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Título original: Good Night Stories for Rebel Girls: 100 Immigrant Women Who Changed The World

© 2020 Timbuktu Labs, lnc.Publicado por primera vez en inglés en 2020 por Timbuktu Labs, Inc.Por Elena Favilli(Todos los derechos reservados en todos los países por Timbuktu Labs, lnc.)www.rebelgirls.co

© Traducción: Gloria Estela Padilla Sierra Diseño de portada y lettering: Cesar Iannarella Adaptación de portada: Carmen Irene Gutiérrez Romero Diseño gráfico: Annalisa Ventura Dirección de arte: Giulia Flamini Derechos reservados

© 2020, Editorial Planeta Mexicana, S.A. de C.V.Bajo el sello editorial PLANETA M.R.

Avenida Presidente Masarik núm. 111, Piso 2, Polanco V Sección, Miguel HidalgoC.P. 11560, Ciudad de Méxicowww.planetadelibros.com.mx

Primera edición en formato epub: octubre de 2020ISBN: 978-607-07-7149-1

Primera edición impresa en México: octubre de 2020ISBN: 978-607-07-7129-3

No se permite la reproducción total o parcial de este libro ni su incorporación a un sistema informático, ni su transmisión en cualquier forma o por cualquier medio, sea este electrónico, mecánico, por fotocopia, por grabación u otros métodos, sin el permiso previo y por escrito de los titulares del copyright.

La infracción de los derechos mencionados puede ser constitutiva de delito contra la propiedad intelectual (Arts. 229 y siguientes de la Ley Federal de Derechos de Autor y Arts. 424 y siguientes del Código Penal).

Si necesita fotocopiar o escanear algún fragmento de esta obra diríjase al CeMPro (Centro Mexicano de Protección y Fomento de los Derechos de Autor, http://www.cempro.org.mx).

Impreso en los talleres de Litográfica Ingramex, S.A. de C.V.Centeno núm. 162, colonia Granjas Esmeralda, Ciudad de MéxicoImpreso y hecho en México − Printed and made in Mexico


P R E F A C I O x i

A D E L A I D E H E R R M A N N ● M A G A 2

A L I C E G U Y - B L A C H É ● C I N E A S T A 4

A N G É L I C A R O Z E A N U ● J U G A D O R A D E T E N I S D E M E S A 6

A N I T A S A R K E E S I A N ● P E R I O D I S T A Y C R Í T I C A D E M E D I O S 8

A N N A W I N T O U R ● J E F A D E R E D A C C I Ó N 1 0

A N N E H I D A L G O ● P O L Í T I C A 1 2

A N N E W A F U L A S T R I K E ● A T L E T A P A R A L Í M P I C A 1 4

A N N I K A S Ö R E N S T A M ● G O L F I S T A 1 6

A R I A N N A H U F F I N G T O N ● E S C R I T O R A Y C E O 1 8

A S M A K H A N ● C H E F 2 0

B A N A A L A B E D ● A C T I V I S T A 2 2

C A R M E N H E R R E R A ● A R T I S T A 2 4

C A R M E N M I R A N D A ● C A N T A N T E Y A C T R I Z 2 6

C A R O L I N A G U E R R E R O ● P E R I O D I S T A Y P R O D U C T O R A 2 8

C H I N W E E S I M A I ● E J E C U T I V A F I N A N C I E R A 3 0

C L A R A J U L I A N A G U E R R E R O L O N D O Ñ O ● B O L I C H I S T A 3 2

C L A R A L E M L I C H S H A V E L S O N ● A C T I V I S T A 3 4

C L A U D I A R A N K I N E ● P O E T A Y D R A M A T U R G A 3 6

D A N I E L A S C H I L L E R ● N E U R O C I E N T Í F I C A 3 8

D A N I E L A S O T O - I N N E S ● C H E F 4 0

DA P H N E KO L L E R ● C I E N T Í F I C A I N F O R M ÁT I C A Y E M P R E N D E D O R A 4 2

D I A N E V O N F Ü R S T E N B E R G ● D I S E Ñ A D O R A D E M O D A S 4 4

• vii •• vii •

ÍNDICE


D O R E E N S I M M O N S ● C O M E N T A R I S T A D E P O R T I V A 4 6

E D M O N I A L E W I S ● E S C U L T O R A 4 8

E I L E E N G R A Y ● A R Q U I T E C T A Y D I S E Ñ A D O R A D E M O B I L I A R I O 5 0

E L E N A P O N I A T O W S K A ● P E R I O D I S T A Y E S C R I T O R A 5 2

E L I S A R O J A S ● A B O G A D A 5 4

E L I S A B E T H K Ü B L E R - R O S S ● P S I Q U I A T R A 5 6

E L I Z A B E T H N Y A M A Y A R O ● P O L I T Ó L O G A 5 8

E M I L I E S N E T H L A G E ● O R N I T Ó L O G A 6 0

E M M Y N O E T H E R ● M A T E M Á T I C A 6 2

F A T M A I P E K A L C I ● A C T I V I S T A 6 4

F R I E D A B E L I N F A N T E ● C H E L I S T A Y D I R E C T O R A D E O R Q U E S T A 6 6

G E R A L D I N E C O X ● F I L Á N T R O P A 6 8

G E R A L D I N E H E A N E Y ● J U G A D O R A Y E N T R E N A D O R A D E H O C K E Y S O B R E H I E L O 7 0

G E R D A T A R O ● F O T Ó G R A F A 7 2

G L O R I A E S T E F A N ● C A N T A N T E 7 4

G O L D A M E I R ● P O L Í T I C A 7 6

H A N N A H A R E N D T ● F I L Ó S O F A Y T E Ó R I C A P O L Í T I C A 7 8

H A Z E L S C O T T ● M Ú S I C A Y A C T I V I S T A 8 0

I L H A N O M A R ● P O L Í T I C A 8 2

I N D R A D E V I ● Y O G U I 8 4

J A W A H I R J E W E L S R O B L E ● Á R B I T R A 8 6

J O S E P H I N E B A K E R ● A R T I S T A Y A C T I V I S T A 8 8

J U D Y C A S S A B ● P I N T O R A 9 0

J U L I E T A L A N T E R I ● M É D I C A Y P O L Í T I C A 9 2

K A R E N C O R R ● B I L L A R I S T A 9 4

K A R E N H O R N E Y ● P S I C O A N A L I S T A 9 6

K A R I N S C H M I D T ● M U S H E R Y V E T E R I N A R I A 9 8

K E I K O F U K U D A ● J U D O C A 1 0 0

L A S K A R I N A « B U B U L I N A » P I N O T S I S ● C O M A N D A N T E N A V A L 1 0 2

L I N A B O B A R D I ● A R Q U I T E C T A 1 0 4

L I S A S T H A L E K A R ● C A M P E O N A Y C O M E N TA R I S TA D E C R Í Q U E T 1 0 6

• viii •• viii •


L I Z C L A I B O R N E ● D I S E Ñ A D O R A D E M O D A S Y C E O 1 08

L O R E L L A P R A E L I ● A C T I V I S T A 1 1 0

L U P E G O N Z A L O ● A G R I C U LT O R A M I G R A N T E Y O R G A N I Z A D O R A S I N D I C A L 1 1 2

L U P I T A A M O N D I N Y O N G ' O ● A C T R I Z 1 1 4

M A D E L E I N E A L B R I G H T ● P O L Í T I C A 1 1 6

M A L I K A O U F K I R ● E S C R I T O R A 1 1 8

M A R C E L A C O N T R E R A S ● H E M A T Ó L O G A 1 20

M A R Í A G O E P P E R T M A Y E R ● F Í S I C A T E Ó R I C A 1 2 2

M A R J A N E S A T R A P I ● N O V E L I S T A G R Á F I C A 1 24

M A R T A E M P I N O T T I ● S A L T A D O R A B A S E 1 2 6

M E R L E N E J O Y C E O T T E Y ● V E L O C I S T A 1 28

M I N J I N L E E ● E S C R I T O R A 1 30

M I N M E H T A ● C I R U J A N A O R T O P É D I C A 1 3 2

M U Z O O N A L M E L L E H A N ● A C T I V I S T A 1 34

N A D I N E B U R K E H A R R I S ● P E D I A T R A 1 3 6

N A M I Y R E N H A Y A K A W A ● A R Q U E R A S 1 3 8

N I K I Y A N G ● A N I M A D O R A Y A C T R I Z D E V O Z 1 40

N O O R I N A Y A T K H A N ● E S P Í A 1 4 2

O L G A K O R B U T ● G I M N A S T A 1 44

P A U L A N E W B Y - F R A S E R ● T R I A T L E T A 1 4 6

P E A R L T R A N Y T H U G E T K A ● O D O N T Ó L O G A S 1 4 8

P N I N A T A M A N O - S H A T A ● A B O G A D A Y L E G I S L A D O R A 1 50

R A P E L A N G R A B A N A ● C I E N T Í F I C A I N F O R M Á T I C A Y E M P R E S A R I A 1 5 2

R E Y N A D U O N G ● C H E F 1 54

R I H A N N A ● E M P R E S A R I A Y C A N T A N T E 1 5 6

R O J A M A Y A L I M B U Y S U J A N A R A N A ● O R G A N I Z A D O R A S S I N D I C A L E S 1 58

R O S A L I E A B E L L A ● J U E Z A 1 60

R O S E F O R T U N E ● E M P R E S A R I A Y O F I C I A L D E P O L I C Í A 1 6 2

R O S E L I O C A M P O - F R I E D M A N N ● M I C R O B I Ó L O G A 1 64

S A M A N T H A P O W E R ● D I P L O M Á T I C A 1 6 6

• ix •• ix •


S A N D R A C A U F F M A N ● I N G E N I E R A E L E C T R I C I S T A 1 6 8

S A R A M A Z R O U E I ● G E Ó L O G A P L A N E T A R I A 1 7 0

S A R A M C L A G A N ● E D I T O R A D E U N D I A R I O 1 7 2

S A U L A N W U ● F Í S I C A 1 7 4

S U R Y A B O N A LY ● P A T I N A D O R A A R T Í S T I C A 1 7 6

S U S A N F R A N C I A ● R E M E R A 1 7 8

S U S A N P O L G A R ● A J E D R E C I S T A 18 0

T E R E Z A L E E ● A C T I V I S T A 18 2

T I M N I T G E B R U ● C I E N T Í F I C A I N F O R M Á T I C A 18 4

T U R I A P I T T ● A T L E T A Y E S C R I T O R A 18 6

V E L M A S C A N T L E B U R Y ● C I R U J A N A D E T R A S P L A N T E S 18 8

X I Y E B A S T I D A - P A T R I C K ● A C T I V I S T A 19 0

Y O K Y M A T S U O K A ● I N G E N I E R A R O B Ó T I C A 1 9 2

Y O S H I K O C H U M A ● C O R E Ó G R A F A Y A R T I S TA D E P E R F O R M A N C E 19 4

Y O U N G J E A N L E E ● D R A M A T U R G A 1 9 6

Y U A N Y U A N T A N ● B A I L A R I N A 1 9 8

Z A I N A B S A L B I ● A C T I V I S T A 20 0

E S C R I B E T U P R O P I A H I S T O R I A 2 0 2

D I B U J A T U R E T R A T O 2 0 3

G L O S A R I O 2 0 4

I L U S T R A D O R A S 2 0 6

A G R A D E C I M I E N T O S 2 0 8

A C E R C A D E L A A U T O R A 2 0 9

• x •• x •


I N G L A T E R R A E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C AI N G L A T E R R A E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C A

• 2 •• 2 •

1 1 D E A G O S T O D E 1 8 5 3 – 1 9 D E F E B R E R O D E 1 9 3 21 1 D E A G O S T O D E 1 8 5 3 – 1 9 D E F E B R E R O D E 1 9 3 2

M A G AM A G A

ADELAIDE HERRMANN

H abía una vez una niña que tenía el don de la actuación. Mien-

tras otras chicas victorianas aprendían labores domésticas,

ella practicaba acrobacia, danza y un nuevo deporte conocido como

ciclismo acrobático. Su vida cambió una noche después de ver un espectáculo de magia

en Londres. El mago, que se llamaba Alexander Herrmann (su nom-bre artístico era Herrmann el Grande), pidió un voluntario, así que Adelaide levantó ansiosamente la mano. ¡El mago incendió su ani-llo y lo hizo reaparecer en un listón atado al cuello de una paloma!

Unos meses después, cuando Adelaide se mudó a Nueva York, se encontró de nuevo con Alexander. Se casaron y crearon uno de los actos de magia más exitosos de Estados Unidos. Herrmann el Gran-de era la estrella y Adelaide representaba papeles de apoyo como bailarina y dejándose lanzar de un cañón como ¡mujer bala!

En 1896, Alexander murió repentinamente y Adelaide se quedó sola con su espectáculo de magia, una bodega llena de utilería y animales, y una montaña de deudas; pero pronto fue obvio que la única que tenía la experiencia para continuar con el legado de su marido era ella.

Durante más de tres décadas, se presentó ante el público como la Reina de la Magia. Cuando tenía setenta y tres años, un incendio acabó con su bodega, pero ella insistió en que resurgiría de sus ce-nizas como el ave fénix y lo logró. Continuó haciendo giras antes de retirarse, cuando estaba por cumplir ochenta años.


I L U S T R A C I Ó N D E C A M I L L E D E C U S S A C

L A SEGURIDAD Y L A CONFIANZA EN UNA MISMA SON ESENCIALES PARA ALCANZAR EL ÉXITO EN L A MAGIA . ADEL AIDE HERRMANN


• 24 •• 24 •

N A C I Ó E L 3 0 D E M A Y O D E 1 9 1 5N A C I Ó E L 3 0 D E M A Y O D E 1 9 1 5

M ientras crecía en La Habana, Cuba, con sus seis hermanos y sus padres, que eran periodistas, a Carmen le encanta-

ba dibujar. Asistió a la universidad para estudiar arquitectura, pero solo durante un año. Había muchas protestas en Cuba y era fre-cuente que la universidad cerrara; sin embargo, como ella misma dijo después, cuando estuvo en la escuela se le «abrió un mundo extraordinario que ya nunca se cerró: el mundo de las líneas rectas».

Se casó y se mudó a Nueva York con su marido, que vivía allí. Todo el tiempo se dedicó a hacer arte en forma de audaces e ingeniosas pinturas y esculturas geométricas. Aunque otros artistas admira-ban su obra, nunca pudo exhibir su trabajo en museos y galerías, como sí ocurría con los artistas hombres.

Finalmente vendió su primera pintura en 2004, cuando tenía ochenta y nueve años. A una edad en que muchos pintores dejan sus paletas y se retiran, Carmen apenas empezaba.

Todas las mañanas se sentaba frente a una enorme y hermosa ventana en su departamento de la ciudad de Nueva York y tomaba su cuaderno de bocetos para dibujar cualquier cosa que la inspira-ra, ya fueran las líneas y ángulos de las sombras o el recuerdo de un paisaje.

Tras décadas como pintora, alcanzó el máximo de la fama y los museos de todo el mundo exhibieron su obra. Siguió pintando todos los días hasta tener más de cien años. Después de todo, para qué detenerse. «He pintado toda mi vida», dijo. «Eso me hace feliz».

A R T I S T AA R T I S T A

CARMEN HERRERA

C U B A E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C AC U B A E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C A


• 25 •• 25 •

I L U S T R A C I Ó N D E M A Ï T É F R A N C H I

NUNCA VI UNA L ÍNEA RECTA QUE NO ME GUSTARA .CARMEN HERRERA


• 40 •• 40 •

N A C I Ó E L 2 6 D E A G O S T O D E 1 9 9 0N A C I Ó E L 2 6 D E A G O S T O D E 1 9 9 0

H abía una vez una niña que creía que la comida debía pro-vocar alegría. Esa fue una lección que aprendió en la coci-

na familiar en México. Daniela pasó su infancia ayudando a su abuela en su pastelería y aprendiendo recetas de su madre. Cuenta que «sabía que eso era lo que me hacía más feliz».

Cuando tenía doce años se mudó con su familia de la Ciudad de México a Texas y dos años más tarde obtuvo su primer empleo en un restaurante; poco después fue a la escuela de artes culinarias. Pero cuando empezó a trabajar se decepcionó al ver que las coci-nas no eran sitios felices. El personal laboraba muchas horas y los chefs eran muy exigentes, así que decidió que si alguna vez tenía un restaurante las cosas serían diferentes.

No esperó mucho. Su carrera empezó en la Ciudad de México y, cuando tenía cerca de veinticuatro años, le pidieron dirigir un res-taurante mexicano en Nueva York. El lugar fue todo un éxito y eso permitió a Daniela combinar sus raíces latinoamericanas y esta-dounidenses de modo experimental.

En 2016 ganó el James Beard Award for Rising Star Chef (Premio James Beard para chefs emergentes). Luego abrió otro restauran-te y ha ganado más premios, pero asegura que su mayor éxito es la comunidad que ha creado y el personal al que considera como familia. Sus cocinas siempre están llenas de risas, bailes y cantos, igual que la cocina de su infancia.

C H E FC H E F

DANIELA SOTO-INNES

M É X I C O E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C AM É X I C O E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C A


• 41 •• 41 •

I L U S T R A C I Ó N D E C I N D Y E C H E V A R R I A

DECIDÍ QUE , S I ALGUNA VEZ DIRIGÍA MI PROPIA COCINA , SE PARECERÍA A L AS COCINAS DE MI N IÑEZ , LLENAS DE DICHA , FEL IC IDAD Y COMUNIDAD.DANIEL A SOTO - INNES


• 60 •• 60 •

1 3 D E A B R I L D E 1 8 6 8 – 2 5 D E N O V I E M B R E D E 1 9 2 91 3 D E A B R I L D E 1 8 6 8 – 2 5 D E N O V I E M B R E D E 1 9 2 9

Cuando tenía casi treinta años, Emilie ingresó a la Universi-dad de Berlín; era una alumna entusiasta que quería estu-

diar historia natural.A pesar de ser muy inteligente, por desgracia también era una

estudiante invisible. En Alemania todavía no se permitía que las mujeres se inscribieran oficialmente en la universidad, así que tenía que sentarse detrás de una pantalla cuando asistía a clases. A pesar de ese trato injusto, logró su doctorado en 1904 y empezó su carre-ra como asistente de Zoología en el Museo de Historia Natural de Berlín.

Pero la esperaba una mayor aventura. En 1905 la contrataron como zoóloga asistente en el Museo Paraense Emílio Goeldi, un museo e instituto de investigación en Belém, Brasil. Nunca había viajado tan lejos de su país hasta que abordó ese barco.

A partir de allí, Brasil se volvió su hogar. En parte científica y en parte exploradora, estudió a los animales de la Amazonia y viajó a sitios remotos del bosque pluvial para recolectar muestras. Es más famosa por su trabajo como ornitóloga, nombre que reciben los científicos que estudian aves. En 1914 se convirtió en la primera mujer directora de una institución científica en América del Sur. También publicó un libro sobre aves amazónicas que tiene ¡530 pá-ginas! Ahora se le considera la ornitóloga más grande de la historia y cuando menos cinco especies animales, incluyendo dos de aves, llevan su nombre.

O R N I T Ó L O G AO R N I T Ó L O G A

EMILIE SNETHLAGE

A L E M A N I A B R A S I LA L E M A N I A B R A S I L


• 61 •• 61 •

I L U S T R A C I Ó N D E B O D I L J A N E

CONOZCO TAN BIEN A L AS AVES QUE SÉ CUÁL TENGO ENFRENTE ANTES DE QUE S IQUIERA ATERRICE .EMIL IE SNETHL AGE


• 76 •• 76 •

H abía una vez una niña que nació para ser activista. Cuando Golda estaba en la escuela, vio que algunos alumnos no

tenían libros de texto porque no podían comprarlos, así que juntó a sus amigos con el fin de reunir fondos y comprar libros para sus compañeros. Unos años antes, ella y su familia habían emigrado a Estados Unidos, dejando su hogar en el Imperio ruso, en un país que hoy se llama Ucrania, donde los judíos ya no estaban a salvo.

En Estados Unidos, Golda estudió para maestra y enseñó yidis en una escuela de Milwaukee. También se unió a un grupo de activis-tas políticos que creían que el pueblo judío debía tener su propio país en Medio Oriente, en el sitio donde vivieron sus ancestros. A la larga, ella y su marido, Morris Meyerson, se mudaron a Medio Orien-te y se integraron a un kibutz, que es una comunidad agrícola.

En 1948 fue una de las dos mujeres que firmaron la declaración de independencia de Israel y durante más de dos décadas trabajó en el gobierno. Cuando le pidieron tomar un nombre hebreo, cam-bió su apellido de Meyerson a Meir, que significa «iluminar».

Cuando tenía casi sesenta y ocho años, quiso retirarse, pero la gente le pidió que no lo hiciera. Entonces, un día, al morir repenti-namente el primer ministro de Israel, Golda, que era secretaria ge-neral, se volvió primera ministra. Unos meses después, su partido ganó la elección y ella fungió como primera ministra por cuatro años y medio más. Fue la cuarta persona en ocupar el puesto y, hasta la fecha, es la única mujer primera ministra que ha tenido Israel.

P O L Í T I C AP O L Í T I C A

GOLDA MEIR

3 D E M A Y O D E 1 8 9 8 – 8 D E D I C I E M B R E D E 1 9 7 83 D E M A Y O D E 1 8 9 8 – 8 D E D I C I E M B R E D E 1 9 7 8

U C R A N I A E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C A E I S R A E LU C R A N I A E S T A D O S U N I D O S D E A M É R I C A E I S R A E L


• 77 •• 77 •

I L U S T R A C I Ó N D E D E C U E W U

EN REALIDAD NO ES IMPORTANTE DECIDIR… CON EXACTITUD LO QUE QUIERES SER CUANDO SEAS GRANDE . ES MUCHO MÁS IMPORTANTE DECIDIR CÓMO QUIERES VIVIR . GOLDA MEIR


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