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Sistema nervoso perifrico,nervos cranianos, nervosespinhais e plexos
CINCIAS MORFOFUNCIONAIS DOS SISTEMAS NERVOSO E CARDIORRESPIRATRIO
Profa. MSc. ngela Cristina Ito
Dilogo aberto
Thiago, Lucas e Gustavo estavam em um churrasco comum grupo de amigos da universidade e comearam a falarde msica, principalmente dos grupos de rock brasileiro.No meio dessa conversa, foi citado o cantor e compositorHerbert Vianna, lder da banda Os Paralamas do Sucesso.
Herbert sofreu um traumatismo crnio enceflico,devido ao acidente com ultraleve no dia 04/02/2001,litoral sul do Rio de Janeiro, tendo uma hemorragiacraniana, e ficou em estado gravssimo, com aprobabilidade de vida na poca do acidente de apenas10%.
Os trs alunos ficaram espantados quando souberem queum ms aps o acidente o cantor j apresentava grandesmelhoras, conseguindo sair do coma, porm a grandesequela que restou foi que ele no se lembrava de maisnada e dificilmente reconhecia as pessoas. Com basenessas informaes, responda: o que justifica a suaincrvel recuperao?
SISTEMA NERVOSO PERIFRICO
PATOLOGIA
Anatomia do Sistema Nervoso Perifrico
Nervos cranianos
Nervos espinhais
Plexos
Leso medular
Importante!
O sistema nervoso perifrico constitudo por nervos,terminaes nervosas, plexos e gnglios.
Os 12 pares de nervos cranianos so numerados emnumeral romano de I a XII e emergem todos da base doencfalo.
NERVOS CRANIANOS
I - Nervo olfatrio V- Nervo trigmeo IX Nervo glossofarngeo
II - Nervo ptico VI - Nervo abducente X Nervo vago
III - Nervos oculomotor VII Nervo facial XI Nervo acessrio
IV - Nervo troclear VIII Nervo vestibuloclear XII Nervo hipoglosso
Nervos cranianos
A maioria dos pares de nervos cranianos esto associadoscom o tronco enceflico que podem estar no bulbo, ponteou mesencfalo.
O bulbo contm os ncleos associados com os nervoscranianos: vestibulococleares (VIII), glossofarngeo (IX),vagos (X) acessrios (XI) e hipoglossos (XII).
A ponte contm os nervos cranianos: trigmeos (V),abducentes (VI) faciais (VII) e vestibulococleares (VIII), e omesencfalo contm os nervos: oculomotores (III) etrocleares (IV).
A medula espinhal segmentada e est organizada em 31pares de nervos espinhais, que esto nomeados deacordo com a sua localizao em: 8 pares de nervoscervicais (C1 a C8), 12 pares de nervos torcicos (T1 a T12),5 pares de nervos lombares (L1 a L5), 5 pares de nervossacrais (S1 a S5) e 1 par de nervos coccgeos (Co1).
Nervos espinhais
Os nervos espinhais so considerados como as vias decomunicao entre a medula espinhal e os nervos quesuprem as regies especficas do corpo.
Existem 2 feixes de axnios que recebem o nome derazes (anterior e posterior) e vo conectar cada nervoespinhal a uma parte da medula espinhal.
A raiz anterior contm os axnios dos neurniosmotores que conduzem os impulsos nervosos a partirdo sistema nervoso central para as clulas e os rgosefetores.
Na raiz posterior os axnios sensitivos vo conduzir osimpulsos nervosos a partir dos receptores sensoriais napele, msculos e rgos para o sistema nervosocentral.
Plexos
Plexos: referem-se aos axnios que so provenientes dos ramosanteriores dos nervos espinhais, com exceo dos nervostorcicos de T2 a T12, no vo seguir diretamente para asestruturas do corpo que inervam, e sim formam redes de nervosnos lados direito e esquerdo do corpo, unindo uma grandequantidade de axnios que so provenientes dos ramos anterioresdos nervos adjacentes.
Os principais plexos dos nervos espinhais so:
plexo cervical: formado pelos ramos ventrais dos quatroprimeiros nervos cervicais; (C1 a C4), e da origem ao nervo frnico,que predominantemente motor. Penetrando pelo pescoo,penetra na cavidade torcica e atinge o msculo diafragma;
plexo braquial: formado pelos ramos ventrais dos nervosespinhais; (C5 a T1), esses ramos, que constituem as razes doplexo, unem-se entre si e formam os denominados troncossuperior, mdio e inferior. Desses troncos, originam-se osfascculos; lateral, medial e posterior. Do fascculo lateral origina-se o nervo msculocutneo, dos fascculos lateral e medialoriginam-se os nervos mediano e ulnar e do fascculo posteriororiginam-se os nervos axilar e radial;
Plexos
plexo lombar: resulta da unio dos ramos ventrais de(L1 a L4). D origem aos seguintes nervos: nervo lio-hipogstrico, nervo lio-inguinal, nervo gnito-femoral,nervo obturatrio e nervo femoral;
plexo sacral: resulta da unio dos ramos ventrais de(L4, L5, S1, S2 e S3). D origem ao nervo citico e suadiviso d origem aos nervos tibial e fibular comum. Osramos terminais do nervo tibial so os nervos plantaresmedial e lateral. Os ramos terminais do nervo fibularcomum so os nervos fibulares superficial e profundo;
plexo coccgeo: formado por pequeno ramodescendente de S4 e pelos ramos ventrais de S5.
Nervos intercostais
Os ramos anteriores dos nervos espinhais T2 a T12 noentram na formao dos plexos e so chamados denervos torcicos ou intercostais, sendo que inervamdiretamente as estruturas que suprem os espaosintercostais. Aps deixar o forame intervertebral, oramo anterior do nervo T2 inerva os msculosintercostais do 2 espao intercostal e inerva a pele daaxila e da face pstero-medial do brao. Os nervos T3 aT6 estendem-se ao longo dos sulcos costais dascostelas e passam para os msculos intercostais e paraa pele da parede torcica anterior e lateral. Os nervosT7 a T12 inervam os msculos intercostais e do abdomee a pele. Os ramos posteriores dos nervos intercostaisinervam os msculos dorsais profundos e a pele da faceposterior do trax.
Terminaes nervosas
As terminaes nervosas so divididas em livres eencapsuladas, sendo que as terminaes nervosas so osreceptores para a dor, temperatura, ccegas, coceira esensaes tteis, enquanto as encapsuladas so receptorespara o tato, presso e vibrao. Os principais receptores so:
mecanorreceptores: detectam presso mecnica; fornecemsensaes tteis, de presso, vibratrias, proprioceptivas, e deaudio e equilbrio; monitoram o estiramento dos vasossanguneos e dos rgos internos;
termorreceptores: detectam alteraes na temperatura;
nociceptores: respondem aos estmulos resultantes de lesofsica ou qumica ao tecido;
fotorreceptores: detectam a luz que atinge a retina;
quimiorreceptores: detectam substncias qumicas na boca(paladar), no nariz, (olfato) e nos lquidos corporais;
osmorreceptores: sensao de presso osmtica dos lquidoscorporais.
Principais receptores sensoriais: Corpsculo de Meissner - Tato (presentes nas regies mais sensveis da pele); Corpsculo de Pacini - Presso forte; Corpsculo de Krause Frio; Corpsculo de Ruffini Calor; Terminaes nervosas livres Dor.
Receptores sensoriais
Leso medular
definida como uma leso na medula espinhal, com apresena de alteraes na parte motora e na sensibilidade eque vai depender da localizao e da extenso da leso.Quanto mais alta a leso, ou seja, quanto mais prximo docrebro, maior a perda, e, quanto mais baixa a leso oumais distante do crebro, menor a leso. Dependendo,ento, do nvel atingido, os movimentos e as sensaescorporais podero estar parcialmente reduzidos ou totalmenteperdidos abaixo do nvel da leso.
A leso medular pode ser reversvel ou irreversvel.
A leso irreversvel pode ser causada por um corte transversalda medula ou por causas congnitas.
A leso reversvel pode ser por compresso medular quandoainda possvel intervir a tempo para remover cirurgicamentea causa da compresso ou por doenas infecciosas oudegenerativas.
Leso medular
Existem trs causas de leso medular que so: congnita,no traumtica e traumtica.
congnita (j abordado na primeira aula, ou seja, patologiascomo espinha bfida, meningolece e mielomeningocele);
no traumtica: pode ser gerada por alguns fatores como:tumores que vo comprimir a medula espinhal, acidentesvasculares, hrnia de discos e as deformidades da coluna;
traumtica: decorrente de acidentes automobilsticos,ferimentos com armas de fogo, mergulhos, quedas dealturas, entre outras. Nesses casos, ocorre a fratura ou umdeslocamento de uma ou mais vrtebras da coluna,ocasionando uma invaso ao canal medular que vai atingir amedula espinhal por uma compresso ou corte.
Importante !
A paraplegia pode ser de dois tipos: flcida ouespstica.
Flcida: se d quando ocorre a perda de tnusmuscular, sendo acompanhada habitualmente poranestesia cutnea e abolio dos reflexos tendinosos.
Espstica: observa-se a hipertonia dos msculos.
Paraplegia: perda do controle e da sensibilidade dosmembros inferiores.
Tetraplegia: perda do controle e da sensibilidade dosmembros superiores e inferiores.
Plasticidade neuronal
Atualmente, sabe-se que o sistema nervoso muitoflexvel e plstico, o que explica cada vez mais arecuperao dos pacientes aps uma leso medular acapacidade do sistema nervoso de se recuperar, quepode ser chamado de plasticidade neuronal e significaa capacidade do sistema nervoso em mudar, adaptar-se e moldar-se a novas situaes, pois os circuitosneuronais so muito maleveis, conseguindo adaptar-se aps as leses.
Relembrando...
Aps todas essas informaes que foram passadas, paravoc fica claro o que realmente aconteceu com o cantorHerbert?
A extraordinria recuperao de Herbert justificada emfuno da plasticidade neuronal, ou seja, a capacidade comque o seu crebro conseguiu recuperar-se das falhas dememria que foram decorrentes das microleses, atravs denovos caminhos que os outros neurnios que no foramafetados no acidente comearam ento a seremestimulados.
Outra resposta que justifica a sua recuperao q