tentativa discreta - universo autista | um mundo a ser ... amento intermitente desde cedo na...

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09/03/2013 1 TENTATIVA DISCRETA Me. Robson Brino Faggiani [email protected] Ensino estruturado, que vai ao encontro das necessidades iniciais da criança diagnosticada com TID. Consiste em três passos: (1) fazer um pedido para o estudante, (2) resposta do estudante e (3) consequência à resposta. Utilizada para programas variados. É o tipo de ensino mais realizado pelos terapeutas ABA. Na tentativa discreta, habilidades complexas são “divididas” em partes menores; o ensino vai se tornando gradativamente complexo. É mais importante ensinar a Habilidade subjacente à tentativa discreta do que o conteúdo dela em si (também importante). Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples Simples

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09/03/2013

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TENTATIVA DISCRETA

Me. Robson Brino Faggiani

[email protected]

� Ensino estruturado, que vai ao encontro das

necessidades iniciais da criança diagnosticada com TID.

� Consiste em três passos:

◦ (1) fazer um pedido para o estudante,

◦ (2) resposta do estudante e

◦ (3) consequência à resposta.

� Utilizada para programas variados.

� É o tipo de ensino mais realizado pelos terapeutas ABA.

� Na tentativa discreta, habilidades complexas são

“divididas” em partes menores; o ensino vai se

tornando gradativamente complexo.

� É mais importante ensinar a Habilidade subjacente à

tentativa discreta do que o conteúdo dela em si

(também importante).

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

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Simples

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Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

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Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

Simples

09/03/2013

2

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

Mais complexoMais natural

ComplexoIntegrativo

ComplexoIntegrativo

Mais complexoAbrangente

Novidades aprendidas facilmente

EspontâneoCuriosoCriativo

09/03/2013

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“BOLA”Uma bola Brinquedo

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Apontao carro

Aponte ocarro

Elogios

� Mais provável o aparecimento de birras;

� Não ocorre em ambiente natural;

◦ Generalização DEVE SER planejada;

� A tarefa não está ligada à motivação natural do

estudante;

� Ensino rápido – muitas oportunidades de ensino em pouco

tempo;

◦ Em algumas situações, é possível fazer mais de 3

tentativas discretas por minuto;

� Facilmente avaliado;

� Aplicador tem controle total sobre o ensino;

� Regras de conduta ajudam aplicadores inexperientes;

� Comprovadamente eficiente;

� Continua-se pesquisando a melhor forma de aplicá-la.

� Avaliação constante.

◦ Tudo que se faz é registrado, permitindo identificar

pontos fortes e, principalmente, pontos fracos da

intervenção.

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� O aluno tem que se comportar!

◦ O conhecimento só é realmente adquirido quando nos

comportamentos em relação a ele;

◦ Estudantes passivos têm mais dificuldade de

compreender e relembrar das tarefas.

� Ensino personalizado: ritmo individual.

◦ O ensino deve acompanhar a velocidade do aluno,

respeitando seus limites e procurando meios de superá-

los;

◦ O ensino deve ser feito em acordo com as habilidades

do estudante.

� Ensino do simples para o complexo.

◦ É preciso investigar as habilidades do aluno antes de o

ensino começar;

◦ É preciso fazer uma lista de pré-requisitos para cada

habilidade que será ensinada.

� Repetição.

◦ O ensino é repetido até que o estudante seja capaz de

dominá-lo (pré-requisitos respeitados);

◦ Caso não haja avanço visível, é preciso reavaliar os

objetivos.

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� Exigência de domínio para avançar.

◦ O estudante só avança no conteúdo quando mostrar

domínio sobre o conteúdo atual;

◦ Para avançar, exige-se duas sessões com 90% de

acertos;

◦ Dessa forma, garante-se que o aluno tem o

conhecimento necessário para realizar desempenhos

mais complexos.

� Correção imediata.

◦ Erros são imediatamente corrigidos, evitando que

persistam;

◦ Isso ajuda o estudante, passo a passo, a identificar qual

é a resposta correta exigida.

� Aprendizagem com poucos erros.

◦ A Terapia ABA é realizada de modo a evitar que o aluno

erre muito;

◦ O respeito aos pré-requisitos e o uso de hierarquia de

dicas auxilia nesse intento;

◦ Errando pouco, o estudante não perde motivação.

� Professor responsável.

◦ Isso não é exatamente um princípio de ensino, mas um

lembrete:

◦ O professor deve tomar para si a responsabilidade sobre

o ensino, reconhecendo que o aprendizado do aluno

está intimamente ligado à sua habilidade.

◦ Em outras palavras, se o aluno não estiver aprendendo,

o professor é responsável por isso.

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� Fernando, 6 anos;

� Fazia terapia ABA há quatro anos e ainda não executava

uma tarefa básica: pareamento de identidade visual-visual;

� Os pais e profissionais já aceitavam que Fernando não

tinha capacidade de aprender aquele pareamento;

� Assumi o caso e fui em busca de ensinar pareamento.

1. Investigar se os terapeutas estavam executando a tarefa

apropriadamente... Estavam e não estavam (‘chutes eram

reforçados) � consertado:

A. Pareamento não ocorreu;

2. Investigar o esquema de reforçamento. Estava inapropriado (muito

tempo de acesso ao reforço) � consertado:

A. Pareamento não ocorreu;

3. Investigar pré-requisitos: ensinar visual tracking � ensinado:

A. Pareamento não ocorreu.

4. Pré-requisitos: esperar para

responder (não ficar sob controle do

reforçador) � feito:

A. Pareamento não ocorreu;

5. Começar a pensar que Fernando

não podia aprende � pensado �

descartado � de volta à missão:

A. Pareamento não ocorreu;

6. Aplicar o conceito de diferenças

múltiplas:

A. Sucesso no Pareamento.

� Para realizar a tentativa discreta, são necessárias as seguintes

condições:

◦ Ambiente tranquilo, sem muitas distrações.

◦ Mesa apropriada ao tamanho da criança;

◦ Estímulos diversos: objetos do cotidiano, cores, letras, números,

formas, figuras de animais, de pessoas, de emoções, fotos dos

familiares, dos objetos da criança, etc.

� Imagens todas do mesmo tamanho.

◦ Brinquedos diversos.

◦ Disponibilidade de um reforçador poderoso.

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� Na Terapia ABA, tudo é realizado de

modo a não permitir que a criança erre e

esteja sempre motivada a aprender:

◦ Utilização constante de interesses da

criança para ajudar na realização de

tarefas.

◦ Teste de reforçadores: verificar quais

são os interesses das crianças o tempo

todo.

◦ Repetir constantemente o teste.

� Utilizar motivadores (reforçadores) poderosos é central na Terapia

ABA.

� Há vários tipos de reforçadores:

◦ Arbitrários. Não relacionados à tarefa. Um brinquedo por acertar

uma tentativa discreta que pede imitação.

◦ Generalizados. Que jamais perdem seu poder reforçador. Dinheiro,

por exemplo. Economia de fichas.

◦ Sociais. Festa, cócegas, etc: algo que vem do outro.

◦ Naturais. São os melhores reforçadores, que decorrem da própria

tarefa.

� O objetivo é que o reforçador social e natural sejam os únicos

utilizados na Terapia ABA. Para isso:

◦ Reforçamento intermitente desde cedo na terapia.

◦ Pareamento de reforçadores sociais com reforçadores

arbitrários desde o primeiro dia de terapia.

◦ Os reforçadores arbitrários vão sendo retirados

gradativamente.

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� Não pode ser ambíguo;

� Deve ser apresentado em ordem e posição aleatórias;

� Instrução deve ser sempre igual;

� Reduzir distratores;

� Estar certo de que o estudante prestou atenção na

instrução e no estímulo.

� A hierarquia de dicas é um tipo de fading out.

◦ Consiste em retirar gradualmente as dicas dada às crianças para a realização de atividades.

� O objetivo é impedir que a criança erre e se mantenha motivada.

� Em alguns casos, a ajuda é apenas verbal.

� A hierarquia: Programas verbais:

◦ Ajuda Física; Ajuda ecóica imediata;

◦ Ajuda Leve; Aj. Ecóica após 1s;

◦ Ajuda Gestual; Aj. Ecóica após 2s;

◦ Sem ajuda. Aj. Ecóica após 3s.

� Consiste em programar o ensino de forma que o conteúdo aprendido se estenda para além da sala de tarefas e ocorra no ambiente natural da criança.

� Algumas maneiras de criar generalização:

◦ Variar o ambiente da tarefa;

◦ Variar a pessoa que requisita a tarefa;

◦ Pedir a tarefa na situação natural em que o aprendizado costumar ser utilizado.

� GENERALIZAÇÃO DEVE ESTAR DESCRITA NOS OBJETIVOS DO PROGRAMA DE ENSINO.

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� Reforçador poderoso;

� Instrução apresentada apenas quando o estudante está atento;

� Apresentação dos estímulos antecedentes sem ambiguidade.

� Oportunidades para o estudante responder.

� Consequência imediata ao comportamento correto.

� Correção de erros.

� O estudante observa o estímulo discriminativo durante a

correção.

� Apresentação rápida e frequente de unidades de ensino,

resultando em mais respostas corretas e objetivos alcançados.

Antes da Tentativa Discreta:

� 1. Determinar os objetivos de ensino

� 2. Reunir e preparar os materiais

Tentativa Discreta:

� 3. Selecionar um reforçador efetivo

� 4. Arrumar os materiais

� 5. Garantir a atenção do aluno

� 6. Apresentar a instrução de forma

simples e consistente

� 7. Utilizar dica adequada (com ou

sem atraso; nível de ajuda)

� 8. Elogiar e apresentar o estímulo

reforçador imediatamente

� 9. Registrar imediatamente e de forma

correta

� Iniciar uma nova tentativa discreta após

uso do reforçador (3 a 5s)

Caso o aluno tenha errado:

� 10. Retirar brevemente os estímulos e

atenção

� 11. Reapresentar os estímulos e a

instrução

� 12. Ajudar o aluno imediatamente

� 13. Retirar brevemente a atenção (3s

de IET))

� Iniciar uma nova tentativa discreta.

Geral Diversos aplicadores

Objetivosmisturados

Quantid. de tentativas

Estímulos Apres. aleatória

Apres. ordenada

Fading in quantidade

Estímulosmuito/pouco diferentes

Posição

Instrução Curta,Consistente

Resposta (Ajuda)

AjudaImediata

Ajuda com atraso

Maior �menor

Menor �maior

Permitir ou não o erro

Respostade observação

Reforçamento

Imediato Atrasado FR, VR Esquema de ficha

Intervalo pós-erro

Com intervalo

Sem intervalo

Correção Correção semreforço

Correção com reforço

No-No-Prompt

Sem correção

IET maior

IET Nulo Temposvariados

� Analisar três “ligações” de dados (quatro pontos geram três ligações). Se a

curva for ascendente, é válido avaliar uma mudança positiva de objetivos.

Caso a curva seja descendente ou não haja tendência clara em cinco

ligações de dados, é preciso avaliar a fonte da estagnação e novos

objetivos devem ser programados.

� A primeira coisa a ser avaliada é a competência com que a unidade de

ensino está sendo apresentada (reforçador imediato, instrução precisa,

controle de estímulos correto).

� É necessário assegurar que o reforçador utilizado seja realmente efetivo

naquele momento.

� Muito importante avaliar se o estudante possui os pré-requisitos

necessários para realizar a tarefa proposta.

� O problema pode ser de ordem biológica.

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� Apresentam-se cinco estímulos potencialmente reforçadores. Quando

um estímulo é escolhido, o aluno tem acesso a ele por 30s.

� Após isso, os quatro estímulos não escolhidos são apresentados em

outra ordem para o aluno.

� O novo estímulo escolhido é acessado pelo estudante. Então, três

estímulos são apresentados. Assim por diante até todos os estímulos

serem escolhidos.

� Esse procedimento é repetido três vezes. Cada vez que um estímulo é

escolhido, a ordem de sua escolha é registrada (folha de registro

adiante);

� Após as três repetições, o estímulo que tiver sido escolhido mais vezes

mais rapidamente é o estímulo “mais reforçador”.

Evaluation of a brief multiple-stimulus preference assessment in a naturalistic context (JABA)

Ordem por tentativa

1 2 3 Soma Ordem

ESTÍMULOS

Estímulo 1

Estímulo 2

Estímulo 3

Estímulo 4

Estímulo 5 (sempre um novo)

� Registrar permite:

◦ Avaliar constantemente;

◦ Organizar o ensino;

◦ Mudar ensino problemático (lembre-se que a criança tem sempre

razão);

◦ Aperfeiçoar o processo de ensino;

◦ Ter certeza de que o tratamento está funcionando;

◦ Acompanhar passo a passo a evolução da criança;

◦ Modificar Passos: estímulos, tempo, ajuda, etc..

0

20

40

60

80

100

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Imitação Motora Grupo 1 Imitação Motora Grupo 2

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� Os Passos indicam geralmente duas características dos programas:

◦ O nível de ajuda;

◦ A quantidade de estímulos (ou de tempo) no ensino.

� Geralmente, um Passo é considerado cumprido quando a criança desempenha em duas sessões seguidas com mais de 90% de acertos em cada sessão (ou em uma sessão com 100% de acertos sem ajuda).

◦ Passos cumpridos permitem o avanço a Passos mais complexos.

◦ Passos podem retornar a níveis anteriores (mais simples), caso a criança desempenhe com quedas em duas sessões consecutivas.

� Definir o comportamento de interesse de forma objetiva e

mensurável e completa é fundamental para que seu

progresso seja acompanhado.

� Além disso, facilita que outros profissionais compreendam

a intervenção e a repliquem corretamente se necessário.

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� Imitar imediatamente qualquer

novo movimento;

� Utilizar garfo e faca para se

alimentar sem ajuda de terceiros;

� Saber o próprio nome;

� Ficar menos triste;

� Nomear vogais;

� Não ficar estressado diante de

problemas de matemática;

� Olhar nos olhos ao falar com o

outro;

� Saber a hora certa de fazer

perguntas;

� Responder o próprio nome

quando perguntado;

� Ler 15 palavras;

� Brincar apropriadamente com os

colegas da escola.

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Objetivo AtualEstratégia

AtualObjetivo de Médio Prazo

Objetivo de Longo Prazo

Selecionar 3 estímulos, de um conjunto de 3, após

ouvir seu nome com 90% ou mais de acertos sem

ajuda em duas sessões consecutivas

Programa de

Discriminação

Auditivo-Visual

Selecionar 10 estímulos

após ouvir seu nome

Aprender a selecionar qualquer

novo estímulo após ouvir

alguém nomeá-lo

Nomear 3 estímulos apresentados aleatoriamente

com 90% ou mais de acertos sem ajuda em duas

sessões consecutivas

Programa de

TatoNomear 10 estímulos

Aprender a nomear qualquer

novo estímulo após ouvir

alguém nomeá-lo

Responder a 3 perguntas simples apresentadas

aleatoriamente com 90% ou mais de acertos sem

ajuda em duas sessões consecutivas

Programa de

IntraverbalResponder 10 perguntas

Responder a perguntas simples

sobre si mesmo, seus familiares

e seu cotidiano

Sentar-se apropriadamente durante tentativas

discretas

Programa de

Sentar Bonito

Sentar-se apropriadamente

(sem estereotipias) durante

20 minutos

Sentar-se apropriadamente

durante todo o período escolar

Pedir vocalmente por 3 itens preferidos com 90%

ou mais de acertos sem ajuda em duas sessões

consecutivas e com a presença do item

Programa de

Mando

Pedir vocalmente por 10

itens preferidos sem ajuda

ecóico e sem a presença

do objeto

Pedir vocalmente (mesmo que

com uma ou duas palavras)

coisas preferidas do cotidiano

Seguir 10 instruções simples apresentadas

aleatoriamente com 90% ou mais de acertos sem

ajuda em duas sessões consecutivas

Programa de

Seguir

Instruções

Seguir 100 instruções

simples

Seguir instruções simples ou

duplas (encadeadas) relevantes

para seu cotidiano

Imitar qualquer movimento feito por outra pessoa

com 90% ou mais de acertos sem ajuda em duas

sessões consecutivas

Programa de

Imitação

Imitar qualquer combinação

de três movimentos feitos

por outros

Imitar movimentos de colegas

na sala de aula

� Existem vários tipos de programas de ensino. É

válido ver alguns dos programas básicos, que

possuem diferenças sutis de aplicação que devem

ser conhecidas.

� Precisarei de voluntários para praticar os

programas comigo.

� O objetivo deste programa é que o aluno sente-se quando

solicitado. Sentar-se apropriadamente é garantia de atenção e bom

aprendizado.

� Resposta esperada: sentar-se com os dois pés no chão e as mãos

sobre as pernas.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Chamar atenção do aluno;

3. Instruir “sente-se”;

4. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

5. Reforçar imediatamente;

6. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

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OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

SENTAR-SE

comportamentonão-verbalOUVINTE

“SENTE-SE”

estímuloverbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – Dica: ajuda física

◦ OCP 2 – Dica: ajuda leve

◦ OCP 3 – Dica: sem ajuda

� Uma das habilidades sociais mais importante é o

contato visual. Muitas vezes, ele deve ser diretamente

ensinado para alunos com autismo.

� Resposta esperada: olhar nos olhos do professor.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Instruir “olhe para mim” ou “nome do aluno”;

3. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

4. Reforçar imediatamente;

5. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

OLHAR NOS OLHOSDO INTERLOCUTOR

comportamentonão-verbalOUVINTE

“NOME”“OLHE PARA MIM”

estímuloverbal

DIANTE DO OUTRO

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

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� Variações: contato visual enquanto brincando, contato

visual com o professor, responder “o que?” quando

chamado.

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – Dica: ajuda física e 1s de contato visual

◦ OCP 2 – Dica: ajuda leve e 1s de contato visual

◦ OCP 3 – Dica: sem ajuda e 1s de contato visual

◦ OCP 4 – 3s de contato visual

◦ OCP 5 – 5s de contato visual

◦ OCP 6 – 7s de contato visual

� Os programas de imitação são fundamentais porque ensinam a criança a

prestar atenção no que os outros fazem. Imitar é uma relação social

poderosa e permite ao estudante aprender novos comportamentos sem ser

diretamente ensinado.

� Resposta esperada: realizar um movimento idêntico ao do professor.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Instruir “faz igual” enquanto realizar um movimento motor;

3. Ajudar com o nível de dica apropriado;

4. Reforçar imediatamente;

5. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

MOVIMENTO FÍSICO

comportamentonão-verbal

MOVIMENTO FÍSICO

estímulonão-verbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Variações: imitação com objetos, imitação de movimentos

faciais, imitação de montagem de blocos, imitação em

grupo, etc.

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – Ajuda física e 2 estímulos

◦ OCP 2 – Ajuda leve e 2 estímulos

◦ OCP 3 – Sem ajuda e 2 estímulos

◦ OCP 4 – Ajuda leve e 3 estímulos (dois velhos, um novo)

◦ OCP 5 – Sem ajuda e 3 estímulos (dois velhos, um novo)

◦ OCP 6 – Ajuda leve e 3 estímulos novos

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� Os programas de pareamento ensinam o aluno a relacionar estímulos, uma

habilidade necessária para comportamentos mais complexos, como leitura.

� Resposta esperada: colocar estímulos iguais juntos.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Arrumar estímulos na mesa (quantidade varia – ver OCP);

3. Instruir “relacione” enquanto dá ao aluno um estímulo igual a um dos

outros dispostos sobre a mesa;

4. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

5. Reforçar imediatamente;

6. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

SELECIONAR ESTÍMULOVISUAL

comportamentonão-verbal

ESTÍMULO VISUAL

estímulonão-verbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Variações: pareamento 3d-2d, pareamento para

generalização, pareamento por categoria, pareamento

arbitrário.

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – Ajuda física e 2 estímulos

◦ OCP 2 – Ajuda leve e 2 estímulos

◦ OCP 3 – Sem gestual e 2 estímulos

◦ OCP 4 – Sem ajuda e 2 estímulos

◦ OCP 5 – Ajuda gestual e 3 estímulos (dois velhos, um novo)

◦ OCP 6 – Sem ajuda e três estímulos (dois velhos, um novo)

� O objetivo desses programas é ajudar o aluno a prestar atenção e

compreender linguagem e ser capaz de relacionar estímulos com sons.

� Resposta esperada: apontar o estímulo cujo nome foi ditado.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Arrumar estímulos na mesa (quantidade varia – ver OCP);

3. Instruir “nome do estímulo” ou “aponte o (nome do estímulo)”;

4. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

5. Reforçar imediatamente;

6. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

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OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

SELECIONAR ESTÍMULOVISUAL

comportamentonão-verbalOUVINTE

“NOME DOESTÍMULO”

estímuloverbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Variações: identificação de duas propriedades,

identificação de dois estímulos, identificação de categoria,

identificação por função, classe ou característica.

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – Ajuda física e 2 estímulos

◦ OCP 2 – Ajuda leve e 2 estímulos

◦ OCP 3 – Sem gestual e 2 estímulos

◦ OCP 4 – Sem ajuda e 2 estímulos

◦ OCP 5 – Ajuda gestual e 3 estímulos (dois velhos, um novo)

◦ OCP 6 – Sem ajuda e três estímulos (dois velhos, um novo)

� O objetivo do programa de seguir instruções é ensinar a criança a

responder a solicitações, além de fornecer a base de compreensão

da linguagem necessária para conversação.

� Resposta esperada: realizar a instrução ditada.

� Procedimento:

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Dê uma instrução dentre uma série de instruções previamente selecionadas;

3. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP)

4. Reforçar imediatamente

5. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

SEGUIR INSTRUÇÃO

comportamentonão-verbalOUVINTE

“INSTRUÇÃO(FAÇA X)”

estímuloverbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

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� Variações:

◦ Instruções simples, instruções duplas, instruções em grupo.

◦ PROTOCOLO DE IMERSÃO DO OUVINTE (20 instruções,

dividas em 4 blocos, com quatro instruções com sentido e uma

sem sentido cada)

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – seguir instruções com ajuda física

◦ OCP 2 – seguir instruções com ajuda leve

◦ OCP 3 – seguir instruções com ajuda gestual

◦ OCP 4 – seguir instruções sem ajuda

� Ecóico é a repetição do que o outro diz. O objetivo deste programa é

ampliar a capacidade de repetição do aluno, o que contribui para o

desenvolvimento dos outros programas verbais.

� Resposta esperada: repetir o que é dito.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Instruir “diga (som a ser copiado)” ou apenas “som a ser copiado”;

3. Reforçar imediatamente;

4. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

“SOM VOCAL”(repetir)

comportamentoverbal

“ALGUM SOMVOCAL”

estímuloverbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – vogais

◦ OCP 2 – sílabas

◦ OCP 3 – palavras dissílabas

◦ OCP 4 – palavras trissílabas

◦ OCP 5 – pequenas frases

◦ OCP 6 – frases grandes

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� Mando é fazer pedidos. O programa de mando ensina o aluno a pedir o

que deseja, ou seja, a expressar suas necessidades. Geralmente, é o

programa verbal mais fácil de ser aprendido.

� Resposta esperada: pedir o que deseja.

1. Selecionar mais de um bom reforçador;

2. Perguntar “o que você quer?” ou mostrar os estímulos reforçadores;

3. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

4. Reforçar imediatamente (apenas com o estímulo pedido – sem social);

5. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

ESCOLHER BONSREFORÇADORES

“QUERO X”

comportamentoverbal

nulo ConsequênciaSelecionada

� Variações: mando simples, mando com “eu quero”, mando com

característica, mando com “eu quero” + característica + nome da

pessoa a quem se faz o pedido, pedir de formas variadas, fazer

perguntas

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – ajuda ecóica imediata e 1 estímulo

◦ OCP 2 – ajuda ecóica após 3s e 1 estímulo

◦ OCP 3 – sem ajuda e 1 estímulo

◦ OCP 4 – ajuda ecóica após 3s e 2 ou mais estímulos

◦ OCP 5 – sem ajuda e 2 ou mais estímulos

◦ OCP 6 – ajuda ecóica imediata – mando com “eu quero”

� É fundamental ensinar mando o quanto antes!

� Idealmente, a resposta à pergunta correta deveria sempre

ser reforçada com a OPORTUNIDADE PARA EMITIR UM

MANDO

� Dessa forma, amplia-se enormemente a quantidade de

respostas verbais e melhora-se o controle de estímulos.

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� Tato é dizer o nome das coisas. Ensinar tatos significa ampliar o

vocabulário e possibilitar a criança a “navegar” verbalmente pelo mundo.

� Resposta esperada: dizer o nome dos estímulos.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Perguntar “o que você é isto?” enquanto um estímulo é exibido;

3. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

4. Reforçar imediatamente;

5. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

“NOME DO ESTÍMULO”

comportamentoverbal

ESTÍMULOS(figuras, objetos,sentimentos, etc)

estímulonão-verbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Variações: tato simples, tato com artigo (“o X”), tato com

adjetivo (“o X adjetivo”), tato de ações, tato de

sentimentos, descrições

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – ajuda ecóica imediata e 2 estímulos

◦ OCP 2 – ajuda ecóica após 3s e 2 estímulos

◦ OCP 3 – sem ajuda e 2 estímulos

◦ OCP 4 – ajuda ecóica após 3s e 3 ou mais estímulos

◦ OCP 5 – sem ajuda e 3 ou mais estímulos

◦ OCP 6 – ajuda ecóica imediata – tato com artigo

� Intraverbal é conversação. O comportamento intraverbal é controlado por

outro comportamento verbal. O objetivo principal do programa, portanto, é

ensinar diálogo.

� Resposta esperada: responder perguntas apropriadamente, fazer

perguntas, completar músicas, etc.

1. Selecionar um bom reforçador;

2. Perguntar algo ou seguir um diálogo em um script;

3. Ajudar com o nível de dica apropriado (OCP);

4. Reforçar imediatamente;

5. Corrigir, caso necessário (apresentando IET maior);

09/03/2013

20

OM(motivação)

SD(contexto)

R(resposta)

SC(consequência)

Escolher um bom reforçador

RESPONDER ÀPERGUNTA,

COMPLETAR MÚSICA

comportamentoverbal

PERGUNTA,TRECHO DE MÚSICA,

ETC

estímuloverbal

ConsequênciaSelecionada

+Conseq.Social

� Variações: completar músicas, responder a cumprimentos,

perguntas sobre si mesmo, perguntas sobre os outros,

scripts de conversação, conversar sobre preferências,

� Exemplos de OCP:

◦ OCP 1 – ajuda ecóica imediata e 2 estímulos

◦ OCP 2 – ajuda ecóica após 3s e 2 estímulos

◦ OCP 3 – sem ajuda e 2 estímulos

◦ OCP 4 – ajuda ecóica após 3s e 3 ou mais estímulos

◦ OCP 5 – sem ajuda e 3 ou mais estímulos

◦ OCP 6 – ajuda ecóica imediata – tato com artigo