sophie calle

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Sophie Calle Uso da fotografia em práticas artísticas

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Page 1: Sophie Calle

Sophie Calle

Uso da fotografia em práticas artísticas

Page 2: Sophie Calle

“Sempre precisei de imagens, nunca fiz

um projeto sem imagens"

Page 3: Sophie Calle

Procedimento artístico

Limite tênue entre ficção e verdade.

Literatura fora de si/ projetos não classificáveis.

Não há compromisso com a verdade.

Textos curtos construídos a partir de imagens.

Fotografias assumem sentidos diversos sem o apoio do

texto.

Aproveita-se da condição documental da fotografia.

Fotografia como memória da performance, arquivo e

exposição do trabalho.

Page 4: Sophie Calle

Vida Performance

Necessita de ações para produzir narrativas.

Firma pactos consigo mesma.

Jogador que cria suas próprias regras – outra relação cm

o cotidiano.

“Fotógrafo-performer” - prova da performance

Vida como uma sequência de jogos. Viver e

fazer arte.

Page 5: Sophie Calle

Afeto, fotografia e experiência

É ela quem fala, escreve, atua. Ela é autora, narradora,

personagem.

Narrativa é recontada / reforçada.

Esgotamento da experiência

afetiva. Relação com a fotografia é afetiva. / Tentativa de esgotar

um significado.

Voltar os olhos às possibilidades que os objetos

sem significado remetem.

Page 6: Sophie Calle

Cria um “método”

Sem motivação “consciente” começa a seguir

desconhecidos nas ruas.

Acaso e atos “sem nenhum significado, feito de forma

arbitrária” tornam-se método para encontrar ideias.

Superação de vazio.

Biografias imaginárias.

Ritual de investigação.

Gesto apaixonado pelo risco.

Page 7: Sophie Calle

“Como acordava de manhã e não

conseguia decidir nada, pensei em

deixar que elas decidissem por mim”.

Page 8: Sophie Calle

Busca pessoal : fuga do vazio.

“Meus projetos nascem da frustração e da

impossibilidade”

Uma “ritualização” da vida cotidiana.

Domesticar a desordem.

Ela não se entrega à arbitrariedade do real, transforma o

acaso em aliado.

Acaso – eixo determinante de suas ações.

Personagem de si mesma.

Autoficção como processo e/ou procedimento de

escrita.

Page 9: Sophie Calle

Paul Auster Calle concretiza rituais inventados por

Auster

Ações necessitam sempre da

existência do outro.

Incorpora as ficções de Auster à sua

realidade.

Torna-se, pela via ficcional, um autor

programado por outro autor.

Concepção da vida como uma

performance contínua, de situações

arbitrárias que assumem formas de

rituais.

“Leviatã” (1992) Paul Auster

“Instruções pessoais para Sophie Calle a fim de melhorar a vida em NY. (A seu pedido)”

“Sorrir em todas as circunstâncias, tomando o cuidado de não dirigir-se a homens e contabilizando as respostas positivas;

Falar com desconhecidos, tendo como pretexto comentários sobre as condições metereológicas.

Oferecer sanduíches e cigarros a mendigos.

Adotar um lugar e transformá-lo em extensões da sua própria personalidade”.

Page 10: Sophie Calle

Obras

Page 11: Sophie Calle

Suite Vénitienne (1979)_ livro

Page 12: Sophie Calle

“Please follow me”_ Jean Baudrillard

“ Seguir o outro é controlar seu itinerário; é tomar conta da

sua vida sem que ele saiba. É representar o papel mítico da

sombra, que tradicionalmente segue você e protege

você do sol – o homem sem sombra é exposto à

violência da vida sem mediação – é para aliviar ele

desse fardo existencial, a responsabilidade pela sua

própria vida. Simultaneamente, ela, que segue, é ela própria

liberada da responsabilidade pela sua própria vida,

seguindo cegamente os passos de outros(...) Seguindo-o, ela o

substitui, troca de vida com ela, troca paixões, desejos, se

transforma no outro. (...) Tudo está ali, a pessoa nunca deve

entrar em contato, deve seguir, nunca deve amar, deve estar

mais perto do outro que sua própria sombra. E deve

desaparecer na paisagem antes que o outro olhe para trás”

[p.22-25]

Page 13: Sophie Calle

La Filature (1981)

“Evidência fotográfica da própria existência”

Page 14: Sophie Calle

Hotel, quarto 47 (1981)

Page 15: Sophie Calle

Hotel, quarto 29 (1981)

Page 16: Sophie Calle

Hotel, quarto 28 (1981)

Page 17: Sophie Calle

Double Blind, No Sex Last Night (1992) Sophie Calle e Greg Shephard

Page 18: Sophie Calle

Caderneta de endereços (1983)

Page 19: Sophie Calle

Les Dormeurs

Page 20: Sophie Calle

"Eu queria que a minha cama estivesse ocupada 24 horas por dia, como essas

fábricas que nunca param. Pedi às pessoas que se sucedessem em turnos de

oito horas durante oito dias. Eu fotografei todas as horas. Eu assisti ao meus

convidados dormirem"

Page 21: Sophie Calle

Prenez Soin de Vous (2007)

Page 22: Sophie Calle
Page 23: Sophie Calle

“Dernière Image” (2010)

Page 24: Sophie Calle

* Qual o papel da fotografia nas

narrativas de Calle, nas quais ela é

personagem de si mesma?

* Como dialoga a obra Lumpérica, de

Diamela Eltit, e Histórias Reais, de

Sophie Calle?