tcc - sistemas.docx

130
FACULDADES ASSOCIADAS DE SANTA CATARINA – FASC FACULDADES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA REGIÃO CARBONÍFERA - FACIERC CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANO TIAGO KAMERS A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES

Upload: sandra-rejane

Post on 05-Dec-2014

136 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: TCC - Sistemas.docx

FACULDADES ASSOCIADAS DE SANTA CATARINA – FASC FACULDADES DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DA REGIÃO CARBONÍFERA -

FACIERCCURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANOTIAGO KAMERS

A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES

CRICIÚMA, 2010

Page 2: TCC - Sistemas.docx

SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANOTIAGO KAMERS

A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES

Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Programa de Graduação em Sistemas de Informação das Faculdades de Ciências Econômicas da Região Carbonífera como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Sistemas de Informação.Prof. Orientador: Thiago Henrique Almino Francisco, Esp.

CRICIÚMA, 2010.

Page 3: TCC - Sistemas.docx

SANDRA REJANE JOAQUIM CIPRIANOTIAGO KAMERS

A IDENTIFICAÇÃO DAS CORE COMPETENCES DO ANALISTA DE REDES SOCIAIS: UM PROCEDIMENTO A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DE GESTORES

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e aprovado para obtenção do grau de Bacharel em Sistemas de Informação no Programa de Graduação em Sistemas de Informação das Faculdades de Ciências Econômicas da Região Carbonífera – FACIERC.

Criciúma, ___ de novembro de 2010.

_________________________________Prof. Nacim Miguel Francisco Junior.

Coordenador do Curso

Banca Examinadora integrada pelos professores:

_________________________________Prof. Thiago Henrique Almino Francisco, Esp.

Professor Orientador

__________________________________Prof. Nacim Miguel Francisco Jr. , MSc.

Membro

__________________________________Prof. Rafael Darosci Henrique, Esp.

Membro

Page 4: TCC - Sistemas.docx

DEDICATÓRIAS

Dedico este trabalho ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, Jesus Cristo, por

ter me dado força e graça para concluir mais este desafio em minha vida. Ao meu

esposo Jovânio Cipriano que com todo seu amor soube respeitar e compreender

meus momentos de estudo; as minhas filhas Khetully e Giovanna Cipriano por

entenderam a minha ausência e aos meus pais por me darem oportunidade de hoje

estar aqui realizando este sonho.

Sandra Rejane Joaquim Cipriano

Dedico esta monografia a Deus por toda força e sabedoria, aos meus pais, os

quais amo muito, pelo exemplo de vida e família e aos meus irmãos por tudo que me

ajudaram até hoje.

Tiago Kamers

Page 5: TCC - Sistemas.docx

AGRADECIMENTOS

Eu, Sandra Cipriano, quero agradecer em primeiro lugar ao grande Rei e

Senhor Jesus Cristo. Quero louvá-Lo por este trabalho, o Deus da minha vida e da

minha salvação, pois sem Ele nada se pode fazer.

Também quero agradecer minha querida família, meu esposo Jovânio

Cipriano e minhas filhas Khetully e Giovanna Cipriano, por terem tanta paciência

comigo neste período turbulento. Agradeço a meus pais por sempre me

incentivarem a estudar, e mesmo com um pouco de atraso consegui chegar até

aqui.

Agradeço de coração ao nosso orientador Thiago Francisco, que me

proporcionou oportunidade de crescimento, com sua sabedoria e dedicação,

compartilhando seus conhecimentos como professor e orientador que nos seguirão

em todo percurso da vida.

Agradeço ainda a todos os professores que nesta longa jornada contribuíram

para eu chegar até aqui.

Também não posso deixar de agradecer ao meu amigo Tiago Kamers por ser

tão paciente comigo, e assim podemos chegar até o final deste trabalho, já com

saudades.

Eu, Tiago Kamers agradeço a Deus pela vida e pela oportunidade de

expressão que tem permitido.

Aos meus familiares que tem sido a grande motivação de vida: Mãe, Pai (in

memoriam), Jane e Magno.

A minha amiga e colaboradora deste trabalho Sandra pela dedicação e

motivação na realização do mesmo.

Ao nosso orientador Thiago Francisco, que tanto nos incentivou e contribuiu

com seus conhecimentos acerca do tema.

Page 6: TCC - Sistemas.docx

“O Networking social que importa é aquele que ajuda

pessoas a cumprirem seus objetivos. Fazer isso

repetidamente e de maneira confiável ajudará você a

atingir suas próprias metas”

Seth Godin, Seth’s Blog

Page 7: TCC - Sistemas.docx

RESUMO

Cipriano, Sandra Rejane Joaquim; Kamers, Tiago; AS CORE COMPETENCES DE UM ANALISTA DE REDES SOCIAIS. 2010. P.88. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Sistemas de Informação, FACIERC, Criciúma.

Este trabalho tem como objetivo principal identificar as core competences de um analista de mídias sociais por meio da contribuição de gestores, mostrar o impacto e a relevância das mídias sociais nas organizações da era do conhecimento. Investigar a contribuição da tecnologia da informação na consolidação das mídias sociais e manifestar de que modo a geração Y contribuiu com sua massificação. As Redes sociais são um meio de comunicação entre as pessoas onde o computador é o intermediário. Seu crescimento se deu em um ritmo bastante acelerado alterando a forma como as pessoas veem e utilizam a internet. A popularização deste conceito fez despertar nos administradores a utilização dela nas empresas como ferramenta para alavancar seu faturamento na consolidação de seus objetivos estratégicos. A inserção das mídias sociais no ambiente corporativo fez originar a necessidade pela criação de um novo cargo chamado de Analista de Redes Sociais. Identificar quais os conhecimentos e capacidades inerentes a este novo cargo tornou-se fundamental para alinhar suas atividades com os objetivos do negócio. As core competences são as principais competências que este analista deve possuir para exercer tal profissão que diante da contemporaneidade do assunto não existem muito estudos baseados na definição das principais características do cargo. Para tanto será desenvolvido uma pesquisa qualitativa, descritiva por meio de questionário com 10 questões aplicado a amostra proposital de 12 gestores em organizações de diferentes segmentos. Os resultados permitem concluir, entre outros aspectos, que a identificação das competências essenciais contribuirá para o desígnio das core competences que compõem o perfil deste analista cooperando na consolidação das metas estratégicas das organizações.

Palavras-chaves: Core competences, mídias sociais, Analista de redes sociais, Tecnologia da Informação.

Page 8: TCC - Sistemas.docx

ABSTRACT

This work has as principal objective to identify the core competences of a social medias` analyst through contribution of managers, to show the impact and the relevance of social medias at organizations in knowledge age, to investigate the contribution of technology of information in the consolidation of social medias and to manifest in a way the generation Y contributes to its massification. The social nets are a way of communication between people in which computer is an intermediary. Them growth happened in a many accelerate rhythm, changing the way how people see and use the internet. The popularization of this concept awaked in the administrators its utilization in the enterprise like instrument to augment rapidly their turnover is consolidation of their strategic objectives. The insertion of social medias at corporative environment originated need of creation of a new load entitled Social Medias` Analyst. to identify what is knowledge and capacity inherent in the new load become fundamental to align its activities with objectives of business. The core competences are the principal competences what this analyst needs have to exercise this profession who in the presence of contemporaneousness of the subject, there are not many studies about the definition of principal characteristics of load. So a descriptive and qualitative research will be developed through questionnaire with 10 questions applied in an intentional sample with 12 managers in different segments. The results permit concluding, between others aspects, that a identification of essential competences will contribute to the purpose of core competences who compose the profile of this analyst, co-operating at consolidation of strategic marks of organizations.

Keywords: Core competences, social medias, social medias’ analyst, technology of information.

Page 9: TCC - Sistemas.docx

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1

Gráfico 2

Gráfico 3

Gráfico 4

Gráfico 5

Gráfico 6

Gráfico 7

Segmentação e Tempo de Atuação da Organização no Mercado..

Quantidade de Funcionários das Empresas Entrevistadas.............

Percentual de Utilização das Redes Sociais pelas Organizações..

Iniciativa e Determinação................................................................

Estímulo à Inovação........................................................................

Relacionamento Pessoal.................................................................

Conhecimento Técnico....................................................................

67

68

69

72

72

73

74

Page 10: TCC - Sistemas.docx

LISTA DE QUADROS

Quadro 1

Quadro 2

Diferenças entre a Web 1.0 e Web 2.0.......................................

Competências Humanas no âmbito das organizações...............

48

75

Page 11: TCC - Sistemas.docx

SUMÁRIO

1

1.1

1.1.1

1.2

1.2.1

1.2.2

1.3

2

2.1

2.1.1

2.1.2

2.2

2.3

2.3.1

2.3.2

2.3.3

2.3.4

2.4

2.4.1

2.4.2

2.4.3

2.5

2.5.1

2.6

2.6.1

2.6.2

2.6.3

INTRODUÇÃO................................................................................

PERGUNTA DE PESQUISA...........................................................

Tema...............................................................................................

OBJETIVOS....................................................................................

Objetivo Geral...............................................................................

Objetivos Específicos...................................................................

JUSTIFICATIVA..............................................................................

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.....................................................

A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO..............................................

A Evolução da Tecnologia da Informação..................................

Aplicação da Tecnologia da Informação....................................

A ORGANIZAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO.......................

O CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

(SIS)..............................................................................................

Perfil do Egresso..........................................................................

Áreas de Abrangência..................................................................

Experiências Práticas...................................................................

Estágio Curricular Supervisionado e TCC.................................

O PERFIL PROFISSIONAL DO ANALISTA DE SIS......................

O Analista de Sistemas de Informação.......................................

Características do Analista de Sistemas....................................

Formações e Principais Atividades do Analista de SIS............

A CONJUNTURA ATUAL DO MERCADO DE TRABALHO NA

AREA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) .........................

Formação Acadêmica X Experiência Profissional.....................

DEFINIÇÃO DE CORE COMPETENCES......................................

Conceito de Competências..........................................................

As Competências Essenciais da Organização e os Ativos

Intangíveis.....................................................................................

Métodos e Técnicas de Mapeamento de Competências na

Organização..................................................................................

13

14

15

15

15

15

15

19

19

20

21

22

24

25

26

26

27

27

29

30

31

32

33

34

35

36

38

Page 12: TCC - Sistemas.docx

2.7

2.8

2.8.1

2.8.2

2.8.3

2.9

2.9.1

2.9.2

2.10

2.10.1

2.10.1.1

2.10.1.2

2.10.1.3

2.10.2

2.11

2.11.1

3

3.1

3.2

3.3

4

4.1

5

A DEMANDA POR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS.................

REFLEXÕES SOBRE O PROFISSIONAL DA GERAÇÃO Y.........

O Nascimento de uma Nova Geração.........................................

Características da Geração Y......................................................

A Geração Y no Mercado de Trabalho........................................

ASPECTOS EVOLUTIVOS DA TI: A WEB 2.0...............................

História da Internet.......................................................................

WEB 2.0..........................................................................................

AS REDES SOCIAIS......................................................................

Sites de Redes Sociais.................................................................

Orkut..............................................................................................

Twitter............................................................................................

Facebook.......................................................................................

A contribuição das Redes Sociais na Consolidação das

Estratégias Organizacionais........................................................

A PROFISSÃO EMERGENTE: O ANALISTA DE REDES

SOCIAIS.........................................................................................

Atividades do Analista de Redes Sociais...................................

PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS.......................................

TIPO DE PESQUISA E ABORDAGEM METODOLÓGICA............

POPULAÇÃO DA PESQUISA E AMOSTRA..................................

INSTRUMENTO E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA.............

ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS.........................................

CONCLUSÃO.................................................................................

REFERENCIAS..............................................................................

APENDICE A..................................................................................

40

41

41

43

44

46

46

47

50

52

52

54

55

56

58

59

61

61

64

65

66

66

76

78

86

Page 13: TCC - Sistemas.docx

13

1 INTRODUÇÃO

Com a evolução da Internet, principalmente na forma como as pessoas

passaram a tirar proveito de seus recursos, criou-se um novo tipo de mídia na

sociedade, onde por meio do compartilhamento de opiniões por intermédio de redes

computacionais, é possível divulgar produtos, marcas e serviços de empresas e

pessoas.

Esta então chamada de mídia social hoje está presente em todo o mundo

devido à rápida popularização que este conceito vem ganhando. As pessoas estão

cada vez mais inseridas nas mídias no decorrer de sua evolução podendo estar

conectadas em casa, no trabalho, nas escolas ou em qualquer lugar por meio de

computadores e dispositivos móveis, sendo os próprios usuários os principais

agentes responsáveis pelo seu crescimento.

A Internet tornou-se palco de uma revolução na forma de como é utilizada.

Empresas começaram a enxergar o potencial desta nova ferramenta e criaram

estratégias específicas para tirar proveito desta tecnologia. A utilização das mídias

sociais no ambiente corporativo traz uma série de vantagens competitivas as

organizações que usufruem de seus recursos, tais como, diminuição de custos,

agilidade na criação e execução de campanhas de marketing, constante feedback e

obtenção de resultados rápidos.

Do surgimento das mídias sociais e sua inserção no âmbito empresarial

nasceu a necessidade da criação de um novo cargo a ser ocupado, também por um

novo modelo de profissional. Este deveria ter certas características como, por

exemplo, boa comunicação, conhecimentos técnicos e estímulo à inovação. Assim

ele foi denominado Analista de Mídias Sociais.

O progresso da tecnologia da informação fez com que os indivíduos na era do

conhecimento fossem classificados em diversas gerações. Os integrantes da

geração Y chamados de nativos digitais são considerados os responsáveis pela

massificação das redes sociais. Possuindo características inerentes ao seu perfil

como boa comunicação, sede de informação e de conhecimento.

A identificação das principais atividades que compõem a rotina de trabalho

deste analista induz a busca pelos conhecimentos que o mesmo deverá possuir para

tal finalidade. Para as empresas é imprescindível traçar um perfil de cargo onde

deverão estar inseridas as capacidades que o indivíduo deverá ter.

Page 14: TCC - Sistemas.docx

14

No meio administrativo muito se fala do termo competências. As

competências são habilidades que cada indivíduo deve buscar e desenvolver em

seu processo de evolução como ser humano e profissional. Além da descrição das

atividades que o cargo irá solicitar, os gestores criaram um perfil onde são listadas

as competências requeridas para encontrar o profissional ideal que atenda as

qualificações específicas da profissão.

Core Competences são principais competências que o indivíduo deve

priorizar ao seu currículo a fim de estar atualizado conforme as exigências das

organizações na era do conhecimento. Ao serem identificadas, torna-se mais fácil

encontrar os trabalhadores que atendam os requisitos exatos e preencher vagas

com eficiência.

A inexistência do mapeamento das competências pode comprometer o

modelo de gestão ao deparar-se com uma atuação negligenciada frente às

principais características do perfil de cargo, afetando diretamente os resultados

esperados bem com os objetivos estratégicos.

Diante desta realidade, mapear os conhecimentos, habilidades e atitudes, que

convém ao desenvolvimento de uma organização, propicia uma descrição correta de

seus objetivos estratégicos e sua execução, além de contribuir com a participação

concreta do analista nos resultados obtidos.

1.1 PERGUNTA DE PESQUISA:

Por meio da contribuição dos gestores, evidentemente a partir do auxilio da

pesquisa, o trabalho visa evidenciar aspectos que permitam identificar as core

competences do profissional que trabalha com as novas tecnologias da informação.

Neste contexto, o trabalho tem como problemática a seguinte questão: A partir da

contribuição dos gestores, quais são as core competences de um analista de redes

sociais?

Page 15: TCC - Sistemas.docx

15

1.1.1 Tema

O desenvolvimento das core competences dá-se por meio de aprendizagem,

que envolve respectivamente a assimilação de conhecimentos e a obtenção de

habilidades cognitivas, habilidades psicomotoras e a internalização de atitudes. E

uma vez desenvolvida, a competência gerencia as necessidades da organização,

tornando-se fonte para aquisição de vantagem competitiva e sustentável

(CARBONE, et al, 2008; p.97)

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral:

O Objetivo geral é estabelecido em: Identificar as core competences de um analista de mídias sociais por meio da contribuição de gestores

1.2.2 Objetivos Específicos:

Descrever, por meio de uma pesquisa bibliográfica, a relevância das core competences para a organização da era do conhecimento;

Investigar a contribuição da tecnologia da informação na consolidação das mídias sociais nos dias atuais;

Identificar de que modo a geração y contribui para a massificação das mídias sociais na contemporaneidade;

Identificar qual o impacto das mídias sociais nas organizações contemporâneas;

Conhecer o perfil de profissionais que trabalham com mídias sociais.

1.3 JUSTIFICATIVA

Atualmente vive-se em uma era onde a informação e a tecnologia passam por

mudanças constantemente. O que há pouco tempo atrás era moderno hoje já está

ultrapassado. Não é diferente com as profissões, pois com o avanço da tecnologia e

Page 16: TCC - Sistemas.docx

16

com consumidores cada vez mais exigentes, torna-se necessário que o profissional

esteja ainda mais preparado e inserido neste mercado tecnológico.

Por este motivo deve-se estar sempre atualizado e acompanhando as

tendências inovadoras, principalmente em se tratando da área de Tecnologia da

Informação (TI), para que não se torne superado em relação a este novo perfil de

profissional que o mercado atual exige.

Ainda neste contexto de inovação, destaca-se uma área que vem crescendo

numa velocidade extraordinária: as Redes sociais.

De modo geral, as Redes sociais já existem desde o início da humanidade,

visto que o homem, um ser social, enseja o convívio com a família, com os amigos e

colegas, e a troca de informações entre si, formando uma rede social.

Com a chegada da Internet foi possível expandir estas redes geograficamente

e por meio de correios eletrônicos as pessoas começaram trocar informações, a

princípio nas universidades e por fim em cada lugar do planeta aonde a internet

chegasse, caracterizando assim as Redes sociais virtuais.

Nestas Redes sociais, a maioria das pessoas participa apenas por diversão e

lazer, como no Orkut, Facebook, Twitter, etc., e a intenção é fazer novas amizades

no mundo virtual e manter atualizadas as já existentes tanto no mundo real como

aquelas feitas na Rede, pois com o tempo hoje tão escasso fica mais fácil se

comunicar e se expressar por meio destas Redes sociais, onde a informação se

espalha muito rapidamente.

Então as pessoas deixam nestas Redes seu perfil exposto, com dados

pessoais, como idade, sexo, grau de instrução, além de fotos, preferências por

determinadas áreas e assuntos, participando de comunidades que revelam seus

interesses e pensamentos.

O que muitos não imaginam é que “infiltrados” nestas Redes estão pessoas

ligadas às organizações, checando seus dados e preferências para assim usarem

no aperfeiçoamento ou lançamento de suas marcas e produtos.

Atualmente algumas organizações conseguiram enxergar este novo nicho de

mercado no meio dessas Redes que vieram para ficar.

De posse destas informações que ficam compartilhadas e sem nenhum custo,

em alguns casos são restritos a “amigos”, mas é de fácil acesso, o que as

organizações precisam é apenas de um bom profissional na área de conhecimento e

tecnologia, surgindo assim o cargo de Analistas de Redes Sociais.

Page 17: TCC - Sistemas.docx

17

Mas será que existem profissionais capacitados para ocuparem tais cargos

nas organizações? E quais as principais competências esses profissionais devem

possuir para ocuparem esses cargos? Quais seus conhecimentos, habilidades e

atitudes para realmente fazerem a diferença nas organizações utilizando as Redes

sociais? Para responder estas perguntas é que foi proposto o estudo sobre este

tema, as core competences do Analista de Redes Sociais.

Por meio de pesquisas e estudos sobre o tema, espera-se obter

conhecimentos que se faça entender e compreender a importância dos

relacionamentos pelas Redes sociais, e o porquê das empresas estarem atualmente

investindo tanto em mídias sociais, fato que há pouco tempo não existia.

É importante descobrir o perfil do profissional capaz de ocupar este cargo de

Analista de Redes Sociais, antes pouco difundido no mercado, e com as core

competences definidas fica ainda mais fácil de avaliar os próprios colaboradores que

já trabalham na organização e realocá-los, se for o caso, neste novo espaço que

vem surgindo e que contribui muito para o marketing, utilizando-se fortemente da

Tecnologia da Informação (TI).

Também poderá a organização, analisar o perfil do profissional que já ocupa

este cargo e não está trazendo o retorno esperado, e concluir que isto aconteça

talvez pelo funcionário não possuir as core competences necessárias para a função

e ao mesmo tempo para as organizações que ainda não enxergaram este nicho de

mercado, possam despertar e perceber o quanto empresas estão lucrando com esta

nova forma de pesquisa.

Por outro lado, na busca de satisfazer a demanda de um mercado cada vez

mais exigente, o profissional, muitas vezes, tende a assumir características distintas

das normalmente vistas em seu currículo. Este profissional como agente

transformador de mercado, deve estar atento às mudanças e tendências de sua

profissão, cada vez mais rápida e dinâmica.

Um bom exemplo disto, como citado, é o crescimento e a divulgação das

empresas e suas marcas por meio digital das Redes sociais, que vem despertando o

interesse das organizações de forma geral, nas quais são alvos de um tipo de

pesquisa que busca classificar os indivíduos em segmentos que podem ser

direcionados, de maneira mais qualificada, aos objetivos de público alvo. Dentro

deste contexto, surge a necessidade de identificar as core competences de um

analista de Redes sociais, que tem por objetivo, mostrar o diferencial exigido por

Page 18: TCC - Sistemas.docx

18

uma empresa que deseja este profissional. Muito mais que um técnico na área de

Sistemas de Informação, este profissional precisa, dentre outras habilidades, ter um

grau de relacionamento pessoal distinto, já que estará lidando com comportamento

humano:

Tal fato proporciona ao entorno uma visão humanística, consistente e crítica do impacto de sua atuação profissional na sociedade, tendo estas concepções como preponderantes às mais diversas aplicações sociais e análise crítica dos mecanismos de dominação tecnológica e/ou comercial. (FACIERC, 2009).

Este trabalho representa uma abordagem em relação à área de atuação do

profissional da TI, e nos remete a problemática que norteia este estudo: Quais as

core competences de um analista de Redes sociais.

Por meio deste, se perceberá que muitos dos requisitos esperados de um

analista de Redes sociais estão intimamente ligados a conhecimentos sobre

comportamento humano.

Por muito tempo se teve uma visão de que os profissionais da área de TI,

mais precisamente da informática, eram profissionais apenas técnicos por lidar

exclusivamente com máquinas; trabalhavam numa sala à parte da organização,

denominada Central de Processamento de Dados (CPD) e seu relacionamento com

pessoas era restrito já que sua função basicamente se resumia em cuidar dos

hardwares e softwares para que estes funcionassem perfeitamente.

Hoje, em geral esses profissionais já foram extintos das organizações. Com a

globalização, onde empresas estão espalhadas por diversos países e mercados, as

organizações estão descentralizando e precisam de profissionais que além de

entender de informática sejam capazes de transformar esta ferramenta em favor dos

negócios da empresa para que seus objetivos sejam alcançados.

Tem-se no analista de Redes sociais um profissional que precisa entender

muito da TI, pois seu principal instrumento de trabalho é a internet, mas também tem

que entender do negócio da organização, saber claramente quais seus objetivos e

suas estratégias, além de conhecer a cultura da empresa. Ainda este profissional

precisa ter diversas habilidades, como lidar com pessoas para conseguir extrair das

Redes sociais informações capazes de suprir estas necessidades chegando ao

objetivo final, que é o lucro.

Page 19: TCC - Sistemas.docx

19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Nos departamentos das organizações tem-se ouvido muito falar no termo

Tecnologia da Informação (TI), mas nem sempre o termo é colocado da maneira

correta. Existem diversas definições para Tecnologia da Informação, autores tentam

explicar à sua maneira o que seria a TI, mas é difícil defini-la por completo, pois se

trata de um tema bastante abrangente.

Turban (2004, p.49) dividiu o tema em cinco categorias principais: hardware;

software; banco de dados e sua administração; telecomunicações e redes; e

internet. Semelhantemente, Morton (1991) define TI como “tecnologia da informação

é composta pelos seguintes elementos: hardware, software, redes de comunicação,

workstation(...) , robótica e os chips inteligentes”.

No entanto Tecnologia da Informação vai muito além que hardware, software

ou comunicação de dados. Para Garcia (2010), na maioria das vezes quando

alguém escuta falar em TI, logo se remete a computadores e aparelhos modernos,

no entanto, isto também faz parte, só que existem processos, informações,

desenvolvimentos de sistemas, suporte operacionais, pessoas e outros elementos

envolvidos.

Tecnologia da Informação é inovar, de forma criativa, o modo que levamos dados as pessoas certas, no lugar certo e no momento certo, de forma que estes dados possam ser rapidamente interpretados pelo receptor (que é quem gera a informação), aumentando consideravelmente as chances de uma decisão ser tomada corretamente. (GARCIA, 2010)

Para Foina (2001, p. 31) “[...] a Tecnologia de Informação é um conjunto de

métodos e ferramentas, mecanizadas ou não, que se propõe a garantir a qualidade

e pontualidade das informações dentro da malha empresarial.”.

Com a popularização dos microcomputadores nas últimas décadas, a palavra

informação tomou nova forma. O que antigamente era algo que passava de pessoa

para pessoa ou fatos e acontecimentos que chegavam ao destino por meio de

Page 20: TCC - Sistemas.docx

20

receptores já com certa defasagem, hoje se tornou algo valioso para as

organizações, para muitas valendo mais do que o próprio capital físico.

Já Tecnologia, por sua vez, é tudo aquilo que possa facilitar o trabalho,

tornando-o menos cansativo e de uma forma mais simples. Conforme Garcia (2010),

“tecnologia deve nos remeter as inovações criadas para resolvermos problemas que

enfrentamos diariamente.”.

Deste modo, extrai-se da idéia de Garcia que a Tecnologia da Informação

seria um meio de facilitar a forma de que as informações são expostas, se utilizando

de todos os meios possíveis, sejam hardwares, softwares, pessoas, redes, enfim,

desde que a informação chegue ao momento correto e o problema ou situação

possa ser resolvido, mudando o rumo e abrindo novos caminhos para que o objetivo

proposto pela organização seja sempre alcançado.

2.1.1 A Evolução da Tecnologia da Informação

O homem sempre buscou conhecimento, seja para sua própria sobrevivência

ou para facilitar as relações e interesses particulares e sociais. Com o crescimento

populacional e dificuldades advindas como fruto da competição capitalista, buscou

meios de tornar-se mais produtivo e sobreviver à concorrência do capitalismo

moderno.

De acordo com Rangel (1999), a primeira fase da era da informação se deu

por volta dos anos 50, quando o presidente americano Dwight Eisenhower anunciou

a criação da ARPA, Advanced Research Projects Agency, agência do departamento

de defesa, com o objetivo de desenvolver e pesquisar alta tecnologia para as forças

armadas. Existia dentro da ARPA uma divisão denominada IPTO (Information

Processing Techniques Office), chamada na época de “processamento de

informação”, e seu diretor, J. C. R. Licklider acreditava que os computadores

forneceriam as pessoas um acesso ilimitado a informação e a outros indivíduos que

compartilhassem seus interesses.

Cortês (2008, p.1) afirma que “a substituição de pessoas por máquinas,

procurando agilizar a execução de tarefas e a automação de processos, vem

ocorrendo de maneira acentuada desde a Revolução Industrial (Inglaterra, século

XVII)”. Segundo o autor, a atividade do primeiro sistema de armazenamento de

Page 21: TCC - Sistemas.docx

21

informação se deu no inicio dos anos de 1800, quando o francês Joseph Marie

Jacquard construiu uma máquina de tear comandada por placas perfuradas e

enfileiradas, onde era possível controlar os teares que começaram a fazer desenhos

preestabelecidos.

Para Foina (2001, p. 14), “A Tecnologia de Informação nasceu com o uso dos

computadores nas empresas e organizações. Antes do processo de mecanização do

fluxo e tratamento das informações, elas eram produzidas em memorandos, tratadas

na forma de planilhas e tabulações, datilografadas e distribuídas por meio de

malotes.”.

Desde então a Tecnologia da Informação vem evoluindo e o homem deixa de

fazer as tarefas manualmente e passam a desenvolver ferramentas para auxiliar na

eficiência, qualidade e rapidez dos processos.

2.1.2 Aplicação da Tecnologia da Informação

A Tecnologia da Informação (TI) pode ser considerada uma forma de se

resolver problemas do cotidiano por meio de recursos computacionais. “A utilização

de softwares é reconhecida como uma importante ferramenta para impulsionar,

modernizar e, consequentemente, aumentar a competitividade dos setores

produtivos nas organizações contemporâneas.” (Dalla Lana, 2009).

Softwares hoje são criados para solucionar os mais diversos tipos de cálculos

e agilizar tarefas para as pessoas.

Neste contexto, a TI desempenha um papel relevante no desenvolvimento

das organizações, pois é com o auxílio de suas ferramentas que hoje são realizadas

a maior parte das tarefas dentro das empresas, revelando sua extrema importância.

Para atender esta demanda por informação as empresas precisam de

profissionais especializados em tecnologia, pessoas capacitadas e sempre

atualizadas com o que há de mais moderno no mercado.

De acordo com Turban (2004), a tecnologia da informação proporcionam

vantagens competitivas e estratégicas diretas para as organizações, pois criam

aplicações inovadoras.

Page 22: TCC - Sistemas.docx

22

Ainda segundo o autor, a TI é um fator importante na redução dos custos,

pois a inovação nos preços muitas vezes é uma força motivadora na obtenção de

vantagem estratégica.

A Wal-Mart utiliza a TI extensivamente, tanto para se defender dos concorrentes quanto para criar serviços inovadores e conseguir redução de custos, principalmente nas diversas etapas de sua cadeia de suprimentos. (TURBAN, 2004, p. 97)

Um exemplo visível da redução de custo por meio da utilização da TI seria a

compra de produtos pela internet, onde os preços são bem mais atrativos do que se

comparado com a loja física.

2.2 A ORGANIZAÇÃO NA ERA DO CONHECIMENTO

A estrutura organizacional sofreu profundas mudanças nas últimas décadas.

Acompanhando desde o período da Revolução Industrial, onde a força da

organização se manifestava por meio do seu contingente de empregados e seu

parque industrial, buscando alcançar os objetivos propostos pela produção em

massa de seus produtos, tem-se neste caso uma visão muito simplista dos conceitos

que regem as atuais organizações.

Isto remete ao comentado pelo autor Toffler (1972), onde no começo da

tecnologia da industrialização exigiam-se seres humanos sem pensamento próprio,

como robôs, que realizassem tarefas altamente repetitivas, enquanto a tecnologia do

amanhã assumiria estas tarefas e o homem tomaria para si as funções que

exigissem julgamento, habilidades interpessoais e imaginação.

Com a entrada do conceito de serviço como produto, foram tomadas algumas

iniciativas no sentido de aprimorar a forma como as organizações regiam seus

controles sobre os departamentos.

Foram criados outros segmentos que não estavam ligados a linhas de

produção, mas sim a conjuntos de funcionários prestando serviços. Estes por sua

vez, eram inseridos dentro da organização para desempenharem um papel que

muitas vezes era rotineiro, continuo e abordava somente os conhecimentos técnicos

do individuo.

Page 23: TCC - Sistemas.docx

23

Fazendo-se uma abordagem das organizações dentro de um enfoque atual,

onde a informação é imprescindível para sua manutenção, e o conhecimento gerado

dentro destas organizações tem uma valorização contínua dentro dos seus

processos, dando as organizações atuais uma grande vantagem em relação aos

modelos anteriormente comentados, que são o fato destas organizações viverem na

era da informação e do conhecimento.

Dispondo de tal vantagem, cada modelo de organização atua de maneira

distinta na transformação destes dados em conhecimento que deve ser aplicado

conforme suas necessidades. De acordo com Francini (2002, p.3):

As grandes mudanças nos cenários de atuação das empresas, tanto públicas quanto privadas, em especial nesta Era da Informação e Conhecimento, nos permitem imaginar que uma fonte de vantagem competitiva nas empresas é seu ativo intangível ‘conhecimento’, e a efetiva gestão e aplicação deste ativo na expectativa de sua conversão em resultados.

Apesar da grande quantidade de informação e da relativa facilidade de

processamento destas, cada organização tem que dispor da capacidade intelectual

de seus cooperadores para transformar estas em conhecimento que possa ser

aplicado.

Não é uma tarefa fácil, pois se depende muito do próprio conhecimento tácito

de cada um que vai direcionar e coordenar esta gestão de conhecimento e tem que

ter necessariamente muito relacionamento com os processos da organização. Só

então, se conseguirá atingir os resultados desejados através da aplicação do

conhecimento adquirido em prol do crescimento da organização.

Conforme descreve Coutinho e Ferraz (1994), a forte concorrência requer da

força de trabalho aptidões e atitudes que defendam a maior integração no processo

produtivo. Deste modo, o trabalho passa a ser visto como um ativo a ser valorizado

e não como item de custo. Ainda segundo os autores, o treinamento é essencial e

intensivo, prevalecendo a multifuncionalidade, sendo que há a necessidade de se

conhecer todo o processo produtivo sendo assim valorizada a competência de

resolução de problemas.

Isto faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso, entre crescimento e

estagnação dentro das organizações, sabendo disto, elas buscam cada dia mais

métodos que possam satisfazer de maneira adequada a busca pelo conhecimento e

Page 24: TCC - Sistemas.docx

24

sua aplicação. As que conseguem têm todo um diferencial a seu favor, pois

conseguem identificar necessidades, mudar seus produtos, descobrir novos clientes

e agregar valor a seus serviços.

Os tempos na era do conhecimento proporcionam novos horizontes antes

não explorados e a abertura de novos mercados e modalidades de negócios que

antes não eram possíveis.

Toda organização que se preocupa com seu crescimento e busca estar atualizada

em relação a seus concorrentes encontra dentro da estratégia de gerenciamento e

aplicação do conhecimento uma ferramenta indispensável na busca de seus

objetivos. Para Leonard-Barton (1998), “gerir o conhecimento numa organização

implica compreender as aptidões estratégicas ou as aptidões tecnológicas

estratégicas, no caso de organizações que têm por base a tecnologia.”.

Neste contexto está inserida a TI, que vem como uma solução para os atuais

problemas encontrados pelos administradores, que buscam cumprir com objetivos e

metas das organizações sempre em tempo recorde a fim de disputar mercado, onde

quem souber administrar melhor o conhecimento terá boa vantagem competitiva.

As empresas precisam ter no mercado atual ferramentas que sejam capazes

de gerenciar informações com intuito de obtenção de conhecimento. Segundo

Giordane; Oliveira (2009), a TI propicia geração de valores e atua como um

elemento importante para facilitar a informação no cenário dos negócios em todas as

áreas da empresa.

A TI tornou-se parte integrante no meio corporativo atual. Desde os

colaboradores de nível operacional até mesmo os diretores estão diariamente

ligados a algum tipo de software. Os sistemas são capazes de oferecer as

informações necessárias aos administradores a ponto que possam até tomar

decisões importantes para o futuro das organizações.

2.3 O CURSO DE GRADUAÇÃO EM SISTEMA DE INFORMAÇÃO (SIS)

Para que as organizações obtenham bom desempenho em seus negócios é

imprescindível possuir um adequado fluxo de informações. Desde os colaboradores

de nível operacional aos gerentes tem necessidades específicas no acesso às

Page 25: TCC - Sistemas.docx

25

informações, garantir acesso aos dados corretos é fundamental para atingir o

sucesso.

De acordo com a ementa da UFSC (2010), o currículo do curso visa formar

profissionais com habilidades empreendedoras responsáveis desde a análise e

desenvolvimento até a implantação e manutenção dos programas com visão crítica

e ética obedecendo a evolução tecnológica.

2.3.1 Perfil do Egresso

De acordo com a proposta do ministério da educação (MEC, 2009):

O Bacharel em Sistemas de Informação (SI) desenvolve soluções baseadas em tecnologia da informação para os processos de negócio das organizações de forma que elas atinjam efetivamente seus objetivos estratégicos de negócio.

Desta forma fica claro que o bacharel em Sistemas de Informação (SI) tem

como meta utilizar seus conhecimentos acerca da TI a fim de aproximá-la ao

máximo do ambiente empresarial utilizando-a como ferramenta de apoio aos

negócios. A principal função é de definir quais os principais requisitos para

desenvolver os sistemas de informação. Estes deverão suportar as operações que a

empresa necessita e propiciar vantagem competitiva a elas. Este profissional

também tem enfoque na área administrativa, ele é capaz de desenvolver e implantar

sistemas e redes a fim de permitir a distribuição dos dados no ambiente corporativo.

No guia de profissões da UNESP (2010), existem qualidades e atributos que

este profissional deve possuir para obter sucesso em sua carreira tais como:

raciocínio lógico, iniciativa, concentração, capacidade permanente de aprendizagem,

sólida base conceitual em computação, tecnologia da informação e predisposição

para mudanças. Possuindo estes atributos ele será capaz de inovar quando preciso,

fazer planejamentos, saber gerenciar a informação e a infraestrutura de TI nas

organizações.

O sistema de informação evolui constantemente a medida que os gestores

passam a implementar novas funcionalidades, correções ou personalizações.

Page 26: TCC - Sistemas.docx

26

O profissional é responsável não somente pelo desenvolvimento, mas

também pela evolução do software otimizando-o para uso nos processos de todos

os setores da empresa. Ele também poderá planejar a disposição do hardware e

outros programas para solução de problemas com coleta, processamento e

dispersão das informações.

2.3.2 Áreas de Abrangência

O curso de sistemas de informação na conformidade com o MEC (2009)

possui em sua grade curricular enfoque nas seguintes áreas:

Formação teórico-matemática, administrativo-empresarial e humanístico

social fundamentais;

Formação teórico-prática em Computação;

Formação teórico-prática em tecnologia geral, adequada ao desenvolvimento,

implantação e utilização de softwares aplicativos diversos, com níveis de

qualidade e eficiência adequados às exigências atuais de mercado;

Formação teórico-prática adequada à elaboração de soluções para os

problemas organizacionais, com utilização eficiente dos recursos

computacionais (hardware e software).

Silveira e Ribeiro (2009), afirma que o curso de SI deve ser estruturado de

forma a permitir que o egresso faça uso da computação como atividade principal de

seu trabalho, utilizando da informática nas atividades que necessitam da

administração de informações no ambiente empresarial.

2.3.3 Experiências Práticas

O bacharel em SI durante todo o curso é preparado com intuito de aliar seus

conhecimentos teóricos à prática. O curso prepara o profissional para enfrentar

situações reais do cotidiano, onde soluções pdem ser geradas a partir da

interpretação da teoria pelo mesmo. Isto é possível, pois durante o período

Page 27: TCC - Sistemas.docx

27

acadêmico os alunos são submetidos a situações reais onde precisam resolver

problemas voltados à TI.

Cowan (2002) nos diz que por meio destes métodos os estudantes

desenvolvem interesses, habilidades e experiências prévias de aprendizado. Eles

podem construir algoritmos ou programas, fazer uma análise dos resultados

apresentados, debater soluções, utilizando estes conhecimentos para resolução de

diferentes tipos de problemas.

2.3.4 Estágio Curricular Supervisionado e TCC

Segundo UENP (2010), o estágio supervisionado do curso de SI contempla a

carga de 1.818 horas de conteúdo disciplinar, 772 horas de prática curricular, 400

horas de estágio curricular supervisionado que pode ser iniciado a partir do 4º

semestre.

O período de estágio é imprescindível para o acadêmico, pois o mesmo irá

lidar com soluções baseadas em TI para processos de negócios das organizações.

Durante este período o acadêmico é submetido a contato permanente com

rotinas de trabalho. O objetivo é criar uma experiência dele com o meio profissional

integrando a teoria à prática, devendo propiciar ao mesmo uma postura profissional

facilitando sua inserção no mercado de trabalho.

Conforme Silveira e Ribeiro (2009), O TCC - Trabalho de Conclusão de

Curso, permite ao acadêmico demonstrar através de um trabalho segundo normas

científicas as áreas onde ele demonstra maior interesse. É considerada uma

atividade bastante eficiente, pois permite elaborar soluções para problemas

conhecidos utilizando de recursos de TI.

2.4 O PERFIL PROFISSIONAL DO ANALISTA DE SIS

O mercado encontra-se em um estágio acirrado onde as organizações

buscam e lapidam os profissionais a fim de alinhá-los as estratégias de seus

negócios. Em plena era de frequentes inovações tecnológicas existem algumas

Page 28: TCC - Sistemas.docx

28

características básicas que os colaboradores da era do conhecimento devem

possuir.

Para Rezende (2003), o impacto da TI nos negócios representa maior

vantagem competitiva mostrando que a empresa está preparada para lidar com o

que há de mais novo. Com a inclusão do software os administradores passam a ter

uma ferramenta que lhes oferece suporte ao operacionalizar suas ações

relacionadas a objetivos estratégicos.

Este profissional deve possuir facilidade em comunicar-se, em virtude das

diversas interações que ele deverá ter com clientes, usuários ou fornecedores. Os

analistas geralmente são reservados e possuem certa dificuldade em manter

comunicação oral. Esta deficiência deve ser trabalhada para permitir que o mesmo

expresse melhor suas ideias e seus conhecimentos para o crescimento da empresa.

De acordo com Medeiros (2007) em sua página, o analista também necessita

possuir aptidões emocionais, cognitivas e comportamentais além de seus

conhecimentos técnicos.

Não somente seus conhecimentos técnicos, como também capacidades

diversas, como por exemplo, saber realizar negociações. A era do conhecimento

traz um modelo de profissional capaz de aliar suas experiências à negociação com

fornecedores com objetivo, por exemplo, de convencer à utilização de uma nova

ferramenta deixando a visão clara dos benefícios que ambas as partes terão.

Este modelo de profissional deve estudar conceitos importantes de

administração, inteirar-se sobre detalhes do negócio da empresa, conhecer sobre

marketing, finanças, contabilidade dentre outros. O colaborador de TI busca sempre

a melhor forma de tornar a ferramenta que está desenvolvendo o mais eficiente

possível para agilizar tarefas e diminuir os custos. Santos (2010):

A atividade a ser desenvolvida por este profissional consiste, basicamente, em converter informações em conhecimentos, utilizando suas próprias competências, contando com o auxílio de fornecedores de informações ou de conhecimento especializado.

Existem metodologias que devem ser aplicadas ao desenvolvimento de

software para ambiente empresarial. O analista possui entendimento das regras e

processos que regem desde a implantação da ferramenta até a manutenção

posterior dos sistemas em funcionamento.

Page 29: TCC - Sistemas.docx

29

Rezende (2003) diz que a pesquisa, organização e implementação de uma

metodologia é uma tarefa exaustiva que deve ser executada baseando-se em uma

sólida fundamentação teórica. É um processo que engloba atividades a serem

executados de forma estruturada e integrada.

2.4.1 O Analista de Sistemas de Informação

Com o aumento constante da quantidade de informações que as pessoas

lidam em seu cotidiano, logo se percebeu a necessidade em encontrar um

mecanismo ou uma forma de organizar estes dados com intuito de facilitar sua

utilização para obtenção de resultados.

O uso de software então se tornou indispensável para as organizações que

buscam agilidade, segurança e eficiência em suas tarefas.

O profissional analista de sistemas surgiu exatamente para administrar os

recursos dos programas que as empresas utilizam, assim como atender as

necessidades de cada modelo de negócio através de personalizações, correções e

implementações no software. Conforme Quintão; Segre; Rapkiewicz (2010):

O processo de globalização econômica tem impacto direto na formação profissional dos indivíduos. Novas exigências de competências se fazem necessárias no atual quadro de busca de aumento de produtividade e flexibilidade em um mercado cada vez mais competitivo.

O analista de sistemas tem como principal objetivo realizar o estudo dos

processos computacionais com a finalidade de encontrar a melhor e mais inteligente

forma de processar as informações. Para que o analista construa soluções que

realmente consigam beneficiar seus clientes eles precisam realizar diversos estudos

que compreendem não somente o software e hardware, mas principalmente os

usuários com seus procedimentos e aplicações.

A informação, de extrema importância no que tange apoio as estratégias, para

que seja bem aplica deve necessariamente obedecer a quantidade e qualidade em

equilíbrio propiciando o sucesso nos negócios (BAUREN,1998).

Para tal é necessário que o analista compreenda as disciplinas da engenharia

de software assim como as atividades que a empresa possui.

Page 30: TCC - Sistemas.docx

30

Ao conhecer as exigências do mercado para qual será modelada a ferramenta

de software o profissional torna-se capaz de padronizar e transcrever de modo que

os computadores consigam executar as instruções fornecidas. Para que os usuários

possam mais tarde operar estes sistemas eles recebem então um treinamento

próprio de um analista de suporte.

2.4.2 Características do Analista de Sistemas

Os analistas devem ter basicamente bom conhecimento de lógica

computacional que é o estudo de algoritmos, também devem possuir iniciativa para

resolver problemas e criar novas soluções de software quando necessário.

Como as linguagens estão em constante evolução isto requer concentração,

capacidade de aderir à mudanças e disposição para manter-se constantemente

atualizado com as novas tecnologias. As ferramentas computacionais permitem ao

programador que utilize de sua criatividade para sugerir ideias que maximizem a

eficácia do sistema atual.

De acordo com Bressano (2007), existem competências e habilidades

específicas que eles devem ter para estarem inseridos neste nicho de trabalhadores.

Uma das características fundamentais deste cargo é a atualização

tecnológica. A tecnologia nos últimos anos vem evoluindo em grande velocidade

com isto é preciso que o analista esteja sempre estudando, pesquisando e

aprimorando seus conhecimentos.

Os usuários são peças chave na obtenção do sucesso do trabalho de um

programador. Desta forma o mesmo deve procurar manter boa interação e

integração entre eles. Entender exatamente o que estão procurando, encontrar suas

dificuldades e conseguir compreende-los compõe o segredo para o sucesso.

Algumas das características essenciais deste analista são: visão global,

capacidade de estudar; agente de mudanças; espírito de equipe. Estas novas

exigências precisam estar ligadas com o conceito de empregabilidade, desta forma a

capacidade técnica se torna um item menos importante, Chermont (1999).

A manutenção do software é um processo no qual podem ser apontados

mudanças na atual forma de utilizar o sistema. Os usuários tem uma tendência

natural a resistir toda vez que uma implementação ou mudança lhes é imposta.

Page 31: TCC - Sistemas.docx

31

Neste contexto é importante que o analista seja capaz de liderar com objetivo de

convencer a todos que suas modificações serão benéficas para melhorar a rotina de

todos e principalmente obter melhores resultados em menos tempo.

2.4.3 Formações e Principais Atividades do Analista de SIS

No início o profissional que tivesse interesse em trabalhar com Sistemas de

Informação deveria prestar vestibular para análise de sistemas como bacharelado, o

curso possuía duração de quatro anos.

Porem a necessidade de maior especialização fez com que surgissem novas

opções de cursos mais específicos como, por exemplo, os cursos de Sistemas de

Informação e Ciência da Computação, que também possuem mesmo tempo de

permanência.

Atualmente os acadêmicos desta área lidam com assuntos tais como:

controle, manipulação, teoria de sistemas e inclusive matemática.

De acordo com Moreira (1999), ao realizar uma pesquisa para saber quais os

conhecimentos e as habilidades que as empresas procuravam nos profissionais de

TI, foram identificadas as seguintes: conhecimento técnico, curso superior,

conhecimento de negócios, capacidade analítica, flexibilidade; liderança; integridade;

perfil generalista; bom relacionamento pessoal, facilidade em transmitir ideias,

criatividade e inglês fluente.

O analista de sistemas é capaz de criar novos produto e serviços. Utilizando

modernas ferramentas de tecnologia de informação ele é capaz de desenvolver

rotinas de programação bem elaboradas que propiciam resultados rápidos aos

usuários do software.

Com o avanço dos sistemas a infraestrutura tecnológica tornou-se um bem

altamente valorizado das organizações, sendo responsabilidade dos colaboradores

de TI agregarem gradualmente mais valor ao software a fim de alinhá-lo cada vez

mais com os objetivos da empresa.

Para Tapscott (1995), a organização é capaz de acompanhar mudanças se

tiver a seu dispor a infraestrutura tecnológica necessária, sendo que o maior

diferencial está na possibilidade da mudança do foco de como otimizar processos

para quais novos processos são possíveis de serem feitos.

Page 32: TCC - Sistemas.docx

32

A quantidade de informações que percorrem e são distribuídas diariamente

dentro do meio corporativo é administrada por estes profissionais. Além disto, em

um processo de aquisição ou criação de novas funcionalidades é de

responsabilidade do setor de Tecnologia da informação acompanhar todo o

processo desde o levantamento de requisitos e análise até os teste e implantação do

mesmo.

Alinhar os objetivos de TI as estratégias do negócio é o objetivo do analista. A

TI é utilizada como instrumento para aumentar a geração de lucros. Para tal

finalidade ela deverá trazer resultados que estejam de acordo com os objetivos da

organização.

2.5 A CONJUNTURA ATUAL DO MERCADO DE TRABALHO NA AREA DE

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Para estar inserido atualmente no mercado de trabalho da tecnologia da

informação o profissional deve lidar com mudanças rápidas e constantes. A presente

situação neste meio corporativo exige que os trabalhadores estejam em contato

direto com qualquer todo tipo de novidade tecnológica. Isto mostra que apenas

conhecer a fundo as ferramentas existentes já não é o mais suficiente para garantir

uma vaga neste ramo em constante evolução.

De acordo com Avó (2006), cada vez mais as empresas estão investindo em

TI, sempre com intuito de agregar maior credibilidade e agilizar processos

operacionais. Em contrapartida existe uma grande carência em profissionais

capacitados, que conheçam as funcionalidades e adaptações do programa para tirar

melhor aproveitamento.

Neste mercado também existem fatores que contribuem diretamente com

mudanças no mundo dos negócios tais como: comportamento do consumidor,

terceirização em alta, aumento da quantidade de dispositivos móveis e crescimento

do volume de dados armazenados.

Segundo Henrique (2009) os profissionais versáteis estarão definitivamente

no mercado atual. Estes profissionais são aqueles que agregam muito conhecimento

tecnológico, conhecem a fundo a área de negócios, elaboram planos de tecnologia e

Page 33: TCC - Sistemas.docx

33

os executam visando satisfazer as exigências dos gerentes além de cultivarem

relações dentro e fora do ambiente corporativo.

2.5.1 Formação Acadêmica X Experiência Profissional

Durante um determinado período as empresas tinham por hábito a

contratação de profissionais autodidatas, estes eram considerado preparados

suficiente para ocupar vagas que exigiam raciocínio lógico. A constante evolução

das ferramentas da informação fizeram prevalecer aqueles profissionais com

formações específicas, cursos, certificações trazendo a tona o mercado da

formação. Esses são hoje a maior garantia das empresas na busca constante por

maiores e melhores resultados em seus setores tecnológicos.

De acordo com Fogaça (1998) a educação geral e a educação profissional

passaram a ser vistas de forma inter-relacionadas, principalmente em função de dois

processos: a globalização, definida como uma multiplicidade de mudanças surgidas

a partir de 1970, que instituiu novas relações internacionais nos planos econômico,

social, cultural, político e tecnológico. E a necessidade de um sistema de produção

sustentado na automação flexível.

E imprescindível que todo profissional da TI possua ao mínimo alguma

formação para trabalhar neste ramo. Os cursos de graduação vêm se multiplicando

em ritmo acelerado para atender uma demanda cada vez maior de pessoas que

buscam qualificar-se a fim de garantir seu espaço neste moderno mercado de

trabalho. A área da TI possui dezenas de ramificações, o que abre portas para

diferentes cargos que exigem especializações.

Com o crescimento do número de vagas os recrutadores de pessoas

encontram dificuldades em selecionar profissionais que atendam os requisitos

necessários para ocupar estes cargos, pois poucos têm as características que as

empresas estão buscando (Bruno, 1996).

No caso do Brasil os profissionais lidam com algumas dificuldades, como a

desigualdade social e a obsolescência tecnológica. Esta por último diz respeito ao

atraso que o país tem em receber as novidades do mercado mundial. O

desenvolvimento da TI no país aliada a sua desigual apropriação pelas diferentes

camadas sociais é um dos principais responsáveis por este atraso (SILVEIRA,

2003). Com isto muitas vezes quando os profissionais concluem alguns cursos de

graduação ou especialização eles já estão defasados tecnologicamente. ASSEF,

Page 34: TCC - Sistemas.docx

34

2010 diz que “É preciso analisar que o ensino técnico não acompanhou o

crescimento acelerado da indústria, não recebeu estímulos suficientes e hoje se

estabelece de forma emergencial e precária no país”.

Com a rápida absorção de novidades que este novo mercado tem, é cada vez

mais difícil acompanhar este processo. Além dos investimentos financeiros com

formação, o trabalhador que opta por seguir esta carreira deverá estar ciente que

terá de abdicar de bastante de seu tempo de lazer a fim de dedicá-lo à contribuir

com seu processo de aprendizado.

2.6 DEFINIÇÃO DE CORE COMPETENCES

As core competences no âmbito profissional são os atributos que o

profissional deve possuir para ocupar um cargo dentro da organização. As

competências são definidas como o exercício efetivo da capacidade de um indivíduo

(Anabuki, 2002). As core competences são aquelas consideradas fundamentais para

o colaborador, são os conhecimentos essenciais que ele deve possuir para se

adequar as características que o cargo pede. Seguindo essa idéia Le Boterf (1999),

diz que as pessoas passam a aprender a aplicar o conhecimento no ambiente de

trabalho de acordo com as oportunidades oferecidas pela empresa.

Uma das competências importantes do analista de mídias sociais é possuir

conhecimento acerca de conteúdos de sites, blogs, comunidades, redes sociais,

sabendo como se comportar dentro delas, e principalmente da marca ou produto

que está representando. Outros exemplos incluem competências sociais, de serviço

e competências técnicas.

Existem também as competências no nível organizacional. Conforme Nunes

(2008), define-se como “...competências estratégicas, únicas e distintivas de uma

organização que lhes conferem uma vantagem competitiva intrínseca e, por isso,

constituem os fatores chave de diferenciação face aos concorrentes.” Mostrando a

importância em se identificar quais melhores medidas a serem tomadas para

conquistar vantagem no meio dos negócios.

Page 35: TCC - Sistemas.docx

35

2.6.1 Conceito de Competências

Competências são habilidades que cada indivíduo deve buscar e desenvolver

a fim de garantir sua evolução como ser humano e profissional. As organizações da

atualidade buscam cada vez mais por profissionais diferenciados que atendam uma

série de requisitos possuidores do conhecimento que eles precisam para exercer

suas atividades com o máximo de eficiência.

Conforme Rabechini Jr. (2005), a palavra competência vem do latim,

competere, e o conceito de competência pode ser visto na decomposição da palavra

onde com significa conjunto e petere significa esforço, tendo assim um conjunto de

esforços.

Antigamente, no final da idade média, competência era um termo

exclusivamente jurídico, conforme Carbone et al (2008, p. 42), o termo fazia

referência a capacidade atribuída a alguém para julgar certas questões.

Por se tratar de um tema já muito antigo, Durand (1998) faz uma comparação

dizendo que nos tempos medievais os alquimistas procuravam transformar metais

em ouro; hoje nas empresas os gerentes procuram transformar recursos e ativos em

lucro, é uma nova forma de alquimia necessária às organizações, e ele a chama de

‘competência’. Rabechini Jr. (2005, p.67) afirma o seguinte:

O conhecimento sobre o negócio, a habilidade nas ações diárias e o potencial de criação de valor são atributos essencialmente humanos que se tornaram fatores críticos de competitividade em um mercado que exige mais, o melhor e mais rapidez.

O conceito de competência como conhecimentos, habilidades e atitudes

tornou-se conhecido por volta dos anos 70, em vários países. Na Alemanha a idéia

era voltada para a educação profissional sendo mais tarde incorporado para

educação geral, onde quem definia as competências eram grupos de empresários,

educadores e sindicatos que representavam a sociedade. (DEFFUNE e

DEPRESBITERIS, 2002).

Na mesma década, David C.McClelland, nos Estados Unidos, deu novo rumo

ao conceito de competências, onde através de estudos e pesquisas aplicados para o

Page 36: TCC - Sistemas.docx

36

campo da psicologia iniciou-se uma importante e significativa mudança na

valorização de requisitos para o trabalho, carreira e profissão. (RESENDE, 2000).

Segundo Resende (2000), “competência é a aplicação prática de

conhecimento, aptidões, habilidades, interesse, valores – no todo ou em parte - com

obtenção de resultados”. Já Fleury e Fleury (2001) diz que “competência é um saber

agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir

conhecimentos, recursos e habilidades, que agreguem valor econômico à

organização e valor social ao indivíduo.”

Na mesma linha de raciocínio vem Le Boterf (1994), onde o autor afirma que

competência é o saber agir ou reagir, de maneira responsável e validado. Sendo

assim o ser competente não é quem tem determinados recursos e sim aquele

individuo que consegue mobilizá-los, sob a forma de conhecimento e capacidades

relacionais em momento adequado.

2.6.2 As Competências Essenciais da Organização e os Ativos Intangíveis

A crescente demanda que as empresas têm por profissionais qualificadas faz

com que cada vez mais e melhor elas lapidem quais competências estão buscando.

Segundo Gramigna (2007), as empresas vêm enfrentando grandes problemas

devido à dificuldade e de encontrar colaboradores que atendam diversas

competências essenciais para seus cargos. Neste contexto a responsabilidade cai

sobre a falta de investimento no capital humano. Afetando até mesmo seus próprios

funcionários que se tornaram obsoletos para competir no disputado mercado de

trabalho.

Assim como os indivíduos possuem competências, as organizações também

possuem as suas, e Nisembaum (2000, p.35) define as competências

organizacionais como “conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias e

comportamentos que uma empresa possui e consegue manifestar de forma

integrada na sua atuação, impactando a sua performance e contribuindo para os

resultados”.

As competências essenciais são competências que fazem a diferença na

organização conferindo vantagens competitivas e contribuindo para o sucesso da

mesma. Elas podem ser usadas estrategicamente como ferramenta de gestão,

Page 37: TCC - Sistemas.docx

37

gerando valores distintivos que são difíceis de serem copiados pela concorrência,

mas são percebíveis pelos clientes.

Segundo Resende (2000):

A identificação e definição de competências essenciais devem levar em conta os fatores de sucessos relacionados a: diferencial e renovação da tecnologia; características e dificuldades da manutenção de clientes; importância para o negócio das relações com os fornecedores; adaptabilidade às condições de mercado; logística de distribuição; eficiência ou precisão operacional; importância da função do marketing e importância estratégica do fator humano.

As organizações estão sentindo a necessidade de mudar seu rumo com

relação ao foco que vinham seguindo anteriormente, agora tem aplicado seus

recursos com uma visão mais humanística, voltada para a gestão de pessoas e de

competência. Conforme descreve Rabechini Jr. (2005), “O atual paradigma de

gestão de empresas enfatiza o capital humano como o principal bem de uma

organização”.

Com o intuito de se tornar mais competitiva numa sociedade cada vez mais

exigente e uma concorrência fortemente acirrada, faz-se necessário um investimento

significativo em gestão do capital humano. Segundo Fleury e Fleury (2000), surgem

necessidade do desenvolvimento de competências, através de investimentos em

educação e aprendizagem permanente, para a participação e sobrevivência neste

jogo competitivo.

O fator humano é um elemento fundamental dentro das organizações atuais.

Conforme Sveiby (1998, p. 9) cita que “as pessoas são os únicos verdadeiros

agentes na empresa. Todos os ativos e estruturas – quer tangíveis ou intangíveis –

são resultados das ações humanas”.

A partir dos anos 90 o modelo de gestão de pessoas começou-se a expandir,

ativo estratégico dentro da organização, utilizando-se de suas competências para

criar a vantagem competitiva, é o chamado Modelo de Gestão por competência,

(CHIAVENATO, 2002).

Segundo o autor, ainda existem algumas competências essenciais, como a

ética, inovação, responsabilidades, espirito empreendedor, liderança, trabalho em

equipe, dentre outros, que começaram a aparecer em várias organizações diferentes

se transformando em competências de parâmetro norteador para as empresas.

Page 38: TCC - Sistemas.docx

38

Estas competências encontradas individualmente em cada colaborador são

ativos intangíveis, fundamentais para que a organização possa fazer a diferença

entre seus concorrentes, pois não adianta as organizações investirem somente em

tecnologias e maquinários avançados se o principal bem, seus colaboradores não

tiverem competências necessárias para aumentarem o desempenho global da

organização.

De Acordo com Deluiz 2010:

A adoção do modelo das competências profissionais pelas gerências de recursos humanos no mundo empresarial está relacionada, portanto, ao uso, controle, formação e avaliação do desempenho da força de trabalho diante das novas exigências postas pelo padrão de acumulação capitalista flexível ou toyotista: competitividade, produtividade, agilidade, racionalização de custos.

Fischer (2001), afirma que nos tempos atuais as empresas vivem um

momento de contradição, pois precisam de seus ativos intangíveis (os funcionários),

mas não criam um contexto e condições para que este ativo venha se desenvolver e

manifestar-se, ou seja, conforme citado acima, existe a necessidade de

desenvolvimento de competências e a organização precisa criar um ambiente

favorável à aprendizagem.

2.6.3 Métodos e Técnicas de Mapeamento de Competência na Organização

Para ter-se um diagnóstico apurado das competências relevantes para a

organização é necessário que se faça o mapeamento das mesmas. Este

mapeamento tem como propósito, segundo Carbone et al (2008, p. 55), “identificar o

gap ou lacuna de competências, ou seja, a discrepância entre as competências

necessárias para concretizar a estratégia corporativa e as competências internas

existentes na organização”.

Como estratégia organizacional é importante que todas as competências

necessárias para o bom funcionamento da organização estejam bem definidas e

alinhadas com os objetivos da empresa para que assim o capital intelectual seja

Page 39: TCC - Sistemas.docx

39

aprimorado e despontem com vantagem em frente à concorrência, conforme explica

HERRERA (2008):

O mapa de competências deve ser uma consequência da formulação de estratégias e fazer parte do plano de intenções (planejamento estratégico) com medidas de melhoria do capital intelectual na superação das fraquezas internas para enfrentamento da concorrência.

É necessário, no entanto, a observação de alguns cuidados metodológicos

antes de fazer a descrição das competências, como esclarece Carbone et al (2008,

p.56), pois a descrição de uma competência representa o desempenho esperado de

uma pessoa, sendo assim, deve aparecer de forma clara e objetiva, caso contrário,

cada um tende a dar a interpretação que melhor lhe convir. É importante também,

evitar termos técnicos e construções muito longas, com duplicidades, irrelevância e

obviedades, e ambiguidades, sugere o autor.

O primeiro passo desse processo de mapeamento consiste em identificar as

competências necessárias para alcançar os objetivos da organização. Para esta

assimilação Carbone e outros (2008) sugere que seja realizada uma pesquisa

documental, incluindo a análise do conteúdo da missão, dos objetivos, da visão de

futuro e de documentos relativos à estratégia organizacional.

Em seguida Bruno-Faria e Brandão (2003), propõem que seja feito coleta de

dados com pessoas que tenham amplo conhecimento do negócio estratégico da

empresa, com analise documental.

A entrevista constitui outra técnica de pesquisa bastante aplicada ao

mapeamento de competências. Normalmente ela é utilizada para comparar a

resposta dos entrevistados com os dados apurados na analise documental, tendo

em vista identificar as competências relevantes à organização.

Conforme Brandão e Babry (2005), “podem ser utilizados, também, outros

métodos e outras técnicas de pesquisa, como a observação, os grupos focais e os

questionários estruturados com escalas de avaliação.”. Todos esses métodos têm

por objetivo mapear, ou definir o perfil de competências da empresa e das pessoas.

Segundo Gramigna (2007, p. 44), no mapeamento são levantados dois tipos

de competências: as técnicas e as de suporte. A primeira diz respeito ao perfil do

profissional que irá ocupar determinados cargos, sendo estas competências

Page 40: TCC - Sistemas.docx

40

referentes ao cargo. A segunda são as que agregam valor as competências técnicas

e vão fazer a diferença no perfil profissional das pessoas.

A autora cita algumas competências que devem ser elencadas para a fase de

mapeamento, que são: autodesenvolvimento e gestão de conhecimento, capacidade

de adaptação e flexibilidade, capacidade empreendedora e negocial, comunicação e

interação, criatividade e inovação, cultura de qualidade, liderança, planejamento e

organização, tomada de decisão, visão sistêmica e trabalho em equipe.

2.7 A DEMANDA POR PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

Durante a era industrial os trabalhadores exerciam funções que necessitavam

em sua maioria, habilidades manuais, com o uso de sua força. Cumpriam uma carga

horária diferente de hoje, eles eram obrigados a exigir mais do seu corpo e seus

conhecimentos e capacidade de pensar eram deixados de lado. Neste período as

organizações visavam maior produtividade a todo custo sem olhar pelo lado

humano. (LUCCI, 2010)

Passada a era da industrialização entramos na era do conhecimento, onde o

trabalhador tradicional foi substituído pelo trabalhador que concilia o manual com o

teórico. Assim os profissionais passaram a agregar a informação no seu cotidiano

através de cursos, faculdades, especializações.

De acordo com Conceição e Arruda (2000), a evolução dos conhecimentos

técnico e científico tornou necessária uma mudança no modo de trabalho, afetando

a posição dos agentes produtivos neste mercado. A produção em massa que

anteriormente era predominante nas grandes empresas abre espaço para a

produção de qualidade aliado a redução de custos, tornando como forte

característica a capacidade de inovar.

A demanda por profissionais qualificados atinge diretamente as empresas no

quesito de concorrência. Com a atualização do parque tecnológico muitos gestores

deixaram de preparar também seus colaboradores. O que pode ser considerada

uma desvantagem comparado as organizações com pessoal altamente treinado e

competente.

Page 41: TCC - Sistemas.docx

41

A internacionalização da economia, a competição entre as empresas, o usointensivo das inovações tecnológicas, a redução dos postos de trabalho, o desemprego estrutural, o aumento da exclusão social, o agravamento das diferenças sociais entre os países ricos e pobres, e entre ricos e pobres dentro de um mesmo país, e a devastação do meio ambiente pelo uso predatório de novas tecnologias trata-se da mesma opção, a de um modelo de desenvolvimento pautado exclusivamente pela ótica econômica, tornando a preocupação com o indivíduo ou com as comunidades e sociedades, algo irrelevante. (ANDRADE, 2007)

Neste contexto a qualificação profissional aliada ao saber emerge como um

dos fatores determinantes para o sucesso.

2.8 REFLEXÕES SOBRE O PROFISSIONAL DA GERAÇÃO Y

2.8.1 O Nascimento de uma Nova Geração

O conflito entre gerações existem desde o inicio da humanidade, porem era

superficialmente divulgado nas imprensas, pois o maior conflito entre as gerações

anteriores se dava na maioria das vezes referente a divergência de opiniões entre

pais e filhos. Segundo Oliveira (2010), estamos num momento singular, onde cinco

gerações estão convivendo juntamente e em números significativos, algo que não

acontecia anteriormente.

Conforme Oliveira, uma geração é separada de outra pelo período de

aproximadamente 20 anos, pois é por volta dessa idade que os jovens fazem suas

primeiras escolhas profissionais entre outros assuntos, como relacionamentos,

posições políticas, e começam a interferir de forma significativa na sociedade.

Hoje se podem encontrar pessoas de diversas gerações, começando pelos

Belle Époque marcada pelas pessoas nascidas entre 1920 e 1940, não foi um tempo

muito fácil de viver, cresceram em meio a guerras, crises econômicas e tensões

políticas. Segundo Oliveira (2010, p.47), “Foi um período dramático para educar os

filhos. Havia poucas alternativas para o desenvolvimento dos jovens. As melhores

carreiras contemplavam a carreira militar ou a de operário nas indústrias.”.

Em seguida vem a geração Baby Boomers, entre o período de 1945 e 1960,

sua maior preocupação era com a reconstrução do mundo por terem nascido logo

após a segunda guerra mundial. Segundo Viana (2008):

Page 42: TCC - Sistemas.docx

42

Trata-se de uma geração que foi orientada pelos seus pais a preservar o emprego, a buscar um emprego garantido e seguro, para ficarem nele até o dia da aposentadoria. Hoje em dia, muito desses indivíduos, já aposentáveis teimam em continuar na empresa, porque estão tão acostumados ao trabalho que não conseguem se ver em outro cenário de atuação.

O autor ainda ressalta que para esta geração o trabalho era a coisa mais

importante do mundo, e a vida deles era focada no emprego de forma que viviam

obcecados dia e noite mesmo que inconscientemente, e grande maioria dessa

geração construíram grandes empresas e ocupam altos cargos nestas companhias

até hoje.

A próxima geração nasceu entre os anos 65 e 79, segundo Oliveira (2010),

um período de grandes revoluções, onde diversos líderes políticos foram

assassinados inclusive Malcolm X, de onde se originou o nome da geração X.

Movimento hippies e rebeliões de estudantes passaram a fazer parte do cenário em quase todo o mundo. A música ficou mais barulhenta, as roupas mais coloridas, os cabelos mais longos, as experiências mais intensas. Tudo acontecia em excesso. A nova ordem era rebelar-se contra qualquer coisa que tivesse o caráter de convencional ou padronizado (...). OLIVEIRA (2010, p 53).

Ainda segundo o autor, esses jovens cresceram na grande maioria com a

ausência dos pais, por serem filhos dos Baby Boomers, que eram obstinados pelo

trabalho ou ainda pelo divórcio que tomou força nessa época, foram obrigados a

crescer tendo a televisão como sua maior companhia e tornando-se assim pessoas

individualistas e céticas.

Enfim, nos anos 80 nasce a geração Y, uma geração totalmente diferente das

gerações passadas, pois já nasceram conectadas e são nativo digital. O nome foi

criado nos Estados Unidos e originou-se pelo fato de que na antiga União Soviética

devido a forte influência sobre os países comunistas, eram definidos até as letras

dos nascidos em determinado período, e a letra Y foi designada para os bebês

nascidos entre 1980 e 1990, e então surgiu o termo geração Y, segundo Oliveira

(2010).

Esta geração está chegando agora à vida adulta e transformando o mercado

de trabalho com características bem distintas e peculiares se comparada com as

gerações anteriores.

Page 43: TCC - Sistemas.docx

43

2.8.2 Características da Geração Y

Os nascidos entre 1980 e 1999, chamados de geração Y, vem sendo de certa

forma criticados por alguns autores e elogiados por outros, mas tudo gira em torno

do fato dessas pessoas terem chegado junto com a era da informação e do

conhecimento.

Para Melo (2010), esses indivíduos têm por características serem impulsivos,

impacientes, gostam de novidades, querem estar antenados e buscam símbolos que

os liguem a comunidades. Segundo o autor, estes jovens estão ligados à velocidade

e tecnologia, além de possuir um perfil multitarefa e serem individualistas. OLIVEIRA

(2010, p. 63), descreve:

Fazer questionamento constantemente, demonstrar ansiedade e impaciência em quase todas as situações, desenvolver ideias e pensamentos com superficialidade, buscar viver com intensidade cada experiência, ser transitório e ambíguo em suas decisões e escolhas – estas são algumas das características atribuídas à Geração Y.

As pessoas desta geração também são chamadas de nativos digitais,

enquanto os das gerações anteriores são os imigrantes digitais, de acordo com

Faustini (2010), “A grande diferença entre as duas gerações os nativos e os

imigrantes, é que os mais velhos estão ainda num ritmo meio lento. De outro lado

temos rapidez, imediaticidade e tudo acontecendo ao mesmo tempo.”.

Oliveira (2010, p 106), também compartilha desse pensamento dizendo que a

geração Y é mais rápida para absorver as informações, e que estas pessoas terão

mais habilidades, mais informações e serão mais atualizados comparados com

pessoas de outras gerações e tudo isto se dá ao fato de elas “terem um acesso

quase que ilimitado a qualquer informação e sabem como acessá-la.”.

Outra característica marcante e positiva dessa geração é a capacidade que

eles possuem de conseguirem se conectar a várias tecnologias ao mesmo tempo e

extrair muitas informações simultaneamente. Esses jovens, conforme explica Castro

e Oliveira (2010), “nos surpreendem pela forma como operam e consomem, ao

mesmo tempo, várias mídias. Não é raro vê-los utilizando a televisão, o rádio, o

telefone, música e internet.”, pois eles precisam selecionar, entre as várias formas

Page 44: TCC - Sistemas.docx

44

de informações disponíveis, o que vai ser essencial para a construção do

conhecimento.

2.8.3 A Geração Y no Mercado de Trabalho

Com todo este arsenal de conhecimento a sua disposição e facilidades para

absorver o mesmo, a geração Y vem chegando ao mercado de trabalho munidos de

muita informação e novas ideias, tendo atraído a atenção dos gestores que possuem

uma visão competitiva e reconhecem o potencial desses jovens.

No entanto nem todos os gestores estão preparados para receberem esses

novos profissionais que também tem suas características peculiares no que diz

respeito a perspectiva do mercado de trabalho.

Ao contrario das gerações anteriores onde o foco era reconstruir um mundo

pós-guerra, ou mesmo os da geração X que cresceram cheios de regras e normas a

serem seguidas, onde informalidade era sinal de rebeldia e contestação, conforme

Oliveira (2010, p. 65), esta nova geração tem uma perspectiva diferente de um

ambiente de trabalho.

Segundo o autor, existem quatro necessidades prioritárias para os

profissionais dessa nova geração, com relação às organizações, e a primeira é o

reconhecimento. Esta geração aprendeu desde cedo a receber feedback. Em casa

os pais sempre os recompensavam quando se superavam na escola ou se

diferenciava das demais crianças, isto ajudou a formar um jovem impaciente que

necessita receber o reconhecimento por tudo que faz.

Isto com certeza afeta o desempenho da Geração Y no ambiente de trabalho, onde ele encontra gestores que se desenvolveram sem feedback e, portanto nem sempre estão dispostos a dá-lo, pois acreditam que o jovem não precisa disto para trabalhar bem. (OLIVEIRA, 2010, p 64).

A segunda necessidade que esta geração possui para produzir bem é a

informalidade no local de trabalho. Para eles a informalidade nada mais é do que

flexibilidade e conveniência em seu comportamento. De acordo com Oliveira (2010),

estudos comprovam que os jovens que trabalham em organizações flexíveis e

Page 45: TCC - Sistemas.docx

45

informais, tanto quanto a horário, forma de vestir e no ambiente de trabalho,

realizam projetos fantásticos, comparados com os que não têm esta flexibilidade.

A individualidade é outra característica do jovem profissional dessa geração.

Segundo o autor, este comportamento tem a influência direta das gerações

anteriores, pois enquanto as gerações baby boomers e X participavam de

brincadeiras coletivas com colegas e a grande maioria compartilhava os mesmos

recursos e cômodos da residência com seus pais e irmãos, os da geração Y vivem

numa realidade diferente.

Com as famílias cada vez menores e a condição de vida mais facilitada, isto

tem proporcionado um cenário favorável para o desenvolvimento acentuado da

individualidade, que muitas vezes é confundido com egoísmo e arrogância.

Por conta disto e com a ajuda da tecnologia os jovens tem sentido a

necessidade de se relacionar e compartilhar sua vida por meio das redes sociais,

conforme Oliveira (2010, p. 67), “Um paradoxo criado por toda esta ampla tecnologia

foi que, ao privilegiar a ação individual e não a coletiva, os jovens Y desenvolveram

uma necessidade de compartilhar parte de sua vida por meio de redes sociais.”.

Esta seria a quarta necessidade dos jovens da geração Y, a de relacionamentos.

Uma pesquisa realizada pela Cia. De Talentos – Empresa dos Sonhos dos

Jovens 2010, que tem por objetivo “oferecer subsídios às empresas para atração,

seleção, integração, desenvolvimento e retenção dos jovens dentro de sua cultura

organizacional e modelo de negócios”, e vem sendo desenvolvida desde 2002,

mostra que os jovens estão bastante exigentes e conscientes em relação ao que

esperam do mercado de trabalho.

As perguntas são relacionadas de forma, a saber, quais suas principais

expectativas da empresa que desejam trabalhar e quais as características que

procuram encontrar no gestor da organização, e as respostas foram bem coerentes

com os comportamentos dos jovens da geração Y.

Referente a pesquisa, em primeiro lugar ficou o bom ambiente de trabalho,

seguido por desenvolvimento profissional, qualidade de vida, crescimento

profissional e boa imagem no mercado.

Viana (2008), afirma que os jovens da geração Y “para serem atraídos para

uma determinada empresa precisam estar certos que conceitos como criatividade,

estrutura horizontal, democracia, flexibilidade e grandes desafios serão conceitos

que estarão presentes e vivenciados no seu dia a dia.”.

Page 46: TCC - Sistemas.docx

46

Com isto conclui-se que não é fácil conseguir satisfazer este novo

profissional que está entrando no mercado de trabalho, pois as empresa e seus

gestores terão que mudar seus conceitos e flexibilizar em muitos aspectos para

atender as expectativas dessa nova geração.

2.9 ASPECTOS EVOLUTIVOS DA TI: A WEB 2.0

O crescimento acelerado da tecnologia, fruto da globalização, permitiu assim

que esta nova web pudesse expandir-se cada vez mais otimizando seus produtos e

serviços. As organizações da atualidade devem estar preparadas para acompanhar

as frequentes mudanças que a WEB 2.0 irá exigir.

2.9.1 História da Internet

O governo americano criou na década de 1960 um sistema com a finalidade

de unir programas de pesquisa criados por suas universidades, com isto eles

fortaleciam o conhecimento gerado e superavam a união soviética na corrida militar.

Tal programa foi denominado Arpanet.

Conforme Garcia (2010), em seu artigo, ela era caracterizada como uma rede

de computadores que tinham a capacidade de transmitir informações entre si

simultaneamente. Com sua criação logo em seguida foram desenvolvidos novos

projetos para melhorar o seu desempenho, neste momento houve a inclusão dos

protocolos TCP e IP, conhecido até os dias de hoje como um protocolo de

transferência de dados na internet (SIMON, 1997).

Em 1983 o governo americano temendo pelo envolvimento de várias

camadas no projeto decide então criar a Arpa-internet, uma rede de dados própria

para interesses específicos. Já no ano de 1990 a conhecida arpa-internet acabou

ficando ultrapassada sendo descartada pelo governo, com isto veio uma forte

motivação à privatização da internet. As empresas passaram a investir nesta

tecnologia possibilitando que ainda em meados de 1990 uma boa parte dos

computadores dos Estados Unidos pudessem se conectar a rede. Empresas que se

Page 47: TCC - Sistemas.docx

47

destacaram neste processo foram a Microsoft e IBM. Assim como diz Ferreira

(1994):

A Internet - maior rede de computadores do mundo - é frequentemente descrita como a rede das redes, pois abrange todas as espécies de redes possíveis, tornando-se a verdadeira rede global, contando com mais de 13.170 redes regionais, nacionais e internacionais.

Conforme Castells (2003) foi neste período que o inglês Tim Bernes Lee

sugeriu o termo de World Wide Web, que era uma forma de compartilhar

informações utilizando as tecnologias de rede existentes. Após este acontecimento

surgem os navegadores de internet começando pelo Netscape Navigator e o Internet

Explorer da Microsoft em 1995, incluso em seu pacote do Windows.

Da época que foi lançado o Internet Explorer até hoje uma das tecnologias em

grande ascensão é a de código aberto. Neste quesito pode ser citado o navegador

conhecido como Mozilla Firefox, que até hoje é modificado e vem recebendo

atualizações.

O poder da internet é imenso, atualmente ela pode ser considerada o meio de

comunicação que une todos os outros meios como rádio e televisão. Desde que foi

criada em 1993 tem permitido um nível de globalização nunca visto antes na história.

Através dela as informações correm com maior velocidade, além disto, ela foi

responsável por mudanças significativas nos meios de ensino, proporcionando

drásticas mudanças no mercado de trabalho (RANGEL, 2010). Para os profissionais

analistas é fundamental que estejam constantemente atualizados neste meio de

comunicação para aumentar seu aprimoramento profissional acompanhando o que

há de mais moderno em tecnologia de software.

2.9.2 WEB 2.0

Chamada de WEB 2.0, é um termo criado para denominar uma nova rede de

comunidades e serviços. Este termo lhe foi designado em 2004 pela empresa

O'Reilly Media, com o objetivo de ser a segunda geração de comunidades e serviços

passando a utilizar aplicativos de redes sociais e tecnologia de informação. Ela

Page 48: TCC - Sistemas.docx

48

representa uma grande mudança na forma como é vista pelos usuários, pois se

tornou uma grande integração de várias linguagens e motivação.

Primo (2007) descreve a Web 2.0 como uma segunda geração de serviços

online, cujo seu principal objetivo é potencializar as formas de publicação,

compartilhamento e organização das informações geradas pelos usuários. Deixa de

ser apenas um conjunto de técnicas de informática e ganha caráter mercadológico

visando a comunicação entre as pessoas por intermédio dos computadores.

Segundo O’Reilly 2005:

Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva.

Esta tecnologia entrou na vida dos cidadãos norte-americanos de forma a

consolidar-se como um dos meios de comunicação mais utilizados do mundo. Seus

recursos mudaram a vida de todos na sociedade permitindo diversas formas de

compartilhamento de informações entre usuários conectando as pessoas em tempo

real e com a criação das redes de relacionamento.

De acordo com Blattmann e Silva (2007), a web 2.0 pode ser considerada

uma nova concepção. Com a descentralização da mesma, os usuários passam a

exercer um papel de ativo e participante sobre a criação, seleção e troca de

conteúdo postado em determinados sites por meio de plataformas abertas.

A web 2.0 não possui uma fronteira demarcada. Um dos principais princípios

é utilizá-la como plataforma, tonando possível realizar atividades online as quais

necessitavam antes de um software instalado no computador. O novo conceito

também fez com que os sites passassem a englobar uma série de recursos e

funcionalidades que antes só era possível encontrar em endereços web diferentes.

Conforme Souza e Alvarenga (2004), Bernes Lee desenvolveu uma

plataforma onde os recursos de rede eram dispostos de visualmente, facilitando a

compreensão e utilização por parte dos usuários. Era como se fosse apenas mais

um aplicativo em operação no computador. Fazendo uso de protocolos TCP/IP e

Uniform Ressource Locator (URL) esta seria a principal ferramenta de pesquisas das

pessoas.

Page 49: TCC - Sistemas.docx

49

Durante este período foram criados os conhecidos navegadores, que eram a

forma de comunicação do usuário com a web.

Em um determinado período da história conhecido como estouro da bolha,

várias organizações se viram incapazes de continuar suas operações indo a

falência, como consequência da mudança do paradigma no comércio, período o qual

a internet começou a ser um dos mais importantes meios de comunicação e

mercado financeiro. Foi aí que surgiu o conceito da nova web 2.0, resultado de

intensas mudanças (TRISTÃO, 2008).

Desde que esta nova web eclodiu ela passou a tornar-se cada vez mais

presente na vida das pessoas, ela é real e seu objetivo é mostrar um mundo virtual

onde as operações são rápidas e fáceis.

Foram estabelecidas algumas diferenças básicas entre WEB 1.0 e WEB 2.0,

em um branstorming promovido pela O’ Reilley Media e a Media Live Internacional

seguindo dados do quadro 1:

Quadro 1: Diferenças entre Web 1.0 e Web 2.0Fonte: Conceituando o que é Web 2.0 (2008)

Page 50: TCC - Sistemas.docx

50

O principal diferencial entre as duas gerações é o fato de durante a primeira o

usuário ser como um mero espectador, enquanto durante a segunda geração ele

passa a contribuir com conteúdo criando, editando e opinando.

As redes sociais são forte característica de como se deu a evolução da web

nos últimos anos. Este novo conceito não deve ser visto somente como uma simples

forma de conexão entre computadores em uma rede, mas sim como um meio de

interação entre os usuários por meio dos recursos computacionais.

Conforme Lévy (2000), a existência da internet colaborativa permite o

compartilhamento de conhecimento entre as pessoas, é como um espaço onde é

permitido a todos trocarem informações, criação de ideias, armazenamento de

dados.

A evolução deste serviço trouxe maior liberdade aos usuários que passaram a

expor seus trabalho e dividir com outras pessoas. Estas pessoas podem então

modificá-lo e reescrevê-lo ou até mesmo postar em espaços pessoais em redes de

relacionamento.

2.10 AS REDES SOCIAIS

As pessoas estão inseridas na sociedade por meio de laços que vem se

formando desde o nascimento. Estas relações começam no convívio familiar, e vem

se estendendo na medida em que o individuo vai crescendo e tornando-se parte da

sociedade, como a participação na escola, nas comunidades religiosas, nos grupos

de amizades, no circulo de trabalho, etc.

Esta necessidade de relacionar-se com outros indivíduos faz parte da própria

natureza humana, segundo Tomael, Alcará e Di Chiara (2005, p.93) “A própria

natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em rede.” Este

círculo de relacionamento vai aumentando e ficando cada vez mais diversificado,

com isto forma-se uma rede social.

Segundo Marteleto (2001, p.72), redes sociais representam “[...] um conjunto

de participantes autônomos, unindo idéias e recursos em torno de valores e

interesses compartilhados”. As redes sociais estão presentes no cotidiano da

sociedade com acesso a Internet, seja para entretenimento, informação e também

estão presente no ambiente corporativo.

Page 51: TCC - Sistemas.docx

51

Para Recuero (2009), as redes sociais são um meio de comunicação entre as

pessoas onde o computador é o intermediário, e o que a difere das outras

ferramentas é a exposição pública.

Com o advento da internet e principalmente com o uso das ferramentas da

web 2.0, as mídias sociais começaram aos poucos tomarem espaço na vida do ser

humano e hoje, sua influência vem aumentando cada dia mais.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBOPE, neste ano (2010) em 27

países, e mais de 28 mil pessoas entrevistadas, o Brasil aparece entre os dez

países que mais acessam sites de redes sociais, como Orkut, You Tube, MSN,

Twitter, Facebook, ou Linked In, perdendo apenas para a Índia, Sérvia, Coréia do

Sul, Rússia, Espanha, China, Turquia, Romênia e Itália, superando países como

Estados Unidos, Inglaterra e França.

Rother (2010), da diretoria do IBOPE, diz que “Hoje, 67,5 milhões de

internautas navegam em todos os ambientes, seja em casa, no trabalho ou em

locais públicos”. Segundo ele, o internauta brasileiro tem um grau de sociabilidade

muito grande que pode ser demonstrada pela penetração de mídia social no país.

A referida pesquisa mostra ainda que os brasileiros acessam as redes sociais

em sua maioria (83%) por razões pessoais e não há diferenças entre sexos para tal

acesso, já por questões profissionais os homens acessam mais do que as mulheres

e a parcela de acesso cai para 33% no geral, o que mostra que o maior objetivo da

procura por sites de redes sociais é para o relacionamento pessoal.

Uma das características de algumas redes sociais são as comunidades, onde

usuários com afinidades em comum desenvolvem discussões sobre um determinado

assunto o qual todos têm interesse. Segundo Recuero (2009), estas comunidades

são uma extensão da sociedade em que vivemos, onde a falta de tempo e as

dificuldades metropolitanas ou geográficas, levam grupos de pessoas a interagirem

virtualmente:

As comunidades virtuais são agregados sociais que surgem da Rede [Internet], quando uma quantidade suficiente de gente leva adiante estas discussões públicas durante um tempo suficiente, com suficientes sentimentos humanos, para formar redes de relações pessoais no ciberespaço (RECUERO, 2009, p.137).

Existem vários sites de redes sociais, e nem todos os que são mais populares

no mundo são os mais acessados no Brasil. De acordo Pavarin (2010), uma

Page 52: TCC - Sistemas.docx

52

pesquisa IBOPE de fevereiro de 2010, informada a INFO Online, mostra que o

ranking de acesso no Brasil tem como os três primeiros colocado, o Orkut, seguido

por Twitter e Facebook.

2.10.1 Sites de Redes Sociais

Existe uma quantidade imensa de sites de redes sociais que podem ser

encontrados na internet. Na Wikipédia (2010) a lista de nomes de redes sociais

chega a quase 200 cadastrados. São sites de diversos países, com os mais variados

temas e estilos.

2.10.1.1 Orkut

O Orkut (www.orkut.com) é um “software social” e foi lançado em janeiro de

2004, criado pelo estudante da universidade de Stanford e funcionário da empresa

Google, o engenheiro turco Orkut Buyukkokten.

O site de relacionamento ganhou sua versão em português já em 2005,

devido sua grande popularidade e hoje ainda se encontra em primeiro lugar no Brasil

com 26,9 milhões de usuários e um alcance de 73% dos brasileiros, conforme

pesquisa IBOPE (2010).

No inicio para se criar uma conta de usuário no site era necessário receber

um convite pessoal de alguma pessoa conhecida, já cadastrada no site. Segundo

Munhoz e Michel (2008), “a idéia era criar um sistema onde poderia ser construída

uma rede social a partir de laços já existentes e verificados pelos indivíduos na vida

real.” Atualmente qualquer pessoa pode se registrar a partir da pagina inicial do site,

e criar seu perfil. Com esta mudança é possível uma pessoa ter vários perfis, e

inclusive falsos perfis, não representado por uma pessoa real e sim uma

personagem, completa a autora.

O site funciona basicamente da seguinte forma: primeiramente o indivíduo

precisa ter uma conta no Google, que pode ser criada também na própria pagina do

Orkut, depois entra no site e cria seu perfil, informando ali alguns dados pessoais,

seus interesses por determinados assuntos, relacionamentos, gostos e também têm

Page 53: TCC - Sistemas.docx

53

a possibilidade de postar fotos, vídeos, pensamentos e interagir com seus amigos

por meio de recados (scraps).

Sobre os usuários do Orkut, Pithan (2004), afirma que:

Com a exposição de suas idéias, seus conhecimentos, suas fotos (naturais, manipuladas, distorcidas,...), de suas características (desde informações pessoais e profissionais até informações comportamentais – opção sexual, crenças, gostos,...), enfim, de suas vidas, acabam alimentando mesmo que inconscientemente um mundo imaginário e participando ativamente de relações sociais características da sociedade atual.

A rede vai aumentando à medida que amigos vão sendo adicionados, e isto

ocorre por meio de convites, onde o convidado tem a opção de aceitar ou não a

solicitação de amizade.

Conforme dados da pesquisa IBOPE desse ano, aqui no Brasil a região

Nordeste é a que apresenta um maior percentual (90%) de acesso as redes sociais,

contra 85% da região sudeste, por exemplo, e isto se deve ao fato do perfil do

usuário e a classe econômica está diretamente ligada a isto.

Esta diferença deve-se ao perfil daqueles que acessam a principal rede, o “Orkut”: mulheres, jovens, com menor grau de instrução, de classes C, D, E e residentes em municípios menores (com menos de 100 mil habitantes) e mais distantes (interior e periferias). “Este perfil sugere que as redes sociais estão efetivamente cumprindo o papel de inclusão e socialização”, avalia Laure Castelnau, diretora executiva de marketing e novos negócios do IBOPE Inteligência. (IBOPE 2010)

O Orkut consiste em uma rede social por proporcionar interações entre seus

usuários o que vem confirmar o que diz Recuero (2004) é que ele “proporciona a

interação mediada pelo computador, bem como o estabelecimento e manutenção

das relações sociais através de seu sistema”.

As comunidades são um ponto forte do site, existem várias delas e com os

mais diversificados assuntos. São criadas pelos usuários da rede e agregando

grupos que se identificam com a proposta e descrição da comunidade, “Funcionam

como fóruns, com tópicos (nova pasta de assunto) e mensagens (que ficam dentro

da pasta do assunto)”. (RECUERO, 2004).

Page 54: TCC - Sistemas.docx

54

2.10.1.2 Twitter

O Twitter (www.twitter.com) é a ferramenta da Internet que mais está em

evidência, com um grande crescimento no número de acessos e usuários sendo a

segunda rede mais frequentada no Brasil, com um índice de 8,8% e um alcance de

24% de brasileiros, segundo pesquisa IBOPE em fevereiro de 2010.

De acordo com Roberto (2009), a rede foi criada em 2006, por Jack Dorsey,

Biz Stone e Evan Willians, e foi fundada como parte de um projeto da empresa

Odeo. A ferramenta é um microblog gratuito onde os “tuites” (postagem) são

limitados a 140 caracteres.

Aparentemente funciona como o já mencionado Orkut, o usuário se cadastra

no site, deixando alguns dados pessoais, cria seu perfil e escolhem as pessoas que

querem seguir. O que diferencia do Orkut é a maneira de como são postadas as

mensagens, e não existem comunidades, as pessoas seguem umas as outras e não

precisa de convite.

Quando surgiu, o Twitter tinha o objetivo de descrever o que o usuário estava

“fazendo naquele exato momento”, e respostas como “estou no ônibus”, “estou em

casa”, “estou no trabalho” já não agradavam mais seus seguidores, então o web site

mudou o tema para “o que está acontecendo neste momento”. Conforme Ferreira;

Tavares e Abreu (2010) “em julho de 2009, o sítio alterou o tema para “Compartilhe

e descubra o que está acontecendo neste momento, em qualquer lugar do mundo”,

ou seja, o Twitter serve para trocar e divulgar informações”.

Os perfis dos usuários são bem variados, aparecem de pessoas comuns

comentando sobre suas atividades rotineiras até empresas, políticos e celebridades,

deixando a rede mais atrativa, pois os usuários se sentem mais próximos de seus

ídolos já que grande maioria expõe acontecimentos de sua vida pessoal.

Conforme uma matéria da revista Época de março de 2009, o que mais

destaca no Twitter é a velocidade com que as informações são disseminadas. A

mensagem deve conter apenas 140 caracteres porque a idéia inicial era a utilização

via celular, assim a mensagem pode ser enviada de qualquer lugar e chegar ao

destino em primeira mão.

Page 55: TCC - Sistemas.docx

55

O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 toques, como os torpedos dos celulares, mas circulam pela internet como os textos de blogs. Em vez de seguir para apenas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores” – gente que acompanha o emissor. A grande novidade do Twitter é o ritmo. Por algum motivo inexplicável, as pessoas não param de trocar mensagens. ÉPOCA 2009

Ainda não existe a versão em português para o Twitter, mas segundo

Ferreira; Tavares e Abreu (2010), “assim como aconteceu com o Orkut, o Twitter

está para ganhar a sua versão em português com ajuda dos usuários atuais do

sistema, o que proporcionará um crescimento ainda maior do Twitter para os

usuários brasileiros.”.

2.10.1.3 Facebook

Facebook é um site de relacionamento muito parecido com o Orkut. Foi criado

em 2004 por três estudantes de Harvard, Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz e Chris

Hughes. O intuito de seus criadores era colocar os estudantes em contato uns com

os outros, mas o site tornou-se extremamente popular no campus, e então foi

expandido a fim de incluir os estudantes de Stanford, Columbia e Yale. Em 2006, a

empresa abriu espaço para que qualquer usuário com e-mail e acesso a Internet

pudesse se cadastrar. (STRICKLAND, 2010).

O Facebook é o site de redes sociais com maior número de usuários no

mundo, porém no Brasil ele ocupa a terceira posição. De acordo com os números do

IBOPE (2010), o site ocupa a terceira posição nos ranking dos sites de redes de

relacionamento mais acessados pelos internautas brasileiros, com o índice de 8%

dos usuários de redes sociais, ficando pouco atrás do Twitter, mas muito distante

ainda do Orkut.

Semelhante ao Orkut, os usuários do Facebook também utilizam a página

para expor suas vidas pessoais, divulgar vídeos e fotos, deixarem recados nos

murais e participarem de comunidades, que no site leva o nome de grupos.

O método para convites é o mesmo, ficando à disposição do usuário a opção

de aceitar ou não as pessoas como novos amigos. O Facebook dá sugestões

constantemente na página inicial de pessoas que poderiam ser conhecidas,

Page 56: TCC - Sistemas.docx

56

facilitando a procura de amigos na rede. Para isto ele usa como fonte de busca os

contatos de correio eletrônicos, amigos de amigos, pessoas que participam dos

mesmos grupos, etc.

2.10.2 A contribuição das Redes Sociais na Consolidação das Estratégias

Organizacionais

Desde o inicio desde século, aonde a web 2.0 veio com força total

apresentando as redes sociais como forma de interatividade entre as pessoas,

algumas organizações passaram a enxergar este novo nicho de mercado como uma

ferramenta para divulgarem seus produtos e serviços, conforme explica Souza e

Azevedo (2010, p.2):

Pessoas e empresas fazem uso desta tecnologia on-line para compartilhar conteúdo, o que inclui opiniões, experiências, perspectivas utilizando textos, imagens, vídeos. Isto dá possibilidade para interação instantânea entre os usuários. Manter este vínculo com clientes tem sido trabalhado e investido pelas organizações com maior intensidade, pois nele encontraram uma nova forma de promover seu produto ou serviço e acompanhar como está sua imagem institucional; são as mídias sociais utilizadas como filtro de opinião.

Porém não são todas as empresas que estão preparadas para terem este tipo

de relacionamento com os clientes, pois tudo está muito ligado a cultura

organizacional. Conforme Boog (2002, p. 241), “Usar tecnologia em larga escala, e

principalmente aplicativos em internet, ainda é uma barreira cultural muito grande

nas organizações brasileiras.”.

Existem diretores de empresas que aderem a políticas rígidas onde acreditam

que o rendimento de seus colaboradores irá cair se tiverem acesso a mídias sociais

ou teme que ex-funcionários insatisfeitos possam difamar a empresa usando esses

meios, o que prejudicaria a imagem da mesma. Empresas que não tem boa

comunicação interna dificilmente vai conseguir usufruir de todos os benefícios que

as redes sociais podem proporcionar quando bem estruturada, “... aquela empresa

que não tem o hábito de se comunicar internamente, possivelmente, terá

dificuldades na comunicação do ciberespaço.” Souza e Azevedo (2010).

Page 57: TCC - Sistemas.docx

57

Porém, para as empresas que presam pela comunicação, tanto entre seus

colaboradores quanto com seus clientes, as mídias sociais são um canal que pode

trazer muito retorno com pouco investimento, mas para isto não deve ser feito de

qualquer maneira.

Conforme um post do prof. Sérgio Jr. em seu blog, é preciso todo um estudo

elaborado e significativo quanto a cultura, os objetivos e o público da empresa, caso

contrário de nada adianta ter um Twitter com milhares de seguidores se isto não for

expressivos para os negócios, ele será apenas um bom Twitter. A empresa precisa

de profissionais qualificados e não basta gostar de internet e saber criar contas em

sites de redes sociais, tem que entender do negócio e das estratégias

organizacional.

É muito importante que as organizações que queiram entrar neste ramo

façam um mapeamento de como são seus clientes, saber a faixa etária, as

necessidades pessoais e o nível intelectual facilita na hora de escolher qual

ferramenta será utilizada e qual linguagem que será empregada, sendo que

independente de qual for o público a linguagem deve ser sempre o mais simples

possível para que todos possam assimilar as mensagens que estão sendo

transmitidas. Teobaldo (2003, p.82) afirma que “O público deve ser sempre

considerado como um elemento da empresa e não como um estranho”.

É importante que as mídias se encaixem na cultura, identidade e públicos da

empresa, para que assim as pessoas sintam a empresa próxima a elas. As

empresas devem escolher uma equipe especializada em mídias sociais que irá

identificar através da politica e da cultura o que mais se aproxima de seus clientes,

optando assim dentre várias redes existente a que pode trazer mais retorno.

Conforme Souza e Azevedo (2010, p. 10):

São os profissionais de comunicação que exercem a função estratégica de lidar com estas ferramentas interativas, pois elaboram um diagnóstico para então planejar, aplicar, gerenciar e/ou analisar o melhor plano de comunicação a ser usado junto com os demais funcionários envolvidos nessa tarefa de gerenciamento das mídias sociais.

Já existe no mercado ferramentas para auxiliar neste trabalho, conforme

AdNews, o Ibope Nielsen Online, anunciou em maio desse ano, sobre ferramentas

de monitoramento do comportamento em redes como Orkut, Twitter e Facebook.

"Trata-se de uma ferramenta com uma interface de utilização muito fácil por parte

Page 58: TCC - Sistemas.docx

58

das empresas. Ela foi desenvolvida justamente com o propósito de facilitar o

trabalho de profissionais que não são de tecnologia".

A ferramenta tem o objetivo de monitorar o comportamento dos usuários nas

redes sociais e acompanhar o conteúdo online gerado pelo consumidor, como

opiniões publicadas no Twitter, Orkut, etc.

Opiniões estas que são de fundamental importância para as organizações,

pois é através destas que o público vai expor sobre o que está bom e o que precisa

ser melhorado em determinados produtos e serviços.

Ao escolher o Twitter como meio de divulgação, a empresa deve saber utilizar

muito bem seus 140 caracteres para divulgar promoções e anunciar seus novos

produtos e seus diferenciais quanto ao concorrente. Como visto acima, o Twitter é

um meio de comunicação muito rápido, pois pode ser acessado facilmente pelo

celular, o que quer dizer que empresas aproveitam para anunciar ofertas

relâmpagos, ou então muitas usam para divulgar o lançamento de seus produtos e

rapidamente se espalha pela rede.

Conforme Recuero (2009), já tem as mais tradicionais que optam por criarem

uma comunidade no Orkut, onde por meio de fóruns criam-se tópicos e várias

pessoas expressam suas opiniões. É um pouco arriscado, pois sempre vai ter os

que vão contrariar, mas isto faz parte do processo e é importante que a empresa

tenha um profissional qualificado para responder aos comentários e interagir com

seus clientes, tirando dúvidas e esclarecendo qualquer mal entendido a respeito de

seus produtos e serviços. De igual modo funciona com o Facebook, blogs, e

qualquer outra rede que a empresa optar.

2.11 A PROFISSÃO EMERGENTE: O ANALISTA DE REDES SOCIAIS

Com a mudança da web, a internet passou por uma considerável transformação

na forma como as pessoas tiravam proveito de seus recursos. Novos horizontes

foram abertos, uma revolução em comunicação digital iniciou-se a partir de então

com a popularização das redes de relacionamento.

Por muito tempo as redes sociais são utilizadas com intuito de oferecer diversão

aos seus usuários, seja com postagem de fotos, discussões em comunidades, ou

manter contato com familiares e amigos. A rápida popularização deste novo conceito

Page 59: TCC - Sistemas.docx

59

por todo o mundo fez despertar nas pessoas o interesse de utilizá-lo em seus

negócios. As empresas passaram a ver as mídias sociais como um forte e promissor

aliado para alavancarem seu faturamento. Com isto a busca por este novo modelo

de profissional aumentou bastante. Conforme a opinião de Rafael Galdino (2010):

Não existe curso de graduação para um profissional de Mídia Social, ele nasce da integração online, do network virtual e da paixão por gostar de se comunicar através da web. Geralmente tem entre 18 e 25 anos, é um completo Geek, fissurado em leitura, entretenimento, notícias, novidades e velocidade da informação. Este profissional é raro de se encontrar e muitas empresas já estão na caça desse perfil.

Basicamente o objetivo do Analista de Mídias Sociais é focar-se em redes de

relacionamento tais como Orkut, Facebook, Twitter dentre outras redes. MIRANDA

(2009), diz que uma vez que este profissional está bem inserido, atualizado e

conhecedor dos recursos que estes sites tem a oferecer, ele deve com frequência

criar projetos para a marca ou produto os quais os membros da comunidade possam

comentar, usar e indicar para outras pessoas.

Na definição de Veroni (2010) “é um profissional capaz de analisar tendências e

ficar antenado com as principais discussões que são repercutidas ou criadas pelos

internautas.” Conforme dados de pesquisa Reuters (2010) a rede social Facebook

possui hoje mais de 400 milhões de adeptos por todo o mundo. As pessoas estão

geralmente agrupadas por interesse e cada vez mais estão segmentando suas

escolhas, através dessas escolhas que o analista irá buscar formas de explorar este

potencial veículo de informação.

Segundo Silveira (2003), um dos fatores que vem colaborando com o

crescimento destas redes é a popularidade que a tecnologia vem ganhando, pois

com o baixo custo para obtenção de computadores cada vez mais pessoas são

incluídas no universo virtual. A participação da classe C cresce aceleradamente o

que indica que novas mentes estarão inseridas neste público, tais como, donas de

casa, estudantes, trabalhadores, isto exige que este analista também entenda a

forma de pensar deste novo público.

2.11.1 Atividades do Analista de Redes Sociais

Page 60: TCC - Sistemas.docx

60

O profissional especialista em TI deve estar preocupado em desenvolver

ferramentas que passem confiança para às pessoas que irão utilizar. Ele precisa

conhecer os mecanismos necessários a fim de criar soluções eficientes para

interagir com os usuários. Conforme define Montenegro (2010), estas são algumas

das principais atividades do analista de mídias sociais:

O analista de redes sociais é responsável pela criação do projeto e o

acompanhamento. Ele é encarregado de procurar por erros e corrigi-los, além

disto, este profissional deve estar preocupado em manter-se em contato

sempre com os participantes da comunidade para ouvir opiniões da marca ou

produto que está promovendo.

Identificar oportunidades de levar a marca ou empresa a campanhas online

através de sua participação nas redes sociais. Existem formas bastante

conhecidas como fóruns, blogs e comunidades, nestes o profissional poderá

inserir a empresa nas redes ou fazer o monitoramento dela.

Ao inserir uma empresa, uma marca o analista prestará o serviço de

monitoramento, observando as interações dos usuários e sempre que

possível executando ações.

Ele pode optar por fornecer consultoria às organizações. Neste caso ele tem

por finalidade mostrar a empresa o rumo que deverá seguir para atingir

resultados na criação de sua publicidade online, tornando assim a marca

reconhecida e contribuindo com o público.

Page 61: TCC - Sistemas.docx

61

3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS

Embora a fundamentação teórica sustente o trabalho, tornando-se o

referencial e baseando seu desenvolvimento em função do material pesquisado, faz-

se necessário um referencial metodológico que oriente todo este processo.

A finalidade da metodologia da pesquisa é definir as estratégias

metodológicas que irão viabilizar o processo de coleta de dados, análise do material

coletado e verificação dos resultados.

Conforme Barros e Lehfeld (2000, p.13),

Tradicionalmente, a Metodologia Científica orientava a construção da pesquisa teórica e prática. A parte teórica abordaria o problema da natureza do conhecimento e do método científico, que estariam referenciando e direcionando modelos analíticos de explicação da realidade em questão. A parte prática compreenderia a produção científica referente às técnicas e métodos operacionais para o estudo e compreensão da realidade ou do objeto de análise.

3.1 TIPO DE PESQUISA E ABORDAGEM METODOLÓGICA

Para Souza; Fialho e Otani (2007), o que leva o homem a pesquisar seria a

busca do conhecimento que consiste na necessidade humana de conhecer. A

pesquisa faz parte do processo de construção do conhecimento e sua meta principal

é justamente o de gerar novos conhecimentos ou refutar algum conhecimento já

existente. Ainda segundo os autores “Pesquisar tem como finalidades principais,

resolver problemas, formular teorias ou ainda testar teorias.”.

Este trabalho se classifica como uma pesquisa acadêmica por ser uma

atividade de caráter pedagógico, considerando que a busca pela solução da

problemática envolve reflexões acerca de uma situação específica mais do que

soluções práticas e universais propriamente ditas.

Pesquisa acadêmica: atividade de caráter pedagógico que visa despertar o espírito de busca intelectual autônoma. A pesquisa acadêmica é realizada no âmbito da academia (Universidade, Faculdade ou em outra Instituição de Ensino Superior), conduzida por professores universitários e alunos de graduação e pós-graduação. O resultado mais importante não é o oferecimento de respostas salvadoras para a humanidade, mas sim a aquisição do espírito e método para a indagação intencional. (SOUZA; FIALHO e OTANI, 2007, p. 35).

Page 62: TCC - Sistemas.docx

62

A técnica empregada nesta pesquisa foi de documentação direta, que

segundo Souza; Fialho e Otani (2007) consiste na coleta de dados no próprio local

onde o fato acontece, ou seja, um trabalho de campo que permite um contato maior

com a realidade.

Quanto à natureza da pesquisa na visão de Silva e Menezes (2005, p.20) ela

pode ser Básica ou Aplicada. A básica tem por objetivo gerar novos conhecimentos

para o avanço da ciência, envolvendo verdades e interesses universais, não

podendo assim ser aplicada diretamente para atendimento de necessidades

humanas, conforme Souza; Fialho e Otani (2007).

Já a pesquisa Aplicada que se enquadra a este trabalho:

Objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática e dirigida à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais, tendo como propósito resolver um problema específico, que provavelmente resultará em um produto diretamente aplicado, buscando atender demandas sociais. (SOUZA; FIALHO e OTANI, 2007, p. 38).

A pesquisa aqui aplicada quanto aos objetivos é do tipo descritiva, pois

consiste na observação dos fatos tal como ocorrem na coleta de dados e no registro

de variáveis. A pesquisa é realizada no local onde os fenômenos acontecem.

De acordo com Gil (1994, p.45), “A pesquisa descritiva deste tipo tem como

objetivo primordial a descrição das características de determinada população, ou

fenômeno, ou estabelecimento de relações entre variáveis”. Ainda segundo o autor,

a pesquisa descritiva envolve aplicação de técnicas de coleta de dados, questionário

e observação sistemática, assumindo a forma de levantamento.

Na abordagem do problema, pode-se aplicar a forma quantitativa ou

qualitativa, conforme Silva e Menezes (2005), podendo ainda haver uma

combinação dessas duas formas de se coletar informações.

A pesquisa quantitativa é mais precisa nos resultados, pois trabalha com

números, utilizando-se de técnicas estatísticas, como porcentagem, média, mediana,

moda, analise de regressão, etc., ela parte do pressuposto que tudo pode ser

quantificável, traduzindo opiniões e informações em números. No entanto, a

abordagem qualitativa, forma de pesquisa aqui utilizada, é definida por Souza; Fialho

e Otani (2007) onde, “Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O

ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o

instrumento-chave.”.

Page 63: TCC - Sistemas.docx

63

Contudo, isto não significa que dados quantitativos não estarão presentes na

análise realizada. Um questionário aplicado a gestores de empresas que utilizam ou

não redes de mídias sociais, será avaliado de forma quantitativa, mas a análise terá

um olhar predominantemente qualitativo, de modo a interpretar os resultados ali

demonstrados.

A classificação em relação às fontes de informação é basicamente dividida

em três, segundo Santos (2000): Campo, Laboratório e Bibliografia.

A pesquisa em Bibliografia é a coleta de informações em materiais impressos

ou publicado na mídia. De acordo com Cervo e Bervian (1996, p. 48) a pesquisa

bibliográfica:

Procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existente sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Em laboratório se refere à reprodução artificial que permite a coleta de

informação para descrição e analise, conforme Souza; Fialho e Otani (2007). A

utilização dessa pesquisa depende do objetivo a ser alcançado.

A fonte de informação utilizada nesta pesquisa é, portanto, a de campo, por

meio de entrevistas aplicadas com questionários à gestores de recursos humanos

de diversas empresas.

Nos procedimentos técnicos foi utilizada a pesquisa bibliográfica, a

documental e de levantamento.

A pesquisa bibliográfica se refere ao levantamento de dados, onde a principal

característica reside no intuito de proporcionar um panorama cognitivo acerca do

tema estudado. De acordo com Fachin (2001, p. 125) a pesquisa bibliográfica:

Diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como base fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa. A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar, fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa em pauta. A pesquisa bibliográfica é a base para as demais pesquisas e pode-se dizer que é uma constante na vida de quem se propõe estudar.

Page 64: TCC - Sistemas.docx

64

A pesquisa bibliográfica é, portanto, o levantamento e a análise do produzido

sobre determinado assunto, mediante coleta de dados em materiais publicados em

diversos meios, sobre o tema da pesquisa cientifica.

Logo a pesquisa documental é toda informação visualizada, escrita ou oral.

Semelhantemente à pesquisa bibliográfica, ela está relacionada à coleta,

classificação, seleção difusa e à utilização de qualquer espécie de fonte de

informação, a natureza essencial está na natureza das fontes. Segundo Souza;

Fialho e Otani (2007), “A pesquisa documental fundamenta-se na utilização de

materiais impressos e divulgados que não receberam ainda tratamento analítico.”.

Por fim, a pesquisa também é classificada como sendo de levantamento. É

um tipo de pesquisa que Geralmente, efetua-se uma solicitação de informações

referentes a determinado problema, conforme Souza, Fialho e Otani (2007), está

relacionada à interrogação direta das pessoas cujo comportamento se quer

descobrir, recorrendo a um determinado grupo de pessoas sobre um determinado

problema levantado.

3.2 POPULAÇÃO DA PESQUISA E AMOSTRA

De acordo com Richardson (1999) a população pode ser caracterizada por

um apanhado de elementos possuidores de determinadas características, como por

exemplo, um conjunto de indivíduos que trabalham em um mesmo local. Enquanto

amostra seria o subconjunto da população apresentada por meio de calculo

específico de acordo com seu tamanho.

O universo desta pesquisa são os gestores de empresas que são

responsáveis pelas contratações de profissionais relacionados a redes sociais. Em

função do tamanho da amostra, foram aplicados questionários em um total de 20

empresas para que se identificassem as core competences de tais profissionais.

Permitindo a coleta de dados específicos que contribuam para a conclusão e a

consecução dos objetivos deste trabalho.

Para Mattar (1996, p.130) “a essência de uma boa amostra consiste em

estabelecer meios para inferir, o mais precisamente possível, as características da

população através das medidas das características da amostra”. Ainda com este

autor:

Page 65: TCC - Sistemas.docx

65

A amostragem está baseada em duas premissas. A primeira é a de que há similaridade entre os elementos de uma população, de tal forma que uns poucos elementos representarão adequadamente as características de toda a população; a segunda é de que a discrepância entre os valores das variáveis na população e os valores dessas variáveis obtidos na amostra são minimizados, pois, enquanto algumas medições subestimam o valor do parâmetro, outras o superestimam, e desde que a amostra tenha sido adequadamente obtido, as variações nestes valores tendem a contrabalançarem-se e a anularem-se umas às outras, resultando em medidas de amostra que são, geralmente, próximas às medidas da população (MATTAR, 1996, p. 128-129).

3.3 INSTRUMENTO E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Os dados da pesquisa foram coletados por meio de um questionário

elaborado com 10 questões, sendo 2 questões informativas para se conhecer o

campo entrevistado, 4 questões fechadas, onde os entrevistados puderam optar por

uma ou mais alternativa e 4 abertas que permitia os pesquisados expor sua opinião

sobre o assunto.

O questionário foi enviado via e-mail para o setor de Recursos Humanos de

20 empresas da região de diversos segmentos, onde foi respondido pelos gestores

responsáveis pela contratação de profissionais analistas de redes sociais.

Após devidamente preenchidos os questionários foram devolvidos também

via e-mail. A pesquisa foi realizada durante o mês de outubro de 2010, sendo que

após de, devidamente respondidos e devolvidos, os questionários tiveram seus

dados tabulados para análise e melhor compreensão dos resultados.

Como é objetivo da pesquisa descritiva, segundo Gil (apud SOUZA; FIALHO;

OTANI, 2007), a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados,

questionários e observação sistemática, permite entender os fenômenos e o

estabelecimento das relações entre as variáveis pesquisadas. Confirmando sua

forma, quanto aos procedimentos técnicos, de levantamento.

Por meio das considerações e argumentações dos capítulos anteriores e por

esta metodologia objetivou-se responder a questão central enunciada na formulação

da problemática e dos objetivos do presente estudo. A qual consiste em identificar

quais as core competences de um analista de redes sociais.

Page 66: TCC - Sistemas.docx

66

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

Com a pesquisa é possível extrair dados que mostram a importância em

conhecer a opinião dos gestores de empresas acerca das competências que um

profissional analista de redes sociais deve possuir. Por meio destas opiniões fica

claro o que as organizações buscam ao contratar um profissional deste ramo.

Também se visou eleger quais as core competences consideradas

fundamentais que integram o perfil do profissional de redes sociais, bem como saber

o que pensam sobre a utilização deste novo tipo de mídia dentro das organizações.

Como por exemplo, quais as mídias sociais mais conhecidas no âmbito

organizacional e desta forma sabem-se então quais as redes sociais que este

profissional deve dominar para entrar neste mercado de trabalho.

Desse modo, este capítulo apresenta as informações referentes ao objeto de

estudo deste trabalho e os dados levantados por meio das análises e discussões

indicadas pela pesquisa.

Neste processo foram distribuídos 20 questionários direcionados aos gestores

de empresas de diversos segmentos, dos quais, apenas 12 voltaram respondidos e

serão aqui apresentados em forma de gráficos e análises.

4.1 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS

Os questionários enviados às empresas continham 10 questões, sendo 4

objetivas e 6 discursiva para extrair as opiniões dos gestores. As duas primeiras

perguntas foram mais em nível de conhecimento das organizações para saber qual

sua segmentação e há quanto tempo estão atuando no mercado, tendo-se assim um

parâmetro para comparar se tempo de mercado influencia na utilização das mídias.

Referente às segmentações, optou-se por uma em cada ramo para assim

conhecer em qual área as Redes sociais estão mais presente.

No gráfico 1 seguem os dados com o panorama dos indicativos citados

acima:

Page 67: TCC - Sistemas.docx

67

Cerâmico

Concessionária

Confecção

Construção civil

Educação superior

Hospitalar

Informática

Publicidade e propaganda

Relojoaria e ótica

Serigrafia

Supermercado

Transportadora

39

65

25

2

10

50

7

15

35

15

52

20

Segmentação e Tempo de Atuação da Orga-nização no Mercado

Anos de Atuação

Gráfico 1: Segmentação e Tempo de Atuação da Organização no MercadoFonte: Primária (2010).

.

Ficou claro que isto não tem a ver com o tempo de atuação no mercado, pois

empresa com 52 anos não utiliza nenhum tipo de mídia, enquanto outra com 10

anos utiliza-se de muitas, ou ainda empresa com 2 anos não utiliza de nenhuma

redes sociais, por outro lado, empresa com 39 anos de mercado participa de várias.

Percebeu-se ainda que dentre os entrevistados, os ramos que mais utilizam

mídias sociais são os cerâmico, confecção e educação superior, onde aderem a

100% das mídias apresentadas na pesquisa, incluindo outras, como blogs e sites.

Publicidade e propaganda, transportadora, informática, concessionária e relojoaria

utilizam apenas dois tipos de mídias cada, enquanto os outros 4 ramos entrevistados

não utilizam de nenhum tipo de mídia social

Dados mostrados no gráfico 2, onde foram questionados o número de

funcionários que a organização possui, também mostraram que o porte de empresa

Page 68: TCC - Sistemas.docx

68

nada tem a ver com utilização de redes sociais, pois empresas com mais de 500

funcionários tanto utilizam todas as mídias como também não utilizam nenhuma. E o

mesmo acontece com empresas pequenas.

Isto veio confirmar que muito tem a ver com a cultura da organização,

conforme citado por Castro e outros (2002), que ainda existe uma barreira cultural

muito grande nas organizações brasileiras em se tratando de usar aplicativos em

internet ou tecnologia em larga escala. Ou ainda, por falta de comunicação

internamente o que dificulta qualquer outro tipo de comunicação, conforme Souza e

Azevedo (2010).

Menos que 50 Entre 51 e 100 Entre 101 Acima de 500

34%

16%

25% 25%

Quantidade de Funcionários das Empresas Entrevistadas

Percentual

Gráfico 2: Quantidade de Funcionários das Empresas EntrevistadasFonte: Primária (2010).

O gráfico 3 mostra algumas mídias utilizadas nas empresas entrevistadas de

acordo com o questionário empregado. Foram escolhidas para apresentação as três

redes sociais mais usadas no Brasil, conforme pesquisa IBOPE (2010) que são

Orkut, Twitter e Facebook.

Page 69: TCC - Sistemas.docx

69

13%

29%

17%17%

25%

Percentual de Utilização das Redes Sociais pelas Organizações

Orkut Twitter Facebook Nenhuma Outros

Gráfico 3: Percentual de Utilização das Redes Sociais pelas OrganizaçõesFonte: Primária (2010).

Por meio do gráfico notou-se que embora no Brasil o site de relacionamento

com maior número de usuários seja o Orkut, com aproximadamente 26,9 milhões de

usuários com alcance de 73% dos brasileiros, conforme pesquisa IBOPE (2010), no

meio organizacional ele ficou em terceiro lugar. Isso veio ratificar conforme explicou

a diretora executiva de marketing do IBOPE, Laure castelnau, que o perfil dos

usuários do Orkut são as classes C, D, e E, com menor grau de instrução e

moradores de cidades com menos de 100 mil habitantes. Dependendo do ramo da

empresa, merecia mais atenção os dados apresentado na pesquisa, pois o público

destas classes sociais pode ser alcançado por meio desta rede.

Pela amostra apresentada na pesquisa, a rede social que tem maior

abrangência entre as organizações é o Twitter, com 29% de atuação entre as

empresas. Segundo pesquisa IBOPE (2010), o Twitter tem um alcance 24% dos

brasileiros, e iniciou-se apenas com o objetivo de descrever o que o usuário estava

fazendo no momento. Porém, por se tratar de um veículo de rápida divulgação as

empresas utilizam para divulgar ofertas relâmpagos, conforme citado no referencial

teórico, e também para divulgação de suas marcar e produtos.

Page 70: TCC - Sistemas.docx

70

Já o Facebook ficou em segunda colocação entre as organizações, embora

seja o site de relacionamento com maior número de usuários no mundo e o terceiro

no Brasil, com um índice de 8% dos usuários brasileiros IBOPE (2010).

Na amostra aqui apresentada ele ficou com uma participação de 17% das

organizações entrevistadas. Notou-se ainda que das empresas que utilizam o

Facebook normalmente utilizam outras mídias sociais também, o que não ocorre

com o Twitter, pois não necessariamente os que usam o Twitter possuem outros

tipos de mídias.

Na questão de número 5, quando questionado para os gestores se julgavam

importante a participação da empresa em mídias sociais, quase todos foram

unânimes ao responderem que sim, mesmo os que não utilizam essa ferramenta.

Como o caso do supermercado que não utiliza nenhum tipo de rede social, mas o

gestor julga importante para aproximar-se de todas as classes sociais, da D à A, o

que não acontece hoje na organização, ficando limitado às classes A e B.

Para a instituição de educação superior é fundamental, pois os “futuros

acadêmicos”, na grande maioria pessoas da geração Y, estão conectados às mídias

sociais o que facilita a comunicação e a divulgação da marca.

Felipe Moraes, Autor do livro: Planejamento Estratégico Digital, e gestor de

uma agência de Publicidade e propaganda, respondeu que “com certeza é muito

importante, pois vendemos isso para nossos clientes que somos especialistas em

marketing digital e por isso precisamos atuar nas redes para mostrar que se

sabemos fazer para nós, saberemos fazer para eles.”.

Grande maioria julga importante para a divulgação da marca, ideias,

conceitos e aproximação com os clientes, bem como rápido retorno da

aceitação/reprovação dos mesmos. Conhecer a opinião e o perfil dos clientes

também foi bem colocado, e também para identificar as necessidades do mercado

atual.

Também houve, para confirmar o que foi citado antes por Souza e Azevedo

(2010), que existem diretores que aderem a políticas rígidas, por temor ou mesmo

pela cultura organizacional, como foi o caso da organização hospitalar, onde a

gestora respondeu que não julga importantes as redes sociais, pois expõe muito a

empresa.

Ao serem questionados os gestores sobre a opinião deles quanto ao impacto

das mídias sociais nas organizações contemporâneas, tema da sexta questão, as

Page 71: TCC - Sistemas.docx

71

respostas foram bem diversificadas. Para o gestor da instituição de ensino o

principal impacto seria a transformação da estrutura organizacional ficando mais

dinâmica e flexível. Já Felipe Morais considera um grande impacto o fato de as

pessoas desejarem se relacionar com as marcas e as redes sociais abrirem este

canal. Segundo o gestor do supermercado, o impacto seria a “fidelização do cliente

interno e externo, por ser um diferencial quando o concorrente não a possui”. Para o

gestor da confecção as mídias sociais estão obrigando as organizações organizarem

seus setores de contato com os consumidores, a fim de absorver suas percepções e

desejos para responder prontamente às suas reclamações/sugestões. No entanto, a

gestora do setor cerâmico, defende que as empresas já estão esperando por este

tipo de mudança, já que o mundo gira em torno deste avanço tecnológico.

As últimas quatro questões foram destinadas as core competences dos

profissionais analistas de redes sociais, objeto de estudo desse trabalho,

começando por identificar as características comportamentais que este profissional

deve possuir na opinião dos gestores.

Conforme mostra os gráficos abaixo, foi selecionado 4 características

referentes à competências e solicitado para que fossem enumerados de 1 a 4,

obedecendo a ordem de importância, sendo 1 para o mais importante e 4 para o

menos.

Ao analisar o gráfico 4, percebe-se que 33% dos entrevistados concederam

conceitos 1 e 2, mostrando que estas competências são essenciais a todo

profissional analista de redes sociais, visto que o mesmo deve ter iniciativa para

estar sempre atualizado com as tecnologias e aperfeiçoar-se cada vez mais na

utilização das ferramentas de trabalho. No que diz respeito a determinação ao iniciar

um novo projeto ele deve estar comprometido e focar-se na criação e

desenvolvimento do mesmo desde a implantação até a conclusão.

Page 72: TCC - Sistemas.docx

72

33%

33%

17%

17%

Iniciativa e DeterminaçãoConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4

Gráfico 4: Iniciativa e DeterminaçãoFonte: Primária (2010).

O gráfico 5 mostra sobre a competência de ter estímulo a inovação,

característica que também deve estar presente neste profissional. Apenas 17% dos

entrevistados deram o conceito 4, que seria o menos importante dos quatro

analisados. De acordo com Ferreira e Sousa (2008), o estímulo a inovação tende a

ser uma questão crítica para as organizações que vivem em uma era onde a

concorrência é cada vez mais acirrada. Por isso é tão importante esta competência

no perfil do profissional analista de mídias sociais.

25%

25%33%

17%

Estímulo à InovaçãoConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4

Gráfico 5: Estímulo à InovaçãoFonte: Primária (2010).

Page 73: TCC - Sistemas.docx

73

No gráfico 6 foi apresentado a capacidade que compete ao profissional de se

relacionar com as pessoas, seja de forma oral ou escrita, onde conforme respostas

dos gestores, é uma competência que deve estar bem presente também na vida

deste profissional. Segundo a opinião de Galdino (2010), é imprescindível que este

profissional saiba relacionar-se adequadamente utilizando a internet como

ferramenta. Existem vários clientes em potencial nas redes sociais e saber lidar com

eles é um fator determinante para sucesso da organização.

25%

25%33%

17%

Relacionamento PessoalConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4

Gráfico 6: Relacionamento PessoalFonte: Primária (2010).

Por fim o conhecimento técnico ficou para trás, como mostrado no gráfico 7, e

vem confirmar o que foi citado por Medeiros (2007), onde o analista precisa possuir

aptidões emocionais, cognitivas e emocionais, pois este profissional precisa realizar

negociações de modo a trazer benefícios para ambas as partes e não apenas o

conhecimento técnico. Sendo assim, 50% dos gestores entrevistados julgaram das

quatro competências apresentadas, o conhecimento técnico como sendo o menos

importante para este cargo de analista de redes sociais.

Page 74: TCC - Sistemas.docx

74

17%

17%

17%

50%

Conhecimento TécnicoConceito 1 Conceito 2 Conceito 3 Conceito 4

Gráfico 7: Conhecimento TécnicoFonte: Primária (2010).

Quando questionados a respeito dos principais requisitos para a contratação

de um profissional para trabalhar com mídias sociais, as qualidades foram diversas,

tais como: gostar de navegar na internet, criatividade, curiosidade, pró-atividade,

motivação, perseverança, gestão de pessoas, integridade, comunicação na parte

escrita, conhecimentos técnicos em redes sociais, iniciativa, responsabilidade. Para

Felipe Moraes “o profissional tem que entender que as redes são mais do que jogar

links, é relacionamento e que ali a pessoa está representando uma marca”. Assim

ficou claro, ao contrário do que alguns pensam, que trabalhar com redes sociais seja

apenas navegar na internet e conhecer pessoas, passando links e esperando que

eles possam visitar, o trabalho do analista de redes sociais é bem mais complexo e

exige muita responsabilidade, visto que eles estão representando e defendendo uma

marca e o objetivo final e fazer a intermediação entre os consumidores e a empresa,

visando sempre o lucro da mesma e a satisfação dos clientes.

Na questão de número 9 onde foi indagado o que a empresa espera ao

contratar um profissional dessa área, basicamente eles esperam que este

profissional dissemine a marca da empresa da melhor forma nas mídias sociais,

sabendo transmitir exatamente a imagem da empresa, trazendo um diferencial e um

novo conceito, tornando-as conhecidas e integrando a empresa a todos os públicos.

Page 75: TCC - Sistemas.docx

75

Também esperam transparência na comunicação e que cada ação que ele faça nas

redes seja bem pensada para não comprometer a marca na web.

Na última questão foi solicitado aos entrevistados que assinalassem as

questões contidas no quadro abaixo cujas core competences fossem fundamentais

para o profissional de redes sociais.

1) Competências sobre processos: Os conhecimentos sobre o processo de trabalho;

2) Competências técnicas: Conhecimentos específicos sobre o trabalho que deve ser realizado;

3) Competências sobre a organização: Saber organizar os fluxos de trabalho;

4) Competências de serviço: Aliar a competência técnica à seguinte pergunta: qual o impacto

que este produto ou serviço terá sobre o consumidor final?

5) Competências sociais: Saber ser, incluindo atitudes que sustentam os comportamentos das

pessoas.

Quadro 2: Competências Humanas no âmbito das organizações. Fonte: Zafiran (1999).

A maioria dos entrevistados assinalaram quase todas as competências

mencionadas, sendo que as competências sociais tiveram o voto dos 12 gestores

envolvidos, comprovando mais uma vez que o profissional de analista de mídias

sociais tem que ter habilidades sociais. Cinco gestores apenas assinalaram as

competências técnicas e de serviço, sete as competências de processos e seis as

competências sobre organização.

Page 76: TCC - Sistemas.docx

76

5 CONCLUSÃO

O principal objetivo deste trabalho foi identificar quais as core competences

de um analista de redes sociais, visto que é de fundamental importância conhecer o

que os gestores de empresas esperam deste novo profissional e o que eles têm

para contribuir com as organizações contemporâneas.

A partir do que foi identificado na fundamentação teórica, especificamente no

levantamento dos conceitos sobre competências, percebe-se que a contribuição dos

teóricos permite a definição do termo competência e mostra como estas

características agregam valor ao profissional. De posse das core competences as

organizações da era do conhecimento poderão ajustar os colaboradores para que

suas atividades condigam com a sua função.

Por meio do referencial teórico apresentado, puderam se sustentar os

argumentos utilizados para realizar este estudo, bem como a apresentação dos

procedimentos metodológicos a fim de identificar as diretrizes empregadas para a

realização do mesmo.

Utilizando-se da investigação, percebe-se que a tecnologia da informação

contribui ao disponibilizar de meios para criação das ferramentas de mídia social e

sua implantação dentro do ambiente organizacional. Conforme a opinião de Garcia

(2010), a tecnologia da informação permite inovar, de forma criativa, a maneira como

a informação é levada e entregue as pessoas certas e no momento apropriado. Com

isto os analistas têm ao seu dispor as ferramentas necessárias para obter os

resultados esperados na consolidação das mídias sociais nos dias atuais.

A Tecnologia da Informação embora tenha um significado bastante amplo,

veio para inovar o conceito das organizações, principalmente após a era da

industrialização, pois atualmente as empresas buscam por cabeças pensantes que

possam usar seus conhecimentos, habilidades e tenham atitude para ir a busca de

algo que vá trazer mais resultados enquanto a tecnologia toma conta dos processos

repetitivos, ou que exijam força braçal. Neste ponto entra as competências

essenciais que o individuo deve possuir, mais precisamente, os profissionais

analistas de redes sociais, objeto de estudo deste trabalho.

As mídias sociais e o rápido avanço da internet trouxeram um grande impacto

as organizações contemporâneas, pois fez nascer nas empresas a preocupação

com sua imagem e de seus produtos para os clientes que estão conectados às

Page 77: TCC - Sistemas.docx

77

redes absorvendo suas percepções e desejos além de responder prontamente as

suas dúvidas e reclamações.

Na busca pelos precursores responsáveis pela massificação das mídias

sociais, o estudo sobre a geração Y fez entender o quanto a tecnologia afeta o

comportamento das pessoas, pois enquanto a geração X tenta ainda se equilibrar

neste mundo digital, a nova geração chamada de nativos digital, por nascerem na

era da informação, têm grande facilidade de se expressar por meio desta rede.

Neste público então nota-se que se encontram os principais candidatos para

ocuparem esse cargo de analista de redes sociais, visto que o perfil esperado pelas

organizações entrevistadas muito tem a ver com as características que eles

possuem como: gostar de navegar na internet, criatividade, curiosidade, pró-

atividade, iniciativa, conhecimentos em redes sociais, vontade de aprender e estar

sempre atento às mudanças, atributos intensos entre essa geração que vivem

conectadas em tudo ao mesmo tempo. Contribuindo então para a popularização das

mídias sociais na contemporaneidade.

Com a pesquisa aplicada aos gestores das empresas podem-se identificar

outras competências essenciais para este profissional, tais como integridade,

responsabilidade, gestão de pessoa, motivação, habilidades técnicas, perseverança

e boa comunicação na parte escrita.

De posse destes dados fica mais fácil identificar quais tipos de profissionais

as organizações estão procurando para ocuparem tal cargo, bem como

compreender que essa é uma profissão séria que exige responsabilidades e muita

competência.

Sendo assim chegando ao final deste estudo, após vários meses e muitas

horas de dedicação a esta pesquisa, ainda há a motivação pelo tema e o vislumbre

de oportunidades para aplicação destes resultados, visto que o assunto deve ser

ainda mais explorado por se tratar de um tema relativamente novo em constante

aprimoramento.

Page 78: TCC - Sistemas.docx

78

REFERÊNCIAS

ANABUKI, M. (2002). O Projeto Didático. SP, Escola Carlitos, Mimeo, 38 p.

ANDRADE, Mariana P. RECICLAGEM: Outros olhares. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/beb/Monografias2006/mariana.pdf. Acesso em : 25 Out. 2010.

ASSEF, André. Falta de profissionais qualificados em TI repete cenário da era industrial. Disponível em: <http://br.hsmglobal.com/editorias/falta-de-profissionais-qualificados-em-ti-repete-cenario-da-era-industrial> Acesso em: 30 Out. 2010

AVÓ, Marcelo Mota. Formação do Consultor de TI. Disponível em: <http://www.baguete.com.br/artigos/256/marcelo-mota-de-avo/04/10/2006/formacao-do-consultor-de-ti> Acesso em: 28 Out. 2010.

BARROS, Aidil J.S.; LEHFELD, Neide A.S. Fundamentos da Metodologia. 2. ed. ampliada. São Paulo: Makron Books, 2000.

BAUREN, Ilse Maria. Gerenciamento da Informação: um recurso estratégico no processo de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1998.

BRANDÃO, Hugo Pena; BABRY, Carla Patricia. Gestão por competências: métodos e técnicas para mapeamento de competências. Disponível em:http://www.enap.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=2567. Acesso em: 10 Out. 2010.

BRESSANO, Alércio. Perfil do Profissional de TI na Era do Conhecimento. Disponível em: http://www.plugmasters.com.br/sys/materias/627/1/Perfil-do-Profissional-de-TI-na-Era-do-Conhecimento Acesso em 15 Set 2010.

BRUNO, L. Educação, qualificação e desenvolvimento econômico. In L. Bruno (Org.), Educação e trabalho no capitalismo contemporâneo: leituras selecionadas (pp. 91-123). São Paulo: Atlas. 1996.

BRUNO-FARIA, Maria de Fátima; BRANDÃO, Hugo Pena. Gestão de competências: identificação de competências relevantes a profissionais da área de T&D de uma organização pública do Distrito Federal. Revista de Administração Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 7, n. 3, p. 35-56, jul./set. 2003.

BLATTMANN, Ursula; SILVA, Fabiano C. Corrêa. Colaboração e interação na web 2.0 e biblioteca 2.0. Disponível em: <http://www.dialnet.unirioja.es/ servlet/fichero_articulo?codigo=2684572&orden=0>. Acesso em: 16 out. 2010.

CARBONE, Pedro Paulo; BRANDÃO, Hugo Pena; LEITE, João Batista Diniz; VILHENA, Rosa Maria de Paula. Gestão por competências e gestão do conhecimento.-2. Ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2008.

Page 79: TCC - Sistemas.docx

79

CASTELLS, Manuel. A galáxia da Internet: Reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de janeiro: Ed. Jorge Zahar, 2003.

CASTRO, Andréa de Farias; OLIVEIRA, Eloiza S.G. Nativos digitais: novos desafios à escola e ao trabalho docente. Disponível em:http://www.virtualeduca.info/ponencias2010/90/nativos%20digitais_Castro_Oliveira.doc. Acesso em 07 Set. 2010.

CERVO, Amado L.; BERVIAN, Pedro A. Metodologia Científica. São Paulo: Makron Books, 1996.

CHERMONT, G. S. O perfil do profissional e um novo conceito em empregabilidade.Rio de Janeiro, Developers’ Magazine. Ano III, n.35, 1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2002.

CIA. DE TALENTOS. Pesquisa – Empresa dos Sonhos dos Jovens,2010. Disponível em: http://www.ciadetalentos.com.br/esj/ Acesso em 7 Set. 2010.

CONCEIÇÃO, Maria; ARRUDA, Calmon. Qualificação versus Competência. Disponível em: <http://www.cinterfor.org.uy/public/spanish/region/ ampro/cinterfor /publ/boletin/149/pdf/calmon.pdf> Acesso em: 28 Out. 2010.

CORTÊS, Pedro Luiz. Administração de sistemas de informação. São Paulo: Saraiva, 2008.

COUTINHO, Luciano Galvão; FERRAZ, João Carlos. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira. 2ª Edição. Campinas, SP: Papirus; UNICAMP, 1994.

COWAN, John. Como ser um Professor Universitário Inovador: reflexão na ação. Traduzido por Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2002.

DALLA LANA, Francielle V. Desenvolvimento de software: Comunicação X Satisfação. Disponível em: http://www.baguete.com.br/artigos/608/francielle-venturini-dalla-lana/22/04/2009/desenvolvimento-de-software-comunicacao-x-sat. Acesso em 25 Out. 2010.

DEFFUNE, D.; DEPRESBITERIS, L. Competências, Habilidades e Currículos de Educação Profissional: Crônicas e Reflexões. 2. ed. São Paulo: Editora SENAC, 2002.

DELUIZ, Neise, O Modelo das Competências Profissionais no Mundo do Trabalho e na Educação: Implicações para o Currículo. Disponível em: http://www.senac.br/INFORMATIVO/BTS/273/boltec273b.htm. Acesso em: 25 Out. 2010.

DURAND. Forms of incompetence. Trabalho apresentado na ‘Conference of Management of Competence’, Oslo, 1998.

Page 80: TCC - Sistemas.docx

80

MARTINS, Ivan e Leal R. Twitter vê e mostra tudo. In Epoca; Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI6406915228,00O+TWITTER+VE+E+MOSTRA+TUDO.html. Acesso em: 07 Set 2010.

FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, 2001.

FACIERC. Projeto pedagógico do curso de Sistemas de Informação. Faculdades de Ciências Economicas da Regiao Carbonífera, Departamento de Avaliação e Pesquisas Institucionais. Criciúma, 2009.FAUSTINI, Volney. Voce é nativo ou imigrante digital. Disponível em: www.ogalileo.com.br/cristianismo/artigos/voce-e-nativo-ou-imigrante-digital. Acesso em 10 Mar. 2010.

FERREIRA, Carina J. D; SOUSA, Sara J. S. Inovação nas Organizações. Disponível em : http://prof.santana-e-silva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos_07_08/word/Inova%C3%A7%C3%A3o%20nas%20Organiza%C3%A7%C3%B5es.pdf. Acesso em: 30 Out. 2010.

FERREIRA, Robson T.; TAVARES, Daiane S.; ABREU, Karen C.K. O Twitter como Ferramenta de Comunicação Organizacional. Disponível em: httpbocc.uff.brpagbocc-twitter-tecninf.pdf. Acesso em 25 Set. 2010.

FERREIRA, Sueli. M. S. P. "Introdução as Redes Eletrônicas de Comunicação." Ciência e Informática. Brasília, v.23, nº. 2, maio/ago, 1994. p. 258-263.

FISCHER, André. O conceito de modelo de gestão de pessoas. In: DUTRA, Joel S. (org.) Gestão por competências. São Paulo: Gente, 2001.

FLEURY, A.; FLEURY, M.T.L. Estratégias empresariais e formação de competências. São Paulo: Atlas, 2000.

FLEURY, Maria T. L.; FLEURY, Afonso. Construindo o Conceito de Competência: RAC, Edição Especial 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rac/v5nspe/v5nspea10.pdf. Acesso em: 20 Set. 2010.

FOGAÇA, A. A educação e reestruturação produtiva. In A. Fogaça (Org.), Políticas de emprego no Brasil (pp. 30-45). Campinas: Instituto de Economia Unicamp.1998.

FOINA, Paulo Sérgio. Tecnologia de Informação: planejamento e gestão. São Paulo: Atlas, 2001

FRANCINI, William S. A GESTÃO DO CONHECIMENTO: Conectando estratégia e valor para a Empresa. Disponível em: http://www16.fgv.br/rae/artigos/1459.pdf acesso em 07 Set. 2010.

GARCIA, Paulo Sérgio. A internet como nova mídia na educação. Disponível em: <http://grupodemidiasc.com/upload/content/0_03.pdf> Acesso em: 30 Out. 2010.

Page 81: TCC - Sistemas.docx

81

GARCIA, Rodrigo; Mas afinal, o que é “Tecnologia da informação”?. Disponível em http://www.apinfo.com/artigo82.htm. Acesso em 15 Ago. 2010.

GALDINO, Rafael. Analista de Mídia Social ou Analista de Redes Sociais Disponível em: < http://www.rafaelgaldino.com/blog/2009/10/14/profissao-analista-de-midia-social-ou-analista-de-redes-sociais/ > Acesso em: 16 Out. 2010

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

GIORDANI, Fabio; OLIVEIRA,Leonardo R.. SOA para Suporte aos Objetivos Estratégicos de Negócio das Organizações. Editora: Cidade. 2009.

GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de competências e gestão dos talentos. 2.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

HENRIQUE, Fernando. O mercado de trabalho de TI em 2010. Disponível em: <http://dominioti.wordpress.com/2009/10/25/o-mercado-de-trabalho-de-ti-em-2010> Acesso em: 14 Jul. 2010

HERRERA, Wagner. A importância do mapeamento de competências. Disponível em: http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/a--importancia-do-mapeamento-de-competencias-3006/artigo/. Acesso em: 07 Out. 2010.

IBOPE Nielsen Online. Comunica-MG discute cenário da internet e consumo de redes sociais no Brasil Disponível em:http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=caldb&comp=Internet&docid=6F05B313D4B0445783257765004B261D. Acesso em 07 Out. 2010.

JR., Prof. Sergio. Midia Social não é estratégia. Disponível em: http://professor.sergiojr.info/index.php/2010/midia-social-nao-e-estrategia/574. Acesso em: 04 Out. 2010.

LE BOTERF, G. De la compétence. Paris: Les Editions d’Organisation, 1994.

LEONARD-BARTON, D. Nascentes do saber: criando e sustentando as fontes de inovação. RJ: FGV, 1998.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. 2. ed. São Paulo: Ed. 34, 2000. 260 p.

LUCCI, Elian Alabi. A Era Pós-Industrial, a Sociedade do Conhecimento e a Educação para o Pensar. Disponível em: <http://www.hottopos.com/vidlib7/e2.htm> Acesso em: 30 Out 2010.

Manual de gestão de pessoas e equipes: estratégias e tendências / Coordenação de Gustavo Boog e Magdalena Boog. 5 ed. São Paulo: Editora Gente, 2002.

Page 82: TCC - Sistemas.docx

82

MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais: aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001.

MATTAR, Fauze N. Pesquisa de Marketing: ed. compacta. São Paulo. Atlas, 1996.

MEC, Ministério da Educação (2009). “Referencial de Sistemas de Informação –Bacharelado”. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/ referencial_ humanidade.pdf>. Acesso em: 15 Out. 2010.MEDEIROS, Robson. Perfil do Analista de Sistemas. Disponível em: <http://robsonmedeiros.blogspot.com/2007/09/perfil-do-analista-de-sistemas.html> Acesso em: 28 Out. 2010.

MELO, Clayton. O que deseja e como pensa e age a geração Y. Disponível em: http://idgnow.uol.com.br/carreira/2010/01/22/o-que-deseja-como-pensa-e-age-a-geracao-y/. Acesso em 01 Ago. 2010.

MIRANDA, Bruno. Mídias Sociais e Empresas: Uma Relação de Sucesso. Disponível em: <http://www.mestreseo.com.br/redes-sociais/midias-sociais-empresas-relacao-sucesso> Acesso em: 31 Out. 2010.

MONTENEGRO, Chico. O Bombeiro das Redes Sociais. Disponível em: <http://midiaboom.com.br/2010/02/23/o-bombeiro-das-redes-sociais> Acesso em: 31 Out. 2010.

MOREIRA, Paulo. Você tem o perfil que o mercado quer ?. Rio de Janeiro, Developers’ Magazine. Ano III, n. 31, p. 10-13, 1999.

MORTON, Michael S. Scott. In: The corporation of the 1990s - Information technology and organizational transformation. New York, Oxford University Press, 1991.

MUNHOZ, Larissa R.; MICHEL, Margareth. Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Disponível em: httpwww.aberje.com.br monografias redessociais_comorganiz.pdf Acesso em: 20 Set 2010.

NISEMBAUM, H. A competência essencial. São Paulo: Infinito, 2000.

NUNES, Paulo. Conceito de Core Competence. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/corecompetence.htm> Acesso em: 31 Out. 2010.

OLIVEIRA, Sidnei. Geração Y: o nascimento de uma nova versão de lideres. São Paulo: Integrare Editora, 2010.

O'REILLY, Tim. What Is Web 2.0: Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software Disponível em: <http://oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html>Acesso em: 29 Set.2010.

Page 83: TCC - Sistemas.docx

83

PAVARIN, Guilherme. Facebook está longe do Orkut. Disponível em: http://info.abril.com.br/noticias/internet/facebook-esta-longe-do-orkut-veja-ranking-24032010-40.shl. Acesso em: 07 Out. 2010.

PITHAN, Flávia Ataíde. A Rede Orkut como Mecanismo de Vínculo Social e Produção de Conhecimentos. Reposcom, 2004. Disponível em: <http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/16889/1/R1249-1.pdf >. Acesso em: 21 Set. 2010.

PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação, v. 9, p. 1-21, ago. 2007. TECHNORATI. State of the Blogosphere. 2008. Disponível em:<http://technorati.com/blogging/state-of-the-blogosphere/>.Acesso em: 17 Set. 2010.

QUINTÃO,Patrícia L.; SEGRE, Lidia M.; RAPKIEWICZ, Clevi. Atualização de Profissionais de Tecnologia da Informação: Educação Continuada e Novos Métodos. Disponível em: http://200.169.53.89/download/CD%20congressos/2001/SBC%202001/pdf/arq0058.pdf. Acesso em: 01 Out. 2010.

RABECHINI Jr., Roque. O Gerente de projetos na empresa. São Paulo: Atlas, 2005.

RANGEL, Ricardo. A História da Internet. Disponível em: <http://www.buscalegis.ccj.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/2621/2192> Acesso em: 28 Out. 2010.

RANGEL, Ricardo P. Passado e futuro da era da informação. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009(Coleção Cibercultura).

RECUERO, Raquel. Teoria das Redes e Redes Sociais na Internet: Considerações sobre o Orkut, os Weblogs e os Fotologs. In: XXVII Intercom, 2004, Porto Alegre. Anais do XXVII Intercom, 2004.

ROBERTO,Laís Maciel. A Influência das Redes Sociais da Comunicação Organizacional.Disponível:<httpwww.aberje.com.brmonografiasredessociais_comorganiz.pdf>. Acesso em 20 Set. 2010.

RESENDE, E. O livro das competências: desenvolvimento das competências: a melhor auto-ajuda para pessoas, organizações e sociedade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.

REUTERS, Paul Julius. Tecnologia Pessoal: Facebook supera 400 milhões de usuários. Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/facebook-supera-400-milhoes-de-usuarios-21042010-17.shl>. Acesso em: 31 Out. 2010.

Page 84: TCC - Sistemas.docx

84

REZENDE, Denis Alcides. Metodologia para projeto de planejamento estratégico de informações alinhado ao planejamento estratégico: a experiência do Senac-PR. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v32n3/19034.pdf> Acesso em: 28 Out. 2010.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. Colaboradores: José Augusto de Souza Peres, et al. São Paulo: Atlas, 1999;

ROTHER, Cris. IBOPE. Brasil está entre os dez países que mais acessam redes sociais. Disponível em: http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=5&proj=PortalIBOPE&pub=T&db=caldb&comp=IBOPE+Intelig%EAncia&docid=3BF88551B2BA150183257769004BACA9. Acesso em 23 Jul. 2010.

SANTOS. Antônio Raimundo. Metodologia cientifica: a construção do conhecimento. 3. Ed. Rio de janeiro: DP&A, 2000.

SANTOS, Nero. A era do conhecimento: os novos desafios para os profissionais de engenharia. Disponível em: <http://www.soeaa.org.br/61_soeaa/_textos_referenciais/texto_referencial_10.pdf> Acesso em: 28 Out. 2010

SILVA, Edna lúcia de; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia as pesquisa e elaboração de dissertação. 4. Ed. Ver. Atual. Florianópolis: UFSC, 2005.

SILVEIRA, Sergio Amadeu. Inclusão Digital, Software Livre e Globalização contra-hegemônica. Disponível em: <http://www.fortium.com.br/faculdadefortium.com.br/arquimedes_belo/material/inclusao_digital.pdf> Acesso em: 31 Out. 2010.

SILVEIRA, Sidnei Renato; RIBEIRO, Vinicius Gadis. Uma Reflexão sobre a Construção de Currículos de Cursos de Sistemas de Informação. Disponível em: < http://www.seminfo.com.br/anais/2009/pdfs/WEI_Tche/63357_1.pdf> Acesso em: 10 Jul. 2010.

SIMON, Imre. A Arpanet. Disponível em: <http://www.ime.usp.br/~is/abc/abc/node20.html> Acesso em: 20 Out. 2010.

SOUZA, A. C.; FIALHO, F. A. P.; OTANI, N. TCC Métodos e Técnicas. Florianópolis: Visual books, 2007

SOUZA, Larissa M.M.; AZEVEDO, Luiza Elayne. O Uso de Mídias Sociais nas Empresas: Adequação para Cultura, Identidade e Públicos. Disponível em: http://www.intercom.org.brpapersregionaisnorte 2010resumosR22-0015 Acesso em: 01 set 2010.

SOUZA, Renato Rocha; ALVARENGA, Lídia. A Web Semântica e suas contribuições para a ciência da informação. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010019652004000100016&script=sci_arttext&tlng=es> Acesso em: 31 Out. 2010.

Page 85: TCC - Sistemas.docx

85

STRICKLAND. Jonathan. Como funciona o Facebook. Traduzido por HowStuffWorks Brasil. Disponível em: http://informatica.hsw.uol.com.br/facebook.htm. Acesso em: 04 Out. 2010.

SVEIBY, K.. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TAPSCOTT, Don, CASTON, Art. Mudança de paradigma: a nova promessa detecnologia da informação. São Paulo: Makron Books, 1995.

TOFFLER, Alvin. O choque do futuro. Rio de Janeiro, Editora Record. 1972.

TOMAÉL, Maria Inês; ALCARÁ, Adriana Rosecler; DI CHIARA, Ivone Guerreiro. Disponível em: http://www.scielo.brpdfciv34n228559.pdf. Acesso em: 19 Set. 2010

TRISTÃO, Mário. Web 2.0: Estratégia e Usabilidade. Disponível em:<http://mtristao.com/blog/wp-content/uploads/2008/08/0610433_2008_cap_2.pdf> Acesso em: 31 Out. 2010.

TURBAN Efrain; Ephraim MClean e James Wetherbe. Tecnologia da informação para gestão. Trad. Renate Schinke. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.

UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. Sistemas de Informação. Disponível em: <http://sin.inf.ufsc.br/sobre-o-curso/descricao> Acesso em: 20 Out. 2010.

UENP – Universidade Estadual do Note do Paraná. Estágio e TCC de sistemas de Informação. Disponível em: <http://www.falm.edu.br/index.php?option=com_content&task=view&id=123&Itemid=197> Acesso em: 20 Out. 2010.

UNESP - Universidade Estadual Paulista. Sistemas de Informação. Disponível em:http://www.unesp.br/guia/sistemas_info.php Acesso em: 15 Out. 2010.

VERONI, Wander. Analista de mídias sociais ganham o mercado de trabalho.Disponível em: <http://cafecomnoticias.blogspot.com/2010/03/reportagem-especial-analistas-de-midias.html> Acesso em: 01 Nov. 2010

VIANA, Fernando. OS NOVOS TEMPOS: A CONVIVÊNCIA DAS GERAÇÕES X E Y NAS EMPRESAS. Disponível em: http://www.infonet.com.br/fernandoviana /ler.asp?id=73931&titulo=Fernando_Viana. Acesso em 30 Ago. 2010.

WIKIPÉDIA. Lista de redes sociais. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_redes_sociais. Acesso em 25 set. 2010.

ZAFIRAN, P. Objectif compètence: pour une nouvelle logique. Paris: Liaisons, 1999.

Page 86: TCC - Sistemas.docx

86

APÊNDICE A: Questionário aplicado aos gestores das Organizações de diversas

segmentações em Criciúma.

Caríssimo (a) Gestor (a).

Estamos lhe entregando um questionário que constitui o instrumento de

pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso, a ser defendido em novembro de

2010. O tema está relacionado com levantamento das core competences de analista

de mídias sociais. Assim, a amostra considerada são os gestores de recursos

humanos que contratam tais profissionais.

Na finalidade de buscar respostas próximas à realidade, salientamos que os

resultados servem especificamente ao trabalho em questão, e ainda, que a sua

identidade será preservada.

Sem mais, agradecemos antecipadamente a sua participação.

Cordialmente.

Sandra Rejane Joaquim CiprianoTiago Kamers

Acadêmicos da 8ª fase do curso de Sistemas de Informação - FACIERC.

Page 87: TCC - Sistemas.docx

87

Questionário:

1- Qual o segmento que a sua empresa atua?

2- Há quanto tempo que a organização está atuando no mercado?

3- Qual o número de funcionários que a empresa possui?

( ) menos que 50

( ) entre 51 e 100

( ) entre que 101 e 500

( ) acima de 500

4 – Sua empresa utiliza alguma mídia social atualmente? Caso sim, quais?

( ) Orkut

( ) Twitter

( ) Facebook

( ) Nenhuma

( ) Outros _______________________________

5 – Você julga importante para o posicionamento organizacional a participação da empresa em redes sociais? Por quê?

6 – Em sua opinião, qual o impacto das mídias sociais nas organizações contemporâneas?

Page 88: TCC - Sistemas.docx

88

7 - Em sua opinião, quais as características comportamentais que o profissional que trabalha com mídias sociais deve possuir? Enumere de 1 a 4, sendo 1 a mais importante e 4 a menos importante.

( ) Iniciativa e determinação

( ) Estímulo à inovação

( ) Relacionamento pessoal

( ) Conhecimento técnico

8 – Quais os requisitos principais para contratação de um profissional que trabalha com mídias sociais?

9 – O que a empresa espera ao contratar um profissional dessa área?

10 – Assinale as core competences que você considera fundamentais para um profissional analista de redes sociais.

( ) Competências sobre processos: Os conhecimentos sobre o processo de trabalho;

( ) Competências técnicas: Conhecimentos específicos sobre o trabalho que deve ser realizado;

( ) Competências sobre a organização: Saber organizar os fluxos de trabalho;

( ) Competências de serviço: Aliar a competência técnica à seguinte pergunta: qual o impacto que este produto ou serviço terá sobre o consumidor final?

( ) Competências sociais: Saber ser, incluindo atitudes que sustentam os comportamentos das pessoas.

( ) Outras _________________________________________________________