tendências em linguística aplicada

15
Tendências em Linguística Aplicada Vera Menezes (UFMG/CNPq)

Upload: vera-menezes

Post on 06-May-2015

1.279 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Tendências em Linguística Aplicada

Tendências em Linguística Aplicada

Vera Menezes (UFMG/CNPq)

Page 2: Tendências em Linguística Aplicada

Sessenta anos de linguística Aplicada

A linguística aplicada nasceu como uma disciplina voltada para os estudos sobre ensino de línguas estrangeiras e hoje se configura como uma área imensamente produtiva, responsável pela emergência de uma série de novos campos de investigação

transdisciplinar.

Page 3: Tendências em Linguística Aplicada

Histórico

• 1946: primeiro curso em LA na Universidade de Michigan, onde lecionavam Charles Fries e Robert Lado.

• 1948: Charles C. Fries cria o Language Learning: A Quarterly Journal of Applied Linguistics.

• 1956: Escola de Linguística Aplicada foi criada por J. C. Catford, na Universidade de Edinburgh.

• 1959: Centro para Linguística Aplicada , em Washington, sob o comando de Charles Ferguson.

• 1964: criação da AILA• 1990: ALAB

Page 4: Tendências em Linguística Aplicada

Definição de LA

• Applied Linguistics is an interdisciplinary field of research

and practice dealing with practical problems of language

and communication (…). Applied Linguistics differs from

Linguistics in general mainly with respect to its explicit

orientation towards practical, everyday problems related to

language and communication.

Page 5: Tendências em Linguística Aplicada

Lista de ReNs1. CLIL and Immersion Classrooms: Applied Linguistic

Perspectives (Content & Language Integrated Learning & immersion classrooms)

2. Computer-Assisted Language Learning and the Learner

3. Language and Migration

4. Language, Literacy and Identity Work in Community-Based Sites of Learning

5. Language teacher education and professional development

6. Folk Linguistics (Lay Theories and Folk Beliefs about Language(s), Language Learning and Communication)

7. Learner Autonomy in Language Learning

8. Multilingualism: Acquisition and Use

9. Multilingualism in Post-Soviet Countries

10. Online Dictionaries in Linguistics and Communication Science

11. Task Complexity & Second Language Learning

12. Writing Teacher Response

Page 6: Tendências em Linguística Aplicada

Áreas contempladas este ano no congresso da AILA

A: Language Acquisition and Processing    1.First Language Acquisition    2.Second Language Acquisition    3.Written and Visual Literacy    4.Psycholinguistics

B: Language Teaching and Learning    5.Mother Tongue Education    6.Standard Language Education    7.Foreign Language Teaching and Teacher evelopment    8.Learner Autonomy in Language Learning    9.Language and Education in Multilingual Settings    10.Educational Technology and Language learning

    

Page 7: Tendências em Linguística Aplicada

C: Language in Professions    11.Business and Professional Communication    12.Translating, Interpreting and Mediation    13.Language and the Law    14.Language and the workplace    15.Language in the Media and Public Discourse

D: Language in Societies    16.Sociolinguistics    17.Language Policy    18.Multilingualism and Multiculturalism    19.Intercultural Communication    20.Applied linguistics within Asian contexts

        

Page 8: Tendências em Linguística Aplicada

E: Applied Linguistics and Methodology    21.Discourse Analysis and Pragmatics    22.Rhetoric and Stylistics    23.Contrastive Linguistics and Error Analysis    24.Lexicography and Lexicology    25.Multimodality in Discourse and Text    26.Language Evaluation, Assessment and Testing

No Brasil predominam os estudos sobre formação de professores/ensino de línguas estrangeiras, letramentos e análise do discurso.        

Page 9: Tendências em Linguística Aplicada

Poslin

Ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras

Ensino de língua materna

Tradução

Linguagem e Tecnologia

        

Page 10: Tendências em Linguística Aplicada

Linguistica aplicada no Brasil

No início deste século, ao mesmo tempo que a LA começa a rever sua agenda de trabalho (ex. Prabhu e LA Crítica), a adotar metodologias qualitativas, e a dialogar mais com os próprios linguistas, aparece, no Brasil, um movimento hostil dentro da própria LA, liderado por alguns colegas adeptos das teorias psicanalíticas que não só atacam a área como um todo, acusando-a de autoritária e dona da verdade, como criticam trabalhos de colegas.

CORACINI, Maria José e Ernesto Sergio BERTOLDO (orgs.) 2003. O Desejo da Teoria e A Contingência da Prática. Discursos sobre e na Sala de Aula (língua materna e língua estrangeira). Campinas: Mercado de Letras.

Page 11: Tendências em Linguística Aplicada

Crítica de John Schmitz

“Os próprios discursos dos autores que assinam um artigo para a coletânea compartilham interpretações semelhantes com respeito à LA. Todos se referem à noção de "regime de verdade", presente em todas as disciplinas; todos, numa forma ou outra, questionam o papel da ciência moderna ocidental e seu papel na construção de metodologias de pesquisa, tanto quantitativa como qualitativa, utilizadas não somente em LA, mas também numa gama de outras disciplinas tais como educação, sociologia, psicologia, e sociolinguística.”

Page 12: Tendências em Linguística Aplicada

Crítica de John Schmitz

“À guisa de conclusão, quero argumentar que a crítica à LA apresentada pelos autores não representa um debate justo. Os autores limitam a sua crítica à referida disciplina com base na sua escolha e na sua interpretação (ambas, intencionais) de um modelo da AD, a linha francesa e subsequente exclusão (sem maiores discussões) a respeito de outros modelos.”

Page 13: Tendências em Linguística Aplicada

Crítica de John Schmitz

“... curiosamente o único texto que apresenta uma visão "positiva" de LA, apesar de suas críticas ao positivismo e de suas reservas com respeito à avaliação psicométrica, é a contribuição de Pennycook. Este linguista aplicado tece comentários pertinentes a respeito da possível contribuição da Linguística Aplicada Crítica (doravante LAC) no século XXI, especialmente para as áreas de letramento, tradução, avaliação emancipatória, planejamento e direitos linguísticos.”

Page 14: Tendências em Linguística Aplicada

Quem é linguista aplicado?

Ser ou não um linguista aplicado é hoje muito mais uma questão de afiliação ideológica do que de identidade epistemológica. Tanto é assim que temos pesquisadores trabalhando com questões de ensino que se rotulam como linguistas e outros trabalhando com questões de linguística textual e discurso que se rotulam como linguistas aplicados.

Page 15: Tendências em Linguística Aplicada

ObrigadaMENEZES, V.; SILVA, M. M.; GOMES, I.F. Sessenta anos de Lingüística Aplicada: de onde viemos e para onde vamos. In:  PEREIRA, R.C.; ROCA, P. Linguistica aplicada: um caminho com diferentes acessos. São Paulo: Contexto, 2009

http://www.veramenezes.com/publicacoes.html

Schmitz, John Robert. O Desejo da Teoria e A Contingência da Prática: discursos sobre e na sala de aula (língua materna e língua estrangeira). DELTA, Dez 2004, vol.20, no.2, p.329-339. ISSN 0102-4450

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44502004000200007&script=sci_arttext