE ESQUEMÁTICOESCALA 1:500

O clima dessas regiões na maioria do ano é quente e seco. Para uma obra obtenha bom desempenho energético é importante o gerenciamento e uso de tecnologias que auxiliam a diminuir esses efeitos que incomodam o usuário. A tensoestrutura tem características que auxiliam a criação de

ambientes mais frescos, arejados e luminosos. Imagem 38: Corte esquemático longitudinal

Escala 1:500, Fonte: Autor do Trabalho

Imagem 36: Estudo solar volumétrico

Fonte: Autor do Trabalho

Imagem 37: Estudo disposição ambientes

Fonte: Autor do Trabalho

TEMPERATURA

42

Page 44: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

estudo volumétrico

considerações finais

Imagem 39: Estudo Volumétrico

Sem escala. Fonte: Autor do trabalho

43

Após a conclusão desse trabalho fica nítida a necessidade de criação do Terminal Rodoviário em Lapão. O mesmo dá diretrizes arquitetônicas para a concepção de um projeto de um edifício eficaz e que atenda toda população lapoense e que esteja se deslocando naquela região.

Page 45: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

4.2.1. referencias bibliográficas ANTP. Agencia nacional de transportes públicos. CONCEPÇÃO DO MANUAL DE

PROJETO E DIMENSIONAMENTO DE TERMINAIS DE ÔNIBUS URBANOS.

Goiania: Antp, 2015. 10 p. Disponível em: <http://www.antp.org.br/biblioteca/>. Acesso em:

27 mar. 2016.

ANTP. Agencia nacional de transportes públicos: UMA NOVA REALIDADE NO

TRANSPORTE COLETIVO PARA PEQUENOS E MÉDIOS PERCURSOS. In: 11°

CONTRESSO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO, 11, 1997, Belo Horizonte. Transporte

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Accessed 27 Apr 2016. http://www.archdaily.com/501139/dart-central-station-substance-

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rodoviária. 2012. Disponível em: <http://arcoweb.com.br/projetodesign-

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2016.

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Brasília, 2006.

LEITÃO, Karina. O RECENTE PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE PLANOS LOCAIS

DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL NO BRASIL: LIMITAÇÕES E

PERSPECTIVAS. 2011. 22 f. Tese (Doutorado) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Fauusp,

Usp, Rio de Janeiro, 2011.

FALCÃO, Lívia Carvalho. Terminal Urbano Multimodal de Passageiros: Terminal do

Portão. Curitiba, 2009. TCC Universidade Federal do Paraná

FERRAZ, A. C. P. e TORRES, I. G. E. Transporte Público Urbano. Editora Rima, 2004.

GIMENES, Lourenço Urbano. Estação Intermodal como gerador de centralidades

Metropolitanas: O nó Metroferroviário da Luz. CBTU, 2005

GOUVÊA, Vânia Barcellos. Contribuição ao estudo de implantação de terminais urbanos

de passageiros. 1980. 100 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências em Transportes, Instituto

Militar de Engenharia, Rio de Janeiro, 1980.

44

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http://www.ibge.gov.br/home/

LAPÃO - BAHIA. Plano Diretor participativo. 2006.

MORAES, Pedro. Descaso e insatisfação. Frota de ônibus que faz a ligação entre Lapão e

Irecê deixa usuários descontentes. 2009. Disponível em:

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PANERAI, Philipe. Análise urbana. Tradução de Francisco Leitão; revisão técnica de Sylvia

Ficher, - Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006. 198p – Coleção arquitetura e

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<http://www.metalica.com.br/chapeu-metalico-sobre-a-rodoviaria>. Acesso em: 09 mar. 2016.

PROJETEEE. Estratégias Bioclimáticas Regionais. Disponível em:

<http://150.162.76.139/estrategias/>. Acesso em: 43 maio 2016.

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CRESCIMENTO URBANO,VERDADES E MENTIRAS.. Feira de Santana: Antp, 2007. p.

1 - 7.

SOARES, Ubiratan Pereira. Procedimento para a localização de terminais rodoviários

interurbanos, interestaduais e internacionais de passageiros. Rio de Janeiro, 2006.

Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio de Janeiro

SOCICAM. Terminais rodoviários: Distrito Federal – Terminal Rodoviário Consórcio

Novo Terminal. 2015. Disponível em:

<http://www.socicam.com.br/terminais/terminais_rodoviarios/consorcio_novo_terminal>.

Acesso em 11 abr. 2016.

NEVES, Samantha Isabelle Oliveira. TERMINAL INTERMODAL DE PASSAGEIROS

EM SOROCABA- SP. 2014. 94 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo,

Utfpr, Curitiba, 2014.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Nova Rodoviária já começou a operar. Disponível em:

<http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=69416>. Acesso em: 13 abr. 2016.

VASCONCELLOS, Eduardo A. Transporte urbano nos países em desenvolvimento:

reflexões e propostas. São Paulo: Annablume, 2000.

45

Page 47: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

anexosanexo 1 - avaliação transporte interurbano

Menos de 5 anos e mal conservado Entre 5 e 10 anos e mal conservadoMenos de 5 anos e bem conservado Entre 5 e 10 anos e bem conservado

Características dos ônibus (Estado de conservação dos Ônibus)54843

8.8%84.2%1.8%5.3

15 minutos15 a 50 minutosMais que 30 minutos

Frequência de intervalos entre atendimentos de ônibus 52032

8.8%35.1%55.1%

1 Porta / Corredor estreito2 Porta / Corredor estreito3 Porta / Corredor estreito1 Porta / Corredor largo2 Porta / Corredor largo3 Porta / Corredor largo

Características dos ônibus (Numero de portas e largura do corredor)17332050

29.8%57.9%3.5%08.80

Menos de 1 minuto1 a 3 minutos de atrasoMais de 3 minutos

Confiabilidade ( Relacionado ao atraso de saída de ônibus

4944

7%15.8%77.2%

SatisfatóriaDeixa a desejarInsatisfatória

Características dos ônibus (Aparência)

31935

5.3%33.3%61.4%

Na maioriaFaltam em algunsNão tem

Características dos locais de parada (Cobertura)

51339

8.8%22.8%68.4%

Na maioriaFaltam em algunsNão tem

Características dos locais de parada (Bancos para sentar)

82128

14%36.8%49.1%

SimSim, porém precárioNão tem

Sistema de informação (Itinerários e Horários Disponíveis)

4944

7%15.8%77.2%

Figura 40: Falta de acessibilidade nos veículos

Fonte: Autor do Trabalho, 2016

Figura 41: Uso do espaço público para benefício

particular, causando congestionamentos na cidade

Fonte: Autor do Trabalho, 2016

46

Page 48: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

MuitoNormal Pouco Não tem

Lotação (Horário de pico)

451011

78.9%17.5%1.8%1.8%

Em todosFalta em algunsNão tem

Características dos locais de parada (Sinalização)

8939

14.3%16.1%69.6%

Comportamentos dos motoristas e cobradores (prestativos e educados)

122223

21.1%38.6%40.4%

SatisfatóriosDeixa a desejarInsatisfatório

SatisfatóriosDeixa a desejarInsatisfatório

Comportamentos dos motoristas e cobradores (Habilidade e educado)

132320

23.2%41.1%35.7%

Menos de 300 Metros 300 a 500 metrosAcima de 500 Metros Outro

Quantos metros você percorre para acessar um ponto de ônibus

1216290

21.1%28.1%50.9%0

PequenaDeixa a desejarInsatisfatória

Características dos ônibus (Altura dos degraus)

142518

24.6%43.9%31.6%

Figura 42: Interior dos ônibus que prestam serviço em

Lapão

Fonte: Pedro Moraes, 2009.

Figura 43: Interior dos ônibus que prestam serviço em

Lapão

Fonte: Pedro Moraes, 2009.

47

Page 49: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

anexo 2 - classificação de terminal rodoviário de passageiros

48

Page 50: Terminal de passageiros multimodal interestadual de Lapão - Bahia

anexo 3 - formulários para avaliação de local de implantação do terminal de passageiros

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