telefonia móvel no brasil - análise estratégica

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FATEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JAHU Aurivan Luiz Galdino Bruno Andrade Silva Fernando Ottoboni Rogério M. Gigliotti TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL: Análise Estratégica JAÚ – SP 2010

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Page 1: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

FATEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JAHU

Aurivan Luiz Galdino

Bruno Andrade Silva

Fernando Ottoboni

Rogério M. Gigliotti

TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL:

Análise Estratégica

JAÚ – SP

2010

Page 2: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

Aurivan Luiz Galdino

Bruno Andrade Silva

Fernando Ottoboni

Rogério M. Gigliotti

TELEFONIA MÓVEL NO BRASIL:

Análise Estratégica

JAÚ – SP

2010

Trabalho de Conclusão da Disciplina:

Conceitos Fundamentais de Gestão e

Estratégia, para a Pós-Graduação de

Inteligência de Negócios da Faculdade

de Tecnologia de Jahu.

Professores:

Prof. Ms. Carlos Alberto Pavanelli

Prof. Ms. José Renato Luchini

Page 3: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

RESUMO

Este projeto de pesquisa visa destacar as estratégias das quatro maiores empresas

do ramo de telefonia móvel no Brasil: Vivo, Claro, Tim e Oi. O mercado de telefonia

móvel nos últimos anos sofreu um processo brutal de transformação e consolidação

no país. Empresas se uniram e formaram novas empresas, concessões foram

vendidas e novas foram adquiridas e o mercado se fortaleceu. O Brasil tem hoje

mais telefones celulares em uso do que telefones fixos. A principal proposta desse

trabalho é observar quais as ações e estratégias que as empresas de telefonia

móvel utilizam para aumentar sua receita e aumentar a sua participação no

mercado. Esse trabalho focou suas pesquisas em dados disponíveis sobre as

empresas em seus sites oficiais, dados relativos à quantidade de clientes, dados

sobre a qualidade de serviços prestados e reclamações disponíveis na Agência

Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Palavras-chaves: Telefonia Móvel, Tecnologias

ABSTRACT

This research project aims to highlight the strategies of the four largest companies in

the field of mobile telephony in Brazil: Vivo, Claro, Tim and Oi. The mobile market in

recent years suffered a brutal process of transformation and consolidation in the

country. Companies got together and formed new companies and new concessions

were sold were acquired and the market strengthened. Brazil today has more

cellphones in use than landlines. The main purpose of this study is to observe what

actions and strategies that the mobile phone companies use to increase your

revenue and increase their market share. This work has focused his research on

data available for companies in their official sites, data on the quantity of customers

data on the quality of services rendered and claims available in the National

Telecommunications Agency (Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel).

Keywords: Mobile, Technology

Page 4: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... 6

1. SEGMENTO E EMPRESAS ESCOLHIDAS ....................................................... 7

2. MISSÃO E VISÃO ................................................................................................ 8

3. PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS .......................................................... 10

4. OPORTUNIDADES E AMEAÇAS ....................................................................... 12

4.1. Mercado Atual .............................................................................................. 12

4.2. Market Share ................................................................................................ 13

4.3. Desempenho Operacional ............................................................................ 13

4.3.1. Celulares (milhares) ............................................................................... 13

4.3.2. Receita média mensal por usuário (R$) ................................................ 14

4.3.3. Taxa percentual de clientes desligados (%) .......................................... 14

4.3.4. Resultados das Operadoras em 2009 ................................................... 15

4.3.5. Resultados das Operadoras em 2008 ................................................... 15

4.3.6. Divisão de Mercado por Tecnologia ...................................................... 16

4.4. Futuro ........................................................................................................... 16

4.5. Análise estrutural do setor de telefonia móvel .............................................. 17

4.6. Ameaças Ambientais: ................................................................................... 20

4.7. Novas Oportunidades: .................................................................................. 20

5. COMO AS OPERADORAS SE DIFERENCIAM ................................................. 22

5.1. Market share em 2009 e 2010 ..................................................................... 22

5.2. Informações de Cada Operadora de Telefonia Celular ................................ 24

5.3. Preços da Internet 3G .................................................................................. 26

5.4. Planos Pré-Pago em 2009 ........................................................................... 28

6. TECNOLOGIAS .................................................................................................. 32

6.1. Primeira Geração (1G) ................................................................................. 33

6.2. Segunda Geração (2G) ................................................................................ 33

Page 5: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

6.3. Segunda Geração e meia (2,5G) ................................................................. 34

6.4. Terceira Geração (3G) ................................................................................. 34

6.5. Quarta Geração (4G) ................................................................................... 36

6.6. O Futuro das Tecnologias de Telefonia Móvel ............................................. 37

6.6.1. Alertas inteligentes ................................................................................ 38

6.6.2. Realidade aumentada ............................................................................ 38

6.6.3. Multidões conectadas tornam-se a tendência atual ............................... 38

6.6.4. Sensores em todos os lugares .............................................................. 39

6.6.5. Ferramenta para desenvolvimento ........................................................ 39

6.6.6. O dispositivo à prova do futuro .............................................................. 39

6.6.7. Software mais seguro por meio de confiança e verificação ................... 40

6.7. Sistemas de Transmissão ............................................................................ 40

6.8. Utilização das Tecnologias pelas Operadoras ............................................. 47

7. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 49

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 50

9. ANEXO ............................................................................................................... 52

9.1. A caminho da liderança ................................................................................ 52

Page 6: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Distribuição de aparelhos e market share das operadoras de celular ....... 13

Tabela 2: Quantidade de celulares por trimestre em 2008 e 2009 ............................ 13

Tabela 3: Receita média mensal por usuário por trimestre em 2008 e 2009 ............ 14

Tabela 4: Percentual de clientes desligados por trimestre em 2008 e 2009 ............. 14

Tabela 5: Resultado das operadoras em 2009.......................................................... 15

Tabela 6: Resultado das operadoras em 2008.......................................................... 15

Tabela 7: Divisão de mercado por tecnologia ........................................................... 16

Tabela 8: Análise estrutural do setor de telefonia móvel ........................................... 17

Tabela 9: Market Share Brasil ................................................................................... 22

Tabela 10: Diferença entre as operadora .................................................................. 23

Tabela 11: Diferença entre TIM e OI - Fonte: Anatel ................................................. 23

Gráfico 12: Evolução das tecnologias ....................................................................... 32

Page 7: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

7

1. SEGMENTO E EMPRESAS ESCOLHIDAS

Segmento escolhido: Telefonia Móvel

Empresas alvo do estudo:

• Vivo

• Claro

• Tim

• Oi

Page 8: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

8

2. MISSÃO E VISÃO

VIVO

Missão

Criar condições para que o maior número de pessoas possa se conectar, a qualquer

momento e em qualquer lugar, possibilitando viver de forma mais humana, segura,

inteligente e divertida.

Visão

Acreditamos que na sociedade em rede o indivídulo vive melhor e pode mais.

TIM

Missão

Estar próximo ao cliente, oferecendo possibilidades inovadoras de conectividade,

focando em suas expectativas e necessidades diversificadas, contribuindo como

agente de evolução social por meio de uma gestão sustentável.

Visão

Ser a escolha número um dos clientes, oferecendo serviços inovadores e de alta

qualidade, tornando-se referência de rentabilidade do mercado de telecomunicações

no Brasil.

CLARO

Missão

Ser a líder em inovação no mercado brasileiro de telefonia móvel.

Page 9: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

9

Visão

Excelência em qualidade do atendimento ao cliente, oferta de serviços inovadores,

criativos e de última geração

OI

Missão

Estar sempre apta a oferecer o que existe de melhor no mundo das

telecomunicações, satisfazendo não só as necessidades dos clientes, mas também

superando o crescente nível de exigência do mercado.

Visão

Empresa que aposta na inteligência como diferença. Nossa bússola está apontada

para o cliente, para o mercado: não para regras e fórmulas.

Page 10: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

10

3. PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS

VIVO

Pontos fortes Pontos fracos

1. Tem a maior cobertura de internet de

terceira geração (3G), com cerca de

594 cidades no país;

2. Possui a maior fatia de mercado

(Market Share) em telefonia móvel;

3. Dentre as quatro principais

operadoras, é a última colocada no

ranking de reclamações em telefonia

móvel, segundo a Anatel;

1. Possui uma rede EVDO (tecnologia

terceira geração (3G)) com cobertura

limitada e que deve ser

descontinuada no futuro;

2. Não possui planos de acesso a

internet de terceira geração (3G) que

seja limitado ou que não cobre o

excedente;

3. Não aderiu ao plano de vender

celulares desbloqueados, sendo

obrigada a fazer após a criação de

um projeto de lei regulamentado pela

Anatel;

TIM

Pontos fortes Pontos fracos

1. Possui o melhor plano de acesso a

internet de terceira geração (3G);

2. Tem foco em inovação e qualidade,

realizando constantes investimentos

em tecnologia e otimizando as

sinergias com o grupo por meio do

compartilhamento de experiências e

adoção de política de melhores

práticas;

3. Desenvolve serviços e ofertas para

atender aos mais diversos perfis de

clientes;

1. Tem a menor cobertura de internet

de terceira geração (3G) dentre as

principais operadoras;

2. Não possui planos de acesso a

internet de terceira geração (3G)

com modem grátis;

3. Não aderiu ao plano de vender

celulares desbloqueados, sendo

obrigada a fazer após a criação de

um projeto de lei regulamentado pela

Anatel;

Page 11: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

11

CLARO

Pontos fortes Pontos fracos

1. Tem a segunda maior cobertura de

internet de terceira geração (3G),

com cerca de 396 cidades no país;

2. Líder em inovação no mercado

brasileiro de telefonia móvel;

3. Pioneira na oferta de serviços de

terceira geração (3G);

1. Dentre as quatro principais

operadoras, é a líder em

reclamações em telefonia móvel,

segundo ranking da Anatel;

2. Não aderiu ao plano de vender

celulares desbloqueados, sendo

obrigada a fazer após a criação de

um projeto de lei regulamentado pela

Anatel;

3. Garante em contrato apenas 10% da

velocidade dos serviços de internet

de terceira geração (3G), pois existe

uma variação que se dá de acordo

com as condições que o cliente se

encontrar;

OI

Pontos fortes Pontos fracos

1. Oferece planos sem multa;

2. Primeira empresa a vender celulares

desbloqueados (portabilidade);

3. Pelo segundo ano consecutivo

integrante do Índice de

Sustentabilidade Empresarial (ISE) da

Bovespa refletindo o alto grau de

comprometimento da companhia com

a responsabilidade social e a adoção

de práticas gerenciais sustentáveis;

1. Tem poucas cidades com cobertura

de internet de terceira geração (3G)

com cerca de 168 cidades;

2. Não possui planos de acesso a

internet de terceira geração (3G)

com modem grátis;

3. A taxa de desligamento de clientes

da Oi é a maior entre as principais

operadoras;

Page 12: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

12

4. OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

4.1. Mercado Atual

Em 2007, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações

(Anatel), o Brasil ultrapassou a marca de 120 milhões de habilitações na telefonia

móvel, isso representa um crescimento de 21,08% em relação a 2006.

Já no final de 2009, a telefonia móvel no Brasil obteve quase 174

milhões de acessos e registrou mais de 4,2 milhões de habilitações no Serviço

Móvel Pessoal (SMP), o que representa 2,48% a mais que em novembro. Os dados

são relativos a ligações, serviço de banda larga, e toda espécie de transmissão de

dados por meio de aparelhos móveis.

O crescimento, de mais 23 milhões de acessos móveis, fez com que

2009 chegássemos ao posto de segundo melhor ano da série histórica. Foi o

terceiro melhor desempenho para um mês de dezembro, só ficando atrás de

dezembro de 2007, com 4,6 milhões de acessos e de dezembro de 2004, com 4,4

milhões.

No Brasil, o número de acessos por grupo de 100 habitantes, chamado

de teledensidade, foi de 90,55, o que correspondeu a um crescimento de 2,4% em

relação a novembro. O maior crescimento do índice ocorreu nos estados do Norte e

Nordeste.

O Rio Grande do Sul superou a barreira de um celular por habitante.

No fim do ano, com mais de 10 milhões de acessos móveis, o estado tem o índice

de 100,49 acessos por grupo de 100 habitantes. São Paulo, Rio de Janeiro e Mato

Grosso do Sul superaram a marca em julho do ano passado e o Distrito Federal, em

maio de 2005. A seguir serão apresentadas informações estatísticas do mercado:

Page 13: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

13

4.2. Market Share

Existe 7 grupos de operadoras de celular no Brasil:

Operadora Controlador Celulares (Milhares) Market Share

1ª Vivo Telefônica/Portugal Telecom 52.905 29,93%

2ª Claro América Móvil 45.072 25,50%

3ª Tim Telecom Italia 41.798 23,65%

4ª Oi Telemar 36.341 20,56%

5ª CTBC CTBC 552 0,31%

6ª Sercomtel Prefeitura Londrina Copel 82 0,05%

7ª Aeiou Unicel 20 0,01%

Tabela 1: Distribuição de aparelhos e market share das operadoras de celular Fonte: Anatel

4.3. Desempenho Operacional

4.3.1. Celulares (milhares)

Milhares 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09

Vivo 38.309 40.435 42.277 44.945 45.641 46.819 48.847 51.744

Claro 31.182 33.112 35.668 38.731 39.587 40.486 42.278 44.401

TIM 32.533 33.814 35.206 36.403 36.097 37.826 39.600 41.102

Oi 23.315 25.314 27.113 29.995 31.835 33.932 34.818 36.112

CTBC 387 406 432 447 456 467 491 511

Tabela 2: Quantidade de celulares por trimestre em 2008 e 2009 Fonte: Anatel

Nota: Celulares ativos na operadora no final do trimestre, conforme

divulgado em seus relatórios trimestrais.

Page 14: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

14

4.3.2. Receita média mensal por usuário (R$)

R$ 1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09

Vivo 29,5 28,8 29,4 29,1 27,0 26,3 26,4 26,1

Claro 26,0 26,0 25,0 25,0 23,0 23,0 23,0 22,0

TIM 29,5 29,8 30,1* 29,9 26,0 26,6 26,5 27,0

Oi 23,9 24,7 24,8 25,0 21,1 21,0 22,2 22,5

ARPU Brasil 27,5 27,5 27,5 27,1 24,5 24,3 24,6 24,4

Tabela 3: Receita média mensal por usuário por trimestre em 2008 e 2009 Fonte: Anatel

Nota: obtida dividindo-se a receita líquida de serviços pelo número

médio de celulares no período e pelo número de meses do período.

4.3.3. Taxa percentual de clientes desligados (%)

1T08 2T08 3T08 4T08 1T09 2T09 3T09 4T09

Vivo 2,8% 2,6% 2,6% 2,4% 2,4% 2,7% 2,5% 2,5%

Claro 2,8% 2,6% 2,7% 2,6% 2,5% 2,8% 2,9% 3,0%

TIM 2,6% 2,8% 3,1% 3,3% 3,8% 2,9% 3,6% 3,8%

Oi 2,3% 2,5% 2,8% 3,9% 2,3% 3,5% 3,8% 3,2%

Churn Brasil 2,7% 2,6% 2,8% 3,0% 2,7% 2,9% 3,1% 3,1%

Tabela 4: Percentual de clientes desligados por trimestre em 2008 e 2009 Fonte: Anatel

Nota: Taxa percentual de clientes desligados durante um determinado

período, obtida dividindo-se o total de cancelamentos no período pelo número de

celulares no início do período.

Page 15: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

15

4.3.4. Resultados das Operadoras em 2009

Milhões de R$ Vivo TIM Claro Oi

Receita Bruta 22.872 18.079 15.789 12.609

Receita Líquida 16.363 13.058 12.016 9.063

EBITDA 5.218 3.063 2.906 1.989

Margem EBITDA 31,9% 23,5% 24,2% 21,9%

Lucro (prej.) Líquido 858 232 1.735 392

Investimentos 2.369 2.149 1.491 2.430

Divída Líquida 3.786 1.684 N.D. N.D.

Tabela 5: Resultado das operadoras em 2009 Fonte: Anatel

4.3.5. Resultados das Operadoras em 2008

Milhões de R$ Vivo TIM Claro Oi

Receita Bruta 22.212 18.321 16.363* 11.316

Receita Líquida 15.819 13.147 11.528 7.633

EBITDA 4.868 2.899 2.724 2.011

Margem EBITDA 30,8% 22,1% 23,6% 26,4%

Lucro (prej.) Líquido 390 180 977 523

Investimentos 2.818 2.032** 2.015 2.290

Divída Líquida 5.302 1.670 N.D. N.D.

Tabela 6: Resultado das operadoras em 2008 Fonte: Anatel

Page 16: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

16

4.3.6. Divisão de Mercado por Tecnologia

Tecnologia Dezembro 2009*

Mar 2010

Nº Celulares Cresc. mês

Cresc. ano*

GSM 156.581.825 158.284.473 88,37% 1.916.179 1,27%

WCDMA 4.090.659 8.706.634 4,86% 606.441 272,74%

CDMA 8.397.905 6.832.623 3,81% (331.060) (12,29%)

TDMA 311.304 236.991 0,13% (31.536) (6,44%)

AMPS 3.891 1.269 0,00% (1.790) (22,71%)

Term. Dados 4.573.784 5.047.811 2,82% 180.529 70,43%

Total 173.959.368 179.109.801 100,00% 2.338.763 3,42%

Tabela 7: Divisão de mercado por tecnologia Fonte: Anatel

4.4. Futuro

1. Estudo da 3G Americas prevê que até o fim de 2010, o país contará com 29

milhões de usuários de banda larga, sendo 15 milhões de 3G e 14 milhões

das redes fixas. Dentro de cinco anos, um em cada quatro assinantes de

telefonia móvel no Brasil terá um smartphone. A previsão é de um estudo

realizado pela 3G Americas, associação que reúne provedores de serviços e

fabricantes de telecomunicações da América Latina. O relatório foi divulgado

nesta quarta-feira (28/4). Segundo a entidade, até 2014 a taxa de penetração

dos terminais 3G chegará a 25% dos usuários móveis. Em 2009, esse índice

era de 8% da base de mais de 173 milhões de assinantes móveis que

havia no país em dezembro do ano passado.

2. Aparelho celular será seu companheiro 24 horas por dia (um estudo recente

de clientes de telefonia móvel na China mostrou que a maioria dos usuários

dorme a uma distância de um metro de seus telefones), um dispositivo bem

potente, com ótimos sensores, e o ponto interessante é, outras pessoas

Page 17: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

17

também terão esta companhia, aumentando a possibilidade de abertura de

um gigante leque de serviços possíveis.

3. A substituição fixo-móvel é uma forte realidade do mercado hoje e ocorre

tanto em termos de acessos quanto em tráfego, e aumentará no futuro

4. O setor de telefonia móvel também enfrentará alguns obstáculos. tanto o

tráfego quanto a base de clientes aumentaram mais rápido do que as

receitas. "Isso mostra a crescente competição no setor de telefonia móvel

brasileiro, uma vez que o preço por minuto encontra-se em queda. Nos

próximos anos, a expectativa é que essa tendência siga afetando os balanços

das empresas do setor".

4.5. Análise estrutural do setor de telefonia móvel

Tabela 8: Análise estrutural do setor de telefonia móvel

A ameaça de novos entrantes é reduzida em função das elevadas

barreiras de entrada e da possibilidade de retaliação pelos atuais concorrentes do

setor. As elevadas barreiras de entrada explicam-se:

Page 18: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

18

• Pela necessidade de escala, caracterizada por uma peculiaridade do

setor de telecomunicações.

• Menor custo per capita da instalação da tecnologia de rede em função

da densidade populacional.

• Pela necessidade de capital para aquisição das licenças de exploração

do serviço (cujos valores arrecadados pela Anatel nas licitações do

SMC e SMP ultrapassaram os R$ 20 bilhões, denotando um valor

médio de R$ 749,5 milhões por licença adquirida), implantação da rede

de comunicação, impactada pela extensão das áreas geográficas

ampliadas pelo SMP (Resolução Anatel no 235/2000 e subsequentes),

aquisição de novos clientes em face de uma taxa de penetração do

serviço móvel de 53,61% e os subsídios nos aparelhos celulares como

estímulo à adesão de novos clientes.

Considerando-se os valores investidos nas licitações e o investimento

em ativos de baixa liquidez é possível inferir que as operadoras necessitam de

recursos substanciais para financiar suas operações, daí emergindo um maior

comprometimento e possíveis retaliações.

A rivalidade entre os concorrentes é intensa em função de altos custos

demandados pela estrutura da rede de comunicação, independentemente do

número de acessos que dela fazem uso,da concentração do mercado em que quatro

operadoras respondem por 90% da base de clientes e da baixa diferenciação dos

serviços.

As operadoras atendem aos mesmos tipos de clientes (além de

oferecer preços menores para chamadas de longa distância efetuadas com o código

de seleção da operadora pertencente à operadora de telefonia fixa controlada pelo

mesmo grupo, quando comparadas às operadoras independentes).

A ameaça de produtos substitutos existe, tanto com o ofertado pelas

operadoras Embratel e Brasil Telecom, que são transmitidos via IP, voz e dados em

uma mesma rede sem fio, também observadas nas experiências internacionais da

Inglaterra, Estados Unidos, Japão e Coréia quanto com o trunking, que tem como

Page 19: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

19

principal operadora a Nextel, porém é preciso que haja uma aceitação pelo mercado

de tais tecnologias. Por outro lado, existem uma restrição regulatória que limita a

prestação do trunking somente a clientes corporativos, tornando a força de

substituição de tais produtos limitada.

O poder de negociação dos compradores (usuários do serviço de

telefonia móvel) foi considerado moderado em função de:

• Dos custos de mudança para o cliente decorrentes do custo de

conexão, tal qual a necessidade de um aparelho celular específico ao

padrão tecnológico da operadora (CDMA, TDMA ou GSM);

• Da portabilidade numérica, a possibilidade de o cliente mudar de

operadora, mantendo o mesmo número que utilizava;

• Das externalidades em rede, em função das quais um usuário

beneficia-se com a adesão de mais usuários à rede móvel, estes

últimos amenizados por meio de determinações regulatórias;

• Moderado nível de informação dos clientes sobre os produtos ofertados

pelas operadoras, uma vez que a comparação das ofertas e preços

institucionais das operadoras é plenamente possível elas

disponibilizam ao público informações sobre seus produtos e a

composição dos seus pacotes de serviços e respectivos preços, seja

por meio de suas lojas ou dos sites institucionais na internet, porém tal

comparação é bastante complexa.

O poder de negociação dos fornecedores, sejam eles fornecedores de

aparelhos ou de infra-estrutura de rede, demonstrou-se intenso em função:

• Da relevância dos aparelhos tanto para atrair o cliente de outra

operadora, quanto para fidelizá-lo, com a tecnologia GSM sendo um

padrão tecnológico adotado por 80% da base de usuários no mundo,

atrai fornecedores de aparelhos, que atuavam no mercado

internacional, para o mercado brasileiro reduzindo a concentração no

setor e o poder de negociação dos fornecedores que aqui se

encontravam, criando inclusive a possibilidade de importação de

Page 20: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

20

aparelhos pelas operadoras móveis. Como exemplos da expansão do

número de fornecedores no mercado nacional, Motorola, Nokia,

Siemens, Samsung, Sony, LG, HP e Pantech são citados nos relatórios

anuais do setor (Anuário Telecom, 2003, 2004, 2005, 2006). Por fim, as

relações tecnológicas quase verticais nesse setor, em que a tecnologia

adotada pela operadora determinará quem serão seus fornecedores,

associada à expansão da tecnologia GSM no país.

4.6. Ameaças Ambientais:

1. Novos conceitos de relacionamento com o cliente: Novos entrantes que

criam novas formas de relacionamento com o cliente que tornam a forma que

a operadora se relaciona com os clientes obsoleta. Ex: Extinção de multas

contratuais realizado pela OI.

2. Desvalorização da marca: Problemas com a imagem da empresa pelos

clientes devido a problemas no atendimento e qualidade dos serviços.

3. Atraso na adoção de novas tecnologias: A empresa acaba ficando atrás de

outros players do mercado, quando não consegue seguir as tendências de

mercado em tempo hábil, perdendo a fidelização dos clientes.

4.7. Novas Oportunidades:

1. Internet por banda larga: Com mais de 173 milhões de celulares em uso no

Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), só

8% são utilizados para navegar na internet, revela o estudo realizado pela 3G

Americas, associação que reúne provedores de toda a América Latina. Com

isso surge a principal oportunidade das operadoras, que é aumentar o uso de

internet para os celulares, para isso deve baratear os preços de seus serviços

e aumentar a escala de utilização.

2. Pagamento pelo celular: O uso do celular como forma de pagamento,

substituindo plásticos (cartões) e papéis (moeda). O foco inicialmente deverá

Page 21: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

21

ser em micro-pagamentos. São transações de alto volume e baixo valor com

ganho de escala e presença em segmentos como transportes, vendas porta-

a-porta, serviços de entrega, programas de benefícios e até pagamentos

entre pessoas. Para aproveitar esta oportunidade, as operadoras necessitam

se aliar com administradores de cartões de crédito e débito, alem de investir

em infra-estrutura para realizar a conexão de suas redes de telefonia com as

plataformas de pagamento.

3. TV por assinatura: Numa pesquisa realizada pela Qualcomm ao Yankee

Group revelou que a TV é um dos principais itens de desejo dos usuários de

celular. A maior parte considera de 10 a 20 canais um pacote adequado para

o celular, sendo que 50% acreditam que metade desse conteúdo deve ser

"premium", ou seja, pago. Os conteúdos preferidos são futebol e seriados.

Nesta oportunidade as operadoras podem aumentar seu portifólio de serviços

fornecendo pacotes de programação a seus clientes, se aliando com

operadoras de televisão por assinatura.

4. Serviços Push to Talk: Uma tecnologia não tão moderna, já utilizada por

operadoras especializadas com Nextel, que consiste na utilização do serviço

de rádio-comunicador a partir do celular. Esse serviço é muito utilizado pelas

empresas, mas apenas a Nextel possui um market share de 95% neste

segmento. A oportunidade das operadoras está em adentrar nesse segmento,

com uma gama maior de serviços integrados do que a Nextel.

Page 22: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

22

5. COMO AS OPERADORAS SE DIFERENCIAM

5.1. Market share em 2009 e 2010

O quadro de market share do celular no Brasil permaneceu estável em

2009.

Tabela 9: Market Share Brasil

Fonte: Anatel

A Oi foi a única das 4 maiores operadoras a ganhar market share em

2009, graças ao seu desempenho no estado de São Paulo. Ela ganhou market

share no primeiro semestre do ano e perdeu no 2º semestre (base novembro).

Vivo, Claro e Tim apresentaram o movimento inverso. Perderam

market share no 1º semestre e recuperaram no 2º semestre. Vivo e Claro

consolidaram suas posições em 2009, apesar da perda de market share.

A líder Vivo aumentou a diferença em quantidade de celulares que a

separa da Claro de 6,2 milhões em 2008 para 7,0 milhões em 2009. O mesmo

ocorreu com a Claro (2ª colocada) que aumentou sua diferença em relação à Tim (3ª

colocada) de 2,3 para 2,8 milhões de celulares.

Page 23: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

23

Tabela 10: Diferença entre as operadoras Fonte: Anatel

A Vivo deve continuar como líder de market share em 2010. Mesmo

que a Claro venha a disputar de forma mais agressiva a 1ª colocação, dificilmente

ela conseguirá reverter a distância que a separa da Vivo no período de um ano.

Apesar de ser possível para a Tim reduzir a distância que a separa da

Claro e brigar pela 2ª colocação, é pouco provável que isto aconteça em 2010. A

Claro ultrapassou a Tim em 2007 e vem aumentando paulatinamente a sua

vantagem.

A Tim, por sua vez, não deve ser também ultrapassada em 2010. Com

a queda no desempenho da Oi no 2º semestre de 2009 a briga pela 3ª colocação (Oi

x Tim) só esquentará em 2010 se a Tim apresentar uma queda em seu

desempenho. A oferta de 3G pode fazer a diferença, assim como a disputa pelo

mercado de São Paulo.

Tabela 10: Diferença entre a TIM e OI Fonte: Anatel

Page 24: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

24

5.2. Informações de Cada Operadora de Telefonia Celular

www.vivo.com.br

Empresa Joint venture: Telefonica (50%) e Portugal Telecom (50%).

Grupo Fixo: Telefônica, Celular: Vivo, Banda Larga: Telesp, TV: TVA

Cobertura Cobertura nacional. 3.499 municípios.

Tecnologia Voz: CDMA/GSM. 3G: WCDMA/HSDPA a partir de Nov/2007.

3G Municípios: 579 em 2009 e 594 em 2010/1T.

Assinantes 2009: 51.744 e 2010/1T: 53.949

www.claro.com.br

Empresa Subsidiária da América Móvil para o Brasil.

Grupo Fixo: Embratel, Celular: Claro, Banda Larga: Net/Embratel, TV:

Net/Embratel

Cobertura Cobertura nacional em Abr/2009. 3.346 municípios.

Tecnologia Voz: GSM. Dados: GPRS/EDGE. 3G: WCDMA a partir de Nov/2007.

3G Municípios: 389 em 2009 e 396 em 2010/1T.

Assinantes 2009: 44.401 e 2010/1T: 45.583

Page 25: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

25

www.tim.com.br

Empresa A Tim Participações é uma subsidiária da Telecom Italia.

Grupo Fixo: TIM, Celular: TIM

Cobertura Cobertura nacional desde 2005. 2.922 municípios.

Tecnologia Voz: GSM. Dados: GPRS/EDGE. 3G: WCDMA a partir de Abr/2008.

3G Municípios: 55 em 2009 e 73 em 2010/1T.

Assinantes 2009: 41.115 e 2010/1T: 42.368

www.oi.com.br

Empresa A OI é controlada pela Telemar Participações e adquiriu a Brasil

Telecom em 2009.

Grupo Fixo: OI, Celular: OI, Banda Larga: OI, TV: OI

Cobertura Cobertura nacional: 2.516 municípios.

Tecnologia 3G: a partir de Mai/2008.

3G Municípios: 168 em 2009, 168 em 2010.

Assinantes 2009: 36.054 e 2010/1T: 36.555

Page 26: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

26

5.3. Preços da Internet 3G

O acesso à internet pelo celular é quase impraticável devido aos altos

custos. Nos últimos três anos, o número de usuários desse setor praticamente não

cresceu no Brasil, enquanto no mundo inteiro o mercado aumentou em 148% só em

2009. Em 2010 houve mudança em todos os planos de 3G nas operadoras,

compare:

VIVO

2009 Avulso - Custa R$ 4,90 por MB.

50MB - Disponível apenas para smartphones, custa R$ 24,90 mensais.

250MB - Custa R$ 49,90 mensais e R$ 0,18 por cada MB excedente.

500MB - Custa R$ 79,90 e R$ 0,07 por MB excedente.

1GB - Custa R$ 89,90 e R$ 0,06 por MB excedente.

2010 Plano de R$ 49,90, limite de tráfego de 250MB. Ao passar deste limite a

velocidade cairá para 128kbps. Neste plano será de R$ 0,18 por cada 1MB

de dados transferidos adicionalmente.

Plano VIVO INTERNET BRASIL 2GB. Este plano tem tráfego ilimitado, mas

continua a redução da velocidade para 128kbps quando passar de 2GB de

tráfego. Custa R$ 119,90 mensais.

CLARO

2009 Sob Medida - O plano oferece ao cliente a possibilidade de montar um

pacote de dados de acordo com o perfil de navegação. Custa a partir de R$

50.

10MB - Pacote fixo que fornece 10MB de dados durante um mês. Custa R$

Page 27: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

27

9,90 e R$ 0,55 por MB excedente.

40MB - Custa R$ 19,90 por mês e R$ 0,50 por MB excedente.

100MB - Custa R$ 29,90 por mês e R$ 0,30 por MB excedente.

250MB - Custa R$ 49,90 por mês e R$ 0,25 por MB excedente.

500MB - Custa R$ 69,90 por mês e R$ 0,20 por MB excedente.

1GB - Custa R$ 79,90 por mês e R$ 0,15 por MB excedente.

2010 Plano 3G 600kbs custa R$ 89,90 / mês.

Plano 3G 1MB custa R$ 119,90 / mês.

São planos 3G com tráfego ilimitado mas existe uma queda na velocidade

se a quantidade de dados ultrapassar a franquia de 1GB para 128kbps.

TIM

2009 Pacote Diário - Com R$ 2,90 e até 40MB de transmissão de dados.

(Também pré-pagos).

100MB - Disponível para celulares do tipo pré e pós-pago, o plano custa

apenas R$ 9,90.

Ilimitado - O pacote ilimitado da TIM custa R$ 49,90 e fornece velocidade de

300 Kbps.

RingEmail - Navegação por 5 contas de e-mail e messengers por 7 dias.

Custa R$ 3,99.

2010 Plano 3G TIM de 300kbps que custa R$ 59,90, com dados ilimitados.

Plano 3G TIM de 600kbps que custa R$ 89,90, com dados ilimitados.

Plano 3G TIM de 1MB que custa R$ 119,90, com dados ilimitados.

Page 28: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

28

Oi Velox

2009 300kbps - Custa R$ 69,90 por mês, limite de 1Gb.

600Kbps - Custa R$ 89,90 por mês, limite de 2Gb.

1MB - Sem limite de dados, velocidade de 1MB para celular ou modem 3G.

R$ 119,90/mês.

2010 Plano 3G de 300kbps, limite de tráfego de 2GB e custa R$ 69,90.

Plano 3G de 600kbps custa R$ 89,90 e limite de 5GB.

Plano 3G de 1MB de velocidade custa R$ 119,90 e limite de tráfego de

10GB.

Quanto custa ?

25 Kbytes - É a quantidade de banda consumida para ler ou enviar um e-mail.

250 Kbytes - É a quantidade média consumida para abrir uma página da web.

5.4. Planos Pré-Pago em 2009

• Vantagem para quem realiza poucas ligações durante o mês.

• Para mais de 30 minutos por mês já se torna vantajoso um pós-pago.

• O preço do minuto dos planos pré-pagos são mais caros que em planos pós-

pagos.

• Todos os preços mostrados a seguir são com base nas tarifas cobradas em São

Paulo, no final de 2009.

• Existem diversos estados onde o valor cobrado pelo minuto de ligações pré-

pagas em celulares é bem inferior ao cobrado em São Paulo podendo existir

uma grande diferença de preço entre as operadoras dependendo do estado.

Page 29: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

29

VIVO

• Plano Vivo Escolha: sempre que comprar e consumir de R$ 20,00 a R$ 49,99 de

créditos, recebe automaticamente R$ 20,00 em créditos para falar no mês

seguinte. Se usar acima de R$ 50,00 acaba recebendo mais R$ 50,00 para falar

no outro mês. O custo do minuto da Vivo para São Paulo é de R$ 1,37.

• Plano Boa Hora: oferece tarifa reduzida para uma determinada hora do dia.

Você pode cadastrar 5 números de amigos, conhecidos e parentes que também

sejam da Vivo para ter 50% de desconto nas ligações feitas para eles. A tabela

de preço fica assim para São Paulo no Vivo Boa Hora Toda Hora: Vivo

Favoritos: R$ 0,64/minuto, De Vivo para Vivo: R$ 1,29/minuto, De Vivo para fixo:

R$ 1,42/minuto, De Vivo para outros celulares: R$ 1,42/minuto.

• Plano Boa Hora Noite e Dia: possui preços diferenciados para ligações feitas

durante a noite ou durante o dia, necessita consultar tabela.

CLARO

• Plano Toda Hora Claro: plano básico oferecido para quem tem celular GSM e

3G. Paga um valor fixo pelo minuto em qualquer hora do dia, não importa se vai

ligar para telefone fixo ou celular, a tarifa sempre é uma só. O valor desta tarifa

única é de R$ 1,39/minuto para quem está em São Paulo.

• Plano Toda Noite Claro: possui uma tarifa reduzida quando as ligações são

feitas durante a noite, nos fins de semana e feriados. A tarifa reduzida é de R$

0,82 e a tarifa fora do horário da reduzida é de R$ 1,61/minuto.

• Plano Pré-Pago Especial Claro: destinado apenas a deficientes auditivos e da

fala que custa R$ 2,50/minuto.

Regularmente a Claro lança promoções para quem tem chip pré-pago, mas estas

promoções e condições diferenciadas não duram para sempre.

Page 30: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

30

TIM

• Plano Meu Jeito TIM: divide em 5 outros planos diferentes. Suas diferenças

estão em tarifas mais baratas dependendo do horário do dia que você realiza

ligações. O plano tem uma tarifa única para qualquer dia e horário. Em São

Paulo a tarifa deste plano é de R$ 1,36/minuto. Nos demais planos o valor das

ligações é de R$ 1,59 e dentro do horário reduzido fica por R$ 0,85/minuto.

• Plano TIM + 25: vantajoso para quem costuma gastar R$ 25,00 ou mais em

créditos para ligações através do pré-pago. Quando faz uma recarga igual ou

superior a R$ 25,00 ganha mais R$ 25,00 em créditos para falar usar durante 30

dias. É o mesmo que comprar R$ 25,00 em créditos e receber o equivalente a

R$ 50,00. O valor dos minutos deste plano para quem mora em SP é de R$

1,45. Também pode usar seus créditos para enviar torpedos e fazer downloads.

• Plano 1 da TIM: para quem liga realmente pouco. Ele aceita recargas de R$ 1,00

ou mesmo 3 e 5 reais. Cada recarga de 1 real permite falar por 5 minutos para 3

números TIM ou fixo que cadastrar como sendo seus números prediletos. E

cada vez que falar 30 segundos ganha um torpedo gratuito para enviar para

quem desejar. O valor da tarifa é igual todos os dias da semana e horários. Se

fizer ligações para números que não fazem parte da sua lista de números

prediletos o valor da tarifa é de R$ 1,55/minuto para quem mora em São Paulo.

• Plano Infinity Pré: melhor plano pré-pago para quem costuma fazer ligações para

pessoas que também possuem planos da TIM ou telefone fixo da TIM, só paga o

valor equivalente a 1 minuto de ligação e fica falando a vontade por tempo

quase ilimitado. Existe um limite de 10.000 minutos por mês que equivale a 166

horas de ligação. Seria o mesmo que falar no telefone por 5 horas todos os dias

com outros usuários da TIM. A tarifa é igual todos os dias da semana e horários.

É importante destacar que todas as contas pré-pagas da Tim possui um recurso

chamado “predileto” onde você pode cadastrar 4 números de telefone TIM ou 3

números TIM e 1 fixo para onde você deseja ligar com desconto de tarifa. É

importante escolher bem quais serão estes números já que depois da configuração

feita será cobrada uma tarifa para atualizar estes números.

Page 31: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

31

Quem é usuário do pré-pago da TIM por mais e 1 ano recebe 1 minuto extra gratuito

para falar para cada R$ 1,00 gasto em recargas. Dessa forma você sempre falará

em dobro. Outra vantagem oferecida é cobrança de tarifa local quando você efetuar

ligações DDD do seu telefone TIM para outro telefone TIM de outros lugares do

Brasil.

OI

• O chip pré-pago da Oi custam R$ 20,00 e pode ser comprado na internet, em

lojas da Oi e até em farmácias e bancas de jornal. É permitido recargas de

valores pequenos a partir de R$ 1,00. Eles oferecem ligações DDD com o

mesmo preço de ligação local de celular quando o usuário utiliza o 31 para

ligação de celular para celular OI ou para qualquer fixo.

• Para quem mora em São Paulo o valor do minuto é de R$ 1,36. O envio de

torpedos ou mensagens SMS custa R$ 0,39. A Oi não possui diversos planos

diferenciados para pré-pago como ocorre na TIM e na Claro.

Page 32: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

32

6. TECNOLOGIAS

Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas

nos telefones móveis, baseadas na compressão das informações ou na sua

distribuição:

• Primeira geração, também conhecida como 1G é totalmente analógica e foi

desenvolvida no início dos anos 1980. Possui os sistemas NMT e AMPS.

• Segunda geração, também conhecida como 2G, é digital e foi desenvolvida

no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Possui os sistemas GSM,

CDMA e TDMA;

• Segunda geração e meia, conhecida como 2,5G, é uma evolução da 2G, com

melhorias significativas em capacidade de transmissão de dados e na adoção

da tecnologia de pacotes e não mais comutação de circuitos, presente nos

sistema GPRS, EDGE, HSCSD, EVDO e 1xRTT.

• Terceira geração, 3G, é digital e está em desenvolvimento desde o final dos

anos 1990. Possui recursos como o UMTS.

• A quarta geração, ainda está em desenvolvimento. Ainda não existe nenhuma

definição da 4G.

Gráfico de evolução das tecnologias

Gráfico 12: Evolução das tecnologias

Page 33: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

33

6.1. Primeira Geração (1G)

Os telemóveis de primeira geração (ou 1G) são analógicos, já que

enviam a informação sobre ondas cuja forma varia de forma contínua. Estes

somente podem ser usados para comunicação por voz e têm uma qualidade de

ligação altamente variável devido à interferência. Outra desvantagem é a baixa

segurança que proporcionam, já que é relativamente simples escutar ligações

alheias através de um sintonizador de rádio assim como a usurpação de frequência

podendo creditar as ligações na conta de um terceiro. O padrão 1G AMPS é ainda o

mais popular nos Estados Unidos embora não se utilize em nenhum outro pais. Além

da AMPS, existem outras tecnologias 1G, como a DECT, que foi muito utilizada na

Europa no início das tecnologias celulares.

6.2. Segunda Geração (2G)

A telefonia móvel de segunda geração (2G) não é um padrão ou um

protocolo estabelecido, é uma forma de nomear a mudança de protocolos de

telefonia móvel analógica para digital.

A chegada da segunda geração de telefonia móvel foi por volta de

1990 e seu desenvolvimento deriva da necessidade de poder ter um maior número

de ligações simultâneas praticamente nos mesmos espectros de radiofreqüência

assinados à telefonia móvel. Foram então introduzidos protocolos de telefonia digital

que além de permitir mais conexões simultâneas com a mesma largura de banda,

permitiam integrar outros serviços, que anteriormente eram independentes, no

mesmo sinal, como o envio de mensagens de texto (SMS) e capacidade para

transmissão de dados entre dispositivos de fax e modem.

A segunda geração abarca vários protocolos distintos desenvolvidos

por várias companhias e incompatíveis entre eles, o que limita a área de uso às

regiões com companhias que deram suporte.

Page 34: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

34

6.3. Segunda Geração e meia (2,5G)

É considerada o degrau de transição entre as tecnologias 2G e 3G,

embora o termo "2,5G" tenha sido definido pela mídia, e não oficialmente pela União

Internacional de Telecomunicações (UIT).

Esse termo foi criado na verdade para descrever serviços de

transmissão mais rápida de dados (banda larga) oferecidos ainda pela tecnologia

2G, como as tecnologias EDGE (para o padrão GSM) e 1xRTT (para o padrão

CDMA).

Tem velocidades superiores à 2G e, através de tecnologias de pacotes,

permite um acesso à internet mais flexível e eficiente. Utiliza tecnologias como

GPRS, EDGE, 1XRTT e HSCSD. O EDGE (também conhecido como 2,75G) é uma

versão de maior banda do GPRS (e por isso muitos o chamam de E-GPRS), e

permite velocidades máximas de até 384 Kbps.

6.4. Terceira Geração (3G)

É baseado na família de normas da União Internacional de

Telecomunicações (UIT), no âmbito do Programa Internacional de

Telecomunicações Móveis (IMT-2000).

As tecnologias 3G permitem às operadoras da rede oferecerem a seus

usuários uma ampla gama dos mais avançados serviços, já que possuem uma

capacidade de rede maior por causa de uma melhora na eficiência espectral. Entre

os serviços, há a telefonia por voz e a transmissão de dados a longas distâncias,

tudo em um ambiente móvel. Normalmente, são fornecidos serviços com taxas de 5

a 10 Megabits por segundo.

Até dezembro de 2007, 190 redes 3G já operavam em 40 países e 154

redes HSDPA operavam em 71 países, segundo a Global Mobile Suppliers

Association. Na Ásia, na Europa, no Canadá e nos Estados Unidos, as empresas de

comunicações utilizam a tecnologia W-CDMA, com cerca de 100 terminais

designados para operar as redes 3G.

Page 35: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

35

Na Europa, os serviços 3G foram introduzidos a partir de Março de

2003, começando pelo Reino Unido e Itália. O Conselho da União Européia sugeriu

às operadoras 3G cobrirem 80% das populações nacionais européias até ao final de

2005.

A implantação das redes 3G foi tardia em alguns países devido a

enormes custos adicionais para licenciamento do espectro. Em muitos países, as

redes 3G não usam as mesmas freqüências de rádio que as 2G, fazendo com que

as operadoras tenham que construir redes completamente novas e licenciar novas

freqüências; uma exceção são os Estados Unidos em que as empresas operam

serviços 3G na mesma freqüência que outros serviços. Os custos com licença em

alguns países europeus foram particularmente altos devido a leilões do governo de

um número limitado de licenças e a leilões com propostas confidenciais, além da

excitação inicial sobre o potencial do 3G. Outros atrasos se devem a despesas com

atualização dos equipamentos para os novos sistemas.

Em Junho de 2007, o assinante 3G de número 200 milhões foi

conectado. Se comparado aos 3 bilhões de assinantes de telefonia móvel no mundo,

esse número corresponde apenas a 6,7%. Nos países onde a 3G foi lançada

inicialmente (Japão e Coréia do Sul), mais da metade dos assinantes utilizam 3G.

Na Europa, o país líder é a Itália, com um terço dos seus assinantes tendo migrado

para a 3G. Outros países líderes na migração para a 3G são o Reino Unido, a

Áustria e a Singapura, com 20% de migração. Uma estatística confusa está

computando clientes de CDMA 2000 1x RTT como se fossem clientes 3G. Se for

utilizada essa definição de caráter disputado, o total de assinantes 3G seria de 475

milhões em Junho de 2007, 15,8% dos assinantes de todo o mundo.

A característica mais importante da tecnologia móvel 3G é suportar um

número maior de clientes de voz e dados, especialmente em áreas urbanas, além de

maiores taxas de dados a um custo incremental menor que na 2G.

Ela utiliza o espectro de radiofrequência em bandas identificadas,

fornecidas pela UTI para a Terceira Geração de serviços móveis IMT-2000, e depois

licenciadas para as operadoras.

Page 36: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

36

Permite a transmissão de 384 kbits/s para sistemas móveis e 7

Megabits/s para sistemas estacionários. Espera-se que tenha uma maior capacidade

de usuários e uma maior eficiência espectral, de forma que os consumidores

possam dispor de roaming global entre diferentes redes 3G.

6.5. Quarta Geração (4G)

Ainda não existe nenhuma definição da 4G, mas pode-se antecipar em

que consistirá baseado no já estabelecido.

A 4G será baseada totalmente em IP sendo um sistema de sistemas e

uma rede de redes, alcançando a convergência entre as redes de cabo e sem fio

assim como computadores, dispositivos eletrônicos e tecnologias da informação

para prover velocidades de acesso entre 100 Mbps em movimento e 5 Gbps em

repouso, mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a ponta (ponto-a-

ponto) de alta segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a qualquer

momento e em qualquer lugar.

No Japão está se experimentando com as tecnologias de quarta

geração, com a NTT DoCoMo à vanguarda. Esta empresa realizou as primeiras

provas com sucesso absoluto (alcançando 100 Mbps a 200km/h) e espera lançar

comercialmente os primeiros serviços de 4G no ano 2010.

O conceito 4G vai muito além de telefonia móvel, já que não pode ser

considerada uma evolução dos padrões de telefonia celular, tais como as existentes

no mercado até 3G. As novas tecnologias de redes banda larga móvel (sem fio)

permitirão o acesso a dados em dispositivos que operam com IP, desde handsets

até CPEs (equipamentos para conversão de dados para uso em equipamentos finais

tais como TVs e telefones). Atualmente há duas tecnologias que são mais

exploradas na indústria: WiMAX e LTE (Long Term Evolution), ambas ainda

passíveis de definições de uso por questões regulatórias por parte de governos e

padronizações nas indústrias de hardware.

Os grandes atrativos do 4G são a convergência de uma grande

variedade de serviços até então somente acessíveis na banda larga fixa, bem como

Page 37: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

37

a redução de custos e investimentos para a ampliação do uso de banda larga na

sociedade, trazendo benefícios culturais, melhoria na qualidade de vida e acesso a

serviços básicos tais como comunicação e serviços públicos antes indisponíveis ou

precários à população.

A quarta geração está sendo desenvolvido prevendo oferecer serviços

baseados em banda larga móvel tais como Multimedia Messaging Service (MMS),

video chat, mobile TV, conteúdo HDTV, Digital Video Broadcasting (DVB), serviços

básicos como voz e dados, sempre no conceito de uso em qualquer local e a

qualquer momento. Todos os serviços deverão ser prestados tendo como premissas

a otimização do uso de espectro, troca de pacotes em ambiente IP, grande

capacidade de usuários simultâneos, banda mínima de 100 Mbit/s para usuários

móveis e 1 Gbit/s para estações fixas, interoperabilidade entre os diversos padrões

de redes sem fio.

6.6. O Futuro das Tecnologias de Telefonia Móvel

Hoje em dia os telefones móveis são mais predominantes do que

carros (cerca de 800 milhões de veículos registrados no mundo) e cartões de crédito

(1,4 bilhão). Embora tenha levado 100 anos para os telefones de comunicação por

terra se difundirem para mais de 80% dos países do mundo, seus descendentes

sem fio fizeram isso em 16. Hoje, menos adolescentes estão usando relógios, pois

ao invés de relógios eles usam seus telefones para saber as horas. Desse modo, é

seguro dizer que o telefone móvel pode ser o produto ao consumidor mais prolífico

já inventado.

O telefone que você levamos bolso, mochila ou na bolsa é

provavelmente dez vezes mais potente do que o computador que ficava em nossas

mesas somente 8 ou 9 anos atrás (assumindo que você teve um computador; a

maioria dos usuários de aparelhos móveis nunca tiveram). Ele tem uma variedade

de sensores que deixaria orgulhoso até mesmo um marciano que viesse para a

Terra. Nos telefones mais básicos: um relógio, um sensor para verificação de como

está a carga da bateria, termômetro (pois as baterias carregam mal em temperaturas

baixas) e um medidor de luz (para determinar a luz de fundo da tela); e nos modelos

Page 38: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

38

mais avançados: um sensor de localização, acelerômetro (detecta o vetor e a

velocidade de movimento), e talvez até mesmo uma bússola. E ainda mais

importante, por sua própria natureza está sempre conectado.

Projete essas tendências por outros dez anos. Estaremos carregando,

24 horas por dia, um dispositivo bem potente, com ótimos sensores. E o ponto

interessante é, todos as outras pessoas também. Aí vem a pergunta: O que faremos

com um celular no futuro que já não está fazendo agora? Aqui estão algumas

possibilidades:

6.6.1. Alertas inteligentes

O telefone será inteligente com sua situação e vai alertá-lo quando algo

precisar de sua atenção. No futuro as aplicações vão ficar mais inteligentes,

pacientemente monitorando suas preferências personalizadas (que serão

armazenadas na própria rede) e fornecendo somente as informações que você

desejar. Um cenário muito útil: seu telefone sabe que você está indo para o centro

da cidade para jantar e o alerta sobre as condições do trânsito ou os melhores

lugares para estacionar.

6.6.2. Realidade aumentada

O telefone usa seu arsenal de sensores para entender sua situação e

lhe oferecer informações que podem ser úteis. Por exemplo, você quer realmente

saber quanto custa determinado produto na vitrine? Seu telefone, com seu GPS e

bússola, sabe o que você está olhando, e pode lhe dizer antes de você perguntar.

Além das características do produto, a melhor maneira de utilizá-lo.

6.6.3. Multidões conectadas tornam-se a tendência atual

O telefone é seu microfone onipresente no mundo, uma forma de

publicar fotos, e-mails, textos, twitters e entradas de blogs. Quando todos estão

fazendo o mesmo, você tem uma realidade onde as pessoas de todos os cantos do

planeta estão vendo suas experiências em tempo real. Essa quantidade maciça de

conteúdo é arquivada, selecionada e reenviada para outras pessoas em novas e

interessantes formas. Pergunte à web sobre os locais mais interessantes em sua

vizinhança e seu telefone mostra críticas e imagens que as pessoas adicionaram

Page 39: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

39

sobre atrações próximas. Você gostou do que viu? Seu telefone envia as instruções

de como chegar lá.

6.6.4. Sensores em todos os lugares

O telefone sabe muito sobre o mundo ao seu redor. Se você pegar

essa inteligência e combiná-la com a inteligência de todos os outros telefones,

teremos uma imagem incrível do que está acontecendo no mundo naquele

momento. Atualizações metereológicas podem ser baseadas não em centenas de

sensores, mas centenas de milhões deles. Relatórios sobre o trânsito podem se

basear não em helicópteros e sensores de estradas, mas na densidade, velocidade

e sentido dos telefones (e pessoas) presos em congestionamentos.

6.6.5. Ferramenta para desenvolvimento

O telefone pode ser mais do que apenas uma conveniência, ele pode

ser seu meio de vida. Isso já é verdade para as pessoas em muitas partes do

mundo: no sul da Índia, os pescadores usam mensagem de texto para encontrar os

melhores mercados para a pescaria diária; na África do Sul, produtores de açúcar

podem receber mensagens de texto aconselhando sobre quanto irrigar os cultivos; e

na região sub-Saara da África empreendedores com telefones móveis tornam-se

operadoras telefônicas, levando a comunicação para seus vilarejos. Essas

inovações vão só aumentar no futuro, à medida que os telefones móveis tornam-se

a chave para um maior desenvolvimento econômico.

6.6.6. O dispositivo à prova do futuro

O telefone vai se abrir, como a Internet já o fez, assim será fácil para as

pessoas criarem ou aprimorarem aplicações e conteúdo. Aqueles que você quiser

serão automaticamente instalados em seu telefone. Vamos imaginar que você tem

um software em seu telefone para melhorar o gerenciamento de energia (e assim a

duração da bateria). Digamos que uma outra pessoa faça uma melhoria no software.

A atualização será automaticamente instalada em seu telefone, sem que você

precise levantar um dedo. Seu telefone na verdade fica melhor com o decorrer do

tempo.

Page 40: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

40

6.6.7. Software mais seguro por meio de confiança e verificação

A confiança é a moeda mais importante no mundo sempre conectado,

e o telefone vai ajudá-lo a ficar no controle de suas informações. Você pode decidir

não compartilhar nada (o modo predefinido), ou somente compartilhar certas coisas

com certas pessoas - seu círculo de amigos e familiares. Você tomará essas

decisões com base nas informações que recebe de provedores de serviços e

software, além das classificações coletivas da comunidade. Seu telefone é como seu

criado de confiança: ele sabe muito sobre você, mas não vai revelar absolutamente

nada sem sua aprovação.

6.7. Sistemas de Transmissão

São vários os sistemas de transmissão utilizados pelas empresas de

telefonia móvel. Dentre eles podemos destacar:

• NMT: É a sigla para Nordic Mobile Telephony que é um sistema celular de

primeira geração (1G) que entrou em operação na Europa no início da

década de 1980. Existiram versões do NMT em 150 MHz, 450 MHz e 900

MHz, entretanto as versões em 450 MHz e 900 MHz foram as mais utilizadas.

Até como a própria sigla sugere, esta tecnologia foi principalmente adotada

pelos países nórdicos (Suécia, Finlândia, Noruega, Dinamarca e Islândia).

Entretanto, países da Ásia, Oriente Médio e Europa (Holanda, Polônia, Suíça,

Bulgária, Hungria, Turquia, Rússia etc) também adotaram este padrão. O

NMT é um sistema totalmente analógico e por isso, com a introdução do 2G,

digital, foi perdendo espaço para o GSM. Hoje subsiste apenas em nichos de

mercado devido ao grande alcance proporcionado pela tecnologia

(comunicação marítima, alpinistas, áreas rurais inóspitas etc).

• AMPS: Sigla para Advanced Mobile Phone System, faz parte da primeira

geração de sistemas celulares, formada por sistemas analógicos (que só

permite a transmissão de voz). Estabeleceu a estrutura e as funcionalidades

básicas associadas a estes sistemas, como roaming e handover entre células.

Desenvolvido pelo Bell Labs nos Estados Unidos em 1979, entrou em

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41

operação naquele país em 1983, tornando-se o sistema analógico dominante

em escala mundial. Serviu de base para os demais sistemas analógicos. O

AMPS foi padronizado para a freqüência de 800 MHz alocada nos Estados

Unidos para sistemas celulares. É um sistema que utiliza o múltiplo acesso

por divisão de freqüência. A banda do AMPS é dividida em canais de

radiofrequência, onde cada canal consiste de um par de freqüências

(Transmissão e Recepção) com 30 kHz de banda cada. Cada Banda (A ou B)

ocupa 12,5 MHz e é composta por 416 canais, sendo 21 canais de controle e

os demais de voz. Os canais no AMPS utilizam modulação FM. No Brasil o

AMPS foi usado exclusivamente pelas operadoras de Banda A, antigas

estatais. Funciona em conjunto com as tecnologias TDMA e CDMA. Com a

migração das operadoras para a tecnologia GSM, cujos aparelhos não são

compatíveis com o AMPS, a tecnologia analógica não se faz mais necessária.

Apesar de estar superada pelas tecnologias digitais, o AMPS ainda é a única

tecnologia que suporta roaming dos clientes que utilizam a tecnologia CDMA

nos estados de Minas Gerais e do nordeste. Nesses estados não há nenhuma

operadora que utilize o CDMA, restando ao AMPS suportá-los em roaming. A

tecnologia analógica é também culpada pelos elevados índices de clonagem

nas operadoras que utilizam TDMA e CDMA como tecnologia principal.

• GSM: Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para

Comunicações Móveis (GSM: originalmente, Groupe Special Mobile) é uma

tecnologia móvel e o padrão mais popular para telefones celulares do mundo.

Telefones GSM são usados por mais de um bilhão de pessoas em mais de

200 países. A onipresença do sistema GSM faz com que o roaming

internacional seja muito comum através de "acordos de roaming" entre

operadoras de telefonia móvel. O GSM diferencia-se muito de seus

antecessores sendo que o sinal e os canais de voz são digitais, o que

significa que o GSM é visto como um sistema de telefone celular de segunda

geração (2G). Este fato também significa que a comunicação de dados foi

acoplada ao sistema logo no início. Possui uma série de características que o

distinguem dentro do universo das comunicações móveis. Nascido nos anos,

o sistema partilha elementos comuns com outras tecnologias utilizadas em

Page 42: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

42

telefonia móvel. Do ponto de vista do consumidor, a vantagem-chave do GSM

são os serviços novos com baixos custos. Por exemplo, a troca de

mensagens de texto foi originalmente desenvolvida para o GSM. A vantagem

para as operadoras tem sido o baixo custo de infra-estrutura causada por

competição aberta. A principal desvantagem é que o sistema GSM é baseado

na rede TDMA, que é considerada menos avançada que a concorrente

CDMA. A performance dos celulares é muito similar, mas apesar disso o

sistema GSM tem mantido compatibilidade com os telefones GSM originais.

No mesmo tempo, o sistema GSM continua a desenvolver-se com o

lançamento do sistema GPRS. Além disso, a transmissão de dados em alta

velocidade foi adicionada no novo esquema de modulação EDGE. A versão

de 1999 do padrão introduziu índices relativamente altos de transmissão de

dados, e é normalmente referida como 3G.

• CDMA: É uma tecnologia de transmissão digital de sinais que permite atender

um número maior de usuários na mesma faixa de frequência, com mais

velocidade na transmissão de voz e dados. CDMA é a sigla de Code Division

Multiple Access, que em português quer dizer Acesso Múltiplo por Divisão de

Código. A tecnologia CDMA atribui códigos a cada ligação telefônica

realizada. Assim, ainda que diversas chamadas estejam utilizando a mesma

faixa de radiofrequência, apenas um celular consegue captar do ar o código

da ligação a ele endereçada. Isso aumenta a capacidade de transmissão de

dados na rede. A tecnologia CDMA é a evolução do 1xRTT. Ela permite

transmitir grandes volumes de dados (vídeos, acesso à Internet em alta

velocidade, multimídia) por meio das redes das operadoras celulares. Essa

tecnologia já era considerada 3G (de terceira geração) na época em que foi

lançada pelos níveis de velocidade que consegue atingir. Com a tecnologia

CDMA, é possível ter uma conexão entre 500 e 800Kbps de velocidade.

Possibilita conexão a internet em banda larga por meio do celular, de um

Smartphone ou de um notebook, assim como utilizar serviços integrados de

voz, dados e imagens.

• WCDMA: Abreviação de Wide-Band Code-Division Multiple Access, é uma

tecnologia de interface de rádio de banda larga que provê velocidades de

Page 43: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

43

dados muito superiores - até 2 Mbit/s. Permitirá o uso mais eficiente do

espectro de rádio, se comparado a outras técnicas de rádio disponíveis hoje.

Com taxas de velocidades de transmissão de dados até 100 vezes superiores

às taxas das redes móveis de hoje, sistemas W-CDMA habilitam uma nova

geração de serviços que misturam diferentes elementos de mídia, incluindo

voz, vídeo, som digital, cor, imagens e animações. Foi projetado desde o

início para tratar serviços de multimídia que demandam grande largura de

banda, ou seja, serviços de Internet móvel. Estes serviços serão acessados

por parte dos usuários através de uma grande variedade de aparelhos,

incluindo telefones móveis, PDAs, palms e laptops. Foi adotado como padrão

pelo ITU (União Internacional de Telecomunicação) com o nome de "IMT-

2000 direct spread". As principais evoluções do padrão W-CDMA são

chamados HSDPA que proporciona velocidade máxima de 14,4Mbit/s no

download e o HSUPA que permite velocidade de upload maxima de

5,76Mbit/s, quando juntos formam o HSPA.

• TDMA: A sigla TDMA vem do inglês Time Division Multiple Access, que quer

dizer "Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo". O TDMA é um sistema de

celular digital que funciona dividindo um canal de frequência em até seis

intervalos de tempo distintos. Cada usuário ocupa um espaço de tempo

específico na transmissão, o que impede problemas de interferência. Os

sistemas celulares de segunda geração (como o GSM) utilizam o TDMA na

sua interface com a estação móvel. Um dos padrões de comunicação de voz

via ondas de rádio, utilizado por operadoras nos serviços de telefonia celular

digital, baseado em TDM. Consiste na divisão de cada canal celular em três

períodos de tempo para aumentar a quantidade de dados que pode ser

transmitida. Cada canal TDMA americano tem a mesma largura de banda dos

canais AMPS, 30 KHz, e é usado por três assinantes. O sinal digitalizado de

cada assinante, de 64 Kbps, é comprimido para 8 Kbps por vocoders (padrão

IS-54). Em seguida, o sinal comprimido dos três assinantes é transmitido pelo

mesmo canal, um por vez. Os padrões TDMA, aumentam em três vezes a

capacidade do padrão AMPS. Vale lembrar que a tecnologia TDMA não é

Page 44: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

44

mais usada no Brasil (pois suas redes foram desligadas desde o dia

05/01/2009).

• GPRS: É uma tecnologia que aumenta as taxas de transferência de dados

nas redes GSM existentes. Esta permite o transporte de dados por pacotes

(Comutação por pacotes). Sendo assim, o GPRS oferece uma taxa de

transferência de dados muito mais elevada que as taxas de transferência das

tecnologias anteriores, que usavam comutação por circuito, que eram em

torno de 12kbps. Já o GPRS, em situações ideais, pode ultrapassar a marca

dos 170kbps. No entanto na prática, essa taxa está em torno dos 40 kbps.

Diferente das tecnologias de Comutação de Circuitos, que é um modo no qual

uma conexão (ou circuito) é estabelecida do ponto de origem da transferência

de dados ao destino e os recursos da rede são dedicados por toda a duração

da chamada (ou até que o usuário interrompa a conexão), no GPRS o serviço

é ”sempre ativo”, ou seja, ele é um modo no qual os recursos somente são

atribuídos a um usuário quando for necessário enviar ou receber dados. Esta

técnica permite que vários usuários compartilhem os mesmos recursos,

aumentando assim a capacidade da rede e permitindo uma gerência

razoavelmente eficiente dos recursos. Isto permite às operadoras GPRS

disponibilizar acesso à Internet móvel em alta velocidade e a um custo

razoável, pois a cobrança é feita pela quantidade de pacotes de dados

transmitidos e não pelo tempo de conexão à rede.

• EDGE: Enhanced Data rates for GSM Evolution (EDGE) ou Enhanced GPRS

(EGPRS), é uma tecnologia digital para telefonia celular que permite melhorar

a transmissão de dados e aumentar a confiabilidade da transmissão de

dados. Embora o EDGE seja tecnicamente uma tecnologia da 3ª Geração,

geralmente é classificada como um padrão 2,5G, já que é uma melhoria feita

nas redes GPRS e não a criação de um sistema propriamente dito. EDGE foi

introduzido nas redes GSM no mundo por volta de 2003, inicialmente na

América do Norte. E pode ser usada para qualquer troca de pacotes como

uma conexão com a internet. Dados em alta-velocidade e serviços como

streaming de vídeos, rádios ao vivo, transferência de arquivos são possíveis

nesta tecnologia. Foi desenvolvida para capacitar a transmissão de uma

Page 45: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

45

grande quantidade de dados a altas taxas de velocidade (até 560 kbit/s). Usa

o mesmo conceito da tecnologia TDMA, no que se refere à estrutura dos

quadros, canais lógicos e largura de banda (CIIM). E uma atualização de rede

eficiente e relativamente simples para a maioria de operadoras GSM. As

implementações EDGE normalmente requerem apenas software e cartões

para canais adicionais na infra-estrutura GSM/GPRS existente. Esse formato

reduz o custo de implementação, permitindo uma política de preços mais

competitiva para serviços EDGE. A EDGE não requer a aquisição de espectro

adicional pelas operadoras. Em vez disso, a tecnologia pode ser

implementada nas bandas mais comuns, entre os quais 850, 900, 1800 e

1900 MHz. A oportunidade de implementar a EDGE no espectro existente

significa um lançamento mais rápido de serviços 3G, num número maior de

mercados e com um custo menor comparado com tecnologias que requerem

espectro adicional.

• HSCSD: É uma especificação para transferir dados sobre redes GSM,

HSCSD utiliza até quatro 9.6Kb ou 14.4Kb faixas horárias, para um total de

banda 38.4Kb ou 57.6Kb.

• EVDO: É uma tecnologia de terceira geração (3G), e é a evolução das

tecnologias CDMA de segunda geração (2G) - CDMAone - e de "segunda

geração e meia" (2,5G) -CDMA1xRTT -, e que possibilita a transmissão de

dados a até 2,4Mbps. O CDMA 1xEVDO, onde EVDO significa Evolution Data

Only (Evolução Apenas de Dados), ou Evolution Data Optimized (Evolução de

Dados Optimizados). Isto devido ao fato da tecnologia fazer apenas a

transmissão de dados, sendo que a voz continua sendo transportada pelo

CDMA1xRTT, com isso além de liberar a tecnologia precedente para

transportar livremente voz e ser totalmente compatível com o mesmo, ela

permite transmitir uma alta capacidade de dados em uma única canalização

de 1,25MHz. Assim a freqüência é usada mais racionalmente e o custo de

transmissão de cada MegaByte fica mais barato. Esta tecnologia também é

adota no acesso a banda larga através de rádio-freqüência.

Page 46: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

46

• HSPA: (High Speed Packet Access) Esta tecnologia permite acesso móvel à

internet com muito mais velocidade. Na prática, isso significa menor tempo de

download e upload, além de acesso a informações de maneira mais rápida.

Para utilizar os benefícios dessa tecnologia, você precisará possuir um

aparelho ou modem compatível e estar na área de cobertura da rede 3G.

Você poderá navegar na internet por meio de um notebook conectado através

de um modem USB ou poderá usá-lo conectando-o ao computador. A

velocidade de transmissão de dados é de até 1Mbps dependendo do modelo

do aparelho, do modem, das condições do sinal, da rede, da região onde

estiver, do tráfego e da quantidade de conexões simultâneas na mesma

antena. Caso você esteja em movimento no momento da conexão, poderão

ocorrer variações nas taxas de transmissão.

• 1xRTT: É a evolução das redes celulares CDMA digital. Oferece velocidade

de transmissão de dados de até 144Kbps, contra os 14,4Kbps das redes

digitais CDMA, que a cada ligação ocupava um canal de Estação Rádio-Base

(ERB).

Com o CDMA/1xRTT, a infra-estrutura passou a ser compartilhada, ou seja,

transmite voz e dados simultaneamente pela rede.

• HSDPA: É um serviço de transmissão de pacotes de dados que opera dentro

do W-CDMA, permitindo a transmissão de dados até 14,4Mbit/s em uma

banda de 5MHz. Nesse sentido, abre novas possibilidades de serviços

multimídia que utilizam a transmissão em banda larga em telefones móveis.

• Push-to-Talk é um serviço moderno que introduz o serviço de comunicação

direta um-para-um e um-para-vários ou um-para-grupo, baseado em VoIP nas

redes celulares. O princípio de comunicação por trás do serviço é simples.

Seleciona-se apenas uma pessoa ou um grupo no terminal e pressiona-se o

botão para falar. Isto torna a conexão instantânea, sem a necessidade o

destinatário pressionar o botão para atender. Nos celulares atuais, as

chamadas de voz são baseadas na comutação de circuitos em modo de

comunicação full-duplex, o que implica na reserva de recursos durante a

chamada e a liberação desses recursos quando finalizada. A comunicação

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47

full-duplex tem exigências de tempo de atraso muito rígidas e, para uma

comunicação aceitável para o usuário, deve se manter um circuito fim-a-fim

ativo durante toda a conversação. O Push-to-Talk tem muitas diferenças

quando comparado com a telefonia full-duplex convencional. Enquanto na

comunicação full-duplex os recursos estão reservados para as duas direções

durante a chamada, no Push-to-Talk os recursos são reservados apenas

quando é necessário e em uma direção de cada vez. Esta comunicação half-

duplex é análoga ao walkie-talkie onde uma pessoa está falando enquanto

outras pessoas estão escutando. Esta natureza unidirecional da comunicação

half-duplex relaxa as exigências de atraso na comunicação fim-a-fim, já que

para começar a falar o usuário tem que pressionar primeiro o botão para

acessar um canal de rádio e esperar a indicação sonora de que o canal está

disponível. Do ponto de vista do sistema, como recursos são reservados e

liberados de acordo com a atividade, uma estrutura típica de transmissão de

pacote de dados, como o GPRS/EDGE e o WCDMA, fornecem a plataforma

útil para construir o serviço. Em um cenário Push-to-Talk típico, um assinante

em média usa poucas palavras durante a sessão, e cada sessão dura poucos

segundos. A figura 2 apresenta as diferenças entre comutação de circuito

(CS) - chamadas de voz normal - e chamadas PoC.

6.8. Utilização das Tecnologias pelas Operadoras

VIVO

• HSPA (3G)

• GSM

• EDGE

• CDMA

• EVDO

• CDMA

• 1xRTT

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48

TIM

• TDMA

• GSM

• GPRS

• EDGE

• HSDPA

CLARO

• TDMA

• GSM

• GPRS

• EDGE

• WCDMA

• HSDPA

OI

• GSM (3G)

• GPRS

• EDGE

• HSDPA

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49

7. CONCLUSÃO

A telefonia móvel evoluiu muito desde seus primórdios. Seguindo a

mesma tendência do mundo da informática, ela adere às várias necessidades dos

usuários, tornando as pessoas cada vez mais próximas umas das outras.

No que tange a Missão e Visão de cada empresa estudada,

percebemos que todas elas se preocupam com a responsabilidade social, mas

acima de tudo estão sempre à busca de proporcionar mais tecnologia e

conectividade para seus usuários.

O atendimento ao cliente tende a ser uma das grandes preocupações.

O acesso fácil a aparelhos celulares torna ainda maior a exigência por bons serviços

por parte das operadoras. Isso se reflete em um grande esforço em melhorar o

atendimento e diminuir os índices de reclamações.

A tendência é a migração de todo a rede de telefonia para serviços de

terceira geração, e em um futuro próximo para a quarta geração que está por vir,

com transferência de imagem, som e dados muito rápidas e acesso as informações

onde quer que esteja.

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50

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

<http://www.vivo.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.tim.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.claro.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.oi.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.teleco.com.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.anatel.gov.br>, acessado em 29/04/2010.

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Telefonia_móvel>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.artigos.com/artigos/exatas/tecnologia/desvendando-a-banda-larga-3g-

ou-internet-3g-9115/artigo/>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/como-a-oi-nao-para-de-

crescer/41018/>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-mercado-e-o-sucesso-da-

telefonia-movel-no-brasil/20903/>, acessado em 29/04/2010.

<http://idgnow.uol.com.br/telecom/2010/04/28/ate-2014-25-dos-assinantes-de-

telefonia-movel-no-brasil-terao-smartphone/>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.voipcenter.com.br/modules/news/article.php?storyid=2762>, acessado

em 29/04/2010.

<http://www.scielo.br/pdf/rap/v43n1/a07v43n1.pdf>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.cedet.com.br/index.php?/O-que-e/Comunicacoes-Moveis/nmt-nordic-

mobile-telephony.html>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.jornaldainternet.com/celular/qual-melhor-plano-pre-pago-chip-claro-tim-

oi-vivo.html>, acessado em 29/04/2010.

<http://gazetaonline.globo.com/index.php?id=/local/a_gazeta/materia.php&cd_matia=

632655>, acessado em 29/04/2010.

Page 51: Telefonia Móvel no Brasil - Análise Estratégica

51

<http://www.jornaldainternet.com/internet/qual-melhor-acesso-internet-3g-como-

escolher-avaliao-comparao-claro-tim-oi-e-vivo-em-2009.html>, acessado em

29/04/2010.

<http://www.teleco.com.br/comentario/com348.asp>, acessado em 29/04/2010.

<http://www.portaldebranding.com/v1/?p=1261>, acessado em 29/04/2010.

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52

9. ANEXO

9.1. A caminho da liderança

Fonte: Istoé Dinheiro, 17/12/2009, Por: Tom Cardoso

Quem chega à espartana sede da Claro, no bairro do Brooklin, em São Paulo, logo dá de cara com

uma grande máquina de café. Mas só leva um espresso ou um capuccino quem tiver uma moedinha

de R$ 0,25. É um preço simbólico, mas que traduz uma filosofia. Na segunda maior empresa de

celulares do País, nada que não tenha relação direta com o negócio sai de graça.

E essa política austera na gestão de custos

permitiu que a companhia, sob o comando do

executivo João Cox, se aproximasse da liderança

no mercado de telefonia móvel, transferindo

benefícios e subsídios para seus clientes - a

distância que a separa da Vivo, que já foi de 18,1

pontos percentuais, hoje é de 3,9 pontos. Seria

ainda menor, de apenas 0,7 ponto, se a Vivo não

tivesse adquirido recentemente duas empresas:

a Telemig e a Amazônia Celular. "Conseguimos

realizar a maior adição de clientes em todo o

Hemisfério Ocidental", disse Cox à DINHEIRO.

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53

Isso significa que a empresa, que saltou de 22,1 milhões de clientes para uma base de 42,3 milhões

em três anos, só não cresceu mais do que similares da Índia e da China. Mas a partir de agora, com o

mercado brasileiro já maduro, o jogo começa a mudar. E a estratégia de Cox para chegar ao topo

está ancorada em dois pilares: inovação e fidelidade.

No primeiro capítulo, Cox conquistou alguns trunfos importantes. Primeiro, associou a imagem da

Claro à tecnologia 3G, que hoje cobre 380 cidades e atinge cerca de 100 milhões de pessoas. E

também lançou à frente dos concorrentes produtos sofisticados, como o iPhone, da Apple, e o Modu

Phone, um aparelho inventado pelo israelense Dov Moran, o mesmo que criou o pen drive. Graças a

essa estratégia, a operadora tem hoje uma receita com transmissão de dados em banda larga

superior à dos concorrentes. "E vamos crescer ainda mais, porque a demanda reprimida no Brasil é

gigantesca", diz Fiamma Zarife, diretora de serviços de valor agregado da Claro.

A parceria mais recente, no entanto, se deu com a Dell. A empresa de computadores do bilionário

Michael Dell escolheu duas únicas operadoras no mundo - a Claro e a China Mobile - para marcar sua

entrada no mercado de celulares. E em novembro lançou no Brasil o aparelho Mini 3i, que utiliza a

tecnologia Android, do Google, e promete ser um dos mais fortes concorrentes do iPhone.

"Decidimos começar por dois países que fazem parte dos BRICs", disse Michael Dell, num breve

encontro com jornalistas brasileiros.

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54

Ao lançar esses produtos na frente dos concorrentes, Cox tem conseguido ampliar a base de clientes

da Claro, num momento de acirramento da competição. Desde setembro do ano passado entrou em

vigor no Brasil a portabilidade, que permite aos clientes mudar de operadora, mantendo o mesmo

número. Nesse período, a Claro cresceu acima da média de mercado (leia gráfico abaixo). Agora, Cox

pretende investir ainda mais alto no processo de fidelização. E buscou inspiração numa empresa de

brinquedos, a dinamarquesa Lego. Na Claro, cada cliente irá montar seu próprio plano e a

possibilidade de combinações será gigantesca. "Mais de um milhão", garante Cox.

Em vez de pacotes fechados de minutos, ele poderá definir se quer mais interurbanos nas férias,

roaming internacional numa viagem de negócios e assim por diante. "O que a gente descobriu aqui

dentro é que o cliente detesta surpresas na sua conta", diz Cox. "E, se nós queremos desenvolver

uma relação de longo prazo, temos que ser mais e mais transparentes." A Claro pretende até avançar

um passo a mais na relação com o consumidor. No site da empresa, o cliente será alertado por um

software, que o avisará caso seja possível gastar menos em algum outro plano. "A ideia é criar valor

para o cliente."

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55

Quando aceitou o convite para presidir a Claro, em março de 2006, João Cox, então dono de uma

empresa de investimentos, sabia que teria muito trabalho pela frente. A Claro vivia sua pior crise. O

perfil de sua clientela era o pior entre as concorrentes - mais de 80% de sua base era formada por

usuários de serviço pré-pago - e a paciência do magnata mexicano Carlos Slim, um dos homens mais

ricos do mundo e presidente da América Móvil, controladora da Claro, havia, definitivamente,

terminado - a subsidiária brasileira era a única do grupo que perdia dinheiro.

A geração de caixa da empresa havia fechado o ano de 2005 em R$ 400 milhões negativos. A ordem

do magnata mexicano era - sem trocadilhos - clara: recuperar o mais rápido possível o prestígio da

operadora brasileira e, consequentemente, a vice-liderança do mercado. Nesse momento, diante de

uma pilha de problemas, Cox usou parte da experiência acumulada em sua passagem pela Telemig e

pela Amazônia Celular para arrumar a casa. Do prejuízo em 2005, a Claro encerrou 2008 com Ebitda

(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 2,7 bilhões, o segundo maior do

grupo América Móvil, só perdendo para a matriz.

Em 2009, o Brasil, representado pela Claro, foi o mercado, entre os 18 países atendidos pelo

conglomerado mexicano, que liderou o número de adições líquidas de clientes, ao conquistar no

terceiro trimestre 1,8 milhões de novos acessos. Slim passou a dormir mais tranquilo - Cox também.

E a marca Claro, que era o patinho do grupo América Móvil, foi exportada para quase todos os países

da América Latina, com sua gestão sendo feita a partir do Brasil.

Para alcançar a liderança, Cox sabe que precisa mais do que equilibrar as finanças da empresa. Terá

de estabelecer uma relação de cumplicidade com o cliente. Para chegar lá, terá de tornar o

atendimento da operadora mais eficiente. Cox, que de 1999 a 2004 acumulou, com sucesso, a

presidência da Telemig e da Amazônia Celular, trouxe alguns de seus parceiros para comandar o

processo de reestruturação da Claro. É o caso de Luiz Carlos Ferreira, atual diretor de atendimento

da Claro, que havia trabalhado com Cox na Telemig. Tanto Cox quanto Ferreira concordam que o

sucesso da empresa dependerá muito do desempenho no setor de atendimento. "Eu passei 13 anos

da minha carreira na Odebrecht e aprendi que o mais importante em uma empresa é investir na

relação com o cliente", afirma Cox.

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O CEO admite que a operadora cometeu alguns erros na gestão de atendimento, mas diz que outros

eventos contribuíram para a piora no ranking da Anatel nos últimos anos. "Com o advento da

portabilidade, nossa bandeira e o lançamento do 3G, houve um enorme aumento na quantidade de

chamadas. Nenhuma outra operadora daria conta de um milhão e meio de clientes ligando ou

mandando mensagens", afirma Luiz Carlos Ferreira. "Mas em pouco tempo já seremos reconhecidos

pela Anatel como a melhor empresa em atendimento."

Para o consultor em telecomunicações Virgílio Freire, ex-presidente da operadora Vésper e da

fornecedora de equipamentos Lucent, há, enfim, um consenso entre as operadoras de que é preciso

investir mais em serviço e atendimento do que ficar em uma disputa predatória por clientes. "O

consumidor não quer saber se o celular tem capacidade para guardar 600 músicas ou se tem outros

recursos tecnológicos", afirma Freire. "Ele quer é pagar barato e ser bem atendido", completa o

consultor. Se conseguir, de fato, sucesso na missão de melhorar o atendimento e seguir sendo a

operadora que mais agrega inovação ao mercado, a Claro tem boas chances de tomar o primeiro

lugar da Vivo.

É o que pensa Álvaro Leal, analista da IT Data. Para ele, a Vivo conseguiu conquistar um cliente

conservador, austero, mas que não é completamente insensível a mudanças. "Se esse cliente da

Vivo, mais tradicional, pouco afeito às novidades tecnológicas, começar a notar uma melhora no

pacote de serviços da Claro, sobretudo no atendimento, é bem possível que ele mude de operadora",

afirma Leal. "Com isso, a Claro, que já tem um enorme apelo junto ao público jovem, por ter

levantado a bandeira da portabilidade, por apostar em inovação, pode chegar à liderança".

A Claro está pronta para disputar a liderança?

Eu prefiro trabalhar em silêncio. Não quero fazer qualquer

tipo de projeção, mas os números falam por si. Estamos

próximos da Vivo. E é preciso levar em conta que,

recentemente, a Vivo comprou a Telemig. E a nossa última

aquisição foi a BCP, há quase sete anos, em 2003. Mesmo

assim conseguimos resultados melhores. São 20 milhões

de assinantes em três anos. A maior adição de clientes do

Hemisfério Ocidental.

Mesmo assim, a diferença entre a Vivo e a Claro é de

quase sete milhões de assinantes. Como reverter essa

vantagem no curto prazo?

Vamos ser realistas. São quatro operadoras, agora cinco

com a chegada da Vivendi. Pegue as três primeiras, Vivo,

Claro e Tim. Há um equilíbrio em quase todos os setores,

desde a questão de preços até o nível de cobertura. O que

vai fazer a diferença? A nossa aposta está na relação com o cliente. Ele não vai se sentir enganado ao

escolher a Claro.

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Apesar do crescimento galopante do mercado de telefonia celular, o gasto médio do brasileiro está

em torno de R$ 25, ainda pequeno se comparado a outros países. Como fazer o cliente gastar

mais?

No nosso caso, gastar mais faz pouca diferença. O cliente da Claro precisa ter a sensação de que não

está sendo roubado, operado. Quando digo que pretendo chegar à liderança apostando na

fidelização do cliente, não estou fazendo discurso. A Claro acaba de lançar diversos serviços que

estabelecem uma relação transparente com o assinante. Ele vai poder, por exemplo, entrar no site

da Claro e ter à sua disposição um simulador que vai apontar qual é o melhor plano para ele, mesmo

que ele pague menos.

No ranking de meta de qualidade da Anatel, a Claro aparece atrás de suas principais concorrentes.

O que a Claro tem feito para melhorar sua meta de qualidade?

É preciso encarar o problema de frente. Quando eu cheguei na Claro, em 2006, a empresa estava em

primeiro lugar no número de reclamações no Procon e na Anatel. Em nove meses mudamos

radicalmente a situação. Passamos ao melhor atendimento na Anatel. Depois caímos novamente por

causa do advento da portabilidade e o lançamento do 3G. Reconhecemos o erro e estamos tentando

reverter esse quadro, lançando um pacote de serviços de atendimento que vai mudar

completamente a nossa relação com o cliente, tornando-a mais clara e transparente.

Qual o melhor projeto para a banda larga pública? Por que a questão tem causado tanta polêmica?

Em primeiro lugar, todos concordam que é preciso levar a banda larga para todos os brasileiros, de

todas as classes sociais. Já estava provado que ela é um forte instrumento de inclusão social. Agora,

se o governo desejar acelerar o processo de expansão, ele precisa estabelecer um pacto com a

iniciativa privada, e não abrir mão dela.

A alta carga tributária que incide sobre o setor de telefonia móvel continua sendo o principal

entrave para um maior crescimento das operadoras?

O Brasil está entre as três maiores cargas tributárias em telefonia do mundo. Nossos custos em

telefonia são três vezes maiores do que na Argentina, por exemplo. Fui mal interpretado quando

afirmei que aqui se paga mais imposto no telefone do que em revólver e cachaça. Mas é a pura

verdade.